Aula 2 - Workshop "Os 7 Pilares para Envelhecer Bem"

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Ana Claudia Quintana Arantes
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Video Transcript:
Oi gente boa achei que hoje não ia dar tempo aqueles dias intensos que a gente acorda pensando no que vai acontecer de noite mas esquece de pôr nos planos do que vai acontecer até à noite então chegamos aqui eh a gente tá nesse nosso segundo encontro né Desse workshop dos sete Pilares para envelhecer bem e na nossa primeira Jornada aí na segunda-feira nós falamos sobre a a metáfora do deserto né do asis que a gente viaja para esse deserto e que a gente precisa construir esse nosso Oasis nesse deserto né nessa caminhada do nosso envelhecimento
e nas reflexões que eu conduzi na segunda-feira eu tive muito feedbacks Então deve ter gente aqui que tá pela primeira vez não assistiu da da segunda-feira e tá pegando bom de andando eu vou dar uns spoilers para ficar com vontade de assistir aquilo que não foi visto e para quem já assistiu vontade de ver de novo tudo que nós vivemos ao longo da nossa vida é algo que nos faz nos tornar cada vez mais próximos daquilo que a gente realmente é quando nós vivemos as coisas pela primeira vez a gente toma um susto Será que
eu vou dar conta disso mas aí você vai vivendo pela segunda Pela terceira pela quarta pela quinta vez e vai percebendo que o que significa envelhecer tá mais relacionado com uma sabedoria do que com uma incapacidade E aí quando você vai se dando conta de que essa essa história de envelhecimento tá acontecendo que é naqueles aspectos né que o frisei na última vez sobre a questão física a questão emocional questão social que de repente você descobre que você tá você ficou mais velha mais velho eh a gente tem uma tendência a invalidar essa sabedoria a
invalidar essa nossa capacidade de olhar paraa situação e ver para além dela saber que nós somos sim capazes de passar por isso difícil seja esse difícil o que for aí na nossa vida uma transição de carreira uma uma transição de relacionamento uma mudança do status familiar né quando os filhos vão embora de casa eh quando a gente se separa ou quando a gente muda de cidade quando a gente olha e pra nossa história profissional e falar assim pera aí mas é só isso né é só trabalhar trabalhar trabalhar receber o salário no final do mês
pagar as contas depois tá sem dinheiro de novo o mês começa tudo de novo Será que viver é só isso não é eh é parte da nossa eh estrutura mental se questionar se isso faz ou não faz sentido e é por isso que a gente tá fazendo esses encontros aqui nessa semana nesses três encontros pra gente pensar e refletir se o modo como a gente tá decidindo envelhecer se faz sentido E se fizer sentido Tá tudo bem mas se não fizer sentido dá tempo de mudar uma das eh é mensagens mais frequentes que eu recebi
essa semana foi de pessoas que TM mais de 60 anos mais de 70 anos perguntando Mas dá tempo já que eu já cheguei no deserto dá tempo é claro que dá e vai dar tempo se você levar a sério o assunto que a gente tem para hoje então Vamos lá gente boa que acha que não vai dar tempo se preparar vamos ficar esperto esperta para para os pontos em que nós vamos tocar nesse dia de hoje podem ser pontos um pouco doloridos mas tudo bem você cuidadosa para que essa dor seja uma dor boa uma
dor que faça você se lembrar da sua humanidade que faça você se lembrar da sua capacidade de se renovar diante do que você tá vivendo tá no nosso primeiro encontro eu falei sobre o a metáfora do deserto né e e como que a gente vai lidar com a nossa chegada lá nesse deserto então a metáfora brevemente aí para quem não viu a gente eh vão combinar que todo mundo aqui tem 40 anos a gente vai pegar um avião daqui 30 anos a gente vai morar no deserto e não tem como a gente não vai passear
lá a gente vai morar lá então 70 anos todo mundo vai morar no deserto e morar no deserto significa ter se preparado ao longo desses 30 anos Morar Bem no deserto significa o preparo ao longo desses 30 anos para que você chegue lá bem e aí vamos supor que você tá embarcando agora e você não percebeu que tinha que ter se preparado Quais são os alicerces os os outros Pilares que a gente pode eh não construir mas a gente pode olhar e perceber que eles dão conta de nos colocar no embarque que numa condição um
