Olá, você que me segue no Rodrigo Silva Arqueologia. Nós estamos aqui de volta pro nosso bate-papo semanal sobre Bíblia, teologia, religião, arqueologia. E o assunto de hoje é o assunto que eu mais me emociono, é sobre Jesus Cristo, nosso Salvador. A Bíblia toda é maravilhosa. Escolher qual a passagem da Bíblia preferida, qual o que que você gosta mais, se são salmos, se são o livro do Gênesis. Eu acho que cada parte da Bíblia tem um detalhe especial. A gente não pode eh eh eleger qual que é a parte mais linda, qual que é a parte
mais glamurosa. Porém, se eu posso com muito esforço decidir eh uma parte da Bíblia que mais mexe comigo são os evangelhos, aquilo que fala sobre Jesus. Mas como eu não quero ficar preso apenas a isso, eu quero explorar com vocês hoje um estudo sobre quem é Jesus. O que significa dizer que Jesus é o meu salvador? O que significa dizer que Jesus me salva? Jesus é Deus ou ele não é Deus? Ele foi humano ou mais ou menos humano? Eu quero agora estabelecer com vocês aqui e vamos estudar o tempo que vocês aguentarem aí um
tratado de teologia sobre quem é Jesus, tá certo? Para nós termos uma pregação cristocêntrica, uma pregação efetiva. Então tá na hora agora de você se gostar desse conteúdo, deixar o seu like, curtir, se inscrever no canal, tá certo? Assim você vai recebendo mais e mais informações. Aliás, até explicando porque que eu estou com esse tema de Jesus. Eh, porque eu estou agora preparando, já vou começar a gravar semana que vem, as primeiras aulas de Novo Testamento do Bíblia Comentada. Eh, a gente vai começar primeiro com uma introdução aos Evangelhos, os Evangelhos sinóticos, Mateus, Marcos e
Lucas. São muitas aulas só de introdução aos Evangelhos. Depois nós vamos pegar evangelho por evangelho e tratar deles até chegar no livro de Atos, depois as cartas paulinas e assim por diante. Mas o Novo Testamento em breve já vai estar prontinho para vocês aí que estão na plataforma Bíblia comentada ou no curso A Bíblia Comentada com Rodrigo Silva, tá bem? E Deus seja louvado pelo seu carinho, pelo seu apoio, por sua oração intercessora em favor de cada um de nós. Amém. Já que eu vou falar de Jesus, eh, às vezes eu faço uma oração. Nas
aulas do Bíblia comentada, eu sempre faço uma oração, às vezes não. Nas lives normalmente eu não faço oração, já começo com a live, mas o assunto de hoje é tão solene que eu queria começar orando com vocês. Vamos falar com o Pai Celestial. Senhor meu Deus e meu Pai, no sagrado e poderoso nome de Jesus, eu ergo agora a minha voz. Há pessoas no Brasil e no exterior que estão conosco neste momento. Que teu Espírito Santo fale ao coração de cada um. que o Senhor possa atendê-lo na sua dificuldade, na sua barreira. Quem sabe alguém
que está agora entrando comigo nessa live, está passando por uma dificuldade muito grande em sua vida, uma vontade de desistir de tudo. Pai querido, atenda cada um, fale ao nosso ouvido que o Senhor nos ama. E é com muita reverência e sinceridade em nosso coração que nós vamos falar do teu filho Jesus Cristo, biblicamente falar dele. Fica conosco, ó Pai, pois é em nome de Jesus que nós oramos. Amém, Senhor. Mais do que simplesmente um conhecimento, quem sabe esse nosso bate-papo aqui será um divisor de águas na sua vida aí, na sua vida espiritual. Tá
bem? Aproveitando o ensejo, eu já quero começar dizendo para você uma informação técnica e outra de cunho mais espiritual. Em teologia, nós temos nomes que são dados a diferentes disciplinas do mundo teológico dentro da teologia sistemática. Por exemplo, quando estudamos a doutrina de Deus, chamamos isso de teologia. Quando estudamos a doutrina do Espírito Santo, chamamos isso de pneumatologia. Quando estudamos a doutrina de Cristo, chamamos isso de cristologia. Mas você pode questionar, Rodrigo, mas doutrina de Deus ou o Espírito Santo é doutrina de Deus? Tudo é doutrina de Deus, está certo? Isso é apenas uma forma
catalográfica que os teólogos usaram para facilitar, para organizar o estudo das verdades bíblicas. Então, por exemplo, na pneumatologia, doutrina do Espírito Santo e pneuma, espírito em grego, por isso pneumatologia, nós estudamos se o Espírito Santo é uma pessoa, se o Espírito Santo é uma força, se o Espírito Santo é Deus, se não é Deus, estudo à luz da Bíblia. Os dons do Espírito são estudados aqui. Se você está estudando, por exemplo, a doutrina da igreja, eclesiologia. E a doutrina de Cristo, ela lida, eh, de maneira mais geral com a pessoa de Jesus de Nazaré. A
doutrina da cristologia, ela pode ser dividida em duas áreas grandes assim, perdão. Uma área seria a área bíblica, onde você vai sistematizar quem é Jesus na Bíblia Sagrada, o filho de Deus. A outra área seria a doutrina da teologia sistemática, onde eu estudo, por exemplo, o entendimento de Jesus ao longo dos séculos. por exemplo, as grandes heresias que surgiram na história do cristianismo, negando a divindade de Jesus, o concílio de Niceia, eh, o que significa Jesus hoje para as pessoas, coisas desse tipo, tá bem? E para começo de conversa, eu quero dizer para você que
cristologia não é necessariamente uma doutrina, embora eu citei aqui a doutrina de Jesus, mas não é só uma doutrina. Cristologia não é apenas um ensino. Cristologia não é apenas uma ideia ou um credo. Cristologia é uma pessoa, Jesus Cristo. E aqui eu já começo a ilucidar a importância de ter Jesus como uma pessoa na minha vida. Aliás, uma coisa importante, se você tem a sua Bíblia aí, pega a sua Bíblia, tá? Que nessa live aqui, eu não vou ficar só com achismo contando historinhas para vocês, não. Nós vamos ler muitas passagens da Bíblia Sagrada. Então,
pegue a sua Bíblia, acompanhe. Se alguém está ouvindo essa live enquanto está voltando do trabalho ali no metrô, não dá tempo. Tudo bem, você escuta, mas depois ouça de novo. Eu vou deixar essa live gravada para que você possa tomar nota das passagens, lê-las na Bíblia, marcar na sua Bíblia, como eu vou fazer aqui. Então, pegue a sua Bíblia. Se não tiver condição de fazer isso agora, depois assista de novo anotando as passagens para você ler em casa, tá bem? Então, como eu estava dizendo, a cristologia ela é mais do que um credo, mais do
que um pensamento, uma doutrina. Cristologia é uma pessoa, a pessoa de Jesus. E em termos práticos, qual é a vantagem de ter Jesus na minha vida antes de qualquer coisa? Eu vou explicar a você qual é. Eu vou parafrasear um exemplo que é dado até pelo pastor Jonathan, eh, que é o autor do livro Jesus. É, puxa, agora eu fugiu o sobrenome dele aqui. Judas. É Juda Smith. Obrigado, Jon. É o outro que eu tinha ali. Juda Smith. Laura já me ajudou aqui. O J Smith, ele faz um paralelo que eu quero parafraseá-lo aqui. Já
que a minha esposa me ajudou, eu vou usá-la na paráfrase, tá bem? Se eu sou tentado a ao adultério, a pornografia, a qualquer coisa que desestabiliza o casamento, se eu tenho o compromisso com uma ideia, isso não vai me segurar muito. Porque se eu falar assim, eu não posso ir para um bordel porque eu sou casado, isso é muito frio, porque ser casado é um estado civil. É um estado civil. Se eu falar assim: "Ah, eu não vou mexer com pornografia porque alguém pode pegar." Isso também é uma ideia. Agora, se eu tenho amor por
minha esposa e falo, "Eu não vou ao bordel porque eu amo a minha esposa e não quero decepcioná-la", você percebeu que o sentido fica diametralmente diferente e mais profundo? Se eu sou comprometido com uma ideia, a facilidade de cair em pecado é muito grande. Mas se eu sou comprometido com uma pessoa a quem eu amo, aí já se torna mais difícil pear. Porque ideias, desculpem, gente, eu tô bem engripado. Hoje vocês vão ter que ter a paciência de eu usar o meu lenço aqui. Eh, a ideia, você pode mudar de ideia, você pode atualizar uma
ideia. É difícil ser fiel a uma ideia. Você pode ser convicto de uma ideia, mas fiel a uma ideia não. Você tem que ser fiel a uma pessoa com quem você se relaciona. Então, uma coisa eu falar: "Eu não vou ao bordel porque eu sou casado. Eu não vou ao bordel porque eu sou adventista. Eu não vou ao bordel porque alguém pode descobrir." Outra coisa é dizer: "Eu não vou ao bordel porque eu não quero magoar alguém que eu amo." A força do relacionamento pessoal é muito maior do que a força de uma ideia. Agora,
traduzindo isso para o cristianismo, se você fala assim: "Se Jesus para você é uma doutrina", você está preso a um dogma, a um credo. Agora, se vocês têm um relacionamento com uma pessoa a quem você ama, até a ideia do pecado fica diferente, bem diferente. Eu vou novamente dar uma outra ilustração para você entender a diferença entre ser eh fiel a uma pessoa ou ser convicto a uma ideia. Dizem os os eh advogados, eu não sou especialista em advocacia, que se você por qualquer situação matar uma pessoa, ainda que seja em legítima defesa, você deveria
evitar o flagrante para não ser preso imediatamente. Então, suponhamos, Deus livre que aconteça isso, que um ladrão entre em sua casa, ameaça a sua família e no determinado momento para defender sua família, você entra em luta corporal com aquele ladrão, pega a arma que estava na mão dele e consegue atingi-lo mortalmente, matando ali na sala da sua casa. Se você chamar a polícia, você vai ser preso porque você foi apanhado em flagrante. Você tem que evitar o flagrante para não ser levado como eh prisioneiro paraa delegacia. Depois de certas horas, você vai até o o
advogado com perdão, até o delegado com o seu advogado e você vai fugir do flagrante. Quem conhece a área do direito sabe disso. Agora imagina que você está fugindo depois de ter matado o bandido na sua casa. Que pensamentos estariam passando na sua cabeça? Poxa, eu matei, matei um humiliante. Ele pode vir, a, a gangue dele pode vir depois vingar o seu sangue. Eu tinha uma reunião importante amanhã, estragou minha reunião. Eu deixei minha carteira aberta em cima da mesa com os documentos, com o celular lá em cima e se alguém pegar, eu deixei a
porta da casa aberta. Eu tenho que mudar daquele bairro. São esses pensamentos que passaram em sua cabeça. Mas vamos mudar a ideia. Imagine que a tragédia não seja você atirando num bandido para legítima defesa. Imagine que a tragédia seja outra. Você está em sua casa e há uma coleção de armas que o seu avô deixou ali e você está limpando uma das garruxas antigas e não viu que ela estava municiada e sem querer ela disparou e matou a queima roupa a sua filhinha de 3 anos. O que você faria? Você fugiria do flagrante? De maneira
nenhuma. Ainda que o conselho jurídico seja o mesmo para ambos os casos, na segunda situação, não tem como fugir do flagrante. Não há espaço para se preocupar com carteira em cima da mesa ou celular aberto ou advogado ou ser preso. Só tem um pensamento que machuca você naquela hora. Eu atingi alguém que eu amo. Qual a diferença do primeiro caso pro segundo? Se em ambas as situações você matou alguém e pelo conselho jurídico deveria fugir do flagrante. É que no primeiro eu tinha um compromisso com uma ideia. Se eu matar um bandido, tenho que fugir
do flagrante. No segundo, eu tinha um compromisso com uma pessoa, era minha filhinha que eu matei. Quando você peca e tem um compromisso apenas com uma ideia, você fica preocupado com as consequências de ter sido apanhado em flagrante, com o que pode vir daquilo. Mas quando você ama Jesus, a sua dor é apenas uma. Eu feri alguém que eu amo. Entendeu? Vamos agora à Bíblia Sagrada. Vamos começar a estudar quem era Jesus. Será que Jesus era Deus? Ele era homem. Quem era Jesus de Nazaré? É interessante que o Evangelho de João deixa bem claro que
Jesus era Deus, ele era divino. Evangelho de João começa dizendo assim: João capítulo 1, você pode ler em sua Bíblia, versículos um em diante. Posso ler para você? Vamos lá. No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus. E o verbo era Deus. Vamos parar aqui. O que João está explicando de maneira muito clara é que Deus é plural em pessoa porque tem tinha o verbo e Deus. Deus estava aqui e o verbo estava com ele. Então eram duas pessoas. Deus um ser pessoal e o verbo outro ser pessoal. Mas o verbo não
estava apenas com Deus. Ele era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. É interessante que quando João escreveu isso para a igreja cristã que estava na Ásia Menor, especialmente na cidade de Éfeso, havia ali entre o grupo de cristãos alguns discípulos de João Batista que tinham ido para Éfeso desde a época do livro de Atos e
eles estavam na igreja, discípulos de João Batista, mas eles não entendiam bem a natureza de Jesus, a divindade de Jesus. E eles eram discípulos de João Batista. Então o discípulo amado, ao escrever o quarto evangelho, quer deixar bem claro que Jesus era Deus e diferenciá-lo de João Batista. Tanto é que quando ele vai falar de João Batista, no verso 6, ele fala: "Houve um homem enviado por Deus chamado João". No grego se ouve a palavrao. Egneto. Quando ele fala de Jesus, ele fala no princípio era enarre en. Traduzindo isso ao pé da letra do grego
