As evidências históricas de Jesus

independentemente de qual seja a sua religião é inegável o impacto gigantesco do cristianismo na história da humanidade hoje são mais de 2 Bilhões de cristãos no planeta né quase 1/3 da população mundial e para qualquer lugar que você olha você vê sinais Claros dessa presença né numa cruz na parede numa Bíblia na mesa uma paróquia na esquina uma catedral no centro da cidade um nome de rua um panfleto uma pintura uma música uma estátua uma série de TV um vídeo no YouTube Enfim tudo isso de alguma forma remete a figura central do cristianismo que é

o Cristo né Jesus de Nazaré Ou pelo menos é o que dizem porque se por um lado as evidências históricas da existência do cristianismo são de fato infinitas por outro lado as evidências históricas da existência do seu fundador Jesus já são bem mais limitadas Mas elas existem e nesse vídeo Então a gente vai dar uma olhada nessas evidências e analisar o consolle das elas são para sustentar a afirmação de que Jesus de Nazaré o personagem histórico realmente existiu para isso primeiro a gente vai examinar as evidências arqueológicas diretamente ligadas a Jesus depois as evidências textuais

divididas em Fontes greco-romanas judaic e cristãs e por fim a gente vai fazer um balanço de todos esses dados e avaliar se eles são de fato conclusivos Ou não e eu acho interessante começar pelas evidências arqueológicas porque geralmente esse é o tipo de evidência que as pessoas valorizam mais evidências palpáveis concretas sólidas tipo os restos mortais da pessoa ou uma lápide com o seu nome ou uma moeda com o seu rosto cunhada quando a pessoa era viva ou alguma coisa parecida mas o problema é que esse tipo de evidência é extremamente raro e quando ele

existe é mais por caso de pessoas da mais alta Elite da sociedade que não era nem de longe o caso de Jesus e mesmo assim mesmo para membros da Elite esse tipo de evidência é raríssimo Até recentemente a gente não tinha nenhuma evidência arqueológica por exemplo que validasse a existência Histórica de Pôncio Pilatos que era a pessoa mais poderosa da Judeia nos tempos de Jesus a gente não tinha nenhum vestígio do seu corpo nem da sua Sepultura nem de moedas com seu rosto nem com seu nome nem estátuas nem nada e não tem até hoje

nada disso que eu mencionei né mas a gente tem desde 1961 poucas Décadas atrás uma inscrição são numa parede na cidade de cesareia marítima que fala de um tal Pôncio Pilatos prefeito da Judeia que dedicou a construção da qual faz parte aquela parede a um tal Tibério e como a gente já tinha evidências textuais de que de fato houve um prefeito da Judeia chamado Pôncio Pilatos durante o governo de um Imperador chamado Tibério fica fácil entender essa inscrição e considerar que ela realmente é uma evidência sólida concreta da existência desse personagem histórico Mas é só

isso né Essa é a única evidência arqueológica realmente ligada diretamente a Pilatos e de novo né a gente tá falando aqui da autoridade máxima da província da Judeia quando Jesus supostamente teria existido Agora imagina então o que que seria razoável esperar em termos de evidências arqueológicas sobre um camponês de Nazaré do interior mais remoto dessa província né da província da Judeia então sobre evidências arqueológicas diretamente ligadas a Jesus realmente a gente não tem nada assim como a gente não tem nenhuma evidência arqueológica ligada diretamente a praticamente nenhum dos seus contemporâneos e conterrâneos Incluindo aí pessoas

muito mais ricas e politicamente influentes do que ele por isso a gente vai focar ao longo desse vídeo mais nas fontes escritas mesmo Aliás na verdade antes de ir para as fontes escritas Tem sim uma evidência arqueológica que é o que chega mais perto de ser algo sólido e concreto a respeito de Jesus que de vez em quando aparece nas discussões sobre a existência histórica desse personagem que é essa caixa aí que vocês estão vendo esse objeto aí é um ossuário que é um recipiente de ossos típico dos sepultamentos judaicos do primeiro século ele foi

encontrado em 2002 e o que to especial entre os vários outros ossuários que a gente tem nesse contexto é uma inscrição em aramaico que aparece em um dos lados dele que diz o seguinte yakov bar yosef akui de yeshua ou seja esse seria o ossuário de Tiago filho de José irmão de Jesus como esse ossuário foi de fato datado do primeiro século depois de Cristo e ele traz esses três nomes Associados né Tiago José e Jesus muitas pessoas logo começaram a suspeitar que ele poderia ser o ossuário de Tiago chamado de Tiago o justo que

é um personagem que aparece na Bíblia como sendo irmão de Jesus e filho de José consequentemente a gente teria aí uma evidência concreta da existência de um irmão de Jesus O que indiretamente seria uma evidência da existência do próprio Jesus isso de fato não é impossível mas também não é muito certo porque há uma série de detalhes que a gente tem que considerar aí nessa história o primeiro detalhe é que esses três nomes Tiago José e Jesus estão entre os nomes masculinos mais comuns daquele contexto dos 147 nomes masculinos e femininos que aparecem em ossuários

da região 19 São José e 10 São Tiago esses dois nomes são inclusive os nomes masculinos mais comuns dos ossuários o primeiro e o segundo lugar e considerando outros documentos do período um estudo apontou que 14% de todos os nomes judaicos desse contexto eram variações aramaicas de José né yosef ou yosef 9% eram variações de Jesus yosua ou Yeshua e 12% eram tiagos né yakov e aqui a gente pode traduzir yakov como Tiago ou Jacó né A origem do nome é a mesma como eu já expliquei num vídeo aqui no canal e considerando esses números

