salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do wesling podcast hoje nós temos aqui novamente o professor Dr Eduardo zimer que agora eu não preciso mais apresentar para vocês por duas razões A primeira é que ele já veio aqui a gente fala sobre Alzheimer e ele foi banca da minha da minha defesa de doutorado e a gente Aproveitou a oportunidade para entrevistá-lo também e segundo motivo que eu não preciso mais apresentar para vocês é porque o professor agora tá famoso e saiu no Fantástico foi eleito aí o jovem cientista mais influente do
mundo é isso mesmo sor exatamente como é que foi esse rolê aí essa é uma é uma premiação da associação americana de Alzheimer alzheimers Association que ela uma vez por ano ela ela dá um prêmio porque ela considera o Pensador mais influente do mundo em em área básica em institudos básicos né e eu fui premiar em 2024 fui pr pra Filadélfia ã tive 3 minutos para falar um pouquinho sobre a nossa história aqui no Brasil um pouco sobre o laboratório sobre os estudos que a gente vem fazendo aqui no Brasil foi um momento Espetacular que
legal parabéns carreira Fantástico h para quem quiser eh eh ver o discurso né Ele tá disponível lá no Instagram do do grupo de pesquisa que é o zimer neurolab e vocês podem ver os Três minutinhos lá eu falando um pouquinho sobre o que a gente tá fazendo no Brasil e o quão importante é a gente fazer pesquisa no sul Global aham aham que a gente meio comentou no outro Episódio né sobre como não tem tanta pesquisa sobre o cérebro do Sul Global né Principalmente não isso sem dúvidas né a gente tá começando a entender o
cérebro do Sul Global agora hein Professor mas assim só ficando nesse nesse nesse assunto ainda por que que você foi o qual que é o substrato que você contribuiu pra área assim pr pra galera te escolher é você comentou desse desse estudo que foi apresentado pelo draus Varela no Fantástico né e ele foca nessa célula do cérebro que a gente chama de astroso né para só entender um pouquinho acho bastante interessante né se você pega o o córtex cerebral que é a nossa região mais evoluída que mais evoluiu né a gente vai ter 60 bilhões
de células da glia uhum entre elas o astroso tá E só 16 bilhões de neurônios Então a nossa região que é mais especializada tem mais astros do que neurônios né a gente tem essa essa visão neurocritico humano né ah o neurônio tá na no comando de tudo mas na verdade a gente tem essa outra célula que é muito muito muito abundante no cérebro humano né e parece tá Envolvida com toda a parte fisiológica do cérebro humano pra galera Entender no o contexto os primeiros livros texos de neurociência colocavam as células da glia como se fosse
uma cola ou seja um cuque de chocolate seria o cérebro como se fosse os neurônios fossem os as gotas de chocolate a célula da glia fosse a massa que colava eles né meio que tornando um papel secundário e o que você tem mostrado É que na verdade tem um papel também primário ou primário é eu e diversas pessoas né diversos pesquisadores têm mostrado essa e consistentemente o papel do astrócito no cérebro né Tem um Pensador muito famoso chama Alex herver kratz que ele eh diz que o astroso é a célula homeostática do cérebro então é
célula responsável por manter o cérebro em homeostasia né para se ter uma ideia que eu acho bacana né todo mundo já viu falar de sinapse né a gente pensa quando fala de sinapse do neurônio mas na verdade o conceito atual de sinapse é sinapse tripartite a gente tem um neurônio pré um pós-sináptico e um astrosa são os três juntos que fazem a sinapse funcionar de maneira correta né Eh esse nosso estudo ele mostra que eh que os astros eles estão muito Associados com eh o metabolismo energético do cérebro né para todo mundo entender se a
gente Para para pensar todo esse poder do cérebro de processamento obviamente a gente precisa de muita energia né a gente gasta muita energia para sinar né e a ideia é que o astrócito seja o responsável em receber essa energia receber glicose no caso metabolizar essa glicose em lactato e enviar lactato como substrato energético pro neurônio então é uma cooperação entre o neurônio e o astroso que faz com que o cérebro funcione de maneira correta e tenha consiga desempenhar Essas funções evolutivas tão complexas né Uhum mas essa essa ideia do metabolismo energético eh financiado ali pelo
astr trost manufaturado pelas trost digamos assim ela gera uma ideia o seu grupo pegou isso e colocou num contexto específico ou aprofundou nisso muito legal a Pergunta assim ó a primeira provavelmente a primeira vez a a gente chama isso de a hipótese da lançadeira lactato lançadeira troo neurônio de lactato né primeira vez que que isso foi proposto foi 1994 pelo Luk peler e pelo Pierre magistr esses dois proporam modelo mostrar os primeiros estudos em vitro né que existia esse acoplamento essa cooperação entre o astroso e o neurônio que acontece que a gente começa a ver
um monte de estudo corroborando esses e esses resultados né alguns discordando como ciência É isso aí né e em 2017 um pouquinho antes 2016 2015 a gente começa a tentar a mostrar esse mecanismo em Vivo ou seja no C vivo né então a gente tinha um monte muitos resultados em modelos celulares resultados avaliando o cérebro pós morem né mas resultados em vivo a gente não tinha ainda né E lá em 2017 a gente organiza um estudo desenha um estudo onde a gente consegue ativar esses astros em vivo em roedores né em pequenos animais e consegue
vendo por um exame de neuroimagem de imagem o aumento do consumo de glicose pós ativação desse as hum né esse artigo acabou sendo publicado na net New Science que é uma revista super importante né E foi Provavelmente o artigo que abriu essa linha essa ideia né de que os astros contribuiriam pro sinal de um exame que é utilizado na clínica atualmente né todo mundo já vi falar do petscan tem um petsan que avalia glicose né o fdg né e a gente mostrou que esse petc que avalia glicose que era tido como marcador de atividade dos
neurônios Na verdade ele responde também aos astres ol S isso 2017 né em 2020 a gente tem um artigo de consenso da Lancer neurology que também é uma revista fora de série que eles propõem já pela primeira vez que o sinal desse exame de imagem do petscan é uma composição entre consumo de glicose dos astros e dos neurônios Olha só isso eventualmente muda Até diretriz de análise Mud muda muda pelo seguinte Olha só se a gente pega uma doença neurodegenerativa a gente vai est falando sobre isso hoje um pouquinho como uma doença de alzheimer a
gente tem uma assinatura hipometabolismo [Música] por isso que aquela que aquela região Zinha para de consumir glicose isso aí potencialmente muda toda a a Digamos que a fisiopatologia do entendimento fisiopatológico da doença de alzheimer e consequentemente novas hipóteses para fármacos vão surgir né O que é fantástico Porque até então para quem não sabe a gente não tem muitos fármacos modificadores da doença né a gente pode entrar bastante em fármaco porque é uma das novidades grandes dos últimos meses aí né mas na verdade se a gente para para pensar que esse essa redução do metabolismo de
glicose ela tá associada com o astroso não funcionar bem Pode até ser que o neurônio ainda seja vivo Olha só cara imagina cara ISO uma quebra de paradigma brutal a gente tá falando aí num potencial pro Futuro né e obviamente a gente tem muita pesquisa para desenvolver para entender isso né que daqui a pouco se a gente conseguir fazer o astrócito voltar a funcionar o cérebro volte a funcionar tem tem um um estudo que a gente vai desenvolver agora que é um dos estudos que que eu tenho mais interesse a desenvolver nos próximos anos né
que ele foi financiado pelo Instituto serrapilheira né então a sétima chamada para quem é Jovem Pesquisador e precisa e e desenvolver seu tá com dificuldade envouver sua pergunta fundamental procur o Instituto serrapilheira né eles abrem chamadas para jovens pensadores que acabaram de agora tem pdoc também então pdoc ou pesquisadores que acabaram de de ser contratados né eles têm chamadas todo ano né E eles ajudam essas pessoas a responder perguntas fundamentais eles investem em algumas algumas perguntas mais arriscadas também tem toda uma bem legal né a pergunta fundamental né eles sempre falam de pergunta fundamental esse
essa é uma coisa muito interessante né a gente Às vezes tem dificuldade de fazer uma pergunta fundamental né e fazer uma pergunta fundamental é é um é um exercício bastante interessante né Por exemplo Me dá aí uma pergunta que você quer responder qualquer pergunta de pesquisa é qualquer coisa e vai ser relacionado ao meu doutorado Então não vai ser fundamental manda qualquer coisa eu vi que animais noout para receptor LDL tem uma tem mais proteínas sinápticas e tem mais arborização dendríticas enquanto isso eu vejo no comportamento deles uma deficiência comportamental E aí eu não consegui
casar as duas coisas eu achei que eu ia explicar a deficiência comportamental por redução no no na arborização dendrítica e nas proteínas sinápticas e indicando uma redução n sinapses mas na verdade estão aumentadas tá a minha pergunta a minha próxima pergunta mas aí Abriu a pandemia e eu virei empresário e E terminei meu doutorado por outras vias mas eu ia pra França com professor lá da França porque eu ia fazer aí o cara vai desenvolvendo pergunta em cima dos dos achados que vai né Exatamente exatamente e eu ia fazer um peps peps e pips desses
neurônios o potencial expatrio prático eletrofisiologia que a minha hipótese era que aqueles neurônios por mais que tivesse mais arborização e mais sinapses eles estavam hipofuncion tá belezaa hipótese pergunta não legal achei achei muito boa uma pergunta muito específica clássica de um doutorado né a gente quer avançar um pouquinho numa área super específica como é que a gente transforma uma pergunta fundamental Qual é o animal nocal você ia usar o LDL LDL tá esse é o seu modelo para responder a pergunta então a pergunta fundamental ela tem que voltar pro LDL né Qual o papel do
LDL na arborização dos neurones você você vai voltando o o modelo Claro a gente fez um um uma imagina bate bola ao vivo aqui transformando uma pergunta do doutorado pergunta Fundamental e ela tem que ir voltando né E você começa muitas vezes perguntas perguntas fundamentais usam medicina comparativa para responder né ô Será que o rdl tem esse mesmo papel no neurônio do golfinho no neurônio do elefante ou será que isso é uma coisa humana ah né então você vai voltando voltando para usar a maioria do que você falou como modelo paraa resposta mas a pergunta
