Em 1791, na época em que não existiam remédios para dor nem antibióticos e uma simples febre poderia ser uma sentença de morte, o médico alemão Samuel Hahnemann ofereceu para os seus pacientes a homeopatia. Um tratamento que mudaria a história da medicina para sempre… será mesmo? Você já usou a homeopatia alguma vez ou conhece alguém que usa?
Comenta aqui embaixo. Se você acha que a homeopatia é uma coisa distante da sua realidade só porque você nunca pisou em uma farmácia homeopática você está muito enganado. Esses produtos estão nas prateleiras de todas as farmácias.
Eu já vi vários casos de pessoas que foram comprar algum remédio que o médico receitou e, chegando em casa, descobriram que era um remédio homeopático. E aí, nessa hora, o que você faria? No vídeo de hoje você vai descobrir por que existe tanta polêmica ao redor da homeopatia, como ela é feita, se ela realmente funciona e se ela pode trazer algum risco para a sua saúde.
Eu estou aqui fazendo vídeos no YouTube porque eu sei que só o conhecimento pode nos proteger de ser enganados por tanta informação falsa que a gente vê por aí. Então eu realmente vou com a mente aberta e pesquiso os estudos pra te passar a informação mais completa e confiável que a ciência nos permitir. E se você quer me apoiar nessa missão, eu te convido a se inscrever no canal e dar mais um passo se tornando um membro pra aproveitar os benefícios exclusivos.
É só você clicar aqui. Para começar a nossa jornada de hoje, vamos entender qual é a ciência por trás da descoberta do DrSamuel Hahnemann. Vamos ver como ele criou a homeopatia.
Em 1791, o médico Samuel Hahnemann se deparou com um texto médico que chamou a sua atenção. O texto dizia que uma planta da floresta Amazônica chamada Quina era capaz de curar a malária. Querendo entender melhor os efeitos curativos da quina, o DrHahnemann preparou uma mistura com a planta e bebeu.
O curioso é que, segundo ele, a quina causou exatamente os sintomas da malária: febre, dores no corpo, vômito e diarreia. Então ele se perguntou: será que o que faz mal para as pessoas saudáveis pode ser a cura para os doentes? Parece uma hipótese razoável, né?
A não ser pelo fato dos sintomas sentidos pelo Dr Hahnemann não serem exclusivos da malária, podendo ser até mesmo uma intoxicação alimentar. Mas continuando a história, o DrHahnemann fez vários experimentos, tratando pessoas doentes com substâncias químicas ou plantas capazes de gerar os sintomas que eles já tinham. Se uma pessoa estava sofrendo com diarreia e vômito, ele dava arsênico, um veneno mortal que, em doses menores, causava esses mesmos sintomas.
Usando essa mesma lógica, uma pessoa que sofre com insônia ou ansiedade seria tratada com extrato de grãos de café. Sim, café. Aquele que você bebe para espantar o sono e pode te deixar mais agitado que o normal.
E foi assim que o DrHahnemann colocou em prática o princípio da cura pelos semelhantes, que é o principal fundamento da homeopatia. Para a surpresa de todos, esses métodos geravam resultados melhores que os tratamentos usados naquela época. O que não era algo muito difícil considerando que os tratamentos existentes até então eram bem precários.
Na verdade, nem se sabia que bactérias eram as causadoras de várias doenças comuns, quem dirá ter antibiótico e analgésico! Mesmo causando bastante estranhamento e polêmica na comunidade médica, o tratamento 'revolucionário' do Dr Hahnemann se espalhou pelo mundo. Hoje, a homeopatia é considerada uma especialidade médica, com cerca de 2 mil profissionais atuando aqui no Brasil.
Ela continua aplicando os mesmos princípios propostos pelo DrHahnemann 230 anos atrás. O que significa que venenos, como o arsênico, e plantas, como o café, ainda são prescritos como medicamentos em algumas situações hoje. A homeopatia também usa algumas plantas medicinais que fazem parte da sabedoria popular.
Isso gera uma confusão danada porque muita gente acha que homeopatia é tudo o que envolve produtos naturais. Mas não é bem assim. Então bora entender o quê exatamente tem dentro dos produtos homeopáticos.
Em algum momento durante os experimentos do DrHahnemann lá no século 18, ele chegou à conclusão de que o efeito curativo dos medicamentos era maior quando ele usava uma quantidade menor da substância original. Parecia que quanto mais você dilui uma substância, mais potente ela fica. Parece meio contraditório, né?
Eu vou te dar um exemplo prático. Uma das plantas mais conhecidas na história da homeopatia é a Belladona, que é usada contra várias doenças, desde infecções bacterianas até enxaqueca. A belladona é uma planta tão tóxica que comer uma única folha ou 5 frutos já é suficiente para matar um adulto.
E mesmo consumindo quantidades menores você ainda pode ter alucinações. Para diminuir a toxicidade e supostamente aumentar o potencial terapêutico da belladona, os homeopatas fazem o seguinte: Uma gota do extrato puro da belladona vai ser misturada em 99 gotas de algum diluente, geralmente água. Essa vai ser a mistura com o menor potencial terapêutico da belladona, chamada de C1.
