[LET] A sequência básica

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Nead Unicentro
Tema A sequência básica na disciplina Literatura e Ensino com a professora Maristela Scremin Valério...
Video-Transkript:
o olá pessoal espero que vocês estejam conseguindo aproveitar os textos disponibilizados para a leitura e para nas unidades de auto estudo e que vocês estejam conseguindo aprender um pouquinho na respeito da do ensino de literatura bom a vídeo aula de hoje vai dar continuidade à discussão que nós estávamos fazendo na outra na vídeo aula anterior onde nós falamos a respeito dos desafios do ensino da literatura no ensino fundamental e médio hoje nós vamos trabalhar com um conceito de letramento literário de sequência básica que é proposta pelo autor guido junto com sou nesse livro que se
chama letramento literário teoria e prática rildo cosson ele nos apresenta duas sequências didáticas que podem ser adaptadas os dados para praticamente a o trabalho com qualquer tipo de obra literária em sala de aula obviamente respeitando as especificidades de cada turma e de cada situação hoje nós vamos falar um pouquinho a respeito da sequência básica proposta pelo rildo não sei se vocês já tiveram acesso a ela em alguma outra disciplina mas eu vou trazer aqui para vocês alguns exemplos de como ela pode ser utilizado bom o rildo cosson ele nos apresenta então nessa sequência básica 5
passos que podem ser seguidos para o trabalho com as obras literárias lembrando que no final da aula passada nós terminamos a nossa discussão a nossa fala é mostrando ti para esses autores para o consumo e para o vários outros autores conhecimento de literatura ele só se faz eficaz quando a gente tem no centro desse processo o texto literal e parece muito óbvio falar isso não é a ok precisamos trabalhar com o texto literário mas na verdade quando a gente analisa muitas práticas de ensino de literatura a gente vai ver quem o texto literário muitas vezes
é deixado de lado então você trabalha as características da escola se trabalha características do autor se trabalha temáticas gerais que podem ser apreendidas daquele texto mas muitas vezes a leitura efetiva daquele texto daquele romance daquele poema não é realizada tanto a gente for analisar e começar a pensar na nossa própria formação básica a gente vai ver que muitas vezes isso acabou acontecendo né na nossa própria formação e isso acontece nos diferentes níveis seja no ensino básico seja no ensino superior na e muitas vezes o texto literário ele é deixado de lado nesse trabalho bom então
vamos e se né então essa sequência básica é a primeira o primeiro passo da sequência básica proposta pelo rildo cosson está na motivação a motivação ela também pode ser linda né pelo messenger ouviram falar em atividades de pré-leitura que não é não é nada mais do que isso né atividades de pré-leitura ou seja atividades que são realizadas pelo professor no intuito de chamar atenção despertar a atenção do aluno para a obra que vai ser trabalhada essa motivação ela pode se dar por uma dinâmica ela pode se dar pela apresentação de algum outro gênero de algum
outro outro intertextualidade com aquela obra seja um filme um vídeo a música algo que converse com a obra ser tratada é pode ser uma pergunta pode ser uma tentativa de relacionar com conteúdo de outras disciplinas né também pode ser interd o ou seja qualquer atividade que o professor faça nesse início da aula que deixe o aluno curioso para saber a temática da obra ou as características da obra né então é isso essa é uma atividade que de precisa ser realizada no início da aula no início do trabalho é segundo passo da sequência básica está na
introdução a introdução diz respeito à forma como nós vamos apresentar essa obra para o aluno e aí também diz respeito a todos esses elementos extratextuais que vão ser fundamentais para que o aluno consiga ter a compreensão daquela obra ou seja contexto histórico é contexto da autoria quem é o autor da onde ele fala que lugar ele ocupa dentro daquela sociedade que ele vai retratar eventos históricos que estava o sendo quais eram as teorias que estavam em voga na época que aquele texto foi escrito ou seja todos esses elementos que conduzem o aluno a um direcionamento
do seu olhar na hora da leitura obviamente se nós formos pensar em machado de assis dom casmurro que é um clássico é esse nós não contextualizarmos o aluno de que aquela obra foi escrita no século 19 ele talvez tenha dificuldade para entender essa relação do bentinho e da capitu né porque hoje em dia essa essa esse tipo de relação esse tipo de comportamento ali dos personagens ele não funciona mais então a gente precisa com concientizar o aluno né mostrar contextualizar o aluno de que momento histórico aquela obra foi escrita os comportamentos a maneira como se
davam as relações e outros elementos que vão auxiliar na compreensão do texto o terceiro é momento da sequência básica e acredito eu mais importante acredito eu não né é o mais importante é a leitura do texto e aí que a centralidade do do texto na íntegra entra então a leitura ela precisa ser acompanhada pelo professor né a objetivo da leitura e esse porque senão o aluno ele vai dizer que leu mas não leia o leia um resumo alguma coisa nesse sentido é como que esse acompanhamento ele se dá com são textos curtos como poemas contos
