Como aproveitar melhor a vida? | Vida contemplativa de Byung-Chul Han

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Fernando Rainho
Nesta aula, exploramos como a sociedade moderna valoriza a produtividade contínua e o impacto disso ...
Video Transcript:
nos dias de hoje Nós não sabemos mais ficar parados Nós perdemos a capacidade de simplesmente não fazer nada de se desconectar do Ritmo acelerado em que nós vivemos até mesmo para dormir muitos precisam de um remé méo como se os nossos corpos fossem uma espécie de máquinas que precisam ser desligadas à força no fim do dia como Quem puxa uma chaleira elétrica de uma tomada essa dificuldade que muitos hoje têm de dormir tem a ver com a dificuldade que nós hoje temos de parar de encerrar as nossas atividades no dia que por tabela invadem a
noite tanto física quanto mentalmente em termos de cobrança que ficam ali ó nos martelando Esses são sintomas de uma sociedade que não sabe mais desligar que tá o tempo inteiro ativa em ações ou pensamentos basta olhar ao nosso redor nós estamos constantemente estimulados seja mexendo no celular seja respondendo mensagens seja navegando nas redes sociais se a gente não tá no celular nós estamos assistindo séries e filmes dirigindo enquanto a gente escuta podcasts ou músicas correndo para cumprir mais uma tarefa de trabalho respondendo um e-mail sempre tem algo em mente para ser feito e quando a
gente tem um momento de lazer ele é rapidamente preenchido com o consumo então nós estamos no shopping restaurantes nos dedicando atividades físicas intensas para melhorar nosso corpo Nossa performance de forma Quase compulsiva ou estamos realizando viagens sempre consumindo nem que seja experiências como nos vendem cri memórias consuma experiências não há mais portanto espaço Genuíno para a pausa pro verdadeiro descanso passivo não existe mais o não fazer nada principalmente aqui em nossa mente hoje em dia é comum dizer Mente Vazia Oficina do Diabo mas nem sempre foi assim se a gente olhar para trás nós vamos
perceber que o ósseo e os momentos de Natividade faziam parte de uma forma natural na vida humana desde os tempos e vão atrás vamos lá para idade da pedra os caçadores e coletores eles seguiam o ritmo das Estações e da natureza que é um ritmo lento não tinha portanto essa aceleração alguns estudos antropológicos desses grupos indicam que essa sociedad se dedicavam em média de duas a 4 horas por dia para atividades de subsistência que seria caça coleta fabricação de ferramentas arrumar as suas casas né suas ocas ou coisa que o Valha o restante do tempo
era gasto em Descanso socialização em atividades culturais ou espirituais sendo que essas tarefas que eles faziam dentro dessas Du 4 horas nós nem poderíamos classificar como trabalho propriamente dito como a gente entende Hoje essas tarefas estão mais para não cortar a grama no Jardim no fim de semana que a gente faz ou seja algo que faz parte do dia a dia ou fazia parte do dia a dia deles de forma 100% integrada e inerente ao ser Eles não estão produzindo nada em termos de prosperar ou acumular esse conceito que gera pressão por mais isso não
existia eles estavam apenas vivendo com mais sincronia em relação ao dia e à noite e o seu próprio corpo e a sua suas necessidades e para eles o ósseo não era visto como improdutividade novamente não existia esse conceito mas ele era visto como uma parte natural e valiosa das nossas vidas dançar pintar cantar e brincar ao redor de uma fogueira todas essas eram atividades inúteis no sentido de produção mas traziam sentido à vida deles com o avanço doss séculos e a transição paraas sociedades agrárias esse equilíbrio ainda era mantido em certa medida no sentido de
existir tempo não útil até mesmo durante a idade média famosa por condições não muito boas de higiene e trabalho a vida nas vilas e nas cidades ainda conservava muito desses intervalos de descanso e ócio contemplativo embora a jornada de trabalho fosse alta em alguns locais o trabalho agrícola por exemplo ele também seguia o ciclo das estações plantil na primavera colheita no verão diminuição significativa do trabalho durante o inverno além disso a igreja católica com a sua grande influência sobre o cotidiano na época impunha um monte de feriados religiosos e Dias Santos estima-se que um camponês
comum na Europa medieval ele podia ter entre 80 a 120 dias de descanso por ano somando feriados e domingos no entanto com o surgimento da Revolução Industrial essa relação com o tempo e principalmente a ideia de tempo parado como algo ruim Começou a Mudar drasticamente com a chegada das fábricas e o novo modelo de produção em massa trouxe consigo uma mudança bem forte na maneira como o trabalho era organizado agora o ritmo não era mais das estações mas o ritmo do relógio o trabalho e a produção começaram a ser mensurados e medidos E com isso
cobrados então começou a se instaurar jornadas de 12 a 16 horas de trabalho por dia tornando-se comuns esse tipo de trabalho incessante né e o tempo de descanso ou ócio foi drasticamente reduzido mais do que isso começou a surgir uma demanda por desempenho foi crescendo lentamente até culminar os nossos os dias de hoje o que antes era um ciclo natural de trabalho e repouso portanto foi substituído pela cobrança que foi aumentando cada vez mais como eu disse até os nossos tempos atuais onde se você pega um sujeito do Século XXI ele tem dentro de si
Uma demanda interna por produtividade e eficiência praticamente 24 horas por dia o valor do trabalho ou do Trabalhador passou a ser medido pela sua capacidade de produzir mais em menos tempo assim os momentos que antes eram de pausa e contemplação foram sendo empurrados à margem da vida cotidiana foram se tornando na verdade oportunidades de eu me aperfeiçoar para eu trabalhar mais e melhor tempo igual a dinheiro e ficar parado é perder a chance de produzir mais de evoluir de melhorar de eu me tornar a melhor versão de mim mesmo essa mudança de perspectiva que começou
a acontecer e aí entra hoje em dia fácil de ver isso né todos esses papos aí de coach de internet nos dias e de hoje a barreira trabalho casa foi rompida a ideia de que se trabalha paraa sua subsistência e depois Aproveita a vida ela não existe mais hoje a qualquer momento em que eu estou parado eu deveria estar fazendo curso devia estar estudando deveria estar me aperfeiçoando deveria estar abrindo uma nova empresa deveria estar vendo coisas na internet para acrescentar mais conhecimento né me aprimorando essa pressão interna por sempre estar desempenhando hoje levamos trabalho
para casa nos e-mails celular estamos disponíveis além do período físico portanto que nós estamos na empresa se cobra hoje a pessoa estar sempre ativa ligada se esforçando senão trabalhando além do expediente Como eu disse fazendo um curso para se especializar não se tem mais essa ideia de subsistência portanto eu vou fazer o que é necessário eu vou me esforçar somente o que eu preciso depois eu vou ficar descansando depois eu vou ficar tendo lazeres ou seja aproveitando a vida gozando a vida Hum que minha vida não se resume ao que eu faço laboralmente isso não
existe mais Aqui começou a vigorar a ideia de acumular e se aperfeiçoar para quê para acumular cada vez mais isso Começou a vigorar e isso antes nos cobravam externamente através do gerente do Chefe Produza mais hoje está internalizado na nossa cabeça nós viramos nossos próprios chefes e nossos próprios capatazes e quanto mais melhor começou a surgir a pressão por desempenho dentro de nós nós é isso que cansa não é o excesso de trabalho excesso de trabalho as pessoas tinham na Idade Média mas a pressão por fazer bem feito por fazer mais por fazer em menos
tempo por fazer de uma forma mais inteligente mais ágil viramos nossos próprios chefes e Capataz tempo livre começou a ter um gosto amargo de culpa por não estar produzindo ao longo desse desenvolver temos aí entra nessa conta a urbanização então o desenvolvimento da eletricidade e posteriormente chegada do rádio televisão começar a preencher as noites que antes eram reservadas ao silêncio e a convivência tranquila já não havia mais Portanto o mesmo espaço pro descanso verdadeiro vocês podem fazer o teste acho que vocês já experimentaram isso de algum momento na vida de vocês quando vocês estão ali
a assistindo série vendo um escutando um podcast trabalhando no computador no laptop de vocês e de repente sei lá é 7 8 da noite de repente falta a luz falta a luz e o celular de vocês tá sem bateria que que vocês fazem você sentam começam a conversar com alguém que mora junto com vocês acendem uma vela lei um livro em 20 minutos meia hora vocês estão com sono vocês vão dormir Vocês conseguem reparar quebra que existe de velocidade quando esses meios eletrônicos não estão ali começamos a entrar no modo natural da coisa o ritmo
das estações noite dia isso isso é externo a nós mas também está dentro do nosso corpo um ritmo circadiano no momento que eu tiro a eletricidade tiro os estímulos eu como animal volto para esse estado contemplativo lento das coisas mas hoje não isso não existe mais a noite se tornou dia o fato de ser noite torna-se irrelevante se eu quiser acordar as 2 3 da manhã para trabalhar eu consigo ou ficar acordado se eu quiser responder um e-mail às 9 da noite eu consigo se eu quiser ver um filme às 9 da noite eu consigo
se é escuro de noite eu ligo a luz e sigo estudando se no inverno é frio eu ligo o aquecedor e sigo trabalhando então artificialmente nós povo o mundo e fizemos da noite um dia constante vai dizer R gradualmente nós fomos perdendo a capacidade do Ócio e cada vez mais vamos nos tornando mais ativos em nossas vidas seja no agir ou na forma de pensar o ritmo natural do corpo que é esse da natureza o ritmo circadiano se perdeu em nós e no século XX essa situação se intensificou ainda mais com o surgimento da internet
