[Música] quem é essa mulher que veio de tão longe para as terras brasileiras e aqui ajudou a enriquecer a nossa literatura o que ela trazia uma alma desde a infância e juventude até a vida adulta que transportou para as páginas de seus livros uma certa tristeza a noção de que sonho em realidade raramente andam juntos e mais você sabia que clarice andou incursionando por outro campo da arte que não tem a ver com a literatura são muitas clarices e aqui vamos tentar mostrar algumas nascida na ucrânia ela veio para o brasil ainda menina passou a
infância e adolescência entre maceió recife rio de janeiro e foi na época da juventude no rio que começou a arriscar os primeiros inscritos numa de suas raras entrevistas ela conversou com o repórter júlio verne na tv cultura em 1977 nesse encontro ela revela muito de sua alma inquieta vamos ver alguns trechos quando a jovem é praticamente adolescente clarice lispector descobre que realmente é a literatura aquele campo de criação humana que mais atrás a jovem clarissa têm algum objetivo específico ou apenas escrever sem determinar um tipo de público apenas câmera você poderia nos dar uma idéia
do que era a produção da adolescente clarice lispector caótica intensa internamente fora da realidade e da vida desse período você se lembra do nome de alguma produção o escândalo e um time as coisas antes de publicar meu primeiro livro já escrevi há pistas conta o jornal e ver eu ia com o time de enorme mas uma timidez de ovada o time de jeová mesmo tempo chegava lá rn pia eu tenho um contrato repubblica aí não me lembro que uma vez foi raimundo magalhães júnior que olhou nem um pedaço do pa mim você copiou e de
quem ele ninguém é meu e setor produziu disse não é isso então pública é assim é o trabalho é mais difícil você se comunicar com um adulto com a criança quando a minha como nikon criança é fácil porque sou muito maternal quando eu comunico com adultos haverá tocou me comunicando com mais freqüência tudo de mim mesmo aí é difícil o adulto é sempre solitário um adulto é triste solitário [Música] romances contos crônicas livros infantis clarice passou por vários gêneros e em todos deixou uma marca inconfundível perto do coração selvagem seu livro de estréia lançado em
1943 conta a história de joana moça simples que vai parar no centro de um turbilhão de amores e traições inovador para a época um dos críticos chegou a qualificar a obra como a maior novela já escrita por uma mulher em língua portuguesa a hora da estrela seu romance mais conhecido narra a trajetória da jovem datilógrafa alagoana macabéa que vai parar no rio de janeiro sonha em virar estrela de cinema e ouvi de uma cartomante que iria se casar com um homem rico o livro virou filme dirigido por suzana amaral que também falou para o repórter
júlio lerner quando eu estive estudando cinema nos estados unidos eu me dediquei além de todos os toda obra de clarice todos os livros de clarice e quando eu estava buscando uma obra para ser adaptada foi justamente a hora da estrela que era um dos últimos que aliás quero último livro dela e que ele que o qual eu me identifiquei muito porque a eu descobrir descobrir o brasil fora do brasil eu acho que é uma cadeia é uma heroína sem nenhum caráter assim não se ela quer de urina sem nenhum caráter mas ela é vamos dizer
a contrapartida do macunaíma entendeu e ela é a imagem do brasil pra mim eu acho que é uma cabeça o retrato do brasil pelo menos naquela época nani a nano hum [Música] cheguei levante é na faca de madrid preferindo não é herói enquanto mostra que o linfoma gadea em quase todos os seus livros clarice procura mostrar o choque entre expectativas ea realidade crua da vida destaca se ainda entre suas obras a água-viva um sopro de vida e laços de família no rio de janeiro entre as décadas de 40 e 70 clarice conviveu com jornalistas de
grandes autores como rubem braga fernando sabino paulo mendes campos em muitos outros foi amiga de lygia fagundes telles com quem teve uma passagem curiosa após contam uma coisa engraçada que aconteceu lá não estava no avião eo avião estava nas nuvens se eu virar pra cabra o piloto visando a apertem os cintos e tal eu gelada não goste avião deu certo então se emite lyon por este ou aquele motivo eu então aí a clarice estava no no banco ao lado levantou sentou do meu lado disse lígia não tenha medo a minha cartomante disse eu vou morrer
na cama então não tem problema com problema jorgito pouco eu viajei pra colômbia certa vez com a clarice lispector nós tivemos muitos dias houve um congresso te congresso latino-americano de escritores eu conversava muito com clarice ela disse origem você acredita ela falava é a língua presa não era só ataque não não era pensei que fosse da ucrânia era meio com dois ou três anos da creche ela caiu já não gosta e ucrânia ela confessou que a língua presa podia podia ter feito a operação mas segundo ela me disse essa operação é muito dolorida em tela
