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[Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] estamos ao vivo 19 horas em ponto Boa noite a todos boa noite pessoal sejam todos bem-vindos tô muito feliz a minha primeira live com vocês a minha primeira interação com todos vocês eu preparei essa live com muito carinho nessa oficina de sociologia com muito carinho eu Mateus com a equipe aqui do DLX para todos vocês gente então a proposta nessa uma hora que segue a partir desse momento ia
trazer aqui algumas análises alguns pontos importantes da bibliografia da UFPR para a prova de sociologia que vocês vão realizar agora em outubro na primeira fase conforme eu for falando né for trazendo aqui algumas informações algumas discussões vocês podem fazer umas perguntas podem ir tirando as dúvidas provavelmente Já assistiram várias aulas né fizeram as famosas anotações que sempre eu coloco para vocês né não anotem né tirem Não fiquem com dúvidas e hoje é oportunidade Muito obrigado Letícia que você gostou ficou muito grato aí é sempre bastante bom a gente ouvir isso pessoal então os livros que
a UFPR está indicando esse ano eles têm uma sequência então vocês viram lá um toque de clássicos que é um livro paradidático que busca estudar a letra pelo menos analisar as principais contribuições do veber do Durkheim e do Marx que são os pioneiros da sociologia considerado clássicos né Muito embora esse título de clássicos ele não seja digamos assim um título não polêmico né tanto que a gente sabe que muitos outros autores no século XIX discutiram questões sociais questões econômicas e políticas antes do Marx antes do Weber mas não se tornaram clássicos inclusive mulheres né a
gente já tá aí já tô preparando as aulas das pioneiras da sociologia provavelmente pessoal do extensivo já assistiu algumas né muitas mulheres discutiram a mesma coisa que eles e elas não se tornaram clássica S então um título aí que a gente pode questionar Mas independente dessa polêmica gente a Tânia que tandeiro né a que é a professora lá da UFMG com as outras professoras da UFI da UFRJ elas organizaram esse livro com uma proposta porque se a gente pega a obra bruta né a obra a densa do Marques do Weber do Durkheim são textos acadêmicos
são textos que não são nada didáticos são tanto complexos né e elas fizeram ali um exercício de deixá-los mais fáceis ou pelo menos a teoria social desses autores ficar um pouco mais acessível que é uma coisa muito importante diga-se de passagem Seguindo aqui um toque de clássicos a federal também Cobra esse ano a françonon racismo e cultura que não é um livro do Francis fala não é um discurso que ele proferiu no ano de 1956 em Paris no encontro de escritores negros e o fá não é bastante interessante Porque ele é o autor que não
é europeu que não é branco ele é da colônia ele é da ilha da Martinica não que a UFPR não tinha não tenha já cobrado esses temas relacionados a questões se a gente pegar os vestibulares anteriores sempre tem aí esse tema né um ano tem outro ano não né mas era lá o Antony guidens né era um autores da Inglaterra ou da França o bourdieu também já discutiu essas questões o fanor é interessante justamente porque ele é um cara com propriedade né que entra naquilo que hoje a gente entende Lembrando que na época não existia
esse termo né falou escreve seus textos ali no entre o final dos anos 50 meados 2:50 início dos 60 ele morre em 1961 né gente mas o que hoje a gente chama de lugar ele fala tanto que o ano passado caiu lá o livro da Jamila Ribeiro né mas não havia não existia esse nome na época porque o lugar de fala quem é tem maior propriedade para falar de racismo do que uma pessoa que vivenciou né no caso aí eu falo não ele venceu isso né vindo da colônia sendo um homem negro né ele presenciou
todos esses processos e esse discurso dele é bastante Claro inclusive quando ele fala que o racismo ele não é natural ele é construído e ele precisa ser compreendido dentro de um fator dentro de um processo histórico dando sequência né Vamos lá para o Darcy Ribeiro é um autor bem legal também é uma sequência que a gente sai lá da teoria pós Colonial dos estudos pós-coloniais da discussão sobre racismo com fanom e a gente vem para o Brasil com o livro O povo brasileiro de Darcy Ribeiro que não é o livro todo inclusive né gente é
a segunda parte os três últimos capítulos formação sociocultural quando Darci Ribeiro ele vai discutir a origem né do que hoje a gente chama Brasil Por que que o Brasil ele tem essas características Porque que o povo brasileiro possui essas características né E a gente tem que pensar a questão da desigualdade social a questão da violência né A questão até da corrupção porque não né isso tem uma explicação e é uma explicação histórica o povo brasileiro é um livro que o Darci Ribeiro levou 30 anos para produzir então é um trabalho de uma vida praticamente e
quando ele discute a formação sócio cultural ele vai buscar as raízes né do que hoje a gente entende por Brasil e povo brasileiro ou cultura brasileira né Muito embora seja complicado pensar cultura brasileira no singular dentro de um país tão grande fechando as bibliografias a gente tem lá uma obra fantástica né que eu já tô aqui produzindo as aulas algumas semanas as pioneiras da Sociologia a de duas professoras do Rio de Janeiro a Verônica Daflon e a Luna Ribeiro Campos que organizaram esse livro com 12 capítulos que questionou uma questão Por que que as mulheres
elas são excluídas da história porque que as mulheres elas são excluídas do cânone e conhecimento científico literário enfim sociológico filosófico antropológico Será que elas não produziram nada será que elas não escreveram nada de relevante na verdade escreveram e produziram sim muita coisa A grande questão é que elas foram excluídas do que hoje a gente entende por cano ele primeiro por serem mulheres né Lembrando que até início do século 20 meados do século 20 lugar social das mulheres era casa era o casamento era a família era impensável digamos entre aspas eu não gosto dessa palavra mas
