universalidade integralidade e Equidade são os três princípios fundamentais dos Sistema Único de Saúde a integralidade do SUS é o tema de Universidade que está começando agora [Música] [Música] [Música] hoje na biblioteca de Manguinhos na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro no primeiro programa sobre universalidade a gente viu o que mudou quando SUS acabou com os indigentes brasileiros e incluiu todos os brasileiros pela cidadania e pela acesso ao sistema único de saúde agora é a hora da integralidade que é um outro princípio assim como a universalidade o que a gente pode começar a explicar o
que é a integralidade bom a integralidade compreensível como todos os outros princípios universalidade Equidade é justamente Qual é a diretriz ético educativa que você tem de articulares ações em diferentes níveis de atenção e a articular essas ações você tem que ter uma visão inclusive em uma prática inclusiva porque são vários aspectos você tem que ser considerado e essa é de fato a margem e o limite da gente agregar valor para cidadania a saúde ou seja vai tudo ficando cada vez mais complexo você tem que pensar integralmente não só no usuário como no sistema exatamente eu
acho interessante a gente para entender isso é perceber que com o SUS a gente tem um deslocamento do conceito de saúde o conselho de saúde antigamente era basicamente biomédico ele tava ligado a ideia de ausência de doença os suas complexifica essa ideia de saúde ela ela coloca também a questão da qualidade de vida em jogo e para você conseguir fazer a ausência de doença ou seja curar E ao mesmo tempo produzir promover a saúde como qualidade de vida você precisa estar no território você precisa conhecer as pessoas Você precisa conversar com elas e saber delas
o que elas entendem por qualidade de vida também então é uma relação que o SUS tem com a comunidade e não é uma relação verticalizada no sentido de que os profissionais de saúde irão impor um uma ideia de qualidade de vida para aquela população não ela é uma relação transversal na qual a um diálogo entre a comunidade aquela cultura e esses Profissionais de Saúde que são dos SUS vão entrando algumas palavras aqui que vamos ajudando a entender que vão tornando mais complexo também como por exemplo promoção que ele citou integralidade necessariamente precisa do conceito de
promoção da Saúde Com certeza o conselho de promoções de saúde ela é importante na ideia da integralidade mas a idade enquanto o conceito complexo é exatamente que a gente não faça essa diferenciação entre o que é promoção entre o que é a atenção à saúde é exatamente diminuir a partição do sistema de saúde que foi feito ao longo desde a revolução industrial da Verdade um pouco antes com o modelo cartesiano entrando na saúde e consigo complexificando com a Revolução Industrial e com todo o grande aparato tecnológico a gente conseguiu desenvolver não se explica o humano
pelas partes e sim pelo todo né então se eu só explico o mano pelo todo se eu sou singular e ao mesmo tempo eu sou um todo e eu estou em relação a um outro todo né eu não posso pensar isso partindo entre promoção atenção né educação e saúde eu vou ter que pensar como eu posso fazer tudo isso ao mesmo tempo pensar integralmente quando a gente ouve as pessoas sobre o que seria um bom sistema de saúde e as pessoas pensam diretamente na assistência apenas você precisa de um atendimento você vai até um profissional
e você é atendido quando a gente pensa em integralidade vai muito além da assistência né É porque para todo esse sistema funcionar tem um profissional capacitado para trabalhar com essa essa forma de trabalho então para isso ele tem que ser preparado para isso né Não basta dizer agora o sistema tem que funcionar desse jeito profissional tem que ter durante a sua formação momento em que ele treine esse tipo de atitude em que ele reflita sobre isso em que ele possa trabalhar com outros profissionais conhecer outros profissionais saber que rede é essa na qual ele vai
trabalhar se ele aprende apenas as questões teóricas técnicas teóricas da tecnologia chamada dura e no momento nenhum tem capacidade possibilidade de exercitar isso refletir sobre isso por que que ele vai automaticamente no final do curso saber lidar com isso então é fundamental que esse profissional tenha desde o início da formação para qualquer formação em saúde essa noção de que ele vai trabalhar contra os profissionais e que significa aproveitar todos os momentos em que ele tiver com esse com esse paciente o usuário do sistema ter essa referência com relação ao onde eu estou nesse sistema em
que ponto eu estou e como é que eu posso ajudar no que essa pessoa precisa esse direito a saúde implica o direito à saúde de forma integral integral e mais do que isso né a síntese na saúde do que seria integral é justamente o cuidado tanto que a gente articula um termo chamado Cidadania do Cuidado que é justamente você poder presentificar né corporificar a ideia do Cuidado não só como você o trabalhador Mas você também é pedagogicamente sinal trabalhador como você cuida de mim então isso E aí isso tem várias possibilidades então a ideia da
