Neste episódio: Como distinguir o que construímos em nossas mentes com a realidade da vida, ou seja,...
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e começa agora elétrica pamonha por instantes felizes virginais e repetíveis [Música] e o Olá seja bem-vindo ao nosso inédita pamonha um oferecimento de estimação Chemical do Brasil bnp paribas essa tô manage ment e profs achei um [Música] e no episódio de hoje eu vou me inspirar não professor de Filosofia que me parece ser excelente ele nunca foi meu professor Mas eu sou muito fã muito fã do que ele escreve ele é professor da Federal de Ouro Preto e o seu nome é Desidério murcho então eu vou falar de realidade a partir do que ele sugere venha comigo sempre vai aparecer um chato na sua frente para te perguntar escuta você fala tanto que a realidade é difícil que a realidade é complicada por você fala tanto que a realidade da vida é devastadora ao contrário que a realidade é bela é linda e é maravilhosa que sempre haverá alguém para perguntar mas escuta o que é exatamente que vocês chama de realidade e a vida de maneira despretensiosa desarmada com a guarda baixa e você discuta realidade é tudo o que existe tudo o que existe é a realidade não sei onde está o problema então o problema Talvez esteja na questão das aparências na dado que o que a gente vê a gente tem digamos motivos de sobra para imaginar que não correspondam à como as coisas são resta então um problema a realidade é o que você vê a realidade é como as coisas são mais você não vê e aí nós já temos por enquanto o hino rosco do tamanho de um bonde para resolver muitas vezes a gente se vira e diz rapaz eu vi uma pessoa na rua Nossa como parecia uma namorada que eu tive meu de Já Era óbvio que era a Viviane né na eu atravessei a rua Foi chegando mais perto fui chegando mais perto e aí eu me dei conta que não era não era a Viviane que tava passando pelo uma outra pessoa que eu não sei quem é E aí então o que será que eu tô querendo dizer com isso na bom em primeiro lugar eu tô querendo dizer com isso que eu me enganei em outras palavras aquilo que eu vi não corresponda ao que eu achava que fosse isso é uma possibilidade Isso é uma possibilidade mais frequente do que se imagina e portanto Isso já é um dificultador imenso porque a gente só tem o nosso aparato sensorial para capturar o mundo para perceber o mundo então aí já é um problema não era a Viviane não era Viviane a gente também acha que quer dizer que no final das contas aquela pessoa parecia com a Viviane né de uma certa maneira parecia a ponto de me fazer atravessar a rua né É mesmo muito perto que eu me dei conta que eu ia passar a nova vergonha pagar um mico gigantesco porque não era a Viviane que eu imaginava que fosse né aí alguém afirma que a noite tá fria é interessante porque nesse caso não se você disser Olha você tá sentindo frio trator tô sentindo frio né Então tá frio né E aí parece que aquela possibilidade de você se equivoca diante da realidade muda um pouco porque se você tá sentindo frio tá frio não tem como dizer assim não não tá frio que eu só pra mim tá não é isso basta no final das contas entre um estar frio e o parecer estar frio há uma diferença muito menor se um Lula em relação à a Viviane que parecia ser muito e não era jeito nenhum no caso do frio a distinção praticamente não existe está frio para mim ir e basta parecer frio ou estar frio são no final das contas assertivas que se equivalem estar frio é apenas a reação de alguém a uma dada temperatura e portanto estar frio e sentir frio são a mesma coisa você poderia dizer bom mas é uma pessoa com febre entender a sentir mais frio mesmo quando a temperatura em questão não estiver fria digamos assim né a pessoa terá como se diz calafrios nós ainda assim para ela está frio e. Isso basta Não Há um erro seu cumprimentasse a Viviane achando que fosse a Viviane não era Viviane havia um erro um erro entre a minha percepção e a realidade do caso do frio não eu percebo que está frio eu tô sentindo frio eu não é porque os outros não estejam sentindo frio que eu não vou me agasalhar na que eu não vou me proteger portanto é irrelevante que outra pessoa diante da mesma temperatura o aquele frio que eu tô sentindo ou que a mesma pessoa numa outra circunstância não sinta o mesmo foi o a mesma temperatura tudo isso aí relevante eu sinto frio então tá frio e. Pois muito bem aqui é que está o problema o caso da temperatura parece muito diferente do caso da Viviane E aí a resposta que nós temos para dar isso ela é cada vez mais intrigante complexa né porque no caso da Viviane O que que a gente pode dizer que parecer ser a Viviane que nós vimos do outro lado da rua na calçada não tem nada a ver com ser de fato a Viviane ali passando pode ser na Joaquina Manuela pedra Geralda hermengarda agora o caso do frio o fato deu sentir frio basta eu não preciso ficar mais nada porque é o mesmo frio e a imaginar então que alguém tenha dito para você na História do Pensamento que o homem é a medida de todas as coisas na querendo dizer com isso provavelmente que tudo é relativo ao homem a percepção do homem ao entendimento do homem as emoções do homem as Sensações do homem ou seres humanos de uma maneira geral o homem é a medida de todas as coisas significa que a ideia que a realidade se reduz no fundo a simples aparência ela é muito consistente ela é muito adequada no final das contas o mundo é o que eu percebo o mundo é o que eu vejo o mundo é o que eu sinto o mundo é o que eu escuto a realidade portanto é uma mera percepção lembra que nós temos começado perguntando isso mas o que é a realidade e naturalmente você poderia que seguindo uma tradição muito consistente é a realidade é o que eu percebo como sendo realidade seja isso uma visão uma audição um pato um Paladar ou um golpe de frio mas o que parece é e o que parece que não é então não esse alguém insistir que isso deve está