Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá - Lima Barreto [Unicamp 2025]

oi oi pessoal hoje eu vim falar para vocês sobre o livro vida e morte de MJ Gonzaga de Sá de Lima Barreto Esse livro foi publicado lá em 1919 não fez o sucesso que o Lima Barreto esperava Apesar de ele ter contado com o auxílio do Monteiro Lobato para publicá-lo o Lima Barreto não foi um autor reconhecido em vida principalmente por seu primeiro livro recordações do escrivão Isaías caminha não ter sido bem recebido pela crítica o que era esperado né já que nesse livro O Lima Barreto criticava o próprio Campo literário e jornalístico do Brasil

que era o campo que faria as críticas dos livros então ele critica esse campo e não é bem recebido Lima Barreto era negro o que fez com que a sociedade julgasse sua intelectualidade e não valorizasse inclusive suas Produções O livro é publicado num período de transição chamado pré-modernismo o Lima Barreto viveu de 1881 a 1922 que exatamente o ano em que ocorre a Semana de Arte Moderna que é o marco inicial do modernismo o que que o pré-modernismo fazia o pré-modernismo trazia Produções que misturavam tendências literárias diferentes trata--se de um período também de transição histórica

então não só transição literária né de uma escola literária para outra como também de transição histórica visto que acabou de acontecer a abolição da escravatura houve também n período da transição da monarquia pra República chegada de migrantes os negros que acabaram de ser alforriados não eram tratados como iguais e como cidadãos de fato e eh isso será a base pro racismo estrutural da nossa sociedade Como eu disse gente o Lima Barreto era negro na verdade o tema o termo usado na época era mestiço perdeu a mãe ao s anos e era de origem humilde só

que no entanto ele foi apadrinhado por pessoas influentes e teve uma boa educação foi jornalista e funcionário público isso por que eu tô falando para vocês porque isso vai acabar aparecendo aqui no vida e morte de MJ Gonzaga Sá vai ter um personagem que vai ter diversos traços que a gente pode relacionar com a história do Lima Barreto por isso que é importante ionar isso aqui então o Lima Barreto sofreu na pele digamos assim né as dificuldades que um mestiço sofria para ter lugar na sociedade É principalmente por ter estudado e ser um intelectual as

suas obras não apenas o vida e morte de MJ com zsá como no geral costumam apresentar e trabalhar essas injustiças Então esse livro que nós temos aqui vai ter sim muitos traços autobiográficos mas não se trata de uma autobiografia a gente vai ver que se trata de um romance na verdade um compilado de lembranças que na verdade parecem crônicas né Nós vamos ver muito isso que nos fazem conhecer não apenas o Gonzaga T Sá como o narrador que é o Augusto Machado é uma obra de ficção o Augusto Machado que vai ser o narrador e

o um Zaga saque da título ao livro são personagens fictícios Qual é o tempo em que se passa a história a história se passa exatamente na primeira república a primeira república vai de 1889 a 1930 a história em si estará lá no início do do século XX no período em que o Rio de Janeiro estava passando por um processo de modernização o espaço da obra é o Rio de Janeiro e o que estava acontecendo ali estava acontecendo a demolição de o monte de prédios de um monte de ruas para que eh o Rio de Janeiro

se tornasse Digamos que a Paris brasileira então iam destruir monte de coisa na cidade para construir uma cidade mais planejada e moderna bom que que a primeira república traz pra gente gente houve a proclamação da república então é o fim da monarquia uma nova constituição foi promulgada em 1891 que estabeleceu um regime presidencialista e federativo foi palco de diversas revoltas como a revolta da armada a guerra de Canudos a revolta da vacina a revolta da Shibata ou seja o que tudo isso mostra pra gente que se trata também de um período de insatisfação no Brasil

