o Ministério do Turismo apresenta naquele registrar aprender Amazônia da Espanha obras homenageado Wilson assunto acompanha agora aula-espetáculo os rios e as cidades com Ailton krenak Patrocínio sigas companhia de gás do Amazonas governo federal Ministério do Turismo secretaria especial da cultura lei de incentivo à cultura e apoio cultural Acapulco filmes Secretaria de Cultura e economia criativa Governo do Amazonas Fundação Rede Amazônica classificação Livre e as cidades do mundo é a cidade é um caminho um rio e são lugares do exercício de se deslocar e o Rio é uma cidade é o caminho é um exercício de
se deslocar é o caminho Há um Rio dentro da cidade Esse é um exercício de se deslocar à cidade é um rio um caminho só assim a poesia das cidades do mundo Olá a todos os lugares que pude me deslocar e aqui no nosso país em outros lugares do mundo é o que mais me atraiu sempre atenção não foram as estruturas físicas né coisa Urbana coisa da cidade em nenhum desses lugares e eu deixei de ser atraído fortemente pelas águas os rios e os rios de cada um desses lugares onde foram levantadas essa cidades cidades
pelo mundo afora e parece que todas as nossas todos os nossos assentamentos espalhados pelo mundo na Europa na Ásia e na África para todo lado nós fomos sempre atraído pelos Rios né e parece que todo mundo já deixe do tempo do banco da escola o ouvir dizendo que uma das civilizações mais antigas do mundo quem nasceu no Delta do nilo né e não no Egito em casa águas banhavam aquelas vezes e formavam o solo que depois veio para propiciar as condições para agricultura essa ideia na civilizatória e sempre estivemos perto da água e parece que
aprendemos muito pouco em qual fala dos rios não é rose Rios falam mas a gente não houve Oi e essa e essa poética que os rios me se comunicam e elas foram um produzindo em mim uma espécie de a observação crítica sobre as cidades as metrópoles Principalmente as grandes cidades todas lá em cima do corpo dos rios da maneira mais irreverente o mesmo aquelas grandes cidades antiques uma cidade que eu não vou ficar me humilhando aqui agora e elas se montaram em cima do corpo do Rio e parece que isso foi sendo naturalizado naturalizado até
que nós chegamos ao ponto de não ter quase que nenhum respeito pelos Rios eu fui uma vez uma única vez numa região da Rússia em São Petersburgo e na margem do rio Niva esse rio que uma parte do ano ele gela e é possível passar a cavalo sobre o corpo do Rio e aquilo me deixou totalmente e pasmo porque para mim que são sujeitos aqui dos trópicos os nossos Rios né a gente levou a carrinhos pensando o Tapajós madeira no Amazonas o Rio Negro e os nossos Rios Ou pelo menos intimidade que a gente tem
a com os rios alguém vai falar tenho Tietê em São Paulo e infelizmente na parte Urbana que ele percorre ele é um esgoto né os rios nossos Rios o e os rios vivos a onde andam os rios vivos aqueles que não foram ainda coberto pelas calçadas pelo corpo da cidade e que estão de alguma maneira correndo Pelas nossas paisagens de cerrado da Floresta e da Mata Atlântica do Pantanal esses biomas flagelados e onde os rios são a primeira parte desse corpo a ser apropriada né e pela agricultura pelo garimpo pela mineração é mas principalmente por
essa Fúria dos humanos em ocupar o corpo do rio com suas atividades as suas atividades incessante e quando eu soube e nos últimos 23 anos que a maioria dos nossos Rios principalmente na Amazônia a maioria dos nossos Rios estão contaminadas contaminadas com Mercure no Mato Grosso para cima parar Rondônia Estado do Amazonas lá em cima no Amapá contaminados por mercúrio no garimpo e por outros venenos da agricultura e eu fiquei pensando nos vamos matar todos os rios Hum será que nós vamos a fazer e esses do gás maravilhosos da terra se transformar num risco e
no risco para nossa a nossa vida para nossa experiência na terra é dos rios que vem é óbvio a história antiga já contava a a base para desenvolvimento de qualquer Aldeia comunidade Cidade tudo os rios falam e me parece que a gente aprende só um pouco ou nem ouvir o que os rios falam o meu tive essa maravilhosa é benção na minha vida de pôr a mão pôr o pé mergulhar nadar às vezes até comer dos peixes das faturas desses rios em diferentes lugares são dezenas centenas de Igarapé e dezenas de rios que eu pude