uma natureza feminina dentro de Fora desses espaços porque a vida pública ela era dos homens né O que seria a vida pública política né as Universidades do conhecimento formal mesmo saber e que não era considerado um espaço de mulheres mas não que isso tem impedido de muitas mulheres têm um quebrado os tabus de sua época e produzindo muita coisa de uma forma até Marginal clandestina né mas produziram textos trabalhos significativos tal qual por exemplo Weber Durkheim né só que a grande questão que elas não foram consideradas parte desse cânone do conhecimento né E esse livro
As pioneiras da sociologia Ela traz um livro que traz um resgate histórico de figuras interessantíssimas do século 18 e 19 tanto que tem lá o subtítulo mulheres escritoras do século 18 e 19 exemplo é a Mary Road Craft né que é considerada a pioneira do feminismo surf né nos Estados Unidos que tem uma simbologia muito grande no movimento negro principalmente das mulheres negras mulheres escravizadas né e segregados dentre outras mulheres né que estão presentes nesse ao longo desses 12 capítulos Então pessoal boa noite a todos que estão chegando agora né Simone que chegou agora Letícia
já cumprimentei eu quero dar início então trazendo algumas questões né do livro Um Toque de clássicos das professoras lá da UFMG da UFRJ e é muito difícil a gente pensar nas origens da sociologia sem antes a gente fazer uma análise histórica do final do século 18 e o início do século XIX que é o nascimento da modernidade né então o que que a gente pode entender por modernidade o que que essa palavra essa palavra modernidade ela parece bastante eu não diria só na sociologia mas na ciências humanas como um todo quando se fala em modernidade
nós estamos falando da consolidação do capitalismo quando há consolidação do capitalismo pessoal a partir da Revolução Industrial Ah Mateus mas o capitalismo ele é muito mais antigo que o século 18 de Fato né se a gente pega e a história do capitalismo desde o final da idade média desde o século 14 a gente já tem ali algumas fases né o capitalismo comercial a que começa ainda no final da idade média daí aquela segunda fase que é da expansão ultramarina no século XVI com a conquista da América com o início da colonização da América principalmente pelos
ibéricos né os portugueses e os espanhóis e aí a gente chega a fase do século 18 que é a fase da consolidação do capitalismo que é o capitalismo industrial que quando esse sistema econômico ele se torna Global ele se torna Universal Porque a partir do século 18 não é não seriam ali só os países ibéricos né que já eram colonialistas desde o século 16 aí no século 18 a gente já tem o império britânico a França e mais tarde no final do século 19 a Alemanha a Itália que se tornam potências imperialistas e que vão
buscar conquistar poder e hegemonia na África na Ásia né no Caribe todos os cantos do mundo então o capitalismo ele se torna global e o imperialismo também né como uma consequência desse capitalismo industrial Porque afinal a Europa vai buscar mercados consumidores e também né a matéria-prima para sua indústria e é claro que esse processo da consolidação do capitalismo ele vai mudar toda a estrutura social da Europa porque a população europeia pessoal até o século 18 Até final do século 18 ela era muito mais Rural do que Urbana então 70% dos europeus vivia no campo da
agricultura da propriedade o que que vai acontecer aí a partir do final do século 18 essa população camponesa lá vai ser expulsa de suas terras isso começa na Inglaterra com lá o cercamentos Né o capitalismo ele chega primeiro no campo depois na cidade então propriedades que eram como nós onde as pessoas viviam da subsistência essas propriedades vão ser vendidas o estado vai desapropriar e vai vender para o proprietários privados camponeses pobres são expulsos e suas terras muito sem alternativa vamos migrar para estudar e na cidade vão ser mão de obra para as primeiras fábricas né
várias primeiras indústrias que no caso da Inglaterra né vão se localizar principalmente em Londres e Manchester que são os dois grandes polos industriais essa migração para a cidade isso acontece primeiro na Inglaterra mas depois se expande para França para os países baixos para Alemanha né conforme aí a Revolução Industrial ela vai acontecendo só que a vida na cidade ela não é a mesma do Campo né em primeiro lugar que na cidade não tem emprego para todo mundo né Então essa mão de obra ela vai ser usada em partes mas digamos o desemprego vai se tornar
algo comum também e na cidade muitas pessoas assim emprego vão alimentar algo que sempre existiu na história humana o que sempre existiu na história humana a gente a pobreza a pobreza não é uma invenção do capitalismo né ela sempre existiu só que a partir do século 18 e 19 com a migração em massa para os grandes centros urbanos a pobreza vai ficar mais visível Então a gente tem uma visibilidade da pobreza Londres e Paris por exemplo as grandes capitais europeias que crescem ABS da passagem do século 18 por 19 e ao longo do século XIX
além da pobreza o aumento da violência também né uma coisa acaba levando a outra e isso traz algumas preocupações para os governos para os Estados na época e é claro para os intelectuais também né porque se a gente pega a intelectualidade ali até o início do século 19 a gente não tinha por exemplo a sociologia sociologia é uma não existia ainda como uma disciplina né diga-se de passagem até ao longo do século 19 que todos os saberes eles vão se consolidar né Essa divisão de áreas de conhecimento que a gente tem hoje ciências exatas ciências
naturais linguagem ciências humanas cada um na sua na sua caixinha no seu quadradinho isso é fruto do século 19 a dos saberes eles são divididos eles são compartimentados onde as Universidades fundam os seus departamentos né então é nesse contexto que surge a sociologia Mas por que que a Sociologia ela vai surgir Nesse contexto porque a intelectualidade da época os filósofos da época eles não estavam mais dando conta de entender as mudanças que a sociedade europeia estava passando que a Europa estava passando e essas mudanças né era ali o aumento expressivo das cidades era ali uma