fundamental ela vem do legal LDL Qual o papel do LDL na sinapses legal ex é fundamento essa uma Fundamental e o serrapilheira vai para essas é isso que eles querem Eles querem que você volte volte Volte volte eu sempre eu sempre quando a gente tá pensando em pergunta fundamental eu penso assim ó sempre falo pra turma Vocês precisam pensar no modelo como modelo para responder né Por exemplo eu trabalho muito com Alzheimer né então uma das minhas perguntas fundamentais se peleira foi Qual a origem celular da vulnerabilidade para neurodegeneração mamíferos V lá lá lá lá
lá mamíferos ainda era medicina comparativa né esse projeto bom quem quiser procurem porque é uma oportunidade muito bacana para quem quer ser cientista no Brasil e tá com dificuldade de conseguir recurso financeiro né A minha pergunta fundamental da da da chamada da sétima chamada agora que é a última chamada que eu acabei de ser financiado é um pouquinho diferente tá vou te dar uma informação com uma informação Espetacular tá a partir dos 40 50 anos o cérebro começa a atrofiar tá a partir dos 50 ele vai perdendo a cada 10 anos ele perde 5% de
natural natural envelhecimento né ele vai perdendo volume vai atrofiando né E essa outra informação que eu vou te dar é crucial baseado nos estudos do professor Roberto Lente do frj né que conta células o número de neurônios é o mesmo Olha só então o cérebro vai perdendo volume ou seja morre glia eu acho que não tá eu acho eu acho que que não morre glia também tá ã mas o cérebro vai reduzindo de tamanho o número de células parece ser estável né O que que tá acontecendo né a gente hipotetiza e essa é uma pergunta
fundamental que a gente quer responder que eh o astroso reduz seu tamanho hum né a gente sabe que o astroso conforme ele vai envelhecendo ele pode ir reduzindo de tamanho até cinco vezes olha só então você imagina se a atrofia cerebral associada com o envelhecimento esteja associado a uma redução do tamanho do astroso se a gente conseguir fazer o astroso recuperar o seu tamanho quem sabe o cérebro volte já funcionar como antes os 50 anos talvez empurre mais pra frente né Olha só cara essa é uma pergunta fundamental que a gente tá tentando responder agora
e a gente tem maneiras e eh manipulações genéticas que a gente tá desenvolvendo para fazer o astroso perder tamanho A ideia é ver se se esse astroso perdendo o tamanho o cérebro vai acompanhar e vai perder também Essa vai ser uma mudança de paradigma bem legal testar tudo né ah testar tudo é essa essa é a ideia Tá mas a gente tava num migramos pra pergunta fundamental do não a gente tava inicialmente nisso que você você falou que tava desenvolvendo Esse estudo aí depois é do Fantástico e aí a gente ia entrar numa farmacologia que
tem umas novidades por aí ah da doença de alzheimer legal então A ideia é essa cara imagina se a gente pensar que é porque hoje só pra galera entender Eu acho que hoje todos os testes que que eu pelo menos conheço e engraçado na ciência fazendo um parêntese aqui no meu mestrado em 2018 eu escrevi uma revisão em português tá disponível aí só você procurar no no no no no Google eu fiz uma revisão em português sobre Por que o funciona no roedor funciona no às vezes na fase um fase dois ensaio Clínico aí em
fase três de ensaio Clínico para comercializar a droga não funciona e eu fiz uma revisão de vários Tudo aqueles mab que tem final mab lá sim os anticorpos é E aí cara eh uma das conclusões da minha revisão foi de que potencialmente a gente não tem um modelo bom para Alzheimer em roedor foi uma das conclusões que eu cheguei era uma uma revisão narrativa então debati lá com a literatura né e pô funciona no Animal funciona no só que a gente não como a gente não sabe a origem da fisiopatologia do Alzheimer a gente tem
dificuldade de mimetizar é diferente do animal LDL a gente sabe a fisiopatologia do ser humano que tem hipercolesterolemia familiar é Idêntica a fisiopatologia do animal que tem hipercolesterolemia familiar então testar o medicamento nesse constructo vai ter uma uma vai vai ter uma transposição muito mais simples para esse daqui muito mais fácil de fazer o Alzheimer esse daqui ele não é aparentemente um modelo Bom pelo que a gente estava discutindo naquela revisão Uhum você acha que esses novos estudos eles potencialmente podem trazer um novo modelo um é essa essa também ela vai em linha o que
eu penso em relação aos modelos de Alzheimer a gente tem uma grande iniciativa americana que é o Model ID da do do do enaid que é a agência de financiamento deles que tá desenvolvendo vários novos modelos vários novos modelos de Alzheimer para tentar mimetizar o que a gente chama de Alzheimer esporádico né ou H espor a Alzheimer de início Tad que é o mais comum 98% dos casos né A grande maioria dos modelos de Alzheimer desenvolvidos até então utilizavam H mutações associadas com Alzheimer familiar aqueles 2 3% da da que que são que correspondem né
A a Alzheimer familiar então esses modelos utilizavam essas mutações tá essa é a primeira primeira coisa importante a gente entender agora a gente tem esses modelos sendo desenvolvidos para mimetizar a doença esporádica mais comum tá que que eu acho disso tudo número um o roedor perc eh não parece ser o modelo essencial para entender a doença a complexidade da doença de alzheimer tá eu posso levar paraa minha área de novo mais uma vez quando a gente tem uma razão neurônio eh glia neurônio no cérebro humano de 3.7 no córtex do cérebro humano no dedor essa
razão vai ser perto de um aham então o é difícil né eu a a minha ideia a nossa hipótese de trabalho é que os astros estejam bastante envolvidos na vulnerabilidade do cérebro a doença de alzheimer se eu vou trabalhar no modelo roedor que tem muito menos astr dei macaco Eu acho que o Mac o macaco é o modelo que tem mais né mas é muito mais complexo de trabalhar com macaco demora para envelhecer né mas mas eu acho que são Pontos importantes a gente debater esses modelos novos que que mostra uma coisa muito legal né
a doença esporádica Por que que a gente chama de esporádica né porque é uma doença multifatorial né então a gente tem uma doença que tem um componente genético que não é dominante né e o componente ambiente que aquele cara fez na vida dele né então esses dois componentes precisam se associar pra pessoa desenvolver a doença de alzer esporádica a mais comum que ocorre depois de 65 anos né e é muito legal estava conversando com a turma lá do do Model wedin e esses modelos novos eles estão desenvolvendo agora e tal Eu falei ah como é
que funciona e eles eles estavam me explicando você não vai acreditar Professor eh funciona exatamente como a gente vê na na na no humano e ó por quê Porque a gente bota um componente genético que não é dominante se a gente não coloca o ambiente externo do ambiente Olha só cara então el explicou esse modelo aqui que tem alguns fatores de risco para Doença de Alzheimer ele só vai e desenvolver déficit de memória se a gente der uma dieta hiperpalatáveis que a gente tem a gente precisa fazer algum tipo de intervenção ambiental para ele desenvolver
o o déficit de memória que Fantástico então então assim ó para nós claramente o que acontece em termos da patologia atualmente e o entendimento atual né é que é uma doença multifatorial h mais com 97 98% cas ess no modelo mimetiza mais isso né esses novos são vários tem cerca de sei lá 20 30 modelos já disponíveis E o pessoal tá começando a entender os modelos né Eu acho que o cérebro do roedor ele é muito menos vulnerável à doença de alzheimer você acha que é por conta dessa redução de córtex e tal do tamanho
da quantidade de eu acho né A minha hipótese que é e porque a gente tem menos h glia no cérebro acho quanto mais glia a gente tem mais vulnerável a gente é as doenças neurogena né pro pessoal lembrar um pouquinho quando a gente tá falando da patofisiologia da doença de alzheimer a gente tá falando daquelas duas proteínas que se acumulam no cérebro as placas de Bet amiloide e os emaranhados neurof builes de proteín tal então Milo patologia tal essas duas sempre esses gruminhos né Essas Pedrinhas insolúveis elas sempre estão presentes no cérebro do paciente com
a doença de alzaimer só que que tá essas esses gruminhos né Essas proteínas solúveis como você falou tanto da tal quanto da b42 atacam o neurônio até onde a gente sabe e o astrócito e o astrócito também e a microglia ah e o oligodendrócito olha só porque os estudos que eu li principalmente na época acho que do Sérgio Ferreira deelite normalmente eu via neurônio citado lá depois eu parei de acompanhar literatura depois de 2018 2019 Olha só cara é mas o legal legal é o seguinte o que que a gente sabe atualmente né que tanto
os astros quanto a microglia quanto o três artigos bem bem legais de se acompanhar dos oligodendrócitos né mas o que a gente sabe em relação à doença de alzheimer é que o astroso e a microglia que são dois tipos de célula da glia eles reagem eles respondem tanto a amiloide quanto a tal n então eles ficam reativos como a gente chama astroso reativo microglia reativa tá de de maneira mais simplificada a gente chama isso de neuroinflamação Ou seja quando o astrócito tá reativo quando a microglia tá reativa a gente diz que o cérebro tá inflamado
né esse é um conceito e eh mais atual né e simplificado porque é muito mais do que isso né a literatura tenta trazer como a neuroinflamação na doença de alzheimer ela tem sido caracterizada por reatividade dos astrócitos da microglia então o que que é reatividade de um astrócito a reatividade de uma microglia né essa célula ela muda de formato tanto de morfologicamente molecularmente de função ela muda completamente até ela fica o astroso fica hipertrófico por exemplo né quando ela vê uma placa de Bet amiloide por exemplo né isso a gente tem associado com neuroinflamação e
tá muito presente na doença se você me perguntar o que tem de mais Hot top área de que tá todo mundo tentando entender na doença de alzheimer atualmente é a neuroinflamação Olha só cara Acho que muita patologia tá sendo inflamação área virou assim é que a neuroinflamação é uma coisa um pouco di diferente né a gente tem a inflamação como aquela coisa clássica dos cinco Pilares de inflamação no cérebro a gente tá falando basicamente de as trosso e microglia né obviamente quando tem quebra de barreira a gente pode ter macrófago infiltrando né e mas a
gente tá falando dessas duas células né E esse é mais ou menos o o o conceito atual de inflamação no cérebro E aí professora a farmacologia ou os testes para para fármacos daria uma guinada em vez de investir na amiloide como eu lembro da revisão muitos investiam para tentar não deixar agregar ou não deixar os peptídeos tóxicos matarem neurônio matarem células daria uma guinada para tentar evitar neuroinflamação legal demais tá vamos vamos chegar no onde a gente tá atualmente né a gente tem os fármacos lá os e anticolinesterásicos né mais utilizados até hoje para melhorar