chegar perto sentir o cheiro gosto conhecer e e às vezes eu me sinto mais comovido e com a presença desses rios é do que com a presença de outros seres Como eu mesmo humanos essa gente que está emprestando o planeta envenenando os rios drogando os rios e os rios são é percebido como o potencial energético para você construir barragem os rios são percebidos como volume de água para você usar na agricultura o Brasil transportando água através de grãos e do minério e nós tratamos a água o João maneira a todos respeitosa que chega a dar
a impressão de que nós sofremos um colapso afetivo em relação a algumas das preciosidades que a vida proporciona para a gente aqui na terra as florestas os rios as florestas e os rios se constituem para mim no próprio sentido de produção da vida aqui na terra o e tantas florestas Quantos rios elas elas são aviltadas a todo momento pela nossa ideia de Economia a nossa ideia de progresso eu abrir Estrada fazer barragens construir cidades rios Rios o que os rios falam com certeza eles falam é tem um um escritor um grande escritor peruano clássico mesmo
deve ter atura na América Latina é é o José Maria a queda ele tem um romance chamado pelos Rios profundos e é fascinante a percepção que ele tem daquele Rio maravilhoso aquele rio que corta a os Andes que é capaz de fazer seu caminho nas pedras e que tem uma força porque ele vem dos Andes e ele desce de maneira avassaladora e ninguém navega o corpo daquele Rio porque ele é um Rio Bravo desde que eu li esse os rios profundos eu fiquei muito muito Instigado com a possibilidade de alguns desses corpos d'água serem maiores
do que nós os humanos e se sobreviverem a nós e sem passar pela humilhação O que é fratura que esse rio que passa aqui na minha Aldeia a 500 metros do quintal da minha casa o Rio Doce no mapa de Minas Gerais ele vai aparecer com esse nome porque ele nasce nas Serras de Minas Gerais e vai para o Oceano Atlântico 630 km do corpo desse Rio foi Avassalador pela lama da mineração e completa seis anos esse final de 2021 que ele ainda está em coma se inscrever aquele é o ato fato ou ato mera
o átomo era o ato minha ou a turminha de ré o ato boquinha hálito ou guru amargo ter é esse é o jeito que os cara lá que cantam para esse rio que chama de avô tem que dar comida da da sentido para a vida de quem vive ao seu lado ao Largo desse Rio muitos Rios rios que me é nem balão na experiência da vida como aquele o que animou worked as a escrever os rios profundos um história maravilhosa e no Rio Juruá daquele rio que quando os meninos estão estudando geografia na escolas eles
vão escutar recitando o nome do Juruá junto com Juju tá aí né o Javari e o Solimões o Rio Negro é interessante que alguém escolheu juntar esses Rios numa mesma a frase quase no parágrafo para apresentar ele para os meninos lá no ensino fundamental o Juruá Jutaí Javari o Rio Negro e Solimões depois lá subindo para o Rio Negro né o ao pés os outros rios que vem da Colômbia e entra no Brasil os rios que nascem nos Andes e vem para passear Amazônica eu me lembrar que esse grande rio que dá o nome para
essa bacia amazônica nas de um fiozinho de água lá nas cordilheiras dos Andes a reforma aquele Mundo Maravilhoso de água porque ele pega também a água que a própria Floresta devolve para nuvens devolve para os rios e nesse ciclo maravilhoso as águas dos rios são as Águas do Céu também Águas do Céu águas do rio as águas banhando a terra né o Rio Juruá eu subi o João uma vez desde o Cruzeiro do Sul até o médio Juruá onde tem o território dos parentes ashaninka onde vive o bem que com seus irmãos de lá eu
fiquei um tempo com eles depois Subimos arrastando Canoa até a Cabeceira do Rio Juruá e tive a surpresa de subir um quase Igarapé com o nome de tejo porque lá em cima na cabeceira do Rio Juruá dois dois rios que vão virar Igarapé lá em cima Um deles o tédio e o outro breu a e lá lá no final do Brasil atravessando chegando na fronteira do Peru o rio Breu e você pode andar a pé arrastando uma pequena canoa com o nós tivemos que fazer porque as águas tinham diminuído tanto que agora a gente ia