hiper urbanização e todos esses problemas causados por uma urbanização não planejada a pobreza a violência né E é claro os conflitos sociais que hoje a gente entende por conflitos sociais e que não possuía esse nome na época né E esses conflitos Eles já começam muito cedo né década de 1810 na Inglaterra já havia lá o movimento dos quebradores de máquina né os ludistas que buscavam né culpado pelo pela sua pobreza pela falta de uma vida digna pelo desemprego muitas vezes e aí o neto Lude reuniu Várias Vários trabalhadores né alguns milhares e trabalhadores para quebrar
as máquinas ali de algumas regiões da Inglaterra só que o problema que não era a máquina ocupado do desemprego da pobreza né gente veja que essa questão do que o Marx mais tarde vai chamar de consciência de classe não é algo que acontece do dia para noite né isso década de 1810 já temos conflitos aí e esses conflitos eles só vão aumentando conforme aí o século XIX vai avançando década de 1830 as primeiras reivindicações por melhores condições de trabalho década de 1840 né as primeiras greves os primeiros motins já também os primeiros partidos Operários né
primeiros partidos socialistas então a intelectualidade vai buscar entender isso mas vai buscar entender isso de que maneira de que maneira buscando estudar esse fenômeno estudar compreender o que hoje a gente entende por sociedade até a palavra sociedade é uma palavra muito recente a gente acha que é uma palavra antiga não é sociedade vem justamente da sociologia aqui quando se torna disciplina busca entender esses processos a formação desses processos a sociedade ela é muito mais complexa do que simples ela é muito mais conflituosa do que simples né porque ela tem uma diversidade de indivíduos que são
extremamente diferentes e vivem numa perspectiva muito diferente principalmente em relação à classe social né porque sociedade são desiguais mas existem também a diferença na perspectiva de gênero né como a gente viu aqui ela tava falando das pioneiras da sociologia e também é as diferenças étnico-raciais né Então essa Tríade raça classe gênero né gente sempre vai acompanhar quando a sociologia o estudo da sociedade né como um todo A Ana tá perguntando Tem algum filme para recomendar sobre o assunto tem vários né o cinema produziu muita coisa ou para quem gosta de um filme clássico né Tem
lá os tempos modernos do Charlie Chaplin que tá a imagem aqui para vocês né só que esse é mais antigo a Terra Fria né Terra Fria é um filme bem interessante que se passa ali no século 19 a sufragistas as condições de trabalho das mulheres operárias nas fábricas na Inglaterra na passagem do século 19 por 20 e tem um filme francês também para quem gosta de um filme aí Cult né que se chama Dance da e NS que a história de um padre belga ali da década de 1890 né que se revolta contra as condições
de trabalho que os operários franceses Belgas e franceses tinham ali nas tecelagens nas fábricas né dentre outros filmes né fica falando de filme para vocês aqui tem uma lista enorme sobre essa época certo Então veja a sociologia então ela vai buscar entender essa modernidade ela vai buscar entender esses fenômenos sociais econômicos políticos que a Revolução Industrial ela vai trazer e é justamente a partir daí a partir de então é que a Sociologia não só se torna uma disciplina mas ela passa a ser estudada sobre várias perspectivas e quando eu falo de perspectivas aqui é interessante
o seguinte a gente na ciências humanas não há uma verdade absoluta nas ciências humanas não há o certo e o errado bom e o ruim ah tal autor é que é certo outro autor é errado né esse cara é isso aquele outro eu prefiro esse porque eu não gosto daquele é óbvio que a gente tem as nossas preferências óbvio que alguns autores a gente gosta mais e outros menos vocês acham que eu gosto de todos os autores que eu leio que eu estudo Óbvio que não né mas mesmo para criticar né a gente precisa conhecer
e dentro da Sociologia a gente tem uma análise muito diferente dessa modernidade se a gente pega esses três porquinhos aqui essa Tríade cada um estudou a modernidade de uma forma muito diversa o Durkheim por exemplo fez uma análise extremamente conservadora conservadora mesmo do mundo moderno das relações sociais das instituições o verber ele foi extremamente pessimista em relação a política a economia né a própria sociedade como ela funciona em si e o Marx ele buscou fazer uma crítica profunda ao capitalismo aos antagonismo né antagonismos as diferenças de classe a concentração de poder sobre uma classe em
comparação a outra e Claro todas as consequências também do capitalismo industrial né então vejam são análises diversas são pontos de vistas diversos alguns buscaram até fazer uma previsão de futuro né o Marcos por exemplo ele se arriscou nisso por exemplo vai chegar o momento que a classe trabalhadora ela vai criar consciência que ela é dominada ela vai acabar com essa dominação de classe no futuro teremos uma sociedade em tese sem classes a gente tá esperando até hoje se a sociedade sem classe Ela não ela caber naquela não aconteceu é claro que todos os três Eles
são passíveis de crítica mesmo porque eles são homens de seu tempo eles são frutos de sua época a gente nunca pode esquecer disso mas ao mesmo tempo que eles são frutos de sua época homens e seu tempo tudo que eles discutiram lá atrás ainda é importante hoje porque se vocês pegarem o sociólogos atuais né os intelectuais agora do Século 21 sempre vão estar Citando os clássicos para falar de algum tema por exemplo como que eu vou falar de educação como que eu vou discutir religião a muitas vezes socialização instituições sem falar do Durkheim foi o
pioneiro no estudo desses processos ele foi o pioneiro nessas análises como que eu vou falar de política do estado né de leis sem falar do Viber é uma autoridade ali na Ciências Sociais dentro dessas discussões como que eu vou falar de desigualdade social e dominação de classe a exploração da mão de obra sem falar do Marx né Afinal a pobreza continua existindo né aliás nunca esteve tão alta no mundo todo Então veja o quanto que os clássicos eles são ainda contemporâneos a partir é claro partindo do preço oposto que eles são frutos de sua época