dos smartphones das redes sociais essa conectividade constante nos empurrou ainda mais para uma vida de estímulos sem interrupções e de pressão e de cobrança por produzir hoje muitas pessoas especialmente os mais jovens eles sequer consegu imaginar um momento de pausa sem um celular nas mãos existem celulares agora de de a prova d'água para você usar ele enquanto toma banho as pessoas vão no banheiro fazer cocô e usam o celular Hum Tem um momento sem ele o simples ato de não fazer nada passou a ser interpretado como improdutivo tédio ós e um té no sentido pejorativo
que outra hora era parte essencial da existência humana existia tempo tédio suficiente para conversar em grupo com calma para dançar para criar para cantar se pintar para contar histórias isso desapareceu quase que por completo ou está desaparecendo é o que nós vamos ver hoje nesse ensaio de bium Chan a ideia de ficar parado contemplar o momento ou refletir sem distrações como começou a se tornar algo estranho quase incompreensível quase que uma arte perdida já não temos tempo para nos relacionar com os outros de forma Calma é é uma visita rápida na Agenda um horário marcado
ninguém mais por exemplo Telefona para conversar com alguém meia H hora Du horas como fazia sua avó ou vai à casa de uma pessoa toca a campainha e passa lá uma tarde conversando tomando um chá são coisas estranhas Hoje nós não temos mais tempo para isso isso é visto como uma Invasão de Privacidade Então não temos tempos para essas trocas com o outro imagina tempo pra gente ficar a sós com nós mesmos de for intros e não fazer nada ou contemplar como a gente vai ver na aula de hoje muitos ao ouvir a palavra ócio
ou contemplação podem até reagir com uma certa perplexidade como se fosse um conceito arcaico pertencente a um período lá no passado as antigas antigos astecas os maias uma coisa assim uma relíquia em que talvez lá não se fazia nada porque não se tinha muita escolha não se tinha possibilidade de fazer algo mais divertido e interessante eles não tinham Netflix eles não tinham Instagram avó ficava sentada a tarde toda vendo a grama crescer e bordando que coisa mais Entediante a vó botava uma música na vitrola e ficava sentada escutando a música não fazendo outra coisa junto
coisa mais monótona não tinha lá uma série para maratonar na Netflix H um podcast para assistir na velocidade vezes do ou memes ela fica vendo no celular Enquanto escuta música que antes era visto como uma oportunidade pro descanso reflexão e convivência agora soa como uma anomalia a gente se desacostumou a não fazer nada Esse é o primeiro ponto que a gente tá começando a costurar nessa introdu nessa longa introdução da aula de hoje que é a ideia de uma arte perdida de não fazer nada isso começou a ser visto como ruim como deletério como não
desejado é eu Quando eu não faço nada é porque eu estou privado de estímulos e isso é ruim até as crianças por exemplo já não sabem como lidar com o tédio ou a falta de estimul ativo Nós já estamos viciados a esse modelo não sabemos mais parar não sabemos mais nosso cérebro não sabe mais como ficar parado sem ficar recebendo ou agindo com estímulos o tempo inteiro basta Observar se uma criança tá inquieta logo você oferece uma tela para ela seja um tablet um celular para manter ela entretida não há mais espaço pro vazio ou
intervalo de inatividade nas nossas rotinas até nos finais de semana até nos finais de semana sábado domingo que que entra entra o consumo e a busca por Prazeres rápidos a gente liga a TV o computador olha pro celular sempre conectado sempre estimulado esse excesso de Vida ativa e estímulos vem sequestrando gradualmente e tem gerado inúmeros transtornos mentais e problemas de saúde física de origem do esgotamento no Japão tem um termo que se chama kochi que significa pessoas que T morte cardíaca ou derrames devido ao excesso de atividade e estess contínuo esse o tempo que nós
estamos vivendo nós estamos vivendo um tempo e não é só no Japão onde impera o Burnout onde impera a depressão né Tem Aparecido como uma forma alarmante como consequência de uma sociedade que não desliga está os tempo inteiro ativa consumindo estímulos Esse é o primeiro ponto que a gente tá começando a costurar aqui nós estamos o tempo inteiro ativos consumindo estímulos ativos e não temos mais o passivo e o contemplativo e o ócio que é o nosso status originário fundamental de todo ser de todo animal novamente tem gente que não consegue ir ao banheiro sem
levar o celular junto veja você acorda Qual a primeira coisa que você faz você pega o celular isso é vício você não tem nem 5 15 minutos de acordar contemplar olhar o sol olhar o céu azul tomar ali um chá um café respirar fundo você já tá ali no no celular você já tá abrindo e-mail você já tá põe uma música Um podcast com tudo isso nós fechamos a porta um mundo que só se revela na pausa e na contemplação mundo do Ócio traz consigo uma conexão profunda e um sentido mais pleno pra vida e
esse mundo se tornou inacessível para nós é Como Se existisse uma forma de vida que a gente não consegue mais enxergar porque a gente tá em 100% do tempo no modo ativo tudo isso que eu venho trazendo aqui seja no trabalho seja na pressão por produtividade seja nos estímulos ativo que esse mundo Consumista nos traz consuma experiência consuma estímulos fecha-se uma porta um mundo contemplativo que é o material da aula de hoje ao longo dos séculos essa prática essencial da contemplação foi desaparecendo lentamente até se tornar invisível irreconhecível Para muitos o que eu tô falando
aqui a pessoa deve estar olhando assim com uma uma cara sabe sabe o cachorrinho quando a gente fala com ele el não entende ele vira fica assim quê que que é isso que que esse cara cara tá falando ócio contemplação Como assim que que é isso a gente não entende nem qual que é esse conceito você faz isso com a cara eu também quando eu li o livro de B Chan Hum que é o que nós estamos abordando vida contemplativa ou sobre a Inatividade que que eu ganho com isso que que eu ganho com a
Inatividade ou a vida contemplativa vou ficar para trás eu não quero ficar para trás eu tenho que produzir eu tenho que ver mais um curso Hã eu tenho que me desenvolver hoje vivemos imersos nessa Vida Ativa sem perceber que perdemos algo Vital no caminho e esse algo Vital no caminho que Ban vai nos mostrar o que que é em muito dos seus ensaios e você já devem ter visto aqui alguns no canal como a sociedade do cansaço por exemplo ou a crise da narração em muitos dos seus ensaios Ban diagnostica a nossa época como marcada
por esses essos que eu introduzi aqui nesse vídeo né Essa breve fala excesso de produção excesso de estímulo uma verdadeira era do TDH e do Burnout coletivo então a gente vive cercado por demandas incessantes cobranças incessantes externas internas estímulos que nos mantém sempre ativos e conectados é isso que a gente falou até aqui agora sem tempo pro silêncio ou introspecção neste livro que é o tema dessa aula hum vida contemplativa H começa a esboçar uma espécie de antídoto antídoto para esse tempo moderno de Vida ativa ele começa a trabalhar a ideia e nos convida a
refletir sobre como a gente pode recuperar a antiga arte da contemplação um remédio para esse ritmo Frenético da modernidade Hum como a gente pode encontrar o tempo perdido do Ócio e da conexão com a vida de uma forma mais simples e passiva ao invés de buscar de forma ativa coisas no mundo ele nos convida nessa obra a aprender em muitos momentos a só sentar e receber da vida o que que ela tem para nos oferecer Ban destaca que nossa sociedade transformou Natividade em sinônimo de fracasso como se não como se não fazer nada fosse algo
a ser evitado a todo custo e sabe por isso ocorre porque não fazer nada e viver de uma forma passiva ou contemplativa não produz não produz no sentido acumulativo de coisas né de de tem tem alguns teóricos colocam não mas se você se retirar da vida e viver uma vida simples vocês não tá contribuindo pra comunidade porque você não está produzindo coisas então essa visão de de mundo nos deixa incapaz de reconhecer o valor da pausa da contemplação e do que significa verdadeiramente estar presente que quando a gente não para a gente perde a oportunidade
de conexão com as coisas os outros e a vida a gente perde a oportunidade de sentir o Aroma do tempo como vai dizer B nós vamos ver hoje o que verdadeiramente está ali presente sem esforço ao nosso lado e que faz parte de nós também uma analogia que eu gosto bastante de um psicólogo italiano que se chama Walter riso que ele diz o seguinte tinha um peixe que ele tava nadando no no mar de uma maneira muito apressada desesperada pressionado querendo chegar em algum lugar logo e ele nadando rápido rápido rápido rápido rápido sem olhar
para os lados e os outros peixes que estavam ali indo e vindo indo para lá para cá boiando comendo uma coisinha namorando e tal Eles olham para esse peixe que tá nadando desesperadamente perguntam cara que que tu tá nadando tão rápido assim depressa que que aconteceu Hã e ele diz assim vocês não estão entendendo eh eu tenho que chegar no oceano eu descobri que eu sou um peixe que eu tenho que chegar no oceano Só quando eu chegar no oceano eu vou ser feliz eu preciso chegar no oceano e ele não viia nada que estava
do lado dele só nadava rápido rápido rápido rápido determinado cada vez mais cada vez mais cada vez mais né fazendo curso curso curso curso e aperfeiçoando E aí os outros peixes digam Olha só deixa eu te dizer uma coisa os outros peixes falando para ele né você vê toda essa água ao seu redor ele sim sim eu vejo e aí que que importa isso e fala isso aqui que você tá vendo já é o oceano essa água que você está é o oceano Você já está nele você não só não consegue ver porque você está
desesperadamente nadando aí sem observar sem contemplar sem interagir com isso que está ao seu redor hum é mais ou menos essa ideia que B churan vai começar a costurar nós estamos sempre numa vidativa de estímulos e e e e e produzindo para mais querendo chegar em algum lugar Imaginário que a gente não percebe essa água toda ao nosso redor que já é a vida que que tá querendo dizer com tudo isso é o seguinte e Se existisse uma forma diferente de vida que tem mais a ver com a nossa biologia e com o ritmo das