integralidade como articulação e essa articulação ela se dá sobretudo pelo uma dialogicidade desses atores dessa aspecto dialógico né e a interação democrática são condições sem Equador para que esse cuidado esse direito aconteça hoje a gente já tá trabalhando que direito à saúde e direito à comunicação E aí o direito à comunicação tem a ver em todo sentido não só do modo como a gente se expressa no mundo mas Sobretudo o modo como a gente lê esse mundo e pensa esse mundo e isso é se pensar integralidade e isso é praticar integralidade dentro de um contexto
de qualidade de vida né de um sistema baseado na qualidade de vida você tem uma atenção digamos assim é muito atenta aquilo que existe no território e que precisa ser modificado dentro desse território Quando você vai no território quando você conversa com uma pessoa por exemplo que tem uma ferida na perna né se você ficar fixado naquela ferida você trata a ferida e manda o sujeito embora agora não surge você vai vai tratar ferida claro vai curar aquilo você continua sendo procurando ausência de doença a ausência de machucados de doença de ferida de pneumonia e
etc ou seja curar Mas você também precisa entender porque aquela filha da apareceu em que contexto E você começa a descobrir que aquela pessoa por exemplo não tem uma casa mora dentro de um carro num terreno baldio e Então essa essa atenção essa esse olhar ele pode produzir também é modificações em relação aos direitos humanos por exemplo dentro dessa dessa comunidade Essa é a complexidade que o SUS traz também é esse é o desafio que os frustrais influir na vida cotidiana no território vivo da comunidade e para responder a esse desafio como é que o
sistema se organiza como é que o SUS está preparado ou se aperfeiçoando para corresponder ao princípio da integralidade no próximo bloco Sai daí a gente volta já universidade está de volta na biblioteca de Manguinhos na Fiocruz falando sobre a integralidade do SUS um dos três princípios fundamentais do nosso sistema que para corresponder aos desafios da integralidade como a gente viu no bloco anterior precisa se organizar para isso como é que se daria ou se dá essa organização eu vou usar o exemplo que o Sérgio Deus sobre o rapaz que chegou com a perna cortada né
Então ninguém corta a perna e fica feliz né Jesus já mostra que essa dualidade corpo mente não existe né as pessoas são um todo e o sistema de saúde tem que se organizar para corresponder a esse conjunto de necessidade não só é se organizando nos níveis de atenção para que a pessoa possa fazer um trânsito por esses níveis de atenção de acordo com as suas necessidades e com as possibilidades mas também para que ele seja visto enquanto um todo e não quanto uma perna ferida né Ele é um ele é que tem um contexto né
que vivem um contexto e que sente aquela perna ferida a partir de um contexto né então se a equipe de saúde e aí umas aspectos importantes da integralidade é o trabalho em equipe se a equipe de saúde não se constitui de forma a entender o sujeito enquanto todo e como é que eu posso ajudar a esse sujeito a transitar pelos três níveis de atenção né de forma compatível com as necessidades dele a gente não consegue pensar em atenção integral né ele falou em três níveis de atenção como a gente explica de atenção para alguém que
ainda não entende muito bem o que é o SUS vão ser três momentos em que dependendo da situação em que ela vive a situação de saúde em que ela passa ela pode escolher teria como escolher por onde ela vai começar o que eu falei antes em relação à entrada então tá idealizado Para que você entra para o primeiro nível você entre hoje em dia na maior parte dos casos nas estratégias Saúde da Família você entre como profissional que tem uma visão em relação a essa esse todo do que de vive o que ele faz como
a saúde está inserida na saúde dele na vida dele e aí esse profissional primeiro profissional que tem essa noção do todo dele como é a vida dele a família dele lugar onde ele mora pode dimensionar o que ele vive naquele sofrimento específico para que lugar ele pode referenciar mandar dizer para ele né em outras palavras porque muitas vezes ele chega num âmbito onde é o nível de complexidade maior e aquele profissional não conhece ele então aquela questão que tem uma conexão com a vida dele fica desconectada E aí ela às vezes ela é tratada de
forma completamente equivocada em relação a que a saúde dele naquele momento precisa Então esses níveis nesse sentido do da pessoa que utiliza é para isso que eles estão feitos só que às vezes a pessoa se sente mais confortável num nível que não é o que está pensado para ela essa que eu falei antes em relação como ela escolhe onde ela entra e essa é a questão que o sistema hoje em dia vive a rede na verdade ela teria que tá preparada para essa ida e volta do Cidadão em Direito de escolha para onde ele vai