né eles são frutos aí do seu momento histórico certo e aí eu quero que trazer o Durkheim para vocês né o Durkheim é como eu disse dos três ele é o mais conservador primeiro porque ele tem uma influência muito grande do Coach né do positivismo que aquela visão calcada na ordem no progresso né uma sociedade ela não evolui ela não se desenvolve ela não caminha para o progresso sem ordem né Essa ordem muitas vezes ela pode ser Ela deve ser né uma ordem estatal calcada nas leis na Norma o Durkheim ele teve outras influências também
porque ele era um médico antes de ser sociólogo ele era um médico ele era da área da saúde então ele tem uma influência grande da biologia ciências naturais como um todo ele era leitor do Darwin né das teorias evolucionistas ali do século 19 e para o Durkheim cada indivíduo dentro da sociedade Tem uma função uma função pré-determinada a partir do lugar que ele ocupa né então o durk ele vai fazer um grande estudo das instituições sociais do nosso processo de socialização E aí cai naquilo pessoal o que é o ser humano em sua relação com
a sociedade O que é o indivíduo em sua relação com a sociedade será que é a maneira como nós vivemos Como Nós pensamos como nós trabalhamos como nós Compartilhamos de certa maneira as nossas experiências com outros será que isso é natural é dado ou é construído muitas vezes a gente não entende o que que é construção social Mas será que o ser humano ele já nasce pronto e acabado quando ele vem ao mundo não né Ele é socializado por várias instituições desde a infância começa pela família depois a escola muitas vezes a religião o estado
com toda certeza a sociedade toda é normativa tem instituições com normas próprias e todos nós da infância até a fase adulta nós passamos por todas essas instituições então Família escola igreja estado somos socializados recebemos normas que vem de cima para baixo e ninguém consegue fugir disso né A não ser que a gente viva e numa ilha deserta fora da sociedade O que é meio difícil né que a gente nasce e cresce em algum lugar e vai receber as referências as influências desse meio então para uma sociedade funcionar bem né para ver o mínimo possível de
conflito que que o indivíduo tem que fazer ele tem que atender as expectativas sociais né as expectativas ali que a sociedade espera dele que as instituições esperam desse indivíduo nós somos gente um organismo vivo que que é a sociedade produz carne é um organismo vivo é assim como os órgãos Tem uma função do corpo humano para o corpo funcionar né Nós também somos os órgãos desse grande organismo que é a sociedade para a sociedade funcionar nós cumprimos ali as nossas funções os nossos papéis sociais veja aí a comparação que ele faz né entre o biológico
e o social por isso que a Sociologia Doutor Caio é funcionalista que remete a função a norma a expectativa social é tanto que tem aqui um desenho que eu adoro né aqui a gente tem o indivíduo bonequinho nós todos nós que vivemos em sociedade e as expectativas sociais que vem de cima que vem de cima para baixo é que a gente tem que atender essas expectativas sociais essas normas sociais ele chama de fato social né fato social então é tudo aquilo que é aprendido ao longo do nosso processo de socialização e colocado em prática nas
relações cotidianas todos os indivíduos se encaixam esse fato social todos os indivíduos se encaixam essas normas sociais não ele tinha essa consciência tanto que ao mesmo tempo que ele estuda essas expectativas essas normas né ele vai buscar também entender o indivíduo desviante marginalizado que não se encaixa aquilo que a sociedade impõe o indivíduo patológico né tanto que existe o fato social normal e o fato social anônimo ou patológico um indivíduo que se desvia das expectativas certo vejam que interessante a proposta do Durkheim na Instituição socialização expectativas sociais tudo que todos nós vivemos até hoje então
se a gente sai aqui do fato social do Durkheim a gente caminha para o Weber a gente vai ter outra visão né O Weber já é uma Sociologia Compreensiva que que seria Sociologia Compreensiva ele vai dizer o seguinte existem as expectativas sociais sim a sociedade inteira normativa ela é mas não necessariamente que o indivíduo ele cumpra todas essas expectativas e ele se encaixam a todas as essas expectativas sociais mesmo que ele se encaixe essas expectativas sociais ele faz isso a sua maneira né Ele atende da sua maneira que que ele vai o que que ele
quer dizer com isso gente quando ele fala do indivíduo e da sociedade a gente viu Endor cai que tudo vem de cima para baixo então o Durkheim tá preocupado com as instituições ele tá preocupado com as normas com as estruturas o Weber não o foco dele é o indivíduo então ele vai para o comportamento individual né então dentro da sociedade existem vários grupos Vamos pensar aí os grupos religiosos os grupos políticos né se a gente pensa algumas instituições como a família por exemplo dá para dizer que a família é uma coisa só existe aí uma
heterogeneidade bastante significativa e será que os indivíduos que estão dentro dos grupos sociais Será que por estarem dentro dos grupos sociais Lembrando que cada grupo social tem uma característica própria né as religiões têm uma característica própria o estado a política tem uma característica própria as famílias tem características próprias Será que por os grupos terem características próprias os indivíduos que estão ali dentro que fazem parte desses grupos Será que todos se comportam da mesma maneira da mesma forma só porque estão dentro dos grupos sociais só porque compartilham das Visões de mundo e das práticas desses grupos
sociais o Weber vai dizer que não né eu vou dar um exemplo bem claro para vocês até tentadora a gente generalizar os indivíduos nas suas relações com a sociedade né quando eu afirmo que todo político é corrupto por exemplo né Isso é bem senso comum né Isso está aí na língua do Povo será que isso condiz com a realidade pessoal Será que de fato eu posso fazer essa afirmação sem colocar Nenhuma Dúvida respeito não né óbvio que uma parcela é corrupta Com toda certeza assim mas eu não posso generalizar né Nem todos são Existem algumas
