Olá, pessoal! Estamos ao vivo e nós vamos continuar a nossa série de Lives sobre filosofia. Vamos falar sobre Sócrates, sobre a condenação de Sócrates, sobre como a própria origem da filosofia foi marcada pela execução, pela perseguição do seu fundador, que é um dos temas mais impactantes e poderosos. Não poderia ser de outro modo, eu acho que não teria outro modo, pelo menos existencialmente tão profundo quanto esse: aquele que inaugura a tradição seja realmente vítima das piores coisas, né? Seja vítima dos maiores ataques contra a filosofia. Então, as nossas avisos para começar, como sempre, estão
abertas as inscrições para a masterclass "Filosofia do Zero", em que nós vamos falar de Sócrates, dos grandes filósofos, da origem da filosofia e, finalmente, dar um caminho para quem está começando, para quem quer estudar filosofia, para saber por onde começar. A filosofia serve para todas as áreas; você, seja médico, engenheiro ou o que quer que seja, sem dúvida vai se beneficiar, professor, estudando na filosofia, porque, sei lá, da lógica à ética, à poética, tudo passa pela filosofia. Então, eu encaro com muita empolgação esta "Filosofia do Zero", porque eu sou professor de filosofia e, finalmente, eu
vou ter a chance de dar uma aula especial, de ministrar um conteúdo especial sobre o tema da filosofia. Para mim, é uma alegria imensa. Vai ser no dia 19/07, então vocês podem se inscrever clicando na bio do Instagram, clicando no link que está fixado agora nos comentários do YouTube, na descrição do vídeo do YouTube. Está lá também o link; vocês podem também entrar no guilhermefreire.net e se inscrever no "Filosofia do Zero". E, como aviso, entrem lá no Guilherme e não deixem de participar dos grupos do Telegram e dos grupos do WhatsApp. É importante, nessa era
de cancelamento, que vocês estejam presentes nos grupos do WhatsApp e nos grupos do Telegram. Aliás, falando sobre cancelamento, para quem acha que o cancelamento começou hoje, mais de dois mil anos antes de Cristo, ali nós tínhamos a tirania da vida do fundador da filosofia. Então, a gente vai falar um pouco sobre isso também hoje. E se inscrevam no canal, ativem o sino das notificações, coloquem todas as notificações. É muito importante! Beleza? Então, teve gente que pediu para falar do... Tem gente que falou: "Ah, você deveria falar do 4 de julho, deveria falar da Independência Americana."
Eu acho que fugiria muito do tópico que a gente está fazendo uma série de Lives sobre, basicamente, sobre filosofia. A gente está mantendo essa temática, tendo em vista a "Filosofia do Zero", né, que vai ser dia 19/07. Então, nós temos duas semanas aí, mais focadas no tema. Mas, alguma coisa posso comentar mais para o final da Live, sem dúvida, sobre o 4 de julho, sobre o Dia da Independência Americana. De qualquer modo, não é totalmente indissociado do tema de hoje também, mas aí a gente vai deixar mais para o final essa discussão. Para começar a
nossa Live, como sempre, com uma pergunta, né? Claro! Quem leu "Apologia de Sócrates", que é o livro que conta essa história, vai saber melhor por qual motivo condenaram Sócrates. Você não pode, você não precisa ter… Solta o tema! Que foi para quem leu "Apologia de Sócrates", que é o livro que conta a condenação de Sócrates. Você precisa ter só as acusações formais contra ele, né? Ao que disseram que condenaram ou os motivos pelos quais falaram que o condenaram. Mas por que vocês acham que Sócrates foi condenado? Por que o pai da filosofia foi condenado? Essa
é a pergunta. Disparem mandando chats nos comentários. O que foi que defendia o pai da filosofia, que o levou a ser condenado? Inveja e discordância com a juventude, claro! É uma das acusações formais contra Sócrates. Incomodou a galera dominante, foi contra a ordem vigente, foi condenado por expor a verdade. Pessoas orgulhosas precisam se livrar de quem é notoriamente melhor do que elas. Caramba, o pessoal aqui afiado na sociologia, cultura, ecossistema! Ele queria a verdade porque defendia o Deus único. Ele faz o que, senhor? Faz perigoso, para mim, pelo visto, né? Perigoso para mim. Ele ensinava
os jovens a ser virtuosos. O Surfista odiava isso, no fundo, por ensinar a pensar. Ele foi o bode expiatório para quem não sabe o que é isso. Vejam a nossa Live, porque a sociedade cria bodes expiatórios, que, sem dúvida, vai explicar essa questão que ele colocava. Você também queria derrubar a democracia como viver uma vida? Sócrates, sem dúvida, não era o fundo da democracia ateniense. Como viver uma vida com excelência semelhante aos filósofos fundantes também? Tentei ler "Apologia de Sócrates" e mandar aqui, e eu vou responder a verdade: ele era superior, causou inveja. Então, para
contar um pouco da história do Sócrates, nós vamos, sem dúvida, aprofundar mais isso no dia da "Filosofia do Zero", então não percam a aula. Mas Sócrates foi herói de guerra, ele lutou nas guerras do Peloponeso e ele tem uma crise vocacional em certo momento, e ele vai visitar o templo de Apolo, que tem essa sacerdotisa, essas mulheres que vivem contemplando a figura de Apolo. E o templo de Apolo é um lugar misterioso. Ele tem uma regra na entrada que fala: "conhece-te a ti mesmo". Então, porque é o autoconhecimento, é a base, é a porta de
entrada para você começar uma contemplação da verdade, para você descobrir a verdade. Se você não conhece a si mesmo, é muito difícil você aprender as coisas. E os sábios fazem meio que um acesso, mas, né, eles conversam com a pessoa e essa sacerdotisa principal profere alguma frase, alguma palavra de sabedoria. E a frase que ela profere é para Sócrates: "Você é o homem mais sábio da Grécia." Sócrates entra numa crise a partir disso e ele... Fala, bom, mas eu não sei o que eu sei. Não sei qual é a minha sabedoria. E aí ele começa
a contrapor as ideias dele, as ideias dos generais, dos milionários, dos sábios da época. E aí ele vai percebendo que ninguém sabe do que está falando, que as pessoas estão perdidas em relação à verdade. Então, o Sócrates, quando ele percebe que ninguém sabe, ele vai entendendo e fala: "Olha, eu não fui chamado de homem mais sábio da Grécia não porque eu sei todas as coisas, mas porque eu tenho noção da minha própria ignorância. Eu sei o que eu sei, eu sei o que eu não sei. Eu não estou enchendo o meu raciocínio de premissas falsas.