para o português, é como se João falasse assim: "Ele estava antes de todas as coisas. Nunca houve um tempo em que ele não houvesse sido. Ele é um constante ser. Agora, João não. João passou a existir. Eueto ouve. João teve um começo no tempo. O verbo não. O verbo sempre existiu com o Pai. E esse verbo não poderia ser uma criatura divina, porque a vida estava nele. E de acordo com a Bíblia, a Bíblia, a vida só existe em Deus. Por isso que quando Deus fala para vivermos nele, senão nós vamos morrer, é como se
fosse a água falando com o peixe: "Peixe, viva em mim, senão você vai morrer". Há muitas pessoas que não entendem isso. Há pessoas que leem na Bíblia e falam o seguinte: que Deus tirando é esse? que ele fala o seguinte: "Ou vocês ficam comigo no paraíso ou vocês vão morrer, perecer no fogo do inferno". Isso é um Deus eh ciumento. Parece esses maridos possessivos que falam com a mulher assim: "Se você não ficar comigo, eu vou matar você". Não, não é isso. Quando Deus fala com seus filhos, fiquem em mim, senão vocês vão morrer, é
como se a água falasse com o peixe: "Peixe, fique em mim, senão você vai morrer, porque fora de mim peixe não vive". Então, a vida só existe em Deus. E já que esse verbo é dito como sendo aquele no qual a vida estava, a vida estava nele, então ele só podia ser divino. Aliás, o próprio texto diz, ele estava com Deus e ele era Deus. Tudo bem até aí? Só que no verso 14 diz: "O verbo se fez carne e habitou no meio de nós, cheio de graça e de verdade, vimos a sua glória. Glória
como do unigênito do Pai. Aqui nós já começamos a ter um pequeno problema. Se Cristo é Deus, mas ele também é o unigênito do Pai, então significa que ele foi gerado depois do Pai. Quando a gente vai para João capítulo 3, versículo 16, diz aqui: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu único filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna". É lógico que a palavra unigênito, monogenês, em grego, significa literalmente o primeiro gerado. Aí eu já começo a levantar alguma pergunta aqui para você. Se
Jesus é Deus, mas é ao mesmo tempo filho de Deus, então não significa que ele foi gerado de Deus, principalmente dizendo a Bíblia que Deus enviou seu filho unigênito, quer dizer, o único gerado. Então, Jesus foi gerado. Se ele foi gerado, ele teve um começo. Se ele teve um começo, ele é um Deus de segunda categoria. Será? Vamos começar explicando isso aqui para você. A palavra monogenês significa único gerado, significa o único daquela espécie. Não significa que Jesus foi o primeiro ser gerado pelo pai. Por exemplo, se você tem uma família de três irmãos, o
mais velho é chamado de primogênito, porque ele foi o primeiro gerado, tá certo? primogênito, unigênito, único gerado. Mas se fosse no sentido de o primeiro filho gerado, João deveria dizer que Deus enviou o seu filho monogenetos, o primeiro que foi nascido, mas ele chama de monogenês, quer dizer o único da espécie. Jesus é único, não tem outro como ele. Aí você pode dizer: "Tudo bem, Rodrigo, Jesus é único, não tem outro como ele, mas fala que ele é filho de Deus". É verdade. Ele é filho de Deus. Se eu sou filho do meu pai, é
porque eu nasci do meu pai. Eu fui gerado de alguma maneira nele, ainda que eu seja filho único. Então, Jesus foi gerado pelo pai. Jesus não é Deus. Como é que a gente explica isso? De fato, nós temos vários versos da Bíblia que parecem aludir a Jesus como Deus em pé de igualdade com o Pai. Eu vou apenas citar alguns para vocês aqui. Alguns nós vamos ler na Bíblia, outros vou citar. Ele falou para Tomé assim, para Felipe assim: "Felipe, quem me vê a mim vê o Pai, porque eu e o Pai somos um." Ora,
para ele falar, "Eu e o Pai somos um, ele está em pé de igualdade com o Pai". Certa feita com os judeus, ele afirmou o seguinte: "Antes que Abraão existisse, eu sou". Tá certo? Vamos dar a câmera aqui. Antes que Abraão existisse, eu sou. Essa expressão eu sou é uma expressão técnica que no judaísmo referia-se a Deus, a ninguém outro senão Deus. Outro exemplo, quando a gente vai a Apocalipse, por exemplo, Apocalipse capítulo 1, eu vou ler essa passagem para vocês aqui, que vai falar de Cristo ali. Olha como é que ele fala de Cristo.
Ele fala assim, olha, Apocalipse capítulo 1, versículo 4. Que a graça e a paz estejam com vocês da parte daquele que é, que era e que há de vir. Tá falando de Deus Pai, tá certo? da parte daquele que é, que era e que há de vir, e dos sete espíritos que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo. Então aqui João cumprimenta todo mundo da parte de Deus Pai, de do Espírito Santo e de Jesus Cristo. Vou ler de novo. Olha bem. Que a graça e a paz estejam com vocês. Da
parte de quem? Daquele que é, que era e que há de vir, Deus Pai. da parte dos sete espíritos, o espírito santo que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha. Então, claro que aquele que é que era e que há de vir é Deus Pai. Só que quando vai falar de Jesus, olha como é que fala de Jesus. Quer ver? Olha aqui quando vai falar de Jesus, eh, verso verso 17. Ao vê-lo, tá falando que João viu Jesus, caí aos pés como morto. Ele, porém, pôs a mão direita,
dizendo: "Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive morto e estou vivo para sempre e tenho as chaves do inferno. Então Jesus aqui também ele se descreve como Deus Pai, aquele que era, porque ele fala aquele que vive, que esteve morto, era, vive e está vivo por todo sempre, o primeiro e o último. Olha que interessante, Jesus fala: "Eu sou o Alfa e o ômega". Olha que interessante a parte aqui. Capítulo 1 de Apocalipse, verso 8. Olha Deus Pai falando: "Eu sou o alfa e o ômega", diz o Senhor
Deus. Aí quando vai falar de Jesus, escreve pois as coisas que perdão, não temas, eu sou o primeiro e o último. Ou seja, a mesma linguagem de Deus Pai, Jesus também recebe. Jesus aceitou a adoração dos discípulos. A Bíblia fala que os discípulos se prostraram o adoraram. Os magos que vieram trazendo presentes adoraram a Jesus. A Bíblia não permitiria adorar outros senão Deus, porque seria idolatria. Então, se eu pegar essa gama de versículos, eu tenho claramente que Jesus é Deus, ponto final. E eu creio que ele é Deus. Mas eu tenho um outro conjunto de
versículos que passam a impressão que Jesus é inferior a Deus. Por primeiro lugar, ele foi enviado. Quem é enviado geralmente é inferior à aquele que envia. Ele fala: "O pai é maior do que eu". Ele fala: "Eu não posso fazer nada por mim mesmo, senão aquilo que o Pai mandar". E então Jesus era Deus ou alguém inferior a Deus? Ele fala: "O dia e a hora da volta dele ninguém sabe, nem os anjos, nem o filho, senão somente o pai". Então, Jesus é Deus ou ele é um ser divino de menor que Deus? A resposta
para isso está em Provérbios capítulo 8. Quando você vai para Provérbios capítulo 8, aqui fala da sabedoria, que é um ser divino. Olha como é que E é interessante, sabedoria, rockmá em hebraico, Sofia em grego, é sinônimo da palavra logos, da palavra razão, pensamento. E lá no Novo Testamento, João falou que no princípio era o verbo, o logos, o pensamento, a sabedoria. E olha o que diz aqui. Provérbios capítulo 8 fala da da sabedoria. Olha como é que descreve assim. Eu vou ler para você alguma algumas passagens aqui. A sabedoria diz assim: Provérbios 8 verso
14. Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria. Eu sou o entendimento, minha é a força. Por meio de mim os reis governam e os príncipes decretam justiça. Por meio de mim governam os príncipes, os nobres, os juízes da terra. Eu amo os que me amam. Então a sabedoria é alguém que pode amar, que governa. E ela fala mais ainda. Quer ver como é que ela diz aqui também? Eh, deixe me ver aqui sobre o o o palácio que ela constrói para si. Eh, aqui, olha o verso 12. Eu, a sabedoria. No hebraico é o
eu sou, que somente Deus pode falar dessa maneira e nenhum outro. Ela fala mais aqui no verso 35, quem me encontra encontra a vida. Ora, a sabedoria então só pode ser divina porque ela tem vida nela mesma. Quem encontra encontra a vida. Nenhum anjo pode dizer: "Quem me encontra encontra a vida". No verso 36, 36 mesmo, deixa eu ver se eu tô lendo certo. 35, 36. Quem peca contra mim, violenta a própria alma. Então, ela é divina. Essa sabedoria só pode ser Deus. Mas o próprio capítulo de Provérbios fala o seguinte da sabedoria, eh, verso
28, verso 27. Eu estava lá quando Deus preparava os céus, quando traçava os horizontes sobre o abismo. Eu estava lá quando ele firmava as nuvens e e quando estabelecia as fontes do abismo, quando fixava o mar nos seus limites e as suas águas para não transgredirem as suas ordens. quando ele compunha os fundamentos da terra, eu estava com ele, eu era o seu arquiteto. A palavra arquiteto aqui, ela tem dois significados em hebraico, três, na verdade. Arquiteto pode significar eh auxiliador, mestre de obras, arquiteto, alguém que você manda sentar os tijolos e tudo mais. Arquiteto
também pode significar filho ou servo. Então, essa sabedoria, ela é ao mesmo tempo Deus e auxiliar de Deus. Que confusão é essa? E vai mais. A sabedoria diz assim ainda no verso eh no verso 30: "Eu estava com ele, eu era o seu arquiteto. Dia após dia eu era a sua alegria, divertindo-me o tempo todo em sua presença. Divertindo-me no mundo habitarei e achando alegria junto aos filhos dos homens." Essa linguagem aqui coloca a sabedoria quase como que um filho brincando no jardim do seu pai. Como é que a gente resolve esse paralelo? Nós temos
um ser que n algumas partes da Bíblia é divino, 100% divino, e noutras partes da Bíblia parece menos do que divino, porque ele obedece a Deus, ele é o auxiliar de Deus, ele é o arquiteto de Deus. Como é que a gente entende isso? A resposta começa a eh desenterrar aqui ou a se revelar em Provérbios ainda no capítulo 22, versículo 23, que diz assim: "Eu fui estabelecida desde a eternidade". Então ela não teve começo. Desde o princípio, antes do começo da terra, nasci antes de haver abismos. Aí confundiu de novo. Se ela foi estabelecida
desde a eternidade, como é que ela nasceu? Quando a gente vai no hebraico, o jogo de palavras que é usado aqui, eu vou explicar para você, é o mesmo jogo de palavras que aparece no Salmo 2. Abra a Bíblia comigo no Salmo 2. O salmo 2 conta a intronização de Davi, o momento em que Davi é ungido rei e convidado a sentar no trono. E o texto diz assim, Salmo 2, versículo 8 em diante, eu constituí o meu rei. O mesmo jogo de palavras em hebraico que está em Provérbios está aqui em Salmos. Eu constituí
o meu rei sobre o meu santo monte Sião. Lembra? Eu fui estabelecida, eu constituí. O rei diz: "Proclamarei o decreto do Senhor. Ele me disse: você é meu filho. Hoje eu te gerei". Agora vou ensinar uma coisa para você daqueles tempos antigos. Muitas vezes um príncipe assumia o trono da monarquia com o pai ainda vivo. Era uma corregência. Por exemplo, Salomão foi ungido o rei antes de Davi morrer. Davi ainda era o rei e Salomão foi ungido o rei. Lembra disso na Bíblia? Também outro exemplo que eu dou para você, o rei Belsazar, que é
mencionado no livro de Daniel, de acordo com a arqueologia, nós descobrimos que Belsar reinava em corregência com seu pai na Bonido. Aprendeu isso aí? Então o filho, o príncipe poderia assumir o trono com o pai ainda vivo. Só que tem um detalhe aí curioso, tem um truquezinho de expressão idiomática, não só na cultura bíblica, mas na cultura do antigo Oriente Médio. Quando o filho assumia o trono, fosse no Egito, na Babilônia ou em Jerusalém, naquele dia ele era nascido como rei. É como se a partir daquela nova função ele nascesse naquele momento, mesmo que ele
tivesse 12, 13, 14, 15 anos de idade. Seria mais ou menos como batismo. Você às vezes se batizou numa igreja evangélica com 30 anos de idade. Uma vez eu vi um batismo de um de um senhor de eh uma senhora, na verdade, já tinha 101 anos. E ela batizou na igreja com todo cuidado ali. E quando ela saiu, o pastor falou assim: "Pois bem, vamos aplaudir agora. a mais nova irmãzinha em Cristo que nós temos, a nossa caçula. E ela tinha mais idade que todo mundo ali. Por que caçula? Porque como ela acabou de batizar
no mundo espiritual, é como se ela tivesse algumas horas de vida, mesmo que em termos de idade ela tivesse 101 anos. Então, por exemplo, quando Ramses assumiu o trono do Egito, a partir daquele dia, ele nasceu como um filho de Rá ou de oros. E ele até adquiriu um novo nome. Lembra que Salomão também se chamava Gedas? Às vezes o rei tinha até um novo nome, um nome de nascimento e um nome de entronização. No Egito era assim. E no dia que o rei assumia o trono, ele era literalmente tornado filho do rei. Hoje eu