a pé na frente arrastando a canoa atrás em rios Igarapé e o Moa quer embaixo pede Cruzeiro do Sul na Serra do divisor uma formação é impressionante uma espécie de um grande Paraná aquele Paraná do Moa aquele mundo de água e agora quem vai descer depois sem direção e não Solimões né vai para a região vai descer para o javali vai descer para bacia amazônica em rios de os nossos parentes que vivem ali naquela fronteira do peru e a Colômbia os povos das águas né o povo da água em razão desse flutuantes as casas em
cima daquelas plataformas dentro da água o povo que vem dentro d'água É tão maravilhoso essa gente precisa da água e foi gente precisa da água viva tô precisando dos Espíritos da água preciso da poesia que a água proporcionam a vida para poder ser povo das Águas e a maioria das pessoas devem imaginar que os romanos só vivem na terra firme não imagina que tem uma parte dos humanos que vivem nas águas bom então é tão bom pensar que tem gente que vive das águas e vivem a completude da sua experiência da cultura da economia da
subsistência tudo dentro da água E lá mesmo do lago Titicaca tem um povo antiquíssimo lá que vive em cima daqueles porque as plataformas dentro da água e as crianças brincam todo mundo vive ali eles criam pequenos animais água o e os nossos Rios eu vou por ela nosso Rio Aporé e o Tocantins eo Araguaia o São Francisco E aí um dos nossos Rios e há muito tempo e eu pude tomar banho no rio madeira primeira vez que eu pude entrar na água tava chovendo e o rio tava bem bravo Eu gostei muito de brincar um
pouco bem na beira para não ser levado pela correnteza porque eu nunca me meti atravessar nenhum desses rios é porque eu já perdi alguns amigos e com essa ideia de que podiam atravessar o Rio e inclusive na na terra Yanomami um rapaz que foi trabalhar com Ozelame nele me desafiou um rio que nem era tão caudaloso não era um rio Como o Rio Branco não era um rio que tinha o corpo é de rios impressionantes mas ele saltou para atravessar o Rio e foi embora porque o Rio tem essa força mágica o que só é
vencendo o o preto plasmada e plasmada pela presença excessiva para dentro dos humanos com suas cidades duras com suas cidades que sempre querem comer mais e se for preciso fazer Belo Monte se for preciso fazer Tucuruí se for preciso fazer barragens em tudo quanto é grande bacia vamos fazer para satisfazer a demanda da cidade as cidades que se tornaram Quase que o último Refúgio dos humanos na Terra porque muitos deles não sabem mas viver nas águas e menos ainda nas florestas Floresta EA água é quase que um elemento só e para muitos dos nossos parentes
que vivem nessa grande região de florestas que se chama Amazônia ou bacia amazônica é indissociável água e Floresta bom e nós sabemos que a floresta e produz água né maravilhoso ela não só precisa de água como ela é capaz de ser essa bomba de produzir água como diz o meu amigo António Nobre um cientista interessado em estudar o clima e conhecer o ciclo da floresta admiração com que ele fala das Árvores fazendo essa movimentação de produzir a água e receber a água e devolver a água de novo para a atmosfera do planeta é um maravilhamento
rio para mim é isso não me surpreendi Quando falaram dos da ideia de rios voadores eu fui Claro achei a coisa mais natural que eles vão em Porque os rios são vivos e quando eles são duramente afetado pela nossa ação e capazes de voar O que são capazes também de mergulhar e o ato esse nosso avô que sofreu esse dano da mineração ele mergulhou Olha a cara dele de pedra e nós estamos convencido os netos dele que somos mais todos os krenak estão convencido de que ele mergulhou e vai para outro lugar nos lençóis subterrâneos
Quem sabe em direção ao marque o caminho dele mas nós sabemos que ele mergulhou bom e aquela água de superfície que nós temos agora o que pega uma amostra coleta e vem que tá cheia de minério e de outros resíduos que não podem ser um utilizada por humanos ela não é mais uma água de uso direto pelas comunidades ribeirinhas aquela água ela empurrou o Rio para baixo e ele foi se revitalizar nos lençóis mais profundos naqueles que eles chamam de Lençóis freáticos né onde tem água e debaixo do chão onde a gente pisa onde o
