o olá amigos do youtube hoje nós vamos falar sobre top eu conheci uma pessoa que antes de ir para a cama precisava abrir e fechar a porta da sala 7 vezes para ter certeza de que eu estava bem fiz e para fácil bitoque nós precisamos a doutora gabriela martins bezerra dra gabriela é professor assistente do instituto de saúde coletiva da universidade federal fluminense e a médica e pesquisadora do instituto de psiquiatria da ufrj olá seja bem-vinda gabriela obrigada deus não traduz muito obrigada pelo convite um prazer tá aqui hoje prazer a primeira pergunta da francine
26 com surge o toque gabriel é importante a gente caracterizacao transtorno obsessivo-compulsivo que a gente chama de thor ele é uma condição crônica bastante prevalente diferente do que se supunha e que causam prejuízo de funcionamento global não divido muito significativo né a característica principal do toque embora a gente possa ter um quadro clínico muito diverso a presença de obsessões e compulsões dizer como toque sua já bastante difícil porque a gente não pode falar de um fator só a gente precisa falar de múltiplos fatores e aí eu tô falando de fatores biológicos de fatores genéticos fatores
ambientais ea muita pesquisa sendo conduzido reproduzida no sentido de identificar com esses fatores interagem de modo a determinar o surgimento dos sintomas então por exemplo a gente sabe que existe um componente genético e me dizem que por exemplo indivíduos que têm familiares de primeiro grau com toque em uma chance aumentada de apresentar o toque também a gente sabe que existe um componente neurobiológico e significativo mas como esses componentes esses múltiplos fatores se encontra interagem para que fazer feminino sintoma isso ainda é fruto de estudo de muitos questionamentos é como se houvesse uma vulnerabilidade física vulnerabilidade
genética e biológica e o encontro dessas onerabilidade com fatores ambientais poderia ter me lá então a inclusão do sintoma pergunta da boneca flower danone é o toque pode se manifestar por conta de trauma bom então essa é uma pergunta bastante interessante um desses fatores ambientais aqui eu tava me referindo pode ser um pacote de seu trauma então por exemplo traumas infantinhos o eventos estressores ao longo da vida podem sim contribuir para o surgimento dos sintomas obsessivo-compulsivos pergunta de amparo bem são pergunta a partir de quais exageros podemos achar que estamos com tosse entendeu acho que
ela quer dizer a partir de que tipo de comportamentos estranhos você se você pode achar que isso é essa é uma pergunta interessante porque na verdade todos nós podemos ter comportamentos compulsivos acho importante a gente definir né é a característica principal do toque a presença de objeções e compulsões a gente estamos de objeções pensamentos e imagens ideias que invadem a cabeça do indivíduo de forma muito angustiante causando ansiedade e sofrimento e que o sujeito percebe a combinado é quadro inclusive e isso e são usados repetitivos comportamentos repetitivos com dr dráuzio falou na introdução verificar a
porta lavar a mão secar objeto ou atos mentais contagem repetição de frases que o sujeito faz uma tentativa de anular ou minimizar o sofrimento deste pensamento todos nós podemos ter manias o pensamento se repetem seja ele preocupações o sejam eles super quando é que a gente acha que isso é um problema onde é que a gente entende que a gente está diante de um transtorno obsessivo-compulsivo e desliza né do do transtorno tem a ver com o sofrimento e com o impacto que esse comportamento tem na vida do indivíduo então quando esse comportamento começa a determinar
sofrimento atrapalhar a minha vida profissional atrapalhar minha vida acadêmica aí a gente vai fazer a gente está falando de um transtorno é um marcador do exagero tem mais a ver com o sofrimento em capacitação gabriele você acabou de responder à pergunta da nice pele e pergunta queria saber como diferenciar o toque é de manias mania todo mundo tem todos temos agrícolas cp é saber se uma pessoa que tem toque percebe que tem toque na maioria das vezes sim na maioria das vezes o jeito entende que é que ele não é um comportamento adequado na maioria
das vezes do jeito gostaria de ter mais controle sobre aquele comportamento do querer de fato tem ele identifica com uma alguma coisa que tá excessiva como alguma coisa que não vai bem existe um percentual de pacientes no entanto que não percebe que entende aquele comportamento como natural entendi aquelas repetições como adequadas né e interessante a gente pensar porque eles vão fazer mais compulsivos o paciente busca a completude puxa aquele movimento que ele socou incorreto e adequado às vezes o paciente não tem muito um site não tem muita perseguição do controle ser um problema pode acontecer
paula paula félix pergunta como é feito o tratamento e qual e os resultados de um moto g a pessoa tem que tomar remédio vida toda e é em relação a gente pode entender então que a gente está falando de uma doença prevalente de uma doença que cursa com um prejuízo significativo de qualidade de vida de funcionamento então tratamento é uma necessidade real a gente precisa ser só um tratamento eu preciso fazer no quanto antes uma questão importante a gente da gente ressaltar é que esse paciente demora muito para buscar tratamento e muitas vezes não recebem
