salve camaradas tudo bem o tema do vídeo de hoje do canal é uma análise sobre o filme ainda estou aqui antes de começar propriamente tema do vídeo do canal quero muito agradecer a você que ajuda manter e melhorar nosso canal a partir do apoio assim seu apoio é fundamental pra gente continuar o nosso trabalho se preferir o pix tá aparecendo aqui como QR Code na tela do vídeo camaradas notem eu fui assistir eu e minha companheira a estou aqui né E aí foi curioso né porque a gente foi assistir na quarta-feira quando saiu do cinema
Era notícia de que o bolsonarista lá tentou explodir o STF que tava com roupa de coringa inicialmente eu vi a notícia no grupo de amigos eu pensei que era pegadinha pegadinha do Malandro Gugu e tal mas era real né enfim doideira doideira e ainda estou aqui Inclusive essa semana eu assisti ainda estou aqui e Wolverine e Deadpool e assim Wolverine e Deadpool é a coisa mais grotesca que eu já vi esse ano em termos de filme não sei nem que dá para chamar aquilo ali de filme é surreal aí deixando Wolverine Dead Pool de lado
que ficou pavoroso vamos falar de ainda estou aqui eu vou começar falando de um aspecto de gosto pessoal de gosto pessoal eu não sei o termo técnico para debater isso para falar sobre isso mas eu gosto de chamar de estética de videoclipe né videoclipe tudo acontece muito rápido muito acelerado e cenas e cortes e p é um uma explosão de imagens de de cenários de tudo isso e aí tem muitos filmes que dá impressão que você tá vendo um videoclipe né que é tudo muito rápido tudo muito acelerado é uma coisa que querem colocar muitas
cenas ou cenas de ação ou cenas de romance ou ou piadas ou enfim a coisa fica muito muito rápida muito acelerada e tanto é assim que normalmente nesses filmes se dá um jeito de ter algum diálogo que explique toda a história que explique todo o plano porque não dá nem tempo de construir paulatinamente a história Inclusive é o que acontece em Wolverine e Deadpool né tem uma cena ridícula que é para explicar toda a história num diálogo tosqui de 3 minutos e meio e ainda estou aqui não tem essa estética de videoclipe né como eu
gosto de chamar é um filme no ritmo normal muito filmado numa perspectiva de mostrar o cotidiano o filme não tem a coisa do grande acontecimento até o momento da prisão do deputado Ruben espiva a forma como Aquela prisão é retratada a trilha sonora o diálogo as atuações é isso tipo assim para quem conhece a história você sabe que ali é o momento que deu merda né mas assim vamos imaginar que você não conhece a história do deputado rubben spiva que você tá olhando só o filme né vai conhecer a história a partir do filme e
a forma de contar a história é muito boa toda a construção de diálogo toda a construção do antes da prisão e o martírio suplício depois da prisão a construção da ideia de que ele tá preso mas pode est vivo E aí vai perdendo a esperança de que o deputado Ruben spiver ainda estivesse vivo aí a cena que ela descobre que ele foi morto enfim eu gostei muito da construção do filme é um filme relativamente longo mais de 2 horas mas assim velho você não sente o tempo passar assim é isso fiquei vidrado gostei muito da
construção narrativa do filme e eu tenho uma questão que aí de novo é também questão de gosto que tendencialmente um filme para marcar para ficar na memória para eu querer assistir uma porrada de vezes o filme ele tem que entregar muito para mim bons diálogos boas atuações um filme em que o efeito especial a pirotecnia o orçamento gigantesco não seja uma questão tão central né então o tipo de filme que ainda estou aqui é um tipo de filme que eu vou assistir duas três quatro cinco vezes assim sabe eu vou ter oportunidade de quando chegar
no YouTube no stream alguma coisa dessa eu vou reassistir com certeza prestando mais atenção em detalhes porque é isso é um filme muito bom muito tocante um filme muito sensível e com atuações pô Fernanda Torres assim fora de série Fora de Série série é pelo que eu conheço da história da biografia do Rubens Paiva né A forma como retrataram também a personalidade dele a o jeito dele de se comportar ficou também assim sensacional então primeiro assim é um filme fantástico ele merece os elogios atenção Eu sempre tenho medo de filme na Hype né porque às