gado pisa onde a cidade pisa onde as nossas máquinas pisão e onde o nosso barulho nosso tropel incessante e a terra os rios Rios voadores rios que mergulham em rios que transpiram respiram em rios que produzem chuva os rios de memória e quando eu soube que não Tapajós a 2000 3000 anos atrás comunidades humanas já estabeleciam suas aldeias aquelas da cultura Tapajó né Agora são os nossos parentes munduruku e seus outros vizinhos que estão lá tentando defender o corpo do rio da violência da infraestrutura que o governo que é implantar mas também do garimpo das
madeireiras Oi E para completar e essa espécie de crônica sobre a morte dos rios Eu soube algumas semanas que na região do Tapajós muitos ribeirinhos e pescadores tiveram que suspender sua actividade de pesca que é uma atividade de subsistência além de pescar para si e para suas famílias peço compra vendendo peixe e com essa venda do peixe eles têm uma economia baseada nessa pa economia Pesqueira né eles foram impedidos de pescar Porque os peixes estão doentes os peixes estão com uma doença e a fazer mais como os peixes estão com a doença antes eram é
é uma novidade na Amazônia os textos estão com que eles chamam de urina preta bom e as pessoas não estão comendo peixe Então os meus amigos que tem um projeto social na região estavam é e distribuindo cestas básicas em e aquelas e que atende as famílias flageladas para que eles pudessem sobreviver por um tempo até que criança alternativa a sua economia de ribeirinhos que são Pescadores e já cogitam inclusive de ensinar técnicas para eles de criação dos peixes em açude né tanques pesqueiros para substituir a atividade de pesca natural que eles faziam no corpo do
Rio nos rios nos Igarapé e os rios esse Manancial de vida comida Fartura nós estamos acabando com os nossos Rios e não 15 talvez mais talvez quase 20 anos atrás se iniciou uma campanha principalmente a partir do Mato Grosso mas pegando toda a região Amazônica e com uma campanha chamada Rios vivos alertando as comunidades mobilizando as comunidades inclusive contra a construção das barragens ainda estava em discussão né construir a transposição né dos rios a construção de barragens adequação dos rios para balsa né para navegação as coisas das hidrovias todos esses projetos de infraestrutura violento incide
sobre o corpo do Rio sobre a floresta Como Se nós estivéssemos mesmo numa campanha para acabar com a possível relação entre nossa vida a produção de vida pelo Rio pela Floresta Olá meus amigos que começaram essa campanha me chamaram para conhecer a a prioridade dos rios vivos essa campanha de mobilização não só dos ribeirinhos mas a sociedade como um todo um alerta sobre os nossos Rios já tem mais de 20 anos e eu queria aproveitar para homenagear uma pessoa que não está mais entre nós Mas que teve uma dedicação da sua vida enquanto ele veio
viver no Brasil porque ele é um rapaz que nasceu nos Estados Unidos e fica se chamava Glen suíte o Glen eu conheci na década de 80 quando ele veio fazer um filme sobre a Amazônia E aí E se ele dedicou todos os outros 20 30 anos que Ele viveu no Brasil a conhecer os nossos rios e fortalecer uma campanha internacional sobre os rios vivos Rios vivos eles estão em vários lugares do mundo em vários continentes sofreram a mesma violência e eu sempre achei o Ganchos é óbvio que ele é um Rio Sagrado às vezes eu
me pergunto se o senso comum aceita que lá na Índia e tem um Rio Sagrado E porque é que os outros Rios podem virar esgoto porque é que os nossos Rios são tão desprezados e às vezes as pessoas não lembro sequer os seus nomes o Rio São Francisco que para os ribeirinhos durante muito tempo talvez desde o século 18 19 e 20 se constituiu assim não a guia para a vida de milhões de pessoas atravessando vários estados né inclusive aqui em Minas Gerais onde ele começa no Rio São Francisco ó e vai até nos agora