sintoma depois vem a memantina que é um fármaco que age no no sistema citatório do cérebro glutamatérgico também melhorando sintoma e agora pouquíssimos anos atrás né do Anos Atrás a gente teve o primeiro anticorpo para Milo sendo aprovado que que o anticorpo para mioide faz tá para você ter uma ideia como é que ele funciona né o anticorpo ele liga na placa de Beta amiloide e casa uma fratura quem que vai lá come a placa a microglia que consegue fagocitar sinala ele sinaliza quebra e a microglia vai lá começa a comer 56 semanas basicamente some
as placas Beta amiloides somem do foi no New England né Foi na não não o primeiro o primeiro resultado famoso desse estudo acho que saiu no New England também Vi New England que os os gráfico caíam assim Caraca B tem é tem tem tem um deles na New England mas o primeiro famoso é 2016 na nature É o c vinhet do aducanumab você tem na capa da Nature o mesmo cérebro cheio de amiloide e o mesmo cérebro sem amiloide tá PR PR PR para para pro pessoal entender também desde 2004 a gente consegue eh vê
placa de Beta amiloide em pessoas vivas né Por um exame de petsc também com radiofármaco que liguem amiloide desde 2004 Eles foram aprovados 10 anos depois no Brasil o primeiro radiofármaco para amiloide para fazer petsc para ver placa de Beta amiloide foi aprovado em 2022 acabou de ser aprovado 2 anos atrás né obviamente eles têm indicações clínicas muito limitadas né então h não dá pra gente sair fazendo exame de petscan para Milo em toda a população né ex a gente vai entrar podem a gente pode entrar mais nesse nesse assunto um pouquinho mais para frente
mas aí 2022 começam os anticorpos né a serem aprovados Então a gente tem o aducanumab sendo aprovado depois o lecanemab sendo aprovado e agora o donanemab são três o aducanumab foi aprovado pelo fda no que eles cham de aprovação acelerada né que é baseada no biomarcador ó tá removendo placa de Beta amiloide né Então Eu Vou aprovar baseado no que eu tô vendo de biomarcador então eh a parte Clínica a melhora Clínica era muito pequena né até se se discute se se existe uma melhora Clínica significante tá o lecanemab parece ter uma melhora Clínica um
pouquinho melhor o Don também né ó Qual que é a justificativa aí profor para provar um que só proibir o marcador porque talvez na frente venha exato o que acontece Vamos pensar assim ó se você tem a doença de alzheimer né sintomatologia clínica da doença de alzheimer tá você eh é positivo pros marcadores da doença de alzheimer né que que você faz com essa pessoa entendi né se você tem um fármaco que parece remover a patologia do cérebro né o fta assume que vale a pena liberar pra gente tentar porque você já sabe o caminho
se não fizer nada né exato as pessoas é uma coisa importante né a gente precisa tem várias tem várias e e esse essas esses anticorpos eles têm vários efeitos adversos né is é uma coisa que a gente pode comentar né mas vamos vamos pensar se a gente parar para pensar na doença de alzheimer como a gente pensa em câncer que é uma doença fatal sem cura Pensa como funcion os tratamentos pro câncer eles têm efeitos adversos iminentes né então não tem muito como fugir são doenças graves e fatais né Uhum bom então ele foi aprovado
lá porque removia a placa de Bet amiloide agora tem esses dois novos lecanemab e donanemab que foram aprovados também nos Estados Unidos Reino Unido aprovou também e acho que há umas duas semanas atrás a união União Europeia aprovou o lecanemab então a gente tá começando a ver esses anticorpos serem aprovados em vários lugares do mundo né que que eles fazem removem placas de Bet amiloide que é o que a gente acha que é o causador da doença né que a comunidade acha muito baseada no Alzheimer familiar o Alzheimer familiar quem causa a doença eh eh
são genes que são Associados com a proteína betamil né então são a a o app PS1 e PS2 são genes Associados com metabolismo da proteína de Bet amiloide né proteína precursora de Bet amiloide então muito baseado nisso a gente acredita que na esporádica seja parecido Então vamos remover essas placas vamos parar a progressão da doença mas aí tem uma coisa importante né esses fármacos Eles foram testados indivíduos que já estão na fase clínica da doença Eles já tem sintomas né que que a comunidade hipotetiza que se a gente conseguir intervir antes dos sintomas Pode ser
que a gente tenha um efeito de impedir a progressão da doença Esse é o que a comunidade acha atualmente legal então a gente tem esses anticorpos para amiloide três aprovar o aducanumab saiu agora foi tirado do Mercado Dois aprovados né e a gente acha que se intervir no início Pode ser que funcione para saber se funciona ou não mais estudo Clínico né Então apesar de ser aprovado a gente vai precisar de mais estudo Clínico para ter certeza você vai conseguir impedir a progressão da cascata da doença né Cascata seria o quê amiloide tal neurodegeneração declin
cognitivo uma Cascatinha que dura baseado nos estudos atuais na literatura 20 anos ou seja o cara vai ser positivo para Milo 20 anos antes dos sintomas uhum Mas nem todo mundo que é positivo para Milo vai desenvolver a patologia n lembra que o que a gente comentou é multifatorial você tem que ter um ambiente externo também eh atuando para aquilo para aquilo progredir para fase clínica da doença aí no caso dessa hipótese aí o pessoal vai pegar esses positivos e vai e vai começar a testar né vai começar a testar o fármaco nesses né o
medicamento nessas populações agora né em pessoas que são positivas mas não tem de clínic tem alguns estudos já acontecendo né a gente não tem dados suficientes para saber se vai funcionar ou não e assim não tem nenhum marcador sintomático desse início 20 anos atrás antes do declínio cognitivo na época que eu tava na na academia falavam em perda de olfato Mas é difícil saber né antes tem tem tem uma fase assintomática muito grande tanto que se você pega os critérios novos da doença dois seram dois em 24 agora né ã um critério da da alzheimers
Association Associação americana de Alzheimer e o critério da do International working group que é um critério mais Global assim liderado pela Europa mas mais Global essa a primeira vez que tem autores do Sul Global nesse critério né E eles propõem uma fase o americano propõe claramente o que a gente chama de Alzheimer pré-clínico né se o indivíduo é positivo para marcadores da doença de alzheimer ele tá na fase pré-clínica da doença de alzheimer né na medicina isso não é novidade se você pensar né a gente tem pré-diabetes pré hipertensão né a a gente vai ter
um pré doença de alimer isso que a associação americana tem proposto tem proposto né o International working group ele propõe que o cara positivo ele é um indivíduo em risco né Porque ele acha que o termo Doença de Alzheimer é um termo que tem muito estigma e a gente falar para alguém que não tem sintoma Ó você tem a doença de alzheimer biológica né como é que esse como é que essa pessoa vai receber essa informação né então H essa é uma mudança que vem vindo aí em relação a uma fase biológica pré-clínica ou o
indivíduo em risco né então assim que o pessoal tá tratando né E essa fase Dura 20 anos né Então essa fase que que todo mundo acha que é a fase que a gente precisa aprender a intervir tá e tem um dogma muito importante aqui que é a ideia de que alguns indivíduos são positivos para milo e não desenvolvem a doença tá isso é uma é uma ideia que eh eh é corroborada por diversos estudos tá mas tem um estudo muito bacana na Nature medicine do Rick oselli que é da eh eh da Holanda de Amsterdam
tá que ele mostra o seguinte ó se o indivíduo for positivo para amiloide e tal os dois por exames de imagem né feito um exame de pet para petsc para Milo para tal 6 anos depois ele vai desenvolver o primeiro sintoma Clínico ol só Então esse é um estudo que Dá Um Valor preditivo um valor prognóstico para esses marcadores ajudando nessa intervenção precoce ajudando nessa intervenção né seguindo na linha a gente tá falando aqui então de vamos tratar o neurônio parece que não não funcionou muito bem né baseado nesse Sante Colin cercos e na memantina
né Vamos tentar tirar placa parece que a gente tira a placa Mas a questão Clínica não parece tão boa e a gente chega na neuroinflamação como a gente estava comentando né E aí tem um estudo muito bacana que eu sou um dos coautores ele é liderado por uma liderado por dois brasileiros né A Bruna belaver que é professora ah adjunta da da Universidade de Pittsburg e o Taric Pascoal que é professor associado da universidade de Pittsburg né uma farmacêutica e um neurologista né na Nature medicine também né que eles mostram uma coisa sensacional né de
maneira bem simplificada se o indivíduo tem muito muita amiloide no cérebro tá e o astrócito tá reativo avaliado por um biomarcador uma proteína que vasa do astroso tá esse indivíduo vai ter tal aumentada se o indivíduo não tá com astros reativo ele pode pode ter muita amiloide ele não vai ter tal aumentar mas tal aumentar no sangue Olha só tornando fácil marcar né é Então olha só par e e o o marcador de astros reativo também é no sangue que legal só pro pessoal de casa entender é um avanço enorme você conseguir marcar no sangue
uma coisa que tá acontecendo no cérebro isso permite com que a pessoa no futuro quem sabe Vá ao postinho sem som coisa que hoje não tem como não tem como ter uma ressonância magnética funcional e 20 milhões de dólares num postinho a gente tem um estudo atualmente tá J com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e com o ministério da saúde para validar esses marcadores sanguíneos na população brasileira a gente vai fazer um grande estudo agora com 3000 pessoas para entender se esses marcadores funcionam ou não né mas esse estudo da
Bruna Bel ver do T Pascoal que são os dois brasileiros ele mostra que parece que pra doença passar do amiloide pro tal o astrócito tem que est reativo ou seja se o cérebro não tá inflamado de maneira simplificando né não tem a continuação da do talvez mostrando um efeito causal ali mecanismo causal é É sim mas a gente tá falando de biomarcador né É não pelo menos na via do biomarcador na Via exato na via e isso é muito interessante né aí a pergunta que sempre me fazem é essa pergunta pô por que que a
g não US antinflamatório então é at a próxima pergunta que eu i falar porque gerão antinflamatória então para para proteger o cérebro da doença de alzheimer isso já foi testado né a gente tem um estudo da de alguns anos atrás uns 10 anos atrás do John breitner chama Adapt né o Adapt testou antiinflamatórios e viu que não impede a progressão da doença né e a ideia aqui é muito simples né enquanto a gente tem o agente etiológico no cérebro a gente não consegue resolver inflamação então tratar inflamação é uma coisa resolver outra Seria tipo o