te gerei mesmo que ele tivesse 20, 30 anos. Então isso já ajuda a entender uma parte. A sabedoria quando foi entronizada e fala: "Eu nasci", não é que ela passou a existir a partir dali. A linguagem que está lá em Provérbios é a mesma linguagem de entronização que nós vemos nos Salmos e em outros em outras literaturas do antigo Oriente Médio. Ou seja, Provérbios está descrevendo um dia em que a sabedoria foi entronizada. Mas você pode fazer uma pergunta aí. Pera aí, Rodrigo. Então, entendi. A sabedoria é um ser divino que foi entronizado. Então, ela
poderia viver por toda a eternidade. Isso mesmo. Mas simbolicamente nascer no dia em que ela foi entronizada no céu. É isso. É isso que a Bíblia está falando. Mas de onde você tirou aqui que a sabedoria seria Jesus? Eu queria saber onde é que está aqui que a sabedoria seria Jesus. Quando nós vamos para o Novo Testamento, nós descobrimos como é que Jesus é a sabedoria. Eu vou ler isso para você. Eh, quando a gente vai aqui para eh Efésios, deixa me ver aqui esse texto. Hum, só um minutinho. Que fala de Jesus como sabedoria
de Deus. Eu tinha essa passagem anotada aqui. Deixe me ver. Vou pegar aqui, ó, eu vou pegar a ajuda do do celular aqui. Pega meu celular, por favor. Eu tinha essa passagem anotada por alguma eh situação. Ela não está aqui. Vem cá, meu até pro pessoal te conhecer. O pessoal às vezes quer saber quem é a a Laura. Vem aqui, ó. Vai atu celular, gente. Tá aqui a Laura sempre que quem que é a Laura? Pode olhar para essa aqui, ó. Aqui, ó. Oi, gente. Ó lá, saiu já. Então, vamos lá. Eu vou pegar aqui
a passagem que eu queria citar para vocês. Não sei porque ela não está ali anotada. Eh, então vai aqui. Primeira Coríntios 1, versículo 18. Primeira Coríntios 1, versículo 18. Primeiro Coríntios 1. Será que era essa mesmo? Versículo 18. É isso mesmo. Olha o que diz aqui. Eh, Coríntios 1:18. Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós que somos salvos, ela é poder de Deus. Pois está escrito: "Destruí a sabedoria dos sábios, aniquilei, aniquilarei a inteligência dos inteligentes." Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o questionador
desse século? Aí ele começa dizendo assim no verso 24: "Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus". Provérbios capítulo 1, versículo 24. Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Então, o que que a gente aprendeu até agora? Vamos fazer um resumo. Que o logos de João era Jesus e que a sabedoria de Provérbios 8 também é Jesus. O que mais que nós aprendemos lendo a Bíblia? Que há uma coletânea de textos bíblicos que apontam Jesus plenamente divino, 100% divino,
como Pai. Aliás, eu vou citar mais um texto aqui, porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, diz o apóstolo Paulo. A Bíblia não fala que em Cristo habita corporalmente uma parte da divindade ou a maioria da divindade, não. A plenitude, quer dizer, o todo da divindade habita em Cristo. Então, Cristo é divino, ele é o pai da eternidade, o príncipe da paz, diz Isaías, sabe? O Senhor dos senhores, pai da eternidade. E João fala que no princípio ele estava com Deus e ele era Deus. No apocalipse, João usa a mesma, o mesmo jogo
de palavras para Deus Pai e para Deus filho. Deus fala: "Eu sou o alfa e o ômega". Jesus fala: "Eu sou o princípio e o fim. Eu sou aquele que era, que é e de há de vir. Eu sou aquele que vive, estive morto e voltarei." Et. Então, Jesus é Deus. Mas há outra coletânia de textos que mostram Jesus aparentemente inferior a Deus. Ele obedece a Deus Pai. Ele é enviado por Deus Pai. Ele fala que o pai é maior que ele. Como conciliar isso? Uma pista nós já tivemos, porque em Provérbios diz que a
sabedoria, embora existisse por toda a eternidade, porque aqui ela fala, né? O Senhor me possui no início da sua obra, antes das obras mais antigas, fui estabelecida desde a eternidade. Então, a sabedoria só pode ser eterna, mas ela simbolicamente nasceu no dia em que foi entronizada. Então, entendo que Jesus foi intronizado no trono pelo próprio Deus Pai perante todo o universo. Aí já ajuda a entender porque que Cristo aparenta está um pouquinho menor. Mas pera aí, Rodrigo, se Cristo é Deus em sua plenitude, por que que ele precisou ser intronizado? A resposta disso está em
Filipenses, capítulo 1, eh, capítulo 2, melhor dizendo, versículo 5. Olha o que diz a Bíblia aqui. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus, que mesmo existindo na forma de Deus, não considerou ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo. Olha, então ele existia na forma de Deus. Ele era Deus, 100% Deus, plenamente Deus. Mas nem por isso ele ficou agarrado à sua divindade como se fosse algo que deveria ser retido a qualquer custo. Pelo contrário, diz Paulo, ele se esvaziou assumindo a forma de servo. Ah, agora começa
a ficar fácil. Agora eu consigo eh equacionar os textos que mostram Jesus como plenamente divino, em pé de igualdade com o Pai, com os textos que mostram Jesus. sujeito ao Pai, inferior ao Pai, ele se esvaziou assumindo a forma de servo. Então, os textos que falam de Jesus como plenamente divino são textos que mostram a natureza de Cristo. E os textos que falam de Jesus como sujeito ao Pai são os textos que falam do esvaziamento de Jesus quando ele assumiu a forma de servo. Agora você pode perguntar: "Quando é que isso aconteceu? Bom, eu vejo
dois movimentos do esvaziamento de Cristo. Se eu prestar atenção na passagem que nós estudamos aqui de Provérbios, capítulo 8, eu percebo que o esvaziamento se deu lá na criação do universo, porque fala que a sabedoria foi estabelecida no princípio, então lá atrás ele se esvaziou. E o segundo movimento de esvazia de de esvaziamento de Cristo foi quando ele assumiu a forma humana, quando ele se tornou um bebezinho no ventre de Maria e nasceu e cresceu e foi morto e crucificado. Como diz o próprio livro de Filipenses, ele foi eh servo, humilhando-se até a morte e
morte de cruz. Mas você pode perguntar, para que que ele precisou se esvaziar lá atrás se não havia pecado? A única explicação plausível que eu tenho é apelando para a teologia de Martinho Lutero. Martinho Lutero fazia uma diferença bíblica entre o deus Abiscônditos e o deus Revelatos. Confuso, né? Lutero gostava de escrever em latim. Aliás, todos os teólogos do seu tempo amavam latim. Deus abscônditos significa aquele Deus escondido. E o Deus Revelatos, o Deus que se mostrou, que se revelou. Aí você pode perguntar: "Mas para que que Deus se esconderia? Tá com medo de quê?
Não, não é medo. Eu vou explicar o que significa o deus Abiscônditos de Martin Lutero, o Deus escondido. Lutero tem uma teologia maravilhosa nesse sentido. Ele pega as passagens bíblicas que mostram o ser de Deus como sendo um ser maravilhoso, um ser ah potente, um ser que está acima de tudo. Daniel no capítulo 9, quando ele vai orar a Deus, ele fala: "Ó Senhor, o Senhor habita na luz inacessível. Ninguém pode conhecer a Deus. A Bíblia fala que Deus está acima de qualquer coisa. Salomão pergunta na sua inauguração do templo: "Ó Senhor, que espaço pode
conter o teu nome? Porque nem os céus dos céus podem te conter?" Ou seja, não existe um espaço que caiba Deus. Deus nem raciocina, Deus sabe. Deus não se torna, Deus é. Deus não tem como melhorar. Não existe melhoria em Deus. Deus é tão grandioso, irmãos, tão grandioso, tão grandioso, que Tomás de Aquino, um teólogo medieval católico, ele criou a te, criou, não, ele falava muito da teologia pofática, a teologia do distanciamento. E ele dizia que a teologia até hoje falou do que Deus não é, porque o que Deus é em essência ninguém sabe. Aliás,
vocês, até uma notinha de rodapé aqui, vocês sabem que a pior heresia foi quando a teologia, eu sou formado em teologia, tenho um doutorado em teologia, quando a teologia arvorou ser eh que a ciência de Deus, o estudo de Deus. Deus não é objeto para ser estudado. A teologia, na verdade, eu prefiro conceituá-la não no sentido etimológico, porque logia, logos, loguia, estudo, ciência, teus Deus. Então, teologia, estudo de Deus, ciência de Deus. Mas eu não posso tomar essa o significado de teologia do ponto de vista eh etimológico, senão eu crio uma heresia, porque eu coloco
Deus como um objeto a ser estudado. Eu posso sim falar de biologia enquanto estudo da vida. Eu posso falar de psicologia, estudo da alma, dos sentimentos. Eu posso sim falar de a traumatologia, estudo dos traumas, mas eu não posso falar de estudo de Deus. Aliás, a única área do conhecimento humano da qual o formado não pode se dizer especialista é teologia. Sabe por quê? Eu tenho um doutorado em teologia, tenho mestrado, doutorado e pós-doutorado em teologia, mas isso não faz de mim um especialista em Deus. Eu não posso dar carteirada e falar assim: "Desculpe-me, não
discuta Deus comigo porque eu sou doutor em teologia, eu sei mais de Deus do que você". Não é verdade. Não existem técnicos em Deus. Algumas universidades de língua inglesa até falam do título doutor em divindade. Eu sinceramente acho esse esse título uma uma temeridade. Ninguém é doutor em divindade. O teólogo é apenas o crente refletindo sobre a sua fé. Então, mesmo você que não estudou teologia, quando você está refletindo sobre Deus agora aqui, querendo conhecer o ser de Deus, você é um teólogo mesmo sem ter um diploma na parede. A única diferença entre mim e
você que não estudou teologia na faculdade é que eu conheço algumas ferramentas técnicas que podem tornar mais técnico técnica essa reflexão do que você. Eu estudei grego, estudei hebraico, então vou no texto grego. Só por isso. Mas em termos espirituais, meus irmãos, eu não sou tecnólogo em Deus. Eu não posso te chamar de leigo no sentido de eu sou experto em Deus, você é um leigo. Tá certo? Voltando para falar do ser de Deus, repetindo a frase de Tomás de Aquino, Deus é tão grandioso que a teologia até hoje falou do que ele não é.
Porque o que ele é em essência ninguém sabe. Ninguém sabe. Não é porque Deus está escondendo, é porque está acima do nosso calibre mental. Agora nós temos um problema, porque a Bíblia fala em João capítulo 17, no Evangelho de João capítulo 17, o seguinte, versículo 3. E a vida eterna é esta, que conheçam a ti o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Mas se eu acabei de falar que ninguém conhece a Deus, então tô perdido, porque a vida eterna é conhecer a Deus. Aí Lutero dá a chave hermenêutica para você entender
isso. Lutero diz: "O Deus que não pode ser conhecido se fez conhecer quando ele se revelou". Agora, esse processo, esse movimento de Deus em se revelar, ele significou uma diminuição de Deus. Como assim, Rodrigo? Você tem vontade de abraçar a Deus? Claro que tem. Eu tenho vontade daquele abraço apertado em Deus e sentir as mãos de Deus também me abraçando de volta. Mas como eu posso abraçar um ser que é infinito? Meu braço não alcança. Eu não consigo abraçar o planeta Terra que tem dimensões. Como é que eu vou abraçar o criador que é maior
do que o universo, aliás, que nem é medido pelas dimensões de largura, altura e de e e profundidade? Um ser que está acima disso, um ser que está em toda parte. Você gostaria de contar uma novidade para Deus como um amigo? Aliás, alguém escreveu uma vez que orar é abrir o coração a Deus como um amigo. E o quando um amigo eu conto novidades para ele. Quando acontece uma coisa comigo, eu tô doido para contar pro meu amigo. Nós temos alguns amigos mais íntimos, Laura e eu. E quando uma coisa legal acontece, aí eu eu
vou vou mostrar isso aqui para pra Fabi, por exemplo, pro Bertot. Agora, se Deus é meu amigo, que graça tem mostrar algo para ele? Você já sabe tudo. Como pode um Deus onisciente, que sabe tudo, fazer uma pergunta honesta para mim: "Filho, o que que você quer que eu lhe faça?" Você percebeu? Então, ao mesmo tempo que Deus é tão grandioso, a única forma que eu tenho de me relacionar com ele é se de algum modo ele diminuir o tamanho dele para ficar pequeno bastante para poder abraçá-lo. É se de algum modo ele diminuir a
unisciência dele para poder fazer uma pergunta honesta. Ei, meu filho, como é que foi seu dia? E ele fez isso quando ele deixa de ser o deus abscônditos, o Deus escondido, para se tornar o Deus revelados. E Lutero ainda usa uma outra metáfora para falar desse movimento de revelação de Deus. Lutero dizia o seguinte: "Os homens usam máscaras para se esconder. Deus usa máscara para se revelar. Porque o modo de Deus se mostrar é se ocultando. De que maneira? Ele apaga, esconde a luz dele para que eu possa olhá-lo sem ter os meus olhos ofuscados.