o tratamento adequado qual é o tratamento de primeira linha as peças fundamentais no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo são os remédios e aí a gente tá falando principalmente os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina ea terapia psicoterapia especificamente a terapia cognitivo-comportamental perguntas seguinte é de babel trame 2020 existem talks stone e outros que aparecem no lugar e isso pode acontecer via de regra o transtorno obsessivo-compulsivo tem um curso crônico ele inicia bem em uma fase bem precoce na vida ele pode se arrastar por décadas mas a gente pode perceber em algum momento esse curso macho
flutuante com aparecimento e desaparecimento com agravamento e atenuação dos sintomas ao longo da vida e sim a gente pode variar que a composições diferentes e subir junto um logo daqui você pode acontecer bruna raquel quer saber se existem tipos diferentes de toque é sim na verdade sim existem alguns cenários que a gente não fizer um toque e um padrão mais ou menos estável de dimensões de sintomas que estabelecem por exemplo existem preocupações obsessivas com contaminação que são associadas à conclusão de limpeza e lavagem existem preocupações que se mettre à muito frequentemente associadas com composições de
ordenação condições de arrumação existem preocupações obsessivas com evitação de danos né com preocupação se eu posso ferir alguém ou machucar alguém que pode entrar sociais por exemplo um comportamento compulsivo de verificação existem alguns tipos de duas dimensões a sintomas que a grupo de forma relativamente estável por exemplo alguns pacientes têm dificuldade de descartar objetos elevando o padrão de acumulação excessiva preocupação do sofrimento militar tão sim existe uma possibilidade de apresentações heterogêneas dentro do transtorno obsessivo-compulsivo perguntas a camille como assim te ajudar e não está nas manias esse é um assunto que é muito importante que
é muito relevante a gente sabe hoje que o papel da família é fundamental quando a gente pode certo padrão que a gente chama de acomodação familiar ou seja quando a família entra no processo de comportamentos compulsivos o paciente uma tentativa às vezes muito boa vontade de ajudar o de minimizar o sofrimento a gente tende a intensificar o sintoma e a gente tende a perpetuar aquele sintoma então essa muita paciente conversando obsessivo compulsivo por exemplo busco é seguramente nessa familiares está limpo você viu o seu gostei no lixo você percebeu o seu cheiro forte me acorda
para mim que eu não tenho que fechar 14 vezes e quando a família entra nesse processo ela acaba acentuando o comportamento evitativo ou seja o comportamento que paciente faz com o objetivo de evitar o estímulo que causa sofrimento e com isso acaba intensifique olha aqui orando é um pastor de problemas concluir o processo de acomodação familiar então sim a família tem um processo fundamento o pastor foi fundamental nesse processo e quando a família menosprezam o comportamento desse olha você já verificou a porta 14 vezes por que que eu tenho que ir lá olhar outra vez
luta essa ainda mais presa não exatamente mas não participar os sintomas sim então quando ele disse quando ele te pergunta você tem certeza que eu não tô contaminada você diz olha gente responde isso acho que responder de novo não vai te ajudar você pode verificar para mim se a porta fechada olham eu sei que tá fechado eu não tenho essa dor de alguma forma eu estou acolhendo o sofrimento do meu do meu familiar entendendo que aquilo não tem que não sintoma que que eu preciso de cuidado defesa de apoio mas eu não tô participando do
processo que um homem tem que ficar aquele sintoma pergunta agora do jefferson silva gostaria de saber se existem níveis de agressividade do tópico agressividade entre as e caso exista o que faz com que o tratamento seja mais agressivo em determinadas p o que quis dizer com agressividade com a gravidade curso isso é só podem queria já falando sobre gravidade sim existe engravidar nos diferentes né então eu tenho um paciente que tem um transtorno obsessivo-compulsivo leve aqueles que apresentação moderada de sintomas e aqueles com transtorno obsessivo-compulsivo grave isso tem a ver com a intensidade dos sintomas
naturalmente mas também com o tamanho do prejuízo que isso determina na vida do sujeito olha a gente pensa no tratamento na verdade independente da gravidade acontecer entre essas modalidades que a gente conversou a psicoterapia com a terapia cognitivo-comportamental disposições aqui a sua resposta e aquela tratamento farmacológico principalmente os antidepressivos em relação a agressividade para usar um tempo que ele usou do tratamento isso não necessariamente tem a ver com a gravidade dos sintomas mas talvez com a resposta ou não resposta o que que eu tô falando apesar de temos tratamentos eficazes de primeira linha a gente
