"As bases teóricas de Frantz Fanon".

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GEFEX UEM
I CICLO DE PALESTRAS DO GRUPO DE ESTUDOS EM FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO - GEFEX DPI/UEM PALESTRA...
Video Transcript:
E aí [Música] o Olá pessoal hoje é o 5º encontro do nosso primeiro ciclo de palestras do grupo de estudos entre nome nologin existencialismo Jefferson e o departamento de psicologia da UEM G Flex é coordenado pela Professora Doutora Silvia Maria Pires de Freitas e também conta com a minha colaboração como coordenadora de junta os nossos convidados de hoje ao querido Professor Doutor deidson mente Faustino é uma alegria pelo aqui com a gente Deivison receber novamente é mais uma atividade aí com a gente o Deivison e ele é cientista social teu Centro Universitário Santo André é
nestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC Doutor em sociologia pelo programa de pós-graduação em sociologia da Universidade Federal de São Carlos e sempre gosto de suar beijos são que você passou um ano desse que o doutorado no departamento de filosofia na Universidade de Connecticut nos Estados Unidos sob a orientação do Professor Luiz gorton e eu posso doutoranda em psicologia Clínica no programa de pós-graduação em psicologia Clínica do Instituto de psicologia da USP e é bastante coisa né atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo no Campus da Baixada Santista
e também gosto de falar Deivison que desde agosto deste ano você também colabora com nosso programa de pós-graduação em psicologia também né orientando comigo uma tese de doutorado do Lucas Gabriel e entre outras coisas você vê até da Alça no Veredas do curso de formação em psicologia fenomenológica existencial também acordando coordenador pedagógico do Instituto amma psique e Negritude pesquisador do laboratório de psicanálise sociedade política da USP e membro do comitê editorial da coleção palavras negras da editora perspectiva e autor dos livros que eu gosto muito a disputa em torno de Franz fanon e transformam revolucionário
particularmente negro é bem aqui só nós costumamos fazer assim você faz a sua fala Oi hoje a Gabi vai fazer a mediação né ficar olhando aí as questões colocadas no cheque e tal e eu queria ver com você geralmente a gente deixa a pessoa o convidado falar e depois a gente traz as questões pode ser assim E aí Ah tá bom então seja muito bem-vindo entre nós Deivison e a palavra é sua eu acho que você tá sem áudio aí Deivison eu estava sem áudio aqui já dando discurso empolgado já guardo já acontece eu agradeço
o convite e agradeço a oportunidade é o prazer tá aqui com vocês na companhia da professora Silvia Lúcia e o pesquisador Professor Lucas também que já deve ter saído pelo do horário e vamos aí a irmã temos construído coisas em conjuntos e eu fico muito grato por isso é preciso muito essa parceria que a gente vem traçando eu tô convidado para falar sobre o Francos falou para mim que eu recebi um convite para falar sobre eu fico sempre na dúvida a depender da turma nessa é mais interessante aprofundar algum aspecto vou fazer uma fala mais
introdutória E aí pensando esse esse pêndulo Aí eu resolvi fazer uma forma mais introdutória mas a depender das questões que vocês fizerem a profunda eu não sei se tem alguém aqui já viu essa fala se já viu vai achar repetitivo repetitivo mas a gente vai aprofundando aí na na vidas nas Idas e Vindas eu vou o título que que eu pensei né para essa conversa é as bases teóricas do Francisco falou mas eu fico sempre na dúvida pessoas conhecem frente sua mão você não sabe de quem estamos falando né antes de falar das bases teóricas
tem uma questão anterior de apresentação do próprio autor E aí eu acho que vale falar rapidinho e o Francisco falou é um autor ele foi psiquiatra e militante da frente de libertação Nacional da Argélia e nesse processo ele participou das lutas de libertação no continente africano aportou no porão africanismo e é um dos autores que ajudou a cor já uma ideia de terceiro-mundista o Marco a ideia de libertação né então você tem que fazer com a filosofia da libertação foi muito influenciada pelo pelo preço falou a pedagogia da libertação a gente tem a teologia da
libertação então falam ele influencia desde um Enrique dussel da Filosofia mas também o Paulo Freire na pedagogia e também vai inspirar uma série de produções o bebê no campo da psicologia e nas redes sociais mas sobretudo ele vai influenciar uma série de movimentos políticos que aconteceram no final do século 20 né então a gente encontra a pesquisa da teoria tu faz um revolução iraniana se a gente olha por exemplo a proposta do ali shariati no Irã até a gente encontra também a influência do Farol em luta de libertação por exemplo guiné-bissau tal e verde presidente
do meu Cabral mas também a gente vai encontrar reflexo do pensamento falou Souza como psicanalista brasileira no pensamento da lélia Gonzalez aqui no Brasil mas também o pensamento da Bell hooks nos Estados Unidos e Então fala um autor que influenciou muita gente eu vou ter de diferente tem desde o CESEC e citando fanon e reivindicando o pensamento do Farol até presente no um Walter miolo na no âmbito da produção latino-americana do pensamento decolonial amigo que ano por exemplo então a um espectro muito amplo de autores que quem vende com perceber que não faz olhar também
que no Zig uma disputa em torno o pensamento dele foi daí o meu último livro publiquei esse ano fala sobre isso é E aí mas é só no como psiquiatra martinicano no Caribe e ele vive em importantes momentos do século 20 participa não só ele ele é contemporâneo da segunda guerra mundial ou da segunda guerra europeia na Segunda grande Guerra europeia como ele participa da Guerra exclusivo e foi ferido em batalha então ele pega em armas aos nazistas da França Mas também ele vai participar das lutas de libertação e na Argélia aí vai ser muito
legal orgânico da frente de libertação nesse processo né E aí a isso ajuda entendeu o título dessa dessa comunicação ele ele vai dialogar com as principais tradições teóricas que havia na época dele e ele vai de alguma forma sem influenciar por essas tradições mas também vai fazer críticas e acabaram apresentando uma forma muito própria de pensar a realidade social e a partir dessas tradições né então também minha fala vem um pouco nesse sentido porque eu vou falar das bases teóricas do frente falou E aí quando eu falo das bases geralmente escrito e três grandes matrizes
teóricas que compõem o pensamento de falam três grandes matrizes Sem o qual Nós não entendemos o pensamento dele aqui ao invés de ficar falando das bases teóricas por si só eu fiz a opção de fazer uma apresentação das introdutória do pensamento dele e aí vou tô percebendo as bases teóricas no próprio pensamento vivo acho que fica mais didático do que fazer uma discussão mais esquemática assim de onde está a onde se situa a cada elemento que ele apresenta também então eu vou me apresentação foi um pouco nesse sentido você não apresentação e alguns elementos mais
Gerais que veio repetir em várias palestras que os alguém aqui já viu peço desculpas mas acho que é mais pode ser mais didático mas antes de começar vale a pena dizer que o falou ele nasceu em 1925 e morreu em 1961 então ele morreu com 36 anos morreu jovem e ele escreveu muito jovem o primeiro livro dele foi escrito aos 25 anos publicado Azul Pet e ele e foi uma um TCC para o curso de psiquiatria acontecer que foi rejeitado pelo curso e depois o nome do meu TCC na hora de publicar o Yuri foi
publicado como Pele Negra Máscaras Brancas Isso é uma informação de o gráfico interessante porque mostra o lugar do pensamento anti-racista na produção acadêmica até muito recentemente a gente pode dizer que até hoje em alguns lugares embora haja mudanças importantes a serem consideradas mas a lugar de principalmente raça sempre um lugar periférico na academia ocidental e o pensamento do Fórmula é diferente do agora é verdade que a própria o próprio estilo da escrita também confrontava os canos canta confrontava os os parâmetros estabelecidos a respeito do que seria uma tese de Psiquiatria e aí ele foi aconselhado
a não apresentava trabalho dele de Psiquiatria e escrever um outro que mais mais digamos positivismo mais quadro a óculos e a trilha não é e aquelas casas brancas é um T5 foi rejeitado e nesse processo falando tá escrevendo aí final da década de 40 começo da década de 50 e ele escreve E qual é o que tá com leucemia até esse momento ele de alguma forma ele se colocava com um intelectual orgânico da frente de libertação Nacional da Argélia e a produção teórica dele vai ser inspirada pelo contexto coletivo da da guerra de independência da
guerra da Argélia não sei se vocês sabem mas a guerra da Argélia foi uma das Guerras mais violentas e todas as guerras de independência do século 20 então a gente pode ir comparar com a Guerra do Vietnã também com da Indochina né antes da própria Guerra do Vietnã mas a resposta do governo francês e depois a violência que os próprios revolucionários vão aprender para se libertar do colonialismo francês é uma será uma violência que não deixaram nada no lugar não deixar a Pedra Sobre Pedra o tem um autor que eu gosto muito chamado Francis doce
ele disse e é nessa ideia de que ninguém passou e eu posso dizer intocado pela guerra da Argélia é o preço do Astra sugere que nenhum Pensador que escreve na década de 60 pode ser entendido se a gente considerar o impacto da guerra da Argélia na memória e no Imaginário francês do desta deste período a guerra da Argélia começa a 54 1954 termina em 1962 Então falou também não viu a guerra o o final da Guerra ele morreu pouco antes do movimento de libertação conquistar Independência mas a produção dele é toda marcada pelo acontecimento da
guerra de libertação nacional e exceto né um livro que é o Pele Negra Máscaras Brancas que é um livro escrito antes de começar a luta de independência na Argélia Então acho importante de marcar isso eu vou falar um pouco disso daqui a pouco a mais e nesse processo do dá o contexto intelectual do falam é o contexto do final da década de 40 e começo da década de 50 o contexto francês então ele ele teve contato com uma produção teórica e de alguma forma a tava muito presente na França dessa época nem eu incontornavelmente uma
das tradições teóricas que falam vai ter contato e vai ser profundamente influenciado por ela e se posicionar diante dela é o existencialismo A fenomenologia existencial proposta pelo Sartre e pela Simon de voar Oi e a partir daí né Talvez o contato do falam com essas coisas referencial é é o pensamento do melhor ponte ou não eles tudo psiquiatria em Lyon na época comendo ponte dava aulas lá em Union Mas a gente não sabe dizer especificamente se ele participou das aulas ou não o parte aqui é o melhor Point do ponto de vista teórico também é
um caminho interessante para gente ir entender o pensamento do Farol Mas de fato a influência Mais gritante Eu destacaria E aí que o existencialista mais gritante é sem dúvida o pensamento do site e da Simone de povoar e mas tem tem outras influências também que o presente de alguma forma Né desde um que Garde até Jasper e entre outros agora também é verdade nesse processo né que tá não fica muito Sartre ao longo das suas obras e tá mais no pele e as brancas e de certa forma de Fato né o Sartre eram uma grande