antes de se iniciar o capítulo nós temos uma advertência assinada pelo próprio Lima Barreto e uma explicação necessária assinada pelo narrador do livro que é o Augusto Machado nessa advertência então assinada pelo autor o Lima Barreto o que ele diz ele diz pra gente é tudo mentira isso daqui né não aconteceu de verdade a ficção o Lima Barreto diz que seu antigo colega de escola naquele momento também colega de ofício o Augusto Machado o encarregou de revisar e publicar essa obra em questão ele ressaltou que não havia nada para arrumar a não ser a classificação

de biografia Ou seja que de fato que a gente tem aqui não se trata de uma um de uma biografia parece até gente ser uma paródia de desse gênero eu dizia né A gente vai ver que é um gênero que se opõe aos moldes tradicionais por quê Porque quem escreve a biografia não existe o que aquele que seria biografado também não existe mas todo o plano de fundo é verdadeiro então também a gente vai ver que não há um fio narrativo os capítulos não são necessariamente um continuação do outro não há muita conexão entre eles

parecem mais crônicas sobre o início do século XX sobre assim eh Digamos que é retomadas digressões pensamentos conversas entre o Augusto Machado que é o narradora é quem conta a história e ã o Gonzaga de Sá pode-se também dizer que é um romance Então não é uma biografia que a gente tem aqui então não é uma biografia que a gente tem aqui nós vamos tratá-la como um romance que não tem aí um fio narrativo que faz com que toda a história se desenvolva tá bom bom voltando à advertência assinada pelo Lima Barreto eh ele vai

dizer o seguinte tanto não é uma biografia que em certos momentos o Augusto Machado trata mais de si mesmo que de seu herói que é o Gonzaga de Sá lembrando mais uma vez que o Augusto Machado é personagem fictício olima Barreto tá inventando essa amizade com alguém que não existe aí a gente tem a explicação necessária que é assinada pelo eh narrador Augusto Machado e o Augusto Machado diz que a ideia de escrever o livro nasceu da leitura do Dr pelino Guedes que se Valeu da escrita para homem homenagear pessoas influentes de seu tempo e

com isso conseguia favores na administração pública ã o Augusto Machado diz que não está censurando o ilustre biógrafo nem tem propósito socialista ou revolucionário e se coloca numa posição muito humilde de alguém que não sabe grego de alguém que não sabe latim que não usa casaca mas que tá ali escrevendo é sem ter o conhecimento que a sociedade valorizaria digamos assim ele termina essa explicação necessária pedindo inclusive perdão pelo seu intento de escrever bom vamos entrar finalmente aí no capítulo um entenderam o que tá acontecendo aqui ah gente só peço a vocês lembrete que se

caso vocês forem comprar qualquer produto prod pela Amazon que comprem pelo meu link porque assim vocês ajudam o canal e não pagam nada mais por isso O link tá aqui no box de descrição também é possível ser membro do canal e auxiliar com um valor bem pequeno mensalmente ou clicar no botãozinho valeu e fazer também uma doação de um valor bem baixo pois assim você me ajuda e faz com que eu consiga trazer cada vez vez mais conteúdo de qualidade para vocês vamos ao primeiro Capítulo o inventor e aeronave Então logo de cara como eu

já fui mencionando a gente percebe que se trata de um narrador em primeira pessoa mas que não é o protagonista Gonzaga T Sá é seu amigo é um narrador testemunha que que é um narrador testemunha um narrador em primeira pessoa que vai contar o que o ocorre como o protagonista que não é ele mesmo bom ele inicia contando como é que foi que ele conheceu o nosso protagonista Gonzaga T Sá Ambos são Funcionários Públicos tanto Augusto Machado quanto Gonzaga T Sá só que o Augusto Machado narrador é jovem e negro demora um pouquinho pra gente

aí perceber que o Augusto Machado é negro Isso tá mais as entrelinhas do que dito com palavras Claras enquanto o gonzag de Sá é mais velho e branco então nós temos um contraste não só de idade entre o narrador e protagonista como um contraste racial voltando à história por dever do Ofício o Augusto Machado foi mandado a secretaria dos cultos Por uma questão extremamente boba que questão era essa descobrir o número de salvas de tiros que um bispo deveria receber porque o Bispo de Tocantins disse ter recebido apenas 17 salvas de tiros quando deveria receber

