Luciano Subirá - O MISTÉRIO DA TRINDADE | FD#6

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
No vídeo de hoje, eu quero falar a respeito da Trindade, ou o que eu prefiro chamar de “O Mistério da Trindade”. Em Mateus 28. 19, palavras do Senhor Jesus, nós lemos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
” Pai, Filho e Espírito Santo. Um só Deus, três distintas pessoas, constituem-se no mistério da Trindade. Então, quando usamos a expressão “trindade”, ela é uma contração de “triunidade”.
Na verdade, a terminologia “trindade” não está na Bíblia, mas você encontra a realidade da triunidade no ensino e na doutrina bíblica. Na verdade, você não apenas encontra; é parte dos fundamentos doutrinários daquilo que deve reger a nossa fé. Ao mistério de um único Deus, revelado em três pessoas distintas, nós chamamos de Trindade.
Embora a terminologia não se encontre na Bíblia, a Trindade, como dissemos, o conceito é bíblico e a nomenclatura é apenas uma tentativa de defini-lo. Eu quero começar, em primeiro lugar, com a apresentação do mistério. Muitas vezes vejo pessoas que, por não entenderem a doutrina bíblica da Trindade, nos acusam de ser politeístas, de acreditarmos em vários deuses, e isso não é verdade.
Nós não somos politeístas e nem triteístas; não cremos nem em vários e nem em três deuses. São dois tipos de definições que dão pela falta de entendimento correto do que é a Trindade. A Bíblia sustenta que há um só Deus, isso é fato.
E, no mesmo texto onde ela sustenta a ideia de que há um só Deus, ela apresenta o Pai, o Senhor Jesus e o Espírito Santo. Veja o que Paulo escreveu em Efésios 4. 4 a 6: “Há somente um corpo e um só Espírito, como também é uma só esperança para a qual vocês foram chamados.
Há um só Senhor, há uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. ” Quando ele usa a expressão “há um só Deus” e acrescenta “e Pai de todos”, é uma referência a Deus, o Pai. Mas no texto ele já fez menção a um só Espírito e a um só Senhor, terminologia aplicada ao Senhor Jesus.
Toda a Escritura sustenta a divindade de Cristo e do Espírito Santo. Portanto, no mesmo texto onde ele está falando de um só Deus, ele apresenta Pai, Filho e Espírito Santo. A Bíblia apresenta Deus em pessoas e também em ações distintas.
Por exemplo, um texto bíblico que não podemos deixar de colocar aqui é Mateus 3. 16 e 17, que retrata o batismo de Jesus nas águas, feito por João Batista. O texto diz: “Depois de batizado, Jesus logo saiu da água.
” Então, quem saiu da água? Jesus; é o dia do seu batismo. Jesus já está mencionado aqui.
“E eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. ” Então, agora o Espírito Santo é visto vindo sobre Jesus. E a Bíblia diz: “E eis que uma voz dos céus”, agora é o Pai, Deus dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.
” Então, nós temos uma clara distinção tanto de pessoas como de ações dentro de um mesmo texto. Quando falamos a respeito da Igreja em Atos 20. 28, o apóstolo Paulo, reunido em Mileto com os presbíteros de Éfeso, diz o seguinte: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocou como bispos.
” Quem os colocou como bispos? O Espírito Santo. Para quê?
Ele diz: “Para pastorearem a igreja de Deus”, agora, uma menção ao Pai, “a qual ele comprou com o seu próprio sangue. ” Embora diga que é o sangue de Deus, nós sabemos que foi o sacrifício de Jesus e o derramar do sangue de Jesus que determinou a nossa aquisição, a nossa compra. Logo, Deus Pai, Filho e Espírito Santo estão mencionados no mesmo texto.
Quando olhamos para a bênção apostólica, por exemplo, em 2º Coríntios 13. 13, o apóstolo Paulo diz: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. ” O assunto sobre a divindade de Cristo e do Espírito Santo será apresentado em outro vídeo, mas é um fato bíblico incontestável; portanto, um só Deus, mas três distintas pessoas.
Quando falamos da redenção em Hebreus 9. 13 e 14, nós lemos assim. .