o historiador André Lemer que foi o responsável por esse estudo chegou à conclusão de que nesse período de dominação Romana na Judeia no qual teria vivido Jesus poderiam ter existido cerca de 20 homens chamados Thiago que eram filhos de algum José e irmãos de algun Jesus e ainda há um segundo detalhe sobre essa evidência arqueológica né o ossuário de Thiago que é o seguinte apesar do ossuário ser datado com muita segurança como sendo objeto realmente do século iiro e isso por várias formas de datação inclusive de datação química a inscrição que aparece no usuário pode

não ser original Inclusive durante um tempo O Colecionador que é o dono desse objeto chegou a ter 44 processos de falsificação no seu nome incluindo um processo por causa do ossuário de Thiago quando esse objeto foi submetido pela primeira vez a uma junta de especialistas eles inclusive chegaram à conclusão de que a inscrição era falsa Mas recentemente um novo exame deu um parecer favorável à autenticidade da inscrição mas seja como for né Mesmo que a inscrição seja autêntica e essa a segunda junta de especialistas tenha mais razão que a primeira junta de especialistas ainda assim

não dá para saber se esses Tiago José e Jesus que aparecem na inscrição são exatamente os Thiago José e Jesus que a gente está procurando e esse é só um exemplo de como inconclusivas e precárias podem ser as evidências arqueológicas por mais sólidas e palpáveis que elas sejam no final das contas o que manda não é tanto o objeto em si mas a interpretação desse objeto e essa interpretação Depende de muitas outras informações como as informações que a gente encontr em outros tipos de fonte que são extremamente importantes pra história que são as fontes escritas

e é para elas então que a gente vai agora as fontes mais antigas mais informativas e mais numerosas que a gente tem sobre Jesus são as fontes escritas por cristãos mas obviamente os seguidores de Jesus vão dizer que Jesus existiu Então antes de ir para essas Fontes vamos ver alguns outros autores né não cristãos que dão pista sobre a existência de Jesus e a gente pode começar pelos Romanos né e entre os romanos primeiro cronológico logicamente a gente pode falar sobre Plínio caios plinios cicilio secundos mais conhecido como Plínio o jovem foi um senador e

jurista Romano que ocupou vários cargos imperiais ao longo da sua vida o que mais nos interessa aqui é que Plinio foi apontado como governador da Província de ponto bitínia entre os anos 111 e 113 e nesse período plin trocou muitas cartas com o imperador Trajano contando para ele o que acontecia ali na região e pedindo orientações sobre como lidar com questões mais específicas uma dessas cartas que a carta 96 é o registro mais antigo que a gente tem hoje de uma fonte Romana mencionando explicitamente a figura de Jesus e o contexto da carta é o

seguinte Plínio vinha recebendo várias denúncias contra a presença e a atividade de cristãos na sua província e ele não sabia muito bem como lidar com essa nova superstição contagiosa que é como ele se refere ao cristianismo ele disse pro Imperador que até então sempre que alguém era trazido a ele como um cristão ele forçava a pessoa a invocar os Deuses Romanos a adorar imagens do Imperador e de outros deuses e a fazer oferendas a esses deuses e a insultar Cristo se a pessoa tivesse disposta a fazer isso ela era liberada e senão ela era punida

Além disso ele registra também que os cristãos sempre diziam que não tinham cometido nenhum crime para est sendo levados a julgamento e que as suas atividades eram simplesmente realizar encontros periódicos Nos quais eles cantavam hinos a Cristo quase como se fosse um Deus e é basicamente isso que o Plínio diz então na sua carta né e trajando o Imperador responde à carta dizendo que não tinha diretrizes muito específicas sobre essa questão mas ele aconselha Plínio a não buscar ativamente os cristãos nem a aceitar denúncias anônimas mas caso alguém levasse um cristão até ele para julgamento

né simplesmente por ser cristão esse acusado deveria ser forçado a se retratar adorando os Deuses Romanos né ou então ele seria punido e a gente pode tirar várias informações interessantes Então a partir dessas cartas primeiro fica evidente que o cristianismo já era um fenômeno bastante desenvolvido no início ali do sego século a ponto de ter chegado na Ásia menor onde era a Província de ponto bitínia e a ponto de tá causando um grande Impacto também né grande o suficiente para motivar um governador a enviar uma carta ao imperador para saber como lidar com a situação

outra coisa é que a gente já pode ver também nessas cartas que o cristianismo era detestado por parte da população do império e era efetivamente perseguido né pelo menos pontualmente e terceiro e mais importante pra questão da existência Histórica de Jesus é que essa carta também sugere que nesse estágio inicial do cristianismo Cristo era adorado quase como um Deus pelo menos são essas as palavras que Plinio registra esse quase É bem interessante porque dá a entender que Cristo era cultuado e que ele recebia honras elevadíssimas mas não era visto exatamente né efetivamente como um ser

do mesmo tipo de Zeus ou de Apolo ele era provavelmente um homem alguém que havia existido realmente de carne e osso mas não era tratado como um simples mortal ele era de novo né quase um Deus mas não Exatamente esse testemunho de Plínio que vem ali da sua relação com cristãos que ele levava né e recebia pelo menos em julgamento já começa a oferecer algumas pecinhas pro nosso quebra-cabeça mas ainda São muito poucas peças Ele não diz nada por exemplo sobre a origem de Cristo sobre o que ele fez ou sobre o que fizeram com

ele o que ele diz simplesmente é que havia um movimento que cultuava o tal Cristo só que alguma dessas coisas que a gente não encontra em Plínio a gente pode sim encontrar em textos deixados por outros dos seus contemporâneos como por exemplo Tácito e suetônio públi ou gaios cornélius tasos foi um senador romano que também ocupou uma série de cargos imperiais e durante a sua atuação pública ele escreveu duas obras históricas muito importantes que são as histórias que cobrem o período que vai dar morte de Nero até a morte de Domiciano e os anais que

