Oi dona Rita já arrumei aqui a câmera Qual que é o tema de hoje fetiche eu vou te fazer ver o mundo de ponta-cabeça mudar sua perspectiva fazer esse da vida por coisa destruir suas relações sociais Dona Rita eu sei que você é só mostrar o perto não é fetiche da mercadoria [Música] tá bom Como você já deve ter visto em algum local desta tela o tema do vídeo de hoje é fetiche ou fetichismo da sociedade capitalista é e a gente começa essa brincadeirinha que eu fiz com o Rogério do início do vídeo porque o
termo fetiche ele é um termo polissêmico né ele tem muitas significações é aqui a gente não vai fazer a discussão por exemplo de fetiche para o Freud é não vai fazer uma discussão da trajetória da palavra eu vou mas o perímetro de um pouquinho só da trajetória da palavra fetiche na língua etc mas já vou deixar de recomendação se você quiser fazer essa discussão o palavras-chave do seu Raimundinho no qual ele ele faz essa trajetória para discussão da palavra fetiche a gente está no especial carlimar que são né ano 2 da jornada ano passado e
fiz dois vidrinhos esse ano a gente já teve uma fala com Dona Marilena chauí sobre o conceito de história de de vir em Marx um debate com a Virgínia Fontes o Ricardo Antunes e a Sofia Manzano sonho de Presidente né imagina aqui tudo é aqui no canal sobre o mundo do trabalho e os nossos desafios posso pandemia e hoje Estou trazendo para vocês uma discussão sobre o conceito de fetiche é em Marx mas não apenas dele vou trabalhar com vocês é basicamente dois textos Marques uma introdução do Jorge grespan que a gente usou para produzir
os dois primeiros vídeos da série ano passado e teoria marxista Econômica uma introdução do Osvaldo coggiola os dois pela boitempo esse livro do cordioli cordioli o historiador argentino Precisou se refugiar durante a ditadura sanguinolenta da Argentina este livro é um curso que foi dado ao partido Obrero né da Argentina na clandestinidade o cliente a ditadura Este texto tem algumas transformações do original sendo uma delas O que aconteceu com as com Os territórios que eram socialistas por exemplo na União Soviética após a diluição da sua união e os debates acerca de globalização o prefácio é inacreditável
e o seu Osvaldinho ele consegue apresentar mais de 12 conceitos marxistas como valor mais valia trabalho alienação e um texto muito curto então deixa de recomendação para vocês lerem esses dois capítulos que eu vou utilizar eles fazem referência ao capital Volume 1 e aos grundriss a né do seu Carlinho a gente não vai usar eles vai usar as citações deles nos livros então Primeira ideia que a gente deve começar é que a palavra fetiche em alemão significa feitiço encantamento mistificação e o Marcos a usa para discutir a forma bom então se você lembra a gente
fez um vidrinho aqui sobre mercadoria o que o que o Marcos está trabalhando é que existe uma dualidade entre a forma com a qual as mercadorias se apresentam e o processo que as transforma em mercadoria que consegue valor a elas EA relação que elas estabelecem no mercado esse feitiço é parte da discussão que a gente vai fazer aqui hoje eu pensei que talvez a forma mais bacana mais didática de iniciar fosse uma que explicasse para vocês o que é esse feitiço né o Marcos não materialista histórico-dialético né porque a teoria dele fala de phantasmagoria da
opressão das Gerações mortas sobre as vivas dos Fantasmas do passado do espectro do comunismo do Capital que sobrevive como um Vampiro sugando o trabalho vivo dos trabalhadores porque ela era fanfiqueira ela não E é porque essas imagens nos ajudam a entender a mistificação que ocorre nesse sistema como esse campo da ideologia é utilizado para justificar explicar fazer da conta fazer KB os Absurdos do campo da materialidade tem que ser em começar assim sabe é essa edição de todos os contos da dona Clarice Lispector pela editora Rocco e EA organização dos Contos bem como prefácio foi
feito pelo Benjamin Moser e ele é intitula o prefácio dessa edição de glamour e gramática a primeira vez que o que eu me deparo com essa ideia é neste prefácio quando Moser diz o seguinte as palavras glamour e gramática vem de uma mesma palavra antiga Então até o mil e 700 na Escócia é você tem uma palavra que vai ur a nar glamour e gramática e o que ela essas ideias têm em comum é que elas são um tipo de mistificação um tipo de magia da classe dominante sobre os dominados o glamour a força de