vezes você cria um efeito manada e todo mundo tá elogiando o filme e se você não elogia fodeu Parece que você quer ser do contra você quer ser diferent então por exemplo eu go de Bacural não achei um filme sensacional não achei um filme fantástico nem nada disso eu gostei é isso bom filme legal foi massa vendo cinema tem stream aí tem Eu nunca assisti de novo porque é isso eu não achei essa brecha tempo toda bom filme foi ótimo do cinema mas assim se criou uma Hype e tal eu prefiro por exemplo a nível
de cinema Pernambucano mal comparando porque são dois filmes de Estilos diferentes e tal eu prefiro muito mais tatuagem do que Bacural tatuagem já assisti umas três qu quatro vezes tá ligado mas realmente ainda estou aqui vale os elogios O filme é muito bom muito bom mesmo Fantástico e é isso velho a Fernanda Torres Nossa Senhora velho Nossa velho assim incrível e aí tem uma coisa que me deixou muito curioso que é isso né Eu não conheço a história e a biografia da eonice Paiva nunca li uma biografia sobre ela e tal nunca vi um documentário
então eu fiquei muito curioso também para ver o quanto a atuação da Fernanda Torres eh retratou O que é a personalidade da pessoa mesmo né que existiu a dis Paiva enfim eh o quanto é fid digo e tal é porque isso vai deixar uma atuação que já é fantástica talvez ainda mais fantástica né saber o quanto o diretor exerceu de liberdade criativa a própria Fernanda exerceu de liberdade criativa na hora de construir a personagem Então é isso filme sensacional dito isto vamos sair um pouco do filme em si que é fantástico para fazer alguns debates
políticos históricos e sociológicos sobre a memória da ditadura Empresarial militar veja eu tenho um problema Seríssimo seríssimo com a maioria dos produtos culturais que eu tive contato sobre a ditadura Por quê a meu ver eles carregam em Dois caminhos é o caminho do filme sobre o grande acontecimento ou o grande personagem então um filme sobre o Mariguela um filme sobre o Carlos L Marca um filme sobre o sequestro do embaixador um filme sobre a Guerrilha e tal ou então quando não é um filme sobre o grande acontecimento ou um grande personagem é muito um filme
que retrata dinâmicas e problemas típicos da classe média durante a ditadura né Então Eu nunca parei para fazer um levantamento para afirmar por exemplo ta Ach ativamente que a maioria dos filmes que saiu sobre a ditadura foram filmes majoritariamente de classe média nunca parei para fazer esse levantamento a gente consegue lembrar de filmes bem famosos que retratam por exemplo o movimento operário a vida da classe trabalhadora especialmente do ABC Paulista durante a ditadura mas me parece que existe uma predominância muito grande na hora de contar na hora de fazer reportagens na hora de fazer filmes
na hora de fazer documentários sobre dilemas típicos da classe média que são importantes perceba que são importantes mas isso cria um problema né o Brasil antes do golpe e durante a ditadura e para zerit já era um dos países mais desiguais do mundo então certos dramas para a classe média não eram os mesmos dramas para a classe trabalhadora mais pobre mais precarizada mais das favelas dos morros dos bairros dos alagados então é incrível é fantástico que num contexto depois né do bolsonarismo na presidência que teve como um doss elementos centrais né uma positivação da memória
da ditadura Empresarial militar todo mundo vai lembrar que o bolsonaro no impitma contra a presidenta Dilma soltou a odiosa frase pela memória do coronel brilhante ustra né então o bolsonarismo ele tem como um dos seus braços ideológicos centrais a defesa do período da ditadura Empresarial Militar no seu aspecto repressivo no seu aspecto reacionário do seu aspecto anticomunista o seu aspecto entreguista né de subordinação dos Estados Unidos então é sensacional que a gente tenha um filme de sucesso um filme bom que faça uma crítica à ditadura Empresarial militar Neste contexto brasileiro é muito importante ao mesmo