Eu estou procurando sinceramente a verdade." E vem até o termo que contrasta com os intelectuais da época. Maiores intelectuais da época eram sofistas; "sofista" quer dizer "aquele que sabe". Eram pessoas que achavam que a verdade muda de acordo com o tempo, e eles eram pagos para ensinar as pessoas a frases que, por vezes, eram contraditórias, te ensinam a convencer de "X" ou de "Y", não importa se "X" e "Y" sejam contraditórios. Numa democracia como era Atenas na época, a demagogia é muito lucrativa, é muito proveitosa. Então, as pessoas pagavam outras para ensinar a elas a
argumentarem, independente do conteúdo dessa argumentação. E os sofistas, de fato, eram muito influentes na época. O Górgias, por exemplo, fazia um show com gelo seco, com uma capa de leão, alguma coisa, e as pessoas pagavam isso. E Sócrates não vai para essa linha. Aliás, ele fala, diferente daqueles que se dizem os sábios: "Nós somos os sábios." Ele fala, na verdade, que ele ama a sabedoria. Daí o termo "filosofia": filosofia é amar a sabedoria, o amor à sabedoria, a amizade pela sabedoria. E nesse confronto, Sócrates chega em algumas conclusões muito interessantes. Uma delas, que está muito
bem representada no diálogo chamado "Teeteto", é que só existe um Deus. Ele não acredita nos deuses da cidade, ele não acredita nos deuses da mitologia grega, enquanto, de maneira explícita, ele acredita e, quanto, em uma metáfora, uma simbologia, ele tem um respeito por essas coisas, mas ele, de fato, acredita em um Deus único. E ele conclui que a busca da vida, que a luta é, como fala Agostinho, ele é o filósofo que vira o todo da busca da verdade, por toda a melhora da alma. Ou seja, a melhora dos hábitos, a melhora da pessoa integralmente,
na medida em que ele procura uma verdade completa. Então, essa transição de uma vida equilibrada. E Sócrates, portanto, choca-se com os valores da época, mas de uma maneira muito curiosa, por estar em defesa de uma verdade, em defesa de uma vida moral, em defesa de algo que ele nos explica tão bem. É ainda curioso porque Sócrates fala que ele defende um Deus desconhecido. E esse Deus desconhecido é mencionado por São Paulo, que visita Atenas, nas cartas de São Paulo. E ele fala: "Bom, venho aqui trazer para vocês o Deus desconhecido." Ele vê um monumento ao
Deus desconhecido, considerando que Sócrates é escultor. Esse Deus desconhecido é um termo de Sócrates. Nós sabemos que esse monumento foi feito ou pelo Sócrates ou por um aluno do Sócrates, o que é incrível. Porque vocês imaginam que a carta de São Paulo faz referência ao Sócrates, sendo assim. E aí, esse... E aí, eu só acredito, algumas pessoas que são poderosas da época, ele expõe ao ridículo vários dos intelectuais do período e eles resolvem armar a condenação dele. O que é muito interessante, porque eles o acusam de duas coisas, como muita gente já ressaltou: ele é
acusado de ateísmo e ele é acusado de corromper a juventude. Por ateísmo, querem dizer que ele está revoltado contra os deuses da cidade, não que ele não acredita em Deus. E por sua reserva católica, definitivamente não! Até porque ele não tinha, até porque ele não tinha Sócrates, que é anterior à vida do Cristo. E Sócrates, o que tudo indica, não teve contato direto com a revelação de Israel. Então, não, Sócrates não era católico; ele era anterior, é impossível isso. Mas ele chega mais posteriormente. São Paulo faz referência ao monumento de Sócrates, ao Deus desconhecido. Então,
isso de fato tem alguma coisa, é uma coisa muito interessante, mas vejam: Sócrates foi acusado. E aí, quando ele se defende, que é bem interessante, né? Desde quando Sócrates é o fundador da filosofia? Olha, há mais de dois mil anos, viu? Desde quando? É mais de dois mil anos. Só que, se for o primeiro grande, a primeira grande pessoa a dar um grande salto na filosofia, os pré-socráticos não estão no mesmo nível de Sócrates, nem se compara. Porque o que os pré-socráticos fizeram foi buscar o Arkhê, o princípio das coisas. Mas isso não é a
mesma coisa que vir à totalidade da busca da verdade, por toda a melhora da alma. Sócrates está em outro nível de discussão metafísica, muito acima do que Tales de Mileto ou mesmo os maiores filósofos pré-socráticos. Provavelmente, foram Pitágoras, Parmênides, Anaxágoras, e Sócrates está alguns degraus acima deles no nível da discussão. Então sim, nesse sentido, ele é o fundador. Vê, por isso que a gente fala os pré-socráticos, justamente porque o Sócrates é um ponto, é um marco, é um marco dessa transição. Então, ele é acusado de corromper a juventude, acusado de ateísmo, e a defesa dele
é muito interessante, porque ele fala: "Como eu posso corromper a juventude se eu ensino virtudes para a juventude?" Você vai ver, tudo basicamente é ensinar os hábitos que engrandecem a alma. Se eu ensino uma pessoa na arte de domar um cavalo, no hipismo, a andar bem no cavalo, eu não posso estar atrapalhando a pessoa na arte do hipismo; não faz sentido. Apesar da briga de... Cavalo, eu não tô atrapalhando ela na busca pelo hipismo. Se um cavalo fica bem adestrado, eu não posso falar que estou atrapalhando o cavalo na arte de pisar; não faz o
menor sentido. Ser o melhor nos hábitos de uma pessoa, eu não posso ser acusado de corromper a juventude. Como posso ser ateu se tudo que eu fiz foi por Deus? E se o fato de eu não conseguir falar o nome desse Deus é no sentido de que Ele não é Deus, Ele não é Dionísio? Nós, quando o fato é que há absolutamente tudo que eu faço, a revista do Divino só cresce. Aliás, é uma pessoa que tinha muito essa capacidade de parar, meditar, buscar uma vida de penitência, uma vida de sacrifício, de ser uma pessoa
bem negada, buscando sempre uma disciplina de elevações espirituais. Então, é muito interessante porque Sócrates, ele não foge; ele resolve ficar. E, por uma votação, basicamente por uma votação, eles decidem que ele vai ser executado. Eu vou contar melhor essa história também e vou aprofundar no tema mais filosófico, sem dúvida, na masterclass de Filosofia do Zero. Mas agora eu queria dedicar essa live não tanto a aprofundar filosoficamente sobre essa discussão, que novamente eu vou destinar ao zero, mas é que nós podemos refletir sobre essa questão de ateísmo, de revolta contra os deuses da cidade e essa