Desculpem que eu estou bastante doente hoje da garganta, mas eu não quis deixar de ter esse encontro com vocês. Eu senti tanta vontade de falar sobre Jesus com vocês hoje, não para vocês, com vocês. Porque eu quero refletir sobre Jesus, que mesmo assim eu falei: "A a garganta vai estar ruim, mas eles vão me perdoar. Eh, o o a tosse, o lenço tá bebendo água toda hora, mas eu não posso deixar de falar de Jesus para vocês. Então, esse movimento onde Deus se diminui, é onde ele se revela. Aí eu posso conhecê-lo. E como é
que Deus fez isso? através da pessoa do seu filho Jesus Cristo. E esse movimento não iniciou na encarnação. De acordo com o que nós lemos aqui na Bíblia em Provérbios, esse movimento ele aconteceu lá na criação. Na criação Deus filho já teve que assumir uma forma diminuída para tornar Deus acessível às criaturas. Porque não existe nenhum anjo no universo, por mais elevado que seja, que tenha condição de entender o ser de Deus. Eu não compreendo tudo da hierarquia dos anjos, mas se eu pegar o anjo mais magnífico do universo, nem ele consegue captar o todo
do ser de Deus. Desculpa, eu vou ter que torcir um pouquinho. Bom, continuando o que eu estava dizendo, Jesus já pagou um preço pela nossa existência muito antes de morrer por nós na cruz do calvário. Antes de morrer na cruz do calvário, ele pagou um preço por nós. Por isso que Apocalipse fala aqueles que t o nome escrito no sangue do cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Jesus não morreu literalmente na fundação do mundo. Ele morreu no primeiro século de nossa era, no ano 31. Alguns dizem que foi no ano 33, para
mim foi no ano 31, em que Jesus foi crucificado ali pelos romanos. Mas João no apocalipse fala: "O cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, significa que para nos criar ele já pagou um preço muito alto." Aí você entende que a intronização da sabedoria num trono, olha que interessante isso, o fato da sabedoria, que de acordo com Paulo é Jesus. A sabedoria, o logos, o fato do logos de Deus, da sabedoria de Deus, do Cristo de Deus, se assentar num trono e ser estabelecido num trono perante o universo, para nós é uma exaltação,
não é? Mas do ponto de vista divino, foi uma humilhação. Como assim, Rodrigo? Não entendi. Você deu um nó na minha cabeça agora. Você disse que Jesus está sendo estabelecido num trono, no universo, é uma humilhação. Sim. Sabe por quê? Como nós não somos reis, sentar num trono é subir de patamar, é ser exaltado. Mas Deus é tão grandioso que ele não precisa que ninguém o reconheça para ser Deus. Deus é o único rei que não precisa de coroa nem de trono. Ele é rei. Ponto. Ele é Deus. Ponto. Aliás, ele é Deus. Então, o
príncipe da Inglaterra, príncipe Charles, subir ao trono e se tornar o rei Charles foi uma ascensão. Mas um ser divino que não tem nada que possa ser dado a ele que ele já não tenha, que não tem nenhum conhecimento que ele já não possua, um ser divino destituído de qualquer melhoria, gente, não tem como melhorar Deus. Deus é Deus. Não tem como aperfeiçoar Deus. Deus é Deus. Não tem como dar um título para Deus. Deus é Deus. Quando esse Deus, que já tem tudo, aceita ser estabelecido num trono e de maneira diminuída perante o universo,
isso foi um ato de humilhação, de humildade da parte de Deus Filho, da parte de Jesus. Agora, uma coisa importante que eu devo dizer para você que antes de continuarmos, esse esvaziamento que Paulo fala de Cristo, de modo nenhum significa que Cristo perdeu a sua divindade. Então, anota aí para não esquecer e não confundir. Jesus não perdeu a sua divindade. Jesus não perdeu os seus atributos divinos. Jesus não perdeu os seus poderes e tudo que ele possui, mas ele não fingiu um esvaziamento, ele de fato esvaziou. Então, como é que funciona isso? Eu gosto de
dar uma ilustração que eu acho que fica bem didática nesse momento. Imaginem que eu agora tivesse um carro, um porche do modelo mais caro que exista e um dia você me vê andando com o meu porche e fala: "Nossa, eu fui lá no Nasp, o Rodrigo tem um porche lindo. Acho que ninguém no Brasil tem um porche daquele." Outra vez que você vem aqui no NASP, você me vê num dia de sol causticante subindo às alamedas do colégio, conversando com um aluno. E você fala assim: "Ei, Rodrigo, é você mesmo?" Sou. "Mas você está andando
a pé nesse sol quente?" "Estou. Cadê o seu Porsche?" Eu responderia para você: "Eu deixei na garagem lá em casa, trancado." Por quê? Não, porque esse meu aluno aqui precisa de orientação pastoral e a única maneira de eu dar orientação para ele é andando a pé com ele porque ele tem fobia. Ele não pode entrar em carro que ele passa mal. Ele é diagnosticado com uma fobia a carro. Se ele entrar num carro, ele entra em pânico. Então, o único jeito que eu tenho de auxiliá-lo é deixando o meu carro e vindo a pé andar
com ele. E suponhamos que você indignado fala assim: "Ah, mas não faz sentido isso, rapaz. Nesse sol quente, você deveria estar andando com o seu carro para cima e para baixo. É muito mais confortável, de fato. Mas se eu sou obrigado a usar o meu carro, porque eu sou dono do carro, na verdade é o carro que é meu dono. Concorda comigo? Porque se o carro é meu, eu tenho a liberdade de usá-lo ou deixá-lo parado na garagem. Depende de mim. Se Cristo é Deus, ele tem autoridade para usar ou não a sua oniciência. Ele
tem autoridade para usar ou não a sua presença sem perdê-la, mas deixando-a na garagem para usar a metáfora do carro que eu acabei de citar. Então Jesus, ele tranca a unisciência dele ali e ele não mente nem se torna um ator da Globo quando ele pergunta a Adão: "Onde você está?" Embora seja onisciente naquele momento, a sua pergunta é honesta. Não é uma pergunta do tipo assim: "Ah, deixa eu perguntar só para testar você. Eu já sei a resposta. Não, Deus não é um ator. Quando ele se esvaziou, se esvaziou mesmo. Aí eu já entro
até no outra parte da esvaziamento, que é quando ele se encarna. Muitas pessoas tinham dificuldade com essa ideia de que Deus encarnou. Mesmo na modernidade há um filósofo eh judeu chamado Emanuel Levinas. E uma das perguntas que Levinás faz até para eh dialogar com essa questão da da cristologia cristã. Porque o messianismo judaico é diferente. Será que pode o infinito caber num espaço finito? Então, muita gente não entende. Ah, Jesus não pode ser Deus. Porque Deus não ia se tornar tão pequeno para nascer da barriga de uma mulher. Aliás, a grande dificuldade que judeus e
muçulmanos têm de aceitar Jesus como um ser supremo é a divindade dele. Os muçulmanos até reconhecem Jesus como um grande profeta. Alguns judeus, não todos, alguns judeus até vem Jesus um grande rabino, mas não me venha falar que ele é o filho de Deus. Deus é um só e Deus não se encarna. Deus não se torna matéria. Esta discussão já vinha desde os tempos apostólicos. Ela não é nova, não. Tanto é que na época do apóstolo João surgiu um grupo eh dissidente do cristianismo, um grupo eh herege que negava que Jesus veio em carne. Eram
chamados os docetistas. Eles diziam assim: "Não, Jesus não encarnou". Na verdade, o Cristo aparentou o ser humano. Por isso que são dos cientistas do verbo grego doquel, que significa aparentar. Então, Jesus aparentou o ser humano. Ele não era humano de verdade. A encarnação era apenas um mito. Mas aí por causa disso, João escreveu na primeira carta de João. Se eu tiver com sua Bíblia aí, acompanhe comigo. João capítulo 2. João capítulo 2 que fala o seguinte, verso 22. Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o
que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o filho, esse não tem o Pai. E todo aquele que confessa o filho, tem igualmente o pai. E João continua dizendo que nós devemos também colocar à prova todos os espíritos para ver se eles procedem de Deus ou não. Está aqui no capítulo 4. Amados, não deem crédito a qualquer espírito, mas provem os espíritos para ver se procedem de Deus. Pois muitos falsos profetas têm saído mundo aa. Nisso vocês conhecem o espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus veio em carne é de
Deus. E todo espírito que não confessa isso a respeito de Jesus não procede de Deus. Meu bem, pega um pouco d'água para mim, por favor. Então, de fato, Jesus não fingiu ser humano. Ele se tornou plenamente humano. Por isso que Paulo fala, nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Tá bem? Vamos resumir mais um pouquinho. Aprendemos que tem textos na Bíblia que colocam Jesus numa divindade em pé de igualdade com o Pai. Mas há textos na Bíblia que apresentam Jesus sujeito ao Pai, inferior ao Pai. O pai é maior do que eu. Como explicar
isso? Nós fomos a Provérbios capítulo 8 e virmos que ele fala da sabedoria de Deus, que Paulo fala que é Jesus, que essa sabedoria é divina, plenamente divina, mas ao mesmo tempo ela também é sujeita a Deus. E como é que a gente resolve isso? Porque houve um tempo, no início de todas as coisas, antes da criação da terra, antes da criação dos anjos, antes da criação do universo, que a segunda pessoa da divindade, Jesus, diminuiu, esvaziou-se para tornar Deus conhecido das suas criaturas e assumiu um trono no universo. Ele foi estabelecido no trono e
a partir daquele tempo, Jesus teve a função filial. Por isso que ele é chamado de o filho de Deus, mesmo que ele nunca tenha nascido de Deus. E uma das provas que Jesus não pode ser um Deus gerado de Deus Pai é que Deus fala: "Eu sou o Senhor e não há outro. Antes de mim nenhum Deus ouve e depois de mim nenhum Deus haverá". Então não tem como dizer que Jesus é um Deus com D minúsculo que nasceu de Deus Pai ou que foi criado de Deus Pai. Porque há essa corrente teológica também que
fala que Jesus não foi criado, mas ele foi gerado de Deus Pai como se ele saísse. Logo, ele teve um começo. Essa é uma é uma variante do do eh do arianismo. O arianismo aqui, eu não tô falando do arianismo eh dos judeus, de Hitler, do nazismo, não. Eu estou falando de Ário, que era um bispo de Alexandria do quto século, que ensinava que Jesus era um deus menor, nascido ou gerado de Deus Pai. Isso não é verdade. Nunca houve tempo em que Jesus não houvesse. Ele é de toda a eternidade. Isaías fala, Isaías quando
dar os títulos de Cristo, Isaías o chama de pai da eternidade, príncipe da paz. Essa aqui é uma é uma é uma passagem linda da Bíblia. Isaías, eu vou ler para vocês aqui, ele fala do Messias que haveria de vir. E ele fala aqui, Isaías capítulo 9 diz aqui, olha, eh, o príncipe da paz. Eh, Isaías capítulo 9, versículo 6. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o governo está sobre os seus ombros e o seu nome será maravilhoso, conselheiro. Deus forte. Deus forte, ele é Deus, pai da eternidade, príncipe da paz.