pouco mais esperançosa de que tudo vai dar certo conexões Profundas eh um dos trabalhos mais potentes dentro da área da pesquisa eh médica acho que na pesquisa em saúde na verdade é um trabalho que ainda acontece é um trabalho mais longo da história que é um trabalho feito na Harvard tá sendo feito na Harvard Já teve já trocou de titularidade de pesquisador e pesquisadores algumas vezes e esse trabalho fala sobre eh a longevidade e essa longevidade eh que busca uma resposta de do que que faz a gente se sentir feliz quando a gente chegar lá
na frente tudo dando certo né a vida dando certo o tempo dando certo a gente vai envelhecer e chega lá nos 90 anos e vai dizer eu sou uma pessoa feliz o que que determina essa percepção de felicidade não é a opinião de quem tá olhando tá não é assim Ah isso é uma vida que vale a pena não vale a pena Ah isso não é dignidade não é sobre a opinião de quem tá assistindo é sobre a opinião de quem está vivendo a percepção de felicidade no envelhecimento E aí quando os pesquisadores foram buscar
uma resposta eh no passado dessas pessoas sobre o que elas se sentirem felizes ou infelizes nesse tempo final da vida eles descobriram que o fator mais importante era a qualidade das relações que essas pessoas tinham por volta dos 50 anos 40 50 anos tá se este é o fator mais importante que termina se você vai ou não vai ser feliz quando você tiver mais velha mais velho cabe aqui a necessidade de colocar atenção nisso no momento atual então Independente se você tem agora 40 30 40 50 anos ou 60 70 para você se sentir feliz
no final da sua vida no envelhecimento feliz no tempo final na reta final no durante feliz né nessa reta final você precisa pôr atenção na qualidade da dos relacionamentos que você tem atualmente tem que pôr atenção e a qualidade dos relacionamentos não desz respeito ao quanto as pessoas te fazem bem mas o quanto você faz bem para as pessoas com quem você se relaciona o quanto as pessoas fazem bem para você não tá relacionado só as coisas boas que elas fazem pra gente porque tem pessoas que fazem bem pra gente e não necessariamente são boas
eu tenho muita gratidão a pessoas que me fizeram mal e que tentam me fazer mal ainda hoje né porque todo mundo tem os seus desafetos né vamos combinar que a gente não passa agradando todo mundo na vida porque se a gente passa agradando todo todo mundo na vida nós estamos nos desagradando Alguém sai infeliz na história se tá todo mundo à sua volta feliz com você é porque provavelmente você não tá feliz com você porque você tá agradando muitas pessoas sem olhar para aquilo que para você possa fazer mais sentido do que para elas e
aí você tem os desafetos e esses desafetos essas pessoas que nos provocam muitas vezes o pior de nós elas também nos transformam e elas nos transformam se possível para alguém melhor do que nós somos é muito importante que a gente tenha clareza disso especialmente para as relações que a gente tem mais difíceis a gente pode ter relações muito difíceis com os nossos pais a gente pode ter relações muito difíceis com os nossos filhos com os nossos irmãos com parceiros parceiras estas relações difíceis elas nos lapidam essas relações de essas relações de vida eh que trazem
pra gente Esse desafio São relações que nos destroem e proporcionam a gente a chance de se reconstruir mais forte mais leve Mais maduro do que éramos antes desses encontros nessas qualidades todas nós vamos encontrar as qualidades bondosas Então as coisas que fazem bem pra gente nem nem sempre são boas né a gente faz bem eh uma série de coisas de por exemplo atividade física Alimentação adequada eh sono enfim lazer são coisas que fazem bem pra gente mas não significa que naquele momento a gente acha que é bom fazer pode ter gente aqui que odeia fazer
atividade física não é bom mas bem Tem pessoas que não são boas pra gente mas fazem bem porque faz com que a gente fique mais esperto fique com faz com que a gente tenha mais atenção e cuidado com aquilo que a gente oferece porque em geral quando você é Generoso demais você acaba formando parasitas e aí as pessoas passam a querer viver da sua energia e aí vai fazer muito bem para você se dar conta disso e fazer uma reforma do escoamento de energia né de repente Nossa fechou o o a saída de energia por