questão de corromper a juventude. Até perguntaram sobre Cristo: "Bom, Cristo", eles gritam e perguntam se querem que seja crucificado Cristo ou Barrabás. Barrabás que chama Jesus, ele chama Jesus Barrabás, e Barrabás é um revolucionário, é um insurreccionista. Ele quer fazer uma revolução armada para tirar os romanos de lá, o que é muito interessante. E o povo grita: "Libertai Barrabás!" Então, de fato, há um paralelo, sem dúvida, entre as duas questões, mas sobre isso, sobre corromper a juventude e sobre a revolta contra os deuses da cidade, ou o ateísmo como eles usam. Ter, mas eu acho
que usar o termo "teísta" só vai nos confundir, no sentido de que eles querem dizer a revolta contra todas as cidades. Há uma ilusão, e nós poderíamos falar que hoje não temos deuses da cidade, né? Que basicamente os deuses da cidade não existem, que isso é coisa do passado. Olha que retrógrado! Eles achavam que, quando um juiz era nomeado, isso era um ato divino. Olha que retrógrado! Eles achavam, por exemplo, que quando chegava certa data do dia, que eles precisavam fazer penitências públicas, porque Deus tinha que abençoar aquele dia. Eles tinham que reviver a história
de Teseu; se não, apenas iam sofrer consequências. Mas a verdade é que, nesse ponto, a ideia de que a cidade cria os seus próprios deuses mudou muito pouco. O Iluminismo fala assim: "Não, nós somos secundários, devemos estar do lado laico". Mas a verdade é a seguinte: são muitas coisas que divinizam o poder. Se você questiona uma decisão do poder, você basicamente vai ser perseguido por questionar uma adesão do poder. Se você não levanta bandeiras de cores muito específicas em dias atrás e faz longas penitências públicas sobre aquele tema, você vai ser perseguido. Se você não
mostra, de maneira pública, a sua aderência à ideologia, à religião política dominante, você vai ser perseguido. Então, os deuses da cidade continuam absolutamente vivos; só muda o jeito e a forma deles. Quando alguém pergunta sobre o Estado laico, que eu sempre falo, o problema é que eu não acredito que exista Estado laico. Não é uma questão de ser contra uma favoritação; não acho nem que exista isso. Porque os estados que não têm religião têm que ter uma religião política. É óbvio que a Coreia do Norte não é um estado laico no sentido pleno da palavra,
porque, sei lá, você fica chorando e levantando a imagem do querido líder, grande líder, sei lá qual o nome que já tá agora. E é óbvio que o ocidente atual tem uma religião política, sem dúvida alguma, inclusive com vários ritos. Com vários ritos, com calendário litúrgico: que é uma doideira, né? Que o estado criou um novo calendário litúrgico da religião política atual e que tem meses para cultos específicos e dias para cultos específicos de atividades políticas. Doideira, uma coisa impressionante, mas é real. Já pararam para pensar que tem uma lista de violações contra a religião
política estabelecida e com consequências explicitamente definidas para cada violação? Ou seja, nós temos os deuses da cidade, e igualmente, é verdade que existem todas as coisas. E essas celebrações são tomadas como divinas, sem dúvida alguma. De outro lado, vejam agora qual é o ponto: o que corrompe a juventude? O que corrompe a juventude? O que a nossa sociedade considera que corrompe a juventude? O que ela considera que corrompe a juventude é exatamente o que melhora a juventude. Exemplo: se eu sair agora em público e falar assim: "Ó, tenha a vida sexual que você quiser, só
não ultrapasse alguns limites aqui, limites mínimos; faça o que você quiser", ninguém liga, ninguém tá nem aí! Você fala isso, aliás, é considerado normal. Se você chegar para um jovem e falar assim: "Ah, vai lá e consuma pornografia; o que você faz com o seu tempo não faz mal para ninguém, não tem nada a ver com um amigo", ninguém liga, todo mundo fala: "Não, normal". Se o cara falasse: "Ah, o fulano usa drogas", "Ah, faz parte, né, deixa ele, é jovem, cara, não tem problema". Ou seja, se eu falasse assim, falando para o jovem: "Você
vai fazer propaganda dos piores tipos de comida e alimentação..." Piores tipos, piores hormônios para os homens, e eu metralhar isso nos jovens não é problema. Se eu largar os jovens para passarem das 24 horas do dia 12 horas por dia no videogame, não é um problema para os jovens. Se eu entupir os jovens com o pior conteúdo, com o maior lixo que tem no YouTube, dos influenciadores mais mequetrefes, com e eu metralhar nisso aí horas e horas de conteúdo assim, não é corromper a juventude, nada demais. Ela é nada, tá acontecendo. Por que você fica
querendo pânico em relação a isso? Se é uma ou maior gênero musical que os jovens contemplam, é uma batida, um ritmo absolutamente que despreza completamente melodia, harmonia, que não tem nada de complexidade em termos da grandeza da música. Isso não é corromper a juventude, isso é normal. Aliás, poxa, quem é você para julgar a música que as pessoas gostam? Qual é o problema? Não tá fazendo mal a ninguém. Veja uma soma das coisas: né, fulano tá lá fumando maconha, qual o problema? Não faz mal a ninguém. Planta lá, viciado em pornografia, não tô fazendo mal
a ninguém. Fulano tá lá jogando 12 horas de videogame por dia, não faz mal a ninguém. Fulano estava comendo a pior dieta que tem, não faz mal a ninguém. Fulano parou de ler livros, e agora ele ficou ouvindo batidas o dia inteiro, não faz mal a ninguém. Entendo que a cultura, na verdade, nossas leis da cidade, elas praticamente sistematizam a corrupção da juventude. É quase como se tivesse uma indústria da corrupção da juventude, dado que a lei da terra, a lei real, não quero saber, mas posso falar: a lei, a lei escrita, a constituição não
escrita, ela é sempre mais forte do que a escrita, no sentido de que as pessoas, na prática, tomam como lei; especialmente que as pessoas que têm poder são sempre mais fortes do que elas teoricamente tomam como lei. Isso é uma verdade básica que se aplica a qualquer cultura e qualquer civilização. Se a lei da terra atual é que a corrupção da juventude é o modo pedagógico padrão, isso aqui que eu tô escrevendo é o básico. Ninguém liga como que vai ser, como que algo vai ser considerado corromper a juventude. E aí a gente entende exatamente
