Ministra Cármen Lúcia é a convidada do Trilha de Letras

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O #TrilhaDeLetras recebe a ministra do Supremo Tribunal Federal e presidenta do Tribunal Superior El...
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[Música] você certamente já viu a nossa convidada de hoje você com toda a certeza acompanhou as decisões os votos concordou discordou mas hoje você vai acompanhar um outro lado o lado escritora da ministra Carmen Lúcia Muito prazer em recebê-la aqui ministra e eu quero começar perguntando por esta mulher na hora que ela tira aquela vestimenta da ministra do Superior Tribunal Federal e tal e tal o poder todo quem é a pessoa o ser humano a mulher Carmen Lúcia perguntinha difícil porque o ser humano é um todo que não é só um lado profissional é é
antes de ser uma profissional de qualquer área uma cidadã e antes de ser uma cidadã é um ser humano com todas as complexidades e as possibilidades os limites de todo ser humano mas a toga não faz a pessoa não integra a pessoa não inteira a pessoa como a beca do advogado também não faz isso sempre que se que alguma referência a a como a profissão pode se tornar a segunda pele nós temos o os três acho que textos básicos que são aproveitados até pela psicologia pela psiquiatria na literatura que são sobre o espelho o espelho
de Machado de Assis o espelho de guimes rosa e o espelho de clariss lispo essas três passagens literárias mostram como não se pode deixar que um cargo ou uma vestimenta especialmente do Machado de Assis quando o Alferes não se enxerga mais na hora que ele tira a farda exato É um grande aprendizado como nenhuma profissão pode tomar a alma de ninguém eu acho que é isso a toga não não completa ninguém não veste a humanidade não desvest também a humanidade não encobre o que cada um de nós juízes é como não encobre nas outras profissões
nós temos as nossas leituras os nossos inscritos os talentos de alguns que cantam que alguns que tocam Acho que em todas as profissões no meu caso também é isso sou de uma ligação muito rigorosa e desde sempre com a literatura Então acho que é um pouco isso exatamente eh eu eu tenho tido o privilégio de acompanhar essa sua ligação com a literatura por intermédio dos festivais literários em que participamos e que a senhora vai sempre com muita alegria e com muito conhecimento e e a curiosidade é da onde vem todo esse amor pelas letras pelos
livros pelos autores todo Mineiro é um grande contador de histórias né Ca não sei se é um grande mas é um um calzeiro normalmente é muito comum no meu caso eu sou de uma famíli que tinha livros revistas e jornais para você ter uma ideia eu tenho ainda guardado o Correio da Manhã do dia seguinte ao da do dia seguinte o que deu a notícia da morte de Rui Barbosa que é de 1923 meu avô deixava os seus alfarrábios meu pai também juntou alguns Alguns dos quais ficou comigo e alguns ficaram comigo e em tudo
isso eu também sou uma um pouco quem Jun esses papéis agora nessas tecnologias junto imagens de jornais e tudo mais ou seja as letras fizeram parte da minha vida desde sempre por isso e me lembro do do meu avô contar que chegava por um por um correio que demorava dois um mês para chegar o jornal em Espinoza ele recebia al aquilo depois o meu pai que demorava dois dias para o jornal chegar na cidade e quando a gente via de uma semana atrás é que a gente achava que era um jornal velho do dia do
dia seguinte dois dias era notícia nova e aí quando a gente vê hoje com a velocidade que tem tudo os livros é que permanecem e esta permanência reflete a permanência do ser humano consigo mesmo com que é o seu prumo para ele manter-se em sua Humanidade em sua identidade eu acho que vem muito mesmo dessa característica de família porém eu acho sempre que a educação se faz por livros e a biblioteca de uma cidade pequena é um um ponto de cultura verdadeiramente importante ainda hoje é preciso que as pessoas tenham contato com isso porque dá
a dimensão do que é possível você aprender transcender enfim libertar-se Pois então estamos aqui num ambiente de uma biblioteca Estamos numa TV pública a democratização do do conhecimento do saber das le let dos livros é algo muito caro uma democracia como a senhora enxerga essa esse trabalho tão árduo que é preciso fazer no Brasil as ditaduras não gostam das Artes menos da literatura por uma razão que a arte é transgressora para permitir que haja libertação em espaços legítimos transgressão principalmente de normas não pode se dar na vida cotidiana mas a arte faz isso num espaço