errado porque no caso da Viviane parecia que era mas não era que atravessou a rua tamanha certeza que fosse mas não era naturalmente quem o outro tem uma saída fácil é isso nem pensar né se parecia ser a Viviane então um avião uma realidade que era aparência Olha que loucura né avião uma realidade que era aparência que era aparência de Viviane era o parecer de Viviane na era a aparência de Viviane é uma realidade claro que é uma realidade é uma aparência que cima o seu nome impressão e portanto numa ideia não é isso aí existe isso é uma realidade se isso não fosse uma realidade como é que poderia aparecer com a Viviane alguma coisa parece com a Viviane e se alguma coisa que parece com a Viviane é o que obviamente é realidade na realidade é alguma coisa que reside mesmo na nossa mente na que eu diria até que muito mais do que a Viviane que aliás pode até já ter morrido é claro não é o caso não haverá de ser o caso porque ela existe mesmo e ela estará muito bem obrigado isso aqui é só uma tese né a Viviane pode até nem existe mais mas a aparência de Viviane essa existe e ela existe aonde ela existe em mim no fundo nós poderíamos dizer que esse que defende na hora que a aparência EA realidade são a mesma coisa talvez este esteja confundindo um pouco as bolas com é um pouco duas coisas diferentes por um lado né não é muito coerente você afirmar parece que eu tô vendo a Viviane mas na realidade não me parece que eu estou vendo a Viviane tão claro está que parece que eu estou vendo a Viviane é a realidade da aparência digamos assim aquilo que eu estou vendo parece a Viviane Isto é certo é verdadeiro eu posso assegurar e assim por diante mais o problema daí é você concluir né daí é você concluir que não haja nada mais a não ser a aparência da Viviane pois do fato de parecer com a Viviane eu tirei todas as minhas conclusões pois acabou para mim aí são outros quinhentos não fazer que você diga que a aparência da realidade é realidade ok a gente assim lá embaixo é uma realidade dentro da sua mente certo mas que você queira te a passar régua aí dizer bom o que tem é aparência da Viviane Então quem é que tá do lado passando lá do lado de lá aparência da Viviane Deus vezes não mas mas não é a Viviane tudo bem mas é para mim é aparência da Viviane cinema seu eu já me informei aquela pessoa lá chama Geralda Geralda Albuquerque né ela nasceu em tal lugar e Piri parar e é claro que Geralda vai além da aparência da Viviane não seria portanto preciso distinguir cuidadosamente eu diria cautelosamente eu diria aquilo que nós construímos por intermédio das palavras e o que nós estamos deduzindo ou inferior indo dessas mesmas palavras ou sugerindo com base nessas mesmas palavras então quando eu digo está uma noite fria não quero dizer apenas que eu estou sentindo frio certo estou e eu estou usando palavras que se referem exclusivamente ao meu sentir e não de uma realidade exterior ao meu sentir que possa se impor a todos outras vezes eu posso dizer estava muito frio né mas como eu tava correndo então eu nem senti o frio ou então uma outra experiência é eu comi uma colher de doce de leite e depois eu tomei café o café ele não tava amargo porque ele tinha sido a do sábio Porém quando eu tomei a xícara de café eu senti o café muito amargo porque porque eu tinha acabado de comer uma colher de doce de leite hora perceba que o tipo de temperatura que faz os seres humanos na sua maior parte né sentir e é uma coisa o fato de uma pessoa isolada tá sentindo frio porque acometida de febre é outra coisa poderia te dizer que nesse caso a gente se aproxima um pouco da história da Viviane porque no final das contas eu não estou falando apenas do que me parece eu estou falando também de uma realidade independente daquilo que me parece tão que eu digo eu sei que tá frio mas eu não tô sentindo frio eu estabeleci uma fronteira muito interessante entre a minha sensação e é uma condição objetiva de existência que transcende a mim e que eu Suponho ser também verdadeira né Aí é claro que quando a gente chega nesse ponto a gente é capaz de supor que o homem não seja propriamente a medida de todas as coisas lá e que portanto possa ver uma realidade objetiva que transcenda a essa medida que trens E aí se olhar que transcenda a essa percepção que transcenda as Sensações uma medida que vai além de si mesmo uma medida que vai além do próprio olhar e naturalmente quando são realizados experimentos científicos esses experimentos científicos Eles procuram diminuir a fronteira esse intervalo esse GAP entre a percepção do particular e a realidade objetiva que transcende a qualquer particular né para concluir que a realidade é apenas o modo como ela aparece na e portanto aquilo que ela parece ser seria preciso abrir mão de um mundo onde todos estejamos inseridos e que estaria existindo mesmo sem o nosso Nascimento e depois da nossa morte e aí e às vezes o senso comum esse mesmo que acredita que o mundo Continuará a viagem depois de você morrer porque você já viu outras pessoas morrendo esse mesmo senso comum que não entende que as pessoas que morreram sejam mera Alucinação da sua mente em si mesmo senso comum que sabe que o mundo segue viagem e seguir a viagem mesmo sem você esse mesmo senso comum nos aponta a necessidade de distinguir o mundo e aquilo que percebemos do mundo a realidade EA aparência do mundo a dificuldade é como chegar é a esta realidade para além de nós mesmos mas isso é outro papo outro problema para outro programa para outra situação e É lógico eu não vou aborrecer você mais porque você é ouvinte ácido de médico a pamonha reflexão sobre a vida um oferecimento de estima canicultura a bnp paribas asset Management e profs achei fiquem bem Um grande beijo e só se gostou é quinta que vem valeu e E aí [Música] se você ouviu o inédito da Pamonha por Clóvis de Barros Filho trazido até você pela revista inspire-se acesse [Música] www.