Oi Oi pessoal tudo bem com vocês eu sou mais a Barbosa Esse é o canal Trama literária e esse vídeo é parte de uma série na qual estamos discutindo gênero patriarcado e violência delícia filhote é um livro curtinho temos aí 158 páginas mas é um dos melhores livros sobre feminismo que eu lia e nos últimos tempos então indicando para todo mundo e temos um primeiro vídeo discutindo o capítulo Então vamos ter quatro litros sobre o livro um vídeo para cada capítulo por que alguns vídeos especialmente os vídeos que eu falo sobre feminismo eu gosto de
fazer uma discussão resistência para não entregar o conteúdo e para poder conseguir discutir o livro aprofundadamente sem passar isso e fazer uma resenha muito simplista então estamos discutindo aí gênero patriarcado e violência se você já tá lendo o livro conta para mim aqui que você tá achando que você já leu conta aqui para mim também se você já leu outras coisas dele ele saffioti outras coisas de teóricas brasileiras Conta aí para mim não é que eu gostei demais do livro dela já tinha lido outras coisas mas não tinha lido nenhum livro completo Esse aqui foi
o primeiro próximo que eu vou ler a mulher na sociedade de classes hoje falamos então do capítulo 2 que tá entitulado que a gente do lado descobertos da área das perfumarias e a gente pode entender aqui ele essa filhote explica para gente que essas áreas das perfumarias na verdade as ciências humanas então é como se a gente tivesse duas ciências uma que se chama de ciências duras né ciência dura é a área e dentro da do que se chama de ciências exatas ou dentro do que se chama ciências humanas que a área das perfumarias que
se preocupa com coisas mais importantes - transformadoras vamos dizer assim e aí ela já começa a rebatendo essa ideia que bom se alguém ainda acha que a gente tenha dois tipos de ciência ou que as ciências não se misturem tá fazendo a pesquisa o tempo inteiro errado justamente porque eu não dá mais para promover essa divisão tô em áreas elas deveriam se preocupar com gestões sociais elas deveriam se preocupar com essa com esse aspecto humano e não somente as ciências humanas ou a área das perfumarias uma das primeiras discussões que ela vai travar nesse capítulo
é justamente o quê quais são as formas de violência que a gente vence então lá no primeiro capítulo ela falou sobre o conceito de violência e aquilo Capítulo dois ela vai falar sobre o que que é violência contra mulher ela vai falar sobre o que que a violência de gênero ela vai falar sobre o que que a violência doméstica e falar vai falar sobre esses vários tipos de violência entendido meio que como a mesma coisa mas na verdade uma coisas bastantes bastante diferentes tá isso ela começa discutindo que seja gênero ela vai trazendo que vai
colocando várias Pensador as já conhecidas em relação aos conceitos de gênero ela fala da lauretis ela fala da Scott enfim ela vai trazendo pensadores para falar sobre o que seja gênero Mas a gente pode em Ai que demora muito simplista o gênero como sendo os símbolos que a gente constrói ou as representações que a gente constrói em relação ao que é ser homem o que é ser mulher então quando a gente nasce com vagina dentro da sociedade a gente vai aprender uma gramática de gênero quando o sujeito mais com pênis dentro da sociedade ele vai
aprender outra gramática de gênero então a como a gente aprende a ser mulher ou como a gente aprende a ser homem ela vai falar que muitas vezes as relações ou esses aprendizado sou na maior parte das vezes esses aprendizados eles também tem a ver com aprendizados relacionados à questão do Poder Então quem cresce com mais poder dentro dessa sociedade de entrada necessariamente ao homem que quem cresce com menos poder na sociedade de entrada necessariamente é a mulher ela queria falar de diferenças nas conceituações feministas a gente não vai entrar nisso aqui mas ela vai falar
basicamente que para algumas feministas ou para algumas Vertentes feministas o patriarcado ele vai ser o Construtor das operações enquanto que para outras feministas Esse é o gênero que vai construir essas opressões então não há um consenso em relação a isso vai depender de qual vertente que você segue vai depender de coco sua perspectiva política também mas necessariamente a gente tem aí o patriarcado e o gênero como sendo moduladores eu como sendo sustentadores dessas relações de poder que que o homem pode mais porque a mulher pode menos está com base aí eu tá justificado pelas relações
ou do patriarcado ou das relações de gênero de qualquer maneira um dos grandes problemas do patriarcado a justamente no fato de que ele não está somente no seio da família Então se a gente pensa numa família patriarcal e é justamente esse espaço no qual o patriarca seja o dono da verdade o dono da última palavra ou quem tem realmente poder sobre aquela família mas o grande problema é que as relações patriarcais elas escapam é isso todo todas as nossas e elas vão ser pautadas no patriarcado ou elas vão ser pautadas nas relações de gênero que