que lhe é legítimo porque é a possibilidade de um autor pensar diferente e por isso a reflexão para que o o povo de uma nação transforme aquilo que seja necessário então a educação que se dá exatamente pela pelas letras especialmente faz com que nós possamos todos como um país nos abraçarmos para novas ideias para novas possibilidades a democracia é isso uma ideia na qual um um uma experiência na qual a ideia de justiça é permanentemente em aberto para que quem vem depois pense se aquilo é justo para ele o que foi justo para os nossos
bisavós Não é justo para nós é preciso que a gente repense tudo isso e é pela educação que se faz Olha nós somos um povo com uma história de ditaduras muito forte e que nós esperamos que não se repita que nós não deixemos repetir mas para isso é preciso que se leva a educação porque a liberdade advém decorre desta sensibilidade pelo que é capacidade crítica Paulo Freire falava muito no que ele chamava de transitividade entre uma inteligência inocente uma inteligência crítica Você adquire faz essa transição essa passagem essa travessia por uma inteligência crítica por meio
da Educação pela educação então a educação foi muito seletiva no Brasil vi para nós mulheres nós éramos proibidas de ir à aulas foi preciso um decreto do Imperador Dom Pedro I para que a primeira mulher pudesse frequentar uma faculdade de medicina uma vez que a nossa primeira médica não era formada no Brasil formou-se fora do Brasil porque que era proibido uma mulher ter acesso ao conhecimento iso é uma reserva de poder de espaço de poder como nós mulheres fomos silenciadas historicamente era preciso que nem deixasse que a gente soubesse que poderia pensar e as e
não foi só conosco as mulheres com as mulheres com os negros escravizados que não podiam ter acesso a às letras com os indígenas que nas suas linguagens não tinham acesso àquilo que era formado como direito para o estado funcionar para paraas suas instituições para participar enfim isso tudo é feito de maneira eu acho muito organizada por quem detém o poder e que quer excluir é um projeto é um projeto mais do que um projeto um programa que se instalou e que se executa nas ditaduras todas a gente vê isso a primeira primeiro alvo é sempre
a palavra amordaça se a palavra mata-se o juiz rasga-se a constituição que garante os direitos fundamentais e põe de lado um uma grande um grande número de cidadãos desacredita se Universidade desacredita se a ciência é todo um a cultura é todo um programa e e um projeto e o seu livro que curioso né Eu estava foliando e na página 17 tem um um um trecho que eu acho sensacional que fala sobre os seres humanos que o que muda é o invólucro mas que o ser humano é o ser humano na sua humanidade cidades e questões
sérias e e belezas e eu achei isso tão interessante né Eh porque voltando Aí a questão do programa e do projeto de poder eh para nós né a população negra brasileira pela Constituição de 1824 a gente não era considerado cidadão com acesso à à à educação e esse GAP né esse esse buraco que se formou a gente tem as consequências até hoje né esse invólucro esse invólucro do ser humano que faz a diferença mas que como a sociedade vai conseguir enxergar o que tem por dentro sem essa casca eu tenho para mim que a minha
geração que hoje caminha para os 100 anos como eu sempre digo nós estamos inventando a velice porque a geração que me antecede inventou a juventude havia a criança o adulto e depois morria nesta altura da vida eu vejo que a minha geração fez algumas coisas que foram boas algumas nós talvez tenhamos falhado nisso que nós não conseguimos levar a todas as cidadãs a todos os cidadãos brasileiros O que teria sido essencial levar democracia não é uma palavra democracia é um espaço necessário para que a gente possa se libertar de nós mesmos e junto com os
outros nos libertarmos como povo de ideias que já não tê atualidade para nós que não realizam o ideal de justiça e que portanto não são para todas as pessoas e não não levamos isso porque a minha geração viveu sob o impacto de uma ditadura mas a geração por exemplo dos meus sobrinhos para ele a democracia é um dado fato entregue ele não precisa de lutar por isso e ele não tem a sensibilidade de saber que na vida dele aquilo faz diferença o que eu queria sempre quero sempre contar é para cada jovem brasileiro para cada
cada cente para não dizer já desde a a infância que isso tem a ver com a vida dele mas a vida concreta quer dizer isso que você diz aquele que soube a dor da escravidão não gosta de algema não gosta de prisão não é que alguém goste mas H que aqueles que se deixam algemar aquelas que se deixam algemar sem pensar no no fator Liberdade como a possibilidade de realização da sua vocação e que que o primeiro princípio do direito de a gente viver com o outro é a possibilidade de realizar a nossa própria felicidade
