Meu irmão mais novo ME PEGOU NO FLAGRA, e eu não me IMPORTEI

a porta de casa se abriu com um rangido Agudo ecoando pela entrada vazia eu estava ali segurando uma mala em uma mão e uma sacola cheia de lembranças na outra mas antes que pudesse dar um passo para dentro uma voz Inesperada cortou o silêncio o que você está fazendo aqui a voz era grave porém calma quando levantei o olhar encontrei um par de olhos familiares Mas diferentes era meu irmão ou pelo menos alguém que se com ele durante os dois anos em que estive ausente eu lembrava dele como um garoto desajeitado sempre vestindo moletom com

os ombros caídos e o cabelo bagunçado no entanto a pessoa que estava na minha frente agora parecia outra ele estava mais alto com uma postura que exalava confiança vestia uma camisa ajustada que destacava seus ombros largos e tinha um sorriso despreocupado que parecia saber exatamente o impacto que estava causando quem é você e o que fez com o meu irmão brinquei tentando esconder o choque na minha voz ele ergueu uma sobrancelha e me ofereceu a mão para ajudar com a mala eu te avisei que tinha mudado sua resposta veio acompanhada de um olhar divertido enquanto

me guiava para dentro de casa o resto da família apareceu logo em seguida trazendo abraços risos e perguntas sem fim minha mãe não parava de comentar o quanto meu irmão havia crescido como se eu não tivesse olhos para ver meu pai por outro lado Manteve o mesmo sorriso orgulhoso de sempre enquanto servia vinho mas durante toda a noite eu senti a presença do meu irmão mesmo quando ele não estava na mesma sala depois do jantar fui para meu antigo quarto em busca de um pouco de paz após um dia tão agitado tudo estava exatamente como

eu tinha deixado os posteres nas paredes os livros bagunçados na estante e até a velha luminária no canto me joguei na cama e Fechei os olhos tentando organizar os sentimentos confusos que rodavam na minha cabeça porém um leve toque na porta Me fez abrir os olhos novamente posso entrar perguntou ele do outro lado ass senti antes mesmo de perceber que ele não podia me ver claro Respondi sentando-se na beira da cama ele entrou com a mesma confiança de antes mas dessa vez sua expressão era mais séria carregava duas xícaras de chá uma para cada um

e se sentou na cadeira à minha frente por alguns segundos Nenhum de Nós disse nada e o silêncio parecia preencher o quarto por fim ele falou é estranho te ver aqui de novo eu sei também é estranho para mim parece tudo igual mas ao mesmo tempo não é ele levantou o olhar e nossos olhos se encontraram havia algo ali uma Faísca que eu nunca tinha notado antes igual Mas diferente como nós minhas palavras ficaram presas na garganta eu não sabia se devia responder ou mudar de assunto mas antes que pudesse decidir ele se levantou e

colocou a xícara na minha mesa só queria ter certeza de que você estava bem boa noite com isso ele saiu do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos e uma sensação que eu não conseguia explicar o som da porta se fechando ainda ecoava nos meus ouvidos enquanto eu me deitava novamente Fechei os olhos mas o sono não veio tudo que conseguia ver era a imagem do meu irmão tão real como se ele ainda estivesse ali na manhã seguinte fui despertada pelo cheiro de café e torradas vindo da cozinha descia as escadas meio Adormecida usando meu

moletom Favorito e com o cabelo bagunçado esperando algo que me ajudasse a acordar quando entrei na cozinha a primeira coisa que vi foi meu irmão de costas preparando o café da manhã por um momento fiquei parada na porta observando-o a forma como ele se movia com confiança e sem hesitação era algo que eu jamais teria associado a ele no passado vai ficar aí o dia todo perguntou ele sem nem se virar como se pudesse sentir minha presença sorri e entrei Sentando à mesa e aceitando o café que ele me ofereceu não dissemos mais nada mas

o silêncio entre nós era confortável embora carregasse um peso estranho que eu não sabia como lidar enquanto tomávamos o café da manhã nossos pais anunciaram que passariam o dia fora visitando amigos na cidade vizinha não Voltaremos antes do fim da tarde Se cuidem disse minha mãe antes de sair pela porta de repente a casa ficou mergulhada em um silêncio quase ensurdecedor tentei me distrair com um livro mas minha mente continuava a vagar cada som vindo do andar de baixo pratos Passos cadeiras me mantinha em Alerta finalmente decidi sair do quarto precisava me mover respirar outro

ar qualquer coisa que me ajudasse a clarear a mente encontrei-o Na sala sentado no sofá com o telefone na mão e a TV ligada quando notou minha presença levantou os olhos e Sorriu daquele jeito despreocupado que parecia ter se tornado sua marca registrada Que tal sairmos um pouco sugeriu largando o celular sair para onde não sei vamos improvisar sua sugestão me Pegou de surpresa mas algo no Tom dele me fez concordar pegamos o carro e começamos a dirigir sem rumo definido no caminho conversamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo histórias da infância minhas viagens

