Mais um gol de placa do jornalismo que investiga. A Record TV conseguiu com exclusividade conversar com um homem condenado a 42 anos de prisão. Esse caso percorreu o mundo inteiro.
Jornais esportivos da Europa falaram demais desse homem porque ele tirou a vida do jogador Daniel. Daniel já jogou no São Paulo, já jogou no Coxa, no São Caetano. E ele estava em Curitiba quando foi assassinado cruelmente por Edson Britz.
No começo ele dizia que era inocente. Depois quando condenado ele confessou que praticou o crime e agora frente a frente com uma das maiores repórteres, uma das maiores jornalistas que eu conheço, Taís Furlan que tá aqui. E eu não falo só para te agradar, você realmente é fera.
Você conseguiu arrancar dele um depoimento que ele não tinha dito nem pra justiça ainda, Thaís. Sim. 2 horas meia de conversa, uma conversa tensa.
Ele não foge de pergunta difícil, não. Todo mundo se pergunta, vem cá, o Edson Brits, quando tava lá na casa dele, quando o jogador Daniel tirou uma foto ao lado da mulher do Edson Brits, foi por isso que o Edson matou o Daniel, porque ele viu uma foto do Daniel com a mulher dele. Essa foto aqui, ó.
A Cristiane tá dormindo. Aí o Daniel, ele meio que se ajoelha, é o que dá para entender nessa foto, ao lado da cama, tira uma foto e manda para amigos dele. Olha onde que eu tô.
O Edson Britz quando vê isso fica muito louco da vida. Porém, o que o Edson Britz não tinha dito é que ele recebeu comando de uma pessoa para matar o Daniel, né? Sim.
Ele aponta nas palavras dele uma mandante para esse crime. Ele não tá mais casado com a Cristiane, não. Tô em processo de separação, processo litigioso.
Mas inclusive ela já tem outro companheiro. Sim. E ele não quis entregar se ele já tocou a vida dele amorosa, porque ele tá na cadeia, mas recebe visita.
Ele recebe visitas na cadeia. Isso é muito comum. Ele fala sobre isso, fala, mas ele não entrega se ele tá tendo algum relacionamento.
Exclusivo a partir de agora, apenas aqui na Record TV. Vamos lá. O Edson Bridges foi manchete nos jornais do mundo todo.
Até hoje é um nome que provoca muita revolta e indignação. Desde 2018, na época do crime, ele evitou os holofotes e nega todos os pedidos de entrevista. é um assassino condenado que nunca aceitou dar sua versão para um crime tão brutal até agora.
[Música] Há mais de dois anos eu tento essa entrevista com o Edson Britz. Sua resposta foi sempre não, não, não. Nesse período ele foi a júri popular e pra surpresa de todo mundo, preferiu de novo ficar calado.
Então agora eu te pergunto, Edson, no seu julgamento, você não se pronunciou, por que falar agora? Na verdade, eu acho que é o momento agora. É o momento de falar.
E foi por isso que eu escolhi vocês e a oportunidade de poder colocar algumas coisas que eu não consegui colocar aquele dia. E eu acho que eu vou ter oportunidade nessa entrevista. Há segredos nesse crime não revelados?
Sim. Você tá disposto a falar sobre eles hoje? Sim.
O Brasil inteiro te conheceu como assassino do jogador Daniel. Quem é o Edson Brit por trás desse filme? O Edson Britz é um cara da hora.
O Edson Britz é um ser humano. O Edson Britz é um trabalhador brasileiro, lutador, vencedor. O Edson Britz é um super hiper mega pai que sempre colocou a família acima de tudo e de todos.
E infelizmente eu fui também dragado para dentro dessa tragédia que foi, infelizmente esse crime. Um crime bárbaro. Eu lembro de ver meu pai de um jeito que eu nunca tinha visto.
Ele tava extremamente transtornado, o olhar de ódio, de raiva. Eu acho que no fundo ele não tava acreditando que tava acontecendo tudo aquilo, sabe? Foi quando o Júnior abriu a janela e pegou ele pelo pescoço.
Eu saí pela janela. Um caso cercado de segredos. Quando que ele contou que ele assassinou o Daniel?
Ele nunca chegou assim para mim e falou: "Matei, matei". Daniel Correa foi morto aos 24 anos em outubro de 2018. Jogador de futebol com uma carreira meteórica.
