Caminhos da Reportagem | Marajó além do cartão postal

e aí o arquipélago do marajó no pará são quase 50 mil km quadrados de área muito maior do que o urso países da europa por isso aí não é dividido em 16 municípios oito deles possui os piores índices de desenvolvimento humano do brasil a distância aumenta ainda mais a precariedade nessa época de pandemia que eles precisam ainda mais de auxílio que só chega pelas águas da bacia amazônica e caminhos da reportagem veio até aqui para ver de perto essa realidade e aí e aí e aí em belém do pará em movimento da feira do ver-o-peso

é grande fim do lote da alma reabertura do comércio que fato de apenas treze por cento do belenenses viveram em casas com coleta de esgoto ajudou a elevar os índices de contaminação coronavírus no estado movimenta ficou fraco né entendeu e também o modo das pessoas trabalharem é porque assustou muito entendeu então agora todo mundo trabalha mais com cuidado com mais e lu entendeu temos mais cuidado com os fregueses até mesmo com a gente uma época em que equipamento de proteção médico aí respiradores são itens fundamentais em belém recebeu uma doação de máscaras luvas capote toucas

e dois respiradores do hospital das forças armadas em brasília para o hospital geral de belém além da nossa sagas aí hospitalares a instalar e principalmente os nossos curadores que é de grande valia população com certeza vai fazer diferença aqui no pará os rios são a principal forma de se deslocar para vários municípios do terminal hidroviário de belém são barcos que vão até o corpo de camara no marajó após três horas e meia de viagem mas eu acho que ela vai tão grande uma embarcação saindo da capital paraense leva mais de dois dias para chegar aos

municípios mais distantes como afuá e chaves no lado ocidental da ilha e a base naval de val-de-cães em belém navios da marinha parte em missão humanitária para o arquipélago do marajó quatro vezes por ano alcançando municípios que estão longe do foco turístico da ilha e mais próximos da precariedade de serviços básicos dessa vez vamos embarcar juntos com os militares só flor ela é claro com que a gente no vídeo é nota essa parede aqui se infecção e lá conseguir para dentro das instalações do navio vamos lá e procedimentos de segurança são fundamentais em tempos de

pandemia afinal mais de 200 pessoas entre tripulação jornalistas fuzileiros navais e médicos ou navegar juntos durante seis tiros e é a nossa preocupação é de evitar a propagação do convite 19 luna vio por isso mesmo que nós eles vão jorge procedimentos a descontaminação para nossa estação de contaminação na entrada verificação da temperatura a gente conseguiu antes do embarque em conversa com todos os comandantes de forças para disponibilizar a princípio quatro leitos exclusivos para pacientes em caso de algum militar ou tripulante ter uma sequência de coronavírus nós conseguimos trazer do hospital naval de belém 5 kits

completos para início de tratamento e e aí o porão do navio uma carga diferente mais de 15 mil cestas básicas que vão ser entregues para populações ribeirinhas da ilha do marajó é o projeto pão da vida que conseguiu as doações com a rede carrefour e associação paulista de atacadistas e supermercadistas para levar as famílias que sofrem os impactos econômicos da pandemia nós recebemos carretas carregadas de cestas básicas e elas adentravam um complexo naval de val-de-cães mas não conseguiam acessar o caixa então o que que nós fizemos nós fizemos a transferência dessas cestas básicas para caminhão

de menor i para eles poderem acessar o taj então tudo é feito de uma forma bem coordenada e agora tendo outras operações né a tendência a gente já perfeição no cada vez mais esse navio ele é muito conhecido na região pelo luto pelo produto final que ele leva e pela certeza do atendimento seja ele médico ou seja ele é com a carga dessa aqui que vai levar o pão da vida para para poder auxiliar de famílias que hoje vivem em isolamento na ilha do marajó são 9:20 da manhã faltam poucos minutos para o navio auxiliar

parar partir em missão aqui da base naval de belém rumo à ilha de marajó lá populações ribeirinhas os municípios de afuá e chaves vão receber cestas básicas o navio auxiliar pará tem cinco metros de calado que a profundidade da embarcação que fica abaixo da água perfeito para navegar pelos rios da bacia amazônica com capacidade para transportar quase duas mil toneladas sua velocidade é de apenas 89 algo em torno de 14 km por hora em 48 horas chegaremos a primeira cidade do nosso destino afuá o arquipélago do marajó a 16 municípios alguns mais desenvolvidos economicamente console