conceder a algo um brilho uma aura uma interioridade que essa coisa não tem seria o glamour não é esse Encanto da Visão EA gramática Seria a mesma coisa essa forma de através do conhecimento da linguagem é de operar uma alteração na percepção do mundo então dicionário merriam-webster faz uma etimologia dessa palavra e diz que gramática grammar inglês originaria glemer que vai então dá origem a glamour e até o mil e 700 você tem essa ideia desse encantamento sobre a realidade de fazer com que a realidade para essa outra coisa até o milho 800 o dicionário
nos diz que essa palavra passa significar uma atração excitação quase sempre ilusório é por que que eu comecei indicando aquele livro do seu Raimundinho palavras-chave seu Raimundinho trabalha nesse livro Como o significados dos nossos termos estão em disputa e refletem as nossas práticas materiais de um povo não tempo que a palavra glamour e gramática passem nas sociedades pré-capitalistas é uma ideia de uma alteração da forma de percepção da realidade para a partir do Milho 800 essa ideia de ilusão né de uma atração pela ilusão é já vão nos informando sobre o que aconteceu com a
sociedade a partir da consolidação do capitalismo como um modo de vida Global ideia mais básica primeira né numa primeira instância e o Marcos já tá tá e logo no primeiro Capítulo do capital é que a mercadoria ela pode se apresentar como algo comum dando corriqueiro mas que ela tem um caráter Místico metafísico O que é o seu valor a transformação do capitalismo em um modo de vida a forma com a cor gente se organiza produz reproduz distribui e negocia entende instaurar uma sociedade na qual não é a relação entre pessoas que aparecem em primeiro plano
Mais a relação entre mercadorias o capitalismo pode assim ser entendido né e eu adoro uma frase que a bini adamczak na altura de Comunismo para crianças usa logo na introdução Zinha do livro dela que ela fala o capitalismo é assim chamado por ser o domínio do Capital sobre a sociedade inclusive sobre os capitalistas né quem é que manda nas pessoas são as coisas que mandam Oi tá dizendo isso ela tá falando sobre essa dualidade essa oposição que Inclusive a Marilena chauí falou na aula dela entre o trabalhador e o seu outro a sua negação que
é o capital o capital só existe porque eles uga valor do trabalhador Porque ele utiliza de preda degrada o trabalhador para gerar valor então essa ideia do que o fetiche da mercadoria ele estaria na gente organizar sociedades onde as mercadorias mandam em nós tem uma formulação famosa do Marco sobre a ideologia que é sobre os homens não saberem o que fazem mais fazerem mesmo assim né que de certa forma uma brincadeira com aquela frase que Jesus Cristo teria dito na cruz antes de morrer né perdoo e os pais pois eles não sabem o que fazem
mas fazem mesmo assim né o Marco faz a brincadeirinha e essa ideia é a seguinte quando a gente vai ao mercado ou mercado vem até nós na nossa é bem É o que tem aqui é uma pagamento da relação entre pessoas Então você tá vendo esse meu belo figurino maravilhoso quando você olha para ele a gente pode fazer uma descrição material dele aí ele é do tecido tal Ele é preto tem uma bola que imita couro sintético tem bolinhas mas essa descrição material Muito provavelmente vai ser incapaz de dizer quem produziu como produziu e como
a peça chegou até mim a ideia desse apagamento da trajetória histórica da mercadoria Eu já trabalhei em alguns vídeos aqui inclusive um antigo ao farol do Marxismo que eu explico o Marxismo eo Twitter assim bem mal tem que é o que dá para fazer no Twitter Mas voltando a ideia é que a relação entre pessoas vai sendo apagada e o que se instaura neste lugar é uma mistificação tem que são as mercadorias que estabelecem relações entre si o Ato da compra é uma troca de mercadorias a mercadoria podendo ser entendida como o dinheiro signo das
exploração da sua força de trabalho então a minha força de trabalho foi explorado e produziu e esta mercadoria dinheiro que eu troco por uma outra mercadoria e essa relação de produção de troca de valor que rege as nossas vidas é o mercado quem manda Lembra no início da pandemia e os setores bolsonaristas dizendo a economia não pode parar é como se as relações humanas fossem para segundo plano e o primeiro plano fosse a relação das mercadorias entre si como se elas tivessem alma esse é o fetiço feitiço delas o Marcos pegue esse termo para se