a gente vivencie se a gente pensa hoje um dos melhores exemplos para gente falar hoje é no que diz respeito à legalização do aborto ou a descriminalização do aborto não se a gente pensa quem decide isso alguém tá decidindo isso necessariamente são homens são os políticos os homens majoritariamente não seja para decidir contra ou seja para decidir a favor da 10 creme descriminalize descriminalização do aborto necessariamente a gente deveria ter mulheres discutindo isso decidindo e não majoritariamente homens falando sobre o corpo da mulher porque são problemas necessariamente que afeta as mulheres Então a gente tem
que ter mulher falando sobre isso e quando a gente tem mais homens a gente tem justamente isso Opa o patriarcado ele não está só na família ele tá em todas as nossas relações ela vai citar vários exemplos para mostrar como o corpo da mulher ele está disponível ele Oi tá disponível sempre para poder masculino e isso novamente sustenta as relações patriarcais fora do espaço da família como algumas culturas por exemplo que se retira o clitóris da mulher para poder impedir que essa mulher tem a prazer ela vai citar vários exemplos de culturas que costuram o
espaço ali da entrada vaginal justamente para que o homem tenha mais prazer quando ele estiver penetrando essa mulher aqui no Brasil a gente tem especificamente uma que é muito difundida que eu acho que agora já tá bem menor mas eu tenho certeza que não desapareceu é o que se chama de ponto do marido o ponto do marido eu não sei se você já ouviu falar mas é quando a mulher passa por um processo de parto natural e aí o médico vai dar uma um pontinho a mais ali para costurar para fechar mais a entrada para
o canal vaginal justamente para que posteriormente nas relações sexuais o homem tenha mais prazer mas muitas mulheres não relatar muita dor e muito de conforto porque altera e obviamente o formato O que é dado entrada do canal vaginal dessa mulher e muitas vezes vai ser extremamente dolorido Então olha só é o médico se preocupando com uma coisa que não era para ele tá se preocupando justamente naquele momento que ele tá lhe fazendo quarto dessa dessa mulher justamente por conta dessa possibilidade aí do patriarcado de legislar em diferentes áreas em diferentes ações em diferentes situações nas
quais as mulheres estejam falando aqui eu lembrei de uma outra coisa que está muito na moda agora acho que de uns dois anos para cá são as e cirurgias para modificar a forma da vulva feminina seja para esticar o Lábio para reduzir o Lábio para igualar os lábios para poder clarear Então a gente vai tendo várias várias várias novas processos cirúrgicos mesmo que não sejam tão invasivos assim mas que necessariamente é para o corpo da mulher e obviamente pensando aí no prazer essa mulher e vai oferecer para esse homem durante a relação sexual então o
papel da mulher como é e se preocupar se a luva dela tá tão bonita o cartão interessante para ter relação com esses homens aí justamente porque isso vai ser uma demanda e com o capitalismo começa a oferecer para essa mulher ela vai falando então dá cirurgias e depois ela modifica para falar também de uma permissividade que às vezes o estado tem o que muitas vezes o Estado tem mas as pessoas também tem em relação ao que se chama de crimes de honra então ela vai dizer que muitas vezes na mulher quando trai o marido e
depois desse homem vai a julgamento vai se chamar esse crime desse homem de crime de honra ou então de crime passional é como se esse homem a partir do momento que essa mulher ela o trai ele meio que tivesse direito de fazer o que ele quer com a vida dessa mulher ou agredir essa mulher justamente porque ela cometeu aí um ato de traição e isso merece punição e as pessoas precisam saber que essa mulher traiu e que a partir do momento que essa mulher traiu ele também precisa mostrar E aí se vingar isso se explica
pelo fato de que bom se a gente está numa relação na sociedade que valoriza E essas relações de poder essa diferença relações de poder a gente entende que se acha presente de relação de poder tem um sujeito que ele ganha poder ele tem um sujeito que perde poder costumeiramente as mulheres já estão meio que habituados a perder poder porque assim desde que nasci deles que a criança mulher né criança ela vai percebendo que meninos podem mais mas a partir do momento que ela vai se tornando adulta ela vai estar no Constância nisso e de repente
