Como ver a potência além da deficiência | Flavia Cortinovis | TEDxLeblon

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TEDx Talks
Nesse TEDxTalk Flávia nos brinda com um bem amarrado paralelo conceitual sobre a diversidade humana ...
Video Transcript:
E aí [Aplausos] [Música] [Aplausos] E aí se você não é capaz você não tem competência você não consegue ser muito difícil para você deixa que eu faço trabalhando aquela área nem pensar isso é muito perigoso Imaginem se alguém tá empresa que você trabalha te dissesse alguns desses não se o pior mente dissesse nada e te deixasse ali no canto sem que as suas habilidades EA seus anos de estudos fossem considerados como é que você se sentiria motivado estimulado é desafiado pouco provável né mas é assim que pessoas com deficiência das quais eu vivo com vivo
e trabalho há dez anos ou vem todos os dias nas empresas em que trabalham e as minhas experiências anteriores profissionais que nem faz tanto tempo assim as pessoas com deficiência não tinham cargos elas não eram conhecidas como assistente o coordenador auxiliar ou ainda como se diz no ecossistema organizacional a Ana do RH o som da contabilidade o Carlos da logística não eles eram o PCB O PM cargos não E esse uso de siglas mais afasta do que aproxima porque acaba criando o nosso a maioria sem deficiência e um eles a minoria com deficiência e entre
esses dois universos a um abismo enorme de preconceitos e pré-julgamentos estigmas bom e porque eu tô falando isso há dez anos eu recebi na sala de pasto a notícia que meu filho tem síndrome de Down eu não sabia absolutamente nada sobre o pessoas com deficiência muito menos com síndrome de down eu acreditava que naquela altura meu filho seria uma criança eterna que ele não aprenderia ele não teria desejos que ele não teria preferências e muito menos sonhos eu não conhecia nada eu nunca tinha convivido com pessoas com deficiência ou com síndrome de Down e foi
daí que eu dei o primeiro não ao meu filho quando ele ainda não tinha tido a oportunidade de chorar de rir de fazer uma gracinha ou de engatinha E aí chegamos em casa e eu ficava ali naquele bebê nomes super esperto super atenta rotina da casa e eu ali esperando todos os problemas que eu havia lido acontecerem nada aconteceu Rafa foi uma criança super saudável nem nariz escorrendo teve os Marcos do desenvolvimento foram acontecendo um um pouco de atraso É verdade e só isso foi aí que eu tive um clique tudo o que eu sabia
e acreditava piamente era fruto de informações não verídicas achismo informações que giram na nossa sociedade sem nenhuma profundidade sem nenhuma comprovação mas que a gente replica replica replica Oi e aí convivendo com meu filho foi descobrindo as suas inúmeras potencialidades comunicador na intuitivo Arrojado e corajoso Impetuoso igual quanto a potencialidade tem Rafael mas todos os dias eu me pergunto será que Rafael terá oportunidade de ser contratado por uma empresa pelas suas potencialidades ou as empresas seguiram e chegando apenas a sua deficiência E no caso de Rafa o seu fenótipo a babys adiantou mas eu vou
voltar essa estatística Babi Porque nessa estatística da Associação Brasileira de Recursos Humanos Nacional Ela traz um alarmante número além desses que a vida trouxe de que apenas quatro por cento das organizações contratam pessoas com deficiência pelas suas potencialidades o restante pela é mais pessoal não podemos olhar assim de um modo tão frio e distante as organizações porque por detrás delas racionalmente tão somente pessoas assim como eu e você que somos pais que somos mães somos tios sobrinhos filhos avós e nós nós e damos somente quatro por cento de olhar para a potencialidade o restante somente
a deficiência diante desse cenário eu fui estudar os tá entender o motivo pelo qual esse mecanismo está presente e encontrei a neuro sonhos as respostas Ah entendi a neurociência aqui é esse campo científico que estuda uma forma bem simplificada as relações entre o nosso cérebro e a consciência humana e o nosso cérebro julga como perigosas todas as situações das quais nós não vivemos das quais nós não conhecemos o que sejam muito diferente de nós simplificando a gente de SIM para o nosso reflexo e não para tudo aquilo que é diferente de nós imagina você gestora
de uma área tem uma vaga em aberto e recebe um cão de um currículo de uma candidata que é extraordinário tem todas as qualificações que você deseja porém assim como eu antes do Rafa nascer você nunca conviveu com pessoas com deficiência o e descobre que a candidata tem paralisia cerebral e é possível E também provável que pela falta de experiência automaticamente De forma inconsciente você começa a pensar será que ela vai conseguir será que vai dar certo será que ela vai aguentar o ritmo o pique Será que ela vai conseguir interagir e pode ser que
você talvez nem chama a candidata para entrevistar tirando dela a oportunidade de falar das suas potencialidades e de você mesma de poder conviver com talento diferente a nossa equipe a neurociência chama isso de vieses inconscientes e Oi de novo pela minha falta de experiência com pessoas com deficiência até os 4 anos meu filho não falava uma palavra nenhuma palavra sequer mas ele é um comunicador Nato muito habilidoso a gente ia para praia não demorava meia hora a gente fazia amizade com todas as barracas em torno Rafa conversava sem falar nós fizemos grandes amigos assim tão