continua com a língua com a língua presa ela já inspiração e expiração existe sim mas você acredita em inspiração de acredito pela minha mão eu também acredito que a inspiração não tem outra palavra que isso rima tão bem isto a inspiração a detalhes pouco conhecidos na vida de clarice por exemplo quando as pessoas sabem que ela também impulsionou pela pintura o editor entusiasta e divulgador da obra de clarice pedro vasques está preparando uma série de lançamentos para marcar o centenário de nascimento da escritora precisava de algo muito especial que é exatamente os projetos de relançar
toda obra né é com não só um projeto gráfico externo de campo como também de mil no é diferente né mas também é composto fácil ser inéditos nã que oferece uma um guia de leitura assim para a obra ou seja apenas um projeto estético tem um projeto de conteúdo também então uma coisa dessa magnitude e com essa ambição nesse estado de alguém muito especial para ela retornar o design né então obviamente o nome que se impôs foi do vetor burton porque sem dúvida alguma não só é o mais premiado designer brasileira é nesse campo do
livro não é é é como também é uma pessoa que entende profundamente é a literatura porque ele se especializou nisso né o victor tem um verdadeiro culto do livro a idéia abrir mais o público da clarissa né é um espectro maior né além do do povo do público mais especializado em emoção e aí eu me deparei com uma sugestão feita pelo genoa pelo curador e mostrou os quadros da clarice pintados por ela que é uma coisa relativamente desconhecida e relativamente muita gente conhece mas um grande público certamente não conhece e eu fiquei fascinado porque além
de gostar dos quadros nos quadros interessantes eu vi que ali havia um mundo infinito você não só ainda não era nunca foi pegar o quadro assim fechadinho bonitinho a ideia era mergulhar dentro do quadro e aí a gente trabalhou sempre a mesma fotografia que nos acompanha desde sempre a ea gente evoluiu para trabalhar com os quadros detalhe dos quadros e chegamos na solução atual o que eu acho muito interessante aqui é praticamente infinita assim a gente vai poder certamente dar conta de toda a coleção e de novo a relação com a clarice escritora é absolutamente
clara intensa e e correta é ela mesmo se mostrando visualmente na capa acho que é uma coisa que tem um detalhe marcante na obra de clarice é a forte ligação que ela continua mantendo com os leitores como explica pedro vasquez agora nesse momento em que nós demos a partida para as comemorações do centenário de clarice lispector que é a data exata do centenário é 10 de dezembro de 2020 porém agora nem se no corrente mês de dezembro de 2019 a editora rocco começou a reedição da obra completa de clarice eu acho que nesse período né
ô ô ô que foi mais impressionante assim pra mim foi é não trabalho disse mas constatar como clarice é influencia a vida das pessoas como ela é querida pelas pessoas pelos leitores né é do país inteiro porque a gente sabe que é muito estudada tem muitas teses já produzidas e em andamento tese de mestrado às vezes simples trabalho de conclusão de curso com roteiro e direção da atriz beth goulart o espetáculo simplesmente eu clarice lispector recriou a personalidade da escritora com encenações de trechos de suas obras e uma narrativa biográfica a peça foi vista por
dezenas de milhares de pessoas em 2017 quando foram lembrados os 40 anos de morte da escritora o texto trata de vida morte solidão entrega inspiração e entendimento momento de maquiagem da foi um momento muito importante que eu acho que quando você vai me caluniando vocês você vai mesmo tirando um ou outro meio que tirando a beth entendeu abrindo passsagem meu nome é beth goulart na terra eu não preciso deixar de ser eu para ser ela sou eu sendo ela [Música] schrei porque encontrou nenhum pra ver que não sei traduzir não sou prudence oslo escrevo para
mim a sentir minha alma eu escreva para entender melhor o mundo acho que escrevendo a gente entende mais um pouquinho do que não escrevendo é uma lucidez meio nebulosa porque a gente não tem direito consciência a coisa vai se fazendo em mim não escolho um momento em que minha escola a gente tem que estar preparada para o momento que colhe a gente às vezes ele agora um trabalho durante anos sem tim único sintoma são as raças que me vem de repente já prontas no táxi no cinema ou no meio da noite revelando que algo está
