Modernismo em Portugal - Literatura - aula 22

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Olá, galera! Nesta aula aprenderemos mais sobre o Modernismo, mas, desta vez, com o foco em Portuga...
Video Transcript:
e aí o olá pessoal sejam bem vindos a mais um vídeo do canal net data esta é a nossa 22ª aula da playlist de literatura e neste momento vamos falar um pouco sobre o modernismo em portugal muito bem antes de tudo vamos fazer uma breve contextualização para entender um pouco sobre o momento histórico em que o modernismo em portugal aconteceu se desenvolveu bom lembrando que o início do movimento conhecido em um pouco com o início do movimento aqui no brasil também que foi ali mais ou menos o século 20 lá para o ano 1915 e
o marco oficial para o surgimento desse movimento lá em portugal é a criação da revista orpheu uma revista super importante tanto para a época quanto para hoje né ela ainda é muito lembrada e foi aí o pontapé inicial digamos assim o divisor de águas para o início do movimento lembrando que todos os movimentos eles não começam numa data específica ou não dia específico mas os estudiosos né acabam escolhendo um ponto da história um arco para atribuir ao início de determinado movimento e aqui no modernismo temos a publicação da revista orpheu outra coisa é bem importante
é que nesse momento ali um pouco depois né do início oficial do movimento em 1917 a ocorria a revolução russa e também 1914 até 1918 ali um pouquinho antes e até depois também uns anos do início do movimento acontecia a primeira guerra mundial um evento histórico muito relevante e que acabou de foi esse ano o mundo inteiro impactante e inclusive nas artes e na literatura tão nem havia nesse momento e também a disputa pelas colônias africanas e uma grande evolução tecnológica na estamos em um momento em que a tanto é a criação de novas tecnologias
o desenvolvimento de novas teorias científicas e a gente viu lá na aula também sobre as vanguardas europeias a influência que todo esse movimento histórico tinha sobre as artes e também sobre a literatura e como a literatura acaba abraçando também muita coisa da história e muita coisa da arte de modo geral tá bom e voltando um pouco olhar para a questão de portugal especificamente temos aí uma crise de valores na sociedade portuguesa acompanhada da ascensão da classe burguesa nessa classificado em destaque nesse momento e também um fato muito importante que foi a proclamação da república de
portugal em 1910 um pouquinho e aí do marco oficial do movimento modernista que foi 1915 então todos esses acontecimentos estavam ali naquele mesmo momento histórico acontecendo por fim temos aqui um conservadores um político e cultural que tem um pouco a ver com essa mudança de perspectiva tanto em relação a arte tanto em relação à política à sociedade de modo geral e aí essas novidades vem justamente para tentar suprimir um pouco esse conservadorismo então dito isso vamos passar para as características gerais do movimento assim como no modernismo no brasil aqui em portugal havia a exploração dessa
linguagem mais cotidiana mais usual também e além disso a influência das vanguardas europeias que também são fato lá no modernismo do brasil e é um fato aqui no modernismo em portugal também nesse momento um certo afastamento do sentimentalismo olhar se volta mais para os problemas de hoje as questões de hoje e a essa busca por renovação essa busca por avançar por evoluir e sentimentalismo remontá-la época do romantismo que está em certa forma é sendo deixado de lado está sendo ultrapassado nesse momento há uma grande busca pela originalidade e pela renovação é um momento mesmo de
ir para frente e deixar o passado para trás temos aí o dinamismo que de certa forma é o influência de todas essas transformações que a sociedade vem passando especialmente as transformações ligadas à tecnologia e ao surgimento de novas evoluções e aí temos também a crítica e o questionamento muito marcante no nos movimentos de vanguarda né o movimento modernista também temos aí a oposição às normas e também está associado essa à vontade né de encontrar algo original de renovar enfim e avançar e tudo isso acaba aí fazendo com que essas normas sejam contestada sejam criticados e
em alguns momentos até sejam com batidas é o momento de muita simplicidade e inovação também ah os artistas buscam algo novo ao que com passado e o nosso próximo ponto é justamente esse a ruptura com o passado por fim temos a mobilização de artistas contra as forças culturais conservadoras um dos pontos que acabei de falar lá no final da contextualização avião conservadorismo e em partes era criticado por essa classe artística é especificamente ter essa classe artística voltada para a literatura então a palavra do modernismo como o próprio nome diz é modernizar avançar inovar e deixar
