Introdução à escrita acadêmica (Aula 10, parte 2)

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Canal USP
Nesta aula, o Prof. Marcus Sacrini Ferraz faz uma introdução à escrita acadêmica, na Faculdade de Fi...
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[Música] [Música] bom tudo bem certo modo isso é só uma generalização do que já vimos no curso ocorre que a formação acadêmica em particular no que tange a expressão escrita não se encerra aí né sem serra fazendo motos são é essenciais eu acho não são o ponto final da formação muitas vezes mesmo esses textos de registro não são um fim em si mesmo nós fazemos as notas tendo em vista a preparar outro tipo de texto não é outro tipo de texto outro tipo de texto que marca justamente a maturidade acadêmica do estudante e do pesquisador
que outro tipo de vamos generalizar também e chamar os textos para circulação pública textos para circulação pública são os textos normalmente almejados pelos estudantes quando estão se formando pelos pesquisadores quando estão avançando nas suas carreiras são os livros os capítulos artigos e de modo mais moderno as dissertações de fim de curso claro é um terço da população tem público o professor é o público ao público de um só mas é um pouco é um texto para a circulação é um outro registro não é mesmo essa diferença é central é óbvio mas organizando em termos conceituais
ajuda a entender algumas coisas têm nada de novo ou no melhor dos casos às vezes estudamos todos damos vemos lemos mais puxa como não consigo escrever bem claro é uma história muito comum têm monitores a questão da posse podem falar isso que podem testemunhar lê mas a escrever porque é outro registro é outro tipo de texto é um texto que vai ser lido por alguém e isso faz toda diferença ou deveria fazer os textos de registro não circulam normalmente não serão lidos por ninguém mais que o seu autor esse curso é um pouco diferente nós
ensinamos a fazer os textos de registro então nesse curso nós lemos os textos pessoais e vocês mas é uma exceção mas vai chegar a professor professor fiz um fechamento aqui normalmente não vai ler é dificilmente é vai ter tempo a ler aqui a ideia a ideia inicial desse curso foi tornar os textos de registro de estudo textos de circulação os monitores lêem os professores dá uma olhada para tentar ajustar mas no geral no correr da vida de vocês ninguém vai ler as suas mãos são textos pessoais mas os textos para a circulação já está no
título né eles vão circular eles supõem um público eles põe alguém e não é fácil nem sempre é fácil passar das suas notas dos seus esquemas para um texto que circula por quê claro que tem que se fazer entender muito difícil você sozinho com as suas notas faço aqui a eu pensei isso claro você passa cá alguém o cara não vai acessar sua mente não vai lembrar ou saber o que passou por você quando você teve aquela ideia brilhante não você tem que comunicar a comunicação a comunicabilidade deveria ser uma preocupação primeira para escrever os
textos de circulação por vários vocês devem ter a experiência por já tentei escrever dissertação mas não foi bem várias vezes o professor escreveu não está claro não está claro que está a desenvolver desenvolvido o lógico não está conseguindo não está cá cheguei me comunica pra você está claro olha acho que tá claro pra você que você teve aquelas idéias você teve uma vivência diferente um leitor só vai ter o texto tem que se fazer claro pelo texto não é uma coisa óbvia mas nem sempre realizava nem sempre é tão fácil de fazer bem a esse
ponto a diferença é o público claro a diferença ao público os textos para circulação supõe público leitor mesmo que seja um só uma pessoa só mas supõe devem se fazer entender para essa pessoa para o professor e quem já está mais e mais além na na carreira acadêmica e tem público mesmo vai escrever um artigo vai ser lindo você vai fazer uma tese supostamente pelo menos a banca vai ler a proposta não vai faltar é claro que ele tem que fazer entender muito complicado se fazer entender porque por vezes a pessoa não não tem essa
essa clareza inicial eu estou escrevendo um texto para alguém não é pra mim também parece óbvio mas não é muito ao escrever uma dissertação ou quem está um pouco mais avançado num mini artigo alguma coisa assim já na produção você tem que levar em conta o problema da comunicação como vamos fazer entender já na produção não é assim primeiro tem aquelas idéias malucas todas e depois a um leitor que se viu eu sou um gênio mesmo não vai dar certo não vai não já na confecção o público deve ser levado em conta vamos por isso
como uma espécie de princípio então da escrita chamei aqui então de imperativo da comunicabilidade os textos para circulação devem ser compreensíveis para o público em vista não basta só o autor entender está claro para quem vai ler quem vai ler o professor ou já é um público um pouco mais ampla ou disponibilizar isso num fórum de discussão é um jornal é um periódico o público faz toda a diferença deveria ser levado em conta na escrita deveria nem sempre é tem muitas oscilações muitas situações da parte do alunado então uma idéia central que eu gostaria de
deixar aqui nessa aula é a idéia de que a comunicabilidade deve ser uma marca já na produção pessoa não algo exterior que depois se vai se preocupar nem se preocupe não é não não se preocupe já no modo como apresentar o tema como formular os problemas na coxa se preocupe com a comunicabilidade quem vai ler estamos fazendo claro acredite ou não simplesmente essa perspectiva e pensar assim já mudou o modo de pensar já não vai ser tão condescendente com algumas coisas totalmente confusos mas falar mas é claro que isso aqui tá bom né fui eu
que pensei não esse tipo de coisa você já não vai deixar passar o tempo todo perguntando aos sex a qui tá realmente pra não takla um pacote vai ter que trabalhar é isso aí conheci o baixo começar a escrever a partir disso alguém vai ler esse texto o texto tem que ser compreensível só pelo texto a pessoa não vai acessar a minha mente bem isso é a base para escrever bem em termos argumentativos é a base depois tem muitas complicações eu sei muitas pessoas falam puxa mas temos autores que escrevem tão difícil né isso é
