[Música] Olá moçada eu sou a professora Mirele Costa soua professora de literatura E hoje nós vamos trabalhar com um tema importantíssimo os heterônimos de Fernando Pessoa dando ênfase a Alberto caero mas antes disso não deixe de se inscrever em nosso canal e ativar o Sininho para que você possa receber as nossas atualizações [Aplausos] então moçada para entendermos os heterônimos de Fernando Pessoa é importante distinguir heterônimo de pseudônimo quando eu tenho pseudônimo Eu tenho um outro nome usado por uma pessoa um exemplo disso que vocês conhecem muito bem está lá no arcadismo quando Tomás Antônio Gonzaga
usa o pseudônimo Dirceu em María de Dirceu o heterônimo não é eu ver o mundo na Perspectiva do outro é eu ter identidade eu tenho endereço eu tenho uma história de vida eu sou uma outra pessoa no caso do nosso poeta Ele criou três heterônimos bem distintos um camponês um médico e um engenheiro vamos começar a falar de Alberto caero o mais ingênuo dos heterônimos o nosso camponês que tem fortes traços do arcadismo Alberto caero teria nascido em 1889 muito cedo ficou órfão de pai e mãe indo morar com uma tia no interior de Portugal
é nesse ambiente do campo que ele tem toda a inspiração para escrever o grande poema o guardador de rebanhos uma coisa que vale a pena ressaltar é que a poesia de caero é uma poesia mais sensorial é o realismo s orial é a experiência dos Sentidos Além disso ele defende o conhecimento empírico a experiência do cotidiano ora na sua formação Ele não estudou muito por isso que nós temos um estilo mais simples e condiz com um homem simples do campo e na condição de homem simples do campo ele vai investigar os seus sentidos para poder
fazer a sua poesia outra característica relevante da sua poesia é o ateísmo ele não acredita em algo tão abstrato essa crença de um Deus que ele não vê é interessante porque se ele é o homem do empírico da experiência Ele também é um homem da concretude sendo assim para o poeta a existência é o seu próprio significado o existir basta o existir representa e responde os seus questionamentos como verificaremos nos poemas seguintes o estilo de caero é um estilo coloquial e simples quase uma prosa poética é um conversar com o outro carregado de sensibilidade vejamos
um trecho do guardador de rebanhos poema tão importante eu não tenho filosofia tenho sentidos se falo na natureza não é porque saiba o que ela é mas porque a amo e amo-a por isso porque quem ama nunca sabe o que ama nem porque ama nem o que é amar é interessante que nós temos a natureza como um assunto até porque ele tem esse traço Campestre mas ao mesmo tempo ele tentando entender esse sentimento que ele nutre pelo ambiente em que ele vive esse amor que é tão grande e não consegue uma definição objetiva porque ele
é sentido na sequência temos outro trecho de um poema clássico da minha Aldeia vamos a ele da minha Aldeia vejo quanto da terra se pode ver no universo Por isso a minha Aldeia é tão grande como outra terra qualquer porque eu sou do tamanho do que vejo e não Do tamanho da minha altura nas cidades A vida é mais pequena que aqui na minha casa no cimo deste Outeiro na cidade as grandes casas fecham à vista à chave escondem o horizonte empurram o nosso olhar para longe de todo o céu tornam-nos pequenos porque nos tiram
o que os nossos olhos nos podem dar e tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver aqui nós temos uma exaltação do ambiente Campestre com comparativo com a vida urbana a vida urbana cega o homem limita o homem já o ambiente do campo proporciona todas as experi icias vividas por este eu lírico então moçada hoje conhecemos Alberto caero o mais ingênuo dos heterônimos de Fernando Pessoa se você gostou da nossa aula não deixe de curtir compartilhar acessar os nossos links nos acompanhar pelas redes sociais mas principalmente tivemos um gostinho da poesia de Alberto caero
vá procure a leitura a leitura do original sempre vale mais pena até o próximo encro