detalhes triviais sobre sua rotina que de alguma forma me faziam vê-lo sobre uma nova luz finalmente paramos em um pequeno Parque perto de um lago saímos do carro e começamos a caminhar por um trilho cercado por árvores o ar fresco era revigorante por um momento me senti em paz mas essa tranquilidade Não durou muito enquanto caminhávamos ele parou de repente e me olhou com uma intensidade que me deixou sem palavras tem algo que preciso te dizer o Tom sério na voz dele me fez congelar pensei em interrompê-lo mudar de assunto mas antes que eu pudesse

reagir ele continuou eu sei que as coisas entre nós estão diferentes e não sei como lidar com isso suas palavras me deixaram paralisada porque tinha colocado em palavras algo que eu também sentia mas não queria admitir eu o encarei procurando sinais de que estava brincando mas sua expressão era sincera eu eu não sei o que dizer minha voz saiu quase em um sussurro você não precisa dizer nada ele deu um passo mais perto a tensão entre nós parecia preencher o ar por um segundo nossos lábios se tocaram em um gesto tímido quase acidental foi tão

que mal tive tempo de reagir antes que ele se afastasse visivelmente envergonhado desculpa tudo bem respondi embora minha mente estivesse em completo caos a viagem de volta para casa foi silenciosa Nenhum de Nós ousou dizer uma palavra como se qualquer frase pudesse quebrar o frágil equilíbrio que restava entre nós quando chegamos fui direto para o meu quarto tentando colocar meus pensamentos em ordem mas não adiantou minha mente continuava voltando para aquele momento para o toque breve e inesperado dos nossos lábios deitada na cama encarei o teto enquanto a confusão tomava conta de mim era errado

sentir aquilo ou talvez fosse apenas o impacto do reencontro após tanto tempo separados não importava quantas perguntas surgissem na minha cabeça nenhuma resposta parecia suficiente na manhã seguinte acordei com a luz do sol entrando pela janela o cheiro de café fresco e pão torrado me atraiu para a cozinha esperava encontrar meus pais em casa mas para minha surpresa eles ainda não haviam voltado em vez disso lá estava ele novamente meu irmão estava encostado no balcão tomando café Como se nada tivesse acontecido na noite anterior dormiu bem perguntou lançando um olhar breve antes de se virar

para colocar mais café na xícara Acho que sim e você bem o suficiente a conversa foi breve e superficial tamos ignorar o peso da tão entre nós mas era impossível não sentir como o ar mais pesado do antes enant tomv café olares rápidos porém evitá nos encarar poro tempo depois do café da manhã tarha mente arumando as e organizando coisas mas nada parecia me distrair o eco do que tinha acontecido continuava ressoando a tarde chegou lentamente e nossos pais ainda não tinham voltado decidi sair para tomar ar andei pelo jardim tentando me acalmar mas não

demorou muito para ele aparecer está fugindo de mim perguntou com meio sorriso mas sua voz carregava um tom sério Claro que não só precisava de um pouco de ar ele ass sentiu mas não parecia convencido ficamos em silêncio por um tempo apenas olhando céu e as árvores ao redor finalmente ele quebrou o silêncio sobre ontem meu coração disparou Eu sabia que essa conversa viria mas não estava pronta para enfrentá-la Foi um erro certo cortei rapidamente esperando que ele confirmasse e acabasse com atenção mas ele hesitou seus olhos encontraram os meus e o que vi neles

me deixou ainda mais confusa não sei se foi um e acho que foi honesto fiquei sem palavras Parte de Mim queria concordar mas outra parte gritava que aquilo era errado antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele se aproximou diminuindo a distância entre nós eu não quero fingir que nada aconteceu disse ele com uma voz tão baixa que mal consegui ouvir e o que você quer que eu diga que também senti ele não respondeu de imediato mas o jeito como me olhava já dizia tudo eu queria fugir mas ao mesmo tempo queria ficar era uma

batalha interna que me consumia de repente o som de um carro Entrando na garagem nos trouxe de volta à realidade nossos pais tinham voltado o momento se quebrou e cada um seguiu para lados opostos como se nada tivesse acontecido durante o jantar fizemos de tudo para Gir normalmente respondemos às perguntas sobre o dia rimos das piadas do meu pai e fingi que estava tudo bem mas por dentro Eu sabia que nada estava bem Depois do jantar voltei para o meu quarto esperando que o silêncio me ajudasse a organizar meus pensamentos mas não demorou muito para

