o Marcos veio cobrar meu aluguel percebi que ele queria algo a mais quando me olhos nos olhos ele pediu fotos pediu tudo mais era uma terça-feira fria quando ele apareceu pela primeira vez eu estava na cozinha com a chaleira no fogo e a casa em silêncio exceto pelo som da água borbulhando de repente houvi batidas fortes na porta não era comum eu sabia que quem vinha normalmente eram os vizinhos mas as batidas eram diferentes insist como se não houvesse tempo a perder abri a porta e lá estava ele o Padre Marcos com aquela sua batina
preta sempre impecável e aquele olhar fixo que parecia querer ler mais do que minha alma Ele disse que vinha cobrar o aluguel como sempre fazia mas havia algo estranho naquele dia algo no jeito dele eu senti antes mesmo de entender o que estava acontecendo Boa tarde dona Helena Como está ele me cumprimentou com uma voz suave demais para alguém que deveria representar a seriedade da igreja Boa tarde Padre Vou bem obrigada E o senhor respondi tentando esconder o desconforto ele fez um gesto com a mão como quem diz que tudo estava bem mas os olhos
não mentiam ele estava ali por outro motivo eu sentia isso na tensão no ar como se o tempo tivesse desacelerado de repente e ele se aproximou de mim com uma calma excessiva vejo que o aluguel está um pouco atrasado não é ele disse com a voz agora mais baixa quase sussurrando sabe Helena eu entendo essas dificuldades a vida na cidade não é fácil mas você deve entender que a paróquia precisa da sua contribuição eu tentei manter a calma ele era o padre alguém que deveria representar Deus a moral a ética mas os dedos dele finos
e longos se moviam de maneira Estranha como se quisessem encontrar algo além de uma simples conversa eu levei até a sala tentando não demonstrar o desconforto fui até a mesa procurar os papéis do aluguel enquanto ele me observava havia algo no seu olhar que me deixava com a pele arrepiada Helena ele começou interrompendo o silêncio você tem sido uma boa inquilina mas o pagamento tem se mostrado um problema constante eu entendo Claro mas podemos fazer algo para resolver isso não é eu olhei de lado ainda vasculhando as folhas eu vou conseguir Padre só preciso de
mais alguns dias como sempre já estou organizando ele não respondeu imediatamente mas pude sentir o peso de seu olhar se aprofundando como se estivesse tentando entrar em minha mente ele se levantou devagar e foi até a janela olhando para Rua Deserta lá fora e então com uma voz mais suave ele disse eu sei Helena Eu sei que você tem se esforçado Mas a vida não é só sobre dinheiro não é Há outras formas de compensar digamos O que você acha eu poderia ser mais flexível se você entender o que quero dizer eu congelei As palavras
dele não faziam sentido imediatamente mas quando virei vi no rosto dele uma expressão que nunca poderia ter imaginado em um padre a sua suavidade havia desaparecido substituída por uma intensidade perturbadora ele me observava como se Esperasse uma resposta uma sinalização de que eu compreendia o que ele estava sugerindo compensar eu falei minha voz saindo trêmula o suor começando a formar nas minhas temporas O que quer dizer com isso Padre ele não respondeu de imediato em vez disso deu um passo em minha direção o coração começou a bater mais rápido dentro de mim a respiração ficou
curta eu sabia o que ele estava insinuando e a sensação de estar presa naquele momento era sufocante às vezes Helena ele começou novamente cada palavra mais carregada mais carregada de algo Sombrio um ato de bondade pode ser muito mais valioso do que qualquer quantia eu tenho poder eu poderia ajudar você de muitas maneiras se você me ajudar também o ar Parecia ter se tornado denso e insuportável eu queria sair dali correr até o fim do mundo Mas minhas pernas estavam presas meu corpo estava congelado não Padre consegui finalmente dizer a voz vacilante não quero nada
disso não venha mais aqui o medo me dava forças para falar com mais firmeza ainda que a palavras saíssem com dificuldade ele não se moveu mas sua expressão mudou de repente ele parecia estar medindo cada palavra cada gesto meu aquela Calma que ele carregava se transformou em um sorriso Sutil quase imperceptível mas tão frio que me fez arrepiar bem Helena isso é lamentável Mas como eu disse antes a vida é cheia de escolhas e algumas nem sempre são então ciné sem fazer mais pal quando abri para sair por eu olost eu helenir su presença na
casa a partir daqu dia não consegui mais respirar com Liberdade cada batida na porta me fazia tremer cada sombra que passava na janela me fazia pensar que ele estava ali esperando era uma sensação estranha como se estivesse sendo observada o tempo todo como se minha vida tivesse perdido a autonomia que eu tinha antes dele ter aparecido Eu sabia que ele voltaria e com ele a promessa de algo que eu nunca poderia aceitar mas que parecia estar ao meu redor como um espectro eu estava presa Na Teia dele e sabia que a cada visita a cada
Promessa de pagamento ele avançaria mais um passo ele não me daria descanso até que eu cedesse mas eu não ia ceder não iria o olhar do padre me dava calafrios sempre me medindo dos pés até a cabeça ele certo dia enviou uma mensagem dizendo que a minha foto do estatos estava muito bonita e acabou me pedindo para enviar outras para ele eu estava devendo a não podia ser Rude ou denunciar ele ficou em silêncio esperando que eu mandasse uma foto eu não mandei alguns minutos depois ele disse que estava brincando mas já era tarde eu