ou aquilo que é possível dentro de um projeto humano de se humanizar que a a humanidade de cada um de nós cresce com o outro mas no espaço de liberdades que aí é que se dá o respeito a solidariedade quer dizer a gente vive com o outro para ter mais força na própria humanidade eu tenho tido com alguma frequência nos últimos tempos uma lição que eu vi no primeiro ano de direito com meu professor de filosofia do direito que ele dizia que ele não tinha medo de animais porque ele dizia uma onça não des onça
uma zebra não des zebra Como o ser humano se desumaniza e a gente fala isso com a naturalidade né Fulano é muito desumano ou seja ele nega a própria Essência sim e e o que ocorre é que isto é do dia a dia Isto é na vida de cada um de nós Liberdade não é uma palavra sem consequência pra vida da gente igualdade não é uma palavra sem consequência isto se dá no dia a dia quando cada uma de nós é discriminada a gente conta para um parceiro para um amigo para eu fiquei indignada Ou
seja eu fui ferida na minha dignidade porque eu fui destratada por ser quem eu sou uma mulher um negro um indígena uma pessoa que tem uma uma aparência diferente nem se fala nos preconceitos no Brasil para você ter uma ideia a Constituição de 1988 que agora completa 36 anos daqui uns dias uma jovem né uma jovem de 36 anos mas desde o primeiro texto sem nenhuma alteração estabeleceu cota a única cota que ela estabeleceu para eu vou usar a expressão que ali está deficientes ainda hoje não se fala que h discriminação contra pessoas deficientes andamos
nesses 34 anos temos campeonatos temos olimp paraolimpíadas mas para Olimpíadas nãoé para ficar dentro de um veio que é de pessoas que tem a mesma que que tem as mesmas dificuldades portanto competindo entre eles mas ainda hoje não se fala nisso e é muito forte a discriminação no Brasil de de variada forma é uma viol de forma muito diversificada é preciso portanto que a gente veja que os nossos princípios de liberdade de igualdade de dignidade de cidadania não são Abstrações não são conceitos são princípios na vida da gente para uma vida democrática concretos di quando
e eu conto o caso de uma pessoa Dona Geralda que dizia assim eu era pó eu vivi no meio lá da do de um dos Municípios do quadrilátero ferrífero chamado e era no meio de Mina e o o pó Cinzento cobria e nós viemos aqui para BH e fomos morar debaixo da ponte e as pessoas não nos viam como não nos viam em tal município porque a gente era confundido com o próprio pó como se fosse uma pedra uma uma e ali embaixo ali embaixo do do do viaduto também eu era confundida com o próprio
lixo eu era o lixo é isso é muito ou seja quem viveu isso sabe o que significa ter dignidade humana Pois então isso poderia ser há muito tempo Eliana mas não é porque hoje nós temos cidades depois principalmente da pandemia com alguma algumas tantas e muitas 1000 pessoas morando e em situação de rua e nós chegamos a ter neste ano que tem uma atuação do Poder Judiciário proibindo que se colocassem Estacas nas calçadas para proibir que essas pessoas pudessem sequer deitar num espaço público ou seja uma versão né Eu acho que ao fim de tudo
a gente tá falando de direitos humanos e vamos entrar no seu livro que é a razão de ser deste encontro tão maravilhoso para nós mas antes vamos ao Break com o dando a letra imagens da Ben tudes é um livro que eu adorei da Lilia Schwartz uma intelectual professora Ban que se debou sobre esse tema sobre o qual nós nunca pensamos as fotos mais absurdas chamando atenção pro nível de Privilégio e nível de discriminação que os brancos exerciam somos negos e que ainda exercem então é um livro muito oportuno porque o racismo é o grande
problema de direitos humanos no [Música] Brasil Voltamos ao trilha de letras com a ministra carcia o lindo livro direitos de para todos como foi a escrita desse livro A o encontro com as imagens do Portinari dentro dele o que o torna belíssimo e é um livro leve né um livro muito íntimo eu acho que é o dia a dia do que eu vivo mesmo porque como eu dizia esses não são conceitos vagos não são conceitos abstratos a gente vê isso no dia a dia quem tem as experiências que eu tenho de uma família na qual
a minha mãe ajudava uma média de 120 famílias nas redondezas de Espinoza e ela dizia se todo mundo não for muito bem e se o nascimento das dos filhos das comadres dela né se não tiverem o mínimo esses meninos vão receber o queê na vida se não recebe nem de nós estarmos juntos eu acho que em primeiro lugar vem disso quer dizer a Espinosa só tinha feira aos sábados e no sábado quando eu chegava do internado mamãe me punha de meio que para mim era um castigo na época hoje eu sei que era minha obrigação