o passado para trás assim como no brasil o modernismo teve algumas fases do modernismo aqui em portugal no caso e aí tem uns três fases a primeira dela se chama orfismo justamente por fazer referência a revista orpheu que eu falei lá no começo e aí a publicação desta revista marca não só início do movimento modernista em portugal mais o início da primeira fase desse modernismo quem foi aí 1915 temos as momento a produção de uma poesia um pouco mais complexa ea busca por discussões culturais a revista né o fio essa publicação tentava reunir em textos
tentava reunir e em reunir discussões voltadas para essas questões culturais mesmo a revista orpheu não durou tanto tempo ela teve apenas duas publicações e acabou sendo interrompida mas o seu legado foi muito importante para o modernismo e é lembrado até hoje também uma das ideias centrais nessa primeira fase é o cosmopolitismo ou seja aquela ideia de nação e nacionalidade né ela deixar um pouco de lado da identidade nacional o que se quer agora justamente um sujeito mas voltado para o mundo de modo geral né é deixado de lado essa ideia da nacionalidade nacionalismo e o
foco se volta para um sujeito do mundo né é um sujeito que habita o mundo então o que temos é um indivíduo mais universal e não é muito focado muito centrado ali no seu país na sua origem temos aí o cosmopolitismo que tem a ver com essa ideia de universalização e de habitantes do mundo não habitantes de uma nação e aí temos a questão dos novos ideais e a questão de deixar o passado para trás como eu falei que é uma das características gerais do movimento e que fica muito evidente nessa primeira fase temos nesse
momento uma forte influência do expressionismo do futurismo e do cubismo que são três vanguardas europeias e você ainda não sabe muito bem o que é vanguarda europeia temos um vídeo nessa playlist falando sobre isso tá e com representantes dessa fase temos o fernando pessoa o myway sá carneiro e almada negreiros o mário de sá-carneiro era uma espécie de financiador né da revista ea sua morte se matando na no desenvolvimento dela e no encerramento das atividades uma questão muito importante sobre esta primeira fase é uma espécie de vertente do orfismo criada pelo fernando pessoa uma figura
muito importante para a literatura portuguesa em que nós vamos falar um pouco melhor sobre ele mais adiante bom a questão é que o fernando pessoa criou o sensacionismo que é uma espécie de vertente aqui do modernismo um estilo muito próprio de se produzir o estilo muito próprio e fazer poesia e a ideia central do sensacionismo é voltar a atenção para as sensações né e para limpar os sentidos físicos mesmo para sensações não exatamente sensações é voltadas para os sentimentos subjetivos mais para sensações físicas mesmo tato de fato a visão em fim questões mais materiais mais
físicas mesmo muito bem temos agora nossa segunda fase que se chama presencismo e tem a ver mais uma vez com a revista que se chamava presença e essas pazes surge a partir da criação né da revista em 1927 e o que temos nesse momento discussões sobre a teoria da literatura sobre a renovação das formas de expressão né essa questão da inovação mais uma vez presente aqui e é de certa forma um complemento da geração anterior mais discordavam em um ponto que é a questão da isenção ideológica essa fase está muito focada na em sim e
em busca deixar de lado questões ideológicas questões sociais assim de certa forma se isolar numa bolha e para focar na arte em si na literatura na poesia e aí esse ponto está descordando de certa forma da ideia da revista ou feu né da primeira fase então temos aí um certo complemento de ideias voltadas para inovação em fim para o movimento modernista mas temos um ponto aqui que marcou a diferença é essa questão do não posicionamento ideológico tá e temos o ideal um pouco parecido com aquele ideal do arte pela arte ou seja que a arte
ela vale por si mesmo e que ela não deve servir para outra coisa com os principais representantes temos josé régio miguel torga branquinho da fonseca e vitorino nemésio na terceira fase e também ficou conhecida como neo-realismo temos também a presença de revista nesse caso uma das revistas que mais tu tá com a revista vértice e o nome neo-realismo vem justamente da sua afinidade com o movimento realista e aí essa fase surge a partir do ano de 1940 e temos aqui a diferença né que não é o nome de uma fase pautada no nome de uma
revista né mas o nome de um outro movimento que aparece aqui como se fosse renovado né por isso tenho neo neo realismo consórcio novo realismo e aí esse movimento né essa nossa também tem um movimento mas esse essa vertente do movimento modernista combatia fortemente o fascismo ea literatura era vista como um mecanismo de renúncia e aí temos mais uma diferença em relação à a fase anterior que havia essa invenção biológica essa essa música por não se envolver com questões sociais né e no neo-realismo temos o contrário nós temos a busca da denúncia através da literatura