cara tá com a faca cravada no braço tomando antiflamatório tem exata Exatamente exatamente esse é bem o conceito né então agora se tem essa ideia de quem sabe se a gente remova as placas ah Juntando os dois Olha só olha como Olha como a ciência é construída com tijolinhos e tijolinhos né cara ex Quem sabe a gente usando aquele anticorpo Remove a placa consegue entrar com olha e aí a gente tem estudos interessantes saindo né com esses fármacos que haem em glp1 né com a semaglutida por exemplo né a semaglutida tem um monte de estudo
aparecendo a semaglutida aparece tem um efeito P inflamatório no cérebro n ela reduz inflamação de modo geral no cérebro né então a a gente vê pela frente aí uma combinação de vamos ter como alvo as placas de amiloide e tal mas também vamos pensar em fazer esse cérebro voltar a homeostasia e reduzir a inflamação dele você acha que o o futuro do não bem hipoteticamente falando seria um tratamento como se fosse um coquetel tipo HIV assim sem soma de dúvidas Olha só eu acho que a gente vai chegar no momento que a gente vai entender
que a gente precisa de a gente a gente tem várias várias coisas acontecendo no cérebro que só remover placa não vai funcionar a gente vai ter que vai ter ter que ser uma coisa combinada a gente tem alguns algumas startups indústrias farmacêuticas já investindo em ativadores de astroso por exemplo né vamos vamos fazer esse astroso aqui voltar ser um astroso super funcional ver se ele consegue resolver o problema do cérebro e assim partindo dessa ideia de que o astroso estaria hipofuncion e que o neurônio Teoricamente não havia Rido eh seria reversível sintomas é é esse
seria o grande breakthrough né Eh se o neurônio não morreu tá ali vivo dormente né Eh e o astrostar esse problema pode ser que a gente consiga recuperar né olha só bicho vamos lá em fases iniciais né a gente sabe que em na fase mais final da doença a gente tem aí morte sei lá de 25% dos neurônios né na clínica é aquela pessoa que não lembra mais dos fil é a aí a fase final da doença morre um monte de neurônio né mas na fase inicial essa morte é muito reduzida né E como eu
como eu te Comentei no envelhecimento saudável o cérebro vai parando de funcionar não o número de neurônios é o mesmo né então pode ser que o astroso realmente seja um caminho pra gente tentar pra gente tentar recuperar memórias é aposta do seu grupo ho é o que a gente é principal se você perguntar o que que seu grupo faz é isso que o meu grupo faz né meu grupo hipotetiza que ã um dos maiores problemas para as doenças neurodegenerativas é essa disfunção do astroso a gente acha que o astroso tá é é um é um
fator Central paraa vulnerabilidade do cérebro a doenças neurodegenerativas legal tá a gente acha que se a gente conseguir resolver ele a gente vai ajudar muito em termos de de clínica de sintoma né só pra galera ter uma noção em casa se a gente colocasse todos os grupos de pesquisa em Alzheimer no mundo dentro de um gráfico de pizza e não são poucos grupos de pesquisa em Alzheimer na neurociência se fosse um gráfico de pizza de pesquisas de áreas de pesquisa neurociência acho que o Alzheimer OC culparia um grande pedaço né ah um grande pedaço mas
desse grande pedaço se a gente fizer um gráfico de pizza desse grande pedaço mais obviamente não sei se tem esse número mas mais ou menos pela sua análise superficial de cima assim qual é a porcentagem dos grupos de pesquisa que olham para neurônio e qual é a porcentagem dos grupos que olham PR PR astrócito como você ou para glia como você é essa é bem bem pergunta bem interessante na verdade se você começa a avaliar a literatura atualmente eles sempre estão combinados é difícil você ver um um um estudo que não comenta pelo menos ó
isso aqui pode ter um impacto da glia não dá é claro que tem grupos que estudam mais as trocas né mas fosse pegar quem estuda mais assim mas foi o motte principal do laboratório essa essa essa pergunta é bem difícil acho que eu não sei te responder diria o que uns 15 20% hipot Não sei não sei é difícil mas não é mais que a metade não não não ah o o o o área é neurocritical é muito neurocritico se você pegar área é muito neurocritico focada na patologia que é amiloide tal então você fala
de neurônio tanto que o critério né de Diagnóstico é ATN amiloide tal e neurodegeneração o conceito atual é só que se você fizer um um uma uma H botar no Google lá qual é o conceito de neurodegeneração né botar inglês neurog Generation Concept para ver o a resposta que vai te dar né esse conceito ele tem sofrido várias modificações né se eu te pergunto todo mundo que estudam que é neurocientista vai dizer ah neurog generação é morte neurônio se você for ver o conceito da Nature ele já tá muito mais refinado né neurodegeneração se refere
a atrofia do cérebro associada com a disfunção dos neurônios não precisa tá morto É que está associado com a doença de alzheimer doença de parkson por exemplo né então você vê que o conceito ele tá sendo refinado né não é simplesmente ó neurodegeneração é morte progressiva dos neurônios como a gente aprendeu lá há 15 anos atrás né atualmente o conceito é muito mais refinado é per atrofia cerebral e disfunção dos neurônios mas ainda não tem astrostar avaliar a patofisiologia da doença você vê que ele que ele já faz já faz já faz parte né você
tanto que no critério de Diagnóstico novo da associação americana de 2024 agora né você vai ter ATN já tem um I lá hum né que é inflamation de inflamação e é um marcador astrostar Já que é o gfap legal né o gfap é uma proteína que vaza Du as tro lá eh pro sangue né e pro líquor né E a gente já já tá com proposta de marcador de inflamação né pro pessoal entender esse critério ele ele ele dicotomização o a e o t e o n o indivíduo é amiloide positivo ou negativo T positivo
ou t negativo n positivo ou n negativo o cara tem que ter todos é para ter Alzheimer no critério novo o Alzheimer pré clínico só a mais chega Hum então é uma discussão essa é uma discussão muito nevrálgica e assim pessoal só para você que não entende é necessária essa discussão porque na hora que você vai desenhar es tudo você tem que separar os grupos e tem que ter os as fronteiras só só ta mais já é Alzheimer pré-clínico para Associação americana de Alzheimer só ta mais é um indivíduo em risco de Alzheimer pro International
worker group que é basicamente europeu ol S então é uma discussão é a turma tentando chegar num consenso né e a a a turma europeia ela ela sugere que eh o Alzheimer pré-clínico se for chamado assim seja um indivíduo que seja a mais T mais e T2 mais que é um pouquinho mais complicado né que é o exame de imagem para VT para V tal né se o cara for a mais T2 é usá Clínico porque a gente tem aquele estudo mostrando que 6 anos depois de ser a mais T2 você vai desenvolver o primeiro
sintoma perfeito isso eles chamam de pré-clínico só se h mais pros pr pra Comunidade Europeia não parece ser suficiente pra Americana foi proposto é um super debate né Muito atual muita discussão A gente tem um artigo do grupo que foi publicado há uns três 4 meses atrás eh pelo Andrei biger O Andrei biger é um é um isso é uma coisa muito legal de falar também O Andre biger é um é um aluno de MD phd que que é um aluno de MD phd é um aluno que faz doutorado durante a graduação né então é
um programa que acabou de voltar agora né acabou de ser retomado aqui no Brasil então ele é aluno de medicina e faz doutorado e junto à Faculdade de Medicina né Estados Unidos é comum isso né É tem existe também agora no Brasil voltou o programa foi um programa que foi e sumiu por alguns anos agora acabou de de sair um ã saiu o novo programa desenhado os editais devem estar saindo nos próximos meses aí e o Andrei biger ele fez o seguinte ele o andreé biger é um cara muito interessante você vê né ele é
formado em engenharia de produção el queou fazer medicina depois então o cara tem a visão de Engenharia de Produção né e ele chegou no meu laboratório lá essas essas histórias são muito legais porque ele chegou ele foi meu aluno de medicina primeiro semestre medicina da URC né e eu dei uma aula para ele lá e comentei e tal e na época o laboratório laboratório do meu laboratório é muito grande neslin eu tenho sei lá 40 alunos [ __ ] merda meu Deus é muito grande cara então é um é uma é um desafio quase que
diário né mas obviamente eu tenho alguns líderes de grupos que são muito treinados e muito né eles são basicamente os orientadores na verdade né e o andr biger o laboratório tava muito grande crescendo muito e ele eu falei para Pessoal vocês podem visitar o laboratório mas eu não tô recebendo nenhum aluno agora porque o laboratório tá começando a ficar muito grande e eu tô recé tava recé entrando na começando a a virar orientador e ele marcou uma reunião porque ele falou ah quem quiser eu ajudo e encaminho vocês para os orientadores e ele marcou uma
reunião dessas né daí ele chegou lá ô Professor tudo bem E eu falei ei quer trabalhar com o que cara como é que eu posso te ajudar não eu venho aqui porque eu quero trabalhar contigo aí eu falei pô aí me matou né e qual que essa ideia o que que você quer fazer da ele me falou o seguinte Professor eu quero pegar esses critérios da doença de alzheimer que existem e quero aplicar eles nos mesmos indivíduos para ver se eles mudam de classificação Olha só olha que ideia genial né cara e daí na época
tinha quatro critérios vigentes né esse é artigo do Andrei biger primeiro autor publicar na neurology que é a revista americana de Neurologia a melhor revista de Neurologia do mundo né o cara é primeiro autor Made In Brasil né e o cara levou lá e e pegou os quatro critérios desenvolveu um algoritmo né e jogou tudo lá dentro e começou a classificar os indivíduos conforme cada um dos critérios né ele classificou mais de 1000 indivíduos os mesmos indivíduos tá sabe qual é a discordância 42% Olha só cara caramba esses quatro critérios que existem Às vezes o
cara tem Alzheimer às vezes ele não tem mas eu vou te falar na Sa mas eu vou te falar na saúde mental daria algo próximo a isso é é você a gente comentou a gente comentou pois eu não lembro não lembro de estudo que fez isso pegou o critério do dsm jogou lá pegou um critério de outra eu arrisco dizer que tem eu sei que tem muito estudo mostrando uma sobreposição gigantesca é É raro você encontrar um paciente com um diagnóstico só isso indica que as soron teiras não estão bem delimitadas você sabe que n
a saúde mental ela ainda ela é mais complexa porque a etiologia é uma coisa não tem biomarcador nenhum a gente sa tem nem imagem não tem é Clínico tudo Clin E aí tem várias vieses CL o grande breakthrough da Saúde Mental vai ser quando a gente tiver biomarcador exatamente e tem boas iniciativas hardock tem umas iniciativas fodidas legais a hora que tiver um bioma agora com com o uk biobank não sei se você tá acompanhando essa revolução né Eu acho que vai vir muita coisa nova dali né o cara tem o Clínico vamos procurar o