que um leve bater na porta interrompesse minha tentativa de relaxar posso entrar perguntou ele sua voz soando hesitante eu deveria dizer não deveria colocar um fim naquela confusão antes que ficasse pior mas Mas em vez disso respondi sim ele entrou devagar e fechou a porta atrás de si sentou-se na beira da cama parecendo mais nervoso do que nunca eu sei que isso é estranho começou mexendo nas mãos mas não consigo parar de pensar no que aconteceu eu suspirei tentando manter a calma eu também ele levantou os olhos surpreso como se não Esperasse que eu admitisse

aquilo então o que fazemos Não sei talvez devêssemos esquecer a palavra parecia errada mesmo Enquanto eu a dizia e ele também parecia desconfortável com essa sugestão esquecer é isso que você quer eu não sabia responder Parte de Mim queria sim esquecer tudo e seguir em frente como se nada tivesse acontecido mas outra parte sabia que isso não era possível Eu só não quero que a gente se machuque sussurrei ele assentiu lentamente nem eu Nos olhamos por um longo momento sem saber como continuar por fim ele se levantou acho melhor eu ir dormir boa noite boa

noite assim que ele saiu senti como se o quarto estivesse mais frio e vazio Passei à noite me revirando na cama tentando ignorar a sensação de que nada mais seria como antes o o silêncio da manhã seguinte foi quase ensurdecedor meus pais estavam ocupados com seus afazeres e meu irmão parecia evitar qualquer tipo de contato visual Eu também não sabia o que dizer então mantive-me ocupada arrumando as decorações de Natal que tinham sido deixadas pela casa enquanto organizava as luzes e os enfeites ouvi Passos atrás de mim era ele quer ajuda perguntou com um sorriso

cauteloso assenti tentando manter a calma trabalhamos juntos em silêncio por um tempo desenrolando os fios de luzes e pendurando os ornamentos na árvore havia algo reconfortante na simplicidade daquela tarefa como se estivéssemos tentando restaurar alguma normalidade entre nós ficou bonito disse ele dando um passo para trás para admirar O resultado é Acho que sim ele se virou para mim e por um breve momento nossos olhares se encontraram meu coração disparou havia tantas coisas que queríamos dizer mas nenhuma palavra parecia certa preciso sair um pouco disse ele de repente quer vir comigo para onde não sei

só sair a hesitação na voz dele me fez perceber que ele estava tão perdido quanto eu então aceitei pegamos o carro e começamos a dirigir as ruas passavam em um borrão enquanto conversávamos sobre coisas triviais músicas filmes lembranças da infância era estranho como aqueles momentos simples pareciam tão carregados de significado finalmente paramos em um pequeno Parque perto do lago descemos do carro e começamos a caminhar ao longo da trilha Ache que precisamos falar sobre tudo isso disse ele quebrando Silêncio meu peito apertou Eu sabia que ele estava certo mas parte de mim ainda queria fugir

daquela conversa eu não sei o que dizer respondi olhando para o chão ele parou de andar e se virou para mim então eu vou dizer sua voz estava firme mas havia um toque de nervosismo eu sinto algo por você algo que não deveria sentir minha respiração ficou presa na garganta Eu sabia sempre soube mas ouvi-lo dizer em voz alta tornava tudo mais real eu também admiti antes de conseguir me controlar ele deu um passo mais perto e agora não consegui responder Estávamos tão próximos que eu podia sentir o calor do seu corpo por um momento

pareceu que o tempo havia parado então ele estendeu a mão e tocou meu rosto com delicadeza Isso é errado sussurrei mas não recuei talvez respondeu ele mas não parece errado antes que pudesse pensar em mais alguma coisa ele se inclinou e me beijou dessa vez não foi um gesto tímido ou acidental foi intencional cheio de emoção reprimida quando nos afastamos ficamos em silêncio respirando pesadamente isso não deveria ter acontecido murmurei mas aconteceu e eu não me arrependo Voltamos para o carro em silêncio ambos mergulhados em nossos pensamentos o caminho de volta para casa foi pesado

Eu sabia que aquilo tinha mudado dado tudo mas não sabia como lidar com isso naquela noite fiquei no meu quarto encarando o teto e tentando fazer sentido de tudo eu queria conversar com ele mas tinha medo do que poderia ouvir foi só depois da meia-noite que ouvi uma batida suave na porta posso entrar meu coração disparou mas respondi sim ele entrou devagar fechando a porta atrás de si precisamos conversar disse sentando-se na beira da cama eu sei não quero perder isso confessou Eu também não mas isso é complicado ele assentiu podemos dar um tempo pensar

ver como nos sentimos e se isso não for suficiente perguntei minha voz quase um sussurro então encontraremos uma maneira juntos Houve um momento de mas dessa vez não era desconfortável era carregado de promessas não ditas boa noite disse ele finalmente levantando-se para sair boa noite quando ele fechou a porta fiquei deitada na cama sentindo que mesmo sem respostas Claras havia Esperança