Se Cristo fosse um Deus que começou algum momento da eternidade, ele não poderia ser pai da eternidade. Concorda comigo? Se ele fosse um Deus menor, então nós teríamos um politeísmo, Deus Pai e Deus Filho. E a Bíblia não ensina isso. Lembra a Chemar Israel, Adonaiad, Adoná Eloen, Adoná? Ouve aó Israel, o Senhor, teu Deus é único. Então é um Deus, mas com mais de uma pessoa, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E o Cristo foi justamente aquele que assumiu a forma revelada, segundo Paulo, ele se esvaziou para tornar Deus eh mais fácil de
nós compreendermos Deus. Aliás, você vai ter que entender uma coisa. Olha um aparente contraste do Gênesis que é explicado por essa cristologia. Tem alguém que é igual a Deus? Que que você acha? A resposta é não. Deus é inigualável. Tanto é que nome Miguel que aparece no livro de de Judas, aparece no Apocalipse, aparece no livro de Daniel. Eh, Daniel quando fala: "Miguel, o príncipe do teu povo se levanta. Nesse tempo se levantará Miguel". Em Apocalipse, houve peleja no céu, guerra. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. A, o nome Miguel em hebraico, Mrael,
significa quem é como Deus. uma forma eufemística de falar que Deus é inigualável. Quem é como Deus? Não há ninguém como Deus. Lá no livro de Jó, Deus fala o seguinte: "A quem me compararei? Quem quem pode ser semelhante a mim? Quem é semelhante ao Altíssimo? Ninguém é como Deus." Agora, olha interessante, quando a gente pega esses textos da Bíblia que dizem uma coisa e outros que dizem outra, quando a gente analisa a Bíblia em conjunto, os textos não se contradizem, eles se harmonizam. Você já aprendeu que os textos que mostram Jesus como impé de
igualdade com o Pai são os textos que falam da natureza divina de Cristo. Os textos que mostram Jesus sujeito ao Pai são os textos que falam do esvaziamento de Cristo para assumir uma forma diminuta da divindade, a fim de que nós possamos compreendê-lo. Assim, as pessoas da divindade vão vão trabalhando entre si. Agora, outro texto que aparenta dar uma contradição, mas não é, é esse texto que fala que Deus é inigualável, que ninguém é semelhante a ele. Quem é semelhante ao Altíssimo? Pergunta retoricamente o salmista, ninguém. A quem compararemos a Deus? Ninguém. Mas ao mesmo
tempo que fala que Deus é inigualável, Gênesis fala que nós, humanidade, fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Como é que nós somos criados à imagem e semelhança de Deus se Deus é inigualável? Se Deus é um ser que não dá pra gente imaginar qual a estrutura dele, como é que a humanidade foi feita a imagem de Deus? Então, Deus tem umbigo, Deus tem mamilos, Deus tem barba, Deus se parece mais com o homem ou com a mulher? Que a mulher também foi criada a imagem semelhança de Deus. Como é que funciona isso? Deus
tem unha? Como é que funciona isso? Deus tem órgãos genitais? A resposta está no apóstolo Paulo em Colossenses, capítulo 1, versículos 13 em diante. Olha o que que Paulo diz. Ele tá falando de Deus Pai, nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o reino do seu filho amado, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele, o filho amado de Deus, é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, soberanias, principados,
potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Lembra que a gente leu em João capítulo 1? No princípio era o verbo. O verbo estava com Deus, o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sim ele nada do que foi feito se fez. Ora, esse Cristo através do qual tudo foi feito, ele é chamado de duas coisas aqui em Colossenses. Imagem do Deus invisível e primogênito de toda a criação. Ele é o primogênito não porque foi o primeiro a ser criado, porque tudo foi
criado nele. E ele assumiu a postura de primogênito para tornar Deus um de nós. Emanuel, Deus conosco. E Cristo é a imagem visível do Deus invisível. O que significa isso? Adão e Eva foram criados à imagem do deus revelatos para lembrar Martinho Lutero. Vamos recordar os que entraram na live depois, que eu sei que o número tá crescendo aí, não é isso? Tem gente que tá entrando depois. Então, Lutero fazia uma diferença entre o Deus Revelatos e o deus Abiscônditos. O Deus Revelatos é o deus Abiscônditos é aquele Deus em essência, aquele Deus tão glorioso,
tão grandioso, que nós não conseguimos falar nada dele sem correr o risco de falar heresia, porque ele tá acima até da linguagem humana descrevê-lo. Como eu disse, ele é acima de tudo. Eh, a essência dele se confunde com o seu ser. Por exemplo, eu amo, Deus ama, mas Deus é amor. Eu não sou amor. Então, até o amor que eu tenho não é igual ao amor de Deus. Esse é o Deus Abiscônditos. Mas Lutero falava do Deus Revelatos, aquele Deus que usou uma máscara para se mostrar, que diminuiu a glória dele para se tornar compreensível,
que diminuiu, diminuiu a onipresença dele para poder ser abraçado. Aí é Jesus. Então nós fomos criados à imagem e semelhança do Deus Revelatos. Porque Cristo quando assumiu essa forma de minuta, se esvaziou para usar a linguagem de Paulo, ele se tornou um modelo mediante o qual nós poderíamos ser criados. É por isso que Deus é ao mesmo tempo inigualável e ao mesmo tempo nós fomos criados a imagem e semelhança dele. Agora que você já sabe disso, tá fazendo sentido para você? Agora que você já sabe disso, eu quero mostrar onde foi o engano da serpente
ao oferecer o fruto proibido para Eva. Você se lembra no Gênesis o que que ela falou com Eva? Porque Deus sabe que no dia que vocês vão comer desse fruto, vocês como Deus serão conhecedores do bem e do mal. Vocês serão iguais a Deus. Olha a malandragem da serpente. Nós já éramos semelhantes a Deus, ao Deus revelados. Mas a serpente, em primeiro lugar, mentiu para Eva, porque quis dar para Eva o que Eva já possuía, a imagem e semelhança de Deus. E segundo, ela quis convencer a Eva que ser a imagem e semelhança do deus
revelatos não era o bastante. Era importante que Eva fosse a imagem e semelhança do deus abiscônditos, aquele que é inigualável. E aí que veio o pecado. E a serpente falou: "Porque o dia que vocês forem assim, vocês como Deus serão conhecedores do bem e do mal". O único que por onisciência sabia o que era o mal, porque Deus sabe todas as coisas, era Deus. Nós não sabíamos o que era o mal. Nós sabemos o que era o bem. Mas agora que Eva pecou, agora não preciso nem fazer faculdade para saber o mal. Tá aí, olha,
olha o presente. Foi comer o fruto proibido. Hoje nós somos conhecedores do bem e do mal. Não queríamos ser conhecedores do bem e do mal. Antes disso, o único que conhecia o bem e o mal era Deus. Agora, a humanidade passou também a conhecer o bem e o mal. Porque agora a gente sabe o que que é sofrer, a gente sabe o que que é doer, a gente sabe agora o que é sentir fome, a gente sabe o que é sentir medo, a gente sabe o que é sentir angústia. Percebeu? Antes de eu continuar, eu
quero ouvir um pouco vocês. Eu estou dando uma aula de cristologia aqui. Eh, faz um algum alguns comentários aí eh eh se o pessoal tá gostando, podem ser bastante sinceros, tá bem? Vou pedir o David para colocar aqui e se tiver alguma pergunta também do que eu falei até aqui, que talvez não ficou claro, eu vou responder para você, tá bom? Se tiver alguma pergunta aí, pode fazer. Eu quero ouvir o comentário de vocês. Quantas pessoas estão conosco até agora? 5000. 5000 pessoas. Amém. Que classe de teologia nós estamos temos? 5500. Eu quero saber se
está claro, se está didático, porque eu tô colocando um material teológico aqui profundo para você. Gostando demais. Pedro Igor, obrigado. Dais Maia, ótima live. Obrigado, Dais. Tá claro para vocês, gente? Eh, Ricardo Boas, eh, excelente. João Júnior, bção. Vamos responder alguma pergunta também e só avisar que a bateria do seu do computador aqui tá acabando. Eh, alguma pergunta de alguma coisa que não ficou claro do que eu falei até agora? Tá bem. Não vou responder sobre apocalipse agora, não vou responder sobre outra coisa, sobre o que eu falei para ficar didática. Eh, alguma pergunta que
surgiu aí que eu posso responder do que eu falei do início até aqui? Subiu muito rápido. Ah, tá subindo muito rápido. Ele tá procurando, não tem problema não. Eh, e gente, obrigado por esse carinho de vocês. Enquanto procurando uma pergunta, ninguém está tão satisfeito consigo mesmo que negue o apreço do outro. Então, eu já peço, orem por mim para que Deus me dê unção, humildade, força física. Que Deus abençoe meu lar com a Laura, tá bom? Para que a gente possa conhecer mais da Bíblia e abençoar vocês com esse conhecimento aí. Eh, Denise Oliveira, por
que Jesus teve que sofrer? Não poderia ser sem sofrimento. Denise fez uma pergunta muito boa. Tão boa, Denise, que eu vou responder na sequência agora. A sua pergunta, Denise, vai ser o elo para eu passar pra segunda parte disso. Jesus teve que sofrer por quê? Tá bom. Não tinha como ser sem ser sofrimento. Vou responder isso na segunda parte dessa aula aqui, Denise. Mais uma ou duas perguntas aí. Segura a pergunta da Denise porque ela foi providencial para eu poder mudar até de fase aqui da explicação. Se não tiver perguntas, eu vou começar da da
Denise mesmo. Vamos ver se tem alguma aí. As perguntas vão subir muito rápido ali com os comentários. Às vezes é difícil de conseguir pensar mais importante. O que significa cristologia? Luís Eduardo. Eduardo. Eh, Luís Eduardo, eh, no início da live, mas não tem problema porque muitos foram chegando depois, eu disse que a teologia ela dá nomes a diferentes saberes eh da fé para facilitar o entendimento. Por exemplo, se eu quero estudar igreja, eu chamo isso de eclesiologia. Ecclésia é igreja em grego. Se eu quero estudar a doutrina da salvação, eu chamo isso de soterologia, porque
soteros significa salvador, salvação eh eh só tero e salvador, sotero, salvação em grego, soterologia, o estudo da salvação. Se eu quero estudar a doutrina do pecado, ramartiologia, quando é a doutrina do Espírito Santo, pneumatologia. E a doutrina de Cristo, cristologia. Mas essa é a definição de dicionário, viu Luiz? Eu disse que embora isso seja a definição de dicionário, cristologia para mim não é um credo. Cristologia não é uma doutrina. Cristologia não é simplesmente uma ideia, um pensamento ao qual eu me agarro. Cristologia é uma pessoa com a qual eu me relaciono, a pessoa de Jesus.
Tá bem? Mais uma perguntinha aí. Eu volto depois no da Denise, que a dela é excelente para eu continuar o assunto aqui. Eu tô feliz com isso porque tá correndo rápido ali, né? É muito rápido. Se não pensar, tudo bem. Não, eu vou eu vou já começar da pergunta da Neníe. Então, conseguiu uma aí. Eu consegui, mas ela fugiu. Ela fugiu. Interessante. Ó, eu fico feliz de do do David e ter dificuldade que eu pensava que era só eu. Quando a Laura não está lá em casa, que eu tenho. Nossa, gente, ele não acha. Você
vai subindo, tem problema não. Depois a gente abre espaço de novo, viu David? Eu vou pegar a pergunta da Denise. Por que Jesus teve que sofrer? Não tinha como ser de outro jeito, Denise? E meus queridos irmãos e irmãs, eu acho que vocês entenderam que o primeiro movimento de esvaziamento de Jesus começou lá na criação, antes mesmo dele encarnar. Aliás, não precisa ir longe. Alguns momentos na Bíblia, Jesus apareceu até como anjo, o anjo do Senhor. Lembra lá quando é Jesus, não é um anjo, vamos deixar bem claro, Jesus é o criador dos anjos, mas
houve momentos em que ele apareceu como anjo. Pode dar um termo técnico para vocês. Is é chamado de cristofania. É quando é a aparição de Cristo no Antigo Testamento. Eu vou dar exemplos para você. Quando Abraão foi matar Isaque, a Bíblia fala que o anjo do Senhor segurou ali, falou: "Abraão, não mates o menino, porque agora eu sei que você não me negou o seu filho". Quem tá falando isso para Abraão? O anjo do Senhor. Mas olha que o anjo fala como Deus. Você não negou a mim o seu filho. Outro exemplo, quando Jacó lutou
com um anjo ou um homem até de madrugada, a Bíblia fala que ele lutou com Deus. Por isso que o nome dele muda, porque você lutou com Deus e prevaleceu. Então era Deus aparecendo em forma humana ou angelical ali. Um outro exemplo, dois exemplos mais para você. Quando o anjo do Senhor aparece na saça ardente, o livro de Êxodo fala que o anjo do Senhor, depois você lê na sua Bíblia, apareceu a Moisés e fala assim: "Moisés, tira as sandálias porque esse lugar é sagrado. Eu estou enviando você, eu, o anjo do Senhor." E fala
e Moisés pergunta: "Quem é o Senhor para que eu devo falar?" Fale que eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. E era o anjo do Senhor também. Por último, quando ele aparece o anjo do Senhor para Josué, Josué se prostra adorando e ele não repreende José. Olha que contraste. O anjo que revelou as coisas para João no Apocalipse, no final do Apocalipse, João se prostra diante desse anjo para adorá-lo. E o anjo repreende João. O anjo fala: "João, não se prostre diante de mim, porque eu sou conservo seu e dos seus
irmãos. Nós não podemos adorar anjos, mas o anjo do Senhor, esse sim pode ser adorado. Então é porque ele não é um anjo, ele é apenas Deus de uma forma angelical. Ficou claro para vocês? Agora, se fosse só isso, Jesus já teria eh feito um grande papel de humilhação, de esvaziamento, para tornar Deus conhecido de toda todo o universo. Mas Jesus teve que fazer algo mais. Qual foi esse algo mais que Jesus teve que fazer? Começou uma rebelião no céu. O diabo, que na época não era diabo, era apenas um anjo de luz, que a
tradição cristã chama de Lúcifer, embora o nome Lúcifer não esteja na Bíblia, é bom deixar bem claro, o nome Lúcifer não está na Bíblia. Ele é chamado apenas de estrela da manhã. Eh, duas menções a ele aparecem no livro de Isaías e no livro de Ezequiel. Os dois falam desse ser que estava assentado no brilho das da das das pedras, andando com Deus, eh sendo um ser eh divinizado, como se fosse o próprio Deus. E ele é equiparado aqui ao rei de Tiro. Eu vou ler para você um desses textos aqui. Ezequiel capítulo 28, quando
fala desse ser, verso 13 fala assim, verso 12, assim diz o Senhor, você era o modelo da perfeição. Tá falando do rei de Tiro, mas também daquele ser diabólico que estava usando o rei de Tiro para os seus planos infernais. E fala assim: "Você era o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeita em formosura. Você estava no Éden, jardim de Deus, e se cobrir de todas as pedras preciosas, sardio, topázio, diamante, berilo, ônix, jaspe, safira, corbúculo, esmeralda. Essas pedras aqui parecem a roupa do sacerdote, do sumo sacerdote lá do povo de Israel. Ou seja,
esse ser, ele estava no céu, era o sinente da perfeição e quase como um sacerdote diante de Deus. E vai mais. Os seus engastes e ornamentos eram feitos de ouro e foram preparados no dia que você foi criado. Você era um querumbim. Querubim, um anjo protetor, um anjo cobridor. Sabe o que significa querubim? Cobrir eh, é a mesma palavra que vem de que pur. Na tampa do propiciatório, no santuário, ficavam dois anjos cobrindo a arca. A ideia que alguns teólogos entendem é que a função dos querubins era o seguinte: quando a glória de Deus se
manifestava, eles abriam as suas asas para que a glória de Deus talvez não ofuscasse os outros anjos. Então eram anjos cobridores. Porque a pergunta é: se eles eram cobridores, estavam cobrindo o que de quem? Então, alguns teólogos até da reforma protestante entendem, Calvino era um deles, que esses querubins cobriam a glória de Deus para não ofuscar os demais. Olha que papel importante. Ele era o cobridor e fala o seguinte: "Eu estabeleci, você permanecia no santo monte de Deus, na presença direta de Deus, e andava no meio das pedras brilhantes. Você era perfeito nos teus caminhos
desde o dia em que foi criado, até que se achou iniquidade em você." Aí diz o seguinte: "Na multiplicação do seu comércio, você se encheu de violência e pecou. Por isso, ó querubim da guarda, eu o profanei, o lancei fora do santo monte de Deus e o expulsei do do brilho das pedras, porque você ficou orgulhoso por causa da sua formosura". Então, Lúcifer começou uma rebelião no céu contra Deus. E essa rebelião, como eu falei, Lúcifer é o nome do latim, Lutíferos, portador de luz. Nós não temos esse nome na Bíblia. Nós temos sim no
livro de Isaías fala de, ó estrela, como caíste do céu, ó estrela da manhã, que as os teólogos latinos traduziram estrela da manhã como lutíferos, a aquela estrela d'alva que carrega a luz. Então esse Lúcifer, esse anjo cobridor, esse querubim, começou uma revolta no céu e ele não ficou sozinho. Apocalipse capítulo 12 fala do dragão, compara esse ser rebelde como sendo dragão e fala que a sua cauda arrasta a terça parte das estrelas do céu que ele levou consigo. E fala também de uma luta que teve no céu de Miguel e seus anjos, expulsando do
céu o dragão e seus anjos. e fala: "O dragão é o diabo, a antiga serpente e Satanás". Então, quando Lucifer começou a rebelião no céu, ele certamente colocou dúvidas sobre o caráter e a idoneedade de Deus. Jesus diz que ele foi mentiroso desde o princípio. Jesus fala: "Eu vi o diabo caindo do céu como um raio". Só que você tem que entender o seguinte, a principal acusação que o diabo fazia era concernente ao caráter de Deus. No livro de Jó, quando ele aparece no céu e Deus pergunta: "O que você está fazendo aqui?" Satanás responde
assim: "De rodear a terra e passear por ela." Quer dizer, todo mundo lá me aceita como seu Deus. Deus falou: "Não, você já viu meu servo Jó?" Ele falou assim: "É, mas Jó te serve porque o Senhor compra Jó. Se o Senhor não comprasse Jó, Jó também seria meu. Eu quero Jó para mim. E o Apocalipse fala que ele é o acusador de nossos irmãos de dia e de noite. Deus poderia ter matado Lucifer logo no começo, mas talvez isso geraria dúvidas no universo. Deus poderia ter rasgado. Eu tive esses dias num podcast que alguém
perguntou: "Por que que Deus não rasgou tudo e começou tudo de novo?" Ele poderia ter feito isso, Denise, mas ele não fez. Por quê? pela mesma razão que aquelas que são mães não gostariam que o seu filho voltasse paraa barriga de novo. Eu gosto muito de acompanhar na internet mães que têm filhos especiais com síndrome de Down, com eh autismo e e a gente aprende tanto com a a simplicidade deles. mães que têm filhos com paralisia cerebral, a gente que não é pai daquela criança, talvez por uma frieza pensa assim: "Nossa, que arrependimento ela teve",
né? Porque agora aquela criança PC, PC é a nomenclatura para com paralisia cerebral, ela vai ficar para sempre usando fraldão e presa uma cadeira de rodas. Enquanto a mãe de uma criança dita normal só tem que trocar a fralda dele enquanto é bebezinho e aprende a ir ao banheiro sozinho, a mãe de uma criança com paralisia cerebral vai ter que ficar trocando a fralda dele a vida toda. Enquanto a mãe de uma criança que não tem problemas, troca a fralta da criança por 2, 3 anos, 4 anos, depois ela já aprende a a a ir
sozinha no banheiro, a mãe de uma criança com paralisia cerebral vai trocar a fralda dele pelos 40 anos que ele viver. É verdade. Dá muito trabalho ser mãe de uma criança com síndrome de Dal, com autismo ou com paralisia cerebral. Agora pergunta para essas mães se elas queriam rasgar aquele filho e fazer outro. Não tenho certeza que a resposta vai ser não. Eu quero esse aqui. O máximo que alguma mãe poderia pedir seria o seguinte: "Senhor, se eu pudesse fazer o meu filho não ter essa síndrome, eu gostaria muito, não para me aliviar do trabalho
que ele me dá, mas para que ele tivesse uma vida melhor. Se eu pudesse pedir a Deus que tornasse o meu filho autista, não autista, eu faria essa oração, mas não por mim, por ele." Agora, se Deus falasse assim: "Não, eu rasgo esse filho e te dou outro". Não, pai, obrigado. Eu fico com esse aqui mesmo. Porque o amor não permite a mãe cogitar outro filho senão aquele que ela teve. Entendeu o que eu quero dizer? O amor de Deus não cogita ter outros filhos senão esses que ele criou. Então não é questão de rasgar
e fazer de novo. E nessa situação, o segundo passo, Deus não poderia destruir Lúcifer imediatamente, porque isso daria só, faria dele um mártir. Então Deus esperou Lúciferras do seu verdadeiro caráter, de quem ele realmente era. E ao dar mostras do seu verdadeiro caráter, Deus estaria agora perante o universo limpo, no sentido de ninguém mais teria dúvidas do caráter de Deus. Mas para isso demandaria tempo. E para não obrigar ninguém a seguir cegamente a Deus, Deus criou seus filhos como agentes morais. Ele poderia fazer todas as criaturas como um celular. O celular ele é muito obediente.