que que tá exatamente E aí com i rodando fazend análise por trás é cara são muitos pacientes Cara não sei quantos mil pacientes são avaliações longitudinais vem muita coisa interessante aí eu acho gente perguntar Professor eh se você está gostando desse Episódio saiba que ele tem o apoio da Probiótica a marca de suplemento que eu utilizo aqui nos meus treinos você encontra desde barrinhas de uei gel carboidrato se você atua aí na área de Endurance corrida natação ciclismo creatina ui coqueteleira tem uma série de outras opções lá de Carbo gomas e etc de outros sabores
de gis de gis carboidratos também e você pode e conseguir um cupom lá se você quiser comprar com desconto você pode utilizar o cupom eslen tá cupom eslen lá no site da Probiótica você consegue um desconto nos seus suplementos e basta você acessar aí www.probiotica.com.br para você ter acesso a suplementos e enfim conseguiu o desconto lá a probiótica Ajuda nós aqui no nosso podcast t para trazer conteúdos relevantes para vocês fechou bom Episódio Bom resto de Episódio Por que que a galera estuda tanto Alzheimer e tá tão preocupado com isso porque que qual que é
a a com esses com essas novas ideias e pô neurodegeneração ou atrofia cerebral natural aí você comentou que 98% dos casos de Alzheimer não são os casos genéticos hereditários né são os casos esporádicos nesses 98% eh dada a maioria da o volume deles né dentro do 100% esses 98% O que que a gente sabe hoje que é fator de risco principalmente no sul Global assim sem sem sem Dinamarca os países que não tem nada a ver com o nosso aqui o que que a gente sabe do Sul global e de fator de risco para para
Alzheimer tá essa pergunta também é excelente Por que que a gente estuda tanto Alzheimer né Por que que Tem se tornado uma coisa assim prioritária pra Organização Mundial de Saúde PR e PR pro pro mundo de mod congr de neurociência Mundial é Alzheimer para todo lado né é ã eu acho que a maneira mais fácil de falar sobre isso é pensar um pouquinho em como é que você sabe o que você é Weslen Como é que você sabe por ca das minhas memórias é como é que você sabe quem é a sua mãe como é
que você sabe quem são as pessoas que você ama das minhas memórias Imagina você ter uma doença que rouba suas memórias é é imagina cara sem a memória gente simplesmente não é né você imagina eu entro aqui no estúdio como eu já gravei aqui a primeira vez que eu entrei aqui encontrei o sid te encontrei eu falei cara eu tenho uma memória boa daquele dia tenho uma memória boa da sua defesa de doutorado você imagina no fim da vida cara você perdeu tudo isso cara é momento que você tá descansando Não é justo cara Não
é justo eu eu desde que eu tenho eu tenho um filhinho de 2 anos agora o Benjamim né cara todas as memórias que eu construí com o Benjamim a primeira vez que ele pegou no meu dedinho cara primeira vez que ele me chamou de Matata não me chama de papai me chama de Matata primeira vez que ele me chamou de Matata cara como é que eu vou perder isso cara você já pensou né eu eu vejo com missão da minha vida cara né trabalhar pra gente não perder essas memórias cara então eu acho que a
gente estuda tanto Alzheimer cara porque ninguém quer perder suas memórias cara né e obviamente porque é muito prevalente né a ideia que um em cada três com mais de 85 anos tem uma fase clínica da doença cara um em cada TR cara é acima de 85 acima de 65 um em cada nove mas é bastante um em cada nove é muito cara é muito prevalente cara e agora vê você em casa aí se você conhece 10 pessoas elas acima de 60 e c e cinco vão uma delas vai ter é você imagina a gente tá
entre quatro no estúdio aqui se nós chegarmos aos 85 Exatamente exatamente né então assim tratar de uma doença que rouba As Memórias tem que ser prioridade Cara você sabe que eu tenho uma coisa que que que sempre me H que eu sempre guardei né eu fui convidado para dar uma palestra lá no Instituto do Cérebro pra comunidade né Ah falar um pouquinho sobre envelhecimento saudável e a ideia era a gente contar um pouco o que que era importante para envelhecer de maneira saudável e e e a gente ficou eu e um um colega um neurologista
o Lucas chillin a gente ficou lá falando de envelhecimento saudável e e abriu para perguntas né pergunta pra comunidade em geral né Sempre é muito legal porque são perguntas muito interessantes PR que responder né e a uma das perguntas veio um senhor que eu nunca vou me esquecer do nome dele Matias o Matias me perguntou olha ã eu já envelheci né Eu queria saber o que como é que vocês o que vocês me dizem como é que é uma morte saudável [ __ ] pergunta essa aí é mais difícil que qualquer banca de doutorado né
cara e aí e aí cara a gente olhou pra pergunta e falou a profundidade da pergunta né como é que a gente responde uma pergunta dessa né e a aí eu me lembro que eu falei Matias eu vou te dar o meu ponto de vista né uma morte saudável é no último dia da sua vida você tá do lado das pessoas que você ama e você saber quem são elas então a memória tá no centro de tudo né você poder estar do ladinho delas nos últimos dias provavelmente a a morte que a gente quer né
Tá próximo de quem a gente ama no nossos últimos H minutos segundos aqui nesse na terra né cara então eu acho que essa foi uma pergunta que eu nunca vou me esquecer né porque nunca tinha nunca tinha recebido né e a memória tá no cento de tudo então acho que é por isso que a gente surra tanto Alzheimer né se o cérebro para de funcionar se a gente perde As Memórias a gente deixa de ser quem a gente é uhum né então é é para mim essa além da prevalência é a importância do cérebro em
termos de memória né A gente só sabe quem a gente é por causa das memórias qu conviveu como uma pessoa com Alzheimer avançado sabe que é triste demais né cara TR exato É muito triste e você e em termos de de fator de risco aqui pro su Global isso deixa deixa deixa eu te responder isso aqui porque isso aqui eu acho que é que é importante eh eu quero te dar exatamente os fatores de risco porque é legal tá a gente tem ã um artigo agora a versão do Brasil tá sendo eh eh eh desenvolvida
mas a gente tem um artigo da lanced da Comissão da lanced que fala de prevenção e fatores de risco para demência tá para para para quem quer entender o que é demência Essa é um pouquinho uma coisa Sutil tá a doença de alzheimer é a causa da demência o indivíduo tem a doença de alzheimer na fase final da doença ele vai ter demência então demência é um é um quadro de uma combinação de sintomas cognitivos e funcionais que caracteriza né uma síndrome demencial tá E aí aan se adjunta alguns autores né e avalia ã o
que que pode ser prevenido em termos de fator de risco tá são os fatores de risco modificáveis que eles chamam tá E eles dividem isso em fases da vida tá então no início da vida fator de Gico modificável mais importante é educação ou seja quem tem mais educação vai ter uma menor chance de desenvolver exato a gente tem um estudo agora a gente comentou a outra vez que eu vim aqui que tava em revisão na época né então foi aceito na Lan Global Health que é a revista de saúde Global da lan e deve est
sendo publicado aí no final do mês ou início de dezembro legal né mostrando que o principal fator de risco provável quando sair esse episódio vai ter publicado provavelmente é o principal fator de risco para declínio cognitivo no Brasil é educação né pro pessoal entender esse estudo a gente pegou vários fatores de risco sociodemográficos e jogou dentro de um de um de um algoritmo de Inteligência Artificial e perguntou que que é mais importante para o declino cognitivo aqui no Brasil deu educação você pegar Vocês pegaram vários dados e colocaram de pessoas com diagnóstico com a idade
vá de vários países na América Latina tá 45.000 pessoas né jogamos lá e o principal é educação se a gente faz Esse modelo no norte Global o rit número um sempre é idade e Sexo Olha só quanto mais velho mais chance porque provavelmente Eles resolveram um problema da educação 100% sobre os outros você você sabe que a gente aí aí entra uma coisa mais legal né porque a gente tem aqui que é no início da vida né e é o que propõe a comissão da lanet né educação no início da vida é a gente não
sabe se a gente começar a intervir com educação e alguém mais velho também funcione não tenho nem ideia né E essa é uma das uma das perguntas que a gente quer responderia Não sei não sei não sei se o cérebro ainda consegue fazer as conexões e criar o que a gente chama de reserva cognitiva né ã quando a gente a gente sendo mais velho né mas esse é um dos estudos que a gente quer fazer junto com o MEC com o Ministério da Educação né A a gente tem conversado com com um dos secretários ã
adjuntos do MEC que é o Gregório grisa que é um cara o Gregório grisa é um cara olha olha como o mundo é pequeno cara uma vez eu fui não sei se o Gregório tá assistindo isso uma vez eu fui num evento Numa cidade chamada [ __ ] merda bicho era numa fronteira do Rio Grande do Sul lá no fim do mundo lá numa Uruguaiana não tem uma ponte que no outro lado tem uns Shopping que a galera compra as coisas é chim não ah Livramento Santana no Livramento não não vai vai vai vai vai
ai ai ai agora não sei o que que tem mais é Jaguarão Jaguarão Jaguarão fui lá olha isso bicho eu tava lá em Jaguarão apresentando um um trabalho de tipo a iniciação científica que eu fiz numa loja de lá no interior do R Grande do Sul em Santo Ângelo eu fiz uma iniciação científica numa loja de de chocolate e café com os trabalhadores da loja eram umas 12 pessoas sobre estresse ocupacional aí eu levei esse trabalho para apresentar lá e eu sempre fui muito interessado sobre educação e tinha não sei se era um grupo de
trabalho uma Hot City uma mesa lá falando sobre educação e tinha um cara nessa mesa que tava ele na época era ele fazia doutorado na urgs se salve engano na urgs na época e ele destruindo tudo tipo não era um debate mas o jeito que ele falava o jeito que ele argumentava o jeito que ele trazia o assunto dava para ver que era um cara que sabia muito não só no aspecto teórico mas como funciona a máquina né a máquina pública aham era o Gregório grisa cara depois eu acompanhei vários textos dele do nexo pô
inclusive Gregório você tá mega convidado para vir aqui cara [ __ ] baita papo o o Gregório ele teve no laboratório duas uma semana atrás né e participou muit pequeno né cara participou de um debate com a gente e e a a percepção que eu tenho do Gregório é a percepção daquele cientista de ponta na área dele sabe você sabe ele sabe os dados cara né a gente se você vai falar de Alzheimer comigo aqui paraa política pública eu vou te dar dados eu vou vou saber o artigo publicado v o Gregório ele tem isso
