3 ATEUS vs 3 CRISTÃOS | ZONA NEUTRA

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Spectrum
Fé ou razão? Ateus x Cristãos no debate que atravessa séculos. Às vésperas da Semana Santa, crenças...
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Porque 99% das pessoas que estão nos presídios, assassinos eadores, professam alguma religião. Mas a negação de uma divindade, uma proximidade com a religião, acabou levando para o antinomismo. Ninguém mentiria segurando uma Bíblia se acreditasse nela. Você tá dizendo que o Éden é e não é uma construção científica, mas você simplesmente impôs e não argumentou por não é. Por exemplo, um pintor, o que que a fé vai limitar ele? que eu acho que você fez um samba filosófico agora na minha cara. A fé restringe e limita o potencial humano. Quem concorda pode vir. [Música] O meu
problema com a fé, primeiro é a própria definição dela que a própria Bíblia dá em Hebreus 11:1, que é esperar as coisas não vistas, ou seja, a fé é acreditar sem provas. E o problema disso é que ela funciona na sociedade como um mecanismo de dominação ideológica. Por quê? Porque a fé ela só existe, né, assim como a esperança na falta, né? Então o que basta? Basta você acreditar que vai ter, porque quem tem não precisa ter fé. Então, se eu não, se eu tenho um carro, não preciso ter fé que vou ter um carro.
Não preciso ter esperança que vou ter um carro. Nesse caso, a fé e esperança, elas andam de mãos dadas, né? E eu não posso na impossibilidade de fazer ser. Por quê? Porque se eu posso fazer acontecer, não preciso ter fé, não preciso ter esperança. Então, enquanto eh objeto de manipulação ideológica, quem mais acredita? Então, a gente tem estudos já comprovando que os países mais religiosos, eles são de maior manipulação, inclusive tanto de pessoas inescrupulosas, eh, como de políticos. Por quê? Porque eles usam a fé das pessoas, usam a falta que elas têm às vezes de
recursos financeiros ou de outras coisas, né, para poder se valer e poder usar como corrupção ou explorar as pessoas. Então, o meu problema com a fé é muito mais não da pessoa que tem fé em si, porque a pessoa que tem fé genuína, ela ela tá precisando, mas do mau uso que a fé é feita enquanto dominação, eh, dominação ideológica na sociedade. Meu nome é Marcos, mas sou conhecido como Chileno Gomes. Eu sou formado em filosofia, sou formado em teologia, tem algumas outras formações, várias pós-graduações, tenho mestrado em psicanálise. Por que o ateísmo? Eu fui
criado num lar muito cristão, mas devido aos meus estudos e raciocínios lógicos, eu comecei a encontrar incoerências nas doutrinas que me foram apresentadas. Estudei várias outras religiões e hoje não vejo nenhuma evidência de que possam me apresentar ou a ideia de um Deus criador ou de um Deus que controla ou de algum arquiteto maior. Não sou nenhum ateu militante, né? Eu defendo o direito de cada um acreditar na no que lhe faz bem. Mas para mim é uma ideia que não faz sentido, funciona muito mais como uma ferramenta de manipulação ideológica. Meu problema com a
fé em geral é o quanto ela faz tu parar de procurar coisas através de evidências. O quanto ela te prende em uma um ciclo que tu não consegue evoluir além dele, né? Então você crê sem evidências e nunca contesta essa crença. Então isso acaba te limitando inclusive em aprendizado, inclusive na evolução da ciência, de aceitar novos conceitos, de aceitar novas formas de viver em sociedade. E eu acho que se prender exclusivamente à fé faz com que você sacrifique um pouco do seu potencial como ser humano e não se desenvolva tanto. Oi, eu sou a Michele.
Eu tenho 44 anos, sou gestora de tecnologia de informação e sou do Rio Grande do Sul. Eu penso que hoje nós vivemos em uma sociedade em que as religiões ditam muito sobre as coisas e acabam sendo causadores de novas leis que acabam removendo direitos de pessoas. Eu me tornei ateísta por não achar evidências da existência de qualquer Deus. Então eu acho que seguir as regras de um Deus que não existe não são válidas na sociedade. Quando a pessoa tem uma fé, né, e ela deposita tudo isso em uma divindade, ela acaba por esperar que as
coisas aconteçam e ela não busca, ela não vai atrás de evidências e não vai buscar aquilo que ela almeja, né? Ela sempre espera que aquela divindade traga para ela e a fé realmente atrapalha. Meu nome é Estter Rezenda, tenho 57 anos, sou cake designer. O ateísmo, eu acho que eu já nasci a Teia, porque apesar de nascer num lar evangélico, nunca me adaptei, nunca consegui me encaixar. Os que discordem podem vir. [Música] Bom, eu discordo da afirmação porque historicamente se comprova o contrário, eh, visto que a fé prosperou países, eh, como, por exemplo, os Estados
Unidos, como eh países cuja matriz eh era protestante. Claro que eu estou falando da fé bíblica. E a fé em Hebreus 11:1 diz que ela é o firme fundamento. Isso quer dizer que ela não é esperança vazia, mas ela tem fundamento. Tanto que nós definimos a fé e num conceito abrangente bíblico a partir de um tripé. E sempre esse tripé, eh, falando do latim, é notícia, eh, ascensos e fidúcia. O que que significa notícia? Ela contém uma um elemento cognitivo. Ela tem uma estrutura que não é subjetiva, mas ela tem informações e depois dessas informações