exceções vou fazer outra afirmação para vocês Será que todos os religiosos São conservadores né Outra afirmação equivocada é claro que uma parcela é mas será que eu posso colocar todo um grupo e todos os indivíduos que estão dentro desse grupo dentro de uma mesma característica aí a gente entra no outro perigo né no outro problema Então veja quando ele vai estudar as relações sociais Ele tá preocupado em entender o comportamento do indivíduo dentro das instituições o comportamento do indivíduo dentro dos grupos né por isso Sociologia Compreensiva é diferente daquela visão do Durkheim do fato social
que a norma ela vem de cima para baixo né que a gente socializado num processo fechado não necessariamente para o Weber então a compreensão a ação social né Como que o indivíduo ele age na sociedade na estrutura social é a grande preocupação dele tanto que ele divide as ações sociais lá em vários tipos né ação tradicional ação afetiva ação de valores e ação de fins né Nós temos vários tipos e Ação Social o foco do verbo é o sujeito né não necessariamente a estrutura social como é o caso lá do mar E falando em Marx
né gente que que é a modernidade para o Marx né a modernidade para o Marcos é a contradição né Muito difícil a gente pensar a modernidade fora da contradição qual contradição específico a contradição capitalista e aliás falando em capitalismo o único clássico da sociologia que se aprofundou de uma maneira mais Ampla aí né mais profunda Nessas questões econômicas foi o Marx não que o Weber não tenha discutido né ele tem um livro chamado economi sociedade o Viber foi um grande analista da política também do Estado mas nas questões econômicas O Marcos foi mais a fundo
né com grandes obras Como por exemplo o capital né o capital se a gente não entender um pouquinho de Economia a gente não entende absolutamente nada Por que que é a contradição a modernidade porque a modernidade ela prometeu muita coisa né Qual que é o lema da modernidade vamos recuperar isso o lema da modernidade vem do Iluminismo e da Revolução Francesa né Qual que é o lema da revolução francesa a liberdade a igualdade e A fraternidade igualdade Fraternidade para quem a gente nunca pode esquecer que a Revolução Francesa ela foi uma revolução burguesa Então quem
levou a Revolução Francesa a cabo foi a burguesia francesa que queria se livrar lá do absolutismo e queria se livrar lá né da dos privilégios da nobreza do clero né tanto que a Revolução Francesa ela acaba com todos esses privilégios é claro que né a burguesia francesa vai fazer um uso bastante interessante da insatisfação Popular também com a monarquia naquele momento só que aí entra uma grande contradição porque a Revolução Francesa ela promete tudo isso a gente tem lá declaração os Direitos do Homem e do Cidadão a partir de 1789 na França só que ao
mesmo tempo que a modernidade promete essa emancipação do sujeito promete ali o progresso A fraternidade ela não cumpre absolutamente nada né existem alguns sociólogos que dizem que a modernidade morreu ao mesmo tempo que ela nasceu ela promete muita coisa e ela não cumpre quase nada porque no lugar de tanta promessa O que que a gente tem a gente tem um mundo bastante desigual a gente tem uma sociedade conflituosa a gente tem um aumento significativo da pobreza da violência nos grandes centros urbanos e a partir do século XIX né um fenômeno que não havia que são
as massas urbanas insatisfeitas entregues ali a fome é uma vida pautérrima né tem até uma música da Ana Carolina que é uma cantora de MPB que eu gosto muito né A que se chama nada te faltará lembrando lá uma citação bíblica inclusive né como que pessoas que vivem no pau da miséria né com o mínimo do mínimo que sobrevivem que vegetam nesse mundo existem milhões até hoje né como que a gente pode pensar em igualdade e fraternidade todo mundo igual isso dá uma balela né então o Marques ele todos os clássicos ele se aprofundou nisso
E aí ele vai buscar as raízes de tudo isso desde que o mundo é mundo né com um conceito muito importante no Marx que é luta de classes então a luta de classes ela existe para o Marx tá pessoal desde o início das primeiras civilizações e é o que ele vai discutir lá no capital né o modo de produção antigo medieval e moderno sempre houve classe do e sempre houve ali classe dominada A grande questão é que a classe dominada a base né que está embaixo a partir do momento que ela cria consciência em tese
um dia ela vai criar consciência que ela é dominada ela se torna uma força revolucionária que ave que Maria quem está por cima que seria super estrutura classe dominante e acabando com a classe dominante com a consciência de classe seria possível no futuro uma sociedade sem classes então lembrando lá a modernidade para o Marcos é constituída pela contradição então Durkheim instituições sociais socialização a norma E a expectativa social né que ele chama de fato social o verbo era compreensão a relação do indivíduo com a sociedade mas pensando o indivíduo específico né a maneira de agir
do indivíduo e o Marx com a contradição que se faz claro que na modernidade pelo capitalismo né mas ao longo da história por meio da luta de classes então a base de um toque de clássico gente é essa discussão que as professoras da UFMG lá da UFRJ vão fazer né de uma maneira muito sucinta né bastante Clara né um texto bastante fácil da gente compreender vocês tem alguma pergunta sobre um toque de clássico gente se vocês quiserem colocar no chat aí estejam à vontade enquanto eu avanço na discussão essa eu vou tomar uma aguinha aqui
rapidinho para a gente ir para o Franz tudo certo Letícia Francos Não eu nem vou me estender muito porque primeiro que é um texto curto né tenho que ter 30 35 páginas o texto do Farol Não é um texto acadêmico né é um discurso que ele proferiu lá no encontro de escritores negros em Paris em 1956 racismo e cultura porque porque a cultura determina muita coisa assim como a história determina muita coisa para o fanor a gente Lembrando que o fanor ele era da Elite Colonial da Martinica né o pai dele trabalhava para o governo