crescendo e não se faz uma fã a frase na mas ao contrário do que muitos pensam não escreve entradas não tem também o espírito vem sofrendo idéias a inspiração vem desta longa elaboração inconsciência citou por exemplo que ele escrever sobre uma pessoa que inventei joan como ser falado como favela diferente casualmente informou-me que possuía as reinações de narizinho de monteiro lobato era um livro grosso meu deus era um livro pra se ficar vivendo com ele comendo dormindo e completamente acima de minha expostas às vezes sentava me a rede balançando me com um livro aberto no
colo sem tocá lo nestas e polícia não era mais uma menina com livro era uma mulher com o seu amante daqui a pouco em visita à tv cultura o biógrafo de clarice benjamin moser fala de suas impressões sobre a vida ea obra da escritora a gente volta já [Música] ah [Música] clarice lispector conquistou fãs em todo o mundo em especial norte-americano que se dedicou a estudar e reconstruir a vida da escritora o resultado desse trabalho foi publicado em 2009 por benjamin moser sobre o título clarice vírgula nós conversamos com o biógrafo de clarice aqui na
tv cultura o nome dele é benjamin moza um escritor norte-americano que encontrou inspiração na obra de clarice lispector há dez anos ele publicou uma biografia da artista brasileira que também está disponível em outros idiomas e circulam no mundo todo é uma coisa muito gratificante porque são quase 20 anos nosso trabalho e todo dia eu faço alguma coisa pra falar isso contar isso e nunca me cansou sabe uma coisa que uma obrigação que a gente aceita sem saber o que a gente está embarcando mas que é muito legal ver que ela está no lugar que ela
merece está entre os grandes internacionais do século 20 que o pensamento por ela benjamin acredita que clarice esteve muito à frente de seu tempo ela abriu caminho para as mulheres e revolucionou a literatura tênis natura brasileira antes de greves o esperto e tem depois não tem ela revolucionou a língua portuguesa no brasil e agora ela está viajando mais está revolucionando a maneira dos poetas romancistas se inscreverem até na coréia sabe na turquia então realmente como picasso não foi só uma quebra na frança na espanha ele radicalizou a maneira de verbos o mundo ea casa estava
a mesma coisa clarice de uma forma peculiar de escrever o romance introspectivo perto do coração selvagem publicado em 1943 chamou a atenção da crítica e lhe rendeu o prêmio de melhor romance de estréia daquele ano a autora foi uma novidade para a época hoje estamos acostumados a ouvir seu nome mas levou algumas décadas para o brasil absorver o seu trabalho ela nunca ganhou um tostão um dos livros dela ela é não morrer o cobre mas também não morreu ela morreu preocupada com o dinheiro se você olha as vendas dela agora pelo mundo um fenômeno que
ela nunca teria pensado eu escrevi é justamente não profissionalmente inscreveu por uma necessidade interior era muito forte que obrigou ela apesar de não querer ela falou nesta entrevista ela fez aqui na tv cultura a única entrevista que ela fez na televisão brasileira ela falou é que que ela só escreve quando ela quer e profissional é profissional tem uma obrigação para fazer uma coisa ela sofreu a fazer questão de não ser profissional que realmente ela rendeu e isso rendeu um dinheiro não profissional se estivesse viva clarice completaria 99 anos no último dia 10 de dezembro com
tanto tempo desde o primeiro título benjamin é um dos responsáveis por manter viva e espalhar sua obra pelo mundo ela era uma coisa para uma seita mas aceita fui convertendo mais gente eu faço parte da seita também como orgulho e a gente vai conquistando almas para essa obra que é uma herança única eu acho que o brasil promoveu sobre em cima da samba milagre um milagre partido em estrelas grossa séries e brilhantes como um aviso parado como farol querendo dizer nelas pressinto o segredo estaria impassível que usufrui dentro de mim onde foi que eu já
vi no ano a alta no céu branca silenciosa tudo à espera da meia noite de loucura no desejo de modelo estrela ainda existe a pé está até no corpo se o brilho das estrelas dói em mim se é possível essa comunicação distante é que alguma coisa quase semelhante uma estrela trêmula dentro de mim em suas crônicas onde retratava o cotidiano com sensibilidade única clarice deixou uma passagem marcante pelo jornalismo brasileiro a jornalista marina colasanti foi sua editora no jornal do brasil e ninguém sabia muito muito bem como lidar com clarice porque ela fazia grandes pausas