tem um ascenso. Você consente que aquilo faz sentido na sua realidade como verdade. E o final que é a fidúcia, que é a confiança. Mas antes de chegar nessa confiança, os outros elementos já garantem que ela não é um elemento subjetivo. Por mais que há espantalhos e caricaturas, a definição bíblica para a fé é essa. E, portanto, falando de um fator histórico, como eu comecei dizendo sobre ele, eh tem um um escritor chamado Baru, não vou lembrar o sobrenome dele, que ele e examinou as pessoas que ganharam os prêmios Nobel. E dentro dessa listagem, 60,4%
eram cristãos ou background cristão. E 20,4 judeus, 1% islâmico e só 10,5% era ateus. Então veja que citando a a frase de Blaze Pascal, a razão está a serviço da fé, mas a fé está acima da razão. Então ela não começa, isso é fidúcia, ela não começa fé pela fé, mas ela começa pela razão. E claro que muitas vezes vai escapar, mas isto é um elemento desbravador e não um elemento de restrição. Eu sou o Guilherme Rocha e tenho 45 anos e sou pastor. E eu sou cristão porque eu acredito na soberania de Deus e
ele me converteu a ele. E eu vi que é um mecanismo extremamente lógico e coerente para todos os aspectos da realidade. Um cristão autêntico, um cristão genuíno, verdadeiro, ele questiona Deus. Ele questiona, ele já questionou, se não vai questionar. Se Deus não fosse questionado, ele já não seria Deus. Um ser imensurável, um ser supremo, arquiteto do mundo, não ser questionado, hum, óbvio que ele tem que ser questionado. A fé, ela não propõe uma ditadura, mas um relacionamento. E trazendo na prática, pelo menos, eu vou falar da minha vida. Eu era um cara extremamente tímido quando
eu era teu. Eu tinha muita timidez, eu tinha essa dificuldade de pertencer a algum grupo, não me relacionava com as pessoas, minha oratória era péssima. Inclusive, em trabalho de escola, eu fui melhorar eh na faculdade, eu apresentava os melhores trabalhos com a igreja. Então, eh, não tem como você olhar que restringe o potencial humano. Agora, dentro da fé, e eu gosto de ilustrar sempre com um filme que eu gosto muito, que é o livro de Eli, que enquanto Eli tá guardando a Bíblia, tem um ditador que quer a Bíblia para controlar o mundo. Um mundo
pós-apocalíptico, lógico que Hollywood e tudo, mas é uma história que ilustra muito bem isso. Então assim, é o cristão genuíno, ele não vai ser contra o questionar e ele não e ele não vai falar que nunca questionou Deus. Eu já questionei várias vezes. Isso é normal. Você não vai ser comungado de uma igreja verdadeira por questionar Deus. No estudo teológico, a gente não é colocado numa caixa, se for uma um seminário sério, que você não pode estudar as outras religiões, que você não pode, inclusive aprender com outras religiões e com outros eh líderes, inclusive aprender
com alguém que é ateu. Enxergar a fé como um instrumento para estagnar o ser humano é você sair da realidade. Porque eu vejo muita gente que só evoluiu com a fé e eu sou prova disso. Olá, eu sou Israel Júnior, tenho 31 anos, resido em Campinas, SP, souólogo, também sou educador físico e sou cristão. Sou ex-ateu ou ata, como vocês quiserem chamar, mas acredito que Deus ele é uma realidade. Eu me relaciono com ele dia após dia. Por isso que eu defendo a minha fé, a minha crença. Eu discordo dessa afirmação porque quando nós olhamos
para os grandes nomes da arte, por exemplo, nós encontramos eh Johan Sebastian Bck na música, era um cristão. Na literatura nós encontramos William Shakespeare, provavelmente era católico ou protestante, não sabemos. Na ciência nós temos Blaze Pascal e temos Isaac Newton. Eh, em outras religiões, já que estamos falando de fé, nós temos Allan Kardec, nós tivemos Mahatm Gandhi. E então essas pessoas foram pessoas que produziram, fizeram arte, fizeram música, produziram pintura. Michelâelo com a sua capacidade extraordinária de fazer esculturas, mas ainda assim o seu potencial foi utilizado para demonstrar a sua fé. Eh, Anselmo da Cantu
um sofista grego, disse que a fé é uma fé que busca entendimento. Então, uma pessoa que tem fé, ela não se limita à sua crença, pelo contrário, ela usará a sua crença para canalizar o seu potencial. William Lane Craig diz que a fé é uma fé inquiridora, é uma fé questionadora. Então, quando uma pessoa demonstra ou denota uma fé, ela canalizará o seu potencial que a conectará com aquilo que é divino. Eu sou Michael Oliveira, tenho 33 anos, sou teólogo e inspetor de controle de qualidade. Eu sou cristão porque por conta de uma influência muito
forte da minha família e eu encontro no cristianismo a resposta para as grandes questões da existência filosófica humana. o porquê, qual a razão, para onde o homem vai, de onde o homem veio. Então, no cristianismo, eu consigo encontrar as grandes respostas para grandes perguntas da humanidade. Eu tenho observações eh do dos três. Primeiro que essa afirmação de Pascal, quem apresenta primeiro é Santo Agostinho, né, que foi um dos pais da patrística, né, de que a fé e a razão devem andar juntas, mas que a fé sobrepuja a razão, né? Então, como professor de filosofia, vou
dar o crédito para um filósofo cristão, que é um dos pais da patrística, né? Porém, essa sua afirmação que você fala sobre eh e que todos vocês falaram, né, sobre o desenvolvimento da ciência, que a grande maioria era cristã ou que que eram de outras de outras vertentes de fé, a gente tem que entender o seguinte, nunca na história da humanidade, com exceção de uma tribo na Amazônia, os Pirani, que na verdade eles não são totalmente ateus, né, mas eles têm pouquíssima ideia metafísica, não existe na história da humanidade nenhum povo que foi completamente ateu.