o que estava acontecendo na época do Sócrates. Se eu falasse agora: "Olha, larga o lixo, você tem que aprender a ser homem, você tem que aprender a ser um pai de família, você tem que aprender a lutar, porque as pessoas, ninguém vai te dar o que você precisa na sua vida se você não for lá e lutar, e conseguir conquistar as coisas". Não vai vir, você vai ter que aprender a ser forte. Engole o choro, resolve as coisas, vá para a leitura, começa a ler livros, começa a ler a grandeza. Vá lá ler "Apologia de
Sócrates", redescubra a história da socialização, redescubra o seu país. Seu país não é um lixo, seu país foi corrompido por pessoas. Ele tem uma grande vocação, ele tem uma grande história. Essa história foi enterrada por um externo que quer escondê-la, mas você pode descobrir. Volte, volte ao que é transcendente, volte ao que é divino, volte ao que é espiritual. Você não é obrigado. Aqui que é o negócio: você não é obrigado a ser fraco. Você não é obrigado a ser ignorante. Você não é obrigado a ser falido. Entendeu? Você não é obrigado. Vai lá, cria
uma empresa, cria algo, oferece um serviço que as pessoas demandam, ganha dinheiro, lute pelas coisas que você ama. Quando você fala isso, imediatamente, na cultura atual, vem a acusação: "Você corrompe a juventude". Olha só, olha o que tá fazendo. Acabou de radicalizar a juventude. O que que diabo é radicalizar? Porque a palavra radical quer dizer raiz. O que diabo quer dizer isso? Seja que a pessoa queira ter uma família. Esse é o ponto que a gente chegou. Então, imediatamente, quando você dá os conselhos que são bons, a cultura já quer, imediatamente, por causa das leis
da cidade, atrapalhar aqueles que estão cessando o processo sistemático de corrupção da juventude. Portanto, analisando na cultura atual, nós vemos como a história de ateísmo, de revolta contra os deuses da cidade, e a história de corromper a juventude estão absolutamente conectadas. As duas coisas estão absolutamente ligadas. Assim como se permanece, e assim como o oposto é verdadeiro, assim como para várias pessoas o motivador, a origem e o grande momento que elas começaram a melhorar os hábitos da vida delas foi quando elas passaram a ter uma crença em um Deus transcendente. Porque o que acontece? A
crença no Deus transcendente, a crença no Deus único, te liberta da crença nos deuses da cidade. Ou seja, você não está mais... Você não é mais agora escravo do que o poder estabelecido fala que é divino. Você pode acreditar em algo que é divino, que transcende a sua época, que transcende o seu período, que transcende aquilo que jogaram para você, que transcende a doutrinação imediata que foi jogada. Você pode acreditar em algo eterno e divino. Portanto, olha agora o que acontece: os seus hábitos, os seus hábitos, eles não precisam ser pautados pelos deuses da cidade.
Você pode pautar os seus hábitos por um Deus transcendente. Olha a beleza, principalmente começar a entender o quão gigante foi essa ideia do Sócrates, o porquê eles tinham que matá-lo. Sem dúvida, porque eles tinham que tirar a vida dele. O porquê é até hoje a ruptura socrática, o choque socrático ainda é uma hora que tem. Por que que a virada do Sócrates liberta as pessoas? Porque ela trata das verdadeiras fontes de libertação que as pessoas podem ter: a descoberta do divino e a melhora dos hábitos. Por que que isso é libertador? Porque, como eu falei
anteriormente... Deus transcendente liberta os deuses da cidade, mas não só isso: a melhor dos hábitos te impede de ser escravo das suas próprias paixões. Para quem está discutindo no Brasil, aqui o Sócrates tem a chance de fugir e ele fala: "E eu não estou, pode morar no Brasil, fora do Brasil que eu vou falar igual." Só que eles falam: "Não sou cidadão daqui, cidadão de Atenas, de outro lugar." E ele entende perfeitamente o que está falando, porque ele está defendendo Atenas, como aparece na filosofia de Platão. Atenas antiga, que bebia da lei divina. Então, o
Brasil, você pode perfeitamente defender o Brasil contra a corrupção. O Brasil vai falar, mas esse Brasil elevado que você fala, ele não está aqui presente. Bom, ele não está presente no sentido do sistema que está estabelecido, sem dúvida. Talvez ele esteja presente enquanto a memória, uma memória para usar o termo, até a filosofia clássica, uma memória subjacente, uma memória... o tempo que eles... a memória genética, né? Mais uma memória sobre gestação, memória de origem, de maneira muito sutil nas pessoas. Mas eu vejo o brasileiro, por vezes, vejam as pessoas. Esse ponto é muito interessante: o
brasileiro tem uma capacidade de despertar para o problema que está acontecendo. O brasileiro tem uma capacidade de entender as coisas que em poucos lugares do mundo. O Brasil passa por um despertar espiritual e intelectual que nós podemos ver em poucos países do mundo. Claro que o Brasil tem mil problemas; é óbvio que o Brasil está enterrado em problemas, que o Brasil está assim soterrado por 6 milhões de quilômetros de problemas. Mas a memória da Terra da Santa Cruz subsiste ainda no Brasil. Para quem tiver dúvida do que é esse Brasil que eu estou falando, vejam
a live da vocação do Brasil que eu fiz. Vejam a live da vocação no Brasil, do que é a origem do Brasil. Não acredito que o Brasil é só o Canarinho, é o que o Brasil é. Ele é o carnaval, que o carnaval ainda do Brasil. Esqueçam isso. A identidade nacional é muito mais profunda do que isso. Esse país é o país de José Anchieta, esse país é o país da Princesa Isabel, esse país é o país do Manuel, esse país é o país de Pedro Álvares Cabral. Ele não é o país da última moda
que inventaram para falar que esse é o Brasil. Então sim, eu sou, sem dúvida, eu amo o Brasil. Poxa, eu sou... eu amo a Itália. Eu sou cidadão italiano. É que dirá, eu não vou amar o país que eu cresci, nasci nele? Imagina! E claro, e o Brasil, como a gente fala sempre, o Brasil, Portugal é Roma, e essa história... estudante nacional. Então, é engraçado isso, porque quando você entende de verdade a visão do Sócrates, é nesse sentido que ele é um ateniense. O que é Atenas da época? Uma democracia que o odeia, que quer