aí você entra na conversa e ela retomava era só uma pausa você ficava espera está fazendo uma pausa ou ela acabou de dizer o que ela quer dizer e ela tinha uma saída de estranhas e tinha uma saída de repente bem humoradas ela era uma pessoa muito muito especial muito diferente eu era editora dela no jornal do brasil não só receber as crônicas como era encarregada dela porque todo mundo tinha dificuldade de dar com ela e ela tocava telefone mariana clarice e ela tinha um medo enorme que a gente perdesse as crônicas porque ela não
tinha cópia é naquela época não era o computador e ela já tinha queimado as mãos então não tinha muita dificuldade do tal carbono fazer trabalho com o carbono que ficava todo troncho então ela não usava e ela sempre me pedia maior cuidado com as crônicas imagina se eu não tinha chegado à crônica dela gente copiável na o cuidado escritora e jornalista clarissa se debruçava na arte de usar as palavras para traduzir as emoções humanas e rejeitava a delimitação de sua obra em qualquer categoria por isso a partir de qual momento você efetivamente decide assumir eu
nunca assumir porque eu não sou um boxe altas campo quando eu quero eu sou amador continua até amadora e profissional é que que tem uma relação consigo mesmo consigo mesmo descrever ou então com go em relação ao outro agora eu faço questão de não ser um profissional para manter minha liberdade [Música] a palavra é meu domingo sobre a dívida enquanto se amarra as poucas que me chamar de uma das votações ela escreve não sei por que foi esta que se mesmo que para as outras vocações e precisaria de um long and sá em quanto que
para escrever o aprendizado da própria vida se vivendo em nós e ao redor essa capacidade de mexer no battle da medida que o tempo passa é o que eu chamo de vit eu ia andando pela avenida copacabana e olhava distraída edifícios necessita de mais pessoas sem pensar em nada ainda não perceberam que na verdade não estava distraída estava de uma atenção sem esforço estava sendo uma coisa muito rara livre ia tudo e à toa com o pouco que fui percebendo que estava percebendo as coisas minha liberdade então se fez ficar um pouco mais sem deixar
de ser liberdade sentia-me satisfeita com o que via distinta um sentimento de que nunca ouvi falar por um carinho eu me sentir a mãe de gol que era até mesmo sem nenhuma prepotência glória sem nenhum senso de superioridade igualdade eu era por carinho a mãe do que existisse que deus o amor grave a moça lei respeito medo referência mas nunca tinha me falado que carinho uma terra na altura e e assim como meu carinho por um filho não reduz até oa larga preciso me atrai mas ao mesmo tempo viver como se esta minha vida fosse
eterno e depois morrer será o final de alguma coisa fogo antes de morrer será um dos atos mais importantes da minha vida tenho medo de morrer não sei que nebulosas guias laksmi espera assim como uma mulher que se guarda está a dar se um dia o amor eu talvez queira morrer eis que depois de uma tarde de que o sonho de acordar a uma hora da madrugada em desespero [Música] [Música] daqui a pouco no ofício da escrita clarice procurava transformar a indignação com o fato da vida em contos romances não saia daí ah [Música] ah
o instituto moreira salles promover um evento com palestras e leituras de texto para marcar a data desde 2011 o instituto moreira salles comemora esta data com a programação a obra de clarice a proposta com leituras da obra da autora e palestras sobre sua vida o nome do evento a hora de clarice faz alusão a um dos mais importantes livros da escritora a hora da estrela a obra que conta a história da xilogravura macabéa que migra de alagoas para o rio de janeiro tem 13 títulos numa entrevista concedida ao programa panorama da tv cultura em 1977
a autora disse que essa quantidade de títulos era para ajudar o leitor a decifrar a obra neste ano a atividade contou com a leitura dramática da atriz simone spoladore e deu voz a trechos do livro dos prazeres estando tão ocupada vieram das compras de casa da empregada fizer as peças porque cada vez mais matança serviço embora só viesse pra deixar o almoço e jantar prontos para vários telefonemas tomando providências inclusive um dificílimo para chamar o bombeiro de encanamento de água foi à cozinha para arrumar as compras e dispor na fruteira as maçãs que era uma
só a melhor comida embora não soubesse enfeitar uma fruteira mas os links acenaram com a possibilidade futura de por exemplo embelezar uma fruteira se pôs que ele queria ensinar ea viver sem dor apenas eles eram uma vez que queria que ela ao lhe perguntarem seu nome não respondesse lori mas que respondesse meu nome eu pois seu nome dissera ele é um eu perguntou se o vestido branco e preto serviria então do ventre mesmo como um estremecer longínquo de terra que mal se soubesse ser sinal de terremoto do útero do coração contraído veio tremores gigantesco de