Ele atuou por Botafogo e São Paulo. O auge foi curto, interrompido por uma lesão no joelho. E a partir dessa lesão, ele nunca conseguiu voltar de fato.
É uma lesão que se tudo ocorrer bem, você volta em 8 meses. Isso mentalmente foi desanimando ele. Daniel era amigo de Alana Britz e foi convidado para participar da festa de aniversário de 18 anos dela numa casa noturna em Curitiba.
Essa festa, ela só acabou na manhã seguinte. A Lana voltou para casa com o pai, a mãe, o namorado e duas outras pessoas que estavam hospedadas lá. E a Cristiana voltou completamente embriagada.
Na versão de Alana e da mãe dela, Cristiana Britz, a família retornou para casa. e foi surpreendida com a chegada de Daniel e outros convidados. O jogador teria invadido o quarto de Cristiana, que estava dormindo.
Naquela noite eu fui violada e eu fui invadida, eh fui abusada. E o que que aconteceu? O que que ele fez com você naquela noite?
tirou as calças, subiu em cima de mim, passou o pênis, tirou fotos, né, que eu vi depois porque eu tava apagada, tava dormindo. Daniel foi flagrado pelo marido de Cristiana, Edson Britz. O jogador foi espancado e levado para uma floresta onde acabou emasculado e morto.
Edson Britz foi condenado a 42 anos de prisão. Ele era um pai de família e ele só tentou proteger a família dele. Três jovens que estavam com ele no carro acabaram inocentados.
O Ministério Público recorre da sentença. Cristiana Britz também respondeu pelo assassinato, mas foi absolvida pelo júri popular. A polícia alega que você teria dito aqui: "Não, não faça isso aqui".
Como se tivesse dando uma indicação de que esse crime poderia acontecer fora da sua casa. Isso aconteceu? Você queria isso?
Não, eu eu não queria que que nem batessem nele. A todo momento pedia por ele para pararem com as agressões, eh, clamando pela vida dele. Por todo esse tempo, Edson Brit permaneceu em silêncio.
O que você viu naquele quarto? Quando eu abro o blackout, eu vejo o Daniel em cima da Cristiana. Eu dou um passo, pulo a janela, entro para dentro do quarto.
Primeiro eu olho aquilo e falo: "Cara, o que que é isso? Que que tá acontecendo? O que que significa isso?
" E já começa a bater no Daniel. Começa a bater no Daniel. Em um determinado momento ele queria falar e ele falava para mim: "Ela que me chamou.
Ela que me chamou". Fiquei sem entender aquilo, continuei a bater nele. Se eu te falar assim, eu entendi o que o que que tá acontecendo, eu não consegui entender.
Eu sarei na hora porque eu falei, cara, que loucura que é essa aqui? A cena que você viu ali era de uma violência sexual? [Música] Como que eu vou responder isso para você?
É uma pergunta que eu não sei responder para você, porque até então, ao meu ver, sim, era. Mas como eu te disse, eu só vi ele. Eu só consegui ver ele.
Eu só consegui ver ele e ela na cama. Aí começam as agressões, os meninos vêm e perguntam para mim o que que tá acontecendo. Eu falo: "Cara, esse cara aqui, esse maluco aí, ó, cara louco aí, ó, começa a bater, bater, bater.
" Eu bati mais do que todo mundo, com certeza. Minha fúria, minha raiva era maior. Não entendia aquilo ali, o que que tava acontecendo.
Como esse crime evolui de uma agressão grave, séria para um homicídio tão brutal. Eu não quis isso para mim. Eu não procurei isso.
Eu não procurei acabar com a minha vida. Eu não procurei estar todos esses anos preso. 7 anos se passaram.
Eu não procurei deixar uma mãe sem um filho. Eu não procurei deixar uma filha sem o pai. Eu não fui procurar nada disso.
Eu não fui procurar. Eu eu eu tava na minha casa, lá é o meu lar. Aquela cama era a cama que eu dormia.
Lá é a minha casa. Não era um puleiro, não era uma fuleragem. Foram atiçar, aguçar o ódio, a ira, a raiva, a violência dentro de uma pessoa que até então era tranquila.