condená-lo e que quer destruir Sócrates. Essa é Atenas da época, que está corrompida moralmente, que está corrompida politicamente, que perdeu suas guerras e que está enfraquecida e degenerada. Essa é a Atenas da época do Sócrates. Pois bem, ele é uma Atenas, mas ele ama Atenas pela vocação divina que Atenas tem, não pela versão corrompida de Atenas. Só que eles falam dos únicos filósofos que tinham uma esposa. Não foi que tinha muitos que foram padres na Idade Média, mas a história também era casado, sei lá. Vários filósofos foram casados. Tomás More, era casado, tinha vários filhos.
Não é assim? Ainda tem vários caras que são casados. Então, isso que é interessante, porque... como é Brasil? É parado como o império de... ah, desculpe, mas o Brasil não é Portugal, nem Portugal é Roma. Bom, aí, meu querido, se você não consegue enxergar isso, me perdoe, você não entendeu nem o Brasil, nem Portugal, nem Roma. Aí é um problema; é um problema você não entender absolutamente nada sobre nenhuma das três civilizações. E essa distinção, né? Essa falta de visão histórica tem tudo a ver com o que nós estamos falando. Porque nós perdemos a conexão
do nosso espírito, e essa conexão do nosso espírito é, claro, evidente que ela vem de um fator sobrenatural. É evidente que ela vem de um princípio de busca da verdade na semente, como foi na época de Sócrates. É incrível, porque toda vez que eu leio "Apologia", toda vez que eu olho a vida de Sócrates, toda vez que… É por isso que toda a filosofia do zero é a inspiração da filosofia do zero, a base. Toda vez que eu olho e falo: "Caramba, vamos montar uma formação de filosofia a partir da filosofia do zero." É a
vida de Sócrates, é a morte de Sócrates, é o sacrifício de Sócrates. Não tem como ser de outro modo, não tem como fazer de outro modo. Se alguém não se inscreveu, se inscrevam agora no Filosofia do Zero. Entra lá, uma mulher feia.net, assistam à aula, porque eu realmente quero... eu realmente quero conseguir passar uma formação de filosofia que beba dessa busca existencial pela verdade, pela melhora dos hábitos das pessoas que volte para a origem, né? Do que é o princípio da filosofia e, sem dúvida, para a "Apologia de Sócrates". Muito bom que alguém falou: "O
Brasil não é Portugal." E o cara completa, o cara escreve isso em português. Não, mas é assim. E aí não tem fim... não tem fim... não tem fim para a ignorância daquelas pessoas que querem apagar o passado, e querem sumir com a história, com a tradição. Quanto esforço não foi feito para separar de vocês a história da nossa, para separar de nós a história da nossa civilização. Quanto... não... Fizeram para pagar a nossa história. Quem foi o primeiro rei do Brasil? As pessoas falam de Dom Pedro I. Deus do céu! 300 anos antes do Manuel,
a rei do Brasil. Do que estão falando? O que aconteceu com 300 anos da história desse território? Quem foi Álvares Pereira? Quem foi Dom Afonso Henriques? Por que isso é relevante? Porque, sem eles, não existiria esse país. O verde da maneira brasileira vê de Nuno Álvares Pereira, mas ninguém tá nem aí. Ninguém nas escolas... A nossa língua é uma língua latina, as nossas instituições vêm do império romano. Não faz o menor sentido. Assim, é tão... A religião que fundou esse país veio do império romano. E para quem fala que a Igreja não é do império
romano, que ignorância! Também, Cristo foi crucificado no Império Romano. Os caras mandam para mim assim: "Guilherme, quando é essa história da igreja romana?" É um absurdo, meu caro! Jesus Cristo foi crucificado no Império Romano. O latim estava escrito na cruz dele. Na cruz dele, estava escrito em grego, hebraico e latim. Lá dentro do Império Romano, não era em outro lugar. Mas tentaram, de todo jeito, cortar essa origem romana da nossa cultura. Tentam fazer isso porque as pessoas querem quebrar as bases da nossa civilização, que é, sem dúvida, a religião cristã, toda a história do Império
Romano e a filosofia grega. Essas três bases, esses três pilares da nossa civilização, as pessoas tentaram cortar isso. Por quê? Porque os mesmos que agora querem perseguir as pessoas para defender os deuses da cidade não podem ter as pessoas acreditando em algo mais profundo do que essa sacralização que eles fazem. Coisas que são absolutamente profanas. Não tem como! Quando você quer transformar o que é profano em sagrado, você debocha daquilo que é. Quando você quer transformar o profano em sagrado, você debocha daquilo que é divino. E é o que nós estamos vivendo hoje. As pessoas
debocham de tudo que é divino, se regozijam naquilo que é decadente. E isso, nós temos que voltar à luta, voltar a lutar para descobrir uma verdade, para descobrir o bem, para descobrir a verdade. Essa é a única forma de restaurar o que é sagrado neste mundo. Concordo: o Brasil é Portugal! Mas como você encara o distanciamento dessa compreensão em Portugal e para os portugueses? Que distanciamento é esse? Porque, assim, eu estive em Portugal e visitei vários lugares, e as pessoas foram maravilhosamente bem recebidas em Lisboa, no Porto, em vários lugares. Com mais de 100 pessoas
nos lugares, e todo mundo apaixonado com essa ideia. Ah, mas eu conversei com um português aleatório e ele não entendia isso! Claro, ele foi educado numa era pós-Pombal, pós-iluminista, pós-república portuguesa, depois que eles construíram toda a história de Portugal. Mentira! Toda a história de Portugal; agora ele não entende o valor do Brasil. Sem dúvida, foi mal educado, igualzinho no Brasil. As pessoas estão, geralmente, discutindo o ouro. "Ah, quem roubou o nosso ouro?" Sem ter noção alguma da história, sem saber quais foram os primeiros reis do Brasil, não saber nada da história de Portugal. Não tome
a ignorância sobre a história como um juízo. Você não pode usar a ignorância sobre a história e a doutrinação que foi feita em Portugal e no Brasil como um ataque contra Portugal e contra o Brasil. E aqui, veja que vai ser muito difícil entender a beleza do legado. Como o legado da filosofia grega passa para nós sem entender também a importância do Império Romano? Porque é por medo do Império Romano que não chega a filosofia grega. Deus do céu! Primeiro, do Império Romano chegou à nossa civilização. Não temos o nosso país se o Império Romano.