Então, eh, a gente pode até imaginar que é uma necessidade biológica do ser humano de quando ele não entende alguma coisa, ele coloca um elemento, um oculto, que é uma divindade. Então, não teria como os ateus terem maior produção, primeiro por esse fato, porque a esmagadora maioria do mundo, né, é 99,9% inclusive da da comunidade científica, porque ao longo da história eles são biologicamente e socialmente condicionados a a crer em algo divino quando não tem o elemento que lhe falta de conhecimento. Em segundo ponto, no ano 70 tem uma uma psicóloga chamada Elizabeth Nelma, que
ela cria um conceito chamado espiral do silêncio. O que que é isso? Quando a grande maioria tem um discurso, e aí um filósofo do século XIX chamado Emily Durkin vai dizer que todo o discurso é um discurso de aceitação social. Quando a grande maioria, diz Elizabeth Nelma tem um discurso, a minoria para ser aceita socialmente tende a se calar. E a partir do momento que ela se cala e ela fica convivendo com meio, ela tende a mudar de opinião para poder ser aceita socialmente. Inclusive, Durka, foi um dos maiores estudiosos eh do atentado contra a
própria vida. Eu vou falar desse jeito porque se for pro YouTube ele não vai monetizar aquela palavra. É, é um dos maiores. Inclusive, ele tem uma obra com esse nome, com o nome da palavra, né? Ele vai dizer que uma das medidas protetivas, inclusive eram as pessoas religiosas. Por quê? Porque elas dão inclusão social. Isso século XIX. Hoje não é mais tanto. Por exemplo, a Igreja Católica não tem mais isso. O que o protestantismo tem muito, que é a inclusão social. Então, às vezes o cara tem um problema, ah, tá quebrando, o cara tem amante,
o cara bebe, usa droga. Aí um dia a esposa vai na igreja, convida o cara, o cara aceita Jesus, aí ele para de beber, ele para de fumar, aí ele foca no trabalho, do trabalho para casa, volta a ter uma atividade sexual com a esposa, deixa seu sociedade. E o que acontece? E aí ele prospera e aí ele vai na igreja, dá o testemunho que Jesus salvou a vida dele. Até concordo. A crença em Jesus salvou a vida dele, mas o que salvou de verdade foi ele parar de beber, parar de ter amante, parar de
ficar envolvido com coisa, focar na família e focar no trabalho. Então, esse argumento de que os grandes pensadores, porque se a gente falar inclusive da obra da Capela Cistina, o a obra o dedo de Deus, onde ele tá quase tocando o Adão, se você olhar, Deus tá dentro de uma estrutura cerebral. Então, tem várias fotos na internet, você pode ver, que sugere, a gente não sabe, né, que Michelângelo queria dizer que Deus só existe na cabeça das pessoas, que uma [ __ ] audácia dele, né? O papa contrata o cara para pintar um negócio. E
se for realmente isso, porque eu não posso afirmar, ninguém tava na cabeça dele. Mas se você, mas existem imagens da internet que você sobrepõe e é exatamente um cérebro. Tanto Deus como os anjos estão dentro de um cérebro. Nós a gente tá fechando quatro minutinhos já da tua passar resposta para ela. Não, eu achei interessante aí o o Guilherme pode estar falando depois. É, é que a pergunta é assim, porque pelo que você falou não combina com a pergunta, porque você acredita que a pessoa se limita na fé? Não, não. Aqui essa parte da pergunta
já passou. Tô contestando o que vocês falaram. Ah, sim, entendi. Eu tô dizendo que é por que que é falacioso dizer que os grandes pensadores da história são são cristãos ou têm fé? Porque na verdade são pouquíssimos ateus na história. Então proporcionalmente não tem como. Então mas essa é a questão. Se se o o ser humano se limitasse por conta da religião, nós vai viver num mundo totalmente de limitação. Realidade. Mas você não tem como saber, porque se a maioria fosse até você poderia ter tido um um um avanço muito maior. A gente só poderia
dizer, você consegue afirmar isso? Não. Então, mas é isso que eu tô, mas é isso, é exatamente esse o ponto. Vocês afirmarem a ciência evoluiu por causa de uma fé é falacioso, porque para você poder dizer isso, você teria que ter tido o mesmo grupo de ateus na mesma quantidade para poder medir. Como não tem isso na história da humanidade, porque biologicamente, para mim, tá, é um conceito sociológico. A sociedade necessita de um conceito divino para preencher as lacunas do que ela não conhece. na história da humanidade sempre teve fé. Por mais que a grande
maioria esmagadora era cristão, você fala que isso pode ser um constructo social. Mas eh tem um, eu também tenho formação em filosofia, você me corrige se eu estiver errado, mas o pai da história, Heródoto, ele disse quando investigou as sociedades eh ao invés de ter primeiro uma organização política ou pessoas falando de futebol, claro que eu tô fazendo anacronismo aqui, mas eh ele não, o que ele achou incomum eh o ponto em comum entre todas sociedades, o que ele encontrou foi um altar e as pessoas se organiza por meio de um altar e isso deve
ser relevante. Isso não deve ser simplesmente algo falar, mas a grande proporcionalidade. Então nós precisamos de uma proporcionalidade equiparadas de ateus. Mas por que então a sociedade se desenvolve buscando isso? Eu acredito que isso não é necessariamente algo que faltou a lacuna, não é o deus da lacuna, pelo contrário, eh, até mesmo para fazer ciência como ciências exatas, a gente precisa de axiomas, que é a base pressupos que não se comprova. Então, podemos dizer que é um elemento de fé, mas enquanto a partida, ela serve para comprovar outros elementos, mas ela é evidente em si,
como a matemática. Se eu perguntar quanto que é 2 + 2, depende, depende, depende, depende muito, né? Tá, mas no sentido mais exato é quatro. Não, tudo bem. Mas só, eu só não quero polarizar o debate. Eu me chegu, eu eu só queria eu só queria falar falar uma coisa e eu acho que a gente tá tá fazendo isso no debate, tá tudo certo. A gente tá citando nome, citando não sei o quê. Você discorreu sobre grandes artistas, grandes cientistas. E a gente ignora algumas coisas referente a dados, tá? Por que que eu digo que
a fé é limitante? Que era o nosso nosso prompt inicial, tá? Nenhum dos nomes que tu citou foi um grande alguém por causa da fé. A pessoa tinha fé e era um grande alguém, era um grande compositor, era um grande pintor, era um grande escritor. Nenhum grande cientista fez uma grande descoberta como Isaac Newton por causa da fé. Isaac Newton, antes dos 26 anos, já tinha feito toda a matemática que envolve cálculo de integral e derivada. Todo cálculo integral que a gente usa, inclusive para calcular movimento de planeta, foi Newton que fez antes dos 26
anos. em nenhum momento citando Deus nos seus estudos, mas a fé não estagnou ele. Calma, vamos lá. Exato. Mas o que que acontece nos dias de hoje? Quando a gente começa a falar vacinas salvam vidas, os seres humanos biologicamente vão além de XX e XY. A gente não a gente não tem em nenhuma história da sociedade apenas dois gêneros e sim várias formas de entender gênero. Quando a gente fala isso hoje, as pessoas que praticam certa fé, especialmente os protestantes, todo mundo que é evangélico, os católicos vez ou outra, mas eles se limitam ao que
tá escrito na Bíblia e ignoram o que foi publicado academicamente. Então, se isso não é uma limitação, é o quê? Um outro detalhe, vocês falaram de desenvolvimento, ateísmo e tal. Se vocês pegarem os maiores índices de desenvolvimento humano são em países mais seculares, não estou dizendo ateus, países que inclusive praticam religião, mas são são países seculares onde a religião não tem poder político, né? A religião deixa de ter esse poder. E se vocês pegarem o índice de gine, que é o índice de desigualdade, todos os países que estão na parte mais baixa da lista, que