você reconfigurou esse espaço do que é bom para você e aí você tem as relações que que são boas para você relações bondosas relações de parceria relações de complicidade recentemente a gente teve o o curso aí das relações compassivas E aí nós falamos sobre esse assim esse discernimento essa clareza essa Lucidez sobre o que que é uma conexão profunda e que vai vão ter conexões onde nós fornecemos o melhor de nós para aquela pessoa por exemplo pros nossos filhos a natureza de bondade é sempre dos Pais para os filhos nunca ao contrário e aí muita
gente sofre porque Ah eu criei meus filhos e agora eles têm que cuidar de mim a gente não tem filhos para arrumar cuidador depois no final da vida a gente tem filhos porque a gente acredita que exista uma continuidade daquele nosso legado daquela nossa capacidade de viver de existir de continuar E aí é quando a gente pode ter conflitos em relação a esse contexto de bondade quando você tem problemas de relacionamento com os filhos problemas de relacionamento com parcerias afetivas problemas de relacionamento com os nossos pais e é da natureza humana eh crescer eh no
sentido de evoluir através de conflitos através de de arestas que precisam ser aparadas diamantes que precisam ser lapidados esta qualidade das conexões é que vai fazer com que você chegue lá na frente e fala assim sou uma pessoa feliz porque eu dei conta de Educar porque eu dei conta de ter paciência porque eu dei conta de transformar porque eu dei conta de dizer não este é meu limite E essa qualidade das relações também diz respeito à longevidade por quê Porque a gente precisa ser cuidado nós precisamos ser cuidados Desculpa aí quem resolveu fazer o curso
porque quer saber como não dar trabalho então cara Não é assim a gente dá trabalho e a gente vai dar cada vez mais trabalho hoje mesmo eu tava dando aula na faculdade e E aí eu dei uma acelerada porque eu achei que não ia dar tempo de terminar a aula tinha muito conteúdo tal dei uma acelerada acelerei um pouco demais e terminamos um pouco antes do previsto E aí sentei lá com com a moçada E aí bom vamos né alguém tem alguma dúvida quer fazer algum comentário eh é uma turma surreal agora todas elas são
Mas essa aqui especial tá muito querida uma turma muito muito querida lá da faculdade e E aí tava lá sentada e falei Eita estou tendo uma ideia aguda aí deram risada tal aí a minha parceira de in a d Elizabeth ner ela falou eita Ana Cláudia com uma ideia aguda eu tenho uma amiga que ela fala sentar com Ana Cláudia 10 minutos é 10 anos trabalhando então eu dou trabalho eu dou muito trabalho eu distribuo trabalho para muita gente e é da nossa natureza dar trabalho e aí só que enquanto eu tô linda e plena
assim fisicamente bem cabeça boa esse trabalho que eu tô dando tá sendo recebido pelas pessoas como algo que faz bem a elas também porque eu D trabalho vou as minhas ideias agudas e vamos fazer um curso assim ai vamos escrever um livro assado vamos fazer um trabalho assim ai vamos mil novidades que eu construo e envolvo as pessoas a minha volta para construirem isso comigo eu tô dando trabalho mas é um trabalho bom de dar E aí quando eu for dar trabalho de cuidar do meu corpo Quando eu der trabalho quando tiver que cuidar da
minha mente como que a gente lida com isso ainda em relação às conexões Profundas eu vi que passou aqui na minha vista uma pergunta aqui de uma pessoa que escreveu até em letra grande sabe quando a gente quer falar alto a gente escreve em letra grande ela falou alto não tenho filhos nem marido como é que você como é que eu fico Ana Cláudia você fica super bem amada muito bem Tem uma uma lembrança muito boa eh assim que eu me mudei para cá eh eu tava com eh saindo cedinho para ir caminhar no parque
eu moro pertinho de um parque então minha rua é uma rua sem saída tem duas escadinhas assim no final da rua aí você desce as escadinhas vai dar numa rua e essa rua é a rua do Parque a anda mais uns 50 m tem entrada lateral do Parque tava eu e o alcio descendo para ir fazer uma caminhada com a Quiara com o nosso cachorrinho cedinho assim não era nem 7 horas da manhã Acordamos animadíssimos e fomos para o parque e a estávamos descendo a escada e aí de uma senhora eh descendo a escada porque