no Atlético lá em cima e esse nosso querido ato que também faz um caminho investido e que vai para o Espírito Santo os dois rios fazendo caminhos diametralmente opostos correndo pro Atlântico um para o Nordeste o outro para que para região leste do Brasil né maravilhoso e os dois chegando no século 21 e fraturados picotados barragem para todo lado sangramento retirada de água para essa atividade da monocultura seja de alimento seja de madeira como é o caso por exemplo de eucalipto com as suas indústrias de celulose que Saquei o corpo do Rio para fazer resfriamento
ciclos industriais essa coisa toda Rios vivos será que a gente vai conseguir algum dia ouvir o que diz o rio que passa na nossa aldeia e eu não posso deixar de lembrar do Fernando Pessoa com o seu rio o tejo assim como subir do Rio Juruá saber que tinha uma formação deles lá em cima chamada tejo eu fiquei pensando que poesia né essa poesia dos rios e a poesia desses rios E se esses Rios São caminho foram caminhos para chegar são caminhos para sair só essa a poética é de um deslocamento o caminho um deslocamento
o rio sendo caminho para se deslocar é que me dá alguma é a tolerância com a cidade é só assim a ideia de cidades espalhadas pelo mundo e com os rios sendo caminho como lugares e se deslocar Ah mas faz muito tempo que as pessoas decidiram ficar plantada nessas idades consumindo tudo que os rios e as florestas e sempre proporcionaram O que que a gente não sabe por quanto tempo mais é ainda vão nos ofertar com tanta Maravilha e eu não consigo nem escrever o tanto de maravilha que um rio proporci Ona para gente além
do óbvio né quando ele tá vivo e da peixe para gente comida e é insubstituível corpo de um rio não sei como que uma cidade pode tapar seus rios e e no inventário recente mostrou que a cidade então o Planalto Paulista né Paulicéia ela tá por todos os seus Córregos todos inclusive o Ypiranga esse que a celebrado na história do Brasil Independência e tal é um rio tapado debaixo de Calçada então sugere que além de não ter a menor memória da nossa própria história nós ainda não aprendemos a ouvir o que falam os rios E
aí e quem consegue ouvir a voz do Rio e pode aprender alguma coisa um pode aprender você pode ativar alguma alguma memória e na memória de nós mesmo uma memória dos povos originarios que tiveram o seu seus nomes sempre e ativados pelo corpo do Rio os nossos Rios né Rios vivos E aí a pensar os rios como aqueles que nos alimentam para imaginar Outros Mundos a literatura as artes tudo tudo que nós podemos aspirar de beleza esses Rios aqueles que estão correndo a céu aberto que ainda não virar no esgoto aqueles que estão tapados debaixo
das Avenidas e Lajes e é uma verdadeira Fúria dos planejadores urbanos eles imaginam que a melhor maneira de resolver a questão do saneamento é passar uma avenida em cima de uma linha onde havia um rio ou simplesmente alinhando um rio que tinha curvas e assim no osidades do corpo dos rios é insuportável pela mente ereta reta concreta de quem planeje Urbano né o planejamento Urbano é feito contra e a paisagem o meu tenho é o verdadeiro horror a esse pensamento urbanístico que mata os rios o riso vivos se liga na pele Paraná Lagos E aí
a evocar os rios para mim é uma viagem no tempo e também é na geografia de vários lugares do mundo que foi e ativando essas memórias quem algum dia eu consegui atinar com esse poema e as cidades do mundo e não para a Evocação cidades É mas o que questionar e esses lugares que deveriam ser é um exercício de se deslocar e que vão cada cada vez mais se constituindo nessa coisa o que o Caetano Veloso numa canção sua chama São Paulo de o túmulo do Samba é mas nesse caso aqui o túmulo de Rios
né porque se você plasma os rios com cidade em cima concreto estradas Avenidas e tudo você está sepultando rins é é muita miséria é isso deveria ser um alerta sobre o que está sendo feito com os nossos Rios na Amazônia agora onde o galinho para mineração e uma política totalmente é cozida do estado brasileiro vai devagarzinho acabando com os nossos Rios com esses Mananciais de vida que são muito antigos e com certeza já estavam aqui antes dos primeiros humanos aportar por aqui com a ideia de cidade e as cidades do mundo é só com os