referir a sociedades pré-capitalistas então ele diz olha o fetiche né de sentido antropológico mais amplo Essa Ideia de um anel mágico de um totem que chama chuva e uma máscara que espanta os maus Espíritos é como se um pum eu tô E aí a gente não pode chamar ainda de forma mercadoria mais um produto tivesse uma alma uma aura é uma magia não por acaso hoje a gente chama o telefone de telefone inteligente de Smartphone a gente atribui características humanas para os produtos aí um lindo tênis mas como esse tênis foi produzido como essa matéria
foi extraída como mão de obra foi explorada na produção como o fast Fashion usa mão-de-obra escrava infantil para produzir o lindo calçadão ele não é lindo ele é produto de exploração de mão-de-obra semi-escravo infantil mas ele se apresenta com o glamour da gramática do seu feitiço de um lindo casaco de fast Fashion Então essas questões vão sendo apagadas por essa mistificação Quem produz como produz Quem produz Quem produz né porque existe um trabalho de reprodução social de cuidado de alimentação de Nutri ah e também é apagado qual era o estado emocional material mental fiquem produziu
tão tudo isso desaparece e apenas é focada na relação de troca entre mercadorias Quanto custa este produto na página 109 o seu Osvaldinho diz o seguinte ele tá citando um outro intelectual o Isaac ele Ruben o fetichismo não é apenas um fenômeno da consciência social mas da existência social é o vídeo se chama fetichismo na sociedade capitalista Porque existe uma cisão sem a qual a gente não compreende isso o fetiche da sociedades pré-capitalistas era essa propriedade mágica de um produto o feitiço das sociedades capitalistas é que a vida humana deixa de ter importância é que
a relação humana Deixa de ser a produtora do mundo e o mercado é o Deus supremo que precisa ser atendido e exi a coisa sobre essa inversão sobre como tudo aparece invertido né na lógica capitalista que a ideia de que o produto do trabalho é o que possibilita o trabalho então a fábrica por quê que existe a fábrica porque alguém a construiu mas a gente entende como se eu só posso trabalhar porque tem uma fábrica não a fábrica é produto do trabalho humano quando vai explicar a fetiche o Marcos volta para religião né e de
certa forma ele tava conversando com o foyer ba gente já fez um vidrinho aqui também no canal foco força fé e foi ele que é a seguinte uma espécie de alienação religiosa né de ideologia religiosa é quando os povos que criam seus Deuses imaginariamente a Deus da chuva Deus do sol O Deus do Trovão começam a imaginar que são os seus Deuses que os criaram a mesma coisa acontece no capitalismo o capital valor extraído do trabalho passa-se Plate a como pro é de valor como produtor trabalho aí o Osvaldinho dá um exemplo a Ford investiu
na criação de milho empregos produce aqui um fenômeno O que é uma relação social entre pessoas os trabalhadores assalariados e os capitalistas aparece como se fosse uma coisa o capital que domina os homens né a Ford da os empregos e aos Operários lhes Parece que eles não poderiam trabalhar sem isso com isso são atingidos dois objetivos a ocultação da relação entre exploradores e explorados EA criação da ilusão de que o capital é eterno posto que sem ele não há mais trabalho então a gente fala sobre fetichismo da mercadoria mas existem dois outros fetichistas aos quais
eu gostaria de me remeter aqui antes de encerrar o vídeo o primeiro deles sendo fetichismo social os produtos do trabalho humano as me e o capital aparecem para as pessoas como se fossem dotados de personalidade própria e as dominam o preço da Batata não para de subir o tomate é o grande vilão da cesta básica o preço do óleo dispara Mas quais são as relações que explicam isso as relações entre pessoas ao dar esse protagonismo ao mercado as relações pesquisadas entre mercadorias o capitalismo como sistema de produção se mostra incapaz de atender necessidades humanas não
há possibilidade de fazer nesse sistema planejamento econômico planificado então a gente decide Olha é com base nessas necessidades humanas para atender estas necessidades produziremos tais coisas não tais coisas serão produzidas porque seus valores de troca mandam no mercado a relação humana é apagada EA relação entre é estabelecida seu Osvaldinho coloca da seguinte forma essa crítica da economia política né é a ideia de uma forma mercadoria do fetichismo da ideologia que são base para o que o trabalho que o Marco está fazendo produzem uma teoria social e o que ela nos diz que o capitalismo não