voltam aos tempos de Tibério e avançam até o governo de Nero nesse último livro que data Por volta do ano 120 há um relato sobre o famoso incêndio de Roma taso Diz que esse incêndio que teria acontecido em Julho de 64 foi atribuído por parte da população ao Imperador Nero mas o Nero para se livrar dessa acusação Popular passou a culpa para um grupo que era detestado na cidade a quem a multidão chamava de cristãos ou melhor de cristãos o texto diz o seguinte Nero substituiu como culpados e puniu de maneiras incomuns aqueles odiados por

seus atos vergonhosos a quem a multidão chamava de cristãos o fundador desse nome Cristo havia sido executado no reino de Tibério pelo procurador Pôncio pilat suprimida por um tempo essa mortal superstição né O cristianismo irrompeu novamente não apenas na Judeia a origem desse mal mas também na cidade de Roma onde todas as coisas terríveis e vergonhosas de todos os lugares se encontram e se tornam populares Esse documento não só diz muito sobre o cristianismo Inicial mas também diz coisas muito importantes sobre a própria figura de Cristo tasto registra que Cristo viveu nos tempos de Tibério

que foi Imperador entre 14 e 37 diz também que ele foi executado sob pilato governador da Judeia entre 26 e 36 e diz que o movimento que ele iniciou né que Cristo iniciou na Judeia já tava presente em Roma no ano 64 onde era considerado por muitos como sendo um mal e uma superstição né ou seja um culto ilegítimo Tácito escreveu essas palavras no início do sego século e certamente não foi testemunha direta de quase nada disso mas mesmo se por algum motivo a gente não quiser aceitar integralmente o testemunho do tasto ainda assim há

algumas coisas que são inegáveis a primeira delas é que cristianismo era Sem dúvida nenhuma conhecido em Roma no início do século II que era quando táo estava escrevendo a segunda delas é que pelo menos era plausível para Tácito e paraa sua audiência que o cristianismo Já fosse conhecido em Roma antes em meados do primeiro século né nos tempos do grande incêndio de Roma em 64 e terceiro que esse movimento dos cristãos era atribuído a uma figura fundadora chamada de Cristo que era descrita como um homem né um homem de carne e osso da província da

Judeia executado pela autoridade Romana Por volta do ano no 30 e sobre o termo cristãos né só para não deixar isso muito no ar essa é uma grafia que aparece em vários textos antigos kestos ou kestos era um nome próprio greco-romano que vinha de um adjetivo que significava bom ou útil esse nome é muito parecido com o título cristos que é uma palavra em grego que significa ungido né e traduz o termo hebraico masia ou Messias por causa disso muitos autores não cristãos né que não estavam familiarizados com o messianismo judaico nem com a teologia

Cristã confundiam esse título Cristo com o nome próprio kestos com frequência um cristão do I século por exemplo que é o lactâncio chegou até a registrar sua irritação com esse erro de pessoas ignorantes que é como ele chama essa confusão outra fonte antiga inclusive sobre Jesus que também faz essa confusão né de cestos com cristos é suetônio gaios suetônio tranquilos também foi um autor Romano que viveu na virada do primeiro pro segundo século e deixou uma obra muito importante chamada vida dos 12 césares essa obra traz as biografias dos governantes Romanos desde Júlio César até

Domiciano E no meio disso na biografia do Imperador Cláudio que reinou entre 41 e 54 a gente encontra mais uma referência a cresto que é o seguinte ele Cláudio né o Imperador expulsou os judeus de Roma pois eles estavam sempre causando perturbações por causa do instigador kestos como cresto como eu já disse não era um nome comum judaico mas sim um nome como um greco-romano é improvável que o cresto citado aqui nessa passagem se algum judeu e também é improvável que o instigador por trás de uma perturbação entre judeus fosse um não judeu por isso

a maioria dos historiadores hoje entende que essa passagem se refere a disputas que aconteciam entre judeus em torno da figura de Jesus que alguns aceitavam como sendo o Messias né o Cristo mas a maioria rejeitava como sendo uma idolatria né como sendo um homem adorado Ali no lugar de Deus e esses atritos então entre os judeus que estavam passando a se tornar ali cristãos e os judeus que estavam rejeitando o cristianismo podem ter escalado a um ponto em que Cláudio decidiu dispersar os judeus da cidade para evitar a possibilidade de conflitos mais violentos se desenvolverem

ali e a outra passagem na vida dos 12 césares que também remete ao cristianismo e essa é inquestionavelmente ela remete ao cristianismo que é que durante a biografia de Nero ali que o suetônio escreve ele diz o seguinte punições foram aplicadas aos cristãos uma classe de pessoas ligadas a uma nova e perversa superstição essa frase aparece uma sessão ali do texto de suetônio em que ele tá listando as ações positivas de Nero então o próprio suetônio critica muito Nero em várias ações mas ele elogia o fato de Nero ter perseguido ali cristãos é possível inclusive

que essas punições referidas aqui TM alguma relação com o grande incêndio de Roma né citado pelo tasto mas o autor não deixa isso claro e uma coisa curiosa aqui é que o suetônio nessa passagem escreve cristãos com i mesmo né e não com e o que levou alguns historiadores a questionarem Por que ele teria escrito Crest e não cristos na primeira passagem se aquele personagem o instigador cresto fosse de fato fundador do cristianismo Mas a questão é que é perfeitamente possível que o suetônio que faz só essas duas referências bem curtas ao cristianismo na sua

obra não conhecesse muito bem o movimento e consequentemente ele tenha deixado passar a conexão entre esses termos cresto e Cristian cristãos Mas de qualquer forma essa é mais uma fonte que aponta paraa presença significativa ali de cristãos em Roma no primeiro século pelo menos ali durante o governo de E se a gente entender que o instigador kestos é uma referência de fato a Cristo a Jesus Então essa fonte aponta pra existência do cristianismo antes ainda né na primeira metade do primeiro século durante o tempo ali de Cláudio bom E essas são as três principais fontes