Se eu lembra quando eu falei com vocês, ah, eu quero achar aquela passagem que eu não anotei aqui? Eu pedi a Laura, Laura trouxe aqui o celular, eu digitei no Google, ele me deu a resposta que eu queria. Se eu quiser acender a luzinha aqui, ó, ele acende. Pronto. Ele não tem querer. Eu quero agora apagar a luz. Ele apaga. Ele não tem querer. O celular faz exatamente o que eu mando, mas o celular não me ama. Não dá para beijar. A foto da minha esposa tá aqui, ó. me faz lembrar dela, mas não dá
para beijar essa foto. Não dá para fazer filho com essa foto, não dá para ser amado por essa foto, mesmo que o celular seja mais obediente do que um filho. Por isso Deus, ao contrário de fazer robôs, criou seres morais. E aí Deus já assumiu um dilema. Se ele criou seres livres para escolher de um jeito ou de outro, Deus poderia ser rejeitado. E para que a escolha de Deus ou a rejeição de Deus não fosse algo meramente mecânico, Deus colocou uma prova para Adão e Eva de todas as árvores do jardim vocês podem comer,
menos da árvore do conhecimento do bem e do mal. Porque no dia que vocês comerem dessa árvore, vocês vão conhecer algo que hoje vocês não fazem a mínima ideia do que é. morte, sofrimento, dor. Os judeus dizem que a árvore do conhecimento do bem e do mal era a figueira. Eu não sei se a gente pode, a Bíblia não fala qual era a árvore do conhecimento do bem e do mal. Os judeus dizem que era figueira porque logo depois de pecar, Adão e Eva se vestiram de folhas de figueira. Por isso que eles pensaram que
era figueira, mas não sabemos qual era essa árvore, mas sabemos que ela era um símbolo de fidelidade a Deus. E a serpente enganou Eva e Eva comeu do fruto proibido. Que que iria acontecer? Eles agora iriam morrer. E Adão também comeu. Aí, Denise, Deus não poderia resolver aquilo de uma maneira mais fácil sem ter que mandar o filho dele morrer na cruz do Calvário? Eu vou responder à pergunta da Denise com uma historinha. Dizem que uma vez num reino, aliás, eu já contei essa história noutra situação, mas eu vou pedir licença para usá-la novamente, porque
até Jesus repetiu algumas de suas parábolas. Dizem que num reino um rei colocou regras para o bem-estar de todas as pessoas. Por exemplo, ele dizia: "Se alguém roubar, terá os olhos arrancados". Isso funcionava porque na no esquema de eh ação e consequência, ninguém queria roubar, ninguém queria ter os olhos arrancados. Então, naquela cidade ali era tudo seguro. As pessoas dormiam com a porta aberta. A delegacia tava criando tea de aranha, ninguém roubava. Você podia deixar uma bicicleta do lado de fora, qualquer coisa, ninguém pegava nada. Até que um dia os soldados trouxeram pro rei um
jovem que foi apanhado em flagrante roubo. Ele estava roubando uma casa, saltando uma casa. Falaram, majestade, nós temos um rapaz que cometeu um delito e a tua lei diz que quem fosse apanhado roubando teria os dois olhos arrancados. Só que nós temos um temos um problema, majestade. Quem é aqui acabou a bateria, tá? Só para saber. Quem roubou foi o príncipe, o teu filho. E aí, Teníquela situação? A lei dizia que quem roubasse teria os dois olhos arrancados e o filho do rei roubou. O que você faria, Denise? O que vocês fariam? Você tem alternativas
aqui e qualquer uma delas complicam a sua vida de rei. Em primeiro lugar, quem é pai e mãe e está me assistindo, não teria coragem de arrancar os olhos do seu filho. É meu filho. Como é que eu vou fazer um negócio desse? Para piorar a história, imagine o filho implorando pelo perdão. Mas se você escolhe não arrancar os olhos do seu filho, porque o seu filho está pedindo perdão, sabe o que que os súditos vão dizer? Ah, esse rei aí, ele é um rei partidário. Ele não é um rei justo. Se fosse o filho
da lavadeira, se fosse o filho da fachineira, ele mandava aplicar a lei. Mas como é o filhinho do rei, aí a lei foi mudada. Então, o rei não podia mudar a lei dele para beneficiar nem mesmo o seu filho. Aliás, diga-se de passagem, palavra de rei não volta atrás. Porém, por outro lado, se o rei resolvesse cumprir com a sua obrigação monárquica e arrancasse os olhos daquele jovem, novamente, ele caia em desgraça perante o povo, porque eles diriam que rei perverso ele não teve misericórdia nem do filho, quanto mais de nós. Então, qual foi a
solução que o rei teve? A solução foi a seguinte. Presta atenção aqui. Eu mudei de câmera. São dois olhos que a lei quer. São dois olhos que a lei terá. Eu não posso arrancar os olhos do meu filho que está implorando por misericórdia, mas eu não posso mudar a lei que demanda dois olhos pelo crime ocorrido. Soldados, venham aqui. Meu filho, você vai ser poupado. Arranquem os meus olhos e paguem a dívida da lei. Foi exatamente isso, Denise, que Deus teve que fazer. São João 3:16. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu
seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. O único meio, Denise, de eu ser salvo e você ser salvo e todas as pessoas milhares que estão conosco sermos salvos é através do sangue derramado na cruz do Calvário. Então, respondendo de maneira muito eh eh assim direta a sua pergunta, não haveria outro meio de salvar a humanidade senão através da morte? Hebreus, quando fala justamente do sacrifício de Cristo, eh, o autor de Hebreus, que alguns pensam que seria Paulo, coloca isso de maneira ainda muito clara. Ele disse
que a o modo como Cristo morreu, que fez dele sacerdote para todo sempre, isso aqui é me chama bastante atenção, porque Hebreus fala o seguinte, olha, portanto, Hebreus capítulo 7, versículo 11, se a perfeição fosse possível por meio do sacerdócio levítico, pois foi com base nele que o povo recebeu a lei, que necessidade haveria de que se levantasse outro sacerdote segundo a ordem de Melquizedec? Aí fala que esse sacerdote foi levantado. E esse sacerdote seria quem? Cristo Jesus e fala que ele comparece perante Deus, levando o seu próprio sangue para morrer, para interceder por nós.
Eh, Hebreus 9, versículo 15. Por isso mesmo, ele Cristo, é o mediador da nova aliança, a fim de que os que foram chamados recebam a promessa. Vou ler até o verso anterior, o verso o verso 14. muito mais o sangue de Cristo que pelo espírito eterno a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus. Cristo que se ofereceu sem máscara mácula e diz que o o sacrifício dele foi um sacrifício para todo o sempre. Ele eh experimentou a morte por todos os homens. Você percebeu então como é que nós somos salvos? Paulo deixa bem claro
a receita. Nós somos salvos pela graça mediante a fé. Isso não vem de voz para que ninguém nem de obras para que ninguém se glorie. E qual que é o papel da lei em tudo isso? Você pode perguntar: "Então, é a graça que me salva?" Sim, a graça que salva você. A dívida foi paga de Adão e Eva, de toda a humanidade. A dívida foi paga. E por quê? E se eu quisesse pagar essa dívida, não teria como. Você não teria meios. Pegue a pessoa mais santa que passou nessa terra. Pegue alguém do caráter de
Jó. Pegue alguém do caráter de Enoque, que foi arrebatado até Deus. Pegue alguém da fé do apóstolo Paulo, o Daniel. Aliás, eu vou até melhorar a conta. Pegue todas as fés e todas as santidades de todos os homens e mulheres da Bíblia juntos. não dá nenhum centavo da dívida que nós tínhamos contra Deus. A dívida que Adão e Eva acabaram adquirindo ao comerem do fruto proibido é uma dívida inafiançável. É por isso que quando nós vamos a Mateus, capítulo 18, Mateus 18 conta uma parábola do credor incompassivo, eh, do credor incompassível, não, perdão, eh, do
rei que tinha dois servos e um foi chegar até ele com a dívida e outro contra a dívida. Eu vou ler essa parábola para vocês. Mateus capítulo 18 diz assim, eh, verso 23: "Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com seus servos e passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia 10.000 talentos." 10.000 talentos. Sabe o que significa isso? Eu vou explicar para você. Eh, muita gente faz cálculos com base no dinheiro moderno para saber quanto que equivaleriam 10.000 talentos hoje, mas a conta sempre é complicada porque
você tem inflação, tem um monte de coisas variáveis. Então, eu vou dar uma informação que vai ajudar você a entender. Se eu ajuntasse, anota aí na conta, se eu ajuntasse todo o imposto recolhido anualmente por Roma. Olha bem, se eu ajuntasse todo o imposto recolhido anualmente por Roma nas províncias da Judeia, Pereia, Samaria, Idumeia e Galileia, olha bem o que que eu fiz. Olha a conta que eu tô fazendo. Quanto que o rapaz devia mesmo pro rei? 10.000 talentos. Correto? Se eu ajuntasse e somasse os impostos anuais que os romanos cobravam na Judeia, Iduméia, Pereia,
Galileia e Samaria, sabe quanto de dinheiro conseguiria levantar? Chuta! 800 talentos. 800 talentos. E aquele servo devia para o rei 10.000 talentos, 11 ou 12 vezes mais. Eu pergunto a vocês, quando é que aquele servo poderia pagar o seu senhor? Nunca. Nunca. Mas ele era tão tolo aquele servo que olha o pedido que ele fez de acordo com a parábola de Jesus. Eu vou ler agora o verso 25. Não tendo ele, porém com o que pagar, óbvio, não teria. É como se um trabalhador de um salário mínimo devesse aí 10 bilhões de dólares para um
governo. Nunca ele ia pagar. Não tendo ele, porém, com que pagar, o senhor desse servo, ordenou que fossem vendidos ele, a mulher e os filhos e tudo que possuía e assim a dívida fosse paga. É porque a única forma de pagar a nossa dívida é se Adão, Eva e toda a humanidade fosse direto pro inferno, no lago de fogo e enxofre. Aí a dívida seria paga, mas ninguém seria morto, ninguém seria salvo. Tá bom? Tá bom. Vocês pecaram. O que que a o que que a a lei dizia? Quem pecar deve morrer. Toda alma que
pecar, essa morrerá. O dia em que dele comerdes o fruto proibido, vocês morrerão. Então tinha que matar todo mundo. Eu não poderia nem estar aqui conversando com vocês. Mas olha o que diz no seguinte, no verso 26. Então o servo, caindo aos pés do Senhor implorava: "Tenha paciência comigo e pagarei tudo ao Senhor". Gente, que pergunto, que pedido mais idiota. É um pedido de alguém que tá desesperado mesmo. Eh, no grego, eu ten até um termo e contábil aqui, ele fala assim: "Tenha paciência afecis em grego, rola a dívida". Quando é que ele ia poder
pagar? Nunca. Mas ele pediu um prazo. Mas olha o que a Bíblia fala. E o Senhor daquele servo, compadecendo-se dele, mandou-o embora. Perdoou-lhe a dívida. Aliás, aqui que é a palavra fecis. A fecis é cancelamento de dívida. Quando ele pede, tenha paciência. É macrotumadon. É outra palavra, um palavrão enorme, né? Mas diz que o Senhor compadecendo-se mandou embora perdoando-lhe a dívida. Então, meu irmão, coloca uma coisa na sua cabeça. Não adianta você fazer obra de caridade, não adianta você ser bonzinho, não adianta você fazer um monte de promessa para Deus, porque as boas obras que
você faz não garantem nenhum níquel da dívida que nós temos contra Deus. A única forma dessa dívida ser paga é se Cristo morresse por nós na cruz do Calvário. E a cruz que Cristo morreu na a morte que Jesus morreu na cruz do Calvário não foi uma morte meramente humana. Hebreus fala que ele experimentou a morte por todos os homens. A morte que Cristo teve na cruz do Calvário foi a morte eterna. Aquela morte, não a morte que nós vamos ter pela consequência do pecado, aquela morte à qual nós estávamos conden perdão, condenados quando ele
gritou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Elar, elarre lama savani em aramaico. Por que que o Senhor me desamparou? Cristo recebeu ali a ira de Deus. Não porque Deus estava chateado com Jesus, é porque ele estava recebendo na cruz o castigo que nós deveríamos receber. Olha o que diz Isaías, capítulo 53. Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo diante dele e como raiz de uma terra seca, não tinha boa aparência nem formos. Olhamos para ele, mas não veia a beleza que nos
agradasse. Ele era desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer. E como um de quem os homens escondem o rosto era desprezado e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. Então você quer ser salvo hoje? Eu vou te dar a receita. Aceite a Jesus como seu salvador pessoal. Ponto. E que mais, Rodrigo? Não tem mais. Mas não, não tem mais. Eu gostei muito da fala, eu já até disse isso numa das lives que eu
fiz aqui de um pastor, eu não sei se foi o pastor Pocela, creio que foi ele. Se não foi, peço perdão. Foi um outro pastor na internet que ele falou assim: "Toda todo o ensino de salvação que coloca um mais depois da morte de Cristo e da graça é herético. Se eu disser para você assim, para ser salvo, você tem que aceitar a Jesus, mas frequentar uma igreja. Opa, heresia. Você não tem que aceitar a Jesus e ir pra igreja. Ah, então eu tenho que aceitar Jesus e guardar os 10 mandamentos. Não, para ser salvo
eu tenho que aceitar a Jesus e fazer as pazes com minha mãe. Não. Para ser salvo você tem que aceitar Jesus. Ponto. Mas Rodrigo, e os meus pecados, os meus defeitos? Vamos devagar. Você tem que aceitar a Jesus. É de graça. Por isso que no Antigo Testamento a palavrinha que definisse a palavra raná. E no Novo Testamento a palavra haris, que é a tradução de ambas, é graça, é gratuito, não custa nada. Eu pergunto, se custasse alguma coisa, eu teria problemas, porque, por exemplo, o ladrão na cruz, ele não fez uma caridade depois de arrependido.