. uma leitura da Antiga Aliança e o contraste com a Nova: “Porque, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados”, está falando dos rituais da Antiga Aliança, “os santificam quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo! ” Então é o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula e se ofereceu para quem?
Para Deus. Pai, Filho e Espírito Santo estão presentes na redenção. Anselmo, no século XI, um dos grandes pensadores da fé cristã, defendia que a fé deveria preceder qualquer esforço de entendimento.
O grande Tozer declarou: “A reflexão sobre a verdade revelada naturalmente segue o advento da fé. Mas a fé chega primeiro ao ouvido que ouve, não à mente que quer entender. ” Ele ainda afirma que “a doutrina da Trindade é uma verdade para o coração.
O fato de não poder ser explicada satisfatoriamente não pesa contra ela e sim a seu favor”, razão pela qual nós a chamamos de um mistério da Trindade. Quando eu era criança, eu lembro de explicações de gente tentando chegar próximo da verdade, dizendo: “Olha, imagine, o sol é um só. Mas imagine o seguinte: quando você olha para o astro, se você colocar lá um raio X que te permite conseguir, você vai ver uma bola redonda e você entende.
” Eles diziam assim: “O astro é o Pai, a luz que emana dele, que é o que podemos, de fato, enxergar, é Jesus que o revela. Mas o calor que você sente na pele é o Espírito Santo. ” A verdade é que todos os esforços de tentar ilustrar o que é, de fato, a Trindade sempre serão limitados.
Mas a Bíblia nos mostra a distinção e, ao mesmo tempo, a. . .
Unidade das pessoas da Trindade; e esse é o segundo tópico que eu quero explorar aqui: a distinção é a unidade das pessoas da Trindade. Quando olhamos para a criação, Gênesis 1. 1 diz: “No princípio, Deus criou os céus e a terra.
” O verbo criar está no singular, que é “bara”, enquanto que o nome divino, o nome usado para Deus, “Elohim”, está no plural. Outros textos vão aparecer com essa fala no plural. Sobre a criação do homem, Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.
” Em Gênesis 3. 22, quando a Bíblia retrata a queda do homem: “Então o Senhor Deus diz: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do mal e do bem”, “como um de nós”, plural. Em relação à construção da Torre de Babel, Gênesis 11.
7 e 8: “Venham, vamos descer e confundir a língua que eles falam, para que um não entenda o que o outro está dizendo. Assim, o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra; e pararam de edificar a cidade. ” “Vamos descer”, novamente no plural.
Quando você olha para a visão de Isaías relatada lá no livro de Isaías 6. 8, ele diz: “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de por nós? ” Você tem tanto o singular como o plural.
E, quando você olha os versículos um e cinco, a Bíblia diz que o profeta viu “o” Senhor, singular. Já o verso oito apresenta a pluralidade. Ou seja, os mesmos textos sempre destacam unidade e também pluralidade.
Quando olhamos no Novo Testamento, vemos nas palavras de Jesus falando de si e do Pai, tanto a afirmação de unidade como a apresentação ou o reconhecimento da Bíblia de que são pessoas distintas ao mesmo tempo que são um. Em João 10. 30, Jesus diz: “Eu e o Pai somos um.
” Mas, em João 8. 17 e 18, nós vemos Jesus falando: “Também na Lei de vocês está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu dou testemunho de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também dá testemunho de mim.
” Neste momento, Jesus está dizendo: “Eu sou uma pessoa, o Pai é outra pessoa. ” Logo à frente Ele iria falar: “Eu e o Pai somos um. ” Em João 14.
26, falando do Espírito Santo, Jesus diz: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome. ” Então, ele diz: “o Espírito Santo, enviado pelo Pai”, mas é Jesus falando. Ele diz: “no meu nome, esse ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu lhe disse.
” Eu já vi pessoas tentarem dar o exemplo da água: “Não, a água é uma coisa só, mas ela pode ser vista em três estados: sólido, líquido, gasoso. ” Eu acredito que isso mostra como uma coisa pode ser vista de três formas, mas não necessariamente ainda nos ajuda a entender o que são pessoas distintas sendo um só Deus. Como disse antes, qualquer tentativa de, de fato, tentar explicar a Trindade, ela sempre nos será limitada.