Depois, uma gota da C1 vai ser retirada e dissolvida em 99 gotas de água. Essa é a mistura C2 da belladona. A partir da C2, o homeopata faz outra diluição para ter a C3 e assim sucessivamente.
Ele pode continuar fazendo esse procedimento quantas vezes ele quiser para aumentar o poder terapêutico. A mistura mais usada é a C30, quando a substância original passou por 30 diluições. É nesse ponto que é preparado o medicamento.
Vendido geralmente em forma de cápsulas adoçadas com açúcar, em um frasco conta-gotas ou em uma bisnaga de pomada. Só tem um problema. Na mistura C30, você tem menos belladona do que se você pingasse uma gota do extrato puro em uma piscina olímpica.
Na verdade, você poderia pingar uma gota de belladona no Oceano Atlântico, que a mistura final ainda seria mais concentrada que a diluição homeopática. Essa alta diluição é o que define a homeopatia. O que é bem diferente de pegar uma planta medicinal para fazer chás ou outros produtos.
Esse uso terapêutico das plantas é o que a gente chama de fitoterapia. A gente pode discutir sobre ela em um outro momento, então já coloca nos comentários se você gostaria de um vídeo sobre isso. A questão da homeopatia é que ela é diferente porque mesmo que ela comece com o extrato de uma planta, ele vai ser tão diluído que a probabilidade de você encontrar alguma molécula da mistura original dentro do medicamento tende a zero.
O que é vendido são frascos cheios de água, açúcar e conservante. E os homeopatas sabem disso. Mas será que existe algo que muda a composição da mistura quando ela fica muito diluída?
Algo responsável pelo efeito terapêutico? A justificativa que os homeopatas usam é que a diluição das substâncias envolve um procedimento especial que potencializa as moléculas de água que estão ali. É o que eles chamam de princípio da potencialização do medicamento.
Esse é o segredo da homeopatia. Para fazer um medicamento homeopático não basta diluir a substância original em uma quantidade absurda de água. Depois de cada diluição, é necessário agitar intensamente o frasco onde está sendo preparado o medicamento.
Essa agitação supostamente transfere as propriedades curativas da substância para as moléculas de água que estão ao redor. Com isso, não tem problema não sobrar nada da substância original na última diluição. A água que está ali teria o poder de agir no organismo e gerar a cura, já que ela teve contato com outras moléculas de água, que tiveram contato com outras moléculas de água, que tiveram contato com a substância original.
Essa história surgiu lá no século 18, com o próprio Samuel Hahnemann, o criador da homeopatia. Talvez ela tenha feito sentido naquela época, quando a gente ainda nem sabia da existência dos átomos e de como eles se organizam para formar as moléculas de água. Mas com os conhecimentos científicos que a gente tem hoje, já dá para dizer com certeza que a água, galera, não guarda nenhuma propriedade curativa, nem memória, nem energia oculta que veio de outras substâncias.
Sendo agitada ou não. Ela continua sendo um emaranhado de moléculas com dois hidrogênios e um oxigênio em estado líquido. Imagina só se isso fosse realmente possível.
Toda água da chuva iria absorver propriedades da terra e das plantas durante a queda. Depois, ela iria escorrer até o rio ou oceano mais próximo. A correnteza ia causar uma agitação que faz ela absorver as propriedades das rochas, dos peixes, dos vírus e bactérias que vivem ali.
Pensando assim, toda a água do planeta, inclusive a que chega na torneira da sua casa, seria basicamente um medicamento homeopático natural, não é mesmo? A solução para todas as doenças estaria ao alcance da nossa pia. Não custa nada sonhar, né?
Na verdade custa sim e eu já vou contar essa história pra você. Mas antes eu queria pedir o seu like aqui embaixo se você também tá gostando do vídeo. Usar esse argumento de que a água tem uma “memória” é ignorar tudo o que os cientistas descobriram nos últimos 200 anos.
Principalmente porque vários estudos já mostraram que não existe diferença entre as moléculas de uma diluição homeopática e as moléculas de água pura. E isso foi testado por cientistas do mundo todo, usando as tecnologias mais avançadas que existem. Uma coisa é crer nessa hipótese no século XIX, outra é aprovar a homeopatia para uso no sistema público de saúde.
Então custa sim. Custa o dinheiro do contribuinte. Então por que tanta gente, incluindo alguns médicos, acreditam na homeopatia?
Por que tem gente que sofre com doenças como bronquite e basta tomar um comprimido homeopático para ficar melhor? Como a ciência explica os benefícios da homeopatia? O simples fato de uma pessoa doente perceber que está recebendo algum tipo de atenção ou cuidado médico ativa áreas específicas do cérebro.
Essa ativação afeta o corpo todo, bloqueando ou liberando menos sinais de dor e estresse. O resultado é uma melhora no estado de saúde da pessoa. É o que a gente chama de efeito placebo.
