AS DUAS NOITES QUE ENFRENTEI UM LOBISOMEM.

ah [Música] [Música] [Música] Boa noite me chamo Célio Barros tenho 51 anos e moro no município de João Câmara no Rio Grande do Norte meu avô foi um dos primeiros moradores dessa região e viveu uma história Terrível em sua juventude que me foi contada por ele várias e várias vezes e essa é a história que Contarei a vocês agora eu tinha vindo com minha família tentar a vida em um novo lugar e como qualquer um que acabou de chegar eu aceitava qualquer chance de ganhar algum dinheiro foi assim que comecei a pastorar o gado de

um senhor chamado Norberto ele tinha na faixa de umas 40 cabeça e naquela época muita gente criava os bichos solto os fazendo comer por aí e era assim que Ele criava eu andava com o gado por vários lugares os levando onde tinha capim fresco e água e próximo de anoitecer eu os levava de de volta até o cercado onde eles passavam a noite eu morava com meus pais ainda era o mais novo de três irmãos os outros já eram casados e tinham suas próprias casas sempre fui muito tranquilo e sempre levei tudo que fazia por

mais simples que fosse bastante a sério e foi assim que meu pesadelo começou naquele dia por levar meu trabalho sério até demais eu estava sentada em uma pedra debaixo de uma árvore olhando o gado quando de longe vejo um homem de mais ou menos uns 40 anos a me olhar ele veio em minha direção e eu deixei minha peixeira fáil atrás de mim continuei a olhá-lo sem desviar minha atenção para qualquer direção então quando ele já estava a uns 6 m eu falei parei mesmo não sei quem é você e nunca o vi por aqui

então vamos manter distância o homem sorriu e falou vamos fazer assim Menino eu vou pegar um pedaço de corda e vou amarrar em um bezerro vou levá-lo comigo e você vai fingir que nunca me viu e eu vou deixar você viver na hora que o desgraçado falou isso meu sangue Ferveu de raiva pois ele pensava que eu tinha medo então falei Pois é mais fácil eu lhe dar uma coça com essa corda do que você levar algum animal desses o homem deu um passo pra frente e eu puxei a peixeira na hora que ele viu

que eu estava armado deu dois passos para trás e saiu falando pensa que eu não sei onde tu mora pensa que eu não sei quem tu é eu tenho te observado e sei onde Tu costuma levar esses bichos para tomar água vou deixar tu ficar bem tranquilo e quanto menos tu esperar vai me pagar por ter puxado esse facão para mim eu vi o homem pegar a estrada e fiquei sem dar as costas até ele sumir então passei aquele dia inteiro pensando que ele iria voltar para me matar mas ele não voltou e eu depois

de pôr os animais no cercado voltei para casa quando cheguei contei a meu pai o que tinha acontecido e ele ficou louco pois naquela época quando alguém era jurado de morte deveria ter cuidado pois quem Jurava cumpria a promessa então meu pai temendo Algo pior me falou amanhã bem cedo você vai até a casa de Seu falecido tio e vai ficar nela por um tempo só não lhe mando para seus irmãos porque eles já TM gente demais para cuidar fique na casa do meu falecido irmão lá não tem conforto mas você vai ficar bem ao

menos até a raiva desse homem que ele jurou passar eu falei para meu pai que não tinha medo mas ele era meu pai e me mandou ir então pela manhã bem cedo fui com ele até o município vizinho Onde ficava a velha casa que pertenceu a meu tio ele nunca se casou nem teve filhos quando morreu deixou uma velha casa com um bom terreno para meu pai o lugar Estava à venda e foi lá que fiquei por algum tempo até as coisas se acalmarem toda semana meu pai ia até lá com minha mãe e levava

alguma comida e eu via como todos estavam então depois que eles iam embora sem que soubessem eu ia atrás de emprego pois não aguentava passar o dia naquela casa sem fazer nada eu limpava o mato ajudava a construir cercado e outro outros pequenos serviços para ter algum dinheiro e assim fui fazendo minha vida naquele lugar até que um dia eu estava sentado na velha casa quando vi alguém me olhando na mata quando essa pessoa percebeu que eu tinha visto correu e sumiu antes que eu visse Quem era foi o suficiente para que eu ficasse o

