A pergunta do nosso tema é se tem dia marcado para ir embora daqui. Na sua opinião, o que é que você reflexionou nesses últimos dias depois de ter passado por tudo isso? >> Dessa vez não houve nada excepcional em termos de desdobramento espiritual.
A primeira vez em 2011, quando o corpo literalmente apagou, teve que ser ressuscitado. Aí não. Ali realmente houve um desdobramento natural à situação.
É sempre interessante dizer isso paraas pessoas. Ninguém tem que acreditar em nada do que eu vou dizer, mas a morte do corpo é engraçada. Na verdade foi um grande momento, foi um dos melhores momentos que eu coleciono na vida.
Foi a hora em que esse corpo morreu. Eu nunca, enquanto Rogério, eu nunca senti nada nem parecido com aquilo. É maravilhoso.
De fato, o eu da gente, ele continua a funcionar indefinidamente, né? O fato do corpo morrer não quer dizer que o seu eu vá junto, o seu eu continua a funcionar. Aí esse eu percebe em algum momento que o corpo tá ali morto.
Aí é quando esse eu por ele mesmo percebe que está eh ancorado agora, hospedado agora, não mais naquele cérebro e sim outra coisa que você ainda não tem noção exata do que é, mas é o seu espírito. E então esse processo, essa transição, né, que os tibetanos no bar do Tod explicam os diversos estágios do psiquismo, então isso aqui acontece naturalmente e é muito bom. Eh, é uma sensação indescritível, mas penso que para isso, para você sentir essa sensação, o coração tem que estar pacificado, tem que ter um desapego natural.
Por quê? Porque nessa hora, igual a um computador sendo desligado, o espírito da gente quando o cérebro corporal morre, nem que seja durante alguns segundos, minutos, o que seja, esse cérebro, pelo fato dele estar sendo desativado, ele reorganiza uma espécie de uma última vez os seus arquivos e isso pro psiquismo da gente parece o filme da vida passando. E o meu passou.
Esse filme da vida, ele traz tudo. É tudo muito rápido. É uma coisa quântica, né?
E qual é o detalhe? o seu eu que está acabando de perceber que o corpo morreu e vendo o filme da existência, se ele olhar com carinho para esse filme, se ele não se fixar em nada do filme, ele poderá ver o filme e de pronto já, entre aspas, se vincular lá a nova situação do seu eu, já que pro seu espírito não tem nova situação nenhuma, porque seu espírito sempre esteve no mundo espiritual. o seu corpo físico é que tá dentro dessa matrix, o espírito tá fora.
Nesse sentido aqui, é bom, a gente no meu caso, eu enquanto Rogério treinei bastante, eu já falei isso em outras palestras, né? A arte do morrer bem dos tibetanos, que é o a arte do pa e morri muito bem. Pena que voltei.
Nunca agradecia a ninguém o fato de ter voltado, porque de fato você se sente enfeitiçado por estar naquele ambiente e quer ficar ali. A sensação de que ali é, entre aspas, o seu lugar é muito maior do que a tentativa de sobreviver a todo custo que o nosso genoma biológico produz o nosso psiquismo. Mas se no seu filmezinho você tiver ódio de alguém, raiva de alguém, assunto mal resolvido, detesta alguém, apego excessivo a alguma pessoa, apego excessivo a dinheiro, a segredos, a mistério, se você vê o filme e olhar, entrar de novo no filme humano, seu corpo tá morto, mas seu eu ficar nesse lindo, tendo um pesadelo constante.
e não vai, entre aspas, nem perceber o mundo espiritual. Então, assim, no primeiro infarto, com parada cardíaca e tudo, houve tudo isso aqui. Nesse agora não, nesse não, não teve nada disso porque não houve, o corpo não chegou no ponto de de enfrentar nada nem parecido com o do primeiro, ainda que 98% de doprimento artéria fatal.
Mas qual é o detalhe? Essa hora tá marcada? É essa pergunta que o Flávio nos concitou no sentido de responder.