pra área de educação legal aí vocês vão fazer uma e a gente conversou na na na semana passada muito baseado nesse estudo da lân e de saúde Global né e uma das perguntas que a gente quer responder é essa Será que se a gente intervir com educação no indivíduo mais um pouquinho mais velho que não teve acesso no início da vida a gente consegue recuperar essa é uma intervenção que eu acho que vale a pena testar é porque você imagina se o cara lá com noja né alguém mais velho consiga receber educação e ficar protegido
tem como intervir mais tarde vai ter política pública dá fazer exato É mas obviamente a melhor política pública para evitar declin cognitivo é investir na educação dessa moçadinha jovem CL Claro criança tem que estar na escola cara Claro é é que assim idade quais são os primeiros Estados Unidos idade idade e Sexo sempre é quanto mais velho e Sexo feminino tem mais chance só que cara essas esses dois fatores a gente não tem como resolver é não tem ainda exa em termos de política pública educação dá cara como é que a gente deixa a população
vulnerável a uma doença dá dá dá é o cérebro vulnerável cérebro vulnerável tanto pra doença neurog generativa tanto pra saúde mental né a gente sabe que educação tá no centro do do de um cérebro saudável né mas bom vamos voltar PR os fatores de risco né pom mas eu acho que o Gregório ia ser uma Depois você me passa o contato da assessoria dele lá que V ch é um excelente convidado para falar porque o Gregório tem um Realmente é muito legal ouvir ele falar então educação se a gente vem pro meio da vida né
isso eu tô falando dos fatores de risco modificados propor propostos pela comissão da Lancer agora em 2024 né meio da vida né ã perda de audição Olha só então precisa tratar pedas de audição pessoa não pode ficar sem ou será que é por conta do falta do estímulo Eu acredito que sim eu acredito que sim neuron atrofia LDL alto ã depressão concussão ou seja trauma crano encefálico inatividade física diabetes eh fumar hipertensão obesidade e Álcool de maneira excessiva isso tudo no meio da vida então você pensa cara esse são fatores de risco modificáveis se você
consegue identificar antes dos sintomas a maioria desses fatores aqui conseguem ser implementados com política pública exato né você imagina Grand parte deles são evitáveis né cara o SUS trata diabetes e Hipertensão ele dele também é el dele também claro então assim você tem três H eh h três né comorbidades que são tratáveis para fármacos disponíveis no SUS você imagina então a ideia aqui é que cara a gente tá chegando no momento que dá para tentar evitar aí inatividade física que a consequentemente obesidade e tal com política pública de academia pública um de coisa né pro
estado sai muito pouco ex exato e no e na na fase final da vida né idoso esse aqui sai um artigo Espetacular agora isolamento social Olha só cara tá isolamento social eu fui um dos agora tem essa essas novidades né as gistas elas pedem principalmente do as do grupo as grupo do Nature eu sei que estão fazendo agora elas pedem se você aceita colocar seu nome se você revisou o artigo Aí lá embaixo tá revisado por pns fazia isso né É também faz aí você diz sim ou não né e agora eu acabei de revisar
um da da da Nature mental Health que acabou de ser publicado com 600.000 pessoas caramba mostrando que o isolamento social é aumenta em Sei lá cara 30% olha o risco de demência né eu fui um dos revisores da da do do estudo né e o isolamento social é uma coisa muito importante pro idoso cara a gente é uma coisa muito comum o idoso ficar isolado sem ter acesso a outras pessoas né e são duas coisas importantes né isolamento social é uma e a outra é o se sentir sozinho às vezes a pessoa tá rodeada de
pessoas e se sente sozinha né Aí não adianta também então os dois são fatores de risco né poluição do ar no final da vida e perda divisão Olha só se a gente soma todo mundo 45% é dos casos são potencialmente modificáveis aí eu fico imaginando o impacto disso pra saúde pública né cara sim gigante porque porque o governo o estado quando vai fazer intervenções públicas assim em políticas públicas olhando esses fatores de risco e pode ser que ele enxergue um custo só que considerando que você reduz a chance do cara desenvolver lá na frente você
tá na verdade investindo num [ __ ] custo que você vai ter lá na frente muito você tá investindo muito você tá investindo muito porque o cara com Alzheimer fica mas mas essa questão do investimento pra pesquisa é uma coisa muito interessante tá um exemplo que eu dou que é bastante interessante tá a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul resolveu doar um equipamento pra gente um equipamento de 1,5 milhão tá um equipamento que consegue fazer exame de sangue pro cérebro tá para vocês terem uma ideia a a sensibilidade deesse equipamento tá no
atolar o que que eu quero dizer com isso tá a gente consegue identificar um cubo de Açúcar dentro num piscina olímpica caramba né como diz uma uma colega minha Débora soua ela sempre fala explica assim né a sensibilidade do equipamento então assim a gente tem esse equipamento lá no sul ele chegou tá instalado tá funcionando tá eu posso dizer com tranquilidade que a gente já recebeu de financiamento 10 vezes o o valor investido para trazer o equipamento pro Rio Grande do Sul a gente cara 10 vezes de financiamento a gente recebeu em troca só por
ter o equipamento lá então investir em ciência e tecnologia de ponta é investir é investimento O Retorno é óbvio que volta isso é uma coisa que é é difícil de Às vezes a gente explicar pr pra sociedade em geral pô tantos milhões para para PR ciência para comprar um equipamento isso traz muito retorno né faz você ficar competitivo para receber financiamento Internacional e nacionala sabe qual que é o a a minha maior frustração com com a nossa nação em termos de ciência e tecnologia é o seguinte semana retrasada eu entrevistei aqui não foi ao ar
ainda agora deve já tá no ar quando saiu o seu Episódio é um cara chamado lucelmo Lacerda ele é um cara que manja muito sobre ele é doutor em educação e mas ele manja muito na área do autismo vai para Brasília militar em prol de política pública para área e tal e ele é um cara que manja muito consequentemente de educação né educação mesmo aí a gente tava falando lá eh sobre um amigo dele que que mora na Califórnia e faz acho que Doutor professor não lembro exatamente que na universidade de San Diego que é
muito forte a neuro lá né ele agora fez uma parceria com spsx e eles vão lançar uns minicérebros pro espaço para tentar ver algum tipo de tratamento lá e tal eh esse cara né esse e outros caras esse cara eu tô usando ele como um caricato do cara clássico que tá em pittsburgo que tu comentou o problema professor é o seguinte muitos desses caras eles fazem e não é o problema não é eles o problema tá o problema é o sistema muitos desses caras eles fazem um ensino fundamental público o ensino médio público eles vão
para uma Federal fazem graduação pública paga com o dinheiro do contribuinte brasileiro faz mestrado e doutorado na universidade pública comendo no restaurante universitário Us usando transporte público ganhando bolsa paga com investimento do Brasil você que tá em casa aí ó me assistindo você paga esses caras fazerem tudo isso a gente treina eles no fundamental no médio Na graduação no mestrado no doutorado aí como o Brasil não investe em ciência aonde que esses caras bons vão para fora aí esse cara vai lá para e não é culpa dele tá não tô fazendo juizo de valor do
cara ele tem que ir mesmo tem que vazar daqui e fazer a coisa avançar a humanidade avançar lá fora aí esse cara vai lá para fora e cria Não tô dizendo que foi esse o caso mas usando como exemplo uma patente tipo doz impic que muda o PIB da Dinamarca aonde que vai ficar essa propriedade intelectual cara lá fora o Brasil é um grande o Brasil é um grande RH de cientista no pro mundo a gente é tipo para futebol a gente investe nos caras de base e aqueles poucos que despontam o mundo olha e
fala vou pegar esse aqui para mim vou pegar esse outro para mim porque eles são bons e o estado estos Unidos os Estados Unidos é muito malandro Tá certo eles não tô de novo não tô fazendo juizo de valor com cientistas não se sintam atacados Na verdade o sistema que é burro mesmo os caras e eles fazem isso com todo mundo me diz um CEO de uma grande Big Tech nos Estados Unidos que é americano não tem cara são muito poucos os caras são indianos são canadenses me diz atores ar schener é da Áustria grandes
atores dos Estados Unidos de Hollywood são de fora porque Eles olham os caras emergindo o o as as nações fazem os os a seleção natural ali os caras que são bons apontam eles vão lá e pinam produzem Tecnologia e Ciência lá dentro e portanto a patente ou a propriedade intelectual vai ser dos caras lá então o Brasil tem um problema muito grande cara a gente perde talento muito muita frequência pros Estados Unidos e ou pra Grand pra Europa para outros países esses caras vão para esses lugares desenvolvem a tecnologia lá nesse lugar e a patente
todo o imposto e a gente tem que tá olha que loucura imagina que esse cara que vai lá pro psex desenvolve um tratamento uma um medicamento para Alzheimer dá um exemplo não é a área que trabalho mas imagina que seja a gente pagou o ensino médio dele o fundamental a graduação o mestrado outral com dinheiro público aí ele produz um medicamento lá fora a gente vai ter que importar é foi um cérebro humano que fez foi um cérebro brasileiro que fez cara e financiado por nós pensa em termos Empresarial cara é é uma coisa muito
muito muito burra bicho então o Brasil tem um problema muito sério e aí eu te pergunto por que que você ainda tá no Brasil Professor você você sabe que você acabou de me descrever né cara que fez graduação pública mestrado com bolsa doutorado com bolsa comeu no restaurante universitário tudo todo todo esse pacote aí sou eu né mas você tá aqui e eu fiquei mas é muito raro não é raro É raro É raro você sabe que eu acho que tá muito envolvido com propósito de vida né obv ente h eu recebo muitos convites para
ir para fora do Brasil n imag hoje você é um cara que seguramente eu digo seguramente trabalharia em qualquer Universidade do mundo tem muita muita gente querendo e né contar que a gente leve laboratório e é uma coisa que é frequente né as pessoas conversarem e sobre essas possibilidades né mas comigo é muito associado com propósito de vida né Eh a gente alcança vou fazer um histórico do início de de de vida como como cientista né quando a gente descobre que a gente quer cientista a gente começa a gente esc por aquela ideia de Gente
vou descobrir uma coisa nova vou contribuir aquela coisa muito muito cósmica né quase que quase que mágica né a gente vai vendo que a carreira acadêmica ela é um pouquinho diferente começa a entender método científico né Só que tem uma coisa que a ciência faz que eu acho difícil que que Outra área consiga fazer de uma maneira tão tão tão bonita né quer pegar cara o aluninho que nasceu numa cidadezinha do interior que vem de uma família vulnerável e colocar esse cara dando uma palestra em Harvard cara sua ciência faz assim exato né você pegar