coisas assim como dos outros animais e da natureza a qual nós pertencemos e se essa forma de vida de fácil acesso ca nada não requere esforço nenhum mas que a gente não consegue ver nem cheirar nem sentir que a gente tá perdido correndo aí desesperadamente que nem o peixinho essa forma de vida assim como a água desse dessa analogia dessa metáfora Ela está na nossa frente mas é invisível aqueles que estão somente ativos o tempo todo É ISO isso que nós vamos explorar na aula de hoje vida contemplativa ou sobre a Inatividade antes da gente
iniciar a aula eu gostaria como de prx de tirar uns 30 segundinhos para agradecer de coração aos membros do canal que estão tornando possível essa iniciativa de oferecer aulas gratuitas para toda a comunidade de Psicologia filosofia e Psicologia sociologia e filosofia então Obrigado aos nerds da sala e aos acadêmicos honorários vocês TM um lugar especial no meu coração saibam disso se ao final dessa aula você que está assistindo ou assistiu outros conteúdos aqui do canal hum se você sentir que essa aula agregou para você e você quer incentivar a produção desses conteúdos com mais frequência
e você pode e deseja apoiar esse projeto ficaria muito feliz em ter você como um membro caso você não possa Fique tranquilo o conteúdo vai continuar sendo gratuito e acessível para todos A ideia é que se você puder e quiser contribuir essa seja uma forma de nos ajudar a manter e expandir esse trabalho e para quem se tornar membro o nosso agradecimento vem em uma forma de um um pequeno gesto um Mimo né Eh eu estou vendo com YouTube como é que faz perdoem a ignorância na tecnologia mas para termos acesso antecipado aos vídeos Então
os membros eles vão ter acesso antecipado aos vídeos membros conseguem ver antes os conteúdos recém-lançados Ok teremos em breve essa novidade E eu eu venho lendo aqui os comentários no canal certo me esforço para ler todos e gosto muito de ler todos e que bom que vocês estão gostando das aulas eu também estou gostando de fazer elas Tenho recebido muitas mensagens no no Instagram aqui e no WhatsApp tá eh dos membros dos inscritos e eu fico muito feliz eh de ver como Nossa comunidade está crescendo e como ela está se entrosando então muito obrigado por
isso recado dado vamos ao que interessa gente vamos à aula como nós vimos nesta breve introdução nós vivemos em uma era em que a produtividade eção constantes são altamente valorizadas Para Não Dizer imperativos dos nossos tempos a palavra inútil é quase um palavrão tempo é dinheiro como a gente viu na abertura do vídeo hum a gente tem que est sempre nos aprimorando para produzir mais livre competição de todos contra todos e eu contra mim mesmo eu uma vez li um comentário interessante num Fórum na internet que dizia o seguinte olha Graças a Deus que nós
precisamos de 8 horas de sono por dia porque se o ser humano inventasse uma fórmula de que supostamente ele não precisasse mais dormir imagine esse cenário vocês têm 24 horas aí para fazer o que vocês quiserem não precisamos mais dormir e mesmo assim a gente fica recarregado tá se a gente ficasse acordado 24 horas por dia pode ter certeza que iam inventar a ideia de que nós teríamos de trabalhar iam inventar um jeito de nos vender de nos empurrar que nós teremos que trabalhar umas 18 20 ou 22 horas dessas 24 pode ter certeza eu
achei interessante esse comentário Então graças a Deus que nós temos um intervalo de 8 horas necessárias de sono que muitos já cortam né muitos já acordam 3 da manhã 4 da manhã 5 da manhã para começar a produzir mais né para ter uma vantagem competitiva em relação aos demais mas que bom que a gente precisa ter esse limitante Nossa cultura glorifica a capacidade de estar sempre ocupado sempre fazendo algo sempre produzindo a gente é incentivando a acreditar que o valor da vida só existe quando a gente tá realizando algo tangível quando a gente tá em
movimento isso no entanto nos coloca em Um Ciclo Sem Fim da Ordem do fazer onde ação se torna uma obrigação Vida Ativa lá como diz ran por isso no mundo moderno nós estamos todos esgotados de tanto agir de tanto fazer de tanto buscar coisas no mundo vivemos na era dos excessos esse virou nosso modos operand sem a gente nem sequer perceber como eu falei na introdução isso foi aumentando aumentando aumentando e aqui Chegamos aqui chegamos pressão incessante dentro da nossa cabeça ponto das pessoas terem derrames infartos burnouts zumbis do desempenho e não é tanto o
excesso de trabalho horas de trabalho também isso Pega mas não é a questão de horas de trabalho a ideia que mais pega é a pressão no trabalho por aperfeiçoamento ou desempenho e pressão para quando eu não estou trabalhando ou estar me aperfeiçoando para trabalhar melhor é isso que pega esse ativo na nossa mente também poucos são os que estão satisfeitos em seus trabalhos sem a chamada ambição por se desenvolver mais então a pessoa tá lá quinta especialização estudando estudando nunca tá bom nunca é suficiente Eu remo Remo Remo Remo Remo Remo e nunca vejo a
costa você é um garçom tem ambição de ser gerente você é um gerente tem ambição de abrir seu próprio restaurante você já tem um restaurante tem ambição de ter franquias hum Essa é a pegada Essa é a pegada que nos esgota é como se a gente esse sensação que eu tenho na nessa época que nós vivemos é como se a gente tivesse correndo em linha reta em cima de um gelo tá esse gelo fino fosse quebrando aos nossos pés à medida que a gente vai correndo e se a gente para a gente cai é como
se a gente tivesse a sensação que a gente fosse afundar que o mundo vai nos engolir e é cansativo ficar correndo ali linha reta sem nenhuma direção para onde que a gente está correndo eu não faço ideia pra morte eu acho que nós estamos correndo pra morte as palavras de B Chan sem repouso surge uma nova barbárie é o silenciar-se que dá profundidade à fala sem o silêncio não a música mas apenas barulho e ruído onde er apenas o esquema de estímulo e reação de carência e satisfação de problema e solução de objetivo e Ação
a vida se reduz à sobrevivência a Vida animalesca nua a vida só recebe seu esplendor da inatividade se perdemos a capacidade para inatividade nos igualamos a uma máquina que deve apenas funcionar ent a contemplação ou a chamada vida contemplativa a Inatividade como B churan propõe nesse livro ou nesse ensaio exige um aprofundamento desse conceito que é o que nós vamos ver hoje a contemplação no sentido que hanan sugere é uma forma de existir que difere da nossa noção moderna de constante produtividade de ação novamente já estamos com olhar e o cérebro e o corpo treinados
para esse estilo ativo e de estímulos constantes para entender o estado do não fazer desse mundo perdido Que Nós não sabemos mais acessar precisamos explorar a contemplação em suas várias camadas contemplar é simplesmente estar presente de forma conectada Sem pressa Ao que se apresenta ent diante de nós isso é difícil porque como falei nossa mente tá já acostumada a interpretar rapidamente o que nós vemos e nos dias de hoje buscando utilidade em tudo um pequeno exemplo para ilustrar até aqui o que foi dito Imagine que você está na sala e observa seu marido brincando com
seu filho na sala de star por exemplo seu marido tá brincando ali com seu filho de um ponto de vista prático você pode ver essa cena como algo comum e funcional o pai tá cuidando da criança o que pode significar uma pausa para você um momento de descanso ou até uma oportunidade para organizar outras tarefas vou terminar minha poz vou responder aquele e-mail você olha aquela cena volta-se para o seu eu e para a utilidade de momento posso agora tomar um banho Ah que bom que meu filho vai cansar e não vai me acordar no
meio da noite meu marido tá sendo um bom pai eu tenho sorte o marido da fulana nunca tá presente nunca brinca com o filho e aí a mente se vai esse é um olhar utilitarista que traz a ideia de utilidade em relação a aquilo que eu vejo que busca imediatamente uma função ou benefício nessa situação Vocês conseguem perceber agora se a gente tentasse exercitar a ideia de contemplação e olhássemos ou melhor ficássemos um momento neste acontecimento nesta cena sem buscar utilidade nela mas desfrutando dela e fazendo parte desse momento e dessa interação de forma passiva
Sem pressa portanto a gente ultrapassaria essa visão imediata da utilidade e começaria a perceber algo além ultrapassaria essa primeira cada essa camada da utilidade do voltado ao eu então ah eu vou poder dormir meu filho vai dormir à noite eu vou poder fazer outra coisa agora Ah eu tenho sorte porque meu marido é bom essa primeira camada de utilidade quando a gente se relaciona com os objetos não tem muito cheiro nem gosto vamos dizer a ideia é que nós conseguimos transpor essa primeira camada e nós alcançarmos treinarmos alcançar uma camada mais significativa e profunda uma
camada por debaixo que só é invisível só é visível perdão só é visível nesse estado de eu me demorar nessa cena eu fazer parte dessa cena Então em vez de ver rápido esses objetos meu marido brincando com o filho já tirar a utilidade e sair para fazer outra coisa se eu me demorar nessa cena ficar nessa cena Sem segundas intenções ou esquecendo do meu pró próprio ego eu começo a notar a conexão que existe entre o meu marido e o meu filho o vínculo que se constrói em cada risada o gesto não é mais apenas
um momento prático mas um instante carregado de significados profundos que começa a aerar teu odor o afeto a presença o tempo compartilhado algo começa exalar esse cheiro no ar que a gente sente você então começa a se emocionar e sentir seu filho e seu marido desfrutando de um momento juntos você começa a sentir a beleza desse momento e aí você faz parte dessa família você se emociona junto com o sorriso do seu filho você ri da brincadeira do seu marido é o aroma daquele tempo aquela cena começa a ganhar um que antes não tinha contemplar