é que tem a maior índice de desigualdade, são os mais religiosos. Então, se a gente for para dados, por que que os países mais religiosos tão lá embaixo nos, e eu não tô dizendo que são cristãos, eu tô dizendo religiosos, tá? Só para deixar claro isso daqui, não tô falando nada nesse sentido. O novo Vale do silício, que a gente chama, eu sou da área de tecnologia, o novo Vale do silício é a China, não é mais lá nos Estados Unidos, não é mais Califórnia. Por quê? Porque a partir do momento que a gente passa
a ignorar a ciência por causa de fé, contestar a ciência sem ter nem o a base para contestar essa ciência, a gente se limita. Então eu acredito que a fé é limitante pelo que tá acontecendo hoje. Tá na nossa cara o que tá acontecendo. Então eu eu não vou ficar citando um monte de gente aqui porque eu não acho que é relevante pro debate, mas a gente pode olhar dados e a gente pode olhar o comportamento social. O comportamento social hoje mostra para mim, eu uma da área, eu sou da área de exata, sou da
área de tecnologia, tenho formação nessa área, estudo ciência para caramba. Eu vejo as pessoas ignorando a ciência só porque discorda da fé delas. Então, se discorda da fé delas e não é limitante, eu acho que tem uns incontrando você quando você fala que o eh a pessoa ela ela desenvolveu, ela cresceu, mas não foi por conta da fé, você tá falando por uma grande um um grande porcentual de pessoas. Você tá falando por eles. Não foi isso que eu falei. O que que você falou? Eu falei que ninguém foi um grande artista. Eu não, o
cara não foi um grande pintor por causa da fé. Ele foi um grande pintor porque ele pintou milhares de horas. É, e tinha fé fé, mas seria se fosse, mas por que por que que você faz essa dicotomia na premissa? Eh, dizendo que ele foi independente da fé, visto que, por exemplo, a citação dele de Johan Bá, ele sempre quando ele fazia uma composição, ele começava com a sigla JJ, isto é, Deus, Jesus me ajude. Então, ele estava recorrendo à fé e quando ele concluía, ele concluía com SDG, dizendo somente glória a Deus. Então ele
está colocando toda esta esse arcabolso intelectual e a capacidade artística nisso, por exemplo. Não, tudo bem, eu citei um, você, mas você falou que não é relevante isso, mas eu quero só entender, Michele, com todo respeito, mas uma citação não vai apagar milhares de horas de treinamento em cima do mesmo diz que é irrelevante. irão, mas a citação dele nas partículas é irrelevante no treinamento dele musical de por que você infere que é irrelevante que ele precisa de, por exemplo, a gente não pode começar com método indutivo, não. O ponto, o ponto de irrelevância que
eu falei é ficar citando uma série de nomes, como por exemplo, fulano falou tal. Eu eu não eu eu literalmente eu não me importo com o que fulano falou, porque eu me importo. Por exemplo, se a pergunta é: "A fé é limitante, eu quero tratar isso." Por que que você fez a dicotomia? Por que que você fez a dicotomia? Porque independente da expressa expressa dicotomia, essa dicotomia independente. Então você separou, quer dizer, esse essa estrutura antropológica não carrega também esse elemento. Olha só. Isa el expandir. Isaac, Isaac Newton não fez. Eu vou responder essa pergunta.
Pera aí. Mas antes, você citou Isaac Newton, ele com 26 anos ele fez todo arcabol científico. Mas enquanto a partida que você mencionou, você mencionou, então eu tô dizendo o que você mencionou. Eu tô aprendendo isso com você. Mas entretanto ele escreveu muito mais de teologia do que propriamente de física. Inclusive, não, isso não. Aí a a premissa e a dicotomia é sua. Não é dicotomia. Eu não estou dizendo. Não, não, não, não. Olha só, quando eu digo que eu fui cristã há 20 anos, eu não me tornei uma gestora de tecnologia da informação, sendo
20 anos cristã, porque a fé substituiu todas as horas de prática, estudo, experiência profissional. Quando Newton vai lá e não sabe explicar o movimento dos planetas, por que que os planetas, por que que os corpos celeste? Quando ele não sabe explicar, aí ele fala, ele ele poderia dizer assim, ele poderia dizer assim: "Olha, Deus sabe me explicar". Mas depois ele vem com dois modelos matemáticos que explicam o movimento dos planetas. Quando a gente tem uma pintura, as milhares de horas de treinamento para aquele pintor não são a fé que causa, não é a fé que
vai lá e diz assim: "Olha, pela minha fé eu vou praticar 70.000 horas de pintura". Não, mas legal, Michel, mas é que a pergunta é se a fé vai vai estagnar. Eu entendi o que você falou completamente, mas assim, ele ter fé vai impedir ele de evoluir, porque essa é a pergunta. Entendi tudo que você falou, mas eu não tô entendendo porque, tipo assim, tudo bem, você falou tal e atribui a Deus. E na teologia a gente atribui a Deus porque nós cremos que nós somos limitados e Deus é soberano, mas você não é teólogo,
você não acredita, tá tudo certo. Mas um, por exemplo, um pintor, o que que a fé vai limitar ele? Mas foi limita onde? Mas aí que eu dei o crescimento. Mas é por isso que eu trouxe para agora pra gente não ficar trabalhando com nomes lá do passado, gente, vamos trabalar agora. Eu sou, eu sou um educador físico. O que que a fé limitou o meu conhecimento de biomecânica, de sinesologia, que a maioria dos profissionais não sabem. Você acredita que o ser humano é só XX ou X Y? Como assim? Você tá nicho não cromosomicamente.
Então, mas você tá falando de biologia, filosofia? Biologia. Biologia. O o ser humano ele é só X e X Y. Então, no estudo biológico comprovou o quê? Até hoje você tem algum estudo que não é que não é porque a gente tem uma tem um estudo, isso é básico de biologia, não é? Então a gente não sou biólogo, não conheço perguntando biólogo con Mas eu sou, eu sou ignorante, eu tô sendo humilde. Eu não conheço. Como que eu vou falar de algo que não conheço? A gente na combinação lá de de gametas, a gente tem
possibilidades de de comun de de combinação que excedem o XX e o XY, tá? Existem acho que 48 estados diferentes, tá? Existe inclusive X0 que tu pode ardar só o cromossomo da mãe, tá? É uma ciência exata. É uma ciência, é uma ciência, uma científica é um algo que existem variações fato da só pedir pra gente avançar onde você gostaria de chegar. Não, eu só quero, eu só quero dizer o seguinte, eh, não, não. Eu só quero dizer o seguinte, que no momento que hoje a gente vive uma realidade, que se eu falo isso para
uma pessoa que tem fé, a gente não é cromossomicamente só XX ou XY, e a pessoa diz: "Não, só existe homem e mulher usando essa coisa de volta." Isso mostra para mim no na prática que a fé limitou ela, porque aquele ponto da ciência vai contra o que ela crê na fé. Eu não tô dizendo que ela não deve crer nas coisas dela, mas a partir do momento que tu nega algo que é um fato científico por causa da fé, a fé te limitou. Eu não tô dizendo que ela vai te limitar em todos os
aspectos da vida. A fé, a pergunta nem foi se ela te limita em todos os aspectos da vida, é se ela é limitante. E quando em algum ponto ela te limita, ela é limitante. É, na prática hoje é, eu consigo identificar pessoas pensadores. É, Alister McGraph, embora você não seja a favor de citar nomes, mas Alister McGraph é um apologista atual, é alguém que inteligentíssimo, tem uma dialética, uma oratória extraordinária, inclusive debate muito contra ou se opõe, né, de forma amigável contra os ateas e é uma pessoa inteligentíssima e ele utiliza da sua fé. Quando
nós vamos para pra área do esporte, por exemplo, pessoas que têm fé e que desenvolvem todo o seu potencial nos treinamento. Sim, porque é necessário que essas habilidades, na minha concepção, naturais, são impressas por Deus, quando da criação, e eu tenho que falar por conta da minha fé, porque da mesma forma que vocês estão falando seus ideais, falo dos meus. Então, quando Deus imprime no homem a capacidade criativa, o homem é naturalmente ou a mulher é naturalmente ou esses essas várias variações são completamente capazes de se desenvolver na arte, na ciência, nos esportes, na música.