Porque no batismo de Jesus, o Pai fala do céu, o Espírito desce como pomba sobre a pessoa de Jesus. São ações de pessoas distintas e não apenas estados ou revelações diferentes da mesma pessoa. O mesmo Tozer diz: “É extremamente importante que pensemos em Deus como a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e nem dividir a substância.
” As citações que fiz de Tozer até agora são do clássico livro “O Conhecimento do Santo”, que fala muito sobre a doutrina de Deus, e recomendo a todos que leiam. Agostinho de Hipona, um dos grandes pais da Igreja do século V, declarou: “Não dizemos três pessoas porque queremos, mas porque não temos alternativa. ” Gosto da honestidade desse comentário.
Nas palavras de Roger Olson, eu quero citar aqui o livro “Cristianismo Falsificado”, publicado pela CPAD, que fala muito da ortodoxia e da doutrina. Um livro fantástico. Nas palavras de Roger Olson: “A doutrina da Trindade define um o quê e três quem.
” Um o que, um só Deus. Três quem, as pessoas de Pai, Filho e Espírito Santo. É muito importante que a gente consiga ver com clareza essa distinção.
Estabelecida também tanto a distinção como a unidade das pessoas da Trindade, eu quero agora, em terceiro e último lugar, trazer um pouco aqui de algumas das discussões sobre a doutrina da Trindade. Desde os primeiros séculos da Era Cristã, tem havido debates a respeito deste assunto, e nós devemos fazer distinção entre. .
. vou usar aqui um comentário de Roger Olson, do mesmo livro que eu citei, “Cristianismo Falsificado”: nós devemos fazer uma distinção entre a Trindade e a doutrina da Trindade. Então, nas palavras do Roger Olson: “A Trindade é Deus Pai, Filho e Espírito Santo, eternamente existentes como um Deus.
A doutrina da Trindade é a fórmula humana que tenta expressar isso corretamente. ” Ou seja, a doutrina da Trindade pode ser explicada; a Trindade é que não pode ser explicada. Particularmente, eu gosto muito desse comentário e quero ler uma porção do livro.
Ele diz: “A doutrina da Trindade aponta para um mistério, mas tenta torná-lo mais inteligível possível e afastar explicações que distorcem ou destroem a plenitude da revelação de Deus sobre si mesmo em Cristo Jesus, no Espírito Santo e na Bíblia. ” Então, o reconhecimento sempre de um mistério e sempre um esforço humano de tentar torná-lo o mais inteligível possível, mas sem nunca afastar a necessidade e o reconhecimento de que a gente possa aprender sempre a se mover em primeiro lugar por fé. Por exemplo, outro dia alguém falou: “Não, a Bíblia tem muitas coisas que não cabem na minha razão”, e eu digo: “Na minha também.
” Se a Bíblia dissesse que Jonas tinha engolido um peixe daquele tamanho, eu acreditaria na Bíblia, ainda que a minha razão não possa compreender isso. Então, olhamos para várias afirmações da Bíblia e, quando falamos daquilo que é sobrenatural, nós precisamos entender que está além da nossa capacidade de compreensão. Em 1º Coríntios 2.
14, a Bíblia diz que o homem natural não pode entender as coisas do Espírito. A palavra “natural”, traduzida como natural no original grego, é “psykhikós”, ou seja, o homem entregue ao psique, à sua mente, não pode entender as coisas do espírito, porque para ele são loucura. O próprio evangelho é chamado de “a loucura da pregação”; por quê?
Ele não cabe numa formatação onde tudo seja. . .
claramente inteligível para nós. Nós precisamos reconhecer a importância da fé na revelação das doutrinas bíblicas e abraçá-las por fé, não apenas por uma questão de dizer: “Bom, tudo se tornou completamente, plenamente racional. ” Acredito que fazer esse tipo de distinção é extremamente importante para o exercício diário da nossa fé no dia a dia.