resto daquele dia cismado para mim tinha alguém sempre para me olhar e eu não estava errado atrás da velha casa de meu tio tinha umas Caeiras onde ele fazia carvão eram altas e grandes e eu como não tinha o que fazer resolvi limpar e talvez começar a queimar lenha para vender carvão na região como lugar era bem seco não seria difícil conseguir a lenha eu só teria que tomar cuidado com o estranho que eu vi me olhar mas não acreditava que poderia ser o maldito que me jurou Quando a Noite Chegou algo não me deixava

dormir Uma sensação ruim como se eu fosse morrer naquela noite me assombrava então pela primeira vez depois de muito tempo eu Rezei um Pai Nosso e fiquei no fundo daquela rede esperando o som chegar meu pai quando me deixou aqui antes de ir me deu uma arma uma velha carabina de um tiro e falou que eu sou só usassem em caso de vida ou morte e aquela noite foi a primeira vez que eu a usei eu não conseguia pegar no sono dormia e logo acordava com aquela maldita sensação de que algo ruim ia me acontecer

foi quando comecei a escutar um rangido no cercado era um barulho na estaca como se algo estivesse a balançar de lá para cá eu abri a janela bem devagar já com a carabina nas mãos e viu uma sombra grande que puxava o arame e tentava puxar a estaca do chão eu vou falar para vocês quando vi aquilo tentar puxar uma estaca do chão eu já apontei a arma pois o que estava ali tinha uma força Fora do Comum quando o arame soltou da estaca com a força que a coisa puxava escutei um grito e me

arrepiei inteiro era uma noite com muitas nuvens mas quando vento começou a levar algumas e a Lua Clareou um pouco eu vi o diabo de um bicho todo peludo tentando arrancar com toda a força aquele cercado tinha as orelhas grandes muitos pelos e era um pouco maior que eu e Bem largo eu nunca tinha visto um mas já tinha ouvido falar em lobizomem e com certeza era um bem ali na minha frente e se ele entrasse as portas da velha casa não ia me proteger Eu sabia que só teria um tiro só uma chance então

pulei a janela na direção do demônio e atirei Um Tiro Certeiro que fez o animal sair bolando no chão a gritar pulei a janela de volta e peguei meu facão se ele viesse eu poderia até morrer mas levaria o maldito comigo o animal rolava no chão que leva tava a poeira então um bom tempo depois foi embora e eu me livrei do demônio ao menos era isso que eu pensava pois aquela tinha sido apenas a primeira noite que aquele maldito tentou me pegar depois daquela noite que vi a criatura tentando arrancar o cercado eu troquei

o dia pela noite e quando meu pai veio me visitar contei o que tinha visto deve ser um lobizome sim mas não lembro de seu tio tocar no assunto de ter visto um por essa região você vai paraa casa de um de seus irmãos não vou deixar você aqui com o diabo desse tentando entrar eu disse a meu pai que iria no dia seguinte mas quando ele se foi eu continuei na casa e se o bicho voltasse e tentasse entrar para me matar eu o levar faria comigo na semana seguinte meu pai descobriu que eu

continuava na casa e quando veio me ver foi um sermão daqueles mas eu falei que o animal deveria estar morto pois tinha levado um tiro e não voltou mais ele foi embora naquele dia mais tranquilo e eu comecei a produzir carvão para passar o tempo e ganhar algum dinheiro estava me acostumando a viver ali e se o negócio de carvão certo não voltaria à casa de meus pais nos meses seguintes comecei a produzir carvão e com o dinheiro comprei algumas coisas para a velha casa também plantei algumas sementes e o lugar antes abandonado começou a

ter realmente aparência de casa meus pais sempre que viam me ver ficavam felizes pelo que eu estava conquistando e eu nem lembrava mais do diabo que tentou contra minha vida mas ele voltou e essa foi a segunda noite que eu vi eu tinha saído para comprar algumas coisas e na volta vi um homem parado na estrada ele estava sentado de cabeça baixa e eu passei sem desviar Meu olhar mas ele não levantou a cabeça parecia bêbado mas eu não iria confiar Quando cheguei em casa me voltou do nada aquela sensação horrível de que algo ruim