essa mulher perdeu poder dentro de seus espaços acabou nem sendo um grande problema assim justamente para isso meio que a ordem natural das coisas o homem não homem ele tá menos habituado a perder dentro desse jogo de relações de poder então sempre o homem perde ele vai se sentir muito mais enfurecido do que a mulher justamente porque ele não está habituado em relação aquilo então quando a mulher trai esse marido ele É nesse jogo de relações de poder essa mulher escolheu tá na relação fora desse casamento e quando esse marido fica sabendo disso quando esse
companheiro fica sabendo disso ele precisa como promover um ato de violência para poder mostrar que o poder ainda dele essa mulher ainda a mulher dele e se ela ainda a mulher dele ele pode fazer o que ele quiser com ela ele pode agredir ele pode matar e muitas vezes isso com a conivência do Estado porque esse sujeito vai lá na frente para ser julgado e vai ter alguém vai ter um sistema vai ter um sistema que vai falar para ele que não tudo bem né porque foi crime de honra então se a pé matar aqui
super reduzida e isso acaba acontecendo com certa frequência a gente vai ter alguém novamente ao patriarcado mostrando que ele me passou a dentro de casa ele tá nos espaços públicos ele tá nas esferas públicas e principalmente ele legislando aí sobre os corpos das mulheres e ela traz é maravilhosa que o feminismo radical e constrói para gente que a justamente essa ideia de que o pessoal e político ou seja o patriarcado ele não tá só dentro de casa ele tá nos espaços públicos ele está legislando sobre os corpos das mulheres ele tá decidindo que a mulher
pode fazer com seu com seu corpo ele tá decidindo que o homem pode ter a pena reduzida ou às vezes nem preso porque o que ele cometeu um crime de honra porque o que ele cometeu foi um crime passional então quando ela traz as ideia quando ela evoca essa frase do pensamento do feminismo radical de que o pessoal é política ela vai mostrar para gente que a mulher muitas vezes não está segura dentro do espaço de casa e essa falta de segurança dentro do estádio de casa vai ser apoiado e vai ser solidificado pelas outras
instituições a gente pode pensar na lei do do estupro marital que é uma coisa muito recente aí que mas a gente tem até algumas Décadas atrás eu não me engano a ideia de que o homem quando ele estuprava essa mulher essa mulher nem tinha como reclamar Ou nem tinha como dele o nome porque ser um estupro dentro de uma relação conjugal Então não é tão estudo é assim ele só queria transar como assim ela fala não então a gente vai ter Justamente a essa ideia de que bom se o homem Ele tá dentro de um
casamento ele tá dentro de um casamento justamente pela até a 7 nesse corpo dessa mulher quando ele quiser esse essa mulher acha ruim essa mulher se sentir ferida ela não tem nem como denunciar porque isso é apoiado pela legislação ela vai sempre pensando acho que uma coisa que eu acho bastante nesse livro dele ele saffioti é o fato de que ela vai sempre pensando como uma violência vai gerando outras formas de violência e como ela fala muito da violência contra a criança eu acho que isso é fundamental da gente discutir dentro do nosso sociedade patriarcal
bom nessa a gente tem que fazer caldo a gente tem necessariamente sujeitos que sofrem com a violência promovida pelo patriarcado e necessariamente as crianças elas são sempre as maiores vítimas então ela vai começar falando ele que a gente tem o que se chama as doenças da Alma O Chagas da alma é pano essa mulher ela não necessariamente sofre uma violência física mas ela sofre algum tipo de violência psicológica que acaba machucando demais essa mulher e acaba fazendo com que essa mulher tem uma série de prejuízo justamente por conta dessa violência psicológica que quando o cara
não bate nessa mulher mais rasga a roupa por exemplo o tranco essa mulher dentro de casa o xinga demais essa mulher ofendi demais essa mulher controla com quem essa mulher anda controla os amigos dessa mulher Então isso é o que ela vai chamar de violência é o violência que provoca Chagas na aula que a justamente Essa violência que ela vai machucando a mulher ao longo do espaço de tempo e vai fazendo com que essa mulher fica ele extremamente ferida o grande problema dessa violência da violência psicológica é que ela não acontece no espaço único aí
de vez ela vai se repetindo a gente fala do namoro E aí um casamento para uma relação mais duradoura e o abusador ele tem Constância no abuso justamente porque ao passo que ele vai abusando dessa mulher ele vai se aprimorando naquilo ele vai se tornando ainda mais abusivo EA mulher ela acaba que ela vai sofrendo ainda mais com aquilo Isso vai ser meio que constante até que quando na melhor das hipóteses ela consiga se libertar dessa relação abusiva E aí a gente pode se perguntar por que as mulheres costumam ficar tanto em relações abusivas mesmo