antigas greco-romanas sobre o cristianismo e sobre Cristo mas antes de passar para as fontes judaicas que são muito interessantes também vale a pena a gente falar rapidamente de outras duas fontes greco-romanas um pouco mais tardias mas que também falam coisas bem curiosas sobre Jesus a a primeira delas é um texto satírico chamado a morte de Peregrino escrito por Luciano de samata Por volta do ano 165 nesse texto Luciano conta a história de um homem chamado Peregrino que associou-se aos sacerdotes e escribas cristãos da Palestina e logo Dominou a comunidade Peregrino ainda segundo Luciano explicou e

comentou alguns textos sagrados e até mesmo escreveu alguns os cristãos o tomaram como profeta Líder chefe da Sinagoga e até mesmo como um Deus Ele só não foi mais Adorado pelos cristãos do que um homem da Palestina que foi crucificado por trazer essa nova forma de iniciação ao mundo esse texto como eu disse é uma sátira né ele não se propõe de forma alguma a ser um documento histórico confiável e o seu objetivo principal é na verdade fazer graça com a figura ali de Peregrino de parão que era um contemporâneo de Luciano e de passagem

fazer graça também com o cristianismo né que o Luciano considerava como sendo o cúmulo da credulidade sobre isso inclusive ele diz no texto o seguinte segu né que os cristãos se convenceram de que são Imortais e viverão para sempre que eles desprezam a morte e se entregam a ela de boa vontade e que eles adoram aquele sofista crucificado que os ensinou a negar os deuses gregos e tudo isso os cristãos seriam aceito somente pela fé sem qualquer evidência então ainda segundo Luciano se uma pessoa fraudulenta e astuta que sabe tirar vantagem da situação vem entre

eles entre os cristãos essa pessoa pode ficar rica em pouco tempo enquanto ri dessas pessoas tolas e de novo né esse é um texto ficcional mas é um texto ficcional que tá comentando algo ali da realidade do segundo século e portanto né independentemente dos méritos ou deméritos da opinião de Luciano sobre o cristianismo o fato é que esse texto serve como mais um testemunho da tradição de que o cristianismo teria surgido a partir dos ensinamentos de alguém de um homem de carne e osso que foi crucificado e é um testemunho também de que os seguidores

desse homem né os cristãos também vinham sendo executados nos tempos de de Luciano por causa das suas crenças e do seu modo de vida bom e por último né para encerrar as fontes principais greco-romanas sobre Jesus a gente tem uma fonte um pouco posterior à Vida de Peregrino que é um tratado chamado de verdadeira doutrina escrito por Celso que foi um médico e filósofo neoplatônico essa obra também é contrária ao cristianismo Mas é bem diferente do texto do Luciano ele não se propõe a ser uma sátira mas sim uma acusação mesmo contra as bases do

cristianismo como por exemplo a sua antiguidade a a sua legitimidade a sua moralidade e a sua autenticidade e É nesse contexto de acusações então que o Celso vai dizer uma série de coisas sobre Jesus que seriam prejudiciais ali ao cristianismo ele diz por exemplo que Jesus era filho de uma camponesa pobre o que seria um demérito ali na visão de Celso sobre o fundador do cristianismo ele disz também que essa camponesa pobre engravidou de Jesus num Adultério com um soldado Romano chamado pantera e diz que para ocultar isso Jesus teria inventado a história de que

ele nasceu de uma virgem penos em grego uma palavra que lembra aí pantera Além disso Celso diz que os milagres que Jesus teria feito na verdade foram feitiçaria aprendida no Egito e que Como Jesus tinha muito orgulho desses poderes que ele aprendeu no Egito ele deu a si mesmo o título de Deus por mais que essa fonte temha um viés assim claramente anticristão né é interessante perceber que em nenhum momento Celso Levanta a possibilidade de Jesus não ter existido o que ele faz na verdade é oferecer outras explicações paraas alegações positivas dos cristãos então por

exemplo ele diz que Jesus tinha poder sim mas era feitiçaria egípcia ele diz que havia sim o boato de que Jesus nasceu de uma virgem mas isso era para abafar o adultério da sua mãe e ele também diz que as pessoas consideravam sim que Jesus era Deus mas isso era um boato delirante na verdade e um boato orgulhoso que o próprio Jesus teria criado ou seja apesar de virar o cristianismo de ponta cabeça o céus parece não duvidar em hora nenhuma de que as tradições sobre Jesus tinham algum lastro em uma pessoa real histórica né

de carne e osso bom E essas Então são cinco Fontes importantes greco-romanas sobre Jesus e sobre o cristianismo antigo mas como eu já antecipei essas não são as únicas Fontes não cristãs que a gente tem para avaliar a questão da historicidade de Jesus há também Fontes judaicas bem interessantes que a gente pode e deve considerar a partir de agora a primeira dessas Fontes Talvez seja a principal fonte não Cristã sobre esse tema né da existência Histórica de Jesus que é o historiador judeu Flávio Josefo Josefo na verdade nasceu yosef Ben matityahu e chegou a liderar

forças judaicas contra os romanos na Galileia no contexto das Guerras Romano judaicas mas depois de se render e ser preso pelos seus adversários o iosef passou a colaborar com eles e adotou o nome romano flávios josefus nessa fase ele aceitou o Patronato né o patrocínio da família imperial e começou a escrever uma obra histórica sobre a guerra da qual ele tinha acabado de participar que foi publicada como a guerra dos judeus isso por volta do ano 75 depois disso ele chegou a escrever uma segunda obra muito importante chamada de antiguidades judaicas que conta a história