francês então ele tinha condições econômicas bem significativas tá porque Ele estudou lá na sobônia né que a principal Universidade da França Mas mesmo tendo condição Econômica mesmo sendo rico né isso não impediu que ele sofresse ali vários momentos bem problemáticos de racismo e de exclusão tanto que é quando ele chega na França quando ele chega em Paris é que ele descobre que ele não era um francês que ele era um homem da colônia e é a primeira vez na vida dele que ele sofre o racismo porque lá na Martinica ele não sabia o que era
isso né Então essa experiência vivida marcou muito o farol tanto que ele diz o seguinte para os homens e as mulheres negras nunca esqueçam as suas origens independente da condição social porque o ter poder econômico né não impede de você sofrer processos de exclusão processos discriminatórios mais cedo ou mais tarde você vai descobrir isso e essa experiência vivida faz ele estudar buscar as origens do que a gente entende por racismo é o racismo ele não é natural né Ele é construído historicamente ele é datado historicamente a partir da expansão europeia pelo mundo daí aquela coisa
que eu falei nas aulas gravadas para vocês pessoal uma coisa é o etnocentrismo uma coisa é o racismo etnocentrismo é o preconceito cultural né hoje por exemplo se exemplifica na xenofobia né xenofobia é o preconceito contra culturas diferentes isso sempre existiu desde que o mundo é mundo né Se vocês pegarem os textos do Aristóteles do Platão lá da antiguidade o que que eles falavam dos persas dos egípcios que eram povos bárbaros selvagens Imagina os egípcios bárbaros os gregos achavam que era né os romanos falavam a mesma coisa dos germânicos que eram Bárbaros os cristãos medievais
falavam a mesma coisa dos árabes porque não eram cristãos eram infiéis eram bárbaros então etnocentrismo desde que o mundo é Mundo Existe que é diferente de racismo porque o racismo ele é datado da expansão ultramarina e da Conquista Colonial a partir do momento que os europeus ele saíram da Europa e conquistaram a América a África a Ásia e a Oceania além do preconceito cultural além do etnocentrismo eles vão classificar os seres humanos também pela cor da pele então o racismo é um plus a mais é algo a mais que soma-se ao etnocentrismo Então os indivíduos
passam a ser classificados pela cor da sua pele ou seja se são brancos ou não são brancos os portugueses quando chegaram aqui no Brasil como que eles chamavam os indígenas os Tupinambás que habitavam o litoral brasileiro de negros da terra né não éramos negros africanos que ele já tinham contato né mas aqui Ícaro chamado de negros da terra então aí a cor da pele né o filtro de cor né o divisor de cor que entra ali nos processos de exclusão então o racismo ele é inventado ele é criado a partir da expansão ocidental a expansão
Colonial pelo mundo e vai trazer várias consequências né pessoal tanto que no século 18 e 19 existe lá ele vai falar isso no texto né as pseudociências uma pseudociência que vai criar lá teorias raciais a teorias racistas mesmo né teorias absurdas para os dias de hoje século 18 e 19 a gente havia um médicos que comparavam crânios corpos para tentar provar que as teorias bizarras né de superioridade dos brancos em relação aos negros zoológicos humanos então aldeias inteiras eram tiradas lá da África da aqui do Caribe né aqui da América Latina e levados para exposição
em Paris em Londres verdadeiro zoológicos humanos né da mesma maneira que a gente vai ver os bichinhos lá no zoológico se fazia com pessoas e essa prática era muito comum até a década de 50 do século 20 né Então essa isso é impensável é abominável para os dias de hoje mas isso era coisa mais comum do mundo no século 18 e 19 que é o auge das teorias raciais da Eugenia né E até a própria palavra genocídio é algo interessante da gente questionar né porque a gente fala muito em genocídio o que que é a
primeira coisa que vem na cabeça o holocausto nazista né A primeira coisa que vem na nossa mente não que não tenha sido né gente enfim que nunca mais aconteça ela foi um absurdo dos Absurdos mas já havia genocídio muito antes que que foi o que aconteceu aqui com os índios na América por exemplo não foi genocídio o que aconteceu na África nas colônias britânicas francesas o Congo belga né Eu até mostrei uma imagem para vocês do Congo belga de uma criança dentro de uma gaiola aquilo lá não foi genocídio né é interessante o quanto que
o próprio conhecimento ele é racista né Ele é racializado só se considera genocídio a partir do momento que ele acontece na Europa porque fora da Europa nunca foi considerada não diria aqui no racismo e cultura mas em Pele Negra Máscaras Brancas em outros livros dele ele vai até fazer uma análise disso né o quanto que o conhecimento ele é colonizado também e o facão ele entra né na teoria pós Colonial que que a teoria pós Colonial é um dos autores de uma gama de vários outros autores são escritores são filósofos sociólogos críticos literários da índia
da África do Sul do oriente médio do Caribe da América Latina que passam a contar a sua própria história discutir a sua própria cultura algo que antes só os europeus falavam né Aliás o que que a gente sabe sobre África Oriente Médio Ásia senão que os ingleses e os franceses falaram né então eu colonizador falando colonizado o fá não ele entra aqui na teoria pós Colonial que é o colonizado falando de si mesmo né é o lugar ele fala certo gente a Ana tá dizendo eu sinto que os textos de filosofia se encontram bastante com
os de sociologia e se encontra o mesmo né assim é digamos eles são textos irmãos muito embora a filosofia seja outra disciplina e a proposta seja diferente é mas os temas alguns temas né se aproximam bastante sim pode ter certeza que o que você sentiu é bastante coerente Ok gente outro autor importante aqui a discutirmos né é o querido Darci Ribeiro o Darci Ribeiro ele é considerado um ele tá no nosso cano nesse sociológico e antropológico no Brasil né Ele é um grande intelectual brasileiro e ele não foi só sociólogo e antropólogo ele foi um
indigenista ele foi um grande defensor da causa indígena tanto que o Parque Nacional do Xingu foi criado pelo Darci Ribeiro ele foi um educador também foi ministro da educação do JK nos anos 50 foi o criador da Universidade de Brasília da UnB defendeu uma educação popular igualitária para todos o que que se resolveria inclusive grandes problemas do Brasil né como não acabar totalmente mas pelo menos diminuir a desigualdade social instruiu o povo tem que destruir as pessoas tem que dar oportunidade para as pessoas estudarem para ela se tornarem esclarecidas para elas poderem ter uma vida