são duas assim a gente estava de um lado el estava do outro e aí bom dia bom dia né E ela vira para fala assim nossa muito bom que você tá usando meia elástica E aí ele disse eh não é muito bom né dá bem conforto a gente consegue andar mais tempo né com a meio elástico é muito bom eu gosto muito aí ela vira e falar assim não porque na minha idade quando você chegar na minha idade você vai ver o quanto é importante você ter feito isso aí ele vira para ela e fala
assim é mesmo e Quantos anos a senhora tem ela falou assim Ah porque eu tenho 70 anos aí o al deu um um sorriso lindo e falou assim logo logo eu tô aí Aí ela disse mas não parece ela parecia porque ela era uma mulher branca pequenininha bem clarinha assim uma branca bem branquinha cabelo bem branquinho também então ela a a aparência dela era de alguém maduro isso não faz ela mais ou menos jovem do que o áo só traz para ela uma aparência que se alguém for chutar Na aparência acertaria a idade dela e
fomos conversando a respeito disso do envelhecimento ácio foi na frente que aara a pressa o ritmo ali né e eu fui atrás com ela conversando E aí até ali ninguém sabia da profissão de e ela perguntou H quanto tempo a gente tava morando ali falei ah tem alguns meses eu não tem um ano ainda ela falou Nossa aqui é maravilhoso eu moro aqui desde que eu me casei há 20 anos atrás aí eu falei nossa você se casou há 20 anos atrás e que legal você mora aqui com seu marido tal ela falou assim é
eu fiquei viúva ele faleceu eh ele morreu em casa eu cuidei dele e aí eu puxa assim muito ela falou não eu tô muito bem nós tivemos uma vida muito bonita eu conheci há muitos anos eh a gente já se se conhecia 40 Anos Atrás mas a gente viveu 20 anos como amigos um belo dia el pediu em casamento e aí eu perguntei para ela e seus filhos como estão aí ela disse nós não temos filhos nós não tivemos filhos e eu e meu marido somos filhos únicos então nós também não temos não temos primos
eu não tenho ninguém E aí fez-se um minuto de silêncio da minha curiosidade ess Você mora com quem aí ela ah eu moro sozinha mas eu tô muito bem eu tenho um grupo de amigos maravilhoso nós nos falamos todos os dias e toda semana nós nos encontramos e esses amigos a gente se apoia muito um ao outro então eu não sou sozinho aí para quem me perguntou não tem filhos nem marido essas conexões Profundas elas não têm cargos eh formais para dar certo você pode ter filho marido e ser uma pessoa sem conexões Profundas ter
conexões de sangue ou conexões contratuais não traz para você nenhuma garantia de afeto não traz nenhuma garantia de proteção contra o sofrimento ou de cuidado o que vai trazer pra gente alguma garantia de afeto é a a gente ser capaz de cuidar de alguém e alguém ser capaz de cuidar da gente um exercício que eu sempre proponho é dá uma olhada ali na Su na sua seu celular né Pega o celular aí pega a lista de contatos e assim que você encontrar uma pessoa que você pode ligar esta madrugada caso você passe mal você pode
ligar essa madrugada e pedir para essa pessoa de acompanhar para ir no hospital então tem uma chance grande de você ter um envelhecimento de sucesso porque você tem alguém com quem contar aí você vai dizer para mim mas Anana não tenho ninguém com quem contar Nossa eu não tenho amigos esses amigos não existem Eu estou muito mal vou envelhecer mal porque eu não tenho nenhum amigo nenhuma amiga que eu vou olhar minha lista de de contatos e que eu posso Ligar para me levar no hospital calma sua vida ainda pode ter sentido você vai olhar
mesma lista de novo e você vai encontrar o nome de alguém que pode ligar para você para pedir para você ligar para você levar pro hospital se esta pergunta você for a resposta não tem ninguém então realmente você não sabe fazer Aim igos aí precisa ir para uma escola de amizades tem que fazer ir para uma escolinha para tentar ver se arruma um coleguinha para você construir uma relação que faça sentido a partir de agora uma relação que faz sentido gente boa é uma relação de cuidado é uma relação que cuida essa a relação que