A minha família, literalmente, veio de uma cidade que foi construída pelos romanos, que tem uma ponte romana que está em pé até agora. Eu fui visitar lá em Portugal, tem uma ponte construída pelos romanos. Então, o verdadeiro... Podemos comparar Brasil com a Atlântida e Portugal com apenas o Platão? Não, de modo algum. A verdadeira comparação que está em jogo aqui é o seguinte: Portugal e o Brasil estão vivendo a Atlântida, estão vivendo distanciamento. Usando a metáfora, para quem tiver dúvida sobre isso, vejam a live sobre Atlântida que tem aqui no nosso canal. O Brasil e
Portugal estão vivendo Atlântida neste momento, ou seja, o que sobrou de virtude em ambos é o remanescente da conexão do passado com o divino, o que gera essa decadência constante e perene da perda desses valores com o tempo. Ou seja, nós dois somos Atlântida neste momento: Portugal e Brasil, e, na verdade, o ocidente inteiro, nesse momento, Atlântida. E já começou a era da chuva! Você já começa a olhar, já começa a ver alagamento, já tá começando a subir. Apenas, antiga é a alma de Sócrates, cidadão da Atenas antiga, em meio a essa luta. O que
é isso? Apenas antiga é a cidade que renova constantemente a sua interação com o divino. É a cidade que está toda hora buscando o que é eterno, buscando o que é perene. Na medida em que temos pessoas lutando para renovar o divino, aquela pessoa, aquele sujeito, é um cidadão da transa antiga, usando a metáfora da filosofia grega. Portanto, Sócrates é um cidadão da Atenas antiga, em plena Atenas nova. Enquanto Atenas nova funda, Sócrates vive as virtudes de uma civilização que já foi e de algo que é eterno. E, dentro da alma dele, ele está frequentemente
renovando essa conexão com o que é eterno. A vida dele é um testemunho da possibilidade da cidade não de cair, não se destruir. Dizer que o Brasil não é Portugal é a consequência da ressignificação pejorativa da palavra radical. Sugestão de live: como a Revolução alterou. O significado das palavras minando a tradição no tempo. Com certeza, esse é um tema: a desconstrução da linguagem, necessária para que as pessoas esqueçam, para que elas percam o controle da própria forma de pensar. Então, as pessoas querem falar assim: "Por que o 4 de julho?" Vamos falar da Independência Americana
e qual a história do Brasil. É impossível! Veja, a mesma coisa vale para os Estados Unidos, igualzinho, igualzinho. Vamos lá, sobre quatro, agora em homenagem ao 4 de julho. 1. Não existe Estados Unidos sem Alfredo, o Grande. Não existe Estados Unidos sem aquele Alfredo, o Grande, que, em um certo dia, pegou em armas, os neopetões, sexuais ângulos, o Nil, várias pessoas numa luta pela sobrevivência e contra um exército chamado Grande Exército Pagão. O grande fator de união das pessoas foi a Igreja Católica. Sem essa batalha de Alfredo, o Grande, não existiria Inglaterra. Sem Inglaterra, não
existiriam Estados Unidos, que os americanos falam inglês. E os americanos têm a sua cultura. Eles têm o seu país por causa da Batalha de Alfredo, o Grande. Então, sim, não existiria Estados Unidos sem um rei católico que morreu lutando contra um exército. 2. Não existe Estados Unidos sem... veja que só aí já contextualiza tudo. Igualmente, não existe Estados Unidos sem o Império Romano. Aliás, tudo que eles usaram e toda a base de todo o negócio que eles iam colocando, quando eles queriam achar um símbolo bom e algo que não tinha um presidente absolutamente decadente, o
único modelo que eles conseguiram encontrar era a República Romana, porque eles não conseguiram achar uma outra República que funcionasse na história para criar o país. Eles precisavam se basear, por vezes, até no Império Romano para várias coisas. 3. Ainda não existiria Estados Unidos sem essa tradição da filosofia grega. E essa tradicional filosofia grega sobreviveu por meio da cultura romana. Então, a verdade é que o próprio Estados Unidos encaixa 100% em relação ao que ele está falando desse negócio, e mais ainda: o fundador da filosofia. Então, na medida em que um americano busca a verdade de
maneira eterna e busca o Deus transcendente, ele participa da tradição de Sócrates. Na medida em que ele se revolta contra isso, ele está numa perpétua cultura do cancelamento, querendo destruir tudo que é um pouco mais elevado do que a total mediocridade, que é o que está acontecendo hoje nos Estados Unidos. Portanto, a luta pela sobrevivência nos Estados Unidos é a luta pela redescoberta da filosofia grega, da religião cristã, de Roma. Não existiria Estados Unidos sem Sócrates. Não existiria o Ocidente sem Sócrates. Mas é muito fraco quando as pessoas falam: "Olha como o Brasil é ruim!