Então, na minha concepção, a fé não impede com que essa pessoa aprenda, com que essa pessoa treine, com que essa pessoa passe horas na frente de um computador para esse debate mesmo. Eu me preparei essa semana praticamente toda. Eu fui dormir ontem estudando, lendo referências para eu poder chegar aqui e entregar para os nossos interlocutores eh um debate à altura, uma conversa à altura. Então, nessa concepção, a fé não me limitou, embora tenha o pressuposto da fé, mas a fé desenvolve, estimula, canaliza. Voltando paraa minha frase final, na minha primeira frase, na minha primeira fala,
a fé canaliza o meu potencial ou potencial humano, aquilo que ele tem para se desenvolver, aquilo que ele tem para criar, só que agora canalizado para o divino, diferente da do pressuposto de vocês. É, na minha opinião, eu acho que você precisa ter fé em você. É o principal. Quando você nega a ciência, quando você acredita lá na Eva, no Adão, você nega totalmente a ciência, né? Porque nós somos a evolução. Tem cientistas que acreditam na Tem cientista, tem cientista. Então é porque é porque você fala como se fosse assim, quem acredita na Eva no
Adão tá indo contra a ciência. Então o cientista que acredita, ele tá indo contra o que ele é cientista. O cientista que acredita, nem sempre um ateu pode se revelar. Então, mas aí é que nenhum de nós tem a capacidade de estar na mente de todo mundo e afirmar isso de maneira coesa. Você tá aí por isso que eu gosto de trazer, por isso que eu gosto de trazer dados. É, mas desculpa, você partiu da da inclusive inclusive os pastores são a maioria teus, só que eles não se revelam porque ninguém mentiria segurando uma bíblesse
ponto. Tudo bem que você não concorda, mas assim, veja bem, ninguém mentiria segurando uma Bíblia se acreditasse nela. Quê? Não, não é. A a sua questão é afetiva, você me perdoe. Você está o chileno como psicanalista, ele já entendeu já só de olh você tá partindo da falácia da fecção de princípio. Você tá dizendo que o Éden é e não é uma construção científica. Você simplesmente impôs e não argumentou porque não é não. Não, mas é o argumento se é o cara. A verdade é que os forte evidências que existem evidências que que o hominídium
homo sapiens ele ele vive pelo pelo menos 100.000 anos e a cronologia bíblica não, pelo menos eu falei, por isso que eu falei e a cronologia bíblica ela é não, você vai falar que é 6.000 anos, mas não é. A cronologia bíblica ela não chega nem perto de 100.000 anos. Mas a cronologia, a cronologia bíblia não préupõe isso. Calma, deixa eu terminar de falar, calma, calma. Até porque eu sou teólogo também. E faixa preta. Não é, você é faixa roxa, então você baixa a bola que eu falo primeiro. Eu queria, eu queria dizer primeiro antes
da gente continuar, porque eu conversei um pouquinho com elas e conversei bastante com vocês e eu tô gostando muito assim da eh de como a gente tá conduzindo de forma educada, que nenhum de nós prega de que eh eu acho que nós três pregamos que é um direito das pessoas terem fé, entende? A gente não é contra quem tem fé, né? E outra coisa, a gente não diz e a gente não diz em nenhuma, pessoal. Sim. E a gente não diz em hora nenhuma que a fé é de todo ruim. Claro que não. Até porque
existem estudos científicos comprovando, por exemplo, que quem tem fé, que quem tem fé, por exemplo, ele tem uma recuperação de algumas doenças melhor. Talvez pode ser até inclusive efeito placeo, a gente não sabe, mas existem estudos comprovando que pessoas que têm fé se recuperam melhor. A gente não sabe se pelo poder do cérebro de autorprupressão, se realmente, até porque o ateu, e aí a gente vou falar do ateísmo e depois do cristianismo. O que é ateísmo? O prefixoado grego quer dizer negação e té é Deus. Ou seja, teísmo é a crença em Deus. Ponto. O
ateu, ele não vê evidência de que existe um Deus. Qualquer coisa fora isso é é invenção, certo? Então, o ateu não vê isso e o e o a pessoa que tem fé, o religioso, né, eh, ele vai cada um acreditar nas suas vertentes, né? E aí a gente tem também uma série, quando a gente fala em fé, fala fé em quê? Porque aí a gente vai ver próprio dentro do próprio cristianismo, e eu não tô atacando o cristianismo, tá? Muito, muito pelo contrário, mas é porque como a gente vive num país de maioria cristão e
os três são cristãos, né? A gente tem hoje registrado 3.880 religiões ditas cristãs. Ou seja, quando você fala em fé, você vai ter que entender fé do quê. Porque se dentro do próprio cristianismo existem quase 4.000 divergências do que acreditar, fica muito difícil a gente entender como essa fé pode de todo modo, e não e não tô falando de novo, que ela não pode ajudar em alguns aspectos, mas ela vai limitar em outros. O ateísmo leva a um relativismo ético. [Música] Odor Dostoyevski em sua obra e em seu romance Os irmãos Karamazov, objetando-se acerca da
existência de Deus, ele traz o diálogo entre um ateu, personagem chamado Ivan, numa conversa com o seu irmão monge da Igreja Ortodoxa Russa. E nessa conversa, a Ivan admite e chega numa declaração maxioma, se Deus não existe, tudo é permitido. Um pouco tempo depois, o filho do pai de Ivan mata por não ter sido reconhecido pelo pai. Quando Ivan conversa com o assassino, o assassino confessa que matou, motivado por aquilo que Van escreveu. Se Deus não existe, tudo é permitido. O que é que me diz que um assassino é definitivamente degenerado? O relativismo parte dessa
premissa de que se tudo é relativo, se tudo é permissivo, e aí o problema, a discussão é saber de onde é que vem essa ponta de de absolutismo. Se Deus não existe, quais são os parâmetros? Quais são? E mesmo que não seja a religião, de onde é que vem a fonte? Qual é a fonte da ética? Qual é a fonte do moralismo? Sim, o ateísmo leva ao relativismo ético. Isto eu preciso pontuar. Isso não quer dizer que todos ateus sejam antiéticos por si só. Claro que não, né? Existe contratos sociais, convenções, inclusive desenvolvimentos eh sociais,
né? E a gente vê grandes contratos aí sociais, não defendendo Rousseau, mas prefiro o da saxônia mesmo, né? dos ingleses e os americanos, mas eh leva assim porque não tem uma base transcendente e objetiva, então passa a ser subjetiva a partir do momento que cada um tem o seu ponto de vista e não tem então um ponto de vista eh um ponto de vista referencial objetivo para que a moralidade ou a ética, tratando aqui como sinônimos, eles se coordenem e de certa forma eh isso não quer quer dizer que existam coisas subjetivas. Eh, mas a