referência publica no no final das 240 e começo dos anos 50 e seguiu sendo até o final dos anos 60 tanto que o Sartre o falam vai convidar o site aí depois para escrever o prefácio do livro dele Os Condenados da terra do último livro do falam o que é curioso nesse processo é o silêncio do Farol em relação a Simone de povoar o falam não uma fita Simone ele fala da Simone e um trecho para falar do encontro da arte mas não não poder matizar influência dela no seu pensamento como ele faz com Sartre
e por outro lado uma uma análise mais exergética do pensamento do fanon deixar Evidente a presença do segundo sexo na forma de pensar e de na forma de mobilizar as categorias existência e essência é muito mais marcada um mundo povoado pelo site né mas isso é um outro debate que vocês quiserem a gente pode entrar mas eu preciso fazer essa menção que o próprio falou não faz não é o wi-fi dele ele Digamos que ele faz uma apropriação não nomeada da Simone de burro ar né então uma das bases teóricas do Farol é existencialismo daí
a importância de falar dele no curso como esse Mas também ele vai dialogar com outras Vertentes que também o existencialismo dialogava nessa época né uma delas é o Marxismo e aí vocês sabem que a gente pegar o pensamento do site por exemplo né o trabalho da professora Silvia deixar isso bem explícito o site também vai também tem diferenças dos de um site lá do começo da década de 40 o site da década de 60 em relação ao Marxismo eu tenho caminho em direção ao Marxismo e o Marcos não vai ficando cada vez mais presente na
obra do Sartre E também ainda no caso do Farol também a gente vai e isso é bastante visível essa presença do Marxismo Em alguns momentos ela é como eu posso dizer ela tá muito ruim ela inclusive transborda a a forma que o existencialismo apresentavam Marxismo em outros momentos ela está muito vinculado Inclusive a leitura aqui o necessárias fazendo do Marxismo então uma vertente é sem dúvida O existencialismo a outra é o Marxismo e eu incluiria quando eu penso o próprio existencialismo o a a psicanálise e aí também você está mesmo esse curso converterdes está sendo
abordado mas Sartre e no começo da produção dele ele faz apontamentos né ponto de vista de uma de uma psicanálise fenomenológica e apresenta elementos que de alguma forma o falou vai se apropriar também na hora de pensar psicanálise é só que falou ele fica ali uma fronteira entre o Sartre e o próprio Freud totem momentos da notas do Alex Fabiano que ele é mais freudiano do que estar criando mas a própria forma da análise que falou faz ele vai mergulhar na psicanálise de uma forma muito mais agressiva do que postar triunfará Então por outro lado
ele também não abre mão de algumas desconfiança do Sartre em relação à frente canalize por Diana então isso o colar no vídeo de deposicionais exatamente de dizer até que ponto é o que mas a gente vai ver ali elementos tanto da proposta sartriana de Psicologia quanto da proposta pra Diana e por fim uma vertente Sem o qual a gente não entendi o farol e não entendi a relação que eu falo não tem nem coçar ele nem com froid nem com o Marques e sobretudo como Hegel porque também eu a forma com falam ver o rei
eu influencia na no trato com para não dá para o senhor estar triplo Freud e Marx EA forma que falou tens horrível tá muito influenciado pelo pensamento do movimento de Negritude talvez essa seja a principal principal referencial teórico do Fórmula 1 esteja aí no movimento de Negritude em movimento Negritude não sei se vocês conhecem e foi um movimento estético-político teórico-filosófico que pressupunha a valorização estética da negritude o nome Negritude né vem de Negri que é uma no francês essa ideia esse radical é que tem a ver com quem chamaria de negro aqui ele tem a
ver com ele era uma ofensa E aí o movimento Negritude vai pegar esse termo que era uma ofensa e vai inverter vai e depois que havia Várias Vários O que não fazer em várias e várias divergências sobre como essa poderia se dar E aí o irmão cima muitos teóricos e é um Pensador Chamado André e também é o martinicano assim como falou foi professor de falou mas não é grito dinheiro tem condições mas eu não fenomenológico até trás essencialista então Existem várias vários segmentos da negritude e falou vai se aproximar mais das suas Vertentes mais
fenômeno lojas mais históricas e como princesas é é mas também ele vai fazer críticas a Negritude né Então tudo isso eu entro lançamento do falou o leite Dito pelo menos alguns traços do pensamento do Farol a primeira questão aqui vocês vão ver o Sartre gritando aqui no crescimento dele é a definição Silva contém de homem ou de humano nessa muito influenciado pelo humanismo 7 ano a família ele pensar o que é humano EA definição de um ano a importante e esse é o ponto de partida do Farol aliás eu sempre chama atenção porque o pensamento
do Farol acho que aqui vai lá uma fofoca histórica eu falo ficou muito conhecido a partir do prefácio do Sartre foi o prefácio do Sartre ao livro Os Condenados da terra na década de 60 que internacionalizou pensamento no farol antes disso ele era discussões então ele fica conhecida a partir do site e o prefácio destaca a questão da violência e práxis revolucionária no pensamento do Farol porque a água que era importante para os ar de placa Em que momento só que como rascunho é tão intenso o prefácio ficou mais conhecido do que o próprio livro
prefaciado e muita gente conheceu o falam pelo do site e muita gente criticou falou o elogio falou tem que tem sem ter se dado ao trabalho de ler definitivamente o livro todo se contentou com a o destaque do time mas o destaque do site deixa vários elementos controle no pensamento do farol e o farol ficou conhecido como o porquê a violência isso criou uma uma certa certo estigma porque você tem que 80 onde a violência estava na ordem do dia falou era muito requisitado como o autor que inspiraria uma revolução no terceiro mundo mas evolução
é saiu da hora do dia a gente tem queda do muro de Berlim crise de paradigmas sociais ou um revolucionário desaparece e com e e o processamento do Farol desaparece o canal só vai voltar a ser estudar na década no final da década de 80 e 90 com o pensamento possa colonial e pós-colonial uma vertente depósito oralismo a Inglaterra e nessa retomar pelo pensamento posso Colonial vai haver uma distorção e havia uma distorção no salonismo Nossa sartriano e reduzir falou a violência a história de surpresa abandonada Mas ela é substituída por uma outra agora falam
deles tem uma altura da revolução Para os Povos coloniais e passa a ser visto como o autor da subjetividade do autor é da do desejo com o autor a da crítica a identidade e da crítica a ideia de Direito de revolução nisso se criou uma ideia de que o farol seria um anti-comunista ou seria o inaugurador essa é uma frase do Church Hall e não é o inaugurador da perspectiva pós-estruturalista provocativa pós-estrutural como o Pósitron oralismo não sei qual a intimidade de vocês que sistema Mas é uma tradição que vai se fortalecer a partir da
década de 60 com uma perspectiva anti-humanista como a crítica radical da ideia de sujeito e razão e E aí eu falo vai voltar para cena colado nessa tradição como o autor de um propósito realismo e portanto como um anti-humanista isso cria uma distorção porque se a gente faz uma exegese do pensamento do Farol o que não vai ficar nítido é que eu falo um nunca pelo anti-humanista pelo contrário falar uma lista a gente entende máquina só não colando formam do Sartre do que no ficou mas ele ficou muito conhecido a partir dessa aproximação com o
conheço cria um conjunto de mal-entendidos em relação ao pensamento dele né então é embora falou críticas ao Sartre é a base uma das bases frente entendeu o que eu escrevi tudo falou é o site ou pelo menos o essencialismo E aí um pouco acima do voar e nesse sistema e a ideia de homem ou de humano que tá vem logo dentro por esses autores a partir do humanismo de uma defesa do organismo por todas as críticas e as eles faziam a humanismo burguês e os seus limites a visão do falou a respeito do que é
um ser humano ela é muito influenciada pelo existencialismo E aí ele coloca uma questão logo de cara né e o homem como símbolo de humano é uma crítica que a gente possa fazer alguém a a escrita dele talvez mas a pergunta que faz o que quer o homem e aí depois ele pergunta o que quer o homem negro e aí ele ele diz eu queria e tem uma coisa na escrita dele que em alguns momentos em primeira pessoa do singular e isso também cria e Jerry escrito até teleológica da do próprio movimento auto-reflexivo porque você
abriria a percepção para outra dimensão da experiência filosófica que não fosse só a razão meramente cartesiana razão do cogito E aí tem uma escrita bastante difícil também não mas vou entrar aqui logo não esqueci de falar dela queria simplesmente ser um homem entre outros homens vai dizer eu falou que tem uma dimensão do que isso é essa frase de vela que para ele ser humano é ser humano na relação com o outro o outro ele tem uma função fundamental enquanto atravessamento enquanto possibilidade mas também enquanto limite e na Constituição do eu não existe o eu
sem o outro e nesse processo ele fala viu tá querendo desejando ser mais um entre outros homens e o que é ser homem para ele que que a ser humano ser humano para ele é ser livre ser humano para ele é ser desenraizado ser humano para o falou é ser eu não ser determinado por nada nem ninguém é mas qual o problema que ele coloca no livro no Pele Negra Máscaras Brancas mas precisamente lá na introdução mesmo expondo me ao ressentimento dos meus irmãos de cor diria que o negro não é o homem aqui ele
já de marca uma questão logo de cara porque se ser homem é ser livre e ser o amanhecer desenraizado é ser é ser um determinado ele completa o negro não é um homem as pessoas negras não são seres humanos não são pessoas como assim e aí ele vai explicar a volta de novo a definição de humano para o Fado o que que é humano para ele e aqui tem uma bom vôlei Depois eu falo a para ele uma zona do não do ser uma região extraordinariamente estéril e árida uma rampa essencialmente despojada o que que
essa zona do não-ser é onde o autêntico ressurgimento pode acontecer é uma leitura após estruturalista falam leva um erro a respeito dessa parte por exemplo se a gente lê Sueli Carneiro ela vai falar do negro Como não ser e do branco como ser o ser como liberdade e o não ser como é como coisa e ficar são como não humano não é isso que farão tá falando que falou tá falando aqui aqui há uma zona de não ser e é no não ser que está a verdadeira humanidade não é no ser aqui o falam tá