Eu bato no peito que eu matei, é a verdade, infelizmente, uma tragédia. Porém, outros agridem e falam que não fizeram nada e nem no nem pro juri vão, nem aparecem nos autos. É assim que funciona?
Não é? Não é mesmo. A gente sai pela sala, eu saio com o Daniel depois de um tempo.
Não sei precisar quanto tempo durou aquilo ali. A gente sai da sala, eu passo pela sala, eu escuto a Cristiana falar para mim: "Ó, não mata aqui, não mata esse cara aqui dentro da nossa casa, não faz isso aqui. Mata lá na rua".
Eu passo com ele e escuto aquilo e aquilo me soa como um isqueiro, um stopim. Porque até então a minha ideia sempre foi ficar ali e chamar a polícia. Eu tinha isso na minha cabeça.
Não, chamar a polícia. Aí esse cara tá pensando o que fazer isso aí na minha casa. Vamos deixar muito claro o que que te soa como esses topinho, esse gatilho.
Quando a Cristiana fala isso para mim, ó, não mata aqui, mata lá na rua, não faz isso aqui dentro de casa. Você ouviu da boca da Cristiana, mata lá na rua? Sim.
A Cristiana nega que falou isso. É, as duas meninas também confirmam, né? As duas meninas confirmam que ouviram isso, declina isso no processo, né?
Então daí será que tem três, quatro pessoas mentindo e ela tá falando a verdade? Você tá culpando a Cristiana? Eu só tô falando para você o que aconteceu.
Eu não tô aqui para culpar ninguém. Quem vai culpar a Cristiana não sou eu. Por que que você não falou isso antes?
Eu não falei isso antes, Taís, porque eu queria proteger a Cristiana. É por isso. E por que que agora essa proteção não precisa existir?
Porque porque agora ela não faz mais parte do meu rol de proteção. Então não preciso proteger. Então eu vou te perguntar agora de forma direta.
Você decidiu se posicionar dessa maneira agora porque ela se separou de você. Então é isso. Parabéns.
Você sabe fazer perguntas como poucos. Acho que você conseguiu arrancar isso do Edson Britz. Ser jornalista é muito mais do que escrever um texto, né?
Você saber arrancar a informação e diante de um homem que pensa muito para falar. Eu não conheci esse lado de Edson Britos porque eu já tentei fazer essa entrevista por muito tempo e não consegui. Muitos repórteres tentaram também e eu não sabia que ele era tão inteligente para responder.
Fala muito bem. Ele sabe falar muito bem, né? Pensa articulado.
Tá se preparando, acho que para isso, há 7 anos no presídio, né? E você disse que uma das intenções dele, depois de ter sido condenado a 42 anos de prisão é sair muito em breve, porque ele quer contar com os benefícios da lei, ele quer uma progressão da pena dele, quer, ele quer reduzir a pena na justiça. Agora ele tá com recurso, na verdade, ele tá pedindo um novo júri, ele quer um novo júri, ele quer diminuir a pena para que ele possa sair antes.
Ele cumpriu sete. Teoricamente, com mais seis, ele pode sair do presídio. Daqui 6 anos.
O Brasil não é justo, mas essa é uma outra discussão. Nós já sabemos disso por enquanto. Parabéns.
Não terminou ainda. Tem mais sobre as declarações, Edson Britz. É a principal revelação vem depois.
É até melhor do que essa. Sim. Ele acusou a ex-mulher dele de ter mandado matar o jogador Daniel.
Ele quer que a ex-mulher vá pra cadeia. Ele fala que ele agiu sozinho quando ele tava lá fora para matar o jogador Daniel. Ele já falou isso, ó.
Lá eu matei, eu agi sozinho. Porém, ele diz o seguinte: "Eu só fiz porque me mandaram". Comandante, rapidinho.
Se alguém manda matar, essa pessoa é assassina tanto quanto, não é? Exatamente. Ele vai responder na medida da sua participação.
Você tem o autor, o coautor, o conivente, todos recebem uma martelada. Ele vai dar detalhes agora do assassinato. Vai.
É importante só ressaltar que ele muda essa narrativa. Ele sempre protegeu a Cristiana porque eles estão separados. E ele não queria essa separação.
Ele é um homem ciumento. Admitiu isso na entrevista. Tinha muitos ciúmes da Cristiana, uma mulher linda, inteligente, exuberante.