do povo Judeu desde Adão e Eva até a revolta contra Roma e é nessa última obra né Na antiguidade judaicas publicada por volta do ano 94 que ele faz duas referências bem importantes a respeito de Jesus e vale a pena começar na verdade pela segunda referência que é feita no livro 20 das antiguidades que é mais curta e menos controversa que a primeira então a gente já mata mais rapidamente essa segunda referência o que essa segunda referência diz é que um sumo sacerdote durante uma lacuna do período de administração Romana na província da Judeia isso

ali na década de 60 reuniu o sinédrio dos juízes e trouxe diante dele o irmão de Jesus chamado Cristo cujo nome era Tiago e alguns outros após os acusar de transgressores da Lei ele esse Sumo Sacerdote os entregou para serem apedrejados essa passagem então dá evidência sobre um homem da Judeia chamado Jesus que era chamado de Cristo e que tinha um irmão chamado Tiago que foi apedrejado na década de 60 e a gente tem uma fonte independente do segundo século que é o cronista egesp que também diz que Tiago o irmão de Jesus que aparece

ali no Novo Testamento foi apedrejado nesse período na década de 60 então é bem provável mesmo que esse personagem histórico citado por Josefo né Jesus chamado Cristo irmão de Tiago seja o mesmo Jesus lá do novo Testamento né o Jesus cultuado pelos cristãos e não Jesus Genérico e bom essa é a segunda referência então que o Josefo faz a Jesus né que é bem curtinha mesmo mas tem uma referência anterior a essa que o Josefo faz nas antiguidades judaicas que é muito mais forte né Muito mais detalhada do que essa tão forte tão detalhada inclusive

que é considerada como sendo bastante suspeita essa primeira referência aparece no livro 18 do antiguidades judaicas e é conhecida no debate aí sobre essa questão da existência de Jesus como o testemunho Flaviano né o testemunho de Flávio Josefo e ela é tão importante mesmo que vale a pena citar a passagem aqui na íntegra o que o Josefo diz é o seguinte nessa época viveu Jesus um homem sábio se é de fato correto chamá-lo de homem pois ele realizava feitos surpreendentes e era um mestre para as pessoas que aceitavam a verdade com prazer ele conquistou muitos

judeus e muitos gregos ele era o Messias Pilatos quando ouviu ser acusado pelos líderes entre nós o condenou à Cruz mas aqueles que o tinham Amado inicialmente não deixaram de amá-lo pois no terceiro dia ele apareceu a eles novamente vivo porque os profetas divinos tinham profetizado essa e inúmeras outras coisas sobre ele até hoje a tribo de cristãos chamadas pelo seu nome não desapareceu Se a gente fosse aceitar integralmente a autenticidade desse documento a gente teria aí um judeu do primeiro século nascido e criado na Judeia testemunhando que Jesus existiu que ele foi um homem

que ele foi reconhecido como fazedor de Milagres e como sendo o Messias e mais ainda né que Jesus teria sido denunciado por lideranças judaicas e executado por crucificação pelas autoridades romanas e que depois disso ele teria sido visto ressuscitado e teria deixado um grande número de seguidores judeus e não judeus o que bate muito né com o Novo Testamento o problema é que esse testemunho bate tanto com o Novo Testamento né com os escritos cristãos que parece ser de fato um escrito Cristão pelo menos em algumas partes por exemplo né o texto diz que Jesus

era o Messias ele não diz que diziam que Jesus era o Messias mas que ele era mesmo o Messias e uma afirmação desse tipo só faria sentido se Josefo tivesse aderido ao cristianismo que é algo que não é corroborado por nenhum outro ponto das suas obras Além disso outros trechos como se é de fato correto chamá-lo homem ou ele apareceu a eles novamente Vivo ou ainda os profetas divinos tinham profetizado sobre ele todos esses trechos caem também nesse mesmo problema né Josefa teria que ter se tornado um cristão e aqui é importante dizer que a

gente não tem infelizmente né os originais desse texto para ver se esses trechos se essas declarações estavam Originalmente ali os registros mais antigos que a gente tem do testemunho Flaviano foram produzidos e preservados por cristãos no quto século e é significativo que cristãos do século segundo e terceiro que conheciam a obra de Josefo nunca tenham feito referência a essa passagem específica nem mesmo nos seus textos apologéticos né que tentavam oferecer o máximo possível ali de argumentos e Evidências a favor do cristianismo é difícil acreditar que se essa passagem já existisse dessa forma na época deles

eles não teriam feito uso dessa passagem por isso hoje a maioria dos historiadores considera que essa passagem não foi escrita pelo menos não totalmente por Josefo mas sim por escribas que cristãos durante o processo de cópia e reprodução do texto agora né como eu já antecipei isso não significa que a passagem inteira seja uma fabricação boa parte do texto tem o estilo e o vocabulário de Josefo e se encaixa muito bem no contexto geral da obra Então o que Muitos historiadores propõem é que uma passagem mais neutra pode ter sido realmente escrita por Josefo mas

posteriormente essa passagem acabou recebendo interpolações feitas por cristãos e essa passagem mais neutra Seria algo mais ou menos assim nessa época viveu Jesus um homem sábio pois ele realizava feitos surpreendentes e era um mestre para as pessoas que aceitavam a verdade com prazer ele conquistou muitos judeus e muitos gregos Pilatos quando ouviu ser acusado pelos líderes entre nós o condenou à Cruz mas aqueles que o tinham Amado inicialmente não deixaram de amá-lo até hoje a tribo dos cristãos chamada por esse nome não desapareceu então assim né caso esse núcleo pelo menos seja considerado autêntico né