Se você for em qualquer reunião espírita e conversar com os espíritos, eles vão dizer que sim, de fato. E eu mesma em outras outros momentos em que essa pergunta me é dirigido, né, para deixar a coisa mais fácil de ser entendida, normalmente a gente repete o que os espíritos dizem. né, que sim, há um há um planejamento cármico, há um programa encarnatório que cada espírito que vai se vincular a um espermatozoide fecundado por um óvulo, a partir dali ação, ou seja, a encarnação do espírito a um corpo de carne, a ligação é procedida.
Normalmente esse programa encarnatório que em sânscrito se chama Prarabe da Karma é o que é uma reunião que a gente já falou aqui outras vezes que na espiritualidade o espírito quando vai nascer, quando vai encarnar ele reúne junto com seus guias espirituais vários espíritos que estejam disponíveis e já foram seu pai e mãe em vidas passadas. Filho, filha, irmão, irmã, cônjuge. É uma turma que gosta de você minimamente, porque a turma que não gosta de você, obviamente não vai querer se encontrar com você na espiritualidade e nem vai se oferecer para ser pai e mãe seu, nem com a vaca tuça, vamos assim dizer, brincando.
Nessa reunião, então se escolhe pai e mãe, cria-se um programa cármico, de acordo com as os arquivos guardados no sanchita carna, que é o conjunto do karma, dos arquivos de todas as vidas que uma consciência espiritual tem. E o prarab seria uma parte desse sanchito, ou seja, desse total de arquivos, uma parte que vai ser vivida naquela existência. Então sim, nesse programa, em tese, há uma noção de até quando aquela vida corporal vai.
Há uma noção de até quando aquele genoma que está sendo providenciado através de pai e mãe que vão transar e produzir o novo corpo pro espírito encarnar. Tem-se sim uma noção. Não se à exatidão do dia e hora.
Isso é raro. Tem-se uma noção muito precisa, né, de quando, se não ocorrer acidentes, porque acidentes ocorrem, né, de quando isso poderá se dar. Os amigos espirituais no período previsto para que aconteça a morte física, acompanham mais de perto.
E nesse período pode até se ter noção de mais ou menos o dia, hora e segundo em que a morte do corpo se dará. Isso é um fato. Mas aqui tem um detalhe complicado.
Essa resposta que eu dei serve como linha geral pro entendimento. Ainda que nós tenhamos que acrescentar o fato de que existem acidentes. Você pode morrer, ou seja, o seu corpo pode morrer bem antes do que se previa no seu praráb da carma, no seu programa encarnatório.
Isso acontece. Mas qual é o drama aqui? Os espíritos não gostam de falar disso, mas é conveniente que eu fale ou pelo menos deixar isso registrado.
Qual é a característica do da faixa dimensional que nós vivemos e do tipo de vida que levamos, né? As próprias mitologias lá atrás disseram: "O criador disso aqui que hoje nós estamos metitidos, ele até que planejou a criação, executou, mas como ele caiu, ele não teve tempo de finalizar os códigos de coisa alguma no âmbito da criação que ele gerou". Então, é uma criação que tipicamente tem regras que foram pensadas no início, mas que quando surge o fenômeno da vida, esta surge a partir de princípios compreensíveis, mas ela vai já sendo obrigada a se preparar para morrer, porque tudo que nasce nessa criação, como o criador falhou e não finalizou as coisas, os processos, esses algoritmos que transformam seres vivos em agentes da existência, já fazem de tal modo que alguém que nasce já nasce com o germe da sua própria morte e já se pode ter noção de quando a morte daquele corpo irá acontecer.
Mas qual é o problema? O criador, ele não finalizou nenhum dos processos. Então, o Criador também não finalizou o processo de nenhuma vida biológica que passou a surgir no nosso universo.