sabe que só 50 por cento e quarenta a sessenta por cento dos pacientes respondem adequadamente ou seja um dos carros que eu vou ter uma redução significativa dos sintomas nesses pacientes muito frequentemente a gente precisa evoluir nas intervenções associando medicações a usando outros tipos de intervenções distantes mais intensas e mais frequente nos homens e nas mulheres gabriela um pouco mais frequentes nas mulheres embora nas amostras clínicas associadas aparecido nas amostras é que ganha lógicas ele é mais frequente nas mulheres sim a jéssica amorim e saber se a rede pública de saúde oferece tratamento e oferece
tratamento tratamento psiquiátrico de uma maneira geral e nas universidades a gente costuma ter centros especializados de tratamento lá na pj a gente tem um ambulatório especializado em transtorno obsessivo-compulsivo então existe universitários tendem a ter ambulatórios especializados que tratam frequentemente pacientes com maior gravidade mas na rede pública ou psiquiatras também então então têm formação adequada para tratar esse tipo de transtorno queria saber sua experiência pessoal qual é o impacto na vida das pessoas que têm pa o outro traz um impacto muito significativo a gente sabe que esses pacientes são mais frequentemente desempregados têm muitas dificuldades na
no desempenho das suas funções profissionais acadêmicas existem alguns bons estudos conduzidos que fala de um prejuízo de qualidade de vida muito significativo no paciente que tem até mais transtornos associados a eles você já tem elevadas taxas de comodidade busca muito em serviços de saúde por outras poluições mesmo clínicas a gente pensa né que é um transtorno de início precoce e curso crônico então ele acaba impactando em todos os envolvimentos das relações afetivas das relações pessoais com o sujeito desenvolve ao longo da vida pergunta do mateus santiago estilo quais os sinais de toque nas crianças um
pouquinho de tokyo mesmo né todas você pode acontecer comportamentos compulsivos podem acontecer nas crianças aí eu pensamento mágico né aquele pensamento que associa uma ação minha uma reação que não tem uma real em relação realística com a minha ação acontece muito frequentemente em crianças mas a gente vai ficar tenso que de fato toque pode começar ainda na fase infantil a idade de início do toque a gente tem dois picos um primeiro que acontece na infância próximo aos 10 anos onde eu tenho aparecimento do toque especialmente nos meninos e o segundo tempo um pouco mais tarde
o próximo dos 20 anos você não adolescência e início da vida adulta então é uma doença de pessoas jovem na criança o toque tem algumas particularidades né primeiro o toque mais precoce é mais frequente nos meninos e as crianças têm muita dificuldade de identificar tem muita dificuldade de descrever as objeções muito frequentemente que a gente vê mais são comportamentos compulsivos e criança tem às vezes até dificuldade de identificar aquele pensamento obsessivo como sendo dela daí a dificuldade de diagnóstico muitas vezes e observação do toque nas crianças ela é fundamental o que tocam testando que demora
muito até que eu paciência entre o início dos sintomas e alguns para o tratamento estudos falam em 10 15 20 an e isso faz com que a gente tenha mais sofrimento maior dificuldade de resposta ao tratamento e o maior prejuízo no desenvolvimento pergunta da amanda pin amanda pinto a quarentena pode desenvolver o intensificar o toque ou é porque nós temos mais e na verdade nesse momento muito delicado para quem sofre de transtorno obsessivo-compulsivo né de uma maneira geral a quarentena trouxe para a gente alguns fatores que impactam a nossa saúde mental medo isolamento social todas
as coisas acabam impactando no jeito significativo na nossa ansiedade o nosso cara de um hoje uma maneira geral no toque importante a gente pensar que existe uma dimensão dos sintomas que são muito características e muito frequentes do toque que dizem respeito a preocupação com contaminação e rituais e obsessão de limpeza e lavar e aí quando a gente pensa nas estratégias de terapia transtorno obsessivo-compulsivo a terapia cognitivo-comportamental ela propõe que o sujeito não faça aqueles rituais que ela se vê conta que o jeito não faça aquela igreja eu acho que ele se vê compelido a fazer
ou seja se eu tenho um ritual de lavagem você não sou todo seu processo terapia você vai ser encorajada não fazer essa lavagem né não se preocupar tanto com essa contaminação eles momento de academia o que a gente vê é um super estimular preocupação com e não é um uma repetição de lavar quanto mais a gente lavar a mão melhor e aí fica bastante difícil mas pacientes porque a gente acaba não podendo lançar mão dessa estratégia corretamente não podendo não há como a gente a gente minimizar essa preocupação nesse nesse nesse momento né então sim
isso pode impactar intensificando em alguma medida esses sintomas mas a gente ainda não tem pesquisa a gente ainda não tem dar o suficiente e consigam nesse momento dizer pra gente qual é o impacto qual vai ser o impacto dessa pandemia no transtorno obsessivo-compulsivo oi gabriela muito obrigado pela sua participação e por todos esses esclarecimentos eu conversei com a doutora gabriela martins bezerra que a professora assistente do instituto de saúde coletiva da universidade federal fluminense e médica e pesquisadora do instituto de psiquiatria da usp é muito obrigado pela sua participação cabeça muito