faz sentido Pode ser que você se luda não tem ninguém que que você possa ligar e pedir ou que você se sinta à vontade e aí é que mora o perigo Ai não tem ninguém que eu me sinta vontade de ligar para pedir ajuda aí o problema é seu porque você não se sente à vontade de pedir ajuda Então tem que aprender a dar trabalho tem que aprender tem um momento divisor de águas na minha vida pessoal quando eu quebrei o pé tava no metrô Fui descer a escada fixa quarto degrau perdi o equilíbrio torci
o pé caí e quebrei de de um jeito assim absolutamente indiscutível destruir o tornoz quando eu tava ali de cadeira de roda met o pessoal do metrô tal querendo me levar para Hospital eu liguei eu eu na minha cabeça eu fiz eh Tudo que Eu precisaria para poder dar conta porque eu sou médico eu sabia que aquilo ia precisar de uma cirurgia não ia colocar uma botinha de gesso e e tudo bem e uma semana e tava ótima não sabia que ia ter cirurgia ali e aí eu tava indo pro hospital tava no táxi indo
pro hospital fazendo na minha cabeça uma escala de então de cuidadoras porque eu sou geriatra conheço tenho vários pacientes que tem cuidadoras aí eu falei assim não tem essa folguista vou ver se ela cobre aqui cobre a colar tal fiz a escala de plantão na minha cabeça paraas próximas semanas e Beleza tô indo para hospital mas aí a vozinha da consciência n Cláudia você dis tanto que as pessoas têm que aprender a pedir ajuda vamos lá agora é sua chance falei beleza dá aqui liguei para uma amiga Anete tá ocupada não Ana tô de boa
por que você tá precisando de alguma coisa tô quebrei o pé ela como foi isso F assim não não tô viva tô bem não bati a cabeça nada eu quebrei o pé foi uma fratura feia eu tô indo para hospital agora e aí eu queria te pedir para você me acompanhar no hospital porque eu tô com muita dor eu não vou conseguir me defender e eu sei que você é brava e que você não vai deixar nada de mal acontecer comigo então você vai lá pro hospital se Encontra comigo lá e me ajuda para Já
tô indo lá te encontro lá ela chegou junto comigo ela foi embora no dia seguinte quando uma outra amiga veio passar a noite comigo no hospital no pós-operatório e a Nete estava com a roupa do corpo pandemia passou fiquei boa tinha escala de plantão tinha um grupo de amigas que a gente fez escala de plantão para mim fazer companhia eu precisei de cuidadora só duas vezes no período que eu fiquei mais dependente porque tinha escala de plantão as pessoas vinham ficar comigo veio pandemia a net adoeceu não era covid mas poderia ser eu ia pro
hospital passava a tarde inteira com ela lá máscara em 95 os dias que eu não podia ir com ela fazia uma chamada de vídeo e a gente almoçava juntas eu almoçava aqui em casa e ela almoçava lá no hospital com o vídeo ligado eu tocava arpa para ela conversava com ela quando a gente não pode estar presente fisicamente a gente viabiliza a nossa presença com essas pessoas que são importantes para nós e que precisam ão de cuidados porque uma relação de boa qualidade uma relação de troca se você não tem uma relação de troca você
vai ter alguém que você vai oferecer o cuidado e vai ter alguém que te oferece cuidado e essa parte não me sinto à vontade você vai tratar na terapia tá porque paciência não se sentindo à vontade ou se sentindo à vontade você vai dar trabalho então é melhor você se familiarizar com essa realidade e ser uma pessoa gostosa de cuidar você tem que ser uma pessoa boa de cuidar e olha eu dei trabalho porque eu acordava de madrugada para fazer xixi eu precisava de ajuda para levantar do vaso sanitário todo mundo que deu plantão passou
uma noite que recebi um telefonema que era eu não tinha um Sininho não tinha uma campainha eu ligava pra pessoa que tava dormindo comigo para ela me ajudar ir no banheiro por quê Porque era melhor eu dar um pequeno trabalho de ir até o banheiro ou do que eu fazer xixi na calça fazer um xixi na no no no colchão e dá muito mais trabalho então você precisa saber dar o trabalho necessário para aquele momento daquilo que você está vivendo porque se você evita dar trabalho necessário você vai dar um trabalho extraordinário estamos alinhados todo