Ao contrário do que a gente costuma pensar, o efeito placebo não é uma ilusão nem um efeito psicológico sem importância. Ao receber qualquer tipo de cuidado, mesmo que seja um copo de água com açúcar, um comprimido falso de farinha ou uma injeção de soro fisiológico, a pessoa realmente pode ter uma melhora. Ela pode sentir menos dor depois de uma cirurgia ou até controlar uma crise de bronquite.
Os mesmos efeitos que você pode ter ao usar um medicamento homeopático. E esse é justamente o motivo que leva tanta gente a acreditar que a homeopatia funciona. E como eu sei que muita gente vai vir aqui nos comentários dizendo que só melhorou da doença X por causa da homeopatia, eu preciso te contar uma coisa.
Para dizer que a homeopatia funciona, não basta perceber um efeito sobre um sintoma. O benefício percebido tem que ser maior que o efeito placebo que a pessoa já iria sentir de qualquer jeito. É assim que os cientistas analisam a eficácia de qualquer medicamento, vacina, ou tratamento novo.
E nessa hora a ciência bate o martelo: a homeopatia não funciona, porque ela não supera os efeitos do efeito placebo Isso não é nem uma discussão dentro da comunidade científica mais porque já foi comprovado há décadas. Quando os cientistas dão medicamentos homeopáticos para um grupo de pessoas e comprimidos falsos feitos de açúcar para outro grupo, o efeito é o mesmo. Na prática, a homeopatia dá a impressão de que é eficaz principalmente em problemas menos graves ou passageiros.
Imagina que você procurou um homeopata depois de passar uma semana com uma dor de garganta. Ele te receitou um comprimido para você tomar durante uma semana. Milagrosamente, a dor de garganta melhorou junto com o fim do tratamento.
Mas o que você não sabia é que ela já ia melhorar em duas semanas, mesmo sem tratamento nenhum. O que você chamou de efeito da homeopatia foi simplesmente o curso natural da doença. Nessa hora, muita gente gosta de argumentar que a homeopatia é uma prática “tradicional”, usada no mundo todo desde o século 18.
O que não quer dizer muita coisa. Quando a homeopatia ganhou espaço, ela substituiu um tratamento tradicional da época, a sangria. A prática de fazer um corte profundo na pele para induzir um sangramento e, assim, remover fluidos do corpo que estariam causando alguma doença.
A sangria foi usada por séculos com a justificativa de que era um tratamento “tradicional”. Mesmo sendo ineficaz e extremamente perigosa. Tem muita gente cometendo esse erro de achar que ser tradicional é sinônimo de ser confiável.
O maior perigo da homeopatia é que muita gente enxerga como algo inofensivo. “Ah se não funciona, pelo menos não faz mal”. Mas é exatamente o contrário porque a homeopatia te dá uma falsa sensação de que está tudo sob controle.
Quem tem um medicamento homeopático em casa, vai recorrer a ele quando tiver algum sintoma qualquer, mesmo sem saber qual é a causa. Quando esse medicamento não funcionar, a pessoa não vai ao hospital. O mais provável é que ela procure o homeopata para ver se ele receita outro tratamento.
Enquanto isso, o tempo vai passando. E talvez a pessoa só vai procurar um médico quando a situação estiver pior. Isso é gravíssimo para doenças como o câncer, que quanto mais cedo for detectado, maior a chance de cura.
Se a gente não combate práticas pseudocientíficas, pessoal, a gente abre espaço para as pessoas escolherem entre tratamentos realmente eficazes que podem salvar vidas e uma mentira fantasiada de ciência. Como se os dois tivessem o mesmo peso. Sem contar que oferecer um tratamento comprovadamente ineficaz é charlatanismo.
Tem milhares de pessoas sendo enganadas, gastando dinheiro com a homeopatia e achando que vão resolver os seus problemas de saúde. Em vários países como Inglaterra, França e Alemanha, a homeopatia foi banida ao menos dos sistemas públicos de saúde. Mas esse infelizmente não é o caso do Brasil.
Nós brasileiros estamos pagando, com os nossos impostos, para que a homeopatia seja oferecida no SUS. E o pior de tudo isso é que a homeopatia recebe o apoio até de órgãos como Conselho Federal de Medicina, que na teoria tem o papel de garantir que os profissionais da saúde estão agindo de acordo com os princípios médicos e científicos. Olha só.
E a homeopatia não tem nada disso. Isso é inaceitável. Me ajuda a alertar o máximo de pessoas possível compartilhando esse vídeo.
Juntos nós podemos tentar mudar isso. E sabe o que mais é inaceitável? O que dizem por aí sobre os efeitos medicinais da água alcalina.
Você pode conferir a história completa clicando aqui. Ou então, se você estiver interessado em outro assunto, assiste esse vídeo aqui que o YouTube te recomendou. Eu espero que tenha sido útil, que você tenha gostado, cuidado com remédios que te oferecem por aí.
Um grande abraço e eu te vejo no próximo vídeo. Tchau.