e o profissional saber como conduzir essas escolhas do usuário do sistema Porque além da Estratégia da Saúde da Família da própria emergência também que é uma porta de entrada muito frequente existe esses outros níveis de atenção que a gente pode explicar como os outros níveis de atenção bom acho que os outros níveis de atenção é uma vamos dizer é uma organização dada a priori só que a vida ela se refaz a cada momento e o processo de adoecimento o processo de Sofrimento né ele nos recoloca o tempo todo em configurar né é lugares de acolhimento
né para aliviar o meu sofrimento e aí eu pego um pouco da o que o Sérgio colocou E aí da qualidade de vida no território e esse caso né da pessoa que mora no carro porque também tem a ver E aí não é só o direito em integralidade não só como direito de ter mas o direito de ser no Cuidado significa o quê que a população de rua ela tem um modo de ser de estar na rua como outras demandas que pode ser em relação ou dependente químico ou porque fraturou a perna aquele que é
aí é vamos dizer assim uma paciente trans né Tem várias quer dizer a ideia da pluralidade ela demarca necessariamente né que a integralidade defenda e proteja a visibilidade da demanda por cuidar dessas pessoas e aí sim aí elas vão se sentir pertencendo um sistema público Universal inclusive para todos que eu sou isso Geralmente as pessoas quando pensam a gente já falou isso aqui no programa Elas Pensam ah eu tô doente vou procurar um médico e de preferência um especialista que não é esse a princípio a forma não é essa forma com que a gente pensa
o sistema mas é isso acontece com frequência como é que a gente pode continuar esse pensamento dos níveis de atenção a partir desse dessa forma de pensar mais comum é essa forma de pensar Ela implica um valor né que é o valor cura e de fato as pessoas procuram ser Serviços de Saúde com ambição de Se Curar e também reforça a questão do Especialista como quem tem o poder de curar o poder de curar de fato é mas assim o SUS ele ele procura não é destruir a ideia de que há necessidade de especialistas ou
o que ou de cura como eu falei ausência de doença ela tá articulada a ideia de qualidade de vida ela ela ausência de doença quando eu utilizo esse termo no sentido de justamente de evocar o valor cura e valor cura tem um copyright né Tem um copyright que tá ligado a todo o sistema médico hospitalar o SUS ele não destrói esse sistema médico hospitalar ele desloca o foco esse deslocamento de foco é que em faz incluir a ideia que eu chamo de qualidade de vida e que é uma ideia que faz com que a gente
vá ao território quer dizer que a saúde esse indivíduo que vai buscar saúde não só ausência de doença com o SUS ele consegue adquirir muito mais do que simplesmente uma atenção curativa a saúde não é apenas ausência de doença é infelizmente os outros níveis de atenção secundário terciário eu falo de um lugar privilegiado porque na verdade eu trabalho na atenção primária então é um lugar privilegiado Como eu mesmo já já me denunciei né mas o que acontece é que pensar por ser integral quanto a gente vai fazendo um acúmulo de tecnologias duras como elas já
mencionou ou acúmulo da ideia de que a ciência se especializa e a partir potencialização em pequenos pedaços é que a gente consegue produzir o cuidado tira né despersoni fica o agente do cuidado né o agente que vai receber o cuidado e aí nesse caso a atenção primária né o primeiro nível de atenção Ele é o nível da própria integralidade Porque além do lugar de ser o primeiro nível de atenção de ser uma das principais portas de entrada claro que a gente tem que pensar que outras portas de entrada tem que ser podem ser importantes para
o indivíduo inclusive quando esse indivíduo decide que o coordenador do Cuidado dele não vai ser a atenção primária Mas quem ajuda a construir isso é a atenção primária enquanto o coordenadora do Cuidado em si enquanto quem vai ajudar ele no território porque ela está com ele no território a pensar o projeto de cuidado que essa pessoa vai ter junto com ele porque ele é para qual participante desse projeto né ele se diz usuário Então no próximo bloco o SUS que a gente tem os SUS que a gente deseja a construção do Sistema Único de Saúde
rumo a inte gralidade não sai daí mas antes se liga nessa dica [Música] para se aprofundar mais sobre o conceito de integralidade Acesse o site do lápis laboratório de pesquisas de práticas de integralidade em saúde [Música] universidade está de volta na biblioteca de Manguinhos na Fiocruz falando sobre a integralidade do SUS a gente falou aqui no nível de atenção primária citou secundária e terciária Mas não explicou muito bem o que a gente pode explicar para as pessoas o que são esses outros dois níveis olha os níveis foram organizados para cada um do nível dos níveis
tem uma complexidade vem de atendimento mas o que a gente tá assim talvez tentando falar aqui um pouco é que esses níveis é com a ideia da integralidade é o próprio sistema único de saúde ele propõe uma rompimento em relação esses níveis e a criação do que a gente chamou de uma rede significa que a gente vai ter capacidade de atender acolher na integralidade em qualquer nível de atenção claro que os níveis em funcionamento é mais fácil para o sistema funcionar Talvez seja até mais barato para o sistema como um todo significa o quê que