mundo na mesma página vamos para mais um pilar quinto Pilar saber se despedir que que é o saber se despedir então conexões Profundas saber dar trabalho saber se despedir Por que que a gente tem que saber se despedir porque o processo de envelhecimento é um treino cotidiano de libertação de realidades você se liberta da realidade de enxergar bem você se liberta da realidade de ouvir bem você se liberta da realidade de se movimentar com muita facilidade você se liberta da facilidade de ter uma boa memória para tudo ter rapidez para fazer as coisas por que
você se liberta disso porque você vai começar a usufruir de um novo modo de ser essa semana tava conversando com um paciente que também é amigo sobre essa experiência de fazer 60 anos aí tava dizendo que Ana tô apavorado de fazer 60 anos e por que o pavor de fazer 60 anos por que que a gente não tem pavor de fazer 18 por que que você não tem pavor de fazer 21 você não tem pavor de fazer 30 40 tudo é um grande glamur fazer 30 anos eu lembro com 30 anos eu pintei a unha
de vermelho pela primeira vez porque minha mãe nunca deixou pintar unha de verel vermelho até os 30 anos eu não tive coragem pintei alo vermelho foi um grande evento tudo que eu fazer era passar a mão na minha frente assim para eu ver minha mão e de repente eu tomava o susto porque achava que não era minha mão porque eu nunca tinha feito aquilo antes 30 40 anos 50 anos 50 anos foi um temor para mim aí eu descobri por que que eu tinha tanto medo de fazer 50 anos porque ser feliz é um negócio
que não é para todos eu nunca fui tão feliz na minha vida Depois dos 50 anos acho que é por isso que eu tinha medo né porque e às vezes eu tenho vontade de perguntar pras pessoas vocês dão conta de ser feliz porque não é para Fracos Não é para amadores a gente tá muito habituado a ser infeliz a gente tem uma prática cotidiana assim a vida inteira praticando que a gente tá infeliz de repente você é feliz por que que você é feliz porque você olha à sua volta e fala Esta é minha vida
Esta é minha meu corpo é minha ideia é minha história é meu caminho e aí quando você olha para essa novidade dos 60 anos deixa de ter medo fica curiosa fica curioso que que é que que eu me torno a partir desse medo tem um um cara muito incrível que eu recomendo que vocês se aprofundem na biografia dele Leiam o livro dele que é o cinco o livro dele chama-se os cinco convites chama-se Frank ostac o Frank Ele criou o zen hospice eh lá em São Francisco eh um dos sonhos que eu ainda vou colocar
em prática me ajuda em sonho comigo vou ter um Zen hospice aqui no Brasil Ele criou o zen hospice que era um espaço de cuidado de pacientes em fase final de vida esse cara fez bem num num nível impensável ele não é da área da saúde não é médico né El ele se dedicou para esse projeto fez acontecer E aí este homem envelheceu ele tá com mais de 80 anos e ele teve eh 2018 2017 2018 por aí ele teve três AVC seguidos dois ou três Av ser seguidos foi uma coisa muito trágica assim ele
ficou muito frágil muito frágil eu fui num evento nos Estados Unidos e ele participava participou desse evento numa num bate-papo assim ele não não ia dar conta de dar uma aula então ficou uma conversa porque era uma pessoa muito importante pro evento ele foi você viu dava para ver que ele entrou com dificuldade no palco assim foi devagarzinho ele sentou na poltrona a médica que tava entrevistando ele foi super Gentil esperou o tempo dele para ele poder se acomodar se acomodou todo mundo aplat em silêncio absoluto super respeitosa E aí eh ela pede para ele
partilhar a experiência desse momento da vida dele onde ele tá tão frágil ele já cuidou de tantas pessoas frágeis e como era a experiência de se tornar frágil e receber cuidados esse cara vira e fala assim você sabe que é um pouco ele fala algo assim né vou falar o que eu guardei assim algo nesse caminho é muito inquietante eh vivenciar esse processo e receber cuidados dos Profissionais de Saúde e perceber que estão todos muito empenhados em me devolver a vida que eu tinha só que eu não tô interessado na vida que eu tinha porque