o testemunho de Josefo que viveu na Judeia né E pode ter acompanhado em inclusive os estágios iniciais ali do desenvolvimento do cristianismo continua sendo uma fonte muito importante para responder a essa questão da historicidade de Jesus mesmo que a gente exclua dele aqueles trechos mais problemáticos bom e além de Josefo a gente também tem outros textos de judeus antigos que falam sobre Jesus mas todos eles têm o mesmo problema mas vamos ver o texto antes e depois a gente discute qual que é esse problema esses outros textos estão em dois documentos diferentes que são o

talmud e o toledot yesu o talmud é um conjunto de texos rabínicos que foram escritos e reunidos para preservar as tradições judaicas depois da destruição de Jerusalém e da dispersão dos judeus no contexto ali das Guerras Romano judaicas entre esses textos a gente tem algumas menções a um tal de yesu que fazia Coisas extraordinárias e acabou sendo executado só que essas menções não são nada positivas né um trecho por exemplo diz assim foi ensinado na véspera da páscoa enforcaram yesu um aralto foi adiante dele por 40 dias proclamando ele será pedre jado porque praticou magia

e induziu Israel a se perder que qualquer um que saiba alguma coisa a seu favor ven à frente e implore por ele mas nada foi encontrado a seu favor e eles o enforcaram na véspera da páscoa outro documento que é o toledot Yu também traz algumas declarações nesse sentido né de que Jesus ou yesu foi um feiticeiro que violou as leis e os costumes judaicos e acabou sendo enforcado por causa disso ele também diz que Jesus nasceu de uma relação extra conjugal entre a sua mãe e um homem chamado pantera diz que ele se autoproclamou

como sendo Messias que ele fez muitos milagres usando indevidamente as letras do nome inefável de Deus e que os seus discípulos tentaram esconder o seu corpo para dizer que ele tinha subido aos céus tanto esse toledot e Exu quanto as passagens sobre Jesus no talmud obviamente fazem parte de um contexto de polêmicas ali entre judeus e cristãos antiguidade no caso do toledot yu na verdade a gente já tá na idade média né a versão mais antiga que a gente tem desse esse texto é do século 9 o talmud Com certeza é bem anterior a isso

mas é difícil datar cada uma das suas partes com muita precisão né Essa é uma coleção de texto que foi ganhando a sua forma atual principalmente entre o terceiro e o sexto século de qualquer forma ambas as fontes são muito tardias e consequentemente tem uma probabilidade muito pequena de registrar fielmente eventos do passado mas se é assim né Por que que eu tô trazendo essas Fontes aqui é que por mais tardias que essas Fontes sejam é possível que elas registrem sim algumas tradições realmente antig sobre Jesus o toledot Yu por exemplo diz que Jesus era

filho de um homem chamado pantera algo que Celso como a gente viu no século I também dizia e o talmud diz que Jesus aprendeu feitiçaria no Egito que é outra coisa que a gente também encontra em Celso mas é muito improvável que essas Fontes judaicas tenham se baseado diretamente no texto do médico romano do Celso porque há muitas divergências também entre eles Celso por exemplo diz que a mãe de Jesus ganhava a vida fiando tecidos já o talmud diz que ela era cabeleireira Celso diz que pantera o pai de Jesus era um soldado Romano o

toledot Yu já diz que pantera era um judeu da tribo de Judá então assim é muito mais provável que tanto Celso quanto essas Fontes judaicas tenham se baseado em tradições orais anticristãs bem antigas e por mais enviesadas que essas Fontes possam ser elas pelo menos dão testemunho de que a oposição Judaica ao cristianismo passava frequentemente por uma difamação da figura de Jesus mas nunca pelo questionamento da sua ex ência histórica ao dizer que Jesus era uma pessoa má por exemplo elas dizem pelo menos que Jesus era uma pessoa bom E aproveitando que a gente tá

falando de fontes enviesadas aqui não dá para encerrar essa discussão sem considerar o principal conjunto de fontes existentes sobre Jesus que é o Novo Testamento as fontes que os próprios cristãos escreveram a favor da sua tradição né da sua crença muitas vezes quando se pergunta sobre as fontes que existem para atestar a existência Histórica de Jesus a tendência é responder né como a gente começou o vídeo fazendo isso com fontes que estão fora da Bíblia isso porque o objetivo da Bíblia ou pelo menos do novo testamento né mais precisamente nesse caso é promover o cristianismo

e elevar oo máximo a importância de Jesus então consequentemente os textos do novo testamento não podem ser lidos como registros históricos neutros e imparciais né eles têm um lado muito claro nessa história mas isso não significa que esses textos sejam inúteis paraa pesquisa histórica a verdade é que nenhuma fonte é totalmente neutra e Imparcial nem as que Entraram na Bíblia nem as que ficaram de fora dela todo e qualquer autor tem os seus próprios vieses e diante disso né diante de um texto enviesado O que os historiadores fazem não é jogar o texto fora é

realizar uma leitura crítica do texto sem aceitar imediatamente tudo que ele fala mas considerando a possibilidade ali de cada ponto do texto ser instrutivo ou não comparado com outras evidências que a gente tem disponíveis E é isso que os historiadores fazem ao ler o Novo Testamento E é isso que eles fazem ao ler Josefa ao ler tasto ou qualquer outra fonte então assim né antes de fazer um balanço final sobre as evidências históricas de Jesus de Nazaré vale a pena a gente dar pelo menos uma examinada rápida aqui em alguns textos cristãos e a gente

pode começar a fazer isso com as cartas de Paulo que são os textos mais antigos que a gente tem sobre Jesus dos 27 livros do novo testamento 13 São cartas atribuídas ao Apóstolo Paulo dessas 13 a maioria dos historiadores considera que pelo menos sete cartas certamente foram escritas por Paulo três cartas Talvez tenham sido escritas por ele e três cartas Muito provavelmente não foram escritas por ele né são atribuições falsas então para ficar no território mais firme aqui eu vou me referir só ao que tá nas sete cartas mais aceitas como autênticas né que datam