E ele muda a narrativa. Vingança. Se ele ficou com raiva.
Será que agora tem esse negócio? Veja bem, ele deixou isso aqui muito claro. Antigamente eu protegia a Cristiana, ele deixa entender ela e a mulher eu protegia mesmo, mas agora que ela já tá com outro, já tá na balada por aí, porque ela é vista em Curitiba nas baladas.
Então também não tenho mais que proteger. Pronto, acabou. Agora eu vou contar a verdade.
O homem condenado a 42 anos de prisão agora vai dar outras revelações. O homem que tirou a vida do jogador Daniel, que ficou conhecido no mundo inteiro, o homem que cometeu uma das maiores atrocidades diz se agiu sozinho ou não. Ele já entregou Cristiana Britz, que na época era casada com ele.
No começo, Edson Britz defendia Cristiana, mas agora ele diz que ela é culpada. Eu estava vendo os comentários que são feitos nas redes, tem muita gente te elogiando porque você foi muito atenta. Você teve coragem de olhar nos olhos dele sem perder o respeito, sem perder a graciosidade, mas você foi muito firme com ele, principalmente quando você disse: "Você agora tá entregando a Cristiana só porque ela não é mais a sua mulher".
Você acredita nisso? Eu acredito que sim em você. Eu também, porque tem uma narrativa que ela muda do nada em 7 anos.
O que que mudou? Só hoje ele é separado. Cristiana não quer continuar com ele.
Tem um processo litigioso e eu vou já adiantar. A Cristiana me telefonou e disse: "Ele tá me ameaçando de morte de dentro da cadeia. Hoje ela me ligou antes de eu entrar aqui no ar.
Ela falou isso para você. falou e que está no processo. Se ele tá pensando que ele vai conseguir diminuir o tempo dele dentro da cadeia com essas ameaças, é o contrário, né?
Tá documentado, segundo ela, ao mesmo tempo que ele é inteligente, porque ele dá respostas inteligentes, o comportamento dele pede pras emoções, né? Falta inteligência emocional. Bom, eu quero saber da entrevista o que foi que ele falou apenas para Thaurlan.
Vamos lá. Você decidiu se posicionar dessa maneira agora porque ela se separou de você? Absolutamente, absolutamente.
Claro que não. Muito pelo contrário. Repito, você tem mágoa da Cristiana Riva?
E por isso você tá dizendo isso agora? Nenhuma. Eu só estou aqui para falar a verdade.
Quando você saiu de casa, qual era a sua ideia? O que você queria fazer com o Daniel? Era largar ele num lugar pelado para ele passar vergonha.
E para que a faca? Era isso. Eu peguei a faca assim, mas não com o intuito de matar ninguém.
Mas quando eu vi a foto, as mensagens, foi ali que eu decidi. Essa informação é nova? Sim.
Chegou no caminho, a gente estava indo na BR, tô com meu telefone, celular. Eu pego para atender, vejo quem tá me ligando, rejeito ligação. Cristiana tava me ligando.
Eu não atendi duas vezes. Ela me mandou três fotos, que eram as fotos dela lá na cama que o Daniel tinha tirado. Até então não tinha visto.
Como a Cristiana teve acesso a essas fotos? Ela tava com as fotos, mandou para mim. Eu vejo essas fotos e logo uma mensagem de voz junto.
A Cristiana reafirmando o que ela tinha falado para mim lá atrás. Que que ela disse? Mata.
Olha aí o que ele fez, ó. Mata. A defesa da Cristiana alega que você estava com o telefone do Daniel, que você viu a foto que o Daniel enviou para o primo e as mensagens e que ali você teria decidido matar.
Não, você estava com o telefone Daniel? Não, o telefone do Daniel foi destruído lá na casa. Em que momento você decidiu matar?
Na hora que eu peguei o telefone, que eu vi as mensagens, que eram as fotos, no caso que eu ouvi o áudio, ali, eu decidi. Eu já tava fora de mim numa numa violenta emoção, que é o que eles falam, que o que acontece com a pessoa que fica cega, a pessoa que não enxerga nada, a pessoa que não consegue ver o que tá acontecendo. Quando vê, quando eu vi já tinha acontecido.
Você tá entendendo a seriedade disso que você tá falando aqui agora? Com certeza muito. Se eu não tivesse entendendo, não falaria a verdade e você não estaria aqui.