uma mente que entra dentro do laboratório com aquela ideia de que quer mudar de vida pela ciência e cara um ano depois esse cara tá na dando palestra apresentando o trabalho dele essa é uma coisa que para mim não existe coisa mais assim o que me o que me move né pegar aqueles alunos e fazer eles chegarem onde eh eu quem sabe na minha época não cheguei uhum né poder colocar eles lá isso a gente tem tem feito de uma maneira muito interessante né então grande maioria dos alunos do meu grupo desses 40 já foi
pro exterior D uma palestra pago por uma agência do exterior legal então você imagina o cara há um ano atrás morava no interior No outro ano ele tá em Chicago dando palestra né isso é uma coisa que me move muito estando aqui que é uma coisa bem dizer banal na América no no norte Global a galera viaja toda hora pra conferência agora sair daqui e para lá a experiência do inglês os caras lá exato cara você tá dando uma oportunidade pra pessoa que realmente o que me move assim ó realmente é levar essa fazer com
que essa moçada consiga né através da ciência ter melhores oportunidades na vida né então isso é uma coisa muito importante eh a outra coisa que me move muito é que as coisas elas estão muito mais longe de serem resolvidas aqui do que lá uhum aqui precisa de gente para resolver gente que tem essa garra para ficar e cara vamos fazer aqui né atualmente estar aqui é uma coisa que me traz um monte de benefício Wesley né Por quê Porque a comunidade eh eh me vê como um cara que está no sul Global Uhum Então sempre
que eles querem pô vamos trazer um cara do Sul Global aí para boa é uma ponte né muit é uma ponte então eu acabei virando uma grande ponte com o norte global é eu acho que em muitos lugares do Norte Global você seria entre muitas aspas mais um exato exato exato aqui também cara tem muita gente boa aqui né mas eu me tornei uma ponte muito interessante na minha área né na minha área de como tantos outros né E eu acho que isso é uma uma das das vantagens de de de tá aqui também né
ã tem uma coisa só como você comenta que provavelmente mais faz a gente repensar né e eu acho que todo mundo que tá no Brasil aqui repensa né uma grande parte do meu tempo eu perco aqui no Brasil com burocracia da Universidade que lá você não teria isso né lá não teria porque tem alguém que faz né Tem alguém exemplo PR galera o que que seria eu sei porque eu tava ali dentro mas o que que vou dar um exemplo PR vocês tá recebi um financiamento de uma agência internacional tá isso no exterior é uma
motivo de festa né logo uma semana depois tá tudo assinado você recebe o financiamento aqui no Brasil a gente recebe a gente faz festa por 24 horas depois pensa bom vamos começar o processo para conseguir receber esse financiamento do exterior é cara ele é muito burocrático ele é muito ele passa por várias instâncias para no final sei lá se meses depois você conseguir receber o financiamento e a agência fica te perguntando quase que diariamente se você vem cá Professor E aí vocês vão receber o financiamento ó tá tramitando dentro da Universidade então provavelmente todas universidades
públicas federais Elas têm esse mesmo problema são muitas instâncias até a gente conseguir receber o financiamento isso é uma coisa muito interessante porque ã Normalmente quando você recebe dá um exemplo de Agência Internacional você recebe o financiamento internacional todo mundo mundo de modo geral recebe rapidinho e começa o estudo né se meses depois normalmente tem a primeira reunião para as pessoas apresentarem o andamento do estudo né Eu sempre fou lá e não tenho dado nenhum sepr fala pessoal a gente tá tentando receber o dinheiro ainda cara eu acho que isso é uma coisa que atualmente
des desde que a lei da Inovação entrou tem sido bastante discutido né Eu acho que as coisas tendem a melhorar nos próximos anos mas que a universidade pública precisa entender que a velocidade tem que ser outra precisa se a gente quiser fazer pesquisa de ponte tá brigando lá e e insumos professor Como é que tá a compra do exterior demora muito cara demora outra coisa que ainda demora ainda depende do insumo comprar hoje um anticorpo três meses [ __ ] a gente fica um pouco para trás para responder essas essas perguntas sem sombra de dúvida
né fica naquele Aquela ansiedade de receber para poder fazer o experimento e uma e uma experiência lá fora seria o qu o cara pega hoje anticorpo 2 horas amanhã tá no laboratório 2448 você compra no outro dia tá lá é aí é essas são coisas que precisam ser regular é diferente e aceleradas se a gente quer ser eh eh centro de ponta no futuro você sabe que eh tem várias coisas importantes né de se falar em termos de ser de ponta né tem algumas áreas no Brasil que são áreas que a gente não tem porque
não ser de ponta por exemplo Ecologia Pô cara a Amazônia tá aqui cara o Brasil tem que ser líder mundial em Ecologia né E a gente tem várias iniciativas fomentando para que a gente consiga ser líder mundial em Ecologia a gente vai ser eu acho né mas é uma área que não tem como não ser líder Mundial né vou te dar um outro exemplo tá que que junta duas prioridades da da da ONU né saúde mental e desastre climático né cara o Rio Grande do Sul agora é o melhor lugar para se estudar Isso tá
Hub né acabou de ter todo mundo acompanhou as enchentes a gente ficou embaixo da água por 2 3 meses é o melhor lugar do Brasil que sá do mundo é para estudar saúde mental associado com desastre climático né então assim ó existe essa inteligência uhum né de você definir o que que tem que ser prioridade áreas estratégicas agora né Brasil tem várias que assim ó Com certeza deveria e quem sabe ainda vai ser líder Mundial Ecologia é uma cara se você pensar na na na Amazônia né Legal eu trouxe aqui duas três pessoas já que
publicaram na Nature e uma foi capa que publicou sobre Amazônia da ufsk a irota né A irota Na verdade eu trouxe o o que foi o primeiro autor dela que foi o [ __ ] não vou lembrar o nome dele que foi o primeiro autor do capa da Nature da capa da nature É eles fazem um trabalho Espetacular ela faz um trabalho Espetacular né ela tava a gente a gente acabou de ir num num num Retiro do Serra peleira encontro do Serra pira e ela ela falou muito sobre sobre ela foi também falou muito sobre
ecologia no no Brasil lá e foi é espetacular né o Brasil vai tem tudo para ser líder nessa área né nessas outras áreas por exemplo como a nossa né a gente consegue trabalhar bem com pesquisa clínica provavelmente agora que as tecnologias estão chegando né mas essa pesquisa básica por esse tempo que você falou não posso esperar 3 meses para anticorpo né então para se tornar Líder nessas áreas a gente precisa acelerar revistas publicam por novidade né então você tem que vamos lá só para dar um exemplo tá esse artigo que eu contei para vocês de
2017 da NET neuroscience ele foi submetido em 2013 caramba cara e toda vez que a gente conversava com o editor ele respondia se aparecer algo parecido a gente não pode garantir a publicação a gente já tinha mandado duas três respostas e ele ficava mandando aquilo quase morria né cara de ansiedade porque não sempre esperava um anticorpo chegar um reagente né É [ __ ] né Car cara aí no caso o revisor pediu um experimento demorava se meses para responder porque não tinha anticorpo ex exato da o que que acontece se você pede no exterior 48
horas depois o cara tá fazendo experimento para responder né pro pessoal entender como é que funciona um artigo científico você já deve ter explicado várias vezes né os revisores pedem novos experimentos Aham você submete o artigo os revisores avaliam ó faz esses experimentos aqui que eu quero ver o resultado né Depois quando ele chega quando quando os que agentes chegam você começa a fazer para responder o Brasil a gente tem três meses de atras Mas aí você tem que explicar pro revisor precisa você explica que aqui é burocrático você explica joral você precisa sabe por
quê Porque normalmente os editores te dão 60 dias é porque o cara pode achar que você tá de corpo M na prioridade ele te dá 60 dias você tem 60 dias para mandar a resposta né Aí você vai dizer olha encomendei os reagentes Isso aqui vai demorar 120 dias para chegar e eu preciso de mais dois meses para fazer experimentos então preciso de 180 dias para responder você começa esse diálogo né Às vezes o editor não tá não tá afim esperar tanto não vai dizer olha vamos ver como é que vai tá lá esse tempo
e tal mas às vezes você fica nessa aí um cara da Ásia manda um é mas atualmente cara atualmente eles entendem bem que existe uma uma uma demora mas a gente recebe normalmente você tem 60 dias PR para responder esse é um problema cara que precisa ser resolvido né Eu não sei como vai ser resolvido mas se você é aquele tipo de coisa que é difícil da gente entender sabe por se você trouxer qualquer cientista qualquer do Brasil e perguntar de insumo ele vai falar a mesma coisa todos que viveram aqui já falaram a mesma
coisa então todo mundo sabe do problema Por que que a gente não resolve é Sabe aquele tipo de problema é que a gente sabe outro que você tá falando aí pô a gente perde os talentos não dá para perder talento gente não dá para ter ter precisa existir alguma maneira de segurar o talento é que eu fico imaginando cara um Brasil obviamente tem muitos talentos Aqui tem muita gente fantástica aqui muita gente [ __ ] mas eu fico imaginando um Brasil com com um monte de chefe de laboratório tipo você assim cara tipo que tem
tinha tudo para trabalhar em qualquer Universidade do mundo mas tá ficando aqui porque tem um incentivo certo para ficar aqui [ __ ] olha o nível cara com com com um processo mais rápido de de insumo e tal a gente ia ser a China tá fazendo isso né a China tá tirando todo mundo do ela levou a galera e tá tirando todo mundo né cara todo mundo que tá nos Estados Unidos em em lugar posição de ponto eles estão tentando buscar e muita gente voltou né muita gente voltou essa semana é essa semana a gente
recebeu um colega de Portugal e ele falou que um dos colaboradores principais dele que era que era chinês nos Estados Unidos recebeu uma proposta como jogador de futebol para voltar pra China cara os caras são muito inteligentes bicho porque eles mandaram os caras parasitar a tecnologia alheia lá fora e estão trazendo para dentro de novo Óbvio bicho você sa você sabe que o Brasil o Brasil poderia fazer igual agora claro eles mas você viu né o CNPQ para não ser injusto Lançou um programa de repatriação que o cara ganha 13.000 é por 4 anos é