por volta ali da década de 50 do primeiro século nessas cartas Paulo se refere a Jesus inquestionavelmente como tendo sido um homem de carne e osso que nasceu de uma mulher teve irmãos fez discípulos em vida foi levado a julgamento por judeus da província da Judeia foi executado por crucificação e foi sepultado o próprio Paulo admite não ter conhecido Jesus em vida mas ele escreve para pessoas que supostamente tinham sim conhecido Jesus quando ele era Vivo e Paulo registra também diversas situações em que ele esteve presente com Pedro e outros Apóstolos que viveram com Jesus

e também que ele esteve com Tiago né um irmão de Jesus e todas essas pessoas supostamente estariam vivas ali quando Paulo estava escrevendo essas cartas então ainda que se possa discordar da visão que Paulo tinha de Jesus né de que ele era de fato o Messias o filho de Deus alguém que ressuscitou dentre os mortos e que virá novamente para encerrar a história tal como a gente conhece é difícil imaginar que ele tenha se enganado né ou inventado o fato de que Jesus por exemplo tinha um Irmão VIVO que era o líder da igreja em

Jerusalém enquanto Paulo fazia suas atividades né sua pregação e que era uma figura inclusive da qual Paulo parece ter discordado em muitos pontos então assim se Paulo tivesse inventando Jesus Será que ele inventaria um irmão por exemplo para ele que estava vivo e que era em certo nível até um adversário de Paulo para def definições doutrinais ali do contexto e claro né Paulo não é o único autor que fala sobre Jesus os seus discípulos e a sua família né na verdade inclusive esse nem é o objetivo primário das cartas de Paulo né falar sobre a

história de Jesus Ele tá muito mais preocupado com definições doutrinais e questão de organização da igreja os textos do novo testamento que Estão primariamente interessados em contar a história de Jesus são os Evangelhos e esses dão mais pistas ainda para as questões que a gente tá abordando aqui os Evangelhos parecem ser um pouco posteriores às cartas de Paulo né eles são geralmente datados do ano 70 ao ano 90 aproximadamente alguns poucos historiadores colocam o evangelho de Marcos bem antes no ano 40 o que faria dele a fonte mais antiga sobre Jesus mais antiga até que

as cartas de Paulo e outros poucos historiadores colocam outros Evangelhos como o Evangelho de Lucas depois do ano 100 Essas datações são sempre muito complicadas porque a gente não tem os originais de nenhum desses textos né o que de novo não é nada surpreendente no campo da história antiga a gente também não tem os originais dos anais de tasto nem das cartas de Plínio nem das vidas de sueton nem das antiguidades de Josefo nem do talmud nem de praticamente nada Inclusive a edição mais antiga existente dos anais de tasto por exemplo é o manuscrito germânico

produzido no século X e a edição mais antiga das vidas de suetônio é o manuscrito francês do século 9 mas apesar de gente não ter os originais É possível saber que esses textos são bem mais antigos pelo fato de que eles são citados em documentos anteriores e também pela análise do seu estilo né do seu vocabulário das referências históricas que ele faz do contexto que ele assume que é conhecido pelos seus leitores E por aí vai são várias as formas de datar um texto sem ter os originais né às vezes de forma mais precisa às

vezes nem tanto e só de curiosidade né no caso dos Evangelhos a evidência material mais antiga que a gente tem de algum deles é um fragmento minúsculo com partes do Evangelho de João que data do início do século I Então esse Evangelho é certamente anterior a isso né mas é difícil dizer com certeza quão anterior e para complicar um pouco mais essa situação se é que ela não tá complicada suficiente é possível perceber claramente que os Evangelhos são textos que se basearam em Fontes anteriores o o Evangelho de Lucas inclusive diz isso explicitamente né ele

começa com as seguintes palavras visto que muitos já tentaram compor uma narração dos Fatos que se cumpriram entre nós conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra a mim também pareceu conveniente após a curada investigação de tudo desde o princípio escrever-te de modo ordenado ilustre Teófilo para que verifique a solidez dos ensinamentos que recebeste mas mais interessantes ainda que essas evidências explícitas a fonte anteriores aos Evangelhos são as evidências implícitas para dar só um exemplo aqui que eu acho que é um dos exemplos mais interessantes no Evangelho de

Lucas Jesus aparece criticando um grupo de judeus por eles darem o dízimo da hortelã da Arruda e de todas as hortaliças mas deixarem de lado a justiça e o amor de Deus e no evangelho de Mateus existe uma passagem muito parecida em que Jesus faz essa mesma crítica mas aqui ele diz endro em vez de Arruda e diz misericórdia e fidelidade em vez de de amor de Deus essas variações podem parecer meio irrelevantes à primeira vista mas tem algo muito interessante por trás delas é que as palavras endro e Arruda e amor e misericórdia são

praticamente idênticas e podem ser confundidas muito facilmente uma com a outra quer dizer né No Português obviamente elas não parecem nada uma com a outra e nem no grego que é a língua original desses Evangelhos elas também não parecem nada uma com a outra mas no aramaico que era a língua falada na região que Jesus teria vivido elas são praticamente idênticas e isso sugere com toda probabilidade então que essa história usada pelos autores dos Evangelhos de Lucas e de Mateus tenha vindo de uma fonte anterior em aramaico e que em algum ponto da transmissão dessa

fonte uma pequena confusão tem acontecido e essas duas variantes tenham surgido e há vários outros casos parecidos com esses né e casos também em que parábolas só fazem sentido quando elas são retraduzida para aramaico então assim ainda que os Evangelhos sejam só quatro fontes do primeiro século sobre Jesus o que na verdade já seria até muito né paraos padrões da história antiga eles dão muitas pistas de que haviam outras fontes ainda anteriores que acabaram não chegando até nós né acabaram não Sobrevivendo ao tempo bom e por último a gente poderia citar ainda outras fontes cristãs