tempo e eu senti um profundo incômodo por exemplo como é retratada a personagem Zezé no filme pô a personagem Zezé era a empregada doméstica né a única pessoa inclusive Negra no no núcleo central da história zer empregado doméstico não tinha vida própria dormia na casa da família Paiva no no quartinho de Empregada as coisas apertam Zezé é demitida quando ela tá arrumando a mala ela bota ali um albo de fotos aparentemente com a criança e aí e não deu para mim entender se era ela criança Ou se era sei lá um filho dela ou um
irmão mais novo sabe e Zezé sumiu então eu sinto muita falta de filme documentário de reportagem de seriado não sei o qu que conte Como era a vida de uma pessoa como Zézé durante a ditadura empresário militar sabe é como era fome Como foi o aumento do custo de vida Como foi o processo de favelização como era viver no terror cotidiano das favelas eh com grupos de extermínio com assassinato da polícia Como era a vida daqueles milhões de Brasileiros que saíram do nordeste do Brasil para tentar ganhar vida no Rio de Janeiro em São Paulo
como por exemplo um tema Mas dia D eu tava até conversando com os amigos e pensando assim meu irmão hoje por exemplo para uma mulher é muito difícil em caso de violência sexual você prestar queixas numa delegacia da mulher porque assim bagulho é bizarro assim vários aspectos de atendimento de tal e tal e tal então tipo assim como era por exemplo na época da ditadura sabe eh fazer debate como esse Então me parece que falta muito falta muito tratar como era a vida das maiorias durante a ditadura Como era a vida das pessoas que viviam
por no Ibura no Ibura aqui em Recife no Capão Redondo no São Paulo no morro do Alemão no Rio de Janeiro na Restinga lá em Porto Alegre na pedreira em Belém do Pará e por aí vai sabe na costeira em Floripa sabe falta muito uma coisa e é isso falta muito uma uma produção cinematográfica sobre isso inclusive que não seja por exemplo sobre a história da origem do Comando Vermelho que aí Gente desculpa né enfim eu particularmente não aguento mais saber consci ou não parece que é uma coisa muito que a gente só se fala
de favela quando é para falar de Facção Enfim então me incomodou bastante eu vou ser sincero com vocês me incomodou ter mais um produto cultural que faça um debate que aí o problema não é fazer a contagem dessa história é muito importante contar a história do Stuart Angel do Rubens spiva do Vladimir zog só que me incomoda muito como a gente sabe a história do do Stuart Angel na TV vi o filme da zzu Angel com a Patrícia Pilar é como a gente sabe a história do Vladimir zog como a gente sabe a história de
organizações políticas e militantes ainda que essa história não seja socializada com todo o povo brasileiro me incomoda muito como a gente não tem uma memória do como diria a metáfora do Seu Zé e da Dona Maria da favela e que comi o pão que de ab amassou durante a ditadura e não podia se organizar para fazer um protesto contra o aumento do custo de vida é por emprego por melhores condições de trab trabalho por saúde por educação enfim eu fiquei sabendo que tá para sair agora um filme sobre a vida do Paulo Freire parece que
tá em processo tá para sair não parece que um processo de produção e que o Wagner Moura talvez interprete o Paulo Freire na experiência de anjico né quando ele fazia um processo de alfabetização Popular com trabalhadores rurais e esse processo foi interrompido Tem várias coisas que eu fico pensando o quanto seria massa contar isso por exemplo quando se fala da ditadura se fala muito de censura artistas né artistas que são famosos conhe cedo Caetano Veloso Chico Buarque Gilberto Gila E por aí vai recentemente eu comecei a ler um livro sobre a experiência do iseb né