é enxergar e sentir essa camada que tá além do Óbvio sem a necessidade de encontrar uma utilidade mas simplesmente acolhendo e significando a experiência que está ocorrendo diante de você nem sempre isso é fácil porque como eu falei nós já estamos em um modelo de sempre estar ativos com estímulos bus u ilidade e o prazer imediato que isso traz eu tenho que parar ficar me relacionar esquecer do tempo e aí eu recebo como que uma dádiva essa experiência eu não vou ativamente buscá-la ela me encontra tá como um sol que vem e nos ilumina e
nos traz um calor e nos dá um abraço no estado contemplativo não portanto ativo consigo ao me demorar Sem pressa criar histórias costurar narrativas que me transportam para o mundo eu esqueço do meu eu o que é útil para mim meu filho vai dormir eu vou dormir meu marido é bom para mim que sorte que eu tenho eu esqueço do meu mundo e me jogo para o outro esse outro esse mundo ao qual eu me jogo que não é o Meu Ego eu começo a costurar significância que tem agora sentido vocês percebem o pai brincando
com o filho eles são minha família A minha vida eu sinto isso agora a conexão essa história da minha vida que eu estou costurando aqui não é história de eu ter uma noite boa de sono ruim de sono eu ter terminado após eu dizer que sorte que eu tenho do meu marido são são coisas tácitas a história o molho o recheio é eu sentir o que está acontecendo ali e aí eu vou me preencher dizendo Nossa eu consigo sentir a minha família que manhã significativa que está acontecendo aqui esses objetos ganham cor e sentido ganham
aroma não é sobre qual a roupa a marca que meu filho vestia a gente estava de pijama daqueles bem esfarrapados camisa velha é sobre o momento e como ele foi experienciado não é onde aquela cena ocorreu Pode ser na cozinha de casa não precisa ser em Paris não precisa ser em Roma nã não precisa ser num hotel maravilhoso isso é praticamente de graça para não dizer inteiramente de graça quando eu digo isso essa postura de experiência mas isso só pode ser visto e sentido se a gente está no modo passivo aberto a receber essa luz
do sol que que nos ilumina como na analogia da caverna de Platão eu saio da caverna e vejo o mundo externo e o sol me ilumina e me banha com a sua verdade e como consequência minha vida fica mais rica em propósito você pegaram a ideia é algo Sutil é algo bem Sutil justamente por ser Sutil passa despercebido e a gente não sente justamente por estarmos sempre na correria do dia a dia e treinados para ver apenas as coisas como objetos úteis nós não percebemos esse aroma nós não costuramos as cenas com os nossos sentimentos
internos e damos sentidos a uma história eu posso garantir viver ver cheirar e se arrepiar com esses momentos vale mais que uma viagem para Paris Roma Nova Yorque para esse hotel maravilhoso juntos todas essas coisas juntas não t o mesmo peso do que essa cena sentida numa cozinha de casa com os pijamas esfarrapados não é sobre consumir experiências é sobre ar degustar vivências que podem se encontrar numa vida ordinária O Extraordinário desse ordinário acontece a todo momento diante dos nossos olhos mas nós estamos nós temos que estar treinados e abertos para receber essa vida passiva
esse mundo praticamente já não existe mais ninguém nos vende essa ideia nós estamos o tempo inteiro no modo ativo que nem o nadando desesperado Sei lá eu para onde hum sem sentir a água que está ao redor a vai dizer aceitar uma coisa ou uma pessoa em sua essência significa amá-la gostar dela esse gostar significa originariamente presentear a essência T gostar é a verdadeira essência da capacidade que não apenas faz isso ou aquilo mas que faz com que algo Se apresente mostrando sua origem Ou seja que deixe com que algo seja em oposição ao humano
absolutamente posto a capacidade que não age cria a partir do possível que heidger tá dizendo aqui em palavras mais fáceis né Ele tá dizendo que aceitar algo ou alguém em sua essência é amá-lo verdadeiramente é amá-lo verdadeiramente O que significa permitir que essa Essência o pai e o filho ali se se manifeste essa Essência você consegue sentir o cheiro esse gostar não é uma ação que impõe algo ninguém tá cobrando nada de ninguém mas sim uma abertura que permite que o ser se velho como ele é em contraste com a imposição humana moderna essa capacidade
do não agir é o que possibilita que o ser Se apresente em sua Plenitude que eu consiga me conectar com os objetos que estão ali pai e filho nesse exemplo que não se exige nada deles nem de nem de mim próprio só conseguimos essa camada de construção de significado pessoal e coerência afetiva embaixo desse vé utilitarista só conseguimos sentir o aroma daquela cena se nós mudarmos a forma de se relacionar com aquela cena se a gente tiver essa primeira camada de viés utilitarista da Vida Ativa muito do que tá acontecendo se perde é que nem
o peixe a história do peixe né é como ver um filme e só pegar superficialmente a ideia geral dele é viver uma vida como se a gente visse um filme e só pegar as ideias principais ali sem se conectar com profundidade sem se perceber com o que não é dito com as pausas com as expressões fica tudo superficial e raso é uma vida sem profundidade afetiva vai dizer Bon churan os afetos só se apaziguam e encontram correspondência quando nós permitimos que o mundo externo se conecte Às nossas necessidades internas é nessa costura onde a gente
dá significado ao que a gente vive que as nossas emoções encontram Raiz e se preenchem faz sentido nós estamos que estar aberto a experiência que nós estamos enxergando para essas experiências se conectar com a gente se a gente tá fechado buscando a utilidade a gente não sente o cheiro do que tá ocorrendo a gente não se conecta não tem ância internas com as nossas emoções a gente se sente sozinho uma vida solitária e diz a vida não tem graça eu não consigo sentir o Aroma do tempo como um dos Estudantes e inscritos aqui da escola
de Psicologia disse em um dos comentários de um vídeo aqui do canal que eu gostei bastante é uma é uma frase eh supostamente atribuída tosty digo supostamente porque eh Fi atrás para dar uma olhada Já li alguns livros de Toy e embora a ideia seja esta né não não tem explicitamente esta frase mas a ideia é válida né então se alguém souber qual o livro correspondente dessa frase ali tostoi pode colocar aqui nos comentários eu não achei especificamente mas a ideia válida a frase segue sendo maravilhosa há quem passe pela floresta e só veja lenha
para a fogueira então só ver lenha paraa fogueira tem a ver com esse espírito do tempo ativo como que a natureza pode ser útil para mim não me conecto com ela vou cortar aquilo para fazer lenha PR minha fogueira nós enxergamos ou projetamos no exterior aquilo que está no nosso interior se eu tô voltado paraa produção e acumulação de recursos todo o meu olhar vai interpretar o mundo que se apresenta diante de mim dessa forma eu perco portanto a forma de me relacionar diferente com os objetos externos a mim essa forma contemplativa de conexão porque
essa conexão não tem uma utilidade tácita no sentido de de de eu evoluir de eu produzir mais coisa de eu fazer um sobradinho na minha casa com a madeira de eu botar lenha na fogueira eu perco portanto a forma de me relacionar de uma forma diferente com os objetos externos a mim se eu só no meu interno projeto a ideia de utilidade eu perco a possibilidade de desfrutar e ver a beleza daquilo que não é útil que não tem propósito ao menos no que tange eu digo propósito no que tange acumulação de bens ou desenvolvimento
material as palavras de B a verdadeira felicidade se deve ao que é vão e inútil ao que é reconhecidamente profundo desviante excessivo superficial as belas formas e os gestos que não tem nenhuma utilidade e não servem para nada passear sossegadamente é em comparação com o andar correr ou marchar por algum lugar um luxo o cerimonial da inatividade significa fazos mas para nada esse para nada essa liberdade com respeito a qualquer finalidade ou utilidade é o núcleo essencial da inatividade é a fórmula essencial da Felicidade Pense por exemplo Pense por exemplo momento vamos usar um outro
exemplo para ilustrar isso que a gente tá falando que eu sei que é um pouco abstrato pense o momento em que você senta em um parque em um domingo à tarde tá você tá sentado ali no parque olhando as árvores ouvindo os pássaros sentindo o vento batendo seu rosto nesse momento você se estiver conectado com o que está acontecendo vento as árvores o sol você não vai estar tentando mudar o ambiente você não está fazendo entre aspas nada em termos produtivo Mas você está plenamente conectado ao que tá acontecendo à sua volta você faz parte
do que na verdade do que está acontecendo à sua volta você entende com algum esforço você consegue sentir que você é o ambiente que você também faz parte dele você só observa sentado no parque e sente o ele vem e te abraça você mais recebe do que dá é isso que Ram quer dizer com pertencer ao mundo você deixa de ser esse ego essa célula individual de matéria e você se conecta com a matéria que você também faz parte que é o que está a seu redor você deixa de ser alguém separado da realidade e
passa a fazer parte dela minha família no caso da anterior que a gente falou né do pai filho e mãe minha família eu sou eles eles sou eu eu sinto a conexão da vida e com isso eu costuro sentido e propósito daqueles objetos a partir da vivência e ressonância ressonância perdão interna vou trazer um poema do Peter hankel que é um poeta escritor e também faz uns bicos no cinema eh de escrita de produção que ilustra esse ponto o outro também se torna eu as duas crianças ali sobre os meus olhos cansados isso sou eu