Tudo é meio loteria, tudo é meio aleatório e, claro, tudo responde a um jogo de causa e efeito. que você na gestão do seu corpo produz certas causas, os efeitos, as consequências virão so forma de doença, encurtamento da vida ou se for coisas boas, prolongamento da vida, se assim alguém achar. Então tem esse detalhe, que detalhe?
Por que é que não se sabe exatamente dia e hora? Porque eu tenho um defeito na criação. Essa criação ela é um vexame, faz com que pessoas maravilhosas, por problemas outros tenham doenças como Alzheimer, percam a noção de quem são.
Ah, é karma, dirão alguns espíritas apressados. Não, não é karma, é falha do criador. Aí aquela pessoa que já não tem função, ela não sabe mais nem quem ela é.
Ela não sabe nem mais quem são as pessoas que ela amava e que a amam. Ela passa 10 anos, 15 anos em cima de uma cama. Muita gente que ama cuidando dela, mas isso estraga a vida do família.
Isso não tem mais sentido espiritual. Não é karma, não é isso é um problema de defeito do criador. E esse criador um dia vai ter que se responsabilizar frente à sua própria consciência por esse tipo de vechame que, infelizmente atrapalha até o programa encarnatório das figuras que estão aqui fazendo favor divino para ele de existir a partir de um código podre.
doente que nós somos obrigados a administrar nesse corpo. E como Wagner Borges diz muito bem nas palestras que ele faz, somos todos doentes terminais. A gente só não sabe a hora, mas somos todos doentes terminais, ou seja, todos nós nascemos já para morrer.
E isso não é obra de um Deus decente, isso é obra de um ser que pretendi uma coisa, se deu mal, ferrou-se e ferrou com todo mundo que surge a partir do seu código. Então tem esse detalhe que é bom a gente saber. Infelizmente no âmbito do que nós vivemos ou felizmente nós nunca sabemos direito o dia, a hora, o segundo exato.
Também devido a essa absoluta ausência de previsibilidade no sentido espiritual profundo, porque não tem. As coisas são feitas de acordo com as possibilidades do genoma biológico que alguém assume ao nascer e cuida do jogo físico bioquímico desse genoma, através de um corpo, através de uma personalidade. E além de nós estarmos fazendo esse favor, ainda somos levados a nos sentirmos culpados porque fumamos, porque bebemos, porque comemos muito, porque não sei o quê, porque pá, isso aqui é terrivelmente trágico, não é decente, não é digno.
falta a própria espiritualidade, quando os nossos espíritos amadurecerem mais em estando desencarnados e em deixando de ser meio palermas, porque quando a gente tá desencarnado, a gente fica meio bab aí só fala as coisas maravilhosas já para ajudar os seres humanos, né? Em resumo, nós precisamos evoluir bastante os encarnados e os desencarnados para melhor lidar com essa coisa chamada hora da morte. Nós precisamos eh aprender a respeitar a dignidade de limites que não foram impostos por culpa do ser humano, mas por responsabilidade de quem criou a coisa desse jeito.
essa coisa de que não, ninguém pode, tem que sofrer até o fim, tem que tentar a medicina até o extremo, gasta um porrilhão de grana, ferra com a família, sofrimento muito tempo e a função disso, não, porque a gente acredita que é assim, é nesse ponto que a gente tem que superar essas crenças infantilizadas da gente e ter a ousadia de refletir de forma mais adulta e cada ser humano tem a sua própria definição do que é importante para ele, do que não é. A imposição que até hoje nos condicionou a pensarmos, a sentirmos as coisas da morte com um medo, com um terror, com um temor do jeito que nós somos levados a pensar, é trágico ou cômico. A morte é uma das páginas mais belas da vida.
para aquele que fez da sua vida algo minimamente belo frente à sua própria consciência. Ninguém mais precisa achar isso, mas basta que você tenha um mínimo de noção que você está construindo a sua vida com erros, acertos, agradando ou desagradando a muita gente, pouco importa, mas você tá sendo íntegro com você mesmo. Na hora em que o corpo pifar e o filmezinho passar e a sua sensação de dignidade estiver ativa, problemas é.
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