trazendo a própria definição do nada né que o site traz para pensar o que é o ser humano então a uma zona do novo ser é uma região extraordinária extraordinariamente estéril e árida que é o que que essa região Essa região é onde um essa rampa essencialmente despojada na rampa uma queda é onde o autêntico ressurgimento pode acontecer essa rampa é uma descida aos infernos aqui o falou mobiliza o Dante na Divina Comédia para dizer que não é possível chegar o céu sem antes enfrentar os verdadeiros infernos enfrentar as verdadeiras contradições enfrentar as dúvidas as
angústias enfrentar a frustração mas sobretudo né ver a sua certeza se dissolverem no próprio processo pelo qual ela se afirmam é esse processo que nos faz humanos e que nos permite buscar o novo pelo permite-nos Criar e definir nossos próprios pressupostos Essa é a zona do novo ser e a zonas não ser importante ela é Ela é nela que que é como é que se faz mas a maioria dos negros não desfruta do benefício de realizar essa descida aos verdadeiros infernos Portanto o negro não é um homem negro é um homem negro Então se o
que caracteriza o ser humano a humanidade é o fato dela ser dela não ser não puder ser adjetivada o negro ele ele passa a existir enquanto negro colado no seu adjetivo o homem negro não é um homem é um homem negro as pessoas negras não são pessoas ela saiu no máximo as negras e o farol ele vai dizer outra em outro em outro lugar que é o branco que cria um dedo e crio negro e que momento cria um negro no processo Colonial negro é uma criação da cultura colan Branco chega na África e é
uma série de nações e povos é a Esses povos não se viam como o negro se viam como que tio como que a gente vai aqui na Bolívia e viu como é que em Colombo se via como como como como choco e se via como o Olof sua really é o branco que olha para essa diversidade e coloca tudo no mesmo saco e diz vocês não são humanos vocês são negros então próprio signo negro ele é criado no contexto Colonial para fixar algo que em Essência ou é que por Excelência é algo que está em
constante movimento que está é que que a própria mobilização de identidade que cada povo criava a respeito desse é o branco que cria um negro e ao criar o negro fixa o negro não adjetivo o negro e ao criar algo que saúde coletivo fixa o medo na especificidade na espécie é no específico o negro Deixa de ser indefinido é definido o negro é isso isso ou aquilo que a gente vai ver o que significa é esse processo de fixação ele tem uma origem histórica concreta e não é só uma ideia que se faz no mundo
mas ele é fruto das da situação Colonial E aí eu falo vai explorar o quanto que é a situação Colonial ela é acompanhada de um certo jeito de ver o mundo onde o negro não compõem esse mundo enquanto o sujeito apenas enquanto objeto para entender a situação Colonial É necessário rompê-lo uma certa ideia de senso comum que acompanha a nossa percepção sobre alguns termos que falam mobiliza por exemplo ele fala em alienação Colonial alienação ele tá pegando alienação aqui do Rio propriamente dito e do muito influenciado pela leitura kojéve fazer o rego na década de
40 para ele pensa e como algo histórico e se a histórico é algo que pode ser superado a partir da ação humana não é algo essencial mas alienação para o salão não é algo da cabeça das pessoas não é subjetiva uma visão frequente que a gente tem alienação é o alienado como alguém que não sabe a verdade existe uma verdade mas o alienado ele ele tá separado dessa verdade né então a gente pensa para ser uma pessoa que vota no bolsonaro como alienada por exemplo não falou o cara que vota no bolsonaro ele é alienado
mas também o cara que votou no Haddad também alienado e o cara que não votou em ninguém porque anarquista também alienado e esse que vos fala também alienado porque a alienação não é só uma Instância da subjetividade não é algo que se eu contar a verdade para pessoa lá agora entende então eu não vou mais fazer isso alienação ela é algo objetivo e ela fica se coloca na objetividade concreta das relações sociais e aqui a visão da ideologia alemã sobre a internação ela tá muito presente no falou que eu tô falando do Marxismo do mar
propriamente dito é alienação ela ela é uma forma de organizar o mundo está organizado de forma tal que impede que as pessoas sejam sujeitos da própria história da própria trajetória isso é alienação que ele tá colocando o colonialismo não é só no discurso colonialismo ele é o objetivo e portanto essa objetividade ela atua enquanto exterioridade ela não tá falar cabeça do colonizado ou do colonizador ela se materializa é tanta institucionalmente quanto um práticas quanto a própria sociedade é completamente organizada em função uma das necessidades coloniais o que que é o colonialismo objetivamente é uma forma
de exploração econômica e submete um outro povo aos desejos e necessidades alienígenas estrangeiros da metrópole e definir o que se produz Como se produz quando se produz quanto se produz na colônia E para isso ser possível é necessário destruir as antigas formas de produção antigas os antes das antigas formas de resistência do colonizado E então alienação não é só algo subjetivo Não adiantaria só o colonizado individualmente mudar a forma de pensar e que a alienação acabaria tudo contrário enquanto você tem uma lógica objetiva uma forma objetiva de organizar o mundo dessa forma alienação ela permanece
ali mesmo que a pessoa tenha consciência aliás às vezes nem todo mundo que os as máscaras brancas e tem um livro do Farol Não é chamado Pele Negra Máscaras Brancas nem todo mundo que usa as máscaras brancas usa Por acreditar e a máscara é a melhor pele classe nem todo mundo acredita que a máscara é a própria pele tem gente que usa porque sabe que se não usar estará barrado pelo racismo ser do ponto de vista afetivo por exemplo do ponto de vista é intelectual do ponto de vista dos costumes comportamento moral depois de vista
estético o parâmetro de urbanidade é branco então o preto aprendi desde criança que se ele não colocar máscara branca ele tá fora em alguns momentos ele pode até perder a própria vida em última instância né É mas em outras as melhores ele já perdeu a própria vida mesmo que esteja vivo porque a própria ideia do ser humano não contempla então a ideia de humano é branca e isso marca a experiência Negra ao longo da sua vida nesse tem parte em São Martin Impacto também na subjetividade é um pouquinho que a gente vai ver por outro
lado se a colonização é objetiva essa objetividade só se sustenta mediante a elementos mediante elementos subjetivos então é ela é o mesmo tempo objetiva e subjetiva ela quem alienação Colonial é o colonialismo no ele é objetivo econômico concreto material mas ele depende da mobilização de um certo jeito de ver o mundo ele Depende do eurocentrismo que é uma o repertório ideológico e apresenta o branco como o caminho a verdade e a vida ninguém vai ao céus não pelo inferno mas se não for pelo branco ninguém vai a universidade ninguém passa na vestibular ninguém vai para
a pós-graduação ninguém arruma namorado namorada ninguém arruma emprego é não deixar de ser quem é isso é aproximar do branco que o branco vira expressão de bom Belo e verdadeiro o branco vida expressão universal de ser humano o branco vídeo Expressão universal de de Aliás o branco é divinizado ele ganha uma expressão Divina no colonialismo é como se a humanidade como se Deus Branco criar céus e terras e depois depois de surgir se a Grécia como se não tivesse nada antes da Grécia e como se não tivesse nada durante a Grécia e nada depois a
depois da Grécia em Roma depois eu estou dalismo depois vê capitalismo e essa é a história "da humanidade era a gente conta a história da humanidade na verdade a gente conta a história da Europa como se fosse a história da humanidade e isso se reflete nos saberes Mas também se reflete na religião se reflete na estética na política e etc então é um ao mesmo tempo que o colonialismo É objetivo e ele essa objetividade não se sustenta sem elementos subjetivos que legitimem esse processo e porque assim é assim porque é uma relação entre objetividade e
subjetividade opa não vai mostrar aqui é no mesmo momento o que a Europa alcança uma certa ideia de sujeito portanto à ideia de sujeito europeia desde o de kart por exemplo ela é pautada pela razão ao mesmo tempo que a Europa desenvolve uma ideia de sujeito da Razão esse sujeito e primeiro lugar e acima de bobagem mostrar ele é sempre masculino É como se a razão ou se machucou livro fosse feminina mesmo quando as pessoas querem ser à noite de Março aquela coisa caneta vai dar uma rosa para mulher se exalta a aquilo que se
entende por feminilidade em geral é só associada a emoção né a razão é como se fosse algo masculina técnica masculina é e a natureza é como se fosse feminino né Você tem uma a oposição entre homem-natureza o homem como expressão de humano EA mulher quando aparece ela parece só na natureza como algo que não desenvolveu intelectualmente não tem o primeiro problema aqui o outro problema é a própria restrição da humanidade a razão do ponto de vista cartesiana Porque você coloca no cogito elementos que estão para além deles se resume ao cogito se resume a razão
elementos humanos que estão para Além da Razão não opera por si ela também está relacionada a dimensão dos afetos por exemplo isso se perde nessa nessa expressão cartesiana de sujeito e de alguma forma a modernidade e arda do de card no disso daí em diante central da Grécia de alguma forma passa por Santo Agostinho mas tem no de kart um ponto alto esse e continua no cantinho e continua no Rio e por aí vai então você qual que é a questão é que a Copa discutindo O que é o sujeito e mais do que discutindo
momento em que os europeus estão se descobrindo enquanto sujeito para se o quanto aqueles que produzem pressupostos que a gente pensar do renascimento até o Iluminismo é o momento do antropocentrismo o momento em que o ser humano se descobre enquanto sujeito é só que esse sujeito não é castrado ele é um sujeito só da Razão primeiro problema segundo problema que essa razão é masculina mas terceiro problema vai dizer o farol é que essa razão é branca do que quando os humanistas seja do renascimento seja do Iluminismo então definido o que que é esse humano sujeito
desse esse humano é sempre branco é sempre o branco o a Europa o parâmetro da humanidade isso é curioso que do ponto de vista histórico até o renascimento a Europa era Periferia da razão a razão tava em outro lugar tanto o peso de historiadores vão dizer que o filho da o lar a Bica estava no norte africano muitas coisas que os europeus voltaram a saber por exemplo a ideia de que a Terra é redonda isso foi descoberto na África a partir de saberes que tava matemáticos de Alexandria de testes na Líbia na atual Lívia é
Leia Oeiras tô feliz mas ao mesmo tempo está isso é um conhecimento comum ao mundo grego né isso lá no começo o Curioso é que depois os europeus perdem esse saber não só esse conjunto de saberes da filosofia grega isso só volta pra Europa porque isso foi levado para a Europa pelos africanos islamizados pelos mouros mouros são africanos islamizados então é enquanto Europa tava nas trevas achando que a Terra era quadrada esse esse conhecimento que Inclusive a Europa à grega ajudou a forjar ele circulavam o resto do mundo daí na e esse usar árabes é