Porém, eu não consigo entender na minha cabeça como o autor tá preso e condenado e a mandante foi absolvida. Tô pagando e caro, muito caro. Tiraram tudo de mim.
E eu vou te falar, cada um tem que pagar pelo seu crime. É justo, sinta, é justo. Tô preso, cometi um crime.
Eu tenho que pagar pelo meu crime. Porém, hoje é o dia de todo mundo comer o que tá no prato. Todo mundo vai comer o que tá no prato.
O que que muda para agora você entregar, Cristiana, senão um desejo de vingança? Negativo. São os fatos.
É a realidade do fato, tá? o fato que ela mandou isso para mim e nessa mesma semana a gente foi pra loja de celular para poder levar o telefone dela para poder resetar o se as mensagens que estavam no seu celular, o que que você fez com elas? Elas permanecem no meu celular ainda.
Esse celular nunca foi apreendido pela polícia? Nunca. Eu gostaria de ter acesso a essas mensagens nesse momento.
A resposta é não. Você entende que é estranho você não me entregar esses áudios dizendo que tem os áudios? Sim, faz muito tempo.
Estranho. Faz muito tempo, né? A gente tá falando de 7 anos, né?
Vou te pedir de novo, me entrega esses áudios. Como eu te disse, no momento certo, pode ter certeza que vai aparecer esse telefone. Pode ter certeza que vocês vão ser os primeiros a ver, mas a gente tá falando de um crime.
Por que que você acha que eu tenho obrigação de mostrar um telefone de um crime para você? Não tenho obrigação de mostrar. Você veio aqui por livre espontânea vontade e disse que sua ex-mulher te mandou matar o jogador Daniel, que você recebeu um áudio, que você tem um áudio.
É natural. como jornalista que eu te peço. Verdade.
Senão não estaria fazendo meu trabalho. E é natural eu falar para você que quem vai ter acesso a esse telefone primeiro é a justiça. Você consegue entender que é difícil de eu acreditar que para mim sua que você tá mentindo.
[Música] Firme e forte, hein? Olhou para ele e disse exatamente o que nós todos gostaríamos de falar. Se tem o áudio porque não entrega.
Você tem um áudio porque nunca apareceu esse áudio? Cristiana me ligou agora de manhã. Conversei com ela, retornou minha ligação, ela disse: "Não tem áudio nenhum, não mandei mensagem nenhuma.
Eu não estava com o meu celular naquela noite. Meu celular tava dentro do carro com ele. Ela diz que ele tá mentindo e ele diz que ela tá mentindo.
Daí, fulan, eu tô adorando assistir essa reportagem. Eu vou deixar a informação para você. E eu tenho um momento porque você fez um gol de placa, camisa 10 da da da reportagem.
Então eu tenho um momento de dar notícia. Eu só quero dizer para você que tá me assistindo aqui, eu tenho certeza que muitas pessoas veem isso também, Thaís Fulan, ela se apresenta como uma grande jornalista também policial e olha que o jornalismo hoje é carente de pessoas assim, que saibam fazer perguntas, que sejam precisas. E você tá construindo uma grande carreira, você já tem uma grande carreira, né?
Nós temos, por exemplo, o Cabrini com grandes histórias, mas você é a mulher que sabe fazer perguntas tanto quanto que representa com certeza as mulheres que estão assistindo a gente aqui agora cheias de orgulho, né? Uma jornalista com esse calibre. Vamos pra terceira parte.
Vamos embora. Que que ele vai falar agora? Ele vai dizer se ele matou ou não sozinho dentro do carro.
Como é que foi? Só lembrando, ele sai da casa, ele com três pessoas, um primo, hoje, um rapaz que é um genro e um amigo. Polícia diz que esses meninos ajudaram no homicídio.
Vamos ver o que ele conta. Na tela. Peguei, fechei o olho e fui pra BR.
E a gente vai para aquele lugar que é, infelizmente, onde aconteceu tudo. Eu vou para trás do carro, abro o porta-mala, quando eu vi já tinha acontecido. Você tira o Daniel sozinho?
Daniel era pesado, um atleta. Sim, Daniel era leve, eu era forte. Eu tava com 95 kg, eu perdi 25 kg dentro da cadeia.