Bom, desde o início da igreja, nós vemos já nos primeiros séculos tanto o esforço de definir a doutrina no sentido de tentar, de alguma forma, proteger a ortodoxia, como também os embates que acabaram existindo ao longo da história. Já no final do segundo século, Tertuliano de Cartago, considerado um dos grandes pais da igreja, no combate ao monarquianismo, que hoje é chamado de unicismo, são aqueles que tentam defender que a Trindade é um só Deus, uma só pessoa; pode até ter três manifestações distintas, mas de uma única pessoa. Não aceitam a distinção em pessoas, então ele escreve um tratado intitulado “Contra Práxeas 2”, que era um combate a essa doutrina do unicismo ou do monarquianismo, e ele afirma o seguinte: “Todos são um por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação, que distribui a unidade numa trindade, colocando em sua ordem os três: Pai, Filho e Espírito Santo.
Três, contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aparência, pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo. ” Mais uma vez quero lembrar o comentário citado de Roger Olson: “A Trindade é Deus Pai, Filho e Deus Espírito Santo, eternamente existentes como Deus. A doutrina da Trindade é a fórmula humana para tentar expressar isso corretamente.
” E a conclusão a que se chega é que a Trindade não pode ser explicada. A doutrina da Trindade é o que a gente tenta usar no esforço de comunicar com clareza uma revelação bíblica clara. Você olha para a pessoa do Pai, para a pessoa do Filho, do Espírito Santo, a Bíblia sustenta.
Cada um é apresentado como Deus. A Bíblia sustenta que os três são um, mas ao mesmo tempo mostra distinções. Aliás, eu quero inclusive aqui adiantар o assunto do próximo vídeo.
Nós vamos falar da interação da Trindade. E sim, no próximo vídeo, nós vamos dar muitos exemplos bíblicos de como a Trindade age em conjunto: Pai, Filho e Espírito Santo. E toda essa interação, essa ação em conjunto com cada um assumindo papéis, aspectos do trabalho de forma distinta, claramente nos mostra que temos um só Deus, mas três pessoas trabalhando em conjunto e não apenas expressões ou revelações diferentes do mesmo Deus em momentos distintos.
O credo Niceno-Constantinopolitano, de 381 depois de Cristo, que era uma revisão do Credo de Niceia, feito em 325 depois de Cristo, afirma: “Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos: luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas. E no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. ” Novamente, aqui, não estamos mais usando os versículos bíblicos.
A Bíblia apresenta a Trindade que não pode ser explicada. Estamos apresentando formulações doutrinárias, esforços que vêm sendo feitos ao longo de 2000 anos para tentar explicar aquilo que, de forma plena e absoluta, não pode ser explicado. O Credo de Atanásio, que é atribuído ali ao século IV ou V, sustenta: “E nessa Trindade não há nem mais antigo, nem menos antigo, nem maior, nem menor.
Mas as três pessoas são coeternas e iguais entre si. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. ” Alguns alegam que a doutrina da Trindade surgiu sob a influência de Constantino.
Isso não é verdade. Os pais da igreja forneceram uma fórmula para expressar aquilo que se cria desde o início da cristandade. Então, por exemplo, nós vemos o próprio Tertuliano de Cartago, citado aqui, formulando doutrinas da Trindade antes de Constantino.
Na verdade, as pessoas muitas vezes têm feito uma salada de eventos históricos para tentar, por meio da história e muitas vezes com fundamentos questionáveis, questionar a motivação de porque uma doutrina foi formulada. Na verdade, eu e você precisamos entender que o fundamento da nossa fé não são essas declarações de credos doutrinários. Eles são tentativas de nos explicar aquilo que a Bíblia mostra e apresenta.
Mas o que nós temos visto e falado até agora são textos que claramente falam do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A própria orientação de Jesus: “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. ” A própria bênção apostólica, que já citamos aqui: “a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês.
” Falamos aqui de como o apóstolo Paulo, conversando com os presbíteros da igreja de Éfeso, fala a respeito da igreja. E a ênfase em Atos 20. 28 é a seguinte: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocou como bispos para pastorearem a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.
” Falamos a respeito do batismo de Jesus, citamos Hebreus 9. 13 e 14 e todos os textos bíblicos, assim como citamos também Efésios 4. 4 a 6, nos apresentam uma clara distinção entre Pai, Filho e Espírito Santo, ao mesmo tempo em que a Bíblia nos apresenta a sua unidade.