então não temos mais aquela ideia parecida com a arte pela arte os neo-realistas buscavam servir ao âmbito social como eu disse tanto através de denúncias quanto através de críticas e como eu falei esse essa fase apresentava características muito próximos do realismo movimento do passado então temos uma certa ambiguidade ao mesmo tempo em que o movimento modernista buscava inovar buscar bagunçar temos aí o meu realismo dentro do movimento modernista tem como representantes temos alves redol ferreira de castro vergílio ferreira fernando namora manuel da fonseca josé cardoso pires augusto abelaira era entre outros para encerrar nossa aula
é o trouxe a informação muito interessante além dessas questões voltadas para a usar para as revistas enfim para esses autores em figuras que eu já mencionei temos duas figuras interessantes nesse momento que a florbela espanca e o aquilino ribeiro entre a primeira fase ea segunda fase do modernismo em portugal essas duas pessoas esses dois artistas escritores eles tiveram uma produção muito interessante só que questão é que eles não se enquadravam exatamente dentro dessas fases né é os dois produziram nesse momento só que muitos estudiosos não consideram que as produções deles eram modernistas de fato porque
eles possuíam características mais parecidas com movimento simbolista mas eles estavam lá presente no momento histórico do modernismo em portugal e produzindo e como eu disse a florbela espanca assim como aquilino e produções voltadas para o simbolismo mas ainda assim é possível perceber alguns traços ali do modernismo nas produções de florbela então informação ótima e para você saber temos aqui um capítulo à parte no do modernismo em portugal que é a figura do fernando pessoa um dos poetas mais importantes e um dos nomes mais marcantes para o modernismo em portugal uma das inovações do fernando pessoa
além de criar o sensacionismo como eu como eu falei no início que era uma vertente estética voltada para as sensações mais especificamente para sensações físicas lá meu lírico ele também criou heterônimos ou seja novas personalidades para criar poesia é como se ele criasse um outro eu para criar as suas próprias poesias é tanto que esses livros esses poemas que são produzidos pelos heterónimos é por essa outra personalidade não é o fernando pessoa que é sina apesar de ser ele quem produz de fato né mas quem assina as obras são os heterônimos ou seja as personalidades
que ele criou e ele levava isso muito a sério no momento em querer escrever é como se ele realmente encarnación uma outra personalidade e escrevia os poemas e um poema que eu trouxe aqui ele reflete muito bem essa questão do sensacionismo e foi escrito por um dos seus heterónimos que é o alberto caeiro um poema diz assim sou um guardador de rebanhos o rebanho e os meus pensamentos e os meus pensamentos são todos sensações penso com os olhos e com os ouvidos com as mãos e os pés e com o nariz ea boca pensar uma
flor é vela e cheirá-la e comer um fruto essa bernie um sentido por isso quando não o calor me sinto triste de gozá-lo tanto me deito ao comprido na erva e fecha os olhos quentes sinto todo o meu corpo deitado na realidade sei a verdade e sou feliz bom então veja que esse poema aqui lá ele aborda muito a questão das sensações né o sujeito está falando que a vida dele e é que os próprios pensamentos né a racionalidade dele é voltada para as sensações e você pode perceber que são sensações físicas eles ele não
está falando sobre o amor sobre alegria enfim ele até fala sobre a felicidade no final mas ele fala que essa felicidade vem das suas sensações com o mundo físico né com seu tato com o seu nariz com seus olhos enfim com essas sensações mais físicas mesmo e é mais ou menos isso que faz o sensacionismo do fernando pessoa muito bem antes de terminar temos mais um poema do mário de sá-carneiro e foi publicado no primeiro volume da revista orpheu e se chama bem zumbi e diz assim a horas plebs outonais por magoado ingia a minha
alma é água fria em ânforas de ouro entre cristais muito bem assim chegamos ao fim de mais um vídeo espero que você tenha gostado e que você tenha aprendido não esqueça de deixar aqui o seu like se esse vídeo te ajudou e também se inscrever no canal se você ainda não é inscrito você também pode deixar que nos comentários as suas dúvidas as suas críticas e sugestões tudo isso é muito importante para que a gente continue avançando e melhorando o nosso canal é isso até a próxima aí tchau tchau
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