tendência é devido a os valores serem uma questão subjetiva. Bom, então eu vou falar agora como professor de ética, tá? Eh, embora etimologicamente, tanto do grego como latim, ética e moral, elas têm a mesma origem, hoje é falacioso, é errôneo você dizer que elas são sinônimos, tá? Então, hoje a gente tem um entendimento, né, na academia de que ética é inteligência coletiva. São regras e normas decididas por um grupo ou sociedade para melhor convivência entre si. Por isso que a gente não tem uma ética global. E aí a sua própria fala fica incongruente, porque o
pai do contrato social não foi Rousseau. Rousseau foi o o terceiro a aparecer, foi Thomas Robs, né? Ele diz que a sociedade se une por um contrato social para evitar o estado de natureza, que é a lei de todos contra todos. E aí ele ele publica uma obra em 1651 chamado Leviatã, que representa o governo. E ele dizia que o monopólio da violência deveria ser do Leviatã para coibir que as pessoas fizessem algo errado. Por isso que não tem uma ética universal. Por que que a gente não consegue? Porque quando a gente depara com outras
culturas, alguém vai ter que abrir mão do que acredita ser certo para que todos definam isso, certo? Então, por que que a o ateísmo não leva ao relativismo moral? Porque o que leva ao relativismo moral é o contrário, é a religião. Porque enquanto o seu livro sagrado diz uma coisa e o livro sagrado da outra religião diz uma coisa e o livro sagrado da outra diz outra coisa, quem relativiza a ética moral são os religiosos. Porque se a interpretação, e aí vai de cada um, se o cara na interpretação da Bíblia dele, como já aconteceu
na história, diz que tem que matar os descrentes, ele vai matar e não vai ser homicídio, né? E se na outra religião, como acontece hoje, né, diz que tem que fazer terrorismo contra o outro lado, ele vai matar e ele vai pro céu ser recompensado, ele ele tá sendo ético dentro da crença dele. Enquanto para os ateus, não. O que coíbe é a lei. E a lei ela definida por pessoas que são estabelecidas para reger o povo dentro do acordo social feito entre nós mesmos, do que é melhor viver entre a gente. Essa provavelmente vai
ser a resposta mais rápida que eu vou dar em toda a nossa conversa. Ateísmo não é afirmação positiva sobre nada. Ateísmo não é modo de viver. Ateísmo não diz: "Esse é o regramento que você deve seguir. Essa é a norma que você deve seguir." Ateísmo é o seguinte: você diz para mim: "Eu acredito que Deus existe". E eu digo: "Eu não acredito nessa sua proposição. Eu não acredito que Deus exista. Mas por que que eu não acredito? Porque não me deu evidências." Então, quando alguém me diz assim, o ateísmo relativiza o ateísmo é só negar
o teísmo ateísmo, tu pode ter fé e praticar magia e fazer o negócio e não acreditar em Deus. Tem um monte de ateas que tá no meio da bruxaria e fazendo essas loucuras todas. Eles continuam não acreditando em Deus. Então, quando alguém diz pra gente, "O ateísmo faz isso", como que a negação de uma afirmação faz algo? Então essa que é a grande questão quando a gente transforma o ateísmo ou o coloca como se o ateísmo fosse um mecanismo de fé, como se o ateísmo fosse uma religião, como se o ateísmo fosse um comportamento social.
O ateísmo é, eu cheguei à conclusão sobre uma afirmação nesse momento que tem um um não ali atrás. Eu não acredito mais nessa afirmação, é só isso. Então eu não tenho como de falar de, até porque vão existir ateas que não vão aceitar os comportamentos sociais esperados, assim como tem cristãos. Aí vão ter ateas que não vão aceitar as leis, assim como tem muçulmanos. As religiões em si não necessariamente ditam: "Se você é da religião, você vai aceitar isso". Mas o ateísmo sequer faz isso, sequer trata disso. Então, toda vez que me disser assim, a
sua moral ateísta acabou aí, a sua ética ateísta acabou aí, porque não tem nada disso. Eu tô negando uma afirmação, é só isso que eu tô fazendo. O chileno falou que vai treinar às 2 horas de Urgitos. Eu só não vou treinar porque eu sou roxo, ele é preto. Mas o que que tá acontecendo? O Chileno de novo caricaturou o meu argumento. Quando eu citei, citei Blaze Pascal, aí você falou que não é, Agostinho, mas isso não diz. e também o contrato social é a terceira pessoa, eu sei também de outros que configuraram a expectativa,
as experiências ou todo o caldo cultural a partir disso. Então isso não nega o fato de Roussea também ter falado sobre isso. inclusive na academia, eh, principalmente no direito, que mais estuda é Rousseau, né, e no contrato social e outras, né, praticamente é um monopólio de Rousseau, porque a gente tem e a construção da ideologia francesa. Então, por isso que eu aproveitei disso. Foi só uma denda, porque quem surge com essa ideia foi Thomas Robs. É isso que eu quis dizer. Não tô desvalidando o senhor argumento. Roussea foi um grande contratualista. Não, não, não. Palacioso
foi a construção depois moral e ética junta. Bom, beleza. E se vocês olhar depois, assistem esse debate, eu falei usando como sinônimo. Eu também tenho formação filosófica, né, para nós, por exemplo, a ética, porque as definições são difíceis, inclusive os termos são os mesmos, porém, por exemplo, ética é grego e moral é é latim. Então, assim, eu posso falar assim, eh, usando como sinônimo baseado na etimologia. Então eu tenho esse direito, tá bom? Não. E aí eu explico isso porque eu também tenho essa formação. E para nós a ética é o estudo do comportamento moral
que cai quase mudando um pouco a definição, quase no que você disse. São correl aquelas são correlatas. correlatos e ao mesmo tempo, por exemplo, como você definiu ética como inteligência coletiva. Então, e para mim a definição praticamente chega a sua definição, que é a ética o estudo comportamento moral, porque é a observação. Tanto é que quando nós fazemos missão e nós vamos numa tribo indígena e vê vemos um um índio pelado, você a minha moral não condiz com aquilo. E eu vou e eu vou pregar o evangelho e falar: "Ó, coloca uma cueca aí, pô.