bem pelos seus vieses inconscientes um gestor recentemente me trouxe a seguinte Fala Flávia é impossível ter um atendente surdo no caixa dessa empresa não dá o atendente fala libras que a língua brasileira de sinais e um e o cliente fala português não dá é impossível não tem como porém a gente tem uma novidades de possibilidades de efetivar a comunicação com uma pouquíssimo conhecida comunicação alternativa que nada mais é do que uma página com figuras e imagens onde a gente pode pessoas que tive que falam línguas diferentes o pessoas que não falam podem se comunicar exemplo
disso é a prancha que a prefeitura da cidade daqui do Rio de Janeiro criou para que os pacientes pudessem falar dos seus sintomas ao médico e assim terem a oportunidade de serem corretamente é simples assim e sobre o gestor mencionado e em breve teremos uma loja com comunicação alternativa uma loja piloto aqui no Rio de Janeiro Ah e por que será que nós temos esses olhares por quê que nós temos os vieses inconscientes presentes tá onde eles vêm como eles nascem pessoal eles nascem dos estereótipos que nada mais é do que essa maneira generalizada como
a gente fala e julga o outro sem nenhum conhecimento aprofundado e esses estereótipos não sendo enraizados na sociedade e são replicadas de geração em geração quem aqui nunca ouviu frases do tipo ah como as crianças e os adultos com síndrome de down são tão carinhosos todos eles são bem cá tão carinhosos ou ainda e essa turma perceber muito complicada difícil nem gosta de trabalhar ou ainda é o as pessoas com deficiência preferem receber benefício a trabalhar e quem já ouviu alguma dessas frases e e tem outras frases ainda que a gente acaba reforçando que são
assim tá reclamando de que você não tem problema problema tenho Carlos que é tetraplégico que não pode sair daquela cadeira A coitada da Vera Vera sofreu um acidente perdeu o movimento de um dos braços um futuro brilhante o que será da Vera ou ainda que Cruz que a Maria carrega tem um filho com autismo que não dá sossego que Cruz o ou ainda filha chama Aninha para brincar Coitadinha tá ali sozinha tá ali sozinha Aninha tem síndrome de Down chama ela tadinha percebem como os estereótipos estão presentes e a gente vai replicando essas informações com
e associando muitas vezes a deficiência apesar a incapacidade a tristeza e a gente faz que esse tipo de fala inconscientemente muitas vezes inclusive com os nossos filhos incutindo neles estereótipos que nem nossos são é mas que também recebemos ao longo da vida e esses estereótipos que a gente continua replicar e que não é o que a queremos para amanhã ele acaba reforçando aquilo que é chamado de profecia auto-realizável de tanto que você acredita em algo o seu comportamento hindus para que ser algo aconteça por exemplo se eu acredito que as pessoas com deficiência não podem
não são capazes ou não querem ocupar cargos de maior responsabilidade nas organizações eu nem ofereço e eu nem dou oportunidade e assim eu reforço a minha crença de que pessoas com deficiência não conseguem ter cargos de maior responsabilidade porque eu sou ofereço os cargos de entrada não é somente a falta de acessibilidade que impede com que as pessoas com deficiência acessem o mercado de trabalho antes disso que também é verdade também é real vem o olhar de incapacidade muitos de nós nunca conviveu com pessoas com deficiência nunca teve experiências nunca teve oportunidade de brincar de
estudar de jogar bola juntos portanto não temos condições de contra argumentar de contribuir assim como eu não tive quando o Rafa nasceu e os esteriótipos que rondam aí na nossa sociedade e agora que que a gente pode fazer como sair das Encruzilhada Primeiro passo é ter consciência que todos nós temos viessem consciência todos É possivelmente provavelmente diferentes porque o meu viés é baseado na minha história de vida e o seu na sua as memórias que eu acesso são diferentes das que você acessa portanto Eles são diferentes Ah e quanto mais a gente consegue apurar e
entender que o nosso inconsciente toma assim decisões por nós todos os dias Aliás o psicólogo Marco alegaram diz que o nosso inconsciente é até 200 mil vezes mais potente e rápido que o nosso que o nosso consciente portanto nós estamos sim tomando decisões baseado no nosso inconsciente é claro que convivendo com Rafa com tantas pessoas com deficiência diferentes de mim ao longo desses últimos dez anos eu tenho hoje um Faro muito mais apurado para isso então todas as vezes que mostraram o tem também por alguma tomada de decisão baseada no estereótipo a minha dica para
mim mesmo é E por que que eu tô pensando isso Qual é a referência que eu tenho sobre essa pessoa porque todas as vezes que a gente toma uma decisão baseada no inconsciente baseada no nosso estereótipo a gente tá dando um não para pessoas que a gente mal conhece assim como eu dei ao meu filho e em relação ao Rafa eu sinto que eu eu passei a dar muito simples sem espaço autonomia sim para sua independência sim para o para as suas para os seus sonhos para suas preferências para os seus desejos e alguns desses
foram até demais Rafa no alto dos seus 10 anos e no alto dos seus 10 anos em janeiro desse ano decidiu exercer a sua autonomia pegou a chave de casa e saiu na rua foi passear um pouquinho por sorte foi ba bordado por uma família que eu levou até o negócio da esquina que depois nos avisaram e na verdade ou desafio o equilíbrio você é esse equilíbrio entre estímulo da Autonomia e da Independência e os riscos e perigos da vida principalmente quando são crianças é um grande desafio para o cinto que eu sigo confrontando as
minhas crenças e desconstruindo os meus padrões tentando mudar aquela velha opinião formada sobre tudo e é assim que eu tenho buscado promover oportunidades focando na potência Enquanto muitos vem apenas a deficiência E aí E aí
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