senti a intenção dele aquela noite quando me deitei na cama o medo me consumia o rosto do padre sua expressão fria e calculista não saía da minha mente As palavras dele ainda ecoavam nos meus ouvidos como se tivesse feito uma marca impossível de apagar eu voltarei Helena pode contar com isso o que ele queria de mim como ele sabia que havia algo em mim que poderia ser manipulado eu não queria admitir mas algo dentro de mim Se contorcia toda vez que pensava nas propostas dele naquela ideia de poder que ele carregava o poder de me
ver me controlar me moldar e no fundo sabia que ele não estava apenas falando sobre o aluguel ele queria algo mais algo que me fazia tremer e ao mesmo tempo me inquietava com uma curiosidade obscura e ele voltou era uma sexta-feira já passava das 5 da tarde quando a batida na porta soou novamente Não havia mais o receio incerto como da primeira vez não era uma sensação diferente uma que me fazia hesitar por um segundo Antes de abrir mas com algo dentro de mim que me forçava a não recuar o que seria dessa vez como
ele iria me testar eu sabia de alguma forma que ele tinha me estudado me analisado como um Predador observa sua presa quando abri a porta ele estava ali mais uma vez Agora não havia um sorriso não havia palavras doces apenas o olhar penetrante carregado com a mesma promessa sombria de Anes Boa tarde Helena ele disse Sem Rodeios venho para resolver nossa situação eu já percebi que as coisas não vão melhorar de forma simples O que você acha podemos encontrar uma forma de resolver isso meu estômago se revirou eu sabia o que ele queria o que
ele esperava que eu dissesse mas ao mesmo tempo algo em mim não conseguia mais fugir eu já senti a teia que ele tinha lançado sobre mim apertando me restringindo me deixando sem opções eu não sei Padre eu eu realmente não tenho o dinheiro eu tentei mais uma vez dar uma desculpa como fazia antes como se isso fosse o suficiente para afastá-lo mas não era ele se aproximou mais tão perto que podia sentir sua respiração quente e implacável Helena você sabe que isso não é mais sobre o aluguel não é eu vejo algo em você algo
que você está tentando esconder mas que está aí Óbvio para mim você sente não sente a pressão a atenção está tudo tão claro entre nós ele me olhou com uma intensidade tão avassaladora que minha mente pareceu ficar turva As palavras dele se enredar em meus pensamentos e eu quase não sabia o que estava dizendo quando respondi eu não sei o que o senhor está falando padre não sei o que o senhor quer de mim minha voz era quase um sussurro mas havia algo nele que me fazia ceder a cada palavra a cada gesto ele sorriu
um sorriso frio distante como quem sabia o que estava acontecendo sem precisar mais de explicações Elena eu sei que você sabe o que está acontecendo aqui não é algo que você possa negar e eu não vou deixar você escapar dessa vez eu me ofereço para ajudá-la para ser a solução basta você confar emim o suor frio comea a escorrer pela minha testa mas eu não conseguia me moverem que eu e eu não sab mais como sax mais eim impulso que eu não conseguia controlar algo estava sendo tirado de mim e eu não conseguia mais resistir
eu posso resolver tudo Helena ele murmurou tudo o que você precisa fazer é deixar ir simplesmente deixar ir eu não queria não queria ser reduzida aquilo não queria me perder de tal maneira mas o medo e a insegurança começaram a preencher Cada centímetro do meu corpo eu sentia a pressão sentia aos olhos dele fixos em mim e algo dentro de mim estava começando a ceder como se fosse impossível lutar contra a força de sua presença as palavras estavam saindo da minha boca antes mesmo de eu pensar nelas eu eu não posso mais esperar padre não
sei o que fazer Estou perdida minha voz estava trêmula e as lágrimas começaram a escorrer sem que eu pudesse impedi-las eu aceito o silêncio se fez entre nós pesado e denso Ele não disse uma palavra mas seu olhar era tudo ele me observou com algo entre o triunfo e a satisfação como se soubesse que naquele momento ele havia vencido e que eu havia finalmente caído na armadilha que ele criará ele tocou meu rosto de maneira Gentil como se tentasse garantir que esse momento seria gravado em minha mente uma marca que jamais poderia pagar eu sabia
que você entenderia Helena agora você vai ver o que posso fazer por você eu vou ser sua solução ele Me guiou lentamente até a sala naquele momento o mundo fora de casa desapareceu tudo o que existia era ele e eu a tenção pulsante entre nós enquanto ele se preparava para cumprir o que parecia ser a promessa que H tanto ele fazia em suas palavras silenciosas eu não sabia onde estava indo mas sabia que naquele momento não havia mais volta o que restava agora era o preço de Minha rendição o Padre Marcos estava insaciável e eu
naqu aquele momento era só um objeto que ele queria usar não houve carinho não houve olhar apenas uma máquina entrando e saindo sem parar com força com suor ninguém chegaria em casa naquele momento então ele tinha todo o tempo do mundo para se lambuzar de todas as formas minhas lágrimas caíam e isso parecia dar mais combustível para ele Meus cotovelos e joelhos começaram a ficar machucados coloquei as duas mãos na parede para aliviar a dor sem cerimônia o padre saiu da porta da frente e entrou na porta de trás tamanha foi o meu susto e
a minha dor que quase acabei desmaiando o aluguel estava pago eu fiquei sentada no sofá abraçando uma almofada enquanto as lágrimas escorriam