agora e a irmã mais velha puxando o irmão menor pelo café agora isso faz sentido e tem um valor e uma coisa não vale mais que a outra a chave que cai no punho do cansado tem o mesmo valor que a vista com o passante do outro lado do rio e é tão bom quanto Belo é assim que é e deve continuar sendo e sobretudo isso tudo é verdade mas novamente isso só é possível essa conexão e criação de sentido se você conseguir desligar a visão já viciada de aproveitamento do tempo e da Ordem do
útil se você tá ali no parque dizendo tipo ó eu tô pegando sol para ficar bronzeado que depois eu quero sair com aquele gatinho aquela gatinha eu estou aqui para relaxar porque meu terapeuta mandou eu relaxar Tô baixando meu nível de cortisol eu estou aqui nadando nessa piscina para fortalecer meus músculos eu estou aqui deit est no parque tirando uma foto para postar no Instagram para minha tia que eu não gosto ver e ficar com inveja você entende Essas atividades já vão te tirar do ser e do existir já vão te tirar do momento presente
mas mais do que isso vão te tirar do ser e do existir do momento presente você já está fazendo para algo com outras intenções que não aquele momento é preciso portanto simplesmente treinar o receber o fazer mas para nada outro exemplo para ilustrar Imagine você sai para caminhar mas desta vez não tem a intenção de contar os passos no nos relógios aí digitais celular que conta passa essas coisas todas né Eh que que é muito do ativo né hoje nós contamos pass contamos quanta Quanta água a gente bebe contamos e mensuramos como é que é
nosso sono tudo virou informação e tudo virou da Ordem do do do do ativo né a ciência como imperativo ético então Imagine que você não faz nada diso tá você sai para caminhar mas dessa vez não há a intenção de contar passos queimar calorias ou pensar nos seus problemas você simplesmente caminha pelo prazer de caminhar sem um destino específico Então tá ali no parque caminhando olhando a planta olhando uma criança Brincar como a gente viu no no poema do Peter né Hank a ideia de ela também sou eu nós estamos tô ali fazendo parte daquele
ambiente Sem pressa para chegar a algum lugar ou hora marcada você apenas anda observando o chão sobre os seus pés sentindo o ritmo natural do seu corpo e talvez até parando no meio do caminho para observar uma flor né o brilho do sol que entra entre as folhas muitas pessoas eh atin esse estado que eu estou falando quando vão viajar ou só conseguem fazer isso quando vão viajar algumas nem quando vão viajar algumas quando vão viajar já colocam na tabela Excel onde que tem que ir O que que tem que visitar cheques para dar né
ser útil a viagem mas alguns conseguem atingir esse estado contemplativo quando vão viajar por viajar é tão bom por nós nos permitimos sair do mesmo Sair do mesmo da rotina e sair de nós mesmos que é o principal e contemplar o que tem ao redor eu esqueço do Meu Ego e me projeto e me jogo no mundo um mundo que não precisa ser útil então sem hora marcada ou Destino Certo estamos andando aí converso com minha esposa olha vamos vamos parar naquele café para tomar um lanche aí a gente senta vamos aí a gente senta
aí depois do café nós olhamos segos zigzaguear sem rumo explorando as coisas que estão ao redor olhando uma lojinha comprando um pário qualquer qualquer espaço novo serve e ele é explorado com calma e contemplação a gente olha os prédios novos as Casas Novas Novas porque a gente nunca viu tudo é uma descoberta e reverbera nos nossos sentidos não é assim acontece você não precisa Roma ou Paris exercitar esse estilo contemplativo É ISO que rõ é mais umito deer o mundo Ou melhor de se estar no mundo do que quer outra em determinado ponto no Liv
US termo as asas vantes da boleta ao lind essa parte Vocês já viram a borboleta quando tá Pousada ela faz um suave balançar das asas que lembra um ir e vir indeciso ou vacilante parece que vai descer tudo mas ela volta um pouquinho e desce de novo hum lento indeciso e vacilante diz ele tanto a espera quanto a dúvida são expressões da inatividade sem a presença da dúvida vai dizer rã o caminhar humano se torna-se uma marcha mecânica como as asas da borboleta é ação que confere a leveza em encanto Então nesse exemplo do viajar
onde a gente tá ali não sabe se vai entrar numa rua vai aqui para uma depois vai pra outra é isso que nos faz humano é isso que não nos faz máquina a decisão precipitada ou a pressa destroem essa graça O Observador da cidade que esse cara ali o voer que tá ali andando borboleteando que a gente faz muito bem quando a gente tá viajando pratica a arte do não agir de não perseguir fins ele se abandona o espaço que lhe pisca o olho digamos assim hesitante segue dob uma esquina que chama atenção e não
a outra segue um caminhar de alguém que lhe chama atenção pela beleza por um tempo Volta ser uma igreja onde ele se depara que não sabia que tava ali tem olha PR os lados e senta em uma mesa de um café uma atitude de recebimento passivo do mundo que se apresenta sem destino ao propósito é isso que Confere o que é humano o hesitar e não a máquina mecânica com objetivos traçados chave aqui é não impor uma utilidade à ação ao menos tentar fazer isso não o tempo inteiro não é uma caminhada para exercitar o
corpo e dar um cheque para alcançar um objetivo maior é caminhar por caminhar É permitir que a ação aconteça sem exigir nada em troca sem a necessidade de que ela tenha um propósito definido utilitário você está recebendo momento presente em toda sua simplicidade quando isso acontece você sai de você você esquece o seu ego você se torna a realidade do mundo ela habita você você deixa de existir de certa forma isso é prazeroso e muito a contemplação ela é oposta a produção ela se relaciona com o indisponível Como algo já dado o pensar está sempre
recepcionado a dimensão na dádiva do pensar paz dele um agradecer um ser grato do pensar como agradecer vontade esse ego sempre ativo se resigna nas palavras de hanan a experiência em sentido enfático não é um resultado do trabalho e do desempenho ela não se deixa produzir pela atividade antes ela pressupõe uma forma particular de passividade e de inatividade fazer uma experiência com algo seja com uma coisa com o ser humano com o Deus significa que esse algo nos atropela nos ven a um encontro chega até nós nos avassala e nos transforma a experiência se baseia
no Dom e na recepção e o seu médium é a escuta é importante esclarecer que a contemplação segundo ran não é uma Óia a preguiça ou a não produção não se trata de não trabalhar ou de evitar responsabilidades o ponto de rã é que na cidade moderna o trabalho e a produção constantes seja em forma de trabalho seja em forma de pressão por produção que a gente viu Tá corpo marca pessoal fazer mais um curso fazer mais um não sei o quê rede sociais Instagram e tudo mais né fez com que a Vida Ativa ficasse
hipertrofiada se tornasse o único meio de expressão da existência humana a contemplação é uma proposta parael menos a gente tentar equilibrar um pouco essa dinâmica oferecendo um contraponto à lógica incessante da Ótica de desempenho e utilidade presente o tempo todo na contemplação não estamos não fazendo nada de uma forma pejorativa nós estamos agindo na verdade mas agindo na construção de narrativas pessoais e através de reflexão nós estamos recebendo os insights inputs do nosso corpo e do meio externo conversa com os do nosso corpo e nos relacionando melhor com o ambiente à nossa volta tudo isso
é bastante ativo mas de uma outra forma tá essas coisas deixam de ser relacionadas ao uso e descarte e passa a ser parte da minha vida isso passa longe de ser improdutivo é muito produtivo mas não é uma produtividade focada em ganho material se é que vocês me entendem não é uma atividade voltada ao útil econômico mas ao útil pessoal Poderíamos dizer sim a obrigação da atividade desempenho e produção do útil econômico material a todo tempo nos leva a uma falta de ar o ser humano se sufoca em seu próprio fazer viramos um animal laboran
um animal que só trabalha viramos um animal útil e do trabalho a crise do presente consiste no fato de que tudo aquilo que poderia dar sentido e orientação à Vida está se partindo está se fragmentando o que evidencia isso claramente é a relação que nós temos com a natureza diferenciamos dela na lógica econômica e começamos a usar ela natureza no sentido de maximização de uso e descarte nós não temos mais uma relação com a natureza a qual a gente faz parte da natureza e esse sintoma Demonstra o estilo de vida insustentável que a gente vive
não só do ponto de vista emocional e físico certo esgotamento Burnout infarto derrame mas de sobrevivência da espécie humana mesmo essa questão é a expressão de um mundo que transformou a natureza em mero objeto de uso assim como nós todas as outras coisas da nossa vida em objeto de uso nosso filho nosso marido tudo a lógica de consumo não reconhece mais a natureza como parte de quem nós somos nem o outro que a natureza mas apenas como um recurso a ser explorado utilizado e descartado esses objetos tem para me dar que pode me beneficiar pode
me desenvolver o que elas trazem de útil ou agregam a mim com isso nós vivemos uma constante atividade objetificada no sentido pejorativo de uso onde o ritmo da vida é dado pela lógica da produção e do consumo e a natureza que deveria ser a extensão da nossa existência é fragmentada e reduzida a matériaprima de um sistema de exploração que está levando ao nosso fim como espécie inclusive Espinosa que é um filósofo que o que eu gosto muito e nós vamos ver aqui no canal ainda muito sabiamente diz Bento de Espinosa né Ele diz Deus ou
a natureza querendo dizer Deus é a natureza são sinônimos né Deus ou a natureza sinônimos Deus é a natureza nós estamos imersos em Deus na visão dele nós estamos pertencendo imersos à natureza que é Deus então nós estamos imersos em Deus e nós rezamos por um Deus Imaginário enquanto nós destruímos a natureza sem saber que essa natureza é o Deus pelo qual a gente reza é uma coisa meio esquizofrênica né ah han descreve essa ideia de Harmonia com o mundo no esse ensaio um trabalho de um agricultor japonês esse agricultor Ele desenvolveu o conceito de