digna né então ele foi aí um defensor da educação nada avança no país sem a educação e é claro que foi um político brasileiro também né ele morreu em 1997 os últimos anos da vida dele ele foi Senador da República responsável inclusive foi um dos criadores da lei de diretrizes e bases da Educação Nacional ele teve ali a bandeira dele no Congresso era essa a educação e na obra sociológica dele tem muita coisa né Gente ele tem aí tanto textos e antropologia como na sociologia também esse livro que é Federal está o povo brasileiro é
um livro que ele levou 30 anos para escrever ele começa nos anos 60 ele tem que interromper essas pesquisas durante aí Alguns períodos Porque durante a ditadura ele teve que sair do país né assim como outros intelectuais ele foi convidado a se retirar ele se exila no Chile depois no peru ele passa por vários países da América Latina e ele dá continuidade a esse trabalho aí quando ele retorna ao Brasil nos anos 80 né a partir da redemocratização o Darci Ribeiro já entendeu ele não tá falando sozinho ele tá dialogando com muitos autores de sua
época contemporâneos a ele Lembrando que ele foi muito influenciado pelo seu orientador na Universidade de São Paulo na USP o florestano Fernandes né o floresta Fernandes é que orienta o Darci e o floresta Fernandes ele era marxista E é claro que também o Darci tá dialogando com o Sérgio Buarque de Holanda e com o Gilberto Freyre só que com o Sérgio Buarque de Holanda e com Gilberto Freire ele é um opositor né Qual que é a palavra que muitas pessoas usam Hoje ele é um Hater né Ele é um Hater do Gilberto freyredo do Sérgio
Buarque de Holanda porque o Gilberto Freire ele parte do pressuposto que o Brasil é uma democracia racial ele vai dizer isso lá no livro Casagrande senzala porque o Brasil ao contrário dos Estados Unidos aqui nunca houve segregação racial por exemplo leis segregavam brancos e negros isso não aconteceu aqui no Brasil depois da abolição da escravatura mas não que isso não faça do Brasil racista né ao contrário o Brasil ele tem um racismo velado daí o que que o Darci Ribeiro ele vai dizer né da onde que o Brasil é uma democracia racial né só a
gente analisar e a condição de vida da população negra que a gente já percebe que essa tese Ela é bem complicadinha é então ele tá ali dialogando com esses clássicos da nossa Sociologia na formação sociocultural do Brasil ele vai fazer uma análise que é uma parte do livro O povo brasileiro né os três últimos capítulos ele vai fazer uma análise da colônia ou seja do início do Brasil até o século 20 até o final do século 20 ele morre ele nos anos 90 até ali o tempo presente dele que foi os seus últimos anos de
vida então O que explica o Brasil se é um país tão problemático dentro de várias esferas né gente social cultural política o que que explica o Brasil se é um país tão violento com uma pobreza tão extrema de um lado e com uma hiper concentração de renda por outro e aí também a questão da corrupção né ele vai buscar as raízes disso E é claro que a história tá aí para explicar né a nossa formação sociocultural ela foi extremamente violenta né o que esperar de um país que teve quatro séculos de escravidão onde o escravo
era considerado coisa era considerado uma mercadoria o que esperado no país onde uma elite Econômica se forjou por meio do latifúndio né a grande propriedade monocultora e essa Elite Econômica ela sempre esteve ligada à Europa a Metrópole né ao centro do capitalismo nunca aí ao Brasil em si né que esperar de um país né onde eu trabalho ele foi forjado na mentalidade da Casa Grande da Senzala isso reflete até hoje E aí a gente tem que pensar a gente tem que problematizar nossa própria Elite né Eu quero fazer uma ponte aqui do Darci Ribeiro como
sociólogo contemporâneo que é o Gessé Souza não sei se você já ouviram falar de Jessé Souza ele tem vários livros publicados a elite do atraso a classe média no espelho né o problema do Brasil é Nossa Elite Por que que é a nossa Ilha porque a nossa Elite ela tem uma mentalidade Colonial ela tem uma mentalidade da Casa Grande Senzala ela tem uma mentalidade que parou lá no século 18 né não foi para frente né que concentra renda poder influência é o pessoal que tá na política quem tem o poder econômico tem o poder político
no Brasil uma coisa tá ligada a outra encontrar ponto é uma população pobre desfavorecida que não tem acesso à educação que sobrevive de migalhas né E é claro que isso gera muitas consequências né como explicar por exemplo a violência absurda do nosso país né Isso tá ligado a forma cultural as condições de trabalho de educação saúde alimentação gente você já pararam para pensar que tem pessoas que não consegue nem se alimentar para o país como nossa se a gente for fazer uma análise crítica é uma coisa absurda porque é um país que fornece alimento para
o mundo inteiro então explicar o Brasil contemporâneo é muito difícil se a gente não volta a história se a gente não faz uma análise histórica né desde os primórdios da nossa colonização que foi autoritária dos processos de trabalho que foram autoritários por meio da escravidão né e a concentração de poder nas mãos de poucos em prol aí da exclusão da maioria Ok eu gosto muito desse livro do Darci Ribeiro para mim ele merece inclusive todos os prêmios que ele ganhou tanto que eu tenho uma dica para vocês né No YouTube tem vários programas Roda Viva
lá da TV Cultura quando o Darci Ribeiro deu algumas entrevistas tem uma procurada lá vocês vão conhecer melhor esse autor que faz parte da nossa história E aí a gente finaliza né com o livro As pioneiras da sociologia aqui uma foto da Luna Ribeiro que está à esquerda né e a Verônica da flor a direita que são as organizadoras desse livro maravilhoso de 12 capítulos mulheres escritoras do século 18 e 19 então é uma proposta que adentra já a gente num outro campo das ciências sociais que hoje a gente chama de estudos de gênero né