ou às vezes tendo condições de sair mesmo os menos estendo a condição financeira para sair dessas relações mesmo pelo apoio familiar muitas vezes ela vai dizer que a mulher muito por conta da maternagem também como na nossa como nossa sociedade a mulher ainda é a principal responsável por cuidar das crianças por poder maternar para poder Educar para promover valores juntar essas crianças ela vai dizer que a mulher ela meio que tem esse desejo de transformar o homem foi muitas mulheres permanecem relações abusivas Porque ela acha e o homem tá mudando porque o homem tá melhorando
e como a violência doméstica ela acontece sempre dentro do Círculo né então o cara Grid depois ele vai melhorando até que ele volte aqui para esse ciclo do abuso essa mulher ela sempre tá achando que o seu parceiro tá melhorando ela sempre tá achando que seu parceiro tá melhorando a sua filha eu te disse que a gente se aprimora o dentro das nossas habilidades a gente se aprimora nossas qualidades nos nossos defeitos vamos dizer assim então as nossas Manias que a gente tem aos 20 a gente vai ter essas Manias aos 30 e de uma
forma mais aprimorada vamos dizer assim ela vai dizendo que a gente vai aprimorando nas coisas que a gente sabe fazer isso a gente pega o trabalho né quando a gente tem começa a fazer um determinado o trabalho a gente faça um determinado a qualidade a repetição daquele trabalho a Constância naquele trabalho vai fazer com que a gente melhora então tivemos um crescimento aí da nossa habilidade ela vai dizer que nas relações abusivas desse abusador ele também aprimora ele também melhor aos Ah então é por conta disso que a gente vai percebendo que as relações de
dominação elas vão se tornando mais violentas conforme o passar do tempo justamente por essa blusa a dor ele está se aprimorando aqui nessa nessa nessa relação abusiva EA vítima por consequência ela não vai perceber nessas transformações muitas vezes porque elas não são muito lentas então eles acontecem devagar acontecem com Custom ser mas essa Leite mal acaba tendo dificuldade para perceber que o abuso que ela sofria cinco anos era menor do que o abuso que ela sofre hoje é com fome passou esse tempo e esse sujeito abusador foi se aprimorando aí é por isso que ela
vai falar de forma muito genial que não dá para trabalhar só com a vítima de suas relações abusivas a relação abusiva ela precisa ser trabalhada sob diferentes perspectivas mas precisa necessariamente envolveu abusador também a gente já falou lá atrás que não dá para só para gente culpabilizar esse sujeito que a blusa não dá para patologizada vamos dizer assim jus e a violência uma sociedade violenta vai gerando os sujeitos violentos homens e mulheres violentos e violentas Então se a gente trata ali de uma família violenta necessariamente você trabalho preciso envolver os dois sujeitos que se a
gente tem esse sujeito aqui que abusa e que violenta essa mulher se esse trabalho envolver de libertação ou se você trabalha de modificação envolver somente essa mulher é muito provável que esse sujeito abusador ele se torna ainda mais abusivo justamente para impedir que essa mulher saia dessa relação para impedir que essa mulher modifique é o seu estado justamente porque ele pega essa mulher permaneça dentro desse estado aí dentro desse ciclo de abuso então isso pode muitas vezes ter consequências trágicas começo jeito matar essa mulher a partir do momento que ele percebe ali uma tomada de
consciência desse sujeito também então necessariamente quando vai trabalhar com vítimas do abuso necessariamente tem que envolver tanto a o sujeito que abusado quanto o abusador quando se faz isso deixa de se trabalhar viu quando se faz isso deixa de se entender a violência como um tabu e passa essa entender então essa violência a partir das perspectivas sociais então bom você temos uma sociedade que cultua a violência você temos uma sociedade que cultua as relações de poder a gente precisa olhar para isso mesmo que pareça ser muito frio né mas a gente precisa entender que para
se gente conseguir transformar a sociedade precisa envolver o trabalho dentro de todas as relações gente é só foram as conversas de hoje e finalizamos metade do livro Já terminamos o segundo Capítulo e bora para semana que vem vamos falar dor capítulo 3 que é deixa eu ver aqui que é o para além da violência urbana espero vocês Espero muito que vocês estejam gostando e que vocês estejam acompanhando os vídeos um dizendo para mim aí que que você estão achando e que outros livros já já vamos conversando sobre Quais os próximos Li Oi gente discutir em
sequência para a gente discutir bem discutir Dinho passando por todos os Capítulos de modo aprofundado até mais