livro coletivo que faz um debate ali no aniversário de 50 anos de fundação do IB E aí o livro porque os ricos não fazem greve do Álvaro Vieira Pinto vendeu quase 1 milhão de cópias né quando aconteceu o golpe Empresarial militar o isbe ele foi fechado e aí quem tinha os cadernos do povo brasileiro porque o livro do Álvaro Vieira pintto era parte de uma coleção cadernos do povo brasileiro foi tema de doutorado da professora Angélica lovata tes doutorado dela sobre o tema é muito bom e aí quem tem os livos do IB em casa
era perseguido e tal e tal e aí o ieb na sua última fase ele tava num processo de radicalização muito interessante fazendo várias palestras fazendo e aulas noturnas paraa classe trabalhadora para operários indo passem catos e por aí vai e muitos trabalhadores e trabalhadoras tinham né os livrinhos os cadernos do Zeb sabe isso não era Bagulho só de classe média era um bagulho que P pulava amplamente E aí recentemente lendo e e pesquisando cada vez mais sobre o isb sobre o debate nacionalista ali no pré golpe eu lembrei que eu tive uma conversa com um
trabalhador gráfico que na época inclusive aprendeu a ler na prática com o caderno do povo brasileiro do isb e ele falando né morava em Garanhuns aqui no Agreste de Pernambuco ele falando o terror que era internamente ele pensar se destruir ou não o livro osc do povo brasileiro porque se a polícia pegasse esse livro na casa dele ele seria preso torturado acusado subversivo E por aí vai mas ao mesmo tempo tipo assim aquilo foi muito importante para ele foi parte do processo de aprendizagem E era uma relação com conhecimento que era uma coisa assim tip
assim não bicho isso aqui não assim sabe isso aqui é parte do meu processo de libertação de entender o mundo então não posso me livrar disso E aí eu lendo eu lembrei dessa história conversando com antigo militante Do PCB e tal cara com 80 anos quando me contou essa história pensando assim me irmão Esse é o tipo de história que muito difícil vai ser retratada né num grande filme de circulação e quando se tem oportunidade se faz uma coisa muito ruim é assim gente Já gravei vídeo aqui no canal sobre o filme do Carlos Mariguela
né feito pelo Wagner Moura para mim o filme foi horrível e é um filme inclusive que retrata o Mariguela em torno dele só Playboy de classe média assim e aí pegando em armas lutando Mas é isso um filme retrata o Mariguela como uma espécie inclusive quase de um Encantador de jovens de classe média que vão pegar em armas para morrer quando com todos os limites e problemas a organização do Mariguela Tinha sim movimento sindical tinha tentativa de luta Operária tinha inclusive vários dirigentes sindicais experimentados e respeitados em várias bases trabalhadoras então quando se conta a
experiência da al toda vez eu confundo acho que é aln mesmo eu confundo aln com a E aln mesmo quando se conta a história da LN por exemplo raramente se conta a história do trabalhadorzinho de base que ficou ali na fábrica e que tava na LN que tava militando essa história não aparece então eu acho isso um problema sinceramente me parece que um dos caminhos para fazer um debate de porque a memória da ditadura empresárial militar no Brasil é tão fraca em comparação com outros países com com a Argentina com o Chile e tal no
Uruguai também porque nesses países eles conseguiram dar um sentido mais universalista paraa memória negativa sobre o período Empresarial militar né então quando se fala da ditadura não se fala só de artistas sendo reprimidos e a próprio papel de da massificação da cultura por exemplo é muito maior na Argentina do que no Brasil não fala só de artistas reprimido estudantes universidades luta armada tem muito sentido também de repressão os trabalhadores de de piora do custo de vida de violação sistemática das famílias por sequestro de crianças ataques a mulheres Então se criou por exemplo na gente uma
memória muito mais popular muito mais Universal sabe uma coisa que um trabalhador que fez só o ensino primário e que sei lá trabalhava num frigorífico a chance dele ter uma memória negativa sobre a ditadura ainda que de maneira rápida ampassã é muito maior do que no Brasil um trabalhador um pedreiro que só fez o ensino fundamental a chance dele ver como ah não mas durante a ditadura o Chico Boco foi embora do Brasil tipo enfim diz pouco né para ele sabe é porque me parece que a gente perdeu muito esse sentido de conectar o debate