que Possivelmente registram tradições antigas sobre Jesus né que não aparecem no Novo Testamento como os Evangelhos Apócrifos por exemplo ou os autores cristãos que escreveram na virada do primeiro pro segundo século como é o caso do Clemente romano do Inácio de Antioquia e do papias de ápis mas aí a gente já começa a se distanciar um pouco mais dos tempos em que Jesus teria vivido né E se os argumentos a partir de Paulo e dos Evangelistas não forem considerados convincentes o suficiente os argumentos a partir dos autores cristãos posteriores a eles também não vão ser

né então acho que a gente já pode aqui encaminhar pra conclusão dessa história toda e aí então Jesus existiu ou não existiu as evidências são suficientes E aí a resposta é Depende do que cada um considera suficiente né comparando com o que é esperado no campo da história antiga as evidências apresentadas aqui são mais do que suficientes para considerar que sim é perfeitamente possível que um homem chamado Jesus que viveu na Judeia nos tempos de pilatos que fez discípulos e foi executado tenha de fato existido a maioria esmagadora dos historiadores né sejam ateus judeus cristãos

muçulmanos ou de qualquer crença ou descrença acreditam na existência Histórica de Jesus de Nazaré Isso significa que tá absolutamente provado então com 100% de certeza que Jesus existiu não significa só que o nível de plausibilidade da ência de Jesus é muito alto 100% de certeza a gente não pode ter sobre existência de nenhum personagem dos tempos de Jesus né talvez nemum Imperador Tibério tem existido Talvez as estátuas e moedas dele sejam uma farça os textos que citam esse Imperador sejam fabricados ou interpolados é impossível provar com 100% de certeza que o imperador Tibério não foi

a produção aí de uma conspiração do passado então sim é possível levantar essa hipótese mas é razoável levantar essa hipótese na área do direito a gente ouve falar do padrão de prova além da dúvida razoável né quer dizer algo pode ser considerado provado ainda que haja dúvidas ainda sobre a questão porque em qualquer caso legal assim como na história sempre vai ter espaço para alguma dúvida a questão é essa dúvida é razoável é razoável considerar insuficientes as evidências históricas da existência de Jesus e ao mesmo tempo considerar suficientes as evidências históricas da existência de Sócrates

por exemplo que é citado só por três autores contemporâneos que também não tem nenhuma evidência arqueológica ligada diretamente a ele ou pior ainda né no caso de Pitágoras Pitágoras não é referido por nenhuma fonte contemporânea nem arqueológica nem textual nenhuma zero e mesmo assim não há tantas pessoas que duvidam da existência de Pitágoras nem de Sócrates bom mas Alguém poderia dizer o seguinte né ah mas Pitágoras Pelo menos é um personagem mais crível do que Jesus ninguém disse que ele fez Milagres ou coisas extravagantes que fogem ao nosso conhecimento científico né naturalista só que isso

não é verdade né os textos antigos que a gente tem sobre ágoras Dizem que ele tinha uma coxa de ouro que era algo que demonstrava que ele era Filho do Deus Apolo dizem também que ele voava com a ajuda de uma flecha mágica que ele tinha acesso ao mundo dos mortos e que ele era visto pelas pessoas ao mesmo tempo em lugares diferentes e talvez aqui nesse ponto então você queira descartar a existência de Pitágoras também né mas e Alexandro grande de Alexandro Grande a gente tem várias estátuas moedas inscrições in números testemunhos contemporâneos escritos

sobre ele de regiões e de povos diferentes então assim esse é um personagem que se colocarem em dúvida a existência dele realmente não sobra mais ninguém na história antiga e sobre Alexandre alguns autores antigos Dizem que ele nasceu de uma visita de Zeus a sua mãe na forma de uma serpente outros dizem que ele tinha uma irmã que era uma sereia outros falam que ele foi carregado por dois grifos até o mais alto céu para ver o mundo de cima e até o talmud diz Coisas extraordinárias sobre o Alexandre dizendo por exemplo que ele visitou

o Jardim do Éden isso significa então que Alexandre grande não pode ter existido não pode ter havido um Alexandre histórico Claro que não né o fato de coisa absolutamente extraordinárias lendárias ou míticas serem atribuídas a certas figuras não significa que elas não tenham existido pode ser simplesmente que a biografia desses personagens tenha sido exagerada né embelezada E até sacralizada por pessoas que admiravam ou adoravam essa figura dizer que existiu um Jesus histórico né que as fontes históricas são suficientes para sustentar isso não significa de forma alguma dizer que a história confirma o novo testamento ou

que a história confirma que Jesus efetivamente ressuscitou ou curou do crianças com o toque das mãos ou que ele tivesse o poder de ler mentes o que a pesquisa histórica permite dizer sobre Jesus é muito mais limitado do que isso não por acaso os historiadores que respondem Sim com toda convicção à pergunta sobre a existência de Jesus dão respostas muito diferentes quando a gente passa paraas perguntas seguintes né quem então ele foi exatamente que que ele fez exatamente o que que ele disse exatamente mas como essas não são as perguntas desse vídeo né eu vou

deixar para apresentar essa discussão depois por enquanto é só isso né Essa é uma rápida introdução aão questão sobre a existência de Jesus e não sobre quem Jesus foi efetivamente então sobre a existência de Jesus respondam a embaixo nos comentários também se vocês têm alguma opinião mais formada sobre isso se vocês consideram que sim Jesus existiu ou não não tá convencido de que isso seja verdade e assim a gente pode seguir nessa conversa nos comentários né Como sempre as principais referências consultadas para esse vídeo estão aí na descrição muito obrigado por assistir e até o

próximo vídeo falou Y