conheço conhecimento de medicina por exemplo e ir no norte da que você tinha universidades notebook tu tinha centro de pensamento no Mali e só que de repente vem a modernidade Graças Inclusive a esse saber que chega à Europa de fora e aí a Europa a partir daí vai criar um mito a respeito desse onde todos saber se desenvolvem nela mesmo como se ela fosse o grande demiurgo do pensamento humano e aí a gente esse mito permanece a gente vai ter por exemplo Rider dizendo que é só é possível filosofar em alemão por exemplo mas isso
está presente no tocante quando eu cante vai dizer que o negro jamais conseguiria produzir arte ou estética no milho do Sublime que o branco consegue fazer ou rede o que vai dizer que na África não tem história que a história vai dar da do oriente para o ocidente e não passa pela África com a modernidade ela é ao mesmo tempo um momento de e de conquistas contra as trevas e de conquista de uma ideia de sujeito para se isso é uma conquista humana mas ao mesmo tempo é uma conquista realizada porque uma conquista que só
ver o branco como a dimensão desse desenvolvimento e porque que só veio Branco só ver o branco porque é exatamente nesse momento do de kart ao reino que a que os europeus estão se percebendo enquanto sujeito é exatamente nesse momento que os europeus estão roubando matando e destruindo fora da Europa é graças à colonização que inclusive esse desenvolvimento das forças produtivas torna possível o questionamento que vai vai se fazer no Renascimento depois do Iluminismo então isso coloca um dilema ou falou vai dizer porque o Iluminismo a razão ela não é uma Oposição a escravidão ou
melhor a escravidão não é uma anomalia a humanismo dormir e a escravidão ela é condição de existência do humanismo burguês porque foi graças a escravidão EA colonização e inclusive foi possível a Europa se desenvolver até o ponto inclusive explorando outros saberes e outras forças de trabalho que ela consegue dar o salto então o melhor o melhor da Europa é atrelado ao que ela ao Pior que ela causou no mundo no a escravidão não é uma anomalia ao liberalismo liberalismo depende da escravidão tem uma relação aí umbilical em triângulos e isso é importante porque ela não
vai mostrar aqui até a Segunda Guerra europeia a gente chama de mundial ninguém os melhores pensadores europeus estavam c****** para o debate do racismo foi só depois da segunda guerra que muita gente que vocês respeitam que eu também vão começar a falar da segunda guerra na Europa uma coisa falo nosso racismo é algo que precisa ser enfrentado também no plano teórico é só a partir daí e que e quem vai responder isso é o professor do Farol ainda vocês é do pensamento Negritude quando o Mc Zé dias que o que incomoda na do nazismo Hitler
que faz a gente odiar o Hitler o que faz para o nome do Hitler será pior das ofensas que você faz para alguém afirmar alguém de Hitler O que faz o Hitler odiava tanto não é um fato dele ter representado a morte de milhões de pessoas não é o fato de representar a colonização de outros povos de outras Nações é um fato dele te explorado do trabalho escravo de seres humanos ou derrubado riqueza das pessoas o que incomoda No Ritmo e fazendo ficar tão elogiado do Hitler é o fato de ele ter feito isso na
Europa é porque os europeus já faziam tudo que o Victor fez fora da Europa e isso nunca causou Refúgio no mais é no mai no maior dos humanistas só que teve humanistas que que tem que se revoltaram Mas no geral grandes humanistas burgueses é discutiu a liberdade como se ela não fosse o problema antagônica a escravidão você pôde são John Locke John Locke dizia aquilo que nos caracteriza humanos EA liberdade mas o Dinho lá que era um dos maiores acionistas de uma empresa de escravo na empresa holandesa de escravo então a troca ideia de liberdade
do Loki no devia ser estendida ao preto porque do contrário ou ele teria que rever a teoria ou ele teria que rever sua fonte de financiamento que a escravidão Então esse esse outro encontrado no pela encontrado no Novo Mundo As populações indígenas as e não poderiam ser representadas como esse Sujeito como humanos e como sujeitos porque do contrário o próprio processo que dava condição para essa ideia de sujeito ficaria em cheque Então esse outro ele passa a ser um outro radical não outro no sentido sartriano de um ser para o outro mas um outro no
sentido de ensino o outro ensimesmados no sentido regueliano de coisa inessencial de coisa que não tem a essência baseado no seu próprio pressuposto é então negro ele não aparece como sujeito quando a gente pensa razão o negro não aparece quando a gente pensa humano o nego não aparece quando a gente pensa Progresso desenvolvimento tecnologia o nego não aparece durante Pensa a história da humanidade eu ligo lá para o nego tu vai aparecer quando a gente pensa natureza a gente pensa atraso quando a gente pensa a África e a África sempre pensada como Oposição a razão
a tecnologia A fica quase que é o Rei Leão e também a infância da humanidade Então quando você quer criticar a razão instrumental a razão técnica os efeitos do Progresso É isso ai vamos fazer um Maracatu para aliviar a cabeça é como se a própria cultura africana fosse um depositário de um passado é inocente que nós deixamos para trás e que a gente pode inclusive e preservar aquilo ali no no cubículo no ensaio para acessar de vez em quando quando nós tivermos empacotados da Razão instrumental capitalista o negro só aparece enquanto objeto é porque o
único que pode ser sujeita o branco só que nesse nessa separação ocidental nesse mito branco do sujeito o sujeito não é o mito né mas a forma que o acidente descobre a dimensão do sujeito justifica o sujeito Por que reduza ao branco e reduz a razão se o É do jeito a reduzir da razão então a emoção o corpo as pulsões a tudo que foge a razão é visto como natureza nunca Encontro parte do sujeito é algo que o sujeito tem que dominar controlar para poder ser sujeito para poder ser livre mas o nego nunca
pode aparecer como sujeito ele só aparece enquanto o corpo ele só aparece enquanto funções ele só aparece enquanto sexualidade Gruta Sem interdição e só aparece a gente pensar por exemplo negros famosos a maioria vai ser do esporte da música do corpo como se o esporte a música também não precisasse de intelectualidade nessa separação de bastante ocidental a gente pensar cientistas por outro lado a chance da gente citar uma maioria de homens brancos ela é muito maior então o negro aparece como objeto porque a natureza é objeto nessa mitologia de sujeito que o acidente cria o
livro Só aparece enquanto natureza é e o branco por outro lado passa serviço como Universal o branco passe seis expressão universal de humano então quando eu penso humano eu penso é o do branco que eu tô falando o nego só aparece quando específico quando eu vou falar do debate sobre o racismo aí pode falar do negro debate sobre a cultura Negra específico aí pode falar do negro debate sobre as mulheres negras aí pode falar comigo mas quando eu falo de ser humano em geral é a Europa ou o branco Euro descendente que aparece como representação
dessa humanidade e o livro por outro lado não entra quando entra é o ligado à natureza ou a specific a especificidade a crítica do falou a fixação do ser lembro entra como o outro rei ficar porque essa natureza é objeto então eu sempre trago esse essa poesia do Alfieri isso não é uma coisinha né é um livro chamado O Homem Invisível e onde o Ralph l só vai dizer E aí eu sou o homem invisível Oi não vai falar dos dilemas de Ser Invisível é um personagem que ele trabalha no livro O amigo exijo aqui
de repente se percebem visível um homem negro e ainda vai falando essa aventuras que essa invisível tem coisas boas também sem invisível você pode ir no pra pagar para entrar para ver o jogo algumas coisas mas por outro lado não que você é notado é de uma violência essa gente pode pensar por exemplo debate do Sartre sobre o olhar o que é não ser visto qual aplicação de não servir nós somos atravessados pelo olhar do outro o que significa não ser visto então vai dizer o Ralf Anderson sou um homem invisível não como um fantasma
que assombrava a assombrava Edgar Allan Poe nem como um desses ectoplasmas de filme de Hollywood sou um homem invisível de carne e osso fibras e líquidos talvez até se possa dizer que possua Uma Mente sou invisível compreendam simplesmente porque as pessoas se recusam a me ver e como essas cabeça sem corpo cabeça sem corpo que é que às vezes são exibidas na frase de circo Estou por assim dizer cercado de espelho de vidro duro e deformante então se eu preciso do Olhar do outro para me compor quem se aproxima de mim não me ver vê
apenas o que me cerca assim mesmo os inventos de sua própria imaginação ou da Imaginação Colonial quando eu apareço ninguém vai ver o Deise as pessoas vão ver um negro mas esse negro não É o Deivison necessariamente é tudo que o colonialismo disse que o negro é negro é corpo negro aí aí tem um conjunto de invenções Fantasmagóricas a respeito do que é ser um corpo negro e tudo que que o negro indevido trás se perde pois ela falou Fala cheguei eu só queria ser um homem entre outros homens Mas é isso que me descubro
objeto e-mail os objetos quem se aproxima de mim ver apenas o que me certa um dos o próprio imaginação na verdade tudo e qualquer coisa menos eu é que quando se fala em humano o negro não tá E aí o o referencial de humano é branco e por outro lado não dá para ignorar o negro à escravidão depende do corpo negro e o negro tá no mundo mundo moderno só é o que é no contato com os negros os árabes os nos indianos os indígenas Então esse corpo negro ele vai continuar aparecendo por mais que
ele não seja visto como humano ele é humano insiste em ser humano mas se você vai ser humano que você vai fazer escolha dentro de uma dada situação e qual é a situação Colonial é uma situação onde eu só sou visto como objeto então também as possibilidades de escolhas são atravessados pela situação colonial e por outro lado Aos olhos do Branco do racismo do racismo o negro não é um homem complexo é só um esteriótipo criada pelo racismo então o negro ele ele não aparece enquanto humano mas ao mesmo tempo não dá para não perceber
então ele vai aparecer quando ele ameaça a ideia de humano ele não é visto como humano mas quando ele aparece como ameaça a ideia de humano aí ele aparece mas aí ele só aparece enquanto ameaça ele nunca aparece Encontro parte da humanidade esse ele ameaça a eliminação desse corpo ela ela contribui para a sociedade funcionar melhor ela contribui com o desenvolvimento humano tem que pensar na Eugenia por exemplo o projeto da elite brasileira era determinar o preto da do Brasil e com a crença de que o Brasil se desenvolveria a gente a gente pensar a
política de segurança pública no Brasil ela tá muito perto disso mas por detrás dessa ideia existe a essa lógica de aqui o corpo de que o negro é um corpo e de que esse corpo é só objeto seja Objeto de Desejo seja objeto de estudos essa foto aqui era do filme A Vênus Negra né de contabilida ser ótimo têm objeto de propaganda não importa Aliás você não vai dizer que não importa nem se esse objeto É valorizado ou seletivo valorizado o ponto é que o quanto objeto que o negro pode aparecer eu vou parar por