rios elas tem sentido sem os rios elas são túmulos e devemos despertar para essa grandeza dos rios Os encontros que promovem a arte a cultura a poética literatura o cinema que navega pelos rios que convoca as comunidades ribeirinhas para olhar os a sua história não é para ativar sua memória são as ações mais necessárias são as ações que mais deveriam ser animadas e estimuladas para que a gente possa ter pelo menos alguns Front de onde nós alertamos para a importância dos nossos Rios vivos Viva os nossos Rios vivos e e o ato minha Hair ou
A Turminha da Fé E aí é uma vez eu fiz eu sou água Olá eu sou a água é no sentido de experimentar o fluxo da água no meu próprio ser no meu modo de me mover me mover como água e eu acho que todo mundo já ouviu dizer que a água na sua persistência na sua é o interminável paciência ela tanto bate até que fura e ela pode ser mole mas ela quebra E e corta pedra dura o livro do ar quedas os rios profundos ele me me cativou porque ele veio de encontro a
um sentimento que já é meu eu tenho sentimento de que a pedra ela tem esse a água tem esse maravilhoso dom de finde a pedra cortar a pedra e furar a pedra Água mole em pedra dura e pensando é esse movimento da água de o que chamam de resiliência né a a mesma quantidade de água que existe na biosfera do planeta Terra agora que existia há bilhões de anos atrás quando se formou esses ecossistemas terrestres que a gente tanto é observa e às vezes Aprecia a mesma quantidade de água que estava no começo está agora
também Aí alguém pode dizer Ora se a água nunca diminuiu Qual o problema porque que o Ailton tá reclamando da gente tá para os rios de transformar alguns deles em esgoto hora porque depois que você transforma a água e esgoto ela deixa de ser viva Oi para o tempo você só vai ter água morta oi e ela vai demorar muito no ciclo da terra a voltar a ser água-viva talvez seja por isso que eu tenho contado a história do ator o nosso favor que a gente podia pôr as nossas crianças quando recém nascidos dentro do
corpo desse Rio para eles serem vacinados os antigos entendiam que quando você voltava o o a criança dentro da água criança com 30 40 dias de vida você estava vacinando ele contra tudo quanto era possível dando tudo inclusive paralisia infantil essa coisa antes da gente saber que eu sei bem tinha inventado os coutinhos os nossos antepassados já vacinavam as crianças quanto para contra paralisia infantil enfiando eles no corpo da água do rio Oi boa tarde eu esmago tirando ele da água pronunciando palavras comum aracando na cattan aracando latam articulando essa fala e o gesto de
enfiar as crianças na água acreditando que estavam vacinando as crianças contra toda essa possibilidade de dano essas peste que assola a vida inclusive no conhecimento antigo eles seriam capazes de dizer que podia mergulhar uma criança recém-nascida para proteger ele compra uma pandemia conta uma peste como essa que assolou o planeta agora e os rios tem esse dom a água tem esse poder e a água é maravilhosa a gente pode sujar as águas do mundo mas nós vamos acabar com ela nós vamos acabar com nós mesmo as águas que existiam uma Dois Bilhões de anos no
planeta elas vão continuar existindo aqui na biosfera do planeta e elas vão se regenerar a se purificar elas vão ser a água de novo é nós é que temos uma duração tão efêmera o que vamos acabar sendo descartados e por mau comportamento é porque acho que pode fazer os rios do mundo virar esgoto e parece que isso virou uma é uma tábula rasa em qualquer lugar do planeta as pessoas querem cagar na água e é uma miséria com os humanos despertam para esse grave erro ou nós vamos terminar é secos os inimigos da água Olá
eu sou água aprendi há muito tempo que setenta por cento dessa estrutura que se move aqui que me carrega é a água e os outros materiais são faz que são minerais são é é meu osso é o que forma minha mínima musculatura o resto é água se eu me desidratar inteiro vai sobrar um meio Kg de osso por aí então gente é respeitem a água respeitem a água ou minha Hair ou minha Hair a minha irmã me ai pa Bruno e ré minha epubor é por um mongri cru cré cré ré mi A1 [Música] O
duro é rebordão derrete ou me anti-uv antigo rejeita crer bom então vamos aprender a língua da água vamos escutar a voz do Rio os rios falam Viva os rios vivos é [Música] mas eu disse para aprender Amazônia gás palavra obras em E aí