NĂŁo tem o direito de ficar triste, nem teve coragem de se declarar a Margaret. Ouça, se deixar tudo como estĂĄ, vocĂȘ irĂĄ se arrepender pro resto da vida. Se declarar, pode nĂŁo mudar nada, mas vocĂȘ terĂĄ consciĂȘncia [MĂșsica] tranquila.
Imagina isso, o momento final da sua vida. VocĂȘ estĂĄ deitado na cama de morte, mas vocĂȘ nĂŁo estĂĄ sozinho. Em volta da sua cama estĂŁo fantasmas.
NĂŁo sĂŁo fantasmas de outras pessoas. SĂŁo os fantasmas do seu potencial desperdiçado, as ideias que vocĂȘ nunca colocou em prĂĄtica, os talentos que vocĂȘ ignorou, as versĂ”es de vocĂȘ mesmo que poderiam ter existido, mas morreram esperando uma chance. E eles estĂŁo ali olhando para vocĂȘ com raiva, decepcionados, dizendo: "Viemos atĂ© vocĂȘ porque vocĂȘ era o Ășnico que podia nos dar vida, mas agora vamos ter que ir pro tĂșmulo junto com vocĂȘ".
Essa cena, por mais pesada que pareça, é real. Não do lado de fora, mas por dentro. A maioria vai embora desse mundo cheia de e si, cheia de arrependimentos, de desculpas, de medo disfarçado, de cautela.
Por isso, a pergunta Ă© simples e cruel. Quantos fantasmas vĂŁo estar em volta da sua cama no fim da sua vida? Quantas versĂ”es de si mesmo vĂŁo morrer com vocĂȘ?
Porque vocĂȘ teve medo de tentar. Tem um conselho que vale ouro. Peça ela em namoro.
Pode ser uma pessoa, pode ser uma cidade nova, pode ser um projeto, pode ser o medo, pode ser a altura, pode ser o palco, pode ser a mudança, seja o que for. Peça ela em namoro, vai atĂ© ela e diz: "Oi, altura. O que vocĂȘ vai fazer hoje Ă noite?
" Ă disso que se trata, encarar, nĂŁo evitar, nĂŁo esperar o momento certo, porque o momento certo Ă© sempre agora. Ă esse. E sabe o que mais?
Fica ativo, fica em movimento, porque tem uma coisa que ninguĂ©m te conta. Existe um jeito de sair da mediocridade, um jeito de fazer mais, de conquistar mais, de ser mais. Mas sĂł se vocĂȘ continuar em movimento, sĂł se vocĂȘ se recusar a se acomodar, mesmo se tiver mais dinheiro do que pode gastar numa vida inteira.
NĂŁo Ă© sobre dinheiro, Ă© sobre influĂȘncia, Ă© sobre impacto, Ă© sobre inspirar, Ă© sobre devolver algo pro mundo, Ă© sobre fazer com que sua vida vha a pena para mais gente alĂ©m de vocĂȘ. Porque no fim tudo isso Ă© um livro. A sua vida Ă© um livro.
E vocĂȘ escreve cada pĂĄgina. Quando esse livro for fechado, qual vai ser o final? Quando alguĂ©m abrir seu livro, vai encontrar o quĂȘ?
Dinheiro, status? Ou vai ver um homem ou uma mulher que viveu de verdade, que mergulhou fundo, que mudou coisas. Imagina, esse foi o primeiro a conseguir isso.
Foi o cara que uniu aquilo, criou um impacto aqui, transformou a educação ali, distribuiu livros, computadores, fez algo real com a prĂłpria existĂȘncia. Esse Ă© o tipo de livro que vale ser lido. Esse Ă© o tipo de vida que vale ser vivida.
E o combustĂvel? A motivação real Ă© o medo de nĂŁo ser nada alĂ©m de uma nota de rodapĂ©. Ă o medo de morrer sem ter sido quem vocĂȘ nasceu para ser.
Quer um exemplo? Imagina isso. VocĂȘ morre, chega no cĂ©u, tem uma fila gigante, vocĂȘ espera, aĂ chega a sua vez e lĂĄ estĂĄ Deus, ou seja lĂĄ quem for que estĂĄ te julgando.
E ele tem uma prancheta com seu nome. VocĂȘ olha para ela e tĂĄ escrito: "Doutor em filosofia, formado pela Universidade de SĂŁo Paulo, palestrante, empresĂĄrio, salvou vidas, mudou vidas, correu ultra maratonas, superou tudo. " E vocĂȘ pensa: "Mas isso nĂŁo Ă© minha vida?
" E ele responde: "NĂŁo, mas era para ser. Essa Ă© a porcaria do medo real. NĂŁo Ă© medo de falhar, Ă© medo de olhar para cima um dia e ouvir.
VocĂȘ podia ter sido isso, mas escolheu nĂŁo ser. EntĂŁo que fique claro. Seja o que for que tĂĄ te esperando, começa agora, dia um, nĂŁo um dia.
E se vocĂȘ acha que nĂŁo Ă© possĂvel, olha em volta. Quem foi que disse que vocĂȘ sĂł pode fazer uma coisa na vida? Por que nĂŁo ser um CEO?
Por que não criar uma marca, um produto? um aplicativo, uma editora, um império. Quem colocou esse limite?
SĂł vocĂȘ. EntĂŁo, quebra ele, mostra que dĂĄ, mostra que Ă© possĂvel, porque quando esse livro for fechado, o que vai estar escrito nele? Vai estar escrito que vocĂȘ foi pra cama com fantasmas ou que vocĂȘ viveu tanto, se entregou tanto, tentou tanto, que nĂŁo sobrou nada, que seu tanque estava vazio, que sua alma estava drenada de tanto viver, que vocĂȘ nĂŁo deixou nada para trĂĄs.
Esse Ă© o objetivo, viver tanto, criar tanto, dar tanto, que quando tudo acabar vocĂȘ possa dizer: "NĂŁo sobrou nada, eu usei tudo.