aqui para gente conversar não vou entrar nos detalhes mas eu queria dizer que esse processo do ponto de vista Du France falou ele tem consequências subjetivas e objetivas consequências para brancos e para negros é porque tanto negros contra brancos passam a via o mundo e portanto a se ver a partir desse referencial mas eu vou parar por aqui e outras questões e dependendo das questões eu posso continuar o slide ou não é isso estou à disposição para o que vocês oi oi Deivison eu sou Gabriela vou fazer a mediação das questões até agora a gente
estava tão envolvido com a sua fala que não apareceram outras questões Então se pessoal quiser ou escrever aqui no chat ou se quiser pedir ligar o microfone a câmera enfim podem ficar à vontade mas ouvindo você falar e também eu tive a oportunidade de ter um livro O Céu de quando você veio para Maringá no passado e me chama muita atenção é essa e eu acho eu vejo muito duas vertentes né de dois movimentos o site indo da ideia por concreto para concretude das relações e o Canon fazendo esse movimento de saída concretude não sair
né mas seu esse início na vivência do ser negro para depois desenvolver e explicitar isso e é a própria escrita dele é uma escrita muito viva Então é eu vejo uma de uma forma muito pontual e muito necessária essa essa é esse o que ele simboliza o que ele significa para nossa história como ciência também é de trazer nessa próprias vivências e eu particularmente gostaria que você falasse um pouco disso de como é de como o falam Faz fez nessa esse movimento de trazer a própria experiência para dentro da ciência e como que enfim como
você vê isso e como é possível a gente continuar sendo fazendo ciência também colocando a nossa subjetividade as nossas vivências no foco disso É o Deivison aproveitando a colocação da Gabi vou nesse mesmo contigo dela e peça é para você comentar também sobre é a culpa né porque essas controle de voz né O que que você tem aguentado aí porque é Benício que a Gabi. O outro você vai ter muito claro né só fala né porque o só não ele faz a gente fazer essa crítica etimologia né Não só a Oncologia mas principalmente a epistemologia
E isso tem a ver com o nosso fazer científico e profissional da queria ver o que que você conversava sobre aquele né eu trabalho Os Bórgias a E aí é bem fazer um buraquinho e tem mais gente acho que pode ser até agora tivemos apenas elogios a Camila disse que tá sendo uma fala incrível ali Anna também disse que tava estava absolutamente absorvida pela sua fala professor e a árvore disse também que sempre muito bom ouvir falar mais sobre o farol vindo de você e agradecer também pela fala me ligar e até nessa puxando gancho
da pro florsinha no seu livro em algum momento acho que você se tu falou ele disse que seria necessário que os efeitos do colonialismo não tem como ser tratados de alguma forma na clínica mas só através de uma revolução e histórica Enfim uma questão mais social e como que dá para trabalhar isso também né não de uma forma devido ao meio de uma forma mais ao nosso alcance a revolução ainda não tá não tá em nossas mãos né nesse momento ou tão próxima então à vista que legal legal eu vou o eu vou voltar a
projetar E aí eu vou seguir a apresentação porque ele dialoga com as questões que vocês colocaram E aí eu acho que talvez ajude a pensar tanta questão da experiência vivida como a questão da Clínica né Eu aqui uma coisa importante para dizer sobre antes de falar na clínica da própria experiência de vida muito legal comentário com a Gabi fez porque ele permite pensar em inclusive uma certa diferença entre Sartre e acima de boa também porque o ponto epistemológico do falam aqui é a Simone de Beauvoir e o caminho que ela faz no livro O segundo
sexo é tanto que o subtítulo do livro da cima de povoar é o segundo sexo subir: a experiência vivida e experiência vivida no farol no Pele Negra É o quinto capítulo do Pele Negra Máscaras Brancas e um capítulo mais importante para a gente pensar A fenomenologia que ele o e curiosamente para capítulo que ele vai criticar o Sartre porventura perder de vista Inclusive essa experiência vivida então é um tema muito muito importante eu sei que de alguma forma ajuda a pensar Clínica daí eu vou falar da Clínica daqui a pouco pensou nesse referencial do branco
como um tédio ano ele traz algum conjunto de reflexões e de para gente pensar do ponto de vista psicológico como a Lucy coco é para falar disso eu retomo o filósofo e os guardem que usa o termo até Odisseia para falar da da contribuição do fórum para a filosofia e consequentemente praia sistema logia ele chama de prazo disciplinas né pensamento disciplinar ocidental porque o que até hoje e Segue até o dicéia é a resposta para aquela pergunta a respeito do mal e se Deus é perfeito Porque existe o mal essa pergunta ela teve várias respostas
mas a quer dizer os meus guardam é a resposta do Santo Agostinho quando o Santo Agostinho diz que o que Deus é bom é perfeito onipotente onisciente onii-san benevolente mais ao mesmo tempo o mal existe quando o ser humano escolhe não escolhe a Deus então o mal é essa esse buraco né quando o ser humano novo escolhe a Deus já que Deus deu o livre arbítrio o ser humano quando o ser humano não escolhe a Deus o mal aparece essa resposta para os Gordon ela é uma ela é a própria que é Odisseia ela é
o que melhor expressa até Odisseia porque tu nos guardar a resposta de má-fé o na visão dos Gordon o Santo Agostinho ajude má-fé ao tentar preservar o sistema preservar uma aparência de coerência do sistema ele jogou para fora do sistema um problema uma contradição que é do o tema que se Deus é tudo a gente poderia achar uma saída e pneus Rihanna por exemplo acho que ela vai ser bom deus é inclusive o mal mas isso não caberia na concepção de Deus na concepção até a lógica do Santo Agostinho a resposta dele vai ser jogar
o mal para fora do sistema Kiko Que contradiz a própria máxima de que Deus é tudo que nada escapa ao a vontade de Deus e joga para fora joga para o ser humano Esse ato de jogar para fora para os Gordon é até Odisseia e que isso tem a ver com o farol por isso guarda vai dizer que uma das grandes contribuições ou de Frantz fanon foi mostrar que a até Odisseia é a própria característica do pensamento ocidental em diante de si próprio na relação com outros saberes porque no colonialismo para que o capitalismo pudesse
ser universalizado para que fosse viável o som do Capital se cria um processo de deslegitimação e até de demonização de todos os outros saberes que não sou ocidentais então criar um mito de que o branco de que o acidente oh de iur do conhecimento e com isso acaba se é atribuído uma característica Divina ao branco ou pensamento aos pensadores ocidentais é o que faz com que mesmo aqueles que perceberam que os gordão o outro porque vai esperar isso eu maldonado-torres mesmo Russell e vai vai denunciar crise do acidente vai tentar responder essa crise nos Marcos
do próprio acidente é o ocidente aparece como como Divino e diante dessa divinização do dente é a contradição que é própria do próprio acidente ou do capitalismo previsto no outro então racismo ele não é só uma forma de inferiorizar o branco alguém priorizar o negro e de atendimento do banco o Assis não é uma forma de O que é humanidade onde só o branco aparece como humano mas por outro lado para que isso se sustente é necessário transferir para fora do Branco aquilo que também é dele por exemplo as contradições que passam a ser vista
no negro e isso tem um efeito psíquico no ponto de vista de um narcisismo para o fórum mas também tem um efeito teórico-epistemológico porque os saberes ocidentais passam a ser vistos como parâmetro do próprio saber ele deixa de ser uma forma de saber e passa a ser o próprio saber e tudo que desvia dessa até Odisseia passa a ser visto como algo errado e mais do que isso a contradição só passa a ser visto fora então o falam dar um exemplo né é ele fala da do bode expiatório né da ter se conhecem bem a
teoria do bode expiatório é importante para o existencialismo é a ideia do Abraão a Isaac é mas o falam vai dizer o castigo que nós merecemos é só pode ser desviado se negar mas a responsabilidade do crime projetando a culpa na vítima pro vamos assim a nossa pelo menos a nós mesmos que dando o primeiro e último golpe Agimos em legítima defesa então é o assim não é só uma infeliz ao negro ele é uma forma de projeção na vítima dos rios que são que é do próprio sistema capitalista do que e do próprio eurocentrismo
por exemplo aqui corrente pensa violência em só pensa violência na favela antes nunca pensa violência do centro por exemplo a violência do mercado a gente pensa a violência de quem está fora do mercado de quem acessa precariamente mercado combate às drogas em qualquer cidade do Brasil quando a polícia vai combater as drogas ela vai na região ela vai na favela vai É mas deixa pode pensar no colonialismo por exemplo acima vai ter uma função de legitimar uma ideia colonial e onde o outro ele aparece como um selvagem como natureza bom E com isso é o
mal aparece só no outro então o exemplo do Indiana Jones é muito interessante porque acho que todo mundo aqui assistindo indiana de ônibus você a idade de vocês não deu para ver direito pelos rostos Mas hoje ela gente foi um clássico pelo menos para mim a geração e Indiana Jones era um pesquisador ao papel da academia e deve teme que vai até o outro pó logo um arqueólogo que busca pedras preciosas para levar para os museus europeus e nessa ele vai num povo lá que eu não lembro o nome aliás acho que nem aparece o
nome do Povo Limpo eles não tem nome e ele rouba uma pedra preciosa com esse povo que para aquele povo tirou a função Religiosa e o yang é uma pedra de diamante que essa caveira de um formato de Diamante Diamante em forma de caveira ele rouba essa caveira foi na bolsa dele Aliás o indígena de onde tem um chicote Indiana Jones foge e nós todos torcemos para o Indiana Jones Porque ele é o único que tem nome ele tem namorada ele tem história E se ele sofrer a gente vai ficar triste Se ele morrer essa
azul esses outros eles são animais eles não tem nome a gente não vê o rosto de ninguém com foco não tem história pessoal de ninguém então até Odisseia ela vai apresentar o colonialismo como Divino e o não ocidental colonizado como selvagem então aqui queria criança uma uma polarização né é e por outro lado é minha filha nesse processo né ele cria distorções no olhar de brancos e negros porque se o o racismo permite ao europeu transferir para fora para África é que o Oriente as fantasias que são suas então europeu deixa de velas em si
próprios se o seu trânsito transfere as contradições que são suas para o negro ele deixa de ver essas contradições de si próprios se ele transfere a violência a as como posso dizer as O que são suas que são do próprio sistema capitalista para fora ele deixa de ver em si próprio e com isso ele passa a ter uma visão pobre desse porque a violência sempre o problema do outro e não meu isso tem problemas psicológicos clínicos individuais inclusive mas também tem problemas do ponto de vista sociológicos porque se todas as contradições é só algo do