de salvaterra cidade turística mais próximas de belém mas há também oito municípios que estão entre os 45 piores em de desenvolvimento humano do país segundo o ibge meu gasto chaves bagre e portel anajás afuá curralinho e breve este o mais populoso da ilha com 102 mil habitantes parte da população na informalidade né e há muitos grupos sociais visíveis da sociedade tem da guarda o atenção do poder público a taxa de desocupação de emprego informal no marajó ainda muito elevado 100 municípios com até vinte por cento da população tem rendimento algum o trabalho de assistência da

embarcação vai muito além do transporte de cestas básicas nós atracamos em algumas localidades onde tem um pequeno porto senão nós ficamos fundeadas que no meio do rio tá e a partir daí é a população chega ao navio é feito uma pré-seleção em cima aferição de pressão dos sinais vitais e de acordo com a demanda são mandados para clínica médica odontológica a gente consegue a por aqui mesmo navio fazer a consulta solicitar o exame e o paciente volta para o médico para terminar aquele acompanhamento são centenas milhares de pessoas e desde o dia anterior são distribuídas

senhas mas é muita gente com certeza tá vendo estão contato com o médico pela primeira vez um dentista pela primeira vez e é uma população que desconhece que só sabe quando vai ser a próxima consulta chego às vezes 54 horas da manhã fico até 5:00 da tarde esperando atendimento mas são acolhidos recebe a medicação então sai com um problema principal problema resolvido então monte são agradecem bastantes até choram é oferecem pra gente o que eles têm de artesanato algum algum produto como camarão a academia se tornou um empecilho para atendimento risco de que algum paciente

pudesse levar os vírus para dentro do navio e pediu que esta missão realizar as consultas aborda a organização mundial de saúde recomenda um médico para cada mil habitantes e o marajó tem muito menos que isso apenas 0,12 por mil ou seja um profissional para atender mais de 8.300 pessoas para efeito de comparação o distrito federal tem cinco médicos para cada mil habitantes recorde nacional segundo o conselho federal de medicina na região amazônica nessa aí se esse vazio hospitalar mais de faz água nossa situação é com falta de estrutura para lidar com a convite 19 dos

16 municípios apenas cinco e respiradores de acordo com data sus a região do sul as telas destacou vídeo apenas 50 médicos na região do marajó uma doença e requer atendimento da lá de alta complexidade não dá para oferecendo o cuidado adequado para os marajoaras vidro do navio não nos faltam cuidados médicos diariamente passamos pela triagem medimos a temperatura e fazemos o teste de saturação de oxigênio no sangue e e amanhece na região amazônica [Música] o navio passa lentamente pelo furo buiuçu a e quando nave auxiliar parar passa por algum dos estreitos do rio muitas famílias

vem de canoa até bem próximo do navio para tentar obter algum auxílio alguma ajuda como se o navio pudesse jogar alguma coisa que eles pudessem pegar roupas alimentos ou qualquer item de necessidade mais urgente são crianças mulheres famílias inteiras que vem aqui bem pertinho do casco do navio e e a fuzileiro naval érica pantoja há três anos na marinha conhece bem o sul da ilha seus familiares vivem no município de muaná com 40 mil habitantes estão orgulhosos do trabalho que ela desenvolve a região do marajó que eu amo tanto que já participei de muitas vezes

de eventos com a minha família e que é um povo que é carente que é um povo humilde e que quando a marinha traz esse cuidado essa ação social e e de cidadania né a gente pode assistir muito mais o nosso corpo esse ano por causa da epidemia de coronavírus o governo federal aportou até o mês de junho mais de 128 milhões de reais nos 16 municípios do marajó mas como esquecer as casinhas de palafita que aparecem a cada milha marítima com cada família vivendo isolada na beira do rio pelo furo tajapuru não antena de

telefonia nem sinal e esse ribeirinhos estão literalmente à margem dos benefícios sociais e e vamos completar 48 horas de viagem finalmente terra vista desde que saímos de belém e foram dois dias navegando por furos e estreitos do pará e só agora conseguimos avistar a cidade de afuá na ilha do marajó é possível ver as primeiras casas e as antenas de transmissão lá serão entregues as primeiras cestas básicas do projeto abraço e o marajó para a família que durante esta pandemia de coronavírus perderam oportunidade de emprego e renda e e aí e aí e o navio

auxiliar pará abre o seu porão as pessoas param na margem do rio para ver a gigantesca embarcação atracar sabem que a carga que muitos esperavam as dias chegou a cua na ilha do marajó mesmo que ela necessita porque ela tem uma nenenzinha passa uma tarde toda desembarcando e dizem infectando as sextas vários carregadores levam as milhares e cestas para o ginásio de afuá município de afuá na ilha do marajó tem 38 mil habitantes e uma peculiaridade por aqui não pode circular carros ou motos apenas bicicletas por isso a cidade é conhecida como veneza marajoara ou