problema dele isso é opção outras questões talvez certos temas exigem uma certa complexidade isso é outra coisa mas temos que partir do básico às vezes as pessoas ficam fascinados com aqueles autores que escrevem difícil que querem escrever difícil com br mas não somente os autores que escrevem difícil tem algo a dizer apesar da dificuldade e se nós simplesmente estamos nós não temos nada só fica um um pastiche então não se deixem fascinar pela dificuldade simplesmente como uma característica é maravilhosa que acentuaria uma genialidade não é por aí vamos aprender o básico e depois com o
tempo o interesse com possibilidade podemos nos arriscar em formas expositivas mais complexas claro também o problema é misturar é não saber fazer o básico e já querer escrever como kant como reggio não é fácil isso é uma coisa muito difícil esses grandes autores sabiam fazer o básico treinaram muito bem é uma formação gente nem imagina isso isso às vezes é um problema em uma unidade nos fascinam anos pelo estilo difícil apenas por ser difícil tudo bem sugiro romper com esse mito pelo menos de início bom é preciso saber fazer bem básico que é o básico
básico é comunicar básico é o meu leitor entende o que eu falo isso é o básico depois pode colocar certos jogos jogos lingüísticos tem muita coisa que realmente dá pra fazer isso fica muito complicado mas o básico é eu sei comunicar uma idéia meu texto fala por si o leitor lê quem é essa é a meta básica para uma formação em escrita é na graduação sair escrevendo assim na gravação tá bom eu sei escrever textos claros que comunicam para o meu público alvo é isso é bom mas como cumprir essa meta mais básicas como construir
textos compreensíveis aos leitores bom muitas maneiras de fazer isso nós vamos sugerir um caminho muitas outras coisas poderiam ser feitas tudo bem tem aqui nada escutada exclusivo em um caminho de outro possível nós vamos nos concentrar em um modelo um modelo de texto dissertativo em que esse imperativo da comunicabilidade se desdobra em algumas tarefas fixa tudo bem então se você cumprir certas tarefas e já está sendo forçado por assim dizer a ser claro pouco essa idéia do modelo modelo apresenta um esquema se você segue o esquema supostamente já está cumprindo certas metas essa idéia é
assim que a gente vai fazer bem para apresentar o modelo também assim como para a leitura apresentamos modelos veja os modelos são pontos de partida à medida que você se interessar se vai desenvolvendo mais você crie o seu próprio estilo mas é importante que tem um ponto de partida que não seja algo selvagem não é nós vamos então oferecer um modelo diz que vamos apresentar um modelo de dissertação que busca exercer a comunicabilidade por meio de tarefas fique tudo bem em relação a esse modelo que se aplique então a escrita argumentativa e não é qualquer
tipo de escrita em relação a esse modelo ele serve ele se aplica por assim dizer somente a um nível mais básico da escrita argumentativa é realmente algo é importante notar que a escrita é negativa pode ir muito longe estamos aqui nem no correr deste concurso lendo é argumentativos que inclui teoria propõe teses propõe a análise esse é um nível superior onde há sim um nível mais maduro nível de proposta o autor ou autora propõe algo pensou em algo eu vou lançar seu nível mais elevado esse juro mais elevado eu penso põe pelo menos mais 21
propor algo supõe avaliar as posições disponíveis acerca do problema então alguém propõe um certo argumento propõe uma tese à luz das outras dez já existem porque os temas argumentativos como falei no começo da aula não estão soltos por aí estão inseridos em tradições normalmente alguém já falou sobre aquele assunto alguém vai propor porque julga que o autor anterior não deu oculta então o que é esse não dá conta suponha uma avaliação quem propõe avalia uma avaliação do estado de coisas o propor um nível intermediário avaliá preciso supostamente avaliar os outros autores sobre o tema em
questão e para avaliar bem um autor que é preciso é bem interpretar bem e se eu tô é o nível mais básico interpretar ler um texto e não torturar o texto não distorcer colocar qualquer coisa lá lógica que está errado mas ele é tão mau que é fácil derrubar não você tem que ler bem ler bem o autor e mostrar olha mesmo nessa versão mais forte aqui do argumento argumento não funciona isso é uma avaliação justa então para propor algum nível elevado supõe avaliar e avaliar suco em interpretar interpretar a comentar leben clarificar o texto
lido é só esse nível básico a gente vai treinar tudo bem não vão propor nada nem precisa ser um novo de kart também não não vamos treinar avaliação vamos fazer uma coisa mais básica que está preso posta nessas atividades vamos treinar a interpretação um comentário de texto uma dissertação clarificador por a simples na nossa dissertação nós não almejamos avaliar e criticar nós antes disso avaliamos nós almejamos clarificar o texto certo vamos marcar suas 10 aquino esquina níveis da exposição argumentar interpretar ou clarificar avaliar propor que os grandes filósofos grandes autores fazem se propõe mas antes
dificilmente é do nada dificilmente o cara acorda puxa acabou a força na cara aí vou propor um argumento não é assim de propósito ele avaliou o autor estudou avaliou que os autores não dão conta das questões e para avaliar bem tem que clarificar tem que interpretar o que lê lê no sentido de tornar o texto nos outros autores é tornar os textos inteligível nós vamos nos limitar a isso a fazer uma dissertação de clarificação essa é a idéia de interpretar porque eu preciso interpretar porque os textos acadêmicos são complexos não são tão óbvios você leu
um texto de 25 páginas como ler uma notícia de jornal no blog um texto é benso complexo nem tudo é claro imediatamente daí a idéia de clarificar interpretar tudo bem no primeiro nível que a gente vai fazer é uma dissertação interpretativa clarificador mas a partir do que dos textos do curso dos textos que você já leu bem [Aplausos]
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