sobre a memória da ditadura de dizer para ele ó bicho só fez um ensino fundamental tu não teve uma escola boa tu mora numa casa ruim tem um salário ruim é também por culpa da ditadura também por culpa do legado da ditadura sabe do que a ditadura representou na história brasileira então eu adorei o filme virei o filme novamente é isto é isto aí alguém pode dizer assim mas Jones aí eribaldo quando eu fui comentar no grupo eribaldo veio com isso mas Jones era Rubens spiv Engenheiro Deputado foi deputado pelo PTB né parte trabalhista brasileiro
tu queria que falasse da classe trabalhadora mais pobre eu fi não não queria nada eu tô dizendo do meu incômodo conheço a história do Ruben Spy já li já vi reportagens e tal e tal e tal e tal dito isto por exemplo eu não li o livro né do Marcelo Rubens Paiva Então eu não sei o quão o diretor foi fiel ao livro eu sei que me parece que existiam oportunidades principalmente a partir da Zezé a empregada de ampliar um pouco a visão sobre o que que era de tá dura né Parece que vai L
sair uma versão estendida no global play do filme então não sei se na versão estendida você consegue ampliar um pouco mas é isso né Cada público recebe a coisa de maneira diferente a impressão às vezes que dá vendo no filme A depender do nível de Formação política a depender se a pessoa tem contato ou não ela pode entender que na ditadura tava tudo bem tava tudo ótimo até você ser vítima da repressão sabe porque a construção conção narrativa do filme construção narrativa do filme é um processo de que é isso a família tava bem feliz
vivendo L tranquila e tal e aí veio a repressão sabe então não é só isso né hoje No Brasil existe uma luta muito importante do movimento indígena por exemplo para fazer um debate Mais amplo sobre a memória da ditadura inclusive revend nesse número que a ditadura matou menos de 1000 pessoas no Brasil né então o movimento indígena hoje por exemplo é para ente o ator político mais importante para remodelar essa memória da ditadura o movimento negro ele tentou bastante o movimento negro Unificado quando ele surgiu e se consolidou ele fez um debate muito importante muito
bom sobre memória da ditadura inclusive o Cloves Moura no livro Raízes do protesto negro relançado recentemente pela Editora Dandara Coloca aí na tela maxel por favor Ele fala de que no processo ali da Anistia uma das demandas do movimento negro er Anistia para todos os presos os políticos e os comuns dentro da lógica de que numa ditadura não existe estado de direito não existe devido processo legal e todo preso era um preso político e aí pretos comuns leia-se principalmente pretos pobres trabalhadores né isso não colou né se criou a memória da ditadura em que as
vítimas da violência policial dos grupos de extermínio dos assassinatos em massa da PM por exemplo não entra no cálculo do número de assassinados pela ditadura recentemente saiu um uma série baseada no livro do Caco Barcelos né do Rota 66 polícia que mata e foi estrelada pelo Humberto Carrão e assim série fantástica muito muito boa eu adorei E aí toda vez que eu vejo um material como esse eu já citei isso inclusive em várias palestras minhas pelo Brasil irmão é um absurdo a gente não tratar o que é debatido no livro do Caco Barcelos E agora
tem a min série como vítimas da ditadura repara tipo assim é isso mesmo o o Cac Barcelos faz uma reportagem fantástica falando dos casos de assassinato praticado pela Rota e como esse assassinato era encoberto pelo poder oficial instituído né o poder político ditatorial a época e a gente trata isso como uma questão não política aqui não tá M na conta dos mortes da ditadura que não ent na conta do arbítrio do regime autocrático nada disso percebe então assim é um tipo de memória muito né sabe aí veja eu até entendo eu tenho E aí vou