Se o Brasil fosse como os Estados Unidos..." Olha o 4 de julho! Gente, sem essa civilização, uma coisa não passaria para outra. Brasil e Portugal têm pontos em comum na sua origem. Claro, não é ponto em comum quando um cria o outro. Isso não é um ponto em comum, meu caro. Não é uma aleatoriedade. Não é que, "Ah, você também gosta de esporte, eu também!" Não! É que Portugal criou o Brasil e Roma criou Portugal. Isso não é um ponto em comum. Isso é uma ordem causal: uma coisa gera outra. Uma coisa criou a outra.
Isso não é simplesmente um ponto comum. É que tudo na origem do Brasil foi feito por Portugal, e tudo na origem de Portugal foi feito por Roma. É uma relação de sequencialidade. Claro! Olha só: se os atenienses não tivessem detido o avanço nas Guerras Médicas, nem estaríamos aqui hoje. Sem a luta pelo bem da alma, em detrimento do que está sendo forçado para as pessoas, você não teria essa cultura ocidental. O que Sócrates fez foi nos dar um caminho de liberdade, foi nos dar um caminho para a busca da verdade, que é difícil. Quanto nós
podemos ser gratos em relação a isso! É difícil expressar o quanto nós podemos ser gratos em relação a isso quando eu sei que é difícil. Tem gente que, às vezes, está questionando porque não está entendendo o tema. O cara é difícil e, sem dúvida, para entender essa identidade nacional, para entender o que são os Estados Unidos, o que é o Brasil e, primeiro, o que é Portugal, não adianta começar só pela discussão política, que sem dúvida é relevante ou histórica. Nós temos que redescobrir o que é filosofia. Deus do céu! Para entender o que é
essa cultura de cancelamento, essa crise cultural pela qual nós estamos passando, essa perda da verdade, nós temos que voltar a estudar filosofia. Nós temos que entender a filosofia! Vocês não podem perder, no dia 19/07, Filosofia do Zero. Nós temos que focar. Inscrevam-se lá em guilhermefreire.net. Nós temos que reencontrar a intelectualidade. Nós temos que redescobrir essa tradição filosófica, até porque o Brasil atual vive muitas coisas semelhantes com a Atenas da época de Sócrates, infinitas semelhantes. Só que eu não vou entrar nas particularidades. O que acha da família real atual do Brasil? Poderia fazer um vídeo sobre
todos. Primeira coisa: cada um pensa de um jeito e cada pessoa tem... tudo. E esse ponto é muito interessante, né? Porque a filosofia nas escolas é ruim. É lógico! A filosofia que tem nas escolas é feita para você não aprender filosofia. Se existe uma coisa clara, com exceções, claro que devem existir professores bons de filosofia. Em algumas escolas do Brasil, é sem dúvida, mas, na média, a formação de filosofia nas escolas é para afastar a pessoa da formação da filosofia clássica. Ela é ideológica; ela é subordinada a ideologias modernas. Ela é brisada; ela é totalmente
desconectada da filosofia clássica. A filosofia clássica construiu nossa civilização. A brisa e a ideologia são forças absolutamente que não educaram ninguém. Ninguém melhora por aprender uma filosofia relativa, sem conteúdo, sem densidade e sem tradição. Então, não adianta nada. Não adianta falar que tem filosofia nas escolas. Olha que bom, estamos valorizando o conhecimento! Que filosofia? Quem foi que aprendeu na escola as virtudes, a importância das formas de governo clássicas? É o oposto do que é essencial da filosofia que está sendo passada. Quem saiu da escola e falou: "Nossa, deixei de ser um sem-noção, agora sou um
grande defensor do realismo filosófico"? Com nobres exceções, com minorias de professores que genuinamente são bons, uma boa parte dos professores de filosofia nas escolas são absolutamente medíocres. São fraquíssimos; é o oposto da filosofia, é a anti-filosofia. São os inimigos da filosofia, ensinados no lugar da filosofia. Por isso, a gente tem que restaurar o verdadeiro estudo da filosofia. Nós temos que voltar para a filosofia de verdade, não para essa falsa filosofia. Nós temos que voltar a ensinar o que é filosofia de verdade. Qual é a verdade? Filosofia não dá para ser enganada. Então, a filosofia autêntica
não se confunde com as versões corrompidas da filosofia, assim como eu não posso, assim como o Brasil, não se confunde com a versão corrompida do Brasil. A filosofia autêntica não se confunde com a verdadeira filosofia. E nós temos que... eu não tô nem aí, mas... mais, Guilherme, né? Começa, mais, Guilherme. Meu Deus, você tá mesmo defendendo, então, que o Brasil da Dom Manuel? Sim, então você acha mesmo que, ao invés da gente falar que não, lixo! Que a gente deveria restaurar a verdadeira filosofia? Sim, tem que voltar para a verdadeira filosofia. Tem que bancar as
coisas, tem que defender as coisas corretas, tem que insistir até os termos voltarem ao lugar adequado. Eu não vou parar de usar o termo filosofia. Ah, mas é que se você usar o termo filosofia, vai confundir com a filosofia que estão usando na escola. E daí? Meu, dane-se! Eu tenho que usar o termo de uma maneira correta e acabou. Não tô nem aí; estou usando errado. Tem que ficar usando o termo certo até as pessoas voltarem a usar o termo da maneira correta. E a verdadeira filosofia é essa que vem de Sócrates. Essa é a
verdadeira filosofia; é essa que passa por Platão, essa que passa por Aristóteles, essa que passa por Santo Agostinho, essa que passa por Tomás de Aquino. A grande filosofia é essa que construiu o ocidente, não uma sátira ideológica que foi criada historicamente há cinco minutos atrás e está sendo empurrada goela abaixo. E ideologia não é filosofia. Acabou! Os grandes sábios da nossa civilização construíram uma filosofia muito mais profunda que isso. Não é o manual do manual do manual. Não! Eu quero que as pessoas que estudam comigo aprendam a ler as obras. Mesmo eu, todos os meus
alunos, eu boto para ler de verdade a obra de Platão, eu boto para ler de verdade a obra de Aristóteles, eu boto para ler de verdade os textos. Eu não quero mais saber do xerox do xerox do cara que deu a interpretação marxista do que fala a República de Platão. Eu não me interesso mais por isso! Você quer aprender? Você vai ter que ler Platão, vai ter que ler Aristóteles, vai ter que... a gente dá um jeito de começar do básico, faz o que for, mas vai ter que ler o livro mesmo. Chega da fonte
derivada e adulterada da sabedoria. Então, essa... ler as fontes primárias é fundamental. Ler os livros de verdade é fundamental. Como criar a pessoa sábia? Quando parece que não temos mais meios que proporcionem ideias, filósofos, a primeira coisa que nós temos que estudar é que precisamos voltar a estudar. Eu conto com a ajuda de vocês. Vamos divulgar! Vamos lá! Vocês que estão assistindo aqui, das mil e quinhentas pessoas que estão aqui no final da live ao vivo, mandem para as pessoas que vocês conhecem, divulguem. Vamos lotar o "Filosofia do Zero"! Vamos bombar o "Filosofia do Zero"!