outro então a gente não tem o que fazer internamente para transformar a gente não vai olhar com as contradições de forma transformadora estão falando ele dá um exemplo né do quanto que essa tela de seia ela é também uma forma de castração ao branco o branco também é castrado de uma parte desse quando ele transfere essa parte para o negro embora essa parte seja o as contradições seja aquilo que foge a ideia ocidental de sujeito o corpo etc mas ao transferir para o outro o branco deixa de ver de ver nele próprio né então falou
Dá o exemplo do do do da estátua O Pensador do roda ele vai dizer que qualquer aquisição intelectual Exige uma perda do potencial que sexual o branco civilizado conserva nostalgia e Racionais de épocas extraordinárias de permissividade sexual aqui o falou está mobilizando froid né a própria ideia do agente principal totem e tabu na ideia de que a civilização ela pressupõe uma violência originária o país Ijuí e tem tudo ali uma o mito que o fraude cria para explicar o quanto a civilização é um certo pacto é de contenção de uma violência mais que tá na
no DNA na origem da própria civilização essa violência originária Deixa de ser vista como parte da civilização e passa a ser transferida para os selvagens para o alerto para o colonizado o branco civilizado ele tá falando aqui da sociedade Colonial conserva nostalgia e racional de épocas extraordinárias de permissividade Olá pessoal de cenas logias ticas de estupros não funcionários de incestos Não reprimidos essa fantasia em certo sentido Responde ao conceito de instinto Vital de Freud projetando essas Intenções no preto o branco se comporta como se o preto realmente a tivesse é então o Varão ele ele
vai entrevistado durante os dez anos que ele foi psiquiatra várias pessoas brancas e e é muito comum o medo a respeito do preto aliás tem uma curiosidade que eu preciso falar aqui é uma vida tava dando oficina lá pelo amma psique e Negritude EA Estávamos falando de racismo E aí uma pessoa branca fosse não mas vocês estão exagerando não é assim é eu tenho medo de ladrão e definir porque eu já fui roubada inclusive até o trauma se eu vejo uma pessoa negra eu tremo de medo porque eu lembro de uma violência que eu já
sofri eu já fui assaltada de uma forma violenta e quando vejo uma pessoa negra eu eu tremo de medo eu lembro disso foi uma situação traumática Então é isso não não tem a ver com o racismo tem a ver com trauma que eu já vivi vocês vão ver o racismo tudo aí nós perguntamos alguém que vais aqui já foi assaltado aí mais umas quatro pessoas tinham bebido a mão a gente falou alguém aqui foi assaltado por um branco é uma pessoa levantou hoje você já foi assaltada pelo branco Toda vez que você vê um branco
você treme de medo é a pessoa Fundão eu tremia de medo se eu ver se aquele branco aí a pergunta que nós fizemos com essa aí E por que que é quando o branco faz errado é Aquele branco que fez errado e quando se trata de um negro a uma generalização para todo o grupo A pessoa que relatou o trauma em relação ao negro deu a ideia de que qualquer negro que apareça ela vai lembrar do assalto então você tem alguma transferência de uma fantasia do negro como violador original do negro como violador é essencial
do negro como um animal é prestes a sair bom né E essa fantasia de alguma forma ela vai se encaixando na experiência vivida das pessoas é E aí vai dizer ocuparam o branco está convencido de que o negro é um animal se não for o comprimento do pênis é a potência sexual que o impressiona intenção no branco ele o branco tem necessidade de se defender desse diferente Isto é de caracterizar esse outro o outro será suporte de suas preocupações e de seus desejos aqui é o farol ferdiano falando porque para ele o primeiro lugar eo
preto tem complexo de inferioridade E aí vou chegar na clínica porque não adianta chegar na Clínica sem antes pensar como ele pensa o atravessamento subjetivo do racismo se o preto tem complexo de inferioridade é porque ele não se ver nesse projeto de humano o branco ele tem complexo de superioridade porque o branco não é tudo isso o acidente não é tudo isso Aliás o a Europa só é o que ela é no contato com outros povos Mas você descobrir essa imagem do branco como Deus como divindade Porque essa imagem Ela implica um na o narcisismo
castrado porque ela para criar essa imagem do branco como perfeito todas as imperfeições foram jogadas para o negro do ponto de vista da fantasia sexual aí uns falam freudiano falando então você tem tanta agressividade como a violência como as contradições mas também o corpo Então se o negro é corpo porque eu me porque o negro é corpo que eu tenho Branco nesse modelo de sujeito cartesiano a única dimensão que compõem o sujeito é a razão não é o corpo o corpo é algo para ser dominado pela natureza então o sujeito não é corpo sujeito é
um não corpo o corpo faz visto no negro o que o negro é um só corpo o nego não é nada mais que corpo o negro é natureza em estado bruto Então se o branco é razão cura e o Razão Pura e lembrei do cante aqui na Crítica da Razão Pura se o Branca Razão Pura e fio preto é corpo puro então quando o branco tá diante desse corpo Preto esse corpo preto é assustador porque do plano da fantasia ele é depositário de todas as fantasias coloniais e vão tratar esse corpo como um corpo selvagem
como no corpo mais corpo do que outros corpos como um corpo é como natureza bruta pronta para explodir é só a gente pensar a produção cinematográfica Olha o Diana sobre a África por exemplo é só encontra animal e os africanos aparecem talvez a exceção seja o a canga é a black Panther o restante de filmes ou desenhos do Rei Leão o quadro h jogo do King Kong a Último Rei da Escócia do Senhor das Armas até Hotel Ruanda é só enquanto animal que o negro aparece vocês animal animal mesmo humanizado você é um homem animalizado
o que importa Mas também a gente pode pensar produção pornô por exemplo e interessante analisar a produção pornô porque é um espaço em que você não precisa se render algumas etiquetas que é um espaço onde você pode libertar a fantasia tal como ela parece as pessoas negras elas aparecem em cena O coroa não aparecem como negras a ideia do negro na cruz eu pornô é desse corpo Ipiranga o mal que tem mais natureza do que qualquer outro corpo exatamente por indo que que ele entra como objeto de desejo no jogo ele não entra como sujeito
do desejo letra como objeto do desejo na fantasia que se faz ao corpo negro do homem negro da mulher negra Então você tem uma racionalização do corpo que tem última está é de um animal que é pode sair do controle a qualquer momento um animal que é suspeita até que prove o contrário Então esse processo ele tem efeitos subjetivos um brancos e negros para os brancos é a própria transferência dessa pulsão de vida dessa Desculpa essa agressividade com todos os termos mas que passa a ser vista solo negro só na favela só no outro é
então esse até aí uma dimensão de insegurança tá meio do Branco quando está diante desse corpo preto que ele pode sair o contrário é o Aos olhos do Branco em geral né tô generalizando aqui funcionar logicamente o preto é suspeito até que ele prove o contrário e mesmo que ele prove o contrário a qualquer momento ele pode ser ele deixa de provar e volta a ser suspeitos mas para o negro também tem consequências subjetivas e objetivas porque é o branco está no Poder da relação Colonial então isso esse jeito branco de D e implica uma
situação Colonial que vai determinando a experiência vivida do negro da infância até a morte do das formas de trabalho até as possibilidades de adoecimento no Arthur aqui a maioria das vítimas da cozinha de são homens negros e de baixa escolaridade existe uma dimensão racializada' na distribuição da morte na distribuição da oportunidade de prevenção de acesso à saúde então objectivamente o negro é atravessado ao longo de toda a sua experiência de vida e isso tem consequências na para subjetividade tem consequências para sua forma do negro de se pensar Então a primeira tarefa vou pular aqui para
gente ver a tempo a primeira tarefa da Clínica é considerar a situação sobre o qual a subjetividade se dá existe uma situação no caso do Brasil não é o colonialismo que falam leu estudou mas existe resquícios de uma herança colonial que organiza nós a cidade e que imprimir é determinado atravessamentos Para experiências vividas pessoas negras então primeiro a cara é a primeira tarefa do Farol para psicologia é não fingir é superar o liberalismo e pauta A psicologia de achar que o indivíduo que chega ali diante da Clínica o indivíduo isolado e qualquer Associação que ele
faça a água da cabeça dele que bateria ele pensar diferente que as coisas mudariam para algumas pessoas para todo mundo você tem você tem a situação para lidar ação é a situação atravessada pelo colonialismo pelo racismo pelo machismo por uma série de determinações é importante ter isso em mente considerar essa dimensão como um elemento porque ela marca a experiência vivida não só subjetiva mas o objetiva eu trago aqui o exemplo do menino né no Rio de Janeiro e foi baleado e a última palavra que o senhor foi mãe mas ele não e a camisa da
escola tudo que ela enterrou o menino com a camisa da escola do Rio de Janeiro porque o menino assim como qualquer outra pessoa na sua cidade racista acreditava aqui a utilizar a máscara branca Talvez ele estaria protegido a máscara branca são símbolos que a própria ordem social elege como símbolo de humanidade de Educação de fidelização ir para escola por exemplo desse uniforme mas ainda assim os olhos da polícia ele era um negro como é que não seja clarinho minha mãe apareça Clarinha diante de nós aos olhos da polícia ele era um negro e o negro
é um suspeito até que prove o contrário e às vezes mesmo Provando o contrário não se prova então isso tem uma marca para subjetividade porque se você já sabe que você pode ser morto você já antecipa a morte é lógico todo mundo vai morrer né a consciência da morte é importante para valorizar a vida melhor que a outra morte é uma morte antes da morte é uma morte Onde você já tá morto antes de morrer porque você tá me é de vista da humanidade né o calor vai dizer Cheguei ao mundo querendo ser um só
querendo ser um homem entre outros homens e esse que me desculpe o objeto e outros objetos Então esse processo ele é ele traz Sofrimentos insuportáveis e que desde criança você percebe que aquilo que você é precisa desaparecer para que você seja aceito então isso tem consequências e tem esse também os efeitos porque se você sabe que seu filho pode morrer a sua relação com a sua saúde mental vai ser muito diferente de quem pode sonhar com o futuro do seu signo ou se você é um filho e você sabe que você pode morrer antes de