possui mecanismos por meio dos quais a sociedade possa decidir coletivamente o quanto do seu trabalho será direcionado a tarefas particulares quando eu me referia a uma economia planificada tava falando por exemplo na China ideia de que com a pandemia fábrica serão revertidos para produção de e pênis né de equipamentos de proteção individual os esforços humanos daquela sociedade serão direcionados e um sentido então a gente não tem saneamento básico nesse país a gente tem fome a gente não tem habitação e moradia a gente e os esforços não são canalizados nesse sentido no sentido de produzir mercadorias
que gerem valor Ao serem trocadas já pensou se todo tempo e energia que a gente gasta enlatando milho e ervilha que vai apodrecer na lata e ser jogado fora produzindo excedentes que vai ser queimado porque ninguém vai usar fosse utilizado no atendimento das necessidades humanas no debate das necessidades humanas no fortalecimento de um sistema que fosse sobre relações humanas e não relações de mercadoria E aí por fim a gente chega nessa ideia do fetichismo estatal bom mas será que não estado que não meu anjo o estado é uma abstração quem ocupa o estado o capital
né O Estado está a favor dos capitalistas ou seis não lembro do Ricardo Salles aliás que foi secretário a vida toda do ao que vim né que agora o nosso camarada sociales fácil né em grande aliada da classe trabalhadora o Ricardo soles falando que agora é me preocupando estado passar a boiada Por que que não tem taxação de grande futuro o que que não tem oposto objeto não não aquilo que eu falo para vocês de todo o vídeo né eu jeito vocês me desculpem tá usando esse tá E para me rebaixar a este nível é
o que a conjuntura exige de nós é o estado vai cobrar mensalidade da universidade pública né num plano de privatizar de tirar uma das coisas mais importantes que a luta dos trabalhadores das trabalhadoras dos Estudantes das estudantes conquistou a Mas é pela igualdade só o meu os outros mas vou fazer engano que se fosse por igualdade era só grande fortuna mas não tá lá fazendo a cordão com ela unmask né para para entregar Amazônia Então volta me recompus do ódio esse fetichismo estatal é essa ideia de que o estado representa os interesses da burguesia os
únicos e interesses que o estado representa ou nas palavras o Valdinho né o estado na moderna sociedade capitalista em cobre-se com Disfarce mais humano a expressão da vontade geral porém a sua própria origem da dívida contraída pelos monarcas dos uso eiros que obrigou a convocatória do Parlamento situação na qual os capitalistas acharam terreno político para fazer valer os seus interesses revela a subordinação do Estado ao capital Ou a gente pode pensar por outra óptica que são na hora dos momentos de crise né onde os valores do Capital São colocados em xeque onde relações humanas se
organizam Para de mandar outra política nos momentos de crise revolucionária esse ídolo também cai essa ideia desse estado democrático o estado aparece claramente como um instrumento de uma classe cuja coluna vertebral Quem são os destacamentos de homens armados os quais substituem os juízos os deputados os presidentes nessa ideia de que no fim das contas que a gente tem a força material se quem tem a possibilidade de exercer a força de repressão é o estado e o estado pertence a uma classe A gente já sabe qual classe vai tomar tiro vai ter sua casa invadida não
vai ter seus direitos realizados etc etc etc acho que para além do debate de fetiche esse vídeo também se pretende a derrubar uma ideia de que o estado burguês serve alguma outra classe que não a burguesia e que a gente só conseguirá outra forma de organização política com outra forma de organização social sem construção de poder Popular meus anjos e anjas o que sobra para a gente acreditar nos fetiches dessa sociedade é isso espero que vocês tenham gostado semana que vem a gente tem mais um especial carlimar que são tá bom E é isso que
eu vou produzir Porque depois vai começar o mês da diversidade das LGBT e volto para os assuntos das diversidades das LGBT por um ponto de vista materialista histórico-dialético tá então é isso meu anjo até a próxima um beijinho tchau [Música]