crônicas que podem ser lidos ali no período de uma aula essa leitura pode ser realizada em sala de aula mesmo ou pelo professor ou aluno lendo em voz alta né os alunos leram em voz alta ou a leitura particular pessoal né numa biblioteca uma sala de leitura alguma coisa nesse sentido e e é possível né então o professor verificará o aluno está lendo ou não já quando estão textos mas extensos como romances por exemplo obviamente que não é possível realizar a leitura em sala de aula talvez alguns trechos mas não a obra na íntegra e
aí o consumo ele nos traz a necessidade de acompanhar essa leitura é necessário acompanhar essa leitura como fazendo questionamentos fazendo atividades pedindo para que o aluno nos conte um pouco da história perguntando para ele esse trabalho é que muitas vezes acaba acontecendo no início no final da aula dos intervalos em que o professor vai fazer estar esse questionamento de um aluno para ver se ele realmente está lendo a obra né trazer algumas discussões trazer algum alguns trechos é muitas vezes o professor tem medo de dar spoiler para o aluno das obras né e o costumo
nos fala que não tem problema porque e o final da obra nessa surpresa do final da obra não é o mais importante quando se trata do ensino de literatura que o aluno precisa entender mais um contexto do que ter essa surpresa então essa esse acompanhamento é necessário por fim ele nos diz que a gente precisa então fazer essa essa interpretação do texto na última etapa seria a interpretação do texto essa interpretação pode ser entendida como algo pessoal porque afinal de contas a interpretação que a gente tem do texto ela é algo muito pessoal mas o
costumo usar alerta que a interpretação do texto é um ato social ou seja o aluno ele pode né e traz der obviamente ele vai trazer as suas visões pessoais do texto mas essa visão precisa ser colocada em cena precisa ser colocado em jogo no grupo para que haja esse debate essa de e muitas vezes volume chega com uma ideia muito fechada do texto mas quando ele ouve outras opiniões dos colegas do professor essa opinião ela vai se moldando ela vai se transformando e isso é fundamental porque afinal de contas é a maneira que a gente
tem de socializar as leituras então aí entram debates encenações rodas de conversa e tantas outras possibilidades que existem da gente fazer essa interpretação também algumas atividades escritas podem ser feitas né algumas tarefas que ajudam né o professor a perceber ea consumir também junto com o aluno essa interpretação do texto bom é bastante coisa né bastante falar são eu vou fazer para vocês aqui um exemplo de como eu trabalhei com um texto no ensino médio no segundo ano essa é uma das leituras que estão previstas né para esse período é a obra dom casmurro de machado
de assis né que é um texto bastante denso bastante rico e que os alunos gostam bastante né eles eles eles gostam muito dessa obra especialmente pela questão do da traição não é gastar discussão que arena obra seguindo essa sequência básica é obviamente eu trabalhei lá com a motivação é a introdução geral algo que está previsto no material didático que eu uso porque essa obra ela está o sendo usada em comum exemplo né do realismo então todo esse processo de introdução do realismo do machado de assis foi realizada né com os alunos o próprio fato né
de contato dos alunos que machado de assis era um homem negro muito muitos deles ficaram surpresos com isso porque não não tinham este conhecimento não é algo que se divulga muito né que ficar a gente começou a se falar mais sobre essa questão e aí quando chegou no momento da interpretação eles fizeram a leitura do texto né não todas as aulas nós então fazíamos algumas conversas para perguntar de parte eles estavam do texto eles me falavam tiravam dúvidas tenho muitas dúvidas a respeito né de alguma algumas elementos ali do enredo nessa aconteceu isso aconteceu aquilo
a relação entre entre os entre os personagens então foi um momento bem interessante é em que é toda a turma se envolveu com a leitura deste texto para que houvesse esse envolvimento e e essa leitura eu propus no início do bimestre quando eu propus a leitura da letra da obra que no final eles fariam uma atividade que seria um teatro é uma encenação dessa obra seria a atividade de interpretação a primeira coisa que apareceu o primeiro conversa é que eles queriam fazer um julgamento da capitu né é bem clássico dessa obra provavelmente já ouviram ou
já fizeram isso isso não mexe também né o julgamento da capitu eu não deixei eles conversarem mas eu fui jogando para eles algumas algumas ideias eu falei assim mais olha pessoal o próprio bentinho aqui nessa obra ele já faz o julgamento da capitu né ela já está sendo julgada nesse texto porque afinal de contas aqui a gente tem um ponto de vista de um homem a respeito dessa mulher né desse ex-marido ali a respeito da mulher eu não sei não acredito que a cápsula já está sendo julgada aqui por quê que nós faríamos novamente um
julgamento dessa mulher que já está sendo julgada e aí eu fui propondo né foi jogando algumas ideias durante esse processo da leitura e no final nós havíamos decidido com a turma que nós não faríamos o julgamento da capitu mais fariamos o julgamento do bentinho porque afinal de contas quem estava trazendo para uma para o contexto contemporâneo quem estava cometendo um oi aline é de fazer a a calúnia e difamação dessa personagem era o bentinho que estava contando né falando sobre ela mas que não deu a oportunidade dela dessa mulher se defender então ficou acertado que