Não vou falar isso. Então eu faço suspensão". O que que é suspensão? Eh, eh, eu faço suspensão ética e aplico a construção isto é, eu primeiro preciso, com a minha ética fazer o estudo daquela moral e ver que aquilo é algo desenvolvido naquele contexto. E aí a academia vai estudar eticamente isso. E da Michele, quando ela falou, eu achei muito interessante que ela falou que o ateísmo não é em si afirmação positiva. É, não faz afirmação positiva, mas depois você discorreu sobre a questão dizendo, por exemplo, você e é cristão e eu digo: "Eu não
sou". OK? Então o fator se torna o quê? Eu penso assim e você de outra forma. Estendendo a outras coisas, vai levar um relativismo de De que maneira? De que maneira? Por exemplo, como o problema é? Não, não é, é, é, é bem simples, bem simples. É uma relação causa e efeito. Como eu dizer, eu não creio na afirmação Deus existe fala qualquer coisa sobre a forma da minha moral ou ética em sociedade. Qualquer coisa, qual é a relação direta que a primeira afirmação tem com esse comportamento do cristianismo? Não, não, não. O prompt. O
prompt é que o ateísmo leva a um relativismo moral. Como o ateísmo é simplesmente a negação da afirmação do teísmo que é Deus existe. Perfeito. Como que eu negar isso? Como que eu dizer? É, e essa é a minha posição. Eu nego a afirmação das religiões. Não é não é exclusiva de você, tá? Como que isso leva a só, só para explicar a a um pouco o que ela tá dizendo. O fato dela negar Deus não quer dizer que ela nega toda a sua conduta. Inclusive ela, a gente como pode ser ateu e concordar com
algumas coisas que vocês fazem. Então assim, ela não é necessariamente uma negação de tudo que você faz. É só a negação de não ver uma evidência de uma divindade. Ela positivamente não afirma nada. Não afirma relativismo. Então, mas exatamente isso. E como que eu chego no relativismo? Só por negar Deus. falar vez dele. Eu acho que eu acho que eu tenho ainda 10 minutos. Então deixa eu continuar. Mas e a questão é Não, não, mas eu não tô e por exemplo, vamos separar o ateísmo. Eu vou vou te dar um minutinho, tá? Porque já bateu
teus três. O ateísmo não pressupõe e ética, mas a eh é inevitável que não, porque você vai formar e esse escopo de formação ética acaba sendo subjetivo, visto que você não tem um Deus transcendente para prestar conta. Então você, como ela diz, a fé em si mesmo. Então, praticamente se a fé em si mesmo, todo arcabolso em si vai fazer a formulação de outras questões, como por exemplo, fala assim: "Se eu não tenho alguém para prestar conta, o que vou prestar conta é as leis, é o nomos, é o estado e por aí vai. Mas
enquanto a partida acaba. Eu eu acho que seria normal vocês concordarem que acaba, mas eu frisei, eu frisei que isso não quer dizer que todos ateus sejam antiéticos automaticamente por professar a fé no ateísmo. É uma provocação, né? Mas mas é mas v mas veja pela veja pela sua fala, entendeu? Se você tem mais de uma forma de acreditar no seu Deus, porque existem várias vertentes religiosas, quem relativiza são eles. Quem relativa, Olha só, se Pera aí, pera aí, pera aí, pera aí. Claro, claro. A, desculpa. Quando quando quando a gente tem a fase a
fase protestante da religião, ela justamente é o quê? a negação da primeira fase, que é o catolicismo, tem uma mudança. O ateísmo ele não influencia em nada no meu comportamento, na minha postura ética e moral, porque ele não dita nada sobre isso. Eh, respeitosamente, eu tenho que discordar eh da sua posição, porque o Paul Satri, ele diz que ele defende, ele é considerado pai me corrigiver errado, do antinomismo, que é um desdobramento do ateísmo que surgiu como resposta do Iluminismo, um movimento francês que com razões ou não, quis tirar a humanidade das trevas, da era
das trevas, da igreja, enfim, e que propôs dar respostas para as grandes questões da vida, dissociado da fé, dissociado da religião. Então, as últimas consequências, a negação de uma divindade, uma proximidade com a religião, acabou levando para o antinomismo. O antinomismo é não regra, é não norma, é não padrão. Mas por que que o a minha resposta sobre ateísmo e a minha forma de não crer? Você traz satri, por exemplo, na sua citação, quando eu não eu não estou alinhada com regramentos ou com pensamentos ou com formas de fala de satri? diretamente não. Não, não,
não, não é diretamente não. Não é diretamente não. Porque, por exemplo, se eu não sei nem que Satri falou isso, vamos supor, eu sou uma completa ignorante, eu nunca ouvi que Satri falou isso, tá? E ainda assim me afirmo atísta. A sua afirmação ao dizer que eu, diretamente você não tá, mas você tá, você tá fazendo sem conhecimento pretérito algum, apenas por eu dizer não acredito em Deus que eu tenho que assinar. que eu tenho que subscrever nesses regramos, sendo que eu estou falando que justamente eu sou um ateísta e a única coisa que eu
faço é não aceitar que existe um Deus. O ateísmo é uma condição filosófica, OK? Então está no na conceituação abstrata, mas essa conceituação abstrata, ela parte dessa conceituação para eh casos concretos, que é pessoas como a Michele que se comporta. E esse comportamento não tem como ser neutro, ele tem que pressupor. Então é aquilo que a gente estuda, né, em cosmovisão, que o ser humano em si, que é aquilo que defendia o nossa, a Augusto Conte, né, a o positivismo, que é muito forte no Brasil, que eh pelo menos essa parte, eu sei que filosoficamente
a estrutura é outra, mas ele também fala sobre isso, a qual e ele eh a ideia da ciência ser neutra, mas por que que existe divergências na biologia, né? Tem, por exemplo, um biólogo chamado Michel Birrique, ele constrói uma ideia que não existe evolução. E, por exemplo, tem muitos já acadêmicos que discordam disso, né? Tudo bem, mas há divergência, não é o caso que eu estou apresentando pra gente discutir, mas a questão é eh não tem como, nesse caso concreto, Michele em si, construir a sua ética a parte daquilo que fundamenta a sua estrutura. Então,