ficar adulto também as suas escolhas ao longo da vida eu não sei demarcadas pela consciência desse fato de que você pode louca vivo amanhã então para que fazer plano Médio prazo para que dá um tem uma experiência da desumanização lá atravessa a subjetividade Negra e cria um conjunto de problemas que não têm sido discutidos pela psicologia é e p o Thales né Um deles é o que o web do Boys chama de dupla consciência e falou se apropria para falar que é a própria de extorsão dupla consciência é o véu do racismo que faz com
que desde criança o número só tem algum como referencial de humano para se ver então a relação que o negro tem consigo uma relação de diz ajude porque toda vez que eu vejo alguém que vai ser chamado bonita esse alguém não sou eu toda vez que alguém vai ser chamado inteligente toda vez que alguém vai ser sujeito de afeto e se alguém não se parece comigo então isso tem uma explicação também para forma que as pessoas negras se vem da infância até a morte Você tem uma cozinha uma experiência vivida atravessada não por uma afirmação
do seu parasse mas por uma busca para negação de si na medida em que aquilo que é valorizada é o branco então ah uma busca desesperada das pessoas negras tentando se aproximar desse Parando aqui no branco toca essa a mais que ela seja é como é que ela seja eu posso dizer fazer mais que ela seja apaixonada por mais que ela seja empenhada elas barra sempre do racismo Porque por mais que o preto tem que ser Branco ele ainda vai ser visto como preto por mais que o preto Vista Máscaras Brancas coloque a camiseta da
escola a carteirinha da Universidade leia os autores da pós-graduação conheça a diferença do kit gás para o melhor que um tipo Jaspe e EA crítica do Russell a suspensão teleológico mais que ele saiba tudo isso quando ele aparece o que se vê é um preto e o segurança vai pedir a carteirinha para ele mesmo que ele seja para o aluno exemplar mesmo ou quando ele sair da faculdade até até a casa ele corre risco de ser morto mesmo é tudo que ele tem tudo que ele traz desaparece diante dessa dessa ideia a hora que você
criou a respeito do preto Então esse processo ele é Infernal e ele queria aquilo para não vai chamar de desmoronamento do Ego eu não vou ler porque eu já me estendi mas diante disso qual seria a tarefa Clínica né pensando para pensando conformam de um lado é é necessário pensar que a fechar aqui para poder falar de um lado é necessário pensar que conciliar que o racismo produz sofrimento psíquico e que esse sofrimento demanda uma colhimento na clínica e nem sempre a clínica acolher Há momentos em que a clínica vira um segundo momento de violência
ao desconsiderar essa a dor do racismo aos traumas causados pelo racismo então a um convite para não faz para que o próprio analista também se que se Interroga e a respeito do seu lugar racial nessa nessa situação Colonial mesmo que o analista não tem escolhido o racismo não Concorde com o racismo a pergunta a inclusive Qual o papel dele enquanto pessoa já que o a nossas escolhas estão irremediavelmente ligadas a escolha de toda a nossa época qual o papel do analista só análise não se Interroga a respeito disso ele corre o risco de ser parte
do da violência e da violência racista do ponto de vista do acolhimento a esse trauma mas para Além disso considerar esse trauma implica poroutro lado é escutar o sujeito escutar o sujeito é também ao mesmo tempo não reduzir esse sujeito a sua dor não reduzir o sujeito a situação porque o que está em jogo é o sujeito eo sujeito é o parasse que está em jogo esse também o analista no esforço bem-intencionado de reconhecer a dor reduz o sujeito a própria situação e e ele de novo só tá vendo negro antes de ouvir aquela pessoa
especificamente Então esse desafio é um desafio da Encruzilhada é Um Desafio umbigo de ao mesmo tempo considerar a situação mas não perder de vista o sujeito EA singularidade do sujeito mas sim nesse processo não for feito tanto um olhar para dentro do próprio analistas interrogando Qual é o seu lugar na reprodução social e por outro lado qual lugar da sua e me esse processo ar ali ela viramos um novo espaço de violência E aí um excelente Professor a gente teve outros comentários da professora Zuleika preto e ela disse Obrigada pela exposição Deivison fundamental para compreendermos
as nossas vidas e nossos tempos é e eu acho que quando você tava falando sobre a questão de e de repensar essa aí para você mologia repensar criação né de onde surgem essas ciências a professora também disse que também é essencial pensar as nossas práticas e e epistemologia sem psicologia eu ia Natália também achou fala perfeita e quando que você falava nessa sobre a clínica professora eu lembrei também hoje eu tava enfim nas redes sociais e tinha uma postagem de alguma psicóloga aqui da região que dizia sobre você a outra pessoa as outras pessoas não
não fazem mal e nos fazem bem se faz mal somos nós ao dar essa autorização da outra pessoa nos fazer mal alguma coisa assim e isso me incomodou muito na hora mas eu deixei passar e agora você falando me veio à cabeça isso também do quanto é perigoso principalmente né seguindo o a linha do humanismo do existencialismo a gente perdesse esse fio da relação eu-outro e usar somente bem somente o ambiente Clínico Usar somente e o viés subjetivo e particular estão em fim de não de não considerar essas relações essas violências concretas na vivência daquele
sujeito Principalmente quando a gente fala de pessoas negras de mulheres de pessoas LGBT antes de indígenas Então isso é completamente necessário se falar disso para que se tenha esse cuidado quando a gente está na clínica ou quando a gente está em qualquer outro ambiente a Mariana disse que ia só fala que está sendo Rick cima e muito importante para refletirmos as nossas práticas e ela disse também que alguns aspectos do que você tá discutindo agora sequer foram trabalhados ou citados durante a graduação dela acredita de Psicologia também então tem toda essa atenção para nós enquanto
professores professoras na de graduação de pós-graduação enfim quanto a gente dá espaço para que essas questões sejam trabalhadas e sejam dialogadas ainda na graduação também eu não sei se tem mais alguém isso ela disse que fez psicologia na UFRN Oi Prof Silvio apareceu hahaha quer falar alguma coisa complementando a tua fala Gabi da questão do consultório tava pensando aqui também da questão da formação o quanto que é importante é o terapeuta no caso né tá entendendo a questão da história aí eu nunca nunca pensei com tanta clareza a partir da tua fala baby tô falando
você fala assim da questão do europeu ao inventar o sujeito se apropria do sujeito na identificação desse Então esse é o sujeito Esse é o modelo de sujeito né se a gente não entende isso com clareza não ensina a história né o nascimento aí dá o acontecimento aí de toda a problemática da violência que vem a seguir também e e supera O que traz em conjunto A partir da história há uma tendência de você reduzir ao sujeito a problemática primeiro porque você vai uma pessoa um terapeuta Branco faz sentir impotente no sentido de como resolve
né Tem não é não tem como resolver isso na singularidade da pessoa ali né e e com desconhecimento da questão da história é a há uma tendência e culpabilizar e responsabilizar melhor dizendo aí a própria pessoa pelo sofrimento porque pode ser uma saída de má-fé também para ele poder sair da impotência né então como é muito importante a gente tá entendendo que eu já pensava um pouco mas não me veio nunca me veio com tanta clareza a partir da tua colocação hoje essa apropriação do conceito de sujeito dessa raça se o sujeito é esse e
todos tem que saber qual é a esse tipo de sujeito homem branco europeu né é o interessante e é e tem uma coisa né que tipo importante nesse nessa consideração da história né o falam ele traz uma proposta no pele negra que ele chama de sócio gemia e lá ele faz uma crítica ao Freud porque ele fala que o fraude representou uma foi o Perry foi importantíssimo na história da Psicologia ao trazer a dimensão individual que o debate né tirar uma discussão mais filogenética adiante custam mais quase que biológica de pensar a psicologia como pergunta
e resposta como se todo mundo fosse o mesmo a mesma resposta para as mesmas estímulos vitais para a necessidade de pensar o indivíduo na sua singularidade do sujeito digamos E aí falou vai dizer olha isso foi um avanço mas ao lado desse avanço é necessário insistir em outro elemento que é a dimensão social e histórica que ele chama de sócio renina ele falar o lado da a mania e da filogenia é necessário falar da sorte sócios em dia e a sociogênese é exatamente a consideração dessa dimensão social que o site colocava como situação nas escolhas
se dão dentro de uma situação concreta posta pelo conjunto de escolhas que é a humanidade faz então é ignorar é isso é é restringir a abordagem ao liberalismo burguês né E aí talvez o convite do Farol é que a gente roupa esse limite burguês sobre o qual as disciplinas E aí não é só a psicologia é a sociologia é a filosofia foram estruturadas porque elas também foram estruturadas Nesse contexto de emergência do sujeito e inclusive para dar conta dele né que a psicologia surge para dar conta dessa crise do homem burguês que se é está
faz toda a comunidade da natureza e agora ele se vê que contém devido desanparado angustiado E aí você se você tem um conjunto de litros que antes não estavam colocado mas a planta psicologia Ela é filha de desse contexto do sujeito burguês a grande pergunta é na medida que o capitalismo se universalizou que o resto do mundo então o capitalismo tá e todo lugar do mundo e o dilema do indivíduo burguês ele aparece para todos os povos mas ao mesmo tempo o capitalismo ele se espalha ele se universaliza a partir de um movimento desigual e
combinado de universalização então o capitalismo chega de forma diferente então portanto também o arranjo entre indivíduos gênero e as contradições entre indivíduo e gênero também com uma cidade de forma diferente em diferentes épocas e em diferentes histórias e geografias da então quando a gente pega para fazer uma crítica à psicanálise quando a gente pega a sociedade vitoriana do final do 19 e toma como parâmetro de estudo jeito imagina quanta coisa a gente não tá perdendo na nossa percepção da experiência humana na O que é essa experiência humana inclusive o processo não é não vai se
dar de forma tranquila e harmônica os valores europeus e e a própria a própria individualidade burguesa ela vai confrontar com outras culturas embora essas outras culturas sejam tenha sido desmanteladas elas ainda permanecem é interagindo influenciando as formas burguesas descer na periferia então por exemplo Brasil nós somos burgueses e vamos mas nós temos uma presença afro-indígena muito importante na nossa forma de estar na sociedade moderna e a forma a afro-indígenas várias matrizes indígenas elas marcam a nossa experiência subjetiva também do nosso jeito de olhar o mundo mas se eu só pego aquela experiência de sujeito vitoriana
e universalismo eu corro o risco de estar insensível à diversidade de experiência humana nos contextos diferentes daquele né E aí o Mas é porque eu sempre o pessoal da psicanálise eu não sou psicanalista mas eu gosto de fazer essa provocação é o próprio exemplo do Édipo né a gente poderia pensar o Edson como uma grande metáfora que o froid lançar mão a partir do referencial grego para explicar conflito conflitos de poder é subjetivos no seio da família burguesa agora pergunta é será que esse dilema é o essa metáfora ela é a melhor para responder a