nós faríamos então esse teatro né os alunos e o procuram roteiro existe um grupo ali de alunas que estavam é muito engajadas na escrita desse roteiro mas o que acabou acontecendo é que começou a quarentena por conta do convite 19 e nós não conseguimos realizar o teatro né no não deu tempo de nós fazermos o teatro então como atividade avaliativa da obra pelo fato de eles estarem muito animados com isso né não deixaria de pedir para eles uma atividade a respeito da obra eu pedi que eles escrevessem cartas é dos outros personagens da obra eles
poderiam escolher qualquer um com exceção do bentinho porque essa versão nós já conhecemos eu e nessa carta o personagem traria a sua versão da história então não posso fazer aqui para vocês a carta de uma aluna que eu achei que ela conseguiu mostrar muito bem o seu envolvimento com a obra ela traz aqui detalhes do enredo né ela coloca ali alguns detalhes que mostram que ela realizou a sua leitura com bastante interesse então é a carta escrita pela alana gomes da costa que a aluna do 2º ano do ensino médio ela fala assim europa vinte
de setembro d1875 caro leitor então é uma carta para o leitor não faz um tempo desde a minha separação com bentinho lembro-me desse terrível um dia como se fosse ontem sofri muito leitor porém estou aqui para contar a minha versão dessa história bentinho e eu nos conhecemos desde a infância sempre brincávamos juntos eram os praticamente um casal costumávamos dizer que no futuro iríamos nos casar com o tempo tô descendo e esse amor foi desabrochando cada vez mais até escrevermos nossos nomes no muro da minha casa contudo as coisas boas geralmente não se estendem por um
longo tempo bentinho teve que ir ao seminário sua mãe havia feito essa promessa deus meu bentinho viraria um padre foi um tempos muito difíceis sem ele porém minha vida teve que seguir fiz novos amigos e apesar de tudo procurava sempre sorrir sempre o dia eu estava brincando com os rapazote cê avistei bentinho meu coração disparou de felicidade minhas mãos tremiam eu pensava que ele estava feliz por me ver mas o mesmo me puxou pelo braço para um local mais afastado não entendi o que estava acontecendo até me explicar ele não gostou de me ver sorrindo
e brincando com os rapazes e me repreendeu na hora pensei que eu estava errada mas hoje vejo as coisas com mais clareza na época eu era uma menina e não percebi o com controlador e abusivo bento ero sempre me afastando de outro e era o mesmo era tão e seguro que pensava e que qualquer aproximação do sexo oposto era uma ameaça e aí ela continua com essa carta né ela fala do casamento ela fala de como bentinho conseguiu sair do seminário com ajuda do escobar que o escobar acaba virando um grande amigo dela também né
por conta de ser o melhor amigo do bentinho fala da morte do ezequiel né então ela ela finaliza a carta fazendo esse apelo leitor tem que me entender escobar era somente um grande amigo porque as mulheres sempre são as culpadas de tudo eu estava envolta em uma relação abusiva em um único que queria me tirar dela era escobar bento era louco o mesmo tentou envenenar o próprio filho como alguém acreditaria em qualquer palavra que sai esse da sua boca resolvi me separar de dentro e vim morar na europa com ezequiel nunca fiz uma decisão tão
sabe quanto é e aqui livre e muito mais feliz do que quando morava no rio de janeiro muito obrigado por escutar o meu desabafo querido leitor atenciosamente capitu então percebo né que com essa atividade a gente tem aqui uma uma percepção de que o aluno ele realizou essa leitura por completo porque ela cita vários trechos da obra e que essa luna ela consegue então tirar as suas próprias conclusões a respeito do texto estão conclusões que exigem uma certa maturidade obviamente são influenciadas pelo contexto que essa menina vive esse contexto social pelas opiniões do grupo que
a cercam mas ela consegue tirar né suas conclusões de uma maneira bastante madura que só foi possível com a leitura completa da obra então era uma aluna que sempre vinha me perguntar coisas era sempre alunas era uma aluna que sempre me questionava a questão filho ela tinha muita preocupação com o fio e do bentinho da capitu porque ela dizia esse menino coitado ele sofreu tanto né não tinha culpa de nada sofreu e no fim acabou não conseguindo o amor do pai não é o pai quer te envenenado depois ele tentou uma reaproximação e não consegue
então a gente percebe né é essa esse esforço mesmo do aluno e essa compreensão essa essa superação dos limites do texto literário né porque ela consegue criar ali todo uma outra história a partir desse texto que só foi possível com a leitura na íntegra e com um acompanhamento nesta leitura e interferência do professor nas discussões então é isso gente espero que é que esse exemplo tem ajudado vocês a compreenderem o que é a a sequência básica e ter também algumas ideias para as práticas futuras de vocês enquanto encontro professores é isso é então ficamos por
aqui até mais é e aí
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