agricultura natural agricultura do não fazer ele acreditava que a terra tem seus próprios ritmos e capacidades regenerativas e que o papel do Agricultor não é controlar ela mas respeitar em vez de utilizar por exemplo técnicas invasivas como arado que perturba o solo é nessa lógica né a terra tem um tempo para crescer o plantil desenvolver e nós colhermos ali os frutos ou o que quer que se seja mas não nós queremos acelerar isso arrancar arrancar arrancar arrancar fazer de novo e e e planta e contra e contra tempo e aí quando tá no outro tempo
planta outra coisa a gente não respeita o ritmo né da da terra Então esse agricultor ele defendia o mínimo de intervenção ele acreditava que a Terra se cultiva por si mesma e de fato o faz desde que lhe seja dado o espaço para isso a vida ficou tão acelerada que é como se nós tivéssemos de exigir um Burnout da própria natureza e ao invés de fazer um plantil sustentável e a seu tempo onde a natureza se recicla em um equilíbrio ativo passivo Assim como nós também assim como nós no sentido pessoal isso não não isso
não acontece nós estamos levando todo mundo exaustão todos os seres exaustão nós mesmos os outros n todo mundo tem que ser arrancado e produzir cada vez mais a Vida Ativa para maximizar para para Sei lá o qu construir mais coisas talvez não sei entendeu acelerando o máximo tudo que é possível de forma predatória seja os meios externos seja a nossa própria saúde vitalidade produzir até O esgotamento e o sufocamento os meios eletrônicos como os portais de notícia na internet esses jornais digitais que tem tem por aí que nos atualizam na verdade eles nos inundam nos
atolam de informações então você pode você entra num Portal desse a cada 5 minutos é uma manchete diferente eles reforçam essa fragmentação do sujeito que não tem tempo para si ou para o nada do contemplativo todas as notícias são Breaking Você já viu é uma Tarja vermelha dizendo Breaking News todos os informes e notícias são urgentes com a tarja vermelha então assim você viu a última liminar que o Tribunal de Justiça do Pará deu sobre Sei lá o caso da do homem que roubava capivaras Breaking News absurdo isso né Você viu a influencer que foi
presa por participar do jogo do Tigrinho na casa de apostas meu amigo eu nunca conheci essas pessoas na vida nunca fui na casa delas nem elas foram na minha para tomar um chá um café o que que me interessa entendi barulho barulho barulho acontecimentos notícias estímulos esse essas coisas para ser bem franco estão a milhas de distância da minha realidade e da sua coisas que não pertencem ao nosso mundo minha família comunidade ou amigos todas essas notícias me tiram a atenção do que importa que que é a minha realidade coisas que de fato pertencem ao
meu mundo minha família comunidade amigos tá é isso Essa ordem digital nos Tira o foco nos rapta a atenção que é a nossa audiência a todo momento tá aqui na ordem do ativo não esse modo os operantes não conhece nenhuma função contemplativa ou indisponível do ser ser é igual a informação a informação torna tudo inteiramente disponível tudo é rapidamente disponibilizado e consumível não se forma aqui nenhuma atenção profunda contemplativa porque aqui o tempo é horizontalizado e picotado é fácil Se perder horas olhando notícias ou mídias sociais porque não tem uma sequência narrativa de histórias que
conversa com a nossa vida são informações nuas e cruas lateralizadas que eu saio de uma eu vou paraa outra tá E no final nada disso conversa comigo não agrega para um sentido maior da minha vida do meu ser é como ficar olhando sei lá peças aleatórias de um quebra-cabeça uma hora um uma hora outra uma hora outra como se fosse notícias e memes que não se encaixam monte de coisa solta no nada que não diz respeito a mim volta fta o exemplo do marido e da F do filho só para ilustrar Imagine que a em
vez de estar sentindo aquele aroma e aquela relação você tá lá mexendo no celular vendo um meme enquanto aquela cena do marido e o filho acontece você está sendo raptado para um outro universo vendo sei lá um cachorrinho dançar an vai dizer que nosso olhar vagueia como um olhar de caçador se perdendo panto em qualquer ponto de referência aleatório E aí nós perdemos o verdadeiro ponto de referência ancoragem no qual nós podemos nos demorar das relações que importam a notícia ela é rápida logo vem outra tudo é submetido à necessidade de curto prazo as mídias
sociais como Instagram tiktok da vida também fragmentam o tempo tudo tem que caber em 30 segundos tudo tem que ser breve tudo tem que ser supérfluo portanto nenhuma coisa relevante ou profunda pode ser dita em 30 segundos Acredite só sobra espaço então para chamar atenção tá dancinha gente pelada essa coisa toda é preciso prender o telespectador os primeiros 5 segundos de vídeo experts de tiktok dizem senão ele vai sair do vídeo que que não tem que fazer em 5 segundos de vídeo para chamar atenção dar um berro Mostrar minha bunda que não tem né então
lá mostro meus peitos faço uma dança esquisita qualquer coisa que é válida para chamar atenção e aumentar o número de visualizações esses espaços se tornam supérfluos portanto em que nada agrega na minha história pessoal de vida assim como as notícias tá fragmentam a essência e duração do tempo em momentos aleatórios randomizados e lateralizados ainda vio meu cérebro numa recompensa de curto prazo de dopamina por isso que quando eu olho a vó costurando olhando pro nada escutando uma música olhando a grama crescer eu digo Nossa Coitada da Vó que tede o mortal porque eu não consigo
mais suportar isso meu cérebro tá viciado em estímulos quando não tiktok comendo quando não comendo cinema quando não com cinema fazendo CrossFit quando não fazendo CrossFit tem que estar sempre ativo hum fora o fato de cada vez mais essas mídias sociais tem que ser agressivas para chamar atenção na disputa por concorrência né logo os conteúdos são cada vez mais apelativos sensacionalistas o chocante chama atenção vejam chamam a atenção atenção de quem a nossa atenção a minha atenção que tá lá no meu filho e no meu marido a atenção que é sequestrada portanto para uma pessoa
seminua fazendo exercício na academia para um cara falando como entrar numa banheira de gelo às 5 hor da manhã vai fazer você despertar o seu potencial de leão n ficar rico nossa atenção tá sequestrado na tela do celular para alguém dizendo ou fazendo algo grotesco que não tem sentido algum com o meu mundo real fragmenta-se o tempo e a realidade das coisas ficamos viciados consumindo esses vídeos sensacionalistas e curtos não tendo mais tempo ou não abrindo mais o espaço para o contemplativo onde a realidade da minha vida de fato criada e processada como a gente
tá vendo não Tô interessado na história do Bill Gates do presidente dos Estados Unidos ou no do Gustavo Lima Hã Eu Tô interessado na minha história de vida essa assim para mim é real eu não conheço esses caras a realidade interna do sujeito portanto a minha da minha mãe do meu pai da minha avó do meu cachorro do meu filho do meu amigo pessoas que existem para mim e eu me relaciono a ideia eu poder ter tempo e interesse em me demorar nesses objetos os reais para sentir o aroma deles como a gente vem costurando
nessa aula sem contar que nesses espaços as pessoas se vendem se anunciam como propaganda todos nós viramos produtos a rede social que do Social não tem nada quebra o tempo do inútil onde uma possibilidade de vida é sufocada ao nascer ela nem nasce né é um nasce morto não nasce porque ela não dá tempo pra solidão ela não dá tempo pro silêncio ela não dá tempo por Florescer e germinar neste outro mundo M nessa outra realidade que nós estamos falando aqui na aula a a velocidade dos acontecimentos impostas por esses meios de comunicação WhatsApp a
todo momento mídia consumo de notícia é barulho estímulo não sabemos mais ficar só com isso o mundo contemplativo se fecha e junto com ele as conexões verdadeiras que só podem ser formadas gestadas chocadas nesse tempo do não fazer voltado é me projetar no externo tá as relações ali pai filho eu reverberar em mim que está ocorrendo hoje em dia o que que nós estamos vivendo é como se nós só conseguíssemos acessar a superfície das coisas e não se o interior é isso que h tá dizendo nós somos esse peixe nadando ali na analogia do Walter
riso hã apressado eh querendo chegar no no oceano e já estando nele mas a gente não consegue perceber nós não conseguimos acessar o interior das coisas por quê Porque nós não temos tempo para fazer esse mergulho qualitativo é Tudo na ordem do ativo rápido e para ontem e nem o outro também para ser justo se mostra disponível a se conectar com a gente nesse nesse nesse tempo demorado nesse qualitativo porque ele também tá na lógica do do Instagram de 30 segundos como um produto que ele tem que se vender ou correndo para para para fazendo
mais um curso ou para se aprimorar no seu trabalho fica tudo superficial igual e sem conteúdo as palavras de B chunan inatividades demandam tempo elas exigem muito tempo um demorar-se intenso e contemplativo elas são raras em uma época de pressa no qual tudo se tornou tão tão a curto prazo de tão curta respiração de vista tão curta hoje impõe-se em todo lugar a forma de vida consumista na qual toda necessidade deve ser satisfeita imediatamente não temos mais paciência para espera no qual algo pode lentamente amadurecer O que conta é apenas o efeito de curto prazo
o êxito rápido ações se encurtam em reações experiências se diluem em vivências sentimentos empobrecem em emoções e afetos não temos mais acesso à realidade que só pode ser revelada em uma atenção contemplativa suportamos cada vez menos o tédio por isso a capacidade para experiência defim o consumidor contemporâneo vai dizer R também é alguém Solitário ele vive em isolamento a cultura do consumo longe de gerar pertencimento fomenta a solidão e o distanciamento então a gente vive uma espécie de cárcere privado de nós mesmos uma bolha solitário que pensa a comprar online tá você tá lá comprando