Vamos começar a trazer a verdadeira filosofia agora. Vamos parar com o falso pensamento. Vamos libertar a mente das pessoas. Vamos começar a sair dessa versão satírica da cultura que foi criada. Peguem lá o link do "Filosofia do Zero", tá lá no guilhermefreire.net. Se inscrevam, disparem para as pessoas. Vamos começar a espalhar esse negócio. Eu realmente quero que o "Filosofia do Zero" ajude a criar uma nova visão da filosofia, que as pessoas voltem a entender a filosofia da maneira como a base da nossa civilização, como a base do pensamento, como a origem de cada uma das
ideias que elas estão discutindo. Então, me ajudem! Vamos espalhar o "Filosofia do Zero"! Vamos divulgar! Vamos fazer circular o "Filosofia do Zero". São todas as lives que estão aí. Só quero ver a live que tem aqui, sei lá, mas espalhem. Vamos divulgar isso. Eu acho que agora a filosofia é uma briga que eu quero lutar. Mesmo porque, sei lá, eu sou formado pela sua mestre em filosofia há mais de dez anos, alguma coisa assim. Sei lá, é a briga que a gente tem que comprar para mudar a intelectualidade. Então, Guilherme, o que é pior é
ver professores ideólogos criticando e dizendo ser um absurdo o que você explica sobre a filosofia e suas fontes primárias. Comentar é um absurdo, contestar. Que nem interpretar... se você quer um... negócio que é um indicativo de que o cara tá na linha errada é quando o cara reclama que está usando a fonte primária. Fala: "Ai, ai, cara, é o fim da! Ai, que absurdo! Está lendo Platão em grego! Por que você não lê essa outra versão do Platão, adulterada por algum acadêmico contemporâneo de acordo com a ideologia dominante, ao invés de ler Platão em grego?
Ao invés de pegar o texto original, que absurdo! Agora você quer que as pessoas leiam o texto original sem passar por aqui? Cara, sim, eu quero que as pessoas leiam o texto original. Sim, eu quero que as pessoas leiam as coisas que elas tenham o poder de se educar por conta própria. Eu não quero... muito do que eu virei professor foi para sair com essa história do xerox, do xerox da narrativa manipulada. Eu quero que as pessoas tenham capacidade de se educar por conta própria. Então, é isso! Conto com a ajuda de vocês para a
divulgação no Filosofia do Zero. Entra lá no guilhermefreire.net, peguem o link! O link está na Bia, tem em vários lugares, tá na descrição do vídeo, tá fixado aqui agora. Vamos divulgar! Vamos encaminhar essa luta pela verdadeira educação clássica. Educação clássica é justamente aprender diretamente com grandes autores e não dos professores. Mas é mesmo, é mesmo! Não tem cara. Chegou uma hora na universidade que eu olhei e falei: "Por que que eu tenho que ficar... Por que que o professor maconheiro tem que me falar e não Platão?" Eu falo: "Eu quero aprender com Platão, não com
o cara que tá aqui". E essa é a... o negócio. Tá bom, gente? Um grande abraço para vocês. Amanhã nós não teremos live, eu confirmo com vocês porque da outra vez acabou remarcando, mas acho que não teremos live porque eu vou gravar um podcast. Então, é isso. Nós voltamos na quinta-feira, mas eu confirmo isso lá no Telegram. Vocês podem entrar no Telegram no guilhermefreire.net, então ali eu vou avisar para vocês se for ter live, por algum motivo eu aviso. Mas, a princípio, eu vou mandar lá, então não percam os grupos do Telegram, lá no guilherme.net.
Mas, a princípio, nós voltamos na quinta porque eu fui chamado para mais um podcast. Estamos indo em várias coisas, estamos indo em vários podcasts pelo Brasil e eu vou divulgar o podcast quando sair. Quando sair a divulgação dele mesmo, porque eu evito falar, porque esses podcasts, muitos deles, né... Você sabe que às vezes eles gravam antes e depois lançam depois. Enfim, a coisa tem várias nuances, então eu evito divulgar até o dia que sai mesmo, né? Mas depois vai aparecer aí. Mas eu vou gravar amanhã, de qualquer jeito. Aí lá é sobre podcast, se vocês
quiserem. Isso aí! Uma... Tem muita gente que manda: "Guilherme, vai então ao podcast". Olha, eu não vou me convidar para nenhum podcast. Se vocês querem que eu vá a um podcast, vocês vão lá no podcast e mandam mensagem para o pessoal do podcast sugerindo o meu nome. Isso é muito mais eficaz do que mandar aqui. Manda no podcast que vocês gostariam que eu fosse e isso gira o nome. Acontece que as pessoas já sugerem e, de fato, o pessoal me chama. Não adianta mandar para mim que eu não vou chegar e falar: "Galera, estou me
convidando para o podcast e tal", né? Tá bom, um abraço para todos e até quinta. Até a próxima, um grande abraço!