Tenho 70 agora. Peguei ele com muita facilidade do carro sozinho. E como eu sempre disse, e é a verdade, eu cometi esse crime sozinho.
Aqui é um conflito de interesse. Um dos meninos hoje é marido da sua filha que estava no carro e o outro é um parente seu, seu primo Eduardo e David. Você tá protegendo esses dois?
Absolutamente. O David, o Igor e o Eduardo, eles não mataram ninguém. Eles não mataram Daniel, não fizeram nada.
Eu, infelizmente, fiz esse crime sozinho. Então, é interessante isso. Por isso eles foram absolvidos, porque eles não mataram ninguém, são inocentes.
Você entregaria o marido da sua filha? Se tivesse errado, com certeza. Você entregaria seu primo sem pensar.
Os peritos afirmam que seria impossível você tirar o Daniel do carro, dado o primeiro golpe como foi dado, que lhe sangrou bastante e e levado até aquele ponto onde o corpo foi deixado sem nenhum rastro de sangue, a não ser que alguém te ajudou. Alguém te ajudou no assassinato, Daniel? Ninguém me ajudou.
Que que explica não ter esse sangue espalhado? É um crime que você tem muito sangue. É um crime violento, brutal, né?
Essa logística, eu não sei te dizer porque eu não sou um médico forense, né? Por exemplo, declina no processo que é uma um requinte de crueldade. E não teve um requinte de crueldade, não houve.
O requinte de crueldade ele ocorre quando a pessoa sofre para morrer. Isso é requinte de crueldade. Então se vocês não sabem, fiquem sabendo, porque primeiro foi a degola e depois foi a hemasculação.
Por que você decidiu ir mascul? Porque o fato dele ter feito o que ele fez, o fato dele est em cima da minha mulher, aquilo me levou a fazer aquilo. Só que eu não tava no meu juízo perfeito.
Eu não tava bem, eu tava embriagado, tava a noite inteira, eu tava bebendo, comecei a beber 7 horas da noite e aquilo ali era 8 horas da manhã. Então a gente tá falando de muito tempo depois. Então eu não tava no meu juízo perfeito quando eu fiz aquilo.
Você tava sofeito de droga? Não, só de bebida. Só de bebida.
Eu tentei, eu tentei, eu tentei, mas esses percalços no meio do caminho que vieram, ó, fala uma coisa aqui, ó, mata, não mata aqui, mata, ó, liga, manda. Isso aí, tira o teu foco do que você tá fazendo e você mira só no errado. Você se arrepende?
Com certeza, todos os dias da minha vida. Por quê? Porque o Daniel, ele fez o que ele fez.
Errado, sim. Errado. Errado que ele fez.
Porém, ele era filho de alguém, ele era neto de alguém, ele era pai de alguém. Então isso daqui, o arrependimento para todo mundo que tá preso, ele vem todo santo dia. Ninguém merece morrer.
Ninguém. Isso. Eu falo isso por você do fundo da minha alma.
Ninguém. A gente não tem o direito de matar ninguém. Ninguém.
Eu não tenho direito de matar ninguém. Ninguém. As pessoas que cometem crimes, Taís, elas têm que ser julgadas e condenadas e ficarem presas.
Pessoas que cometem crimes não merecem morrer. E pode ter certeza que eu tô pagando, não tanto quanto ele, que infelizmente ele pagou com a vida dele, mas tá saindo muito caro para mim. Se eu pudesse, lógico que eu faria diferente, sem pensar.
Se eu pudesse, eu falava: "Segura, chama a polícia". Quando eu vi, fui dragado para dentro disso e tô aqui. Acaba a entrevista aqui.
Sela, sela, cela. Essa tragédia não tem conserto. É impressionante, né?
Eu fiquei completamente impressionado depois desse depoimento, algumas coisas podem mudar, porque ele pede um novo julgamento e ele agora parece trabalhar para incriminar a ex-mulher dele. E o Ministério Público tá recorrendo também da absolvção dela, então tem chance dela ser condenada. Agora o Ministério Público vai contar com a ajuda de Edson Britz para ir caçar Cristiana Britz.
Que ironia, né? E tudo com a ajuda da nossa jornalista que tá aqui. Mais uma vez, parabéns.
Você foi demais. Sucesso, tá? Obrigada.
Essa éí fulan, nossa repórter aqui da Record.