então vejam a gente teve discussão étnico-racial que permanece no Darci é porque ele vai falar um pouco disso e a gente tem aqui os estudos de gênero a história das mulheres né Por que que as mulheres elas foram excluídas da história por que que elas não se tornaram cientistas historiadoras filósofas químicas né físicas enfim não que elas não tenham produzido na produziram coisas fantásticas a Marie currículo inclusive né uma recorrer a da química né daqui do meu lado Rafa daqui do meu lado química e física Eu já li um pouquinho sobre ela mas eu tenho
que conhecer um pouco mais mas vejam agora estão conhecendo a má recorrer agora no século 21 porque que não valorizaram a mulher na época que ela estava viva né então é interessante pensar o quanto que o cano ali do conhecimento ele ele exclui mesmo né ele Exclui aquilo que não é conveniente e é justamente problematizando isso né a problematização desses processos de canalização do conhecimento que a Verônica e a Luna vão a discutir na introdução tanto que elas explicam isso né o porquê das autoras que elas organizaram Por que da seleção de textos porque que
é importante agora né no século 21 terceira década do Século 21 né década de 2020 porque agora é importante falar dessas mulheres que ficaram esquecidas lá no passado será que as mulheres elas conquistaram todos os direitos será que as mulheres elas estão isentas de exclusão social será que as mulheres não sofrem mais violência doméstica ganham igual os homens né a gente sabe que não né gente estamos longe disso inclusive muita coisa foi conquistada né muitos avanços aconteceram né óbvio que as meninas hoje não vivem como as bisavós viviam né mas ainda não é o ideal
tanto que só vocês ligarem a TV ou acessar internet todo dia tem uma notícia de feminicídio né O que é um absurdo Então existe um motivo sim né Para a gente trabalhar esse texto as pioneiras aí da sociologia então foram escritoras foram a sociólogas né a própria martinou Hoje eu tava gravando a aula da riha martinou para quem não assistiu e logo vai estar disponível ela foi considerada a Pioneira da sociologia de fato antes do doutor cai antes do Marx antes do verber a remartinou já tava falando de classe já tava falando de pesquisa de
campo de relações sociais e ela não entrou no canto da Sociologia a direitos das mulheres quem foi a primeira feminista de fato aí a gente tem que pensar na Mary roleston Craft né que é o capítulo 2 aí do livro né as pautas da Mary onecraft que é a igualdade de direitos entre os homens das mulheres de oportunidade de trabalhar o direito das mulheres se instruírem as mulheres Elas não tinham direito a educação a instrução formal não tinham direito de ir para Universidade Então tudo isso é problematizado É debatido nesse livro organizado pela Verônica e
pela aluna né E que eu tô tendo muito prazer em gravar essas aulas porque algumas autoras eu conhecia né várias eu conheci mas muitas Eu não conhecia e são autoras da Europa dos Estados Unidos da América Latina incluindo o Brasil aqui tem autoras brasileiras da África da Ásia então não são mulheres somente de um país ou outro mas existe uma variedade bastante grande a esposa de Lavoisier né também fez contribuições importantes para a química de fato Letícia né Muito obrigado por você ter lembrado disso nesse livro tem Inclusive a esposa do John Stuart mil e
também a esposa do Weber né a esposa do Weber é a Mariene Weber Quem que fez a tradução de alguns textos do Viber para outras línguas foi ela inclusive Então tudo isso a gente vai discutir nesse livro tá porque que o cânone ele escolhe algumas figuras em prol de outras né aqui é óbvio que elas não estão desmerecendo mais nem o Durkheim nem o verbo eles fizeram trabalhos importantes e contribuíram para a sociologia mas eles não foram os únicos né essa que é a questão não teve realmente né Mas por que que ela não teve
o mesmo reconhecimento né Letícia então ser mulher aí é algo que historicamente sempre pensou né não deveria mas infelizmente a história não nos diz de outra forma ok pessoal então eu vou caminhando para as considerações finais da nossa Live né Vocês têm alguma questão alguma pergunta algo que não ficou compreendido A ideia era um bate-papo mesmo né porque não dá para falar de tudo são muitos textos são muitos detalhes mas fazer um geralzão mesmo das obras da UFPR alguma questão que vocês queiram trazer aqui que alguma curiosidade Então aí tá aberto a vocês alguma pergunta
Ana coloca a partir de que momento a gente pode dizer que as mulheres começaram a sofrer com o machismo e a violência moral e física Olha Ana eu também sou Historiador além de sociólogo desde que o mundo é mundo a gente pega os textos históricos Desde a antiguidade desde as primeiras civilizações a partir do momento que os seres humanos deixaram de ser nômades coletores e Caçadores se fixaram em um lugar passaram a cultivar o seu alimento e ter direito a propriedade né que que a gente tem a passagem do matriarcado para o patriarcado porque as
populações humanas nômades que não se fixavam em um lugar somente algumas delas eram lineares elas passam a ser patriarcais com a consolidação do que a gente entende por civilização com o início das primeiras sociedades com o surgimento do estado da família e da propriedade privada como bem a ponta lá o engels ele tem até um livro chamado a origem da família do estado da família da propriedade privada e aí a gente tem a questão da submissão das mulheres né com o casamento e obviamente né a necessidade das mulheres terem filhos proporcionarem herdeiros aos homens certo
Ana ok tem vários livros de história aí que podem trazer essa resposta para você eu gosto muito da Regina Navarro Lins a cama da varanda até recomendo essa referência gente então eu vou encerrando a nossa Live tá eu tô muito feliz com a presença de vocês teremos outras Assim espero foi ver a Barbie não fui ver a Barbie ainda eu preciso ir assistir a Barbie Olha só esse final de semana acho que eu vou ao shopping não tive tempo tá certo gente então até a próxima teremos outras aí até a data da prova grande abraço
para vocês até mais tchau tchau gente
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