na Amazon você compra sozinho assistir um filme Você assiste sozinho passear no shopping Você passeia sozinho mesmo que tem alguém do seu lado você está na sua bolha interagindo no sentido utilitarista não não não não tem um demorarse el contemplativo de troca raramente o tem raramente o tem o consumidor não se conecta aos outros mas mergulha em uma experiência individualizada e atomizada não há troca de olhares conversas ou de momentos compartilhados que gerem propósito essa construção com o outro é tudo sobre mim cada compra é uma transação solitária vai dizer RR que alivia a curto
prazo a solidão Solidão a qual nós estamos Porque nós não conseguimos nos conectar com os outros mas é um antídoto que ao mesmo tempo é o veneno que a mantém então na sociedade de hoje eles nos vendem a solução consuma tenha Prazeres imediatos para aliviar sua solidão mas isso só reforça a nossa solidão esse processo de consumo moderno dissipa o senso de tempo compartilhado com outro é óbvio N E Aí Tempo partilhado com outro se torna inútil preciso que a gente consuma o tempo então gastando comprando tendo experiências ativas isso que nos vendem é assim
que nos vendem isso nos desconecta o ritmo da vida lenta em sociedade a troca humana que trazia o Aroma do tempo e da convivência desaparece é o famoso demorar-se com os amigos né em um em um domingo à tarde não é assim vocês lembram como é que era domingo à tarde antigamente quando eu digo antigamente pouco Sei lá 10 15 20 anos atrás com famílias e amigos todos de papo furado jogados no sofá rindo conversando não fazendo nada até isso tem se modificado o consumidor que apenas consome sem criar ou compartilhar tem uma vida sem
conexão real consumo moderno dissolve a comunidade e a experiência do nós nos tornando apenas espectadores solitários de nossas próprias vidas é isso que Ban vai dizer a própria crise da religião é outro ponto que ele aborda nesse livro reflete a falta de tempo para uma vida contemplativa e a perda da passividade em seu sentido positivo quem hoje tem tempo para ir à missa para orar para simplesmente receber um sermão uma fala do padre Sem pressa a modernidade nos afastou da capacidade de simplesmente acolher a dádiva espiritual de nós sermos passivos diante do Sagrado agora espera-se
que a gente faça por m ativamente cada aspecto das nossas vidas incluindo a fé a religiosidade que outra hora envolvia essa entrega e recepção tranquila onde Eu me abro contemplativamente e o outro me preenche esse outro sendo Deus foi transformada em mais uma tarefa a ser cumprida mais um objetivo a ser alcançado em meio correria cotidiana eu preciso hoje inclusive em artigos de fé e religiões do tempo provar o meu lugar no céu no sentido ativo protestantismo vem muito em linha com o Espírito do nosso tempo vai dizer já já vai dizer Max Weber é
preciso provar o seu valor e ficar parado e perda de tempo trabalhe se desenvolva acumule Talvez assim você sejam um dos Escolhidos para ir pro céu até isso se modificou e traduz os nossos tempos a ética protestante como diz o Max bber o ritmo da vida atual não permite a experiência de fé como um espaço de Quietude e contemplação passiva eu não preciso fazer nada não há mais tempo para lentidão da oração para o silêncio que conecta o ser humano ao Divino que como o Sol como eu falei lá né o do da aloria do
Platão o cara que sai e recebe o sol ilumina nos aquece nos fornece algo ampara a passividade antes vista como uma virtude de quem acolhe e se entrega ao transcendente agora é desprezada em nome da produtividade preca ser produtivo para dar certo para ser acolhido por por essa entidade religiosa O resultado é uma espiritualidade que não se vive plenamente mas que se tenta produzir ativamente vai dizer B E aí traz o exemplo do Sabá hum para ilustrar a importância do descanso da pausa e da passividade Positiva na vida humana o Sabá no contexto judaico é
um dia sagrado reservado paraa contemplação e o descanso onde o trabalho e a produtividade são suspensos é meio que proibido ou visto com maus olhos nesse dia você ser ativo ou produzir qualquer coisa estar relacionado ao trabalho então para Ram Sabá é um símbolo de uma momento em que o ser humano se permite não agir descansar e se abrir pro sagrado ele vê esse dia de repouso como uma resistência ao ritmo Frenético da da modernidade que exige ação contínua o Sabá representa a possibilidade de se reconectar com tempo com sagrado e com uma existência que
não se define exclusivamente pela produção ou pela eficiência tá então Sabá é um momento de reunir a família e a comunidade muitas vezes eles realizam uma refeição especial na noite de sexta conhecida como jantar de Sabá onde as velas são acesas benças são recebidas o pão e o vinho São compartilhado e um dos momentos principais nesse nesse nesse dia é o descanso Total Essa é a característica seja qualquer trabalho ou atividade produtiva não é bem recebido talvez traduzindo para quem não é judeu e não e tudo bem por exemplo não sou ele usa o exemplo
e acredito que também não ele só tá usando o exemplo de como que existem práticas que que pregam o a contemplação né então traduzindo para quem não é judeu e seria o que nós costumávamos fazer que a gente estava falando dos Domingos em muitas casas momento de descanso profundo e sagrado e aqui eu não tô só falando de descanso laboral de sua atividade profissional mas cano de qualquer responsabilidade ativa por performance é aquele bom e velho ficar largado no sofá jogado na rede aquele almoço de domingo lento e demorado que dura o dia todo hum
as pessoas dormem ali no sofá depois da refeição tiram um cochilo acordam Depois tem um café da tarde aí elas dançam riem contam histórias esse tipo de domingo que não existe mais domingo agora o que que é vamos para a ti aqui 9 horas da manhã eu vou pro CrossFit treinar meu corpo vou pra academia aí tá pago hã aí depois vou pro brunch às 11 da manhã aí depois eu vou pro shopping ver um filme ou comprar sei lá eu o qu numa loja Depois eu vou ver o jogo de futebol e no no
estádio tudo isso são eh consumos ativos em primeiro eu gasto dinheiro segundo eu tenho que est sempre estimulado percebem e a noitezinha eu já vou adiantar alguns e-mails e trabalhos pra segunda do trabalho hã ou eu vou ao mercado para deixar tudo certo para começar a semana ou Vou fazer minhas marmitas ou adiantar aquele curso que eu tô fazendo minha nona especialização humal eu já tive minha hora de autocuidado Então agora eu vou produzir um pouquinho esse domingo não é domingo e não é de graça custa caro e não só em termos de dinheiro que
o sistema quer que a gente G né para girar a roda consuma experiências mas em termos de solidão estamos ocupados ativos mais solitários tá nos encontramos isolados em nossos carros mergulhados em Nossos celulares vendo uma bolha de personalização o consumidor devora experiências tem realmente viver elas com um outro vocês já devem ter visto a cena de um casal num restaurante sábado à noite sexta à noite Sei lá eu domingo meio-dia cada um preso a sua tela do celular isso é um exemplo Claro dessa fragmentação o que antes era um momento de comunhão e troca vem
se definhando vem se reduzindo a uma ideia de Cada Um Na Sua bolha de Uma Vida ativa fragmentada e solitária agora uma experiência paralela onde cada um tá preso no seu mundo digital sua própria bolha a modernidade então eliminou esses rituais tradicionais que conectavam as pessoas a algo maior seja no religioso seja na familiar em que ofere um senso de comunidade e pertencimento PR ran até isso na religião antes a comunidade ia buscar junto né rezar junto em um determinado espaço agora A ideia é cada um conversa com Deus na sua individualidade né Eu Eu
me comunico direto com Deus não preciso mais de uma igreja de uma comunidade tudo fragmentado para ran as festas e rituais no passado tinham um poder de interromper o tempo produtivo vamos voltar lá pra idade média e no início da minha fala a galera trabalhava bastante não era pouco mas eles tinham 80 100 120 dias de festas de rituais de não fazer nada se interrompe o tempo produtivo não se tem a pressão por desempenho o tempo inteiro desempenho produtivo e pessoal cria-se uma pausa ativa que permite E permitir a contemplação e a renovação do sentido
da vida a vida só ganha sentido nisso tá você pode ter 15 iPhones isso não vai trazer sentido na hora que você for morrer se você tiver um momento lá na cozinha com seu filho e seu marido na hora que você for morrer velhinho você vai se lembrar disso não dos Seus 15 iPhone tá não que a foto que você tirou desse momento tinha 55 MB e não 32 MB tanto faz essa porcaria tá tanto faz a foto que você tem que tirar aqui com seus olhos com sentimento que você sente ó tira a foto
assim ó piscando aí você capta aquela imagem tá não com celular R critica o fato de que na sociedade contemporânea Eu acho que eu já falei isso em outra aula interrompendo aqui o texto Um Minuto quando as pessoas vão num show ou num conscerto né que já tá na lógica Consumista um show né uma experiência que você consome ali eh sem se conectar Mas beleza é o que nós temos hoje você vai lá no show da Lady Gaga da Madona qualquer coisa assim e aí quando toca a música que você gosta em vez se minimamente
você conectar com a música que que as pessoas fazem vou filmar aí é isso né é isso não assiste nem o negócio que pagou lá vai filmar para mostrar na rede social pra amiga ver e ficar com inveja R critica o facto de que na sociedade contemporânea as festas Eos rituais foram substituídos por eventos de consumo que não oferecem uma verdadeira ruptura com essa rotina tá então esses eventos essas festas comerciais como exemplo que eu deixo da Madona Sei lá eu o qu datas comemorativas capitalizadas né como o Natal Dia dos Pais Dia das Mães