social mas ela dizia de manhã comadre fulana comadre beltrana vai chegar aí pra feira ela tem um filho em São Paulo senta aí E escreve a carta para ele e eu dizia por que que eu tenho que escrever ficar o sábado inteiro escrevendo carta porque seu pai pode pagar para você aprender a lei o pai dela não pode simples assim Isto é o dia a dia mesmo é o direito à educação que todo mundo tem E aí com o tempo você vai amadurecendo e vendo que é isso mesmo eu pude aprender a ler e escrever
e a outra não pde eu tenho que ajudá-la a saber ler e escrever mas eu tenho que enquanto isso não acontece Como dizia a mamãe não se ensina nadar quem se está afogando primeiro tira da água primeiro escreva a carta depois você pensa nisso não é que di Mã São e e exatamente por isso eu acho que eu vi muito isto que eu conto quer dizer não não era alguma coisa para só para estudantes de direito Direitos Humanos não são conceitos para estudantes de direitos para profissionais do direito profissional de direito é quando o direito
humano de alguém é negado que aí precisa ser de uma advogado para restabelecer ou do juizz para garanti-lo mas há que ser no dia a dia que a gente exerce você vai entrar no elevador e dizem que não aqui não pode entrar no elevador mulher ou negro ou indígena tem que ir por pelo outro elevador Por que eu sou diferente porque aqui é para homens brancos médios ocidentais como é isso isso é no dia a dia e você não precisa de litigar sobre isso você precisa de levar pra sociedade contar este caso e dizer olha
isto não é algo excepcional Isto é a vida da gente a vida civilizada da gente a vida solidária da gente é isto ou nós não temos um país e eu me lembro bem que na década de 880 quando vinha e a gente se reunia por conta dessa constituinte depois da constituição que uma das músicas que se cantava Então era você me abre seus braços e a gente faz um país a gente faz um país de braços abertos e de mãos dadas mas é preciso que todo mundo esteja junto tendo mãos para se unir eh os
direitos humanos no dia a dia são isso que eu conto a motivação é essa vamos dizer paraas pessoas como é que é a vida de quem teve negado o seu direito nós falamos que todo mundo tem direito a um devido processo legal Isto é o dia a dia de uma faculdade de direito de um advogado muito mais de um juiz Mas eu posso contar para asas pessoas que não se lembrarem que aqui houve e relativamente há pouco tempo 40 anos não é nada na vida de uma 50 anos não é nada na vida de um
povo que houve presidentes da república que foram processados sem saber por sem nunca ter acesso ao processo foi caçado no caso JK e ele dizia o tempo todo eu quero saber o que que eu fiz você não tem direito se defender e e é isso redor 76 anos da declaração dos direitos humanos o Guerra e Paz do Portinari né na Assembleia da ONU você entra pela guerra e sai pela paz né porque a entrada com o painel da Guerra isso a senhora é uma pacifista e como a senhora vê essa questão no mundo né dos
Direitos Humanos eh só começar dizendo que o João Cândido Portinari que é um ser humano que eu digo Acima da média na sua sensibilidade na sua generosidade na sua singular condição de ter um merecimento humano que nos faz todos nos olharmos com vontade de ser melhor para ser uma pessoa como ele é que pensou na possibilidade de por as imagens do Cândido Portinari que sempre lutou por esses direitos e nós estamos falando de 60 anos atrás de 70 anos atrás eh de pô essas imagens para mostrar que além da palavra a imagem poderia nos tocar
e fez realmente com que tivéssemos essa possibilidade de fazer um trabalho com imagens que retratassem bem esse dado e o o o painel dele de Guerra e Paz demonstra isso a guerra não é uma saída pro ser humano a paz é uma saída O que é realmente muito grave Elian que nós estamos e isto foi depois da segunda guerra mundial declaração de direitos e tudo que se projetou e a geração do Cândido Portinari viveu Os horrores e as iniquidades da segunda guerra mundial viu ainda isso é que como nós chegamos a 2024 com 72 pontos
de guerra no mundo com 56 países em situação de guerras ou de conflitos internos ou com outros países nunca se Guerre eu tanto né e e são tão intensas e permanentes que eu temo por uma insensibilização quanto aos conflitos às mortes desnecessárias inúteis absolutamente cruéis de pessoas por conta dessas guerras se mostram tanto as imagens em tempo real que a pessoa hoje toma um café da manhã olhando para aquilo como se não dissesse respeito à à sua própria humanidade isto me preocupa porque se você não tivesse sensibilidade a humanidade fica restrita a instintos animalescos e