amsterdã dos trópicos boa parte das famílias não têm saneamento básico e muitas delas depende de programas assistenciais do governo para obter a e aí e a gente trabalhava antigamente acontecer e sem trabalhar com palmito madeira esse negócio e hoje em dia ficou tudo parado a gente ficou tudo para a gente tratar vivendo um pouco de filho né que tá vendida alguma pesca que a gente faz nós temos em torno de oito mil cadastro de bolsa família é através do khalil o único nós temos aproximadamente quatro mil também né de pesca do pescador que através do

seguro-defeso e automaticamente az7500 essa 7770 cestas mas dá para atender 100 porcento praticamente né todas as famílias que são cadastradas no cad único o peixe os primeiros casos de convites chegaram ao município a prefeitura restringe o horário do comércio encerrou o fluxo dos barcos de passageiros caiu muito movimento mais a gente tem que trabalhar né irmão sabe como é né mas caiu caiu muito tá ficou ruim cidade mas no geral não parou né a gente continua trabalhando normalmente só que agora limitar os horários a isso acaba em alguma hora do dia acaba atrapalhando nossas doenças

também pode vir aqui passa passageiro já felicidade vir aí acabou com turismo no momento não esse é o lá viu virgem da conceição com capacidade para 300 passageiros que faz a linha afuá no pará até macapá capital do amapá em 3:30 normalmente havia saídas quase diárias o problema aqui com a quarentena imposta pelo coronavírus o serviço foi suspenso atrapalhando a vida de muitas pessoas o que precisavam se deslocar de um estado ao outro aqui só tem dois três bancos a disponível para macapá questão de trazer carga mercadoria nós não temos look se lembra nossa cidade

vizinhas para canto nenhum nós não podemos retirar nem para ir aqui no interior aqui tem vigia direto aqui nos postos desde com muito nós estamos na situação aqui que deus nos acuda é o deus nos acuda na vida dos moradores se estendeu como em todo o resto do país e nem todo mundo compreende as medidas restritivas sem aula eu trabalho na zona rural né acabei de chegar de lá mas tudo paralisado né as aulas lá e se torna difícil dar para gente nem fez alunos também principalmente né a gente empresa não pode fazer certas coisas

né você sair na rua não tem que demorar que eles falam né mas é assim mesmo né a gente tem que ter que aprender a conviver né com a situação né mas a gente espera que logo isso vai passar né um dia aí pirira terminar e o fluxo de passageiros irá voltar mas afuar deve continuar com problemas típicos da região norte por cento e os habitantes o pará né e apenas 6,3 por cento deles tem acesso a coleta de boa e quatro porcento dos esboços são tratados então a situação é muito crítica imagine é que

tem um tem um município com mais de cinquenta por cento da população sem atendimento de instalação sanitária isso é no marajó é os riscos da doença são enormes né pessoa esperar a água encher e coloca a bomba lá nos igarapés e passam perto de sua casa e puxa a água direto de lá do do igarapé lá temos banheiros praticamente tudo dentro do garapé a gente não têm fossa séptica todo todo os dejetos humanos estão praticamente vamos coisa igarapés aqui é recomendado comprar água filtrada né tem muita gente que vende mas a nossa realidade é essa

principalmente a água no campo marino quem e inventando nada basta ir lá e comprovar então vamos até o capim marinho o bairro mais populoso e mais pobre da cidade a diversão das crianças é praticar salto dos igarapés com dejetos nos também está a maioria dos beneficiários do bolsa família em afuá na porta de casa conversamos com seu manoel e para nós é o açaí agora na época né que sai nem é todo dia também né todo tempo né agora como tá época não é eu é o que tá dando alimento do povo ela sair acabando

isso aí é só a e é nossa família né que vai aguentar da galera aí eu não tô que nem a bolsa família não tem não tem nada só a mulher que tem um esse benefício mesmo nós vemos conhecer uma vila de casas no bairro capim marinho aqui cada cômodo alugado por 350 reais por mês além disso os moradores dividem 2 banheiros que ficam lá no final da ponte foi aqui que eu conheci a história de dona maria a moradora da primeira casa do capim marinho aqui é o tipo mais vazão e a gente paga

um horror de energia muito alta a energia aí água não tem suficiente a ter só tem aqui da tem que ficar perto da caixa mas para ir tem muita gente que pega água sendo de baixo no chão no garapé é é justamente do igarapé onde a mostra já deram positivas para a presença do novo coronavírus também foi foi vítima da colônia vírus o maior dificuldade da gente não parar de trabalhar né que é o sustento da família da gente aí continue assim mesmo trabalhando pega um dia que eu não dei conta mais vou no hospital