começar a dividir incômodo com vocês eu até entendo e muito palavras de ordem como Tortura Nunca mais tanto que eu nunca parei para debater ISO em público para brigar e tal etc entendo estamos junto perfeito dito isto eu me incomodo muito com isso sabe com essa palavra de ordem Tortura Nunca Mais então se torturava muito antes a ditadura e continua se torturando pós ditadura inclusive na prática se tortura mais brasileiros hoje do que durante a ditadura é isso sabe então em alguns aspectos Inclusive a transição da ditadura empresária ameritar para a democracia burguesa no Brasil
significou fundamentalmente que as organizações políticas e a classe média não seriam torturados e assassinados de maneira sistemática mas o aparato repressivo Burguês continuaria atuando como atuava na época da ditadura para o grosso da classe trabalhadora nas periferias Brasil a fora isso traz a chamada né do da famosa frase que resta a ditadura tudo menos a ditadura percebe então assim para mim é Um Desafio muito grande da gente construir uma outra memória da ditadura eu esse ano no meu canal eu vim debatendo muito que a ditadura tirou da gente enquanto oportunidade Econômica mesmo oportunidade da gente
já ter superado o o analfabetismo da gente já ter feito reforma agrária da gente ter superado os problemas de um início de uma favelização em massa que tava colocada ali no Brasil porque tava em debate reforma Urbana antes do golpe da soberania Nacional da soberania tecnológica sabe de um projeto de Universidade que fosse uma universidade voltada para enfrentar a dependência o subdesenvolvimento enfim eu venho tentando trazer esses debates esse ano durante todo o canal justamente pra gente pensar a ditadura para um outro Prisma E aí é isso gente Contra Censura artista contra perseguição contra fechamento
da un contra tudo isso estamos junto estamos junto minha questão não é dizer que isso não é importante minha questão é que a gente não reduza a memória da ditadura a esses aspectos ou coloa um hiperfoco nisso entende então foi só esse leve incômodo que eu saí do cinema pensando assim é um filme muito bom mas aí Eu sempre fico pensando tem uma coisa imbecil que rola nas redes sociais que é ah se sua mãe não entende sua tese doutorado seu conhecimento Não serve sua mãe ou sua avó isso é uma coisa burra né gente
porque é isso se eu for pegar uma tese de doutorado de matemática eu não vou entender não porque eu não tenho treino em matemática isso não significa que a tese tá ruim ou que ela não é Popular então assim enfim coisa sabe enf mas às vezes eu fico pensando assim minha mãe é uma pessoa que tem contato comigo que tem PR osmose um certo tipo de politização minha mãe por exemplo nunca foi negacionista Tomou todas as vacinas usou máscara nunca votaria no bolsonaro etc etc etc e eu fico pensando assim pô o que que minha
mãe pensaria V nesse filme por exemplo minha mãe pensaria conhecendo minha velia como eu conheço minha mãe pensaria um negócio assim que judiação né rapaz ele era um homem tão bom um pai tão querido pelos filhos aí mataram o bichinho E aí seria seria Tipo isso assim e aí talvez se pá minha mãe falaria de alguma história que não necessariamente uma história de assassinato de uma família que perdeu um pai querido se pai acho que provavelmente seria isso sabe Enfim então é isso um bom filme assistam vale muito a pena Fernanda Torres na moral assim
palmas palmas e mais Palmas situação incrível fora de série dito isto eu acho que a gente enquanto militante comunista tem uma tarefa de intervir cada vez mais nesse debate sobre a memória da ditadura Empresarial militar né gente além do próprio debate mais geral sobre história brasileira porque eu acho que tem muita coisa pra gente rever pra gente repensar e pra gente construir diferente é isso galera espero que vocês tenham gostado o vídeo de hoje do canal não se esqueça de se inscrever no canal ativar o Sininho curtir esse vídeo compartilhar tudo isso que vocês já
sabem um beijo e até a próxima