Ele só pediu: "Senhor, lembra-te de mim quando vieres no teu reino". Já foi salvo naquele momento ali. Quanto tempo Deus precisa para salvar você depois que você entregar sua vida a ele? Uma fração de segundos. Aceite a Jesus como seu salvador pessoal. Isso é chamado por Paulo na Bíblia de justificação pela fé. E essa justificação a gente recebe pela graça. Então, o que que a justificação me faz? Lutero também teve um um dilema muito grande, porque ele não entendia como é que funcionava essa história, porque o Lutero passou a vida dele toda treinado por uma
teologia que vinha da Idade Média, que dizia que para ser aceito por Deus, eu tenho que começar me tornando bom. Então, Lutero fazia de tudo para ser aceito por Deus. Lutero jejuava três vezes por semana. Ele se autoflagela como forma de penitência, ajoelhava em seixos, pedras. Várias noites por penitência ele jogava o único cobertor que os monges agostinianos o davam ali no seu mosteiro. Houve noites que ele quase morreu congelado e Lutero falava assim: "Minha cabeça inchou, eu não conseguia mais fechar o olho". Mas quanto mais obras Lutero fazia, mais distante Deus parecia. Lutero dizia
que Deus parecia um severo juiz sentado no trono, disposto a me fuminar a qualquer momento. E num num brado assim de angústia e e desabafo, Lutero dizia o seguinte: "Eu tenho medo de Deus. Quanto mais caridade eu faço, quanto mais obras boas eu faço, mais longe ele tá de mim". Quando aconselhado a amar a Deus, Lutério dizer: "Amá-lo, eu odeio. Eu prefiro a voz de um demônio do que ouvir a voz de Deus. A voz do demônio dá menos medo. Até um dia que Lutero estava fazendo uma pesquisa no livro de Salmos e ele encontrou
essa passagem aqui do Salmo 71 que diz assim: "Olha, vou ler para você. Salmo 71 e2. Em ti, Senhor, me refugio. É um salmo de Davi. Não seja eu jamais envergonhado. Livra-me por tua justiça. Aí Lutero deu um nó na cabeça dele. Porque Lutero entendia que a justiça era um instrumento com o qual Deus pune os pecadores. Sabe aquela frase, a justiça de Deus tarda, paz não falha. Mas o salmista fala: "Livra-me por tua justiça". Como é que a justiça pode me livrar se ela é o instrumento com o qual Deus me condena? Aí Lutério
encontrou uma outra passagem, porque a Bíblia tem que ser estudada assim, como eu estou estudando com vocês. Bíblia não é para ficar pegando verso isolado aqui no, é fazer uma cadeia bíblica. Aqui eh Paulo, no livro de Romanos, capítulo 1, versículo 16, Paulo diz assim: "Pois não envergonhe do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, depois do grego." Porque a justiça de Deus se revela no evangelho de fé em fé, como está escrito, o justo viverá pela fé. Então, Lutero entendia que a justiça não
era algo que Deus cobrava de nós. A justiça era algo que Deus me concedia. Como assim? Você deve estar perguntando simples. Quando o Rodrigo Silva tem o nome dele ou o rosto dele passado diante de Deus, Deus não olha para o Rodrigo, Deus olha para Jesus. A justiça de Cristo é imputada a mim. Eu me torno justo perante Deus. E os meus pecados, Rodrigo? Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Ele é fiel e justo para nos purificar os pecados e nos livrar de toda injustiça. Então,
as vestes de justiça de Cristo, tem uma passagem que você pode ler depois do profeta Zacarias que fala do sacerdote que estava com vestes sujas. Nós temos vestes sujas. Nossa, a nossa justiça, diz Isaías, é trapo de imundícia. Essa expressão no hebraico, trápo de imundícia é pano sujo de sangue, de menstruação. A minha justiça a su não vale nada, mas a justiça de Cristo é colocada em mim e eu aceito essa justiça de acordo com Paulo pela fé. Ponto. Só isso. Então, se eu hoje fui justificado pela fé, se eu morrer hoje, eu morro salvo
em Cristo Jesus. Não tem uma lista de coisas a serem feitas, de modo que se eu cumprir só 50% eu tô perdido. Agora, uma vez justificado, tem uma segunda etapa da minha vida, não da minha salvação, da minha vida, que a minha salvação está na justificação, que eu recebo pela graça mediante a fé. Então, eu sou justo. Eu, Rodrigo, sou justo. E não é nenhuma petulância, nenhuma arrogância. Essa é a segurança do crente. Por que que eu sei que eu sou justo? Porque Jesus é justo e a justiça dele é dada a mim. O apocalipse
fala: "Bem-aventurados aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do cordeiro para que tenham acesso à árvore da vida no paraíso de Deus". Tá certo? Eu recebo a justiça de Cristo e você pode receber hoje também. Ah, Rodrigo, desculpa, você tá aí falando, você não sabe o que que eu sou. Você não sabe o que que eu fiz? Você não sabe que Jesus morreu por você. Ele perdoou Pedro depois de ter negado a Jesus. Paulo foi um camarada que perseguiu a igreja de Deus. No Antigo Testamento, você tem reis como Manassés, terrível, que se arrependeu e
Deus o perdoou. E aí, Rodrigo, uma vez que eu sou salvo, o que que acontece? Aí entra o seu andar com Jesus. Paulo fala que nós passamos a ser crucificados com Cristo. O nosso velho eu vai morrendo. Mas engraçado, Paulo não diz que nós somos guilhotinados com Cristo. Somos crucificados com Cristo. E a morte de cruz não era uma morte instantânea, ela era devagar. Você vai devagar matando a sua velha natureza. E você pode acabar caindo em pecado. Não é o ideal, mas pode acontecer. E se acontecer de você cair em pecado? Eu vou responder
com a Bíblia. Olha o que diz aqui a primeira carta de João quando ele fala do nosso advogado junto ao Pai. Primeira carta de João, ah, capítulo 1, versículo 8. Olha o que João fala para pessoas que já estavam salvas. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos e a verdade não está em nós. Aí aquele versículo que eu já citei, se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Capítulo dois. Meus filhinhos, escrevo-lhes essas coisas para que vocês não pequem.
Mas se alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro. Aqui não é um código 007 que você pode sair pecando a torta e direita. Eu gosto de uma fala do amigo Leandro Quadros que ele fala que existe uma diferença entre o pecador e o pecadeiro. O pecador é aquele que peca porque a natureza humana me leva a pecar. Eu falho, eu cometo erros. Eu posso pecar contra vocês. O pecadeiro é aquele que fica brincando com
a salvação, tá brincando com fogo. E aí Paulo fala sobre o pecado, que embora nós pequemos, está aqui em Romanos, ele fala: "Então vamos continuar pecando para que seja mais abundante a graça de Deus? Pelo contrário, como viveremos ao pecado nós que para ele morremos?" Então, a ideia não é você ficar brincando de pecado todos os dias, mas você pode cair. Lembra a ilustração que eu dei no início sobre a minha fidelidade em relação à Laura e minha fidelidade em relação ao casamento? Para quem não estava no início da live, eu fiz essa comparação. Se
eu não adultero porque eu sou casado, esse é um argumento meio fraco, porque está casado é apenas um estado civil. É um estado civil. Agora, se eu não adultero porque eu amo a Laura, a força é outra. Percebeu a questão? Eu não adultero porque eu amo alguém que eu não quero machucar. Isso é mais forte do que dizer: "Eu não adultero porque eu sou casado". Porque na primeira situação eu estou tendo um pacto com uma ideia, com o estado civil de cartório, papel aceito, tudo. Na segunda, eu estou tendo base num relacionamento. Quando você ama
a Jesus, você não vai ficar transgredindo os mandamentos de Jesus, não porque você tem medo do inferno. Por isso que eu detesto pregações que usam o inferno como moeda de troca para as pessoas irem pro céu. Irmãos, com todo respeito, eu não acho que o caminho é por aí. Ah, pregadores que enfatizam o inferno para convencer a igreja a escolher o céu, estão apelando pro medo. Esses dias eu vi, eu tenho um amigo que as filhinhas dele para imitarem a mãe está colocaram um banquinho no menino também estava lavando o copo ali para ajudar a
mãe. Felizes lavando o copo para ajudar a mãe. Lavando tudo errado. Ela falou, lavou, deixou tudo engordurado, mas ela achou tão bonitinho, os três querendo lavar a louça para ela descansar. Eles a viram lavando a louça e quiseram imitá-la e agradá-la e lavando a louça. Agora vamos imaginar uma outra cena. Aquela mãe que obriga o filho a a lavar a louça e coloca uma correia, uma cinta ali em cima, fala assim: "Lava a louça todinho e eu vou conferir depois, senão vou te lapar tanto que você não vai nem conseguir dormir de tanta dor." Ele
também vai lavar a louça, mas pelo motivo errado. Ele não tá lavando a louça por amor à mãe, ele tá lavando a louça por medo da cinta. Percebeu a diferença dos dois exemplos que eu mostrei para vocês? Perceberam a diferença? Eh, tá dando uma travada aqui, David. Eu não sei se é para você tá tudo tranquilo, né? Se eu vou pro céu porque eu tenho medo de ir pro inferno, não vai dar certo. O céu vai se tornar um inferno, porque eu não estou ali por amor. É como engravidar sem querer ter filhos. É como
estar casado com alguém que você não ama. Você tá ali pela obrigação, mas você não tem prazer nenhum. Então, o inferno não deve ser o que me motiva a ir pro céu. Nem as ruas de ouro é estar com aquele que eu amo, Jesus. E a regra e a lei. Bom, o evangelista João fala e usando Jesus, se me amais, guardareis os meus mandamentos, porque eles não são penosos. Então, como é que funciona a lei, Rodrigo? Deixa eu explicar para você uma coisa. Ninguém, desde Adão até o último ser vivo desse mundo, vai ser salvo
pela guarda da lei. Não tem como. Porque raciocina comigo, se guardar a lei salvasse alguém, não precisava Jesus vir. Aí a pergunta da Denise seria respondida de outra maneira. Deus poderia resolver o problema da humanidade obrigando todo mundo a guardar a lei. Se guardar a lei resolvesse, Jesus não precisava vir. Então, nunca houve um tempo da lei e um tempo da graça. Todo o tempo foi da graça. Como é que Moisés foi salvo? Você acha que Moisés foi salvo? Porque ele guardou a lei? Não. Ninguém pode, ninguém consegue cumprir 100% a lei. Como é que
Josué, Daniel, Oséias, Isaías, como é que esse pessoal foi salvo? pela graça. Mas Jesus não havia vindo ainda. Rodrigo bingo. Lembra o Apocalipse que fala o cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e todos os outros que morreram na dispensação do Antigo Testamento, eles foram salvos pela graça do cordeiro que haveria de vir. E Paulo, João, Rodrigo, Denise, vocês aí somos salvos pela graça do cordeiro que veio. A única diferença entre nós e os que viveram no Antigo Testamento é que eles apontavam o cordeiro que haveria de
vir e nós apontamos o cordeiro que veio. Por isso que hoje nós não precisamos mais sacrificar animais, porque o sacrifício de animais no Antigo Testamento apontavam para o cordeiro que haveria de vir. Lembra o João Batista? Quando Jesus chegou no rio Jordão, ele chegou para dois discípulos e falou: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". E Paulo deixa bem claro e o autor de Hebreus também, provavelmente Paulo, que aqueles, aquelas cerimônias do Antigo Testamento eram as sombras, a representação do que haveria de vir. Cada vez que o sacerdote degolava uma vítima
ali, estava representando o Cristo que haveria de vir. Uma vez que Cristo veio, em linguagem teológica, a gente diz que o tipo cumpriu o antítipo, tá certo? Ou seja, aliás, o antítipo cumpriu o tipo. Eh, o tipo é o Antigo Testamento, o antídoo é aquele que cumpre. não precisa mais, porque aqueles sacrifícios ali do passado era uma forma didática de Deus mostrar para o povo a vinda do Messias e o que custaria o seu sacrifício. Agora, uma vez que ele veio, não preciso mais degolarem mais. Por outro lado, eu tenho uma lei cerimonial a cumprir.