ou entre entretenimento que ele chama de banal apenas servem para reforçar a lógica de mercado e produtividade em vez de criar um espaço de conexão espiritual e social com as pessoas ok de novo você não precisa ir para Paris com seu pai para vocês terem momento de conexão você pode ir lá na casa dele tocar campanha sentar no sofá e vocês terem um momento de conexão é que os feriados eh os feriados a gente religiosos ou não religiosos mas que ten um significado a gente nem celebra o motivo do feriado né no seu significado então
dia desfado são poucas as pessoas que vão visitar seus entes queridos e e e se conectar com isso elas aproveitam para sei lá descansar adiantar trabalho ir pro CrossFit ir pra academia tirar o atraso da semana produzir mais ou vou ao shopping ou vou dormir o dia inteiro porque eu tô exausto de trabalhar né é um tempo não voltado à contemplação e a conexão não sabemos mais parar mesmo quando temos oportunidad de ficar parado o exemplo que eu vivi em meus dias que eu queria compartilhar com vocês foi quando teve as enchentes aqui em Porto
Alegre Rio Grande do Sul para quem não sabe eu sou gaúcho moro em Porto Alegre em Maio de 2024 nós tivemos enchentes né da da questão do aquecimento global eh e e essa questão que nós vemos falando do do uso discriminatório da natureza enfim aí teve as enchentes eh e nesse acontecimento catastrófico onde muitos perderam o que tinham então de bens casas inclusive vidas e parentes tá no meio dessa tragédia toda ou passado alguns dias ou semanas dessa tragédia toda e aí eu vou falar que a par de toda a etapa de suporte que eu
como psicólogo também Participei de apoio ao trauma às vítimas né todo o cuidado do ponto de vista psicológico médico e humanitário de reconstrução da cidade tá A par disso algo curioso começou a ocorrer eu queria compartilhar com vocês passada a fase inicial da tragédia demorou-se alguns dias e semanas para voltar a luz e a água nas casas então não tinha eletricidade Então as pessoas na cidade vocês Imaginem tiveram uma parada forçada eh desse barulho que nós estamos falando aqui do ativo né não dava para trabalhar não tinha sinal de celular luz internet não tinha nada
algo Aqui começou a se formar começou a se formar um senso de comunidade e de uma forma muito rápida as pessoas começaram a sair ir pras ruas para conversar umas com as outras para se não só para se ajudar mas se ajudar também alimentos águas etc você tá precisando de algo hum pega um pouco do meu alimento da minha água pessoas ajudando nos resgates e tal mas ao arder isso aconteceu aqui nas próprias casas no onde eu moro entorno no espaço de casas ao entardecer as pessoas começaram a sair pras ruas pra calçada elas sentavam
e começavam novamente a contar histórias de como tinha sido sua experiência na enchente ou até mesmo sobre outros assuntos para passar o tempo criou-se um sentido de troca em que as pessoas se demoravam umas com as outras abriu-se essa janela do contemplativo quando a gente tirou todo o barulho ao natural Olha que interessante em poucos dias se criou o sentimento compartilhado de comunidade mas mas assim que voltou a luz mas não deu 2 minutos que voltou a luz quando voltou a luz todo mundo eh vibrou no mesmo instante na mesma hora ou no mesmo minuto
melhor dizendo tudo isso desapareceu essa porta que tinha se aberto devagarinho se fechou do contemplativo nenhum ó nenhum instalar de dedos tá E aí eu andava na rua e era possível ver nas casas Cada um na sua casa cada um na sua bolha mexendo provavelmente no celular ou vendo do televisão que dava para escutar né a televisão dá para escutar e dá para ver o brilho Hum e a luz ligada cada um n suas casas das salas ou dos quartos com a janela acesa consumindo notícia para se atualizar do que aconteceu filmes ou séries pronto
cada um voltou pra sua bolha cada um voltou pro online conectado hum enquanto a vida offline voltou a ficar à margem voltou a definha eu queria compartilhar esse relato porque eu acho bem interessante e ilustrativo o ponto é que as atividades no sentido contemplativo e a formação de vínculos demandam tempo é isso que nós estamos vendo na aula de hoje elas exigem muito tempo investido assim como o tempo investido nativo para produzir algo no seu trabalho qualquer coisa assim você precisa para ter uma relação verdadeira e boa com alguém tempo investido não demorarse intenso intenso
porque só funciona se nós não tivermos pressa e elas são raras essas relações essas construções em uma época que nós somos escravos do relógio do alarme do celular no quadro no no no qual tudo se tornou a curto prazo de tão curta respiração de uma de uma de uma vista tão curta nós não temos mais a paciência para esperar na qual algo pode lentamente amadurecer por exemplo que o agricultor deu lá né Nós não temos paciência para ver uma planta crescer queremos botar adubo e sei lá que substância química para crescer logo esse troço arrancar
já plantar o outro temos mais tempo pra vida né não temos mais paciência pra vida pro ritmo da vida percebam que teve que haver uma catástrofe que cortou os mes de comunicação tá onde eu onde eu moro no exemplo que eu dei em Porto Alegre ficamos sem celular sem energia sem água sem nada para que as pessoas saíssem das suas tocas e começassem a conversar umas com as outras an trás que com a falta né Eh desse tempo passivo a vida vira sobrevivência Como faz falta tempo inútil jogado fora a conversa em volta da fogueira
metaforicamente falando a fogueira e a reunião entre amigos os festejos não os festivais hã não os rocking Hills os festejos de um povo que lá dança pinta que tem um tem tem um propósito para aquela comunidade isso não existe mais os domingos à toa sem propósito produtivo Como faz falta vai dizer em suas palavras jogo e dança são inteiramente libertos do para algo as coisas Libertas do para algo tornam-se elas mesmas festivas elas deixam de funcionar para brilhar e resplandecer Brota delas Uma tranquilidade contemplativa que torna possível o demorar-se na festa enquanto forma reluzente da
existência humana desfaz-se toda a espasticidade existencial do ser aí determinado à ação festividade liberta a existência humana da estreiteza do propósito e da ação das amarras da finalidade e da utilidade onde a disposição Festiva impera suprime-se o tempo espasmódico do Cuidado a tão existencial que Brota do si mesmo a ênfase no si mesmo dá lugar à serenidade e à alegria demorar-se contemplativo desfaz o patus da ação que que acontece quando nós esquecemos de parar o que que acontece quando nos focamos exclusivamente na ação e na produtividade acontece que nós perdemos a capacidade de ver o
que realmente importa perdemos de vista a contemplação que em muitas tradições é vista como o ponto mais alto da vida na filosofia grega por exemplo a felicidade não estava na ação incessante mas na capacidade de contemplar o mundo de observar o que existe e se maravilhar com ele o filósofo anaxágoras quando perguntado sobre o propósito da vida respondeu que viemos ao mundo para contemplar para ver a luz do sol para sentir a maravilha do que é e eu acrescentaria para ver e a sentir a vida ao nosso redor para participar dela e não para consumi-la
como um produto ou um fim o caminho se faz ao caminhar não existe destino a se chegar ah Fernando Alguns vão dizer mas eu preciso trabalhar não dá para se viver só de luz solar e Flores isso é idílico nós não precisamos ir ao extremo o que Ram faz é um convite a flexibilidade estamos nós hoje 100% do tempo no modo ativo e lembre-se não é sobre horas de trabalho é sobre pressão por produtividade seja de aprimoramento do trabalho seja aprimoramento do corpo da mente ou qualquer coisa o que ele pede é um respiro contemplativo
Em alguns momentos é essa flexibilidade é isso e não só de novo das horas de trabalho em seu emprego mas quando você não estiver nele que consiga desligar esse modo ativo dentro de você desse próprio chefe capatas interno que cobra sempre resultado e utilidade exercite a contemplação B Chan ao falar de contemplação explora a necessidade da pausa da inatividade em contraponto ao que ele vê que é um mundo moderno sufocado pela hiperatividade pela lógica da produtividade ele critica como a sociedade contemporânea desvaloriza o não fazer e glorifica constantemente o fazer han argumenta que essa falta
de pausas e o foco extremo no desempenho destróem o que ele chama de intensidade Vital e capacidade de se conectar com mundo de uma forma mais profunda mais significativa faz com que fique inacessível a essa camada de vida relacional de criação de sentido pessoal e de conexão portanto a contemplação não é apenas uma forma de descansar ou de escapar das responsabilidades do dia a dia não é um repousar para eu ter energias novamente trabalhar isso ainda está na lógica do trabalho e da produtividade ela é na verdade uma maneira de se reconectar com que é
verdadeiramente importante a gente direcionar a energia de vida para vida e não para produção em última instância a contemplação ou não fazer que tem muito de fazer que a gente viu mas um fazer pessoal de relação de sen a contemplação nos oferece uma liberdade que o trabalho incessante nunca pode proporcionar a liberdade simplesmente existir de encontrar significado na própria existência portanto ao compreender a contemplação como uma forma de pertencimento à natureza e ao mundo entendemos que o nosso eu aquele ego que tá sempre buscando mais aquele ego pequeninho e frágil perde a sua importância se
dissolve no disso tudo nos momentos de verdadeira contemplação o eu desaparece e a gente faz parte de algo muito maior nos tornamos algo muito maior É nesse estado que a gente encontra o verdadeiro significado do ser vai dizer R não em uma busca incessante por mais mas na capacidade de simplesmente existir e desfrutar da nossa existência onde não há silêncio não há música Há apenas ruo se nós quisermos realmente escutar a vida nós precisamos aprender a Pausar a contemplar e a deixar que o mundo nos toque em sua Plenitude até a próxima aula Pessoal espero
que tenham gostado
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