R 1.000 por 13.000 de bolsa por 4 anos né tem que tá em algum vinculado a alguma Universidade mas e depois dess 4 anos não e outra e lá fora qualquer Universidade oferece mais que é depois dos 4 anos você faz o quê se esses cara não não passar no concurso é né isso é uma coisa que a gente e detalhe tem concursos que tem quatro universidades que departamentos que não abre concurso em 4 anos então não é Tod não é todo semestre que tem concurso pro pessoal saber você sabe que agora tá abrindo mais
e tem um problema cara o concurso tem um problema porque o professor eu não lembro o nome dele cara que sacanagem Muita gente vem aqui pessoal não consigo lembrar todo mundo Bernardo Bernardo Acho que o nome dele Bernardo flores se eu não me engano que é o que publicou primeiro na Nature falei E aí meu no podcast tá público isso não é vazar conversa tá público falei E aí meu O que que você vai fazer é cara o concurso é uma alternativa mas é que tem um componente sorte muito grande e de fato tem cara
Car os caras Beleza você publicou na na capa da Nature massa velho bacana mas daí ele sorteiam um ponto que tu nunca viu na vida para dar aula bô sabe E aí [ __ ] saca Então essa tem tem um tem uma tem uma questão que é difícil né cara essa é uma outra crítica a a maneira que a gente eh a maneira que a seleção é feita né muitas vezes ess essa seleção com sorteio de ponto para prova escrita e prova didática né é um é um tipo de seleção que ela faz o talento
perder ponto porque o talento cara o talento normalmente ele vai saber muito da área específica pesquisador né se o cara fosse contratado para ser professor aí essa é outra estratégia Por que que por que que todo mundo tem que ser pesquisador na universid gente não deveria ser cara tem gente gente tem gente que é espetacular dando aula tem gente que é espetacular fazendo cara aqui no departamento tinha um professor que ele não fazia mais pesquisa porque a parada dele era da aa Ele é aquele cara que chega lá pra medicina avançada eu sei porque eu
fui assistir uma aula dele Professor Moacir ele chega lá na medicina avançada eu falei cara eu quero ser professor Federal Quero assistir esse cara dando aula antes que ele aposente porque eu quero ver como ele dá uma aula de de controle de pressão arterial como que ele dá uma aula de respiração de mecânica aí eu fui lá assisti umas três aulas dele assim ele chegava cara com uma folha de ofício e três canetão no bolso e ó só isso cara quadro controle de pressão arterial pá cálculo cálculo aquele quadro cheio assim ó um cara Fantástico
esse cara não pode precisar fazer pesquisa cara deixa o cara da aula bicho deixa ele pensar estrutura de aula deixa ele pensar lógica de aula deixa ele pensar prova deixa ele pensar team based learn né deixa ele pensar as coisas você os outros caras que gostam de pesquisa não bota da aula bicho a ciência dele é educação Exatamente isso mesmo exatamente e e você sabe que a a seleção ela fica prejudicada com essa prova escrita e essa prova didática sorteada né e depois cara quando você entra e vira professor 90% por das vezes você dá
aula da matéria que não é a sua matéria principal de pesquisa esse é outro problema uhum né Por exemplo eu trabalho com cérebro eu deveria dar aula só de cérebro né e eu dou a diversas outras coisas você vai lá dando gastro é tendo que responder um revisor lá do negócio do cérebro dando aula de gastro ex é obviamente cara eu sou farmacologista né só da da departamento de farmacologia eu sei dar uma aula de antifungico tranquilo mas não é minha área de pesquisa área que eu vou dar uma aula com com todas as novidades
do momento é uma H é uma área de neuro né uma área de sistema nervoso central uma aula disso né então tem ainda esse componente de que o professor entra de uma maneira generalista e ele acaba dando aula de várias coisas que quem sabe não é área de especialidade né dá uma aa boa dá né mas ele não vai ser aquele cara que vai ó tem uma novidade aqui uhum né imagina aquele professor que tá sempre com uma coisa nova isso é na área específica dele fora do Brasil isso é muito melhor resolvido né as
pessoas dão aula daquilo que elas são experts e tem gente lá que só faz pesquisa né só faz pesquisa Cara às vezes D uma aula tem gente que só faz pesquisa tem gente que que que dá aula uma vez por semestre e essa é uma outra coisa que nós vamos chegar no estamos falando de coisas nevrálgicas aqui né em termos da da academia no Brasil né tem outra coisa que é bastante importante o pesquisador no Brasil ele tem diversas funções Ele trabalha em comissão ele faz não sei o que ele tem várias coisas que tomam
a semana inteira dele né normalmente cara o pesquisador num Universidade de ponta ele é pago para pensar Esse cara é o Pensador per o dia inteiro cara ele que quiser ficar isolado por uma semana sem aparecer ele fica né O que que ele tá fazendo como líder de grupo ele tem três coisas ele pensa ele escreve paper ele escreve Grant para buscar financiamento pra universidade e ele dá mentoria para aluno aham né esse essa é mais ou menos a função dele mas grande parte do trabalho de um pesquisador que publica 10 natures no ano é
pensar porque aquele cara é o Pensador né se você pensar numa estrutura aquele é o Pensador ele é o líder de grupo porque ele é o cara que pens uhum jto o grupo n aqui no Brasil o líder de grupo tem diversas outras funções n então por exemplo eu sou um cara que desde que eu que eu que eu voltei pro Brasil o meu horário de de Critical Thinking de pensamento crítico é lá das 4:30 5 da manhã hora que eu sento isolado você tem que puxar para antes no horário fora do o mundo tá
parado não sei você que já tá correndo né 5 da manhã mas o mundo tá parado e eu tô sentado com paper cara 5 da manhã né e das 5 até às 9 por exemplo até às 8 é um horário que eu já já fiquei 3 horas fazendo Critical Thinking fazendo pensamento crítico então o pesquisador Ele nasceu para pensar ele a função dele dentro dessa estrutura hierárquica é pensar as ideias saem dele né obviamente que agora que o que o meu filhinho nasceu há 2 anos atrapalhou um pouquinho esse meu horário de pensamento né Mas
eu sempre há muito tempo eu tenho essa estratégia de antes de começar o dia eu penso a você pega o quê você pega um paper lê cara muitas das muito muito Muitas das vezes eu pego o paper impresso cara né para ficar aquele silêncio e tal tem uma uma cachorrinha que chama baleia que fica sentado do meu lado ali fica eu a baleia e ali eu tô pensando a baleia por causa do Graciliano Ramos e por causa do serrapilheira o meu o meu primeiro essa história é ótima o Graciliano Ramos tem vias secas que baleas
secas a baleia das duas coisas né o que que acontece quando ã Eu submeto o meu Serra peleira de 2019 né era um um financiamento que eu ia estudar cérebro de baleia o projeto tá eu acho que as baleias tem muito Alzheimer isso pode ser um tema de debate pro Futuro né e eu ia estudar o cérebro de baleia E aí eu combinei com a minha esposa que se a gente ganhasse se eu ganhasse o financiamento serrapilheira a gente ia adotar um cachorrinho ia dar o nome de baleia né daí seria a baleia do Graciliano
Ramos e do serrapilheira né E aí a baleia acabou virando famosa no no no Instituto serrapilheira lá né mas aí você tem o momento com a com com a baleia e com com e com o o artigo né E nesse momento é aquele momento que silêncio no mundo inteiro tô sentado na no meu home office em casa e eu tô ali lendo paper fazendo anotações tendo ideias ou revisando um artigo é um momento meu né que é o meu momento de pensar depois que eu chego no laboratório isso acaba não é já era né já
era muito aluno é muita gente muita éa seu professor é fui fui TR anos a seu at e E aí você decidindo se tem que usar quantas moscas tem que usar o cara não sabe nada de mosca você sabe que é mais ou menos acho que mosca não precisa agora mais acho que mosca não tem mais é mas mas a ideia é que ser Pensador no Brasil como cientista é uma coisa pouco estimulada né se você começa a não aparecer a turma fala pô Cadê o cara é não é difícil é o cara não apare
mas é que aí professor tem um outro problema né que a estabilidade muitas vezes cria pessoas que em vez de estar pensando tão levando com a Bahia aí a gente entra numa outra Seara que é complicado né mas mas o que que dá para tirar dessa nossa aqui é um problema muito forte estrutural né o modelo parece ser um modelo um modelo isso sem falar que muitos pesquisadores para ganhar um edital do CNPQ um Universal eles pontuam os últimos C anos de paper os caras quebram o paper e publicam vários em vez de publicar um
grandão Aí a ciência fica incremental [ __ ] é você não fica fundamental eu acho que a estrutura é uma coisa importante e e isso tá se refletindo não só na pós--graduação né Se você pegar e avaliar os níveis de evasão da graduação hoje em dia são altíssimos né são altíssimos a galera começa fica 2 anos e e essa estratégia muito formal de de graduação na universidade já não serve mais né o cara descobre uma outra coisa que ele pode fazer e sai da graduação né então acho que precisa ser revisto tanto a graduação e
a pós-graduação professor deixa suas redes aí pra galera acompanhar é e. zimer no Instagram né e ou zimer neurolab no Instagram também é que são o laboratório lá vocês vem as novidades Legal tem uma novidade bem legal aqui que quem a rede de ciência mesmo sempre foi o Twitter né onde se botava artigo e acompanhar o que tá acontecendo a nível de ciência né o Twitter nos últimos anos meio que perdeu essa esse brilho da ciência ficou não parece que não funciona mais no no Twitter e na semana passada um mês atrás todos os cientistas
começaram a a migrar pro BL Ah legal né tanto se tem um artigo da Nature na semana passada dizendo por que os cientistas estão migrando pro Blue Sky né e o Blue Sky tá parecendo um Twitter do início não pegaram a política não entrou lá ainda não cara é o é o é o é o Twitter da ciência do início né ontem essa semana eu tô quase voltei a virar viciado porque aí os pesquisadores estão tudo lá tá tudo lá e todo mundo posta artigo debate científico debate científico tá todo mundo no Blue Sky agora
e lá é er Zimmer ã ou Zimmer neurolab também leg entrar lá também então quem quiser seguir o que a gente tá fazendo só entrar lá e d uma olhada Professor Obrigado aí pela sua presença mais uma vez bate-papo sensacional agradeço muito mais pra frente a gente faz mais um que que você acha da gente fazer um dia não sei se se você tem conhecimento nessa área para um podcast de uma tipo ess Alzheimer em baleia uma neurobiologia comparada assim falar um pouco dos estudos dá dá dá para falar de umaa comparada assim essa é
uma essa é uma coisa legal obviamente eu vou levar para o astroso de novo né pessoal obrigado aí pela sua audiência deixa o like aqui nesse episódio que o YouTube recomenda o nosso canal inscreva-se no canal siga o professor lá e as redes sociais para vocês acompanharem mais a rotina de um cientista e nós nos vemos no próximo episódio até lá