Adyashanti - Renda-se ao Silêncio

“O silêncio é o ensino mais elevado. O  silêncio é o verdadeiro ensinamento. É o ensinamento perfeito”.

- Ramana Maharshi. O silêncio é o grande mestre, mas para aprender  as suas lições, você deve prestar atenção a ele. Você deve escutar este silêncio internamente.

Ramana Maharshi disse: “Os que descobriram a Grande Verdade fizeram isso  no profundo silêncio do Ser”. Portanto, mude o seu foco da mente para o  Coração, que é a quietude interna. No início, sua mente pode não gostar que você faça isso, mas  com o tempo, paciência, e um pouco de amor, as reações de sua mente ao desmoronamento das velhas  crenças se tornarão cada vez menos problemáticas.

Relaxe, respire e abra-se. Tudo  ficará bem. Experimente o âmago da quietude.

Mergulhe nela  e renda-se completamente. Renda-se ao Silêncio. Adyashanti.

“Aqueles que mergulharem profundamente no oceano  de silêncio e se afogarem, viverão no cume da montanha Suprema, a expansão da consciência”. - Ramana Maharshi. Pare e fique quieto.

Deixe de lado  seus conceitos, ideias e crenças. Por um instante, fique quieto e encontre  diretamente o núcleo silencioso e desconhecido de seu ser. Largue cada exigência sobre este  momento, sobre si mesmo e sobre os outros.

Tudo o que é preciso é apenas largar por  uma fração de segundo. É muito simples. Quando a mente está livre de todo o seu  conteúdo, de todo o seu pensamento condicionado, ela entra na plenitude do silêncio.

O silêncio dentro de você é o som do seu conhecimento entrando em colapso. Escute este  silêncio internamente. Então, descanse aí mesmo.

Nessa experiência direta, você  desperta do sonho da mente Quando você descansa em silêncio,  sua imagem sobre si mesmo desaparece, sua imagem sobre o mundo desaparece, e suas ideias  sobre os outros desaparecem, então, o que resta? Resta um brilho, um vazio radiante  que é simplesmente o que você é. Experimente este momento livre  das interpretações de sua mente.

Aqueles que são livres não querem nada. Não  querem nada de suas mentes, não querem nada de suas emoções, não querem nada de outras pessoas,  não querem nada da vida. Eles não querem nada.

Se você não quer nada, tudo o que resta é  uma sensação incrível de liberdade. Então, não queira nada, não faça nada. Todos os métodos que visam atingir  um certo estado mental são limitados, impermanentes e condicionados.

A meta de sentar-se em silêncio não é atingir o  silêncio. Isso é um erro. A meta de sentar-se em silêncio é reconhecer que você mesmo já é esse  silêncio.

A quietude é o seu estado natural. A verdadeira meditação é permanecer nessa  quietude, como o seu ser primordial. À medida que você descansa mais profundamente na  quietude, a consciência se liberta do controle compulsivo, das contrações e das identificações da  mente.

A consciência retorna naturalmente ao seu não-estado de potencial absoluto e não manifesto,  o abismo silencioso além de todo conhecimento. Você não precisa se esforçar. Tudo  o que é necessário é desapegar-se.

Se você realmente desapegar, você  entrará diretamente na visão unificada. Através do desapego, abrindo mão do controle,  deixando de lado o esforço e descansando em um estado de vivacidade, você entra no  estado natural. É muito simples.

Não poderia ser mais simples do que isso. Sente-se; e deixe tudo ser como já é. Seja simples e você verá os resultados por  si mesmo.

Mas você deve realmente praticar, e não apenas pensar sobre isso. A nossa maior  ênfase deve ser a nossa prática espiritual – o tempo que dedicamos a permanecer na quietude e no  silêncio do nosso ser. Nada pode substituir isso.

Não há qualquer outro substituto adequado  para obtermos inspiração, conhecimento e estabilidade do que a prática de entrarmos em  contato com o nosso centro de silêncio interno. Pare, respire, e preste atenção  ao silêncio interno. Escute esse silêncio.

E repita isto  muitas vezes, todos os dias. Em caso de dúvida, simplesmente fique  quieto. Respire, e escute internamente.

Fique quieto, em silêncio, essa  é a prática espiritual suprema.