uma forte dor a balada do corpo todo o abalo e em chutes caretas de rospide rosto e de corpo afinal com a dificuldade de um petróleo rasgando a terra veio afinal o grande choro seco choro mudo sem som algum até pra ela mesma aquele que ela não havia adivinhado aquele que não previra jamais sacudida como a árvore forte que é mais profundamente abalada que ok a árvore frágil afinal rebentados canos e veias então na platéia fãs que encontra inspiração no trabalho de clarice lispector expor que clarice a minha amiga já na soja então me inspirou
na verdade em meados de 2017 eu fui a primeira vez que eu pedi pra ler clarice com inspiração nessa amiga hoje ela faz um doutorado já já fez um mestrado agora um doutorado e ela conduz um clube de leitura que é o café literário então a cada encontro ela propõe uma leitura mas eu acabei me inspirando justamente por ela ter trazido essa é sam um livro dela na verdade nem da clarice e acabei e acabou justamente em hora da estrela de cada livro tijolinho na formação da nossa vida do nosso caráter da nossa personalidade do
que a gente pensa o que clarice acrescentou na tua vida é eu acabei tendo oportunidade também com a jana e com outros amigos é uma oportunidade de participar de um curso com a minha mãe e na verdade a partir daí eu comecei a ter um contato mais profundo né porque eu tinha lido a hora da estrela é depois acabei lendo eu comecei a ler a paixão segundo gh então na verdade é difícil mas eu achei questionamentos relacionados à vida algumas questões mas relacionadas a isso então passei a refletir um pouco mais as reflexões mais profundas
ela provoca provoca a gente fica terminar a leitura meio passado a gente continua terminar a leitura continua pensando na verdade ela provoca positivamente que ela trouxe pra você confusão na muita confusão na nossa cabeça deixa a gente tem que pensar ativo né e assim ela acaba transformando de alguma forma na e ela conta gotas no ano de uma vez é aos poucos o que se vê que hoje uma identificação no sentido de angústia eu acho que clarissa sinônimo de um curso de uma certa dor de existir a existência do doi viver dói mas é bom
ninguém morrer então é isso ambos a dor da existência de viver e de ser clarice transformava seus questionamentos sobre a vida em roteiros contos livros foram muitas histórias que traduziram suas indignações ao mesmo tempo ela não via na escrita um meio de alterar as circunstâncias humanas vamos acompanhar mais um trecho da entrevista com a escritora a sua produção ocorre com freqüência se você tem períodos e produzir pensamentos têm perdido depois não têm intensamente tem períodos e atos em que a vida pelo flu em tolerar esses gatos são longos homem independente pode ser longe e eu
vejo essa esse período ou então eu por minha honra me lançou alguma outra coisa concluiu acabei a mão dela tomei o cuca então fazendo a ressalva de que a criança entre os seus diversos trabalhos sempre existe essa natural um filho predileto com aquilo que você vê com maior carinho até hoje o ovo ea galinha que é um mistério para mim uma coisa que os clubes algum bandido sob um um carro em novo chamada mineirinho que morreu com 13 balas quando uma fã bastava e que era devoto de são jorge e que a namorada quem deu
a revolta enorme escrevi sobre esse é o trabalho em torno de mineirinho qual o enfoque que você deu o nome nem muito bem já foi bastante tempo alguma coisa fim com o primeiro tiro me espanta o segundo título ontem que o terceiro tiro coisa o 12º um atingir o 13º sou eu em que medida o trabalho de clarice lispector no caso específico de mineirim pode alterar a ordem das coisas não altera em nada altera em nada diz campo tem esperança que qualquer coisa não treinando então por que continuar escrevendo com eles e eu sei porque
no fundo a gente não é não tá querendo alterar as coisas então querendo desabrochar de um modo ou de outro né quando os meus filhos o nascimento dele não foi casual eu quis ser mãe e os dois filhos foram gerados voluntariamente e me orgulho dele eu me renovo neles eu acompanho seus sofrimentos e angústias do que é possível da reunião fosse mãe sereia sozinha num sempre mesa está uma coisa extremamente forte mas que pode entrar e me abandonar posso um dia sentir que eu já escolhi o meu lote neste mundo e eu devo aprender também
são paulo inscreveu não tenho nenhuma garantia ao passo que a eu posso [Música] já bastante doente em 1977 pouco antes de sua morte clarice um dia pega um táxi para ir ao hospital então se dirige ao motorista diz me leve para o hospital mas faça de conta que estamos indo para um passeio assim era clarice lispector ela achava que era preciso sonhar mesmo nas horas mais difíceis [Música] ah