Esses são os fatos bíblicos nos quais nós cremos. O que nós estamos apresentando depois são os esforços de tentar formular um pouco melhor o entendimento do que essa é doutrina, que para nós é inegociável. Outras doutrinas, como, por exemplo, a encarnação de Cristo, não fariam o menor sentido sem o entendimento da Trindade.
A doutrina da Trindade é, de fato, essencial ao cristianismo e ao entendimento bíblico. Muitas vezes eu vejo que as pessoas erram ou por tentar dizer: “é um Deus só e uma única pessoa com três revelações distintas”, isso fere a doutrina da Trindade, ou quando vemos também. .
. As pessoas, num esforço de combater tudo o que pareça o unicismo, o antigo monarquianismo, como se de repente qualquer possibilidade de que alguém se comporte como se não estivesse defendendo a Trindade é vista como algo hostil. Nós também precisamos ter esse cuidado.
Por exemplo, o Senhor Jesus diz que nós devemos batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Foi o primeiro texto que nós lemos. Isso não significa que ele apresentou uma fórmula batismal a ser repetida, porque é o que a igreja tem feito há muito tempo.
“Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, só repetindo o que Jesus falou. A pergunta a ser feita é: qual o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Porque Pai é um título, Filho é um título e eu gosto de dizer que sou tanto Pai quanto Filho, mas meu nome não é nem Pai e nem Filho.
Meu nome é Luciano. Então, nós precisamos entender o que é isso. Como os apóstolos praticaram a ordem dada por Jesus de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo?
Eles batizavam as pessoas em nome de Jesus. Em quatro ocasiões, no livro de Atos, nós vemos menções das pessoas sendo batizadas ou devendo ser batizadas no nome do Senhor Jesus: Atos 2, no dia de Pentecostes; em Atos 10, na casa de Cornélio, nós vemos isso; e Atos 8, na verdade, em Samaria, isso aconteceu antes; acabei mencionando depois. A Bíblia diz que eles eram batizados em nome do Senhor Jesus.
Em Atos 19, quando Paulo está em Éfeso, a Bíblia nos mostra eles sendo batizados em nome de Jesus. São as quatro menções de como o batismo era praticado. Não tem nada que diga que eles fizeram diferente.
Quatro textos que nos mostram eles batizando em nome de Jesus. Mas hoje em dia, quando algumas igrejas batizam os novos convertidos em nome de Jesus, são acusados de serem unicistas. E eu discordo disso e discordo, assim, veementemente, porque qual é o nome que expressa o Pai, Filho e o Espírito Santo na Terra?
É o nome de Jesus. Jesus disse que, quando expulsava demônios, Ele fazia isso pelo dedo de Deus; Ele diz que fazia isso pelo Espírito Santo. Mas Ele nos mandou expulsar demônios pelo seu nome; ele diz: “Em meu nome expelirão demônios.
” Significa que, quando usamos o nome dele, de Jesus, o Filho, o dedo de Deus, do Pai, está presente; o poder do Espírito Santo é que se manifesta para que aquela autoridade seja respeitada e obedecida. Nós não estamos anulando a Trindade. Nós vemos um trabalho conjunto da Trindade quando estamos usando a autoridade do nome de Jesus para expelir demônios.
Jesus nos ensinou que, na oração, nós nos dirigimos ao Pai e usamos o nome Dele, mas o Espírito Santo, que é chamado o Espírito de súplicas, pode ainda “turbinar” essa nossa vida de oração quando nós vamos ao Pai em nome de Jesus, dirigidos pelo Espírito Santo. Aliás, no livro de Romanos, nós lemos que não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede por nós. Então, oração também não é algo onde só o Pai, a quem nos dirigimos, e Jesus, o nome de quem usamos, participa, mas o Espírito Santo está presente.
Apesar de orarmos em nome de Jesus, a Trindade está presente. Quando oramos pelos enfermos, Jesus diz: “Em meu nome imporão as mãos sobre os enfermos e eles ficarão curados. ” Nós não oramos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo pelos doentes.
Nós oramos em nome de Jesus. Isso não significa que a Trindade não esteja participando daquilo. Atos 10:38 diz: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.
” Deus ungiu. O que é unção? A ação do Espírito Santo.