você através de menos gente chegando ao nível terciário secundário terciário menos gente necessitando de tecnologia dura precisando de máquinas muito pesadas e muito caras é claro que tem uma lógica mas na verdade a gente tem que o que a gente voltar o que a gente falou antes pensar que as pessoas não são burras porque elas entram errado pela porta errada e vão direto para um hospital de grande complexidade porque lá elas olham um prédio onde elas se sentem totalmente atendidas Ali vai ter tudo Você precisa fazer um exame vai ter tudo você vai ter tudo
ser feito lá é essa essa possibilidade o sistema organizar reorganizar se organizar para aquela pessoa e não oposto ela tem que se organizar para chegar no lugar certo é que é um sistema em rede significa que qualquer lugar que ela entre ela vai ser atendida e as suas especificidade do que ela vive naquele momento do sofrimento de dor do que ela precisa vão ser recolocadas explicados na verdade neste momento melhor seria qual né mas não vai deixar de ser atendido não aqui não é o seu lugar e hoje a gente começa a questionar se realmente
ele é o espaço que tem a maior evolutividade entre outras coisas porque apesar desse grande adensamento tecnológico de várias especialidades ele tira um pouco essa ideia de entender o sujeito dentro do seu contexto e Como processar ou Doença não tem a ver simplesmente com por exemplo eu tenho tuberculose porque o meu pulmão ficou doente eu tenho tuberculose porque as minhas condições de vida o espaço onde eu moro trouxe condições junto com a bactéria de que eu ficasse com tuberculose né se não eu não posso explicar por exemplo em outro caso como é que o morador
da Rocinha morre mais de doença cardiovascular do que o morador Leblon ou edição Conrado que é do lado né ou seja as condições as condições de vida que não tem pessoa com moradia ou com pobreza ou riqueza não né tem a ver como condição com as condições macro e micro que envolvem sujeito elas são importantes no processo de saúde de doença né o hospital durante muito tempo foi tido como esse espaço que consegue resolver estes problemas O problema é que ele também gera doença né E aí é onde entra a atenção primária enquanto coordenadora do
cuidado né eu hoje que trabalha na Rocinha Vejo claramente uma mudança da porta de entrada porque a gente conseguiu comprar o sinais qualificado nação primária que entendem o que a integralidade que entende o seu papel enquanto coordenadores do Cuidado enquanto advogados do paciente né é conseguir a porta de entrada para atenção primária tá se falando muito em cura é em doença que eu quero ser advogada porque tem algumas doenças que a gente está acostumado nessa própria configuração de hierarquia a doenças visíveis eu vejo né eu vejo alteração Eu tenho um exame eu quero falar das
doenças sociais invisíveis a violência né o preconceito né Toda Forma de busca por cuidado que não necessariamente é o medicamento eu não quero cura outras racionalidades não é médicas não trabalha com a ideia de cura nem trabalha com a ideia de alta eu quero aliviar o meu sofrimento né é um momento transitório e esse momento transitório tem absolutamente tudo a ver com esse outro que eu não consigo por mais que é muito complicado aí eu vou ficar no lugar do outro não fica você é o outro que ele nada mais é do que a minha
expressão do que eu acho dele como humano e isso tem tudo a ver todo dia porque aí você tem a pluralidade de projetos terapia você tem problema de idade de demandas por saúde né e pessoas totalmente diferentes e isso é que reforça a ideia do direito à saúde porque eu acho complicar é uma coisa que eu sempre brinco com meus alunos era bom perguntar para os profissionais de saúde se eles gostariam de ser atendido por eles mesmo e para a gente pensar subjetividade né O que que é subjetividade a gente tem que conhecer essa pessoa
a gente tem que estar junto dela a gente tem que conversar com ela a gente precisa se comunitário e a gente tem que produzir com isso cuidado mas acolhimento mais o que significa vínculo Ou seja você produz uma certa relação que é também de amizade com aquela aquele usuário e essa relação permite com que você consiga perceber como esse usuário esse amigo essa pessoa luta para ser feliz Quais são as redes as redes que produzem a sua singularidade a singularidade na verdade a gente pensa inclusive Maranhão falou de projeto terapêutico né projeto terapêutico por exemplo
no SUS ele é singular e ele é singular porque justamente ele pensa o indivíduo como uma multiplicidade cada indivíduo produz a sua rede sua rede com pontos afetivos que são múltiplos e aí você vai conseguindo perceber quem ele é isso é integralidade e isso é integralidade um programa do canal saúde da Fundação Oswaldo Cruz se você quiser entrar em contato conosco nosso endereço eletrônica canal saúde Ponto Frio cruz.br ou então entre na nossa página no Facebook e eu quero agradecer a Sérgio Roseni Rodrigo por mais uma universidade que vocês fizeram [Música] [Música]