Bom dia, governador Tarcísio. Bom dia, excelência. Bom dia, ministro.
Bom dia a todos. Eh, o senhor já foi devidamente qualificado, nome completo, idade, local de residência, profissão. Eu indago ao a Vossa Senhoria eh se tem algum parentesco com qualquer das partes eh ou alguma relação específica com elas.
Não, excelência. nenhum parentesco. Agradeço eh ao governador Tarciso e passo eh desde já a palavra ao o o governador Tarcísio, a testemunha do eh Ré Jair Messias Bolsonaro.
Então passo a palavra ao Dr Celso Vilard. Bom dia, governador. Agradeço a presença de Vossa Excelência.
Eh, eu queria que o senhor iniciasse eh dizendo quando o senhor conheceu o presidente Jair Bolsonaro e quais os cargos que o senhor ocupou no governo dele. Bom dia, Dr Celson. Eu conheci o presidente Bolsonaro ainda na transição em 2018.
Fui levado a ele na época. a pessoa que tava indicada para ser ministro da infraestrutura era o general Ferreira, havia desistido e algumas pessoas eh eh do nosso ciclo de convivência me levaram, me apresentaram ao presidente Bolsonaro naquela época. Ele me me entrevistou, me inquiriu sobre a possibilidade de ser ministro da infraestrutura e acabou então me designando pro Ministério da Infestrutura, cargo que eu ocupei de 1eo de janeiro de 2019 até 31 de março de 2022.
Eh, governador, o senhor se desincompatibilizou, foi candidato ao governo de do estado de São Paulo e venceu a eleição. Eh, eu tenho, eh, aqui nos autos do processo os registros eh de visitas e consta que o senhor teria estado com o presidente Bolsonaro eh entre eh os meses de novembro e dezembro, no dia 15 e 19 de novembro, 10, 14 e 15 de dezembro. Eh, o senhor confirma que esteve com o presidente?
Confirme. Tive tive nessas datas com o presidente Bolsonaro. O senhor tava em Brasília nesse momento?
O senhor teve pessoalmente eh como é que a a como é que isso aconteceu? A eleição ocorreu no dia 30 de outubro. Eh, no dia 1eo de novembro eu permaneci em São Paulo.
No dia 2 eu fui aos Estados Unidos. Eu peguei um período ali para descansar. Passei aproximadamente, né, 10 dias nos Estados Unidos.
Quando eu voltei, iniciei os trabalhos de transição e também de mudança. Naquela época, né, tinha estado no ministério, a minha família morava em Brasília e com frequência eu vim a Brasília para cuidar dessa questão da da mudança. E obviamente toda vez que eu ia em Brasília eu fazia a visita ao presidente Bolsonaro pela consideração que eu tinha, pela relação de amizade, pela relação de proximidade, né, pela gratidão que eu tinha ao presidente Bolsonaro.
Então, em toda a oportunidade de ir a Brasília, eu passava, procurava ir no Palácio da Alvorada para transmitir a minha solidariedade, meu abraço, meu respeito e e conversar com o presidente. Governador, em alguma dessas oportunidades, eh, o senhor teve conhecimento de uma intenção, eh, do presidente Bolsonaro de praticar qualquer tipo de ato de ruptura institucional, golpe de estado ou coisa que vale? Jamais, nunca, assim como nunca tinha acontecido durante meu período no ministério de eh de janeiro de 19 até março de 22.
Da mesma forma, nesse período que eu que eu tive presente com o presidente, nessa nessa reta final, novembro, dezembro, nas visitas que eu fiz, né, de várias conversas, jamais tocou eh neste assunto, jamais mencionou qualquer tentativa de ruptura. Eh, eu encontrei um presidente que tava triste, resignado. Eh, a primeira visita eu tive a oportunidade de ver, inclusive a situação de saúde, né, o presidente com elesipa, muito séria, com acessos no braço, eh, onde ele tomava a medicação endopenosa.
Eh, conversávamos sobre muita coisa e esse assunto nunca veio a falta. Governador, durante essas conversas, especificamente novembro e dezembro, né, principalmente nas últimas de 15 de dezembro, o presidente fez algum comentário em relação ao governo que ia assumir, ao governo e do presidente Lula, do PT. Ele fez alguma algum comentário nesse sentido com o senhor?
O único comentário é de lamentar e e a preocupação, né, de que a coisa desandasse. Foi um período de 19 a 22 de muitas reformas, de eh de enfrentamento situações difíceis. O governo enfrentou pelo menos cinco graves crises, né, começando com a tragédia de Brumadinho, passando pela crise do Covid, uma grave crise hídrica, guerra da Ucrânia, eh, e, e todas elas procurando se sair da melhor maneira possível.
um país que terminou com superá, um país que terminou gerando emprego, crescendo. E a preocupação sempre é que a coisa desandasse, que houvesse uma interrupção num curso de reformas que foram importantes, uma preocupação com o futuro do país. Conversávamos também, conversamos muito sobre eh a montagem do da do secretariado aqui em São Paulo.
Eu sempre buscava a orientação do presidente pela sua experiência. Então, os a gente sempre conversava sobre isso, basicamente, eh, e as conversas sempre eh eh como presidente sempre teve comigo, né, no sentido de orientar, no sentido da amizade, da consideração que ele sempre teve com a minha pessoa, no sentido de eu acertar, tô muito preocupado de eu acertar também, de eu fazer a coisa correta. eh, procurando transmitir a experiência dele, né, o que que ele acertou, o que que ele errou e passando para mim essa experiência para que eu também pudesse tomar ali as melhores decisões.
Uma preocupação, óbvio, com com o futuro, que é uma preocupação que acho que todos nós tínhamos, mas no pressuposto de que iria assumir o governo do presidente Lula essas preocupações? Sim, até porque vamos lembrar que a primeira visita que eu fiz, que foi em novembro, né, e naquela oportunidade no eh o presidente já tinha inclusive nomeado uma pessoa para liderar a transição. Eh, a primeira visita que eu faço ao presidente nesse período foi 15 de novembro.
O presidente tinha eh nomeado o Ciro Nogueira, que era o chefe da Casa Civil, para liderar a transição no dia 5 de novembro. Então, coisa de 10 dias antes. Então, já tinha uma pessoa designada para conduzir todo aquele processo de transição, a equipe de transição já instalada no CCBB, como é na PRAX.
Eh, e eu me lembro até eh já no final, na reta final, o presidente fazendo uma live dizendo: "Olha, tem a preocupação, mas não nada termina eh com com o novo governo a vida segue, a vida continua". Governador, nesse período de novembro e dezembro, o senhor o senhor manteve contato com eh alguma pessoa do alto escalão do governo? O senhor manteve algum algum tipo de conversa com pessoas do alto escalão do governo?
Não, doutor. Só com o presidente Bolsonaro. Só com o presidente Bolsonaro.
O senhor tem conhecimento de algum fato? Senhor teve conhecimento de algum fato eh que relacione ao presidente Bolsonaro ao eventos que aconteceram em 8 de janeiro? Não, nenhum.
O presidente CPA tava no Brasil. Eh, tô satisfeito, eh, ministro. Muito obrigado.
Agradeço ao Dr Celso Vilarde. Alguma das dos advogados, advogadas de defesa, deseja fazer alguma pergunta à testemunha? Dr Paulo Gonei, procurador geral.
Então eu agradeço ao governador Tarcísio de Freitas. A testemunha está dispensada. Um bom dia ao senhor.
Bom dia, bom dia a todos.