É mesmo, Rodrigo? Uma lei cerimonial não acabou. O que que é a Santa Ceia? Responda para mim. O que que é o batismo senão uma lei cerimonial? Quem viveu na época de Moisés sacrificava o cordeiro. Quem vive no meu tempo toma a Santa Ceia. Sacrificar o cordeiro salvava alguém? Não. Tomar Santa Ceia salva alguém? Também não. Sacrificar o cordeiro apontava simbolicamente para o Cristo que haveria de vir. Tomar a Santa Ceia aponta simbolicamente para o Cristo que veio e voltará. Só isso. Eh, guardar as cerimônias do Antigo Testamento apontavam pro Cristo que vai vir. Circuncidar,
por exemplo, o judeu circuncidava para marcar aquele que haveria de vir. Eu me batizo para marcar aquele que veio e voltará. Aliança do outro era a circuncisão. A mim é o batismo. Mas a circuncisão não salvava. O batismo também não. Então a esse período que você vai caminhar com Jesus guardando os mandamentos dele que não são penosos, é a Bíblia que diz isso, é chamado tecnicamente de santificação. Então anota as palavras que nós estamos usando aí. Eu falei de graça, que é o favor imerecido de Deus. e merecido que nós não merecemos graça. Eu falei
de justificação, que a justiça que compete a Cristo é entregue para nós, porque Cristo nos representa como o homem perfeito. Lembra que Paulo fala: "Porque assim como por um homem veio o pecado e o pecado a morte, assim por um homem veio a salvação". Então, já aprendi o que é graça, já aprendi o que é eh justificação e fé. Agora, na caminhada com Cristo, você aprendeu que é santificação. O famoso pregador eh da Assembleia de Deus, James Wagard, ele falava assim: "Qualquer ensino sobre salvação que não transforme a sua vida, esse não é o ensino
bíblico. Lembra a parábola do bom samaritano? O samaritano salvou o homem caído à beira da estrada, mas o levou para a hospedaria. Não deixou na beira da estrada. Deus não salva você do mundo para deixar você no mundo. Então, para você entender o seguinte, a justificação é Cristo tirando você da lama. A santificação é Cristo tirando a lama de você. Imagine que alguém caiu numa numa areia movediça no meio da lama. Ele tá afundando, afundando, afundando. Ele vai morrer, ele vai morrer. Aí alguém vai lá e joga uma corda para ele e o puxa. Ele
foi salvo ou não? Claro que foi. Ele foi tirado da lama, mas a lama não foi toda tirada dele. Ele ainda tá todo sujo. Aí agora começa o processo de lavagem. Ele foi salvo porque ele foi tirado da lama, mas ele não está completamente limpo porque a lama não foi tirada dele. Esse é o processo da santificação. Cristo te tira da lama justificando você e tira a lama de você santificando você. E quanto tempo demora a santificação, Rodrigo? a vida toda. Você sempre estará aperfeiçoando a sua caminhada com Cristo. Paulo fala: "Prossigo para o alvo,
para a perfeição, não que eu a tenha atingido." E João fala: "Filhinhos, não pequem, por favor, não pequem por amor a Cristo, não pequem. Mas se vocês pecarem, vocês têm um advogado." Lembra mais uma vez a comparação que eu dei da Laura? A minha fidelidade com a Laura está baseada de maneira principal no amor que eu tenho por ela. Agora com o marido, nós estamos completando quase três anos de casado. Eu erro com ela às vezes sem querer. Um dia eu tô esqueço de trazer alguma coisa que ela pediu e eu peço perdão. Agora eu
tenho que cuidar que há pecados que trazem consequência maior. Isso é uma coisa importante dizer também. Há pessoas que pensam que não há pecadinho e pecadão. Já vi algumas pessoas falando para Deus tudo é pecado, não existe diferença de pecado. Existe sim. Olha o que o evangelho de o que a carta de João fala de maneira bem clara aqui. Eh, acho que é Primeira João, capítulo 1, versículo 15. Eu vou ler para vocês aqui. Olha, deixa eu ver se essa passagem aqui que eu quero ler para vocês, que João fala o seguinte: "Eh, há pecados
que são para a morte e sobre esses não digo que é 15." Achei aqui o texto, olha, é João capítulo 15. Ah, não, perdão, tô em Pedro aqui, por isso que eu não tô achando. Eh, eh, João capítulo 5. Vou mostrar para vocês essa passagem de João aqui, olha. Eh, capítulo 5, versículo 13 em diante. Estas coisas escrevi a vocês que creem no nome do filho de Deus para que saibam que tem a vida eterna. E esta é a confiança que temos para com ele. Se pedimos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E sabemos que ele nos ouve quando lhe pedimos, estamos certos de que obteremos os pedidos de que lhe temos feitos. Se alguém vê o seu irmão cometendo pecado que não leva à morte, pedirá. E Deus dará vida a esse irmão. Isto aos que cometerem pecados que não levam à morte. Há pecado que leva à morte. Então, cuidado. Uma coisa é eu cometer um deslize com a Laura, outra coisa eu atentar contra a vida dela. Vocês entenderam? Há pecados que levam à morte. Então, não brinque com sua salvação. Já aprendemos que tem a justificação, a graça,
a fé. e a santificação. E alguém pode falar assim: "Ah, Rodrigo, mas isso eu cometar é erro demais. Quem ama não para para pensar nisso. O amor para mim é a chave". Quando você não ama, você faz por obrigação. Mães que não amam, há casos de mães que não amam e pais que não amam. Tem pai aí que não vale nada. Tem pai que engravida a mulher e cai fora e deixa a mulher sozinha, criando a menina no mundo. Mas o pai que ama mesmo, se eu perguntar para ele assim, você tem coragem de a
agredir severamente o seu filho e provocar o mal nele? Nunca. Em sã consciência, nunca. Só se eu tiver dopado sobre efeito de drogas. Quando você ama, você nem cogita magoar a pessoa que você ama. Então, os mandamentos de Deus não são algo penoso, algo que vai trazer um fardo na sua vida. Lembra que Jesus falou: "O meu julgo é suave e o meu fardo é leve". E olha o que ele diz aqui em Mateus, capítulo 5, versículo 17. Ele diz assim: "Não pensem que vim revogar a lei ou profetas. Eu não vim para revogar, mas
para cumprir. Porque em verdade eu lhes digo, aí alguém fala: "Ah, então se ele cumpriu por mim, eu não preciso cumprir mais nada. Calma, você não precisa cumprir nada para ser salvo. Santo Agostinho tem uma frase no livro Confissões que ele fala o seguinte: "Nada obras para ser salvo, mas tudo de obras para aquele que foi salvo". Anota isso aqui. As obras não são o meio, nem a causa da minha salvação, mas é o resultado dela. Eu não vou fazer caridade para ir pro céu. Mas uma vez que eu fui lavado no sangue do cordeiro,
espera-se que eu faça caridade. Vocês compreenderam? Você não vai amamentar um filho para ser mãe, mas uma vez que você é mãe, espera-se que você amament seu filho, a menos que tem um problema fisiológico que não dê leite. Você não vai cuidar da criança para ser mãe, porque a babá pode cuidar também. Tá vendo qual que é o problema do legalismo? O problema do legalismo é que eu posso cumprir as mesmas obras da lei por motivo errado, para aparecer, para ser santo, para ser fariseu. Repito a comparação que eu fiz. Qualquer um pode cuidar de
uma criança. Uma babá pode cuidar de uma criança. Um estranho pode cuidar de uma criança. Até alguém que raptou uma criança pode cuidar de uma criança. Não tem mulheres que raptam bebês aí na porta de hospital. Nós temos um caso de 50.000 crianças que são raptadas por ano e são um valor muito alto. Aquela mulher que raptou a criança, ela não vale nada, mas durante o momento que a criança está na custódia dela, ela dá de mamar, ela esquenta ali a chuquinha, dá pra criança beber, nina, criança, põe a criança para dormir. Ela cuidou da
criança, mas isso não faz dela uma mulher de caráter, ela raptou a criança. Ela é uma ladra, nem sei que nome dá para uma mulher dessa, mas ela cumpriu obras. Ela deu mamar pra criança, enrolou a criança. Tá vendo que obra não torna você bom? Então, a mãe já faz a mesma coisa, mas não para ser mãe e sim porque ela é mãe. A mãe não embala a criança para se tornar mãe. Ela embala a criança porque ela é mãe. Você não vai amar o seu irmão para se tornar salvo. Você vai amar o seu
irmão porque você foi salvo. Você não vai evitar adorar imagens de escultura para ser salvo. Você não vai adorar imagem de escultura porque você foi salvo. Você não vai adulterar para ser salvo. Você não vai adulterar porque você foi salvo. Você não vai adorar outros deuses diante de Deus para ser salvo. Você não vai adorar outros deuses porque você foi salvo. É diferente. E aí Jesus continua dizendo: "Porque em verdade lhes digo, até que o céu e a terra passem, nenhum i nemum tio jamais passará dali até que tudo se cumpra. O céu e a
terra ainda não passaram. Aquele pois, olha bem, aquele pois que desrespeitar um destes mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado mínimo no reino de Deus. Aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Percebeu? Aquele que menosprezar o menor desses mandamentos e ensinar os homens a fazer o mesmo, é que vai ter problema. Mas eu conclamo a você, não procure fazer os mandamentos de Cristo porque você é membro de uma igreja ou porque você tem medo do inferno. É porque você ama
Jesus e está consciente que o que você faz é um resultado da graça e não uma forma de comprar a salvação. Falta um último elemento para eu terminar a aula de hoje, a glorificação. Você já aprendeu o que que é a justificação pela fé? Já aprendeu o que é graça? Já aprendeu o que é santificação? Lembrando que a santificação dura a vida toda. Agora falta aprender a glorificação. O que é a glorificação? A glorificação será aquele maravilhoso dia, de acordo com o apóstolo Paulo, em que Cristo vier nas nuvens com poder e grande glória para
levar a sua igreja, para levar o seu povo. E Paulo fala que nós seremos transformados no abrir e fechar de olhos ao soar da última trombeta. E o nosso corpo de humilhação será revestido pelo corpo de sua glória. E teremos um corpo semelhante ao corpo de Cristo ressuscitado. Aí nós seremos glorificados, seremos parte daquela multidão de Apocalipse capítulo 7, que estava no mar de vidro diante do trono de Deus, todos de vestes brancas, com palmas de vitória na mão. Ali nunca mais pecaremos. A santificação não será um processo que pode ter altos e baixos, ela
será linear. Não precisaremos mais pedir perdão porque não haverá mais pecado. Não precisaremos mais chorar porque não haverá mais pranto nem dor. Não precisaremos mais fechar os olhos para orar, porque estaremos falando face a face com Deus. Eu termino essa nossa live aqui com um apelo ao seu coração. Aceite a Jesus como seu salvador pessoal. Deixa ele transformar sua vida. Deixe-lhe permitir que a sua graça dê a você o poder que em si mesmo você não tem nem nunca terá. Pare de fazer promessas. Deixe apenas o amor de Cristo entrar no seu coração. E se
você está nesse momento passando por um grande dilema, por uma grande dificuldade, Deus vai estar com você. Apaixone-se por esse livro todos os dias. Todos os dias. Leia a Bíblia. Estude a Bíblia. Muitos vocês disseram que são meus alunos no curso A Bíblia comentada e sabem que tanto no curso como na plataforma eu não quero apenas passar conhecimento teológico. Eu quero passar uma experiência com o autor da vida. Sabe por que que eu tô falando tudo isso? Não é porque eu aprendi na teologia, não. É porque ele me salvou. Ele entrou na minha vida. Ele
me deu a esperança que em mim mesmo não tinha. Ele me permitiu descer as águas do batismo e ressuscitar como nova criatura para o seu reino. O que eu estou fazendo é apenas partilhando com vocês aquilo que de Deus eu recebi, a graça, somente a graça e o perdão dos meus pecados. Que Deus abençoe sua vida. Aceite a Jesus agora como seu salvador. Um grande abraço. Durma com Deus.