e o olho com da tarde0 exame né de novo fica na tua casa e e sem máscaras convivendo todos no mesmo cômodo e fazendo mocotó com feijão para fortalecer o marido dona maria nem fez teste de convide fazer para mulher que eu tava com ele aí ela disse que será que era para separar minhas coisas né e ela ela foi uma mulher que não teve medo e se for para tu já pegou se não tiver de pegar nós já pegamos esse negócio aqui em casa não aí ficou por isso muito marajoaras como aqui em natal

não acredita uma rápida disseminação do coronavírus e muitos também não creem acidentes como eixo de motores descobertos nas embarcações e quase todos navegam os rios sem colete salva-vidas você já deve ter percebido a carência de das embarcações que nós temos aqui na nossa região grande parte dela não tem a proteção né que é no uso do eixo ali que ocasiona a questão de acidente na escalpelamentos coisas desse termo aí e a marina junto com outros grupos aí que estão ajudando é os coletes são uma espécie de cinto de segurança dos é vendido da parte duram

três anos os ribeirinhos não adquire por isso a capitania dos portos do em uma ação 150 coletes novos esse colete e é feita a doação entre 40 e 80 reais por isso que a gente tem essa essa prática esse hábito de fazer a doação que tem muito não não tinha condições de ir comprar e a gente também tem a parte da conscientização antes de qualquer atividade a gente faz a conscientização sobre a importância ea segurança do strass e e aí e finalmente as cestas básicas começam a ser entregues vamos até a comunidade de são sebastião

algumas milhas náuticas e afuá com o navio auxiliar breves margeando as florestas e avistando palafitas a viagem até rápida bacia do rio amazonas esse aqui é o rio são cosmos aquele lá é o rio piray o ar tem muitos barcos estão vindo aqui hoje justamente para receber as cestas básicas estão sendo entregues na paróquia da comunidade de são sebastião a a gente tá se virando com ele né r$600 é aí a gente pé dica também iscador de camarão né ribeirinho você sabe como é o seu primeiro aí tem uma saidinha te vende também né para

mim com meu marido uma terça é uma base de 30 dias que nós temos só duas pessoas extrativismo ea pesca são as fontes de renda dos ribeirinhos o açaí é vendido há 15 reais a lata ou a 25 reais o sexto o quilo do camarão vale um pouco menos os vaco pega aqui aqui em frente ele fica opaco comprando a gente só trás da casa e me deixa no vácuo e faz as compras na cidade camarão não dá muito só para quebrar o galho o quanto você vende o quilo de camarão e agora tá 12

10128 e conforme a época as atividades econômicas aqui do nosso povo ribeirinho é exclusivamente só a bolsa do governo federal que as famílias mulheres deles corre tudo solução associadas no coisa da bolsa e o extrativismo que eles usam à pesca usa o os produtos tirados da floresta como as aí a madeira e também alguns trabalhar de agricultura mas agora com essa crise do do vírus eles foram impedidos de comercializar os produtos dele tanto aqui no nosso município as fábricas fecharam e ele tanto com o nosso estado vizinho estado do amapá que era para onde eles

transportavam muito as coisas deles né uma família inteira um três bebês de colo aparece para buscar quatro cestas básicas e ganhar os coletes salva-vidas o governo e prometeu garantir as seis faz para as populações carentes da ilha do marajó até o final de 2020 as ações começaram realmente a surgir e hoje nós temos né fruto dessa são fruto desse movimento entre o ministério através do governo federal e os meninos querem o nosso município recebendo as ações sem dúvida nenhuma que agradece a população elas estarão na rua para conseguir o mínimo para sua sobrevivência se não

tiver esse apoio de renda mínima deverá emergencial então falar de isolamento social para que inclui cinza buscar o sucesso nas ruas todos os dias é muito além da grande logística dos navios da marinha há barcos da caixa econômica federal e do inss percorrendo o arquipélago e agilizando o benefício de aposentadoria rural seguro-defeso de pc e outros auxílios nss tem uma estrutura do prevbarco e ele tava e para toda amazônia somos cinco prévio e barcos sendo que um cobre essa região e ele já está funcionando já está andando em cidade do marajó é o primeiro lugar

no inss já está atendendo ao vivo e o parque ribeirinho da vida passa lentamente no ritmo da natureza que importa tanto pinho sabe que uma hora as águas turvas atuais vão passar tal como as lindas paisagens do marajó e ficam para sempre na memória eles também querem ser lembrados pelas autoridades do brasil a gente tem que ir indo como deus quer né pode correndo você vai andando tenho certeza que tudo isso vai passar eu sou assim espero que nunca passe esse gesto bonito da solidade de solidariedade do povo brasileiro a e aí e aí