a vida que eu tinha eu já vivi eu tô muito curioso muito interessado em saber o que que eu sou capaz de fazer com o que eu tenho de corpo agora depois das sequelas desses avcs quem eu me torno a partir do meu adoecimento ninguém quer me mostrar isso as pessoas estão lutando para eu voltar pro passado para o que eu era não me interessa isso eu quero saber quem eu sou agora quem eu vou me tornar ali na frente Valeu cada dólar que eu paguei para tá sentada naquele lugar naquele dia foi um tapa
na cara assim profissional de saúde você é capaz de mostrar para alguém o que que ele se torna a partir da dificuldade a partir daquilo que ele Talvez não quisesse viver certamente né porque quem é que quer ter TR Av nós somos capazes de olhar paraa gente no espelho envelhecendo e e pensar e agora o que que você é capaz de fazer porque o que eu já fui capaz de fazer eu já sei agora eu quero saber o que eu sou capaz paraa frente a partir de agora quem eu me torno com 55 com 65
com 70 com 70 com 80 anos com 90 anos quem eu sou quem que eu tô construindo para ser se eu hoje me encontrar com a Ana Cláudia de 90 anos é Ana Cláudia de 90 anos vai falar assim bicho você fez um super Bom trabalho tá ótimo aqui Parabéns você foi demais nessa época aí do teu 50 porque aqui tá uma delícia ou não o Ana Cláudia lá dos 90 anos eu falou assim cara você não tinha noção do que que a gente ia ter que enfrentar agora você não fez nada para que eu
pudesse sobreviver nesse momento aqui nesse deserto horroroso você não fez nada para construir essas para mim essa conversa do Saber se despedir é também se despedir da vida que você não precisa mais das coisas que você não tem você vai sentir saudade mas que elas não fazem mais falta porque você tem condição de transcender essas você tem condição de atravessar essas perdas você tem condição de passar por elas e dar orgulho pro mundo depois conexões de qualidade que fazem o bem para você e que são boas para você você precisa pensar sobre isso você precisa
pensar no trabalho que você dá E como que você oferece para essas pessoas o trabalho que você dá se elas são felizes de trabalhar pelo seu bem e se você é capaz de se despedir daquela pessoa que já fez o que precisava fazer com aquilo que sabia e agora você se abre para se conhecer de um um outro modo de um outro jeito e ficar feliz com aquilo que você enxerga no espelho no momento presente então era isso que eu tinha para partilhar hoje sobre os nossos pilares do envelhecimento eu espero que estas luzes assim
às vezes um pouco ofuscantes né porque como eu disse eu sei que eu tô colocando o dedo nos locais meio meio doloridos quando a gente se vê sozinha Quando a gente vê que as pessoas que a gente gostaria que se importassem não se importam e aí eu tô colocando o dedinho aqui você falar assim com quem você se importa a primeira pessoa que você tem que se importar é com você mesmo então você precisa saber que a pessoa mais importante das relações é a pessoa que se relaciona né Tem uma frase muito bonita que eu
li essa semana que eu vou deixar como mensagem final aqui com tanto que se possa admirar e amar então se é jovem para sempre Oi gente boa Esse foi o conteúdo da segunda aula da aula dois Espero que tenham gostado e eu gravei mais esse trechinho para dar de novo alguns recados finais o primeiro é que na sexta às 9 horas a gente vai liberar a terceira aula do workshop nessa aula eu falei sobre mais três dos três pilares do envelhecimento de qualidade que são as conexões sociais a capacidade de aceitar e nós vamos dar
trabalho e a habilidade de saber como se despedir de coisas de projetos de pessoas na terceira aula eu vou falar sobre os últimos os dois pilares do envelhecimento saudável Além disso nessa terceira aula eu vou divulgar o meu mais novo projeto que será né Mas já tem nome a comunidade envelhecer bem vai ser um projeto muito incrível eu tenho certeza que vai mudar totalmente a vida de quem fizer parte mas os detalhes mesmo eu só vou mostrar na aula três mesmo aproveito para pedir que caso você acredite que alguém da família ou do seu círculo
de amizades você perceber que essa pessoa vai se beneficiar do conteúdo que eu tô oferecendo nesse workshop compartilha com essa pessoa Ach que vai ser legal um beijo e até a próxima aula
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