constrói lentes. Por exemplo, na realidade, eh, se eu perguntar rapidamente, que cor que é aquela parede ali, Michele? E todos aqui. Eu percebo ela branca. Percebe? Ela branca e ela é branca. Tá. Não, tudo bem. Perfeito, perfeito. Tá, tá OK. Mas de certa forma é um caso objetivo. De certa forma. Mas se eu perguntar, você acha ela bonita ou feia? Eu não tenho, não tenho opinião pela. Tá bom. Mas, por exemplo, eu não tenho opinião que é um caso subjetivo. Então, repare que a gente tá trafegando, dependendo da pergunta, um caso objetivo, subjetivo. Então, assim,
eh, nós para avaliar subjetivamente, nós colocamos lentes, por isso que nós estamos discordando. E se não houvesse um valor objetivo, nem faria sentido o debate, porque se não houvesse valor objetivo, fecha aqui, termina tudo. Porque se cada um pensa de uma forma relativa, por eu vou querer colocar os meus ideais de certa forma em outra? Ser neutro é utópico. Não, mas mas você consegue compreender o raciocínio pelo menos? Consigo, mas vou vou fazer uma colocação que ela um pouco mais quente. Eu acho que você fez um samba filosófico agora na minha cara, porque o que
que eu falei? Samba filosófico. É, eu pedi, eu pedi uma, eu pedi uma, embora seja um espantalho, né? Não, não, não, que eu quero dizer samba filosófico. É porque eu pedi uma relação fala malabarismo semântica. melhoroutora filosófica. Eu pedi tudo bem. Eu pedi um eu pedi um uma relação causal, causa e efeito. O em que momento de nexo causal? Mas foi a minha pergunta, porque a pergunta, o prompt é que o ateísmo leva a isso. Então tem que haver uma relação causa e efeito. Posso responder? Sim.Então, CL. Claro. Mas deixa, deixa eu concluir como que
eu, Michele, ao dizer não acho que existam evidências para Deus, não acredito na afirmação Deus existe. Como que a partir desse momento há diretamente? Essa é a causa. Portanto, o efeito a partir dessa causa é relativizar tal coisa. Se a gente usar, como você falou no caso de satri, satre ele vai dizer o seguinte: o ser humano é o único ser que primeiro a gente, a existência precede a essência. Então ele diz: "Tudo no mundo primeiro tem uma essência e uma ideia, porém no caso do ser humano, a gente primeiro existe e a gente constrói
a nossa existência, a nossa essência depois de existir", certo? Agora, se o ser humano é mal, se o ser humano relativiza, se o ser humano não chega no acordo, é um contrassenso do cristianismo. Porque a Bíblia diz que nós somos imagens semelhança de Deus. Se nós somos imagens e semelhança de Deus, tem alguma coisa errada. Porque 99% das pessoas que estão nos presídios, assassinos e estradores, professam alguma religião. Teologicamente você sabe respa, isso é um dado. Isso é um dado. Teologicamente você sabe a resposta. Isso é um dado. O chileno é teólogo e ele tem
que completar a frase sobre margem e semelhança. Inclusive Niet, que deu a base pelo nilismo do existencialismo aqui, ó, né? Niet. N. Mas o que é o que que o que que Niet eh o que que Niet disse, né? ou de repente ele não disse, mas é o que a gente estuda na literatura, a qual ele fala: "Deus fez o homem a sua imagem semelhança". E agora o homem, não, eu vou acrescentar, caído faz deuses segundo a sua imagem e semelhança. E claro que eh eh o que ele diz de imagem e semelhança hoje, a
Bíblia perimpitoriamente, claramente apresenta que essa imagem está caricaturada e deturpada. Então esse é o ponto. Então a gente não pode dizer que o homem é mais semelhante de Deus e porque ele está fazendo coisas maus e Deus então entretanto, é mal. Não, pelo contrário, a Bíblia está afirmando que ele nessa condição moral, não ontológica, mas moral, ele caiu. Por isso ele deturpou isso. Então, eh, a gente tem que ser, pelo menos concluir filosoficamente como Hebreus 11:1, que não é simplesmente uma esperança se não tiver um fundamento. Primeiro fundamento para todo fundamento tem esperança. Mas Adão
não era caído e errou, pecou. Eh, então, mas aí teologicamente ele tinha uma capacidade e ele foi feito santo a imagem semelhante de Deus. Mas Deus deu uma capacidade não só natural, porque se fosse natural ele não ia cair, mas sobrenatural dele responder contrário a essa natureza. E respondendo contrário a essa natureza, agora ele caricatura a imagem. Mas que a Bíblia diz, quem tá relativando é vocês. Porque como? Porque a Bíblia não diz, porque a Bíblia não diz ha nenhuma isso. A Bíblia diz que ele era imagem e semelhança de Deus e que ele tinha
uma ordem direta. Se ele era um homem perfeito igual a Deus, ele agiria como Deus. E aí quem diz que ele tinha essa capacidade, que ele foi, fez, você falou que a Bíblia não diz, mas ela diz, há condicionantes para isso. Lá em Gênesis, capítulo 2, versículo 17, Deus, ele fala: "Ó, você é minha imagem semelhança, parafraseando, mas é o que o texto que tá querendo dizer. Mas entretanto, você tem a condição de não ser se você comer do fruto da norma. havia uma condição e essa condição ele decidiu contar. No momento em que tu
usar essa tua crença pessoal que vem do teu livro religioso e tu tentar transformá-la em lei para regulamentar a minha vida ou a de outra pessoa, é aí que eu vou combater a tua religião e a tua crença. Ou você vai combater a minha pessoa. Toda sua fala você tá partindo do pressuposto que existem bons cristãos e maus cristãos. E essa fala sua, embora seja uma crença, e pode, você pode até ter razão, que tem uns que deveriam ser mais do que outros, tal, não é o fato que está sendo debatido. O fato tá sendo
debatido é que os cristãos que estão no poder, estão no governo, usam essas crenças para um controle [Música] social. เฮ [Música]
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