todos os dilemas humanos na sociedade contemporânea Será que para alguns outros dilemas falar da Pomba Gira vou falar de Oxum ou falar é sei lá de abiala ou da Tati a mama não pode ser não pode trazer jogar a luz para elementos que talvez lá para o final de não era uma questão mas que talvez se eu vou analisar fazer uma análise na Venezuela na Bolívia seja outra vez eu esteja no Brasil e que eu tenho o cruzamento contraditório e vivo e dinâmico de Quem é essas culturas traz em outros elementos a gente pensa por
exemplo para falar mal dos canais ainda para gente pegar por exemplo a questão da histérica enquanto nossa cidade Vitoriano você tem um certo trato para mulher sem possibilidade de extravasar é isso resultava por exemplo em adoecimento psíquico nas sociedades Africanas a gente tem um lugar para mulher e para figura feminina e para a figura da sexualidade por exemplo e mesmo na sociedade racista Colonial brasileira com toda a repressão do cristianismo ainda assim a gente tem a pomba gira como uma possibilidade de ou a gente tem a todo um conjunto de divindades onde a Sexualidade é
valorizada ela pode ser expressa então isso coloca um conjunto de outras questões de possibilidades e limites que não tinha como está previsto não é culpa do Fred ou do Sartre É culpa do nosso da nossa tela de séria em relação ao saber os ocidentais que ao não localizar esses autores no tempo no espaço o e tomados como uma macacos um comprimido e caberia para todas as situações quando na verdade a própria próprio repertório cultural brasileiro ele estava repleto de outros elementos que colocam tanto outra outros limites e contradições e Sofrimentos mas também outras possibilidades que
que podem escapar da nossa Talent se a gente olhar o mundo com esse olhar eurocêntrico né então talvez o grande convite é para além de se interrogar sobre o racismo é pensar também no quanto que nós ganharíamos no ponto de vista de você se não é adequada de manejo Clínico por exemplo alce alce abrir para outros saberes que não foram pensados pelos canos né daqui são mais difícil de fazer mas ao mesmo tempo seria riquíssimos seria delicioso a gente se descobriria outro lélia Gonzalez vai mostrar que a cultura Negra não é algo que está restrito
aos negros a cultura Negra a influencia o Brasil todo então tem muita coisa sobre nós que nós não sabemos por conta do eu sentido o mesmo se nós sejamos mesmo que nós que mais sejamos brancos anúncios sobre nós que está para além da Europa e que a gente tem perdido por conta do eurocentrismo e isso requer uma mudança curricular né fundamentos os conteúdos aí bem boa G1 E aí E aí nós temos mais algumas perguntas pessoal se alguém tiver pode mandar aqui quem é eu não sei se o professor Davis são Tem mais alguma quer
dizer mais alguma coisa que acordar mais algum. hoje eu quero falar eu quero agradecer pela pela oportunidade pela conversa uma pena que eu não consegui ver o rosto da maioria das pessoas é difícil falar sem sem saber como estão me olhando mas eu queria agradecer pela pela oportunidade e pelo bom papo e a gente pega aí conversando e falando sobre esse tema porque teremos que encarado de alguma de uma forma de outra pelo amor ou pela dor então eu agradeço muito e e parabenizo né as organizadoras do curso um colocar essa discussão nesse nesse trajeto
de informação que você está fazendo Obrigado nós que agradecemos a sua disponibilidade é eu acho que com proximidade do Lucas e também do nosso programa a gente recorre várias vezes aos seus textos as suas falas então é uma honra para a gente ter sua presença tô falando é sobre essa questão sobre o farol um que é tão importante que faz esse movimento tão bonito então necessário para nossa tanto para nós nosso campo científico quanto nosso campo em psicologia é a Camila Cabral disse também que nos comentários que urge a necessidade de descolonizar os nossos olhares
a construção do nosso conhecimento e também das nossas práticas disso foi um momento muito rico e tá muito grata que ele também disse que uma forma perfeita muitos agradecimentos é para esse momento a rayo também diz que foi muito Tossindo muito honrada com esse momento com essa troca é Prof Silvia também apareceu não sei se você quer falar mais alguma coisa para hoje não é para ele ver um pouco mais de vida a gente fica Tu já comprou para Deus eu fico pensando assim foi Nossa quando a gente dá aula né porque todo mundo mas
é realmente confortável você não aparecer nessa fica do jeito que você quer eu tô só abre aqui para o movimento certo o e professor até enfim a nossa cabeça sempre vai fazendo milhares de conexões encostem as falas Enquanto você falava agora é sobre essa apropriação sobre essa procriação de culturas e ou distanciamento de algumas de algumas alguns aspectos da nossa cultura é é para pensando também nessa questão das religiões de raízes de matrizes africanas que são muito atacadas nosso país é esses tempos existiram um documentário na Netflix eu também não vou lembrar o nome mas
enfim ele falava sobre apropriação do uso de aí o asca que é algo feito Originalmente por pais é nem pelo Cacique né mas pelos pajés e agora vem sendo apropriado de uma forma muito acho que vou fazendo de sacana por nós é pessoas brancas que enfim que invadem tanto as aldeias e enfim e esses espaços e se apropriam dessas dessa cultura sem toda essa história que é esse momento dos daí o Alasca e uma fala ficou muito marcada que um tinha uma uma vilãzinha acho que não peru que né as pessoas iam lá para fazer
os daí o a África e uma pessoa acabou matando é essa mãe é essa mulher que representava a sua religião naquele espaços e depois um outra pessoa que morava ali tava dando depoimento de aqui o homem branco o colonizador já tinha levado as terras deles já tinham levado a riquezas deles e agora queriam levar a religião deles também bom então é pensar nem assim nessa crueldade que foi feita é e continua sendo feita para contanto indígenas quanto a população negra que enfim que mal tem acesso a a sua história mesmo as suas raízes é me
lembrou muito muito semelhante a algo que continua sendo continua acontecendo ainda que a gente pense a naquela época de colonização mas é algo muito contemporâneo também né talvez em outro em outro de uma forma um pouco mais vê-la agra mas é algo e continua muito e eu concordo quem tem tem debate longo aí você fazer é pedir um lado tem a própria ideia da criação cultural e e do quanto que ela muitas vezes é uma apropriação comercial de determinados elementos sagrados né que mas também tem uma uma apropriação científica também desses elementos uma certa exotificação
e uma antropologização de culturas vivas uma catalogação que tem como objetivo é tanto como é feito ela tem um efeito de desumanizar mas também ela tem outro é feito de descaracterizar e violar o sentido original aqui de transformá-lo no produto comercial no valor de troca no mercado capitalismo né assistência a dimensão de um lado e do outro lado tem a dimensão do próprio reconhecimento de dentro de outros saberes como saberes e E aí é uma linha muito tênue porque muitas vezes a própria pesquisa ela cumprir esse o ambíguo de reconhecer mas reconhecer de uma forma
unificada de uma forma e notificar existe ficante de uma forma desumanizadora né então os logo que apareceu recentemente é no movimento negro é nada de nós sem nós de forma que se pensa a valorização desses saberes mas que essa valorização que seja feita também reconhecendo a valorização dos produtores desses saberes e não só dos saberes como se como produtos descartáveis e como se aquilo tivesse um sentido fora do seu contexto né e isso é é um debate também é ser feito né então acho que pensar essa essa dimensão essa ambiguidade ela é importante porque os
dois litros dois lados tem ele é meio para se pensar de um lado a invisibilidade mas do outro lado coleção invisibilidade invisibilidade a roupinha é rompida de uma forma santificante e Oi e o Cruze tive instrumental e não propriamente é respeitando como aquelas culturas aparecem e se manifesta no mundo e esse é um debate para a Psicologia também porque hoje tem uma alguns Campos da Psicologia que vão estudar dispositivos clínicos em outras culturas por exemplo uma mãe-de-santo às vezes ela tem um papel de terapeuta muito mais às vezes ela é a única terapeuta acessível a
determinadas pessoas né se a gente pensar como como se institucionalizou o acesso a clínica no Brasil e ela ouvir ela ela daquela dar conselhos ela ajuda a pessoa a tomar decisões é que tem uma outra loja para o outro raciocínio que vai submeter essa decisão aos Búzios vai mas você tem uma dimensão da escuta que está presente ali que é a parte de uma tecnologia milenar discuta que talvez a psicologia teria muito aprender né E aí as maças observação muito importante porque também só psicologia e vai ao encontro desse saber sem reconhecer o sujeito desses
saberes apenas uma forma instrumental nada impede que a psicologia seja uma nova Indiana Jones buscando esses saberes exóticos para enriquecer seu repertório sem de alguma forma produzindo né mais violência contra quem sempre foi violentado então é uma observação muito importante c* e é isso muito obrigado professor e é indústria da cura está tendo aquele debate nos comentários e qual que é o documentário mas é um dos episódios da indústria da cura é que enfim é uma série de cada episódio é um minidocumentário então a série a indústria da cura e daí tem lá sobre aioaska
vale muito a pena assistir muito a pena mesmo o Gabi Desculpa se não termina dizer que ele disse que não ligou a câmera mas que os olhares são muito atentos para a pessoa fala e que é muito muito urgente essa revisão dos currículos das grades curriculares né dos cursos para bordar para que comece a abordar esses temas E aí é bom a gente só tem a te agradecer então Deivison viu aí né os comentários como todo mundo gostou você sempre contigo e bastante com a gente é sempre um prazer eo enriquecimento de ouvir Ah tá
bom hinos a presença de todos vocês Gabi que fez a mediação é obrigado a próxima não me lembro a próxima palestras eu coloco vai tá aqui só agradecer antes audição você já tá meio da casa também né Só parceria obrigada pela sua tanto é que tanto é que no começo eu nem falei Boa tarde para ele já fui falando né então desculpa tá obrigada pela sua fala sempre fica assim divertido mesmo que está escutando né sempre muito bom a próxima da semana que vem vocês estão percebendo que três semanas estão sendo corridas né E ela
vai falar sobre política de droga os caminhos e descaminhos da Liberdade continuar 5 e 6 e depois a gente volta ao ritmo normal que seria que e aguardamos vocês gratidão aí é muito obrigada por todos estarem participando também mas muito bom Oi boa noite aí Tá todo mundo Beijão aí no coração beijos bye bye se cuida hein gente
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