iria me acontecer Parecia ter alguém a me observar e como era época de chuvas Tudo estava ficando verde deixando ainda mais difícil de ver alguém escondido na mata eu saí com a velha carabina me dada por meu pai e dei a volta por todo o terreno se estivesse alguém ali veria que eu tinha uma arma e nem com medo de usá-la se fosse necessário à tarde eu estava cortando a lenha para pô no fogão quando vi um homem correndo por dentro da Mata eu nem pensei duas vezes pulei o cercado e saí correndo atrás com

um machado devo ter corrido uns 500 m tentando ver quem era e a sensação ruim de morte voltou muito mais forte como da última vez algo iria acontecer naquela noite e eu tinha que me preparar deixei a carabina no ponto de usar e afiei meu facão já perto de anoitecer não acendi nenhum fogo nenhuma vela deixei ficar tudo na mais completa escuridão então verti uma calça grossa e uma blusa de manga longa e foi devagar até onde ficavam as Caeiras de carvão eu tinha deixado um sem nada então entrei pelo buraco e fiquei lá dentro

se algo viesse atrás de mim eu não estaria dentro de casa onde seria mais fácil Pego quando a noite enfim caiu eu fiquei lá dentro da Caieira deitado olhando na direção da casa com minha arma na mão já tinha se passado várias horas e eu mesmo sem qualquer conforto continuava no mesmo lugar pois disso dependia minha vida e mais uma vez eu estava certo comecei a escutar algo vindo quebrando Galhos na mata e se jogou no cercado fazendo as Estacas deitarem tinha um animal puxando um arame e balançando as Estacas como se elas fossem Galhos

finos de uma árvore diferente da primeira vez o cercado não aguentou e o bicho entrou e foi direto até a porta de trás da casa e se jogou nela quase colocando no chão mais um empurrão e o bicho estava dentro da casa e de meu esconderijo eu escutava o enorme animal derrubando tudo lá dentro atrás de mim era um mesmo animal que eu tinha atirado há quase um ano atrás ele tinha voltado e com ainda mais ódio atrás de Vingança Ele só não esperava que eu fosse mais esperto a criatura dava urros e às vezes

gritos que lembravam o de um homem com muita dor então saiu da casa e começou a andar por toda parte à minha procura ora andava de quatro e hora andava como eu quando queria ver mais longe e eu ficava ali dentro da Caieira sem mover um músculo para que ele não me Escutasse o animal fuçou por todos os lugares até que veio bem próximo de onde eu estava preparei minha arma e dessa vez seria um tiro para ele nunca mais voltar quando a coisa Chegou a uns 10 m de onde eu estava coloquei o c

da arma para fora e disparei fazendo o bicho dar um grit tão alto que fez minhas pernas tremerem como a de um cão acuado mais uma vez eu vi um animal se batendo de dor no chão então Saí De onde eu estava já com um facão nas mãos para ir até o bicho que levantou rápido e saiu pelo mesmo lugar que tinha entrado Eu via o animal correr pela estrada e Decidi voltar até a casa de meus pais não ficaria mais ali pois eu tinha conseguido sobreviver por duas vezes e não arriscaria uma terceira pela

manhã arrumei algumas coisas e fui embora para a casa de meus pais Quando contei o que houve meu pai disse que eu tinha feito bem em voltar muito tempo depois de ter voltado eu ainda andava com cuidado por conta do homem que tinha me jurado e pensando sobre tudo que me aconteceu eu tenho quase certeza de que o homem que me jurou era aquele maldito demônio que tentou me matar por duas vezes ele deve ter Fido atrás de mim quando fui para outro lugar e tentou contra minha vida Como disse que faria mas não na

forma de homem e sim como uma fera após nosso segundo encontro eu não vi mais o homem nem na forma humana nem como o animal e ainda bem que balas podem ferir os dois e eu posso estar aqui contando essa história da vez que um homem Fera tentou me matar e eu sobrevivi por duas vezes boa noite [Música]