Então, aqui, de novo, nós vemos a Trindade. Jesus, ungido por Deus, ungido com o quê? Com o poder do Espírito Santo para curar.
Quando nós curamos em seu nome, estamos agindo sob procuração Dele. Estamos fazendo o que Ele fez; estamos continuando o que Ele começou. E, de novo, quem está nos ungindo para fazer isso?
Deus. Qual o poder que se manifesta em nós através da unção? Do Espírito Santo.
Embora ao impor as mãos, a gente use o nome de Jesus. Não estamos negando a Trindade. Estamos vendo uma interação da Trindade com o nome que a representa na Terra.
Então, eu, mais uma vez, quero chamar a sua atenção para os cuidados que devemos ter quando falamos em termos práticos da doutrina. Tem havido muita discussão ao longo dos séculos? Sim, tenho certeza que não compreendemos tudo.
Em Deuteronômio 29:29, a Bíblia diz: “As coisas ocultas pertencem a Deus; as reveladas a nós e a nossos filhos para sempre. ” Então, nós temos na Bíblia coisas que estão ocultas; elas não foram detalhadas, e tem coisas que foram reveladas. Aquilo que já foi revelado, a explicação é nossa; o que não foi, nós devemos aguardar.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, ele deixa muito clara essa questão quando, em 1ª Coríntios 13, no capítulo 10, ele fala de uma plenitude de conhecimento que nós não temos hoje, mas que poderemos ter um dia. Ele diz assim no verso 10: “Quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. ” Ele tinha dito antes: “Em parte conhecemos, em parte profetizamos.
Quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. ” Inclusive o nosso conhecimento, a Bíblia diz que é em parte. Ele diz, no verso 12 de 1ª Coríntios 13: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face.
Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. ” Ou seja, plenamente, da forma como Deus me conhece, sem nenhum tipo de restrição. Quando esse dia chegar, eu tenho certeza que nossas dúvidas desaparecerão.
Eu tenho certeza que questionamentos serão respondidos. Até que esse dia chegue, eu e você precisamos entender a importância de aplicar fé na Bíblia, que carrega a autoridade de ser a Palavra de Deus, e dizendo: “Tendo toda a compreensão racional ou não, nós simplesmente aceitamos. ” Só para fechar o assunto que eu estava usando do nome de Jesus, em Atos 4, quando o apóstolo Pedro está pregando, ele.
. . Faz uma afirmação que também não pode ser ignorada.
Ele diz, no verso 12: “Não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. ” Eles estão pregando a respeito de Jesus. Ele diz que há um só nome pelo qual importa que nós sejamos salvos.
Ou seja, para que alguém seja salvo, a salvação vem porque ele invoca o nome de Jesus. Em Romanos 10, nós lemos: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. ” Quem é o Senhor?
O Senhor Jesus. Quando invocamos o Seu nome, há salvação. Mas quem providenciou a salvação?
Ela é o plano de Deus, o Pai. Jesus vem e se dispõe a executar o plano. Mas quem o aplica nas nossas vidas?
Nos levando ao arrependimento, ao novo nascimento, a nos apropriar de tudo isso? É o Espírito Santo. Então, de novo, embora o nome de Jesus seja invocado, a Trindade participa e esse é o assunto que nós vamos detalhar com muito mais propriedade, apresentando os textos bíblicos de como a Trindade interage em tantas coisas.
Hoje, eu quero meio que introduzir e, no próximo vídeo, arrematar o assunto, hoje apresentando o mistério da Trindade e, no próximo, falando sobre a interação da Trindade. Com essas verdades, acredito que o nosso coração entende não apenas o trilho doutrinário, mas o tipo de fé específico em Deus que eu e você devemos carregar. Um único Deus, três distintas pessoas.
Algo que não podemos explicar com clareza, mas podemos aceitar e abraçar pela fé, como, há 2000 anos, os cristãos vêm fazendo ao longo da história. Que Deus nos ajude não apenas a proteger a doutrina, mas a absorvê-la, nela crer e viver de uma maneira muito prática no que diz respeito ao exercício da nossa fé e na maneira como cada um de nós se relaciona com esse Deus trino. Um único Deus, três pessoas.
Que esse Deus triúno abençoe ricamente a sua vida, em nome de Jesus.
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