a reações não de desafeição mas de agressão de tanto se vê uma criança um adolescente esse conjunto de imagens permanentemente é como se tivesse considerando que isto é o normal e não é crueldade não é normal para a humanidade pode ser rima mas é adversidade é que uma criança ou um adolescente não está nem com seu cérebro completamente formado para exercer uma liberdade crítica sobre isso e não deixar que isto contamine e se transforme como a segunda pele dele porque ele vê um matando o outro ele chega na escola ele acha que ele tem que
reagir do mesmo jeito ele está sujeito a essas telinhas muito graves que o tempo todo tem joguinhos de um matar o outro e e com modelo de guerra e depois você ensina a guerra e quer que ele sejam pacifista é a gente é ilógico a gente transmite o que nós recebemos sim e isto me parece muito grave por isso cada vez mais você tem toda a razão quando diz que estamos nos momento em que eh parece que falar de direitos humanos é Ou uma desnecessidade ou algo meio amalucado de pessoas que ficam querendo que todo
mundo tenha direito mas todo mundo não é igual mas a igualdade está no respeito às diferenças no respeita a identidade que é única de cada ser humano e eu temo realmente por esta contaminação que pode viralizar a perversidade como se o outro fosse não um aliado um amigo um outro humano um irmão mas um inimigo um adversário que é preciso exterminar não que a gente possa viver com o outro conviver mas que a gente Deva debater o tempo todo ministra então ah para combater esta desumanidade para Celebrar as nossas potencialidades a nossa humanidade por favor
leia um trecho deste belíssimo livro gente é igual tudo igual mesmo tendo cada um a sua diferença gente não muda muda o invólucro o miolo igual gente quer ser feliz tem medos esperanças e esperas cada qual vive a seu modo lida com as Agonias e as alegrias de um jeito único só seu mas o sofrimento é sofrido igual a alegria sente-se igual filhos da terra iguais em sua semente de liberdade e esperança filhos da mesma mãe terra que lindíssimo bom para citar um outro Cândido né o Antônio Cândido sociólogo e e crítico literário grande Antônio
Cândido que dizia que a literatura é um direito humano que que a literatura deveria e Há muitas pessoas que defendem a literatura na sesta básica Inclusive a senhora concorda acho é a pergunta é retórica né senhora concorda acho demais que aliás eu acho que a ideia de cesta básica tem que mudar mesmo porque nós estamos falando da cesta básica ainda no sentido de alguém que pega uma cesta vai a uma feira e pega aquilo que é o essencial para você viver na sua condição material física mas como diria os Titã a gente não quer só
comida a gente quer comida diversão e arte e arte a gente quer saída para parte e eu quero que a gente queira entradas para as humanidades entrada para as liberdades entradas para as iguala sões necessárias para que a gente tenha um movimento de humanidade muito maior nesta terra tão sofrida que nós estamos vivendo neste mundo tão alarmado em que as pessoas não confiam no outro porque não Confiam em si mesmo sem um mínimo de confiança na humanidade Eli eu acho que a construção de um edifício de humanidade fica muito difícil para isso é preciso mesmo
a arte como salvação a arte é quase um amálgama para mim que faz com que a gente se una se reúna e não interessa de onde cada um veio e nem me importa para onde Cada um quer ir desde que Como diz outro dia um dos meus sobrinhos netos Bora chegar junto tia Bora chegar junto neste Brasil chegar junto chegar junto que maravilhosa só para terminar assim uma falinha né Eh Aonde a Carmen Lúcia encontra a sua brasilidade eu acho que ainda é na nas minhas amadas Gerais das minas eu adoro Minas Gerais eu adoro
este país mas eu gosto demais daquele geração daquele Sertão que na hora que a gente atravessa uma estrada à noite pode desligar os faróis que a Luz das Estrelas ilumina caminho interess ministra e poeta é demais né ministra muito obrigada pela sua presena enorme uma alegria enorme F te beijo te assisto te leio Como você sabe e E como você disse um dia que o seu pai é que dê uma lição para que vocês fizessem na sua família né que vocês seguissem em frente lutando Você Adriana sou fã do seu pai ah ele vai ficar
muito feliz nossa senhora Ninguém Segura Esse homem agora e com essa conversa tão gostosa tão deliciosa com este lado tão bonito da ministra Carmen Lúcia terminamos mais um trilha de letras acompanha a gente no Spotify no YouTube e uma excelente semana para você trilha o caminho da literatura passa aqui na TV Brasil obrigada [Música] [Música] k m
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