18 gente então o Augusto Machado foi mandado à secretaria dos cultos por algo extremamente inútil e essa questão extremamente in vai movimentar várias pessoas vai passando de Instância a Instância mostrando o quê que a burocracia não serve para nada mostrando que o estado na verdade é ineficiente e que perde tempo em questões bobas já basta dizer que Secretaria dos cultos precisa existir uma secretaria para discutir questões como essas então o funcional mes público estava inchado e ainda por cima era ineficiente o Augusto Machado diz que pouca gente conhece a secretaria dos cultos logicamente né que

foi onde o Augusto Machado foi a pedido de seu diretor e lá que ele acabou conhecendo o Gonzaga tissá que trabalhava lá e aí ele vai fazer pra gente a descrição do Gonzaga de Sá que é a seguinte era Gonzaga um velho alto já não todo grisalho mas avançado em idade todo seco com um longo pescoço de ave um grande Gogó certa macieza na voz grave tendo uns longes de doçura e sofrimento no olhar enérgico a sua tes era amarelada quase dessa cera de certos Círios então então o Lima Barreta ele gosta de fazer e

descrições Claras aí pra gente o austo machado Diz que esse cara Aprecia inteligente e ser de bom Nascimento conversa vai conversa vem o Augusto Machado perguntou algun Zaga se ele não era casado ao que ele responde que não mas que quis casar duas vezes uma com a filha de um visconte emem um baile de um Marquês outra com a sua própria lavadeira Então vamos analisar essas duas mulheres com quem o Gonzaga T Sá queria se casar uma filha de um Visconde alguém da sociedade e uma lavadeira né sua própria lavadeira que não era alguém da

sociedade o que mostra isso pra gente o caráter contraditório do Gonzaga Sá que vai se confirmar pelas próximas palavras do narrador que diz que o Gonzaga de Sá é cético regalista regalista gente é quem defende privilégios pessoais mas ao mesmo tempo ele é voltaro que que é voltaro é quem tem simpatia pelo pensamento de Voltaire volta aquele escritor francês lembram vocês devem ter estudado em história ou filosofia que que o volta fazia ele criticava a manutenção de privilégios de toda ordem então pera aí ao mesmo tempo o Gonzaga regalista defende privilégios pessoais e ele é

voltaro que era contra a manutenção de privilégios isso é contraditório né o narrador nos e chama atenção para dizer que vai contar as coisas íntimas de gagá no entanto antes disso vai dizer como foi que ele morreu e a gente tem a narração da morte do Gonzaga os dois Augusto Machado e Gonzaga tinham combinado de se encontrar lá no terraço do Passeio Público ao entardecer vamos lembrar que a história Então se passa no Rio de Janeiro no período da primeira república quando o Rio de Janeiro estava passando por um processo de urbanização alargamento de avenidas

para se tornar a país brasileira relembremos isso nesse momento em que o Augusto Machado está esperando pelo gonzag Sá Ele até esquece um pouco do amigo e vai apreciando a beleza da cidade do Rio e lembra de suas origens é aqui que de fato a gente vai saber que o Augusto Machado era negro e tinha exatamente 20 anos quando Gonzaga dá morreu e que o Augusto Machado era extremamente culto e a gente fica sabendo disso pelos autores que ele cita Então ele era um grande leitor de grandes obras bom logo chega o Gonzaga T Sá

que convida o Augusto Machado para jantar em sua casa então os dois vão andando pelo Rio de Janeiro a pé pelo caminho mais longo vão fazer muitas caminhadas no decorrer do livro ao chegarem no jardim da casa do Gonzaga que tinha vista para vários bairros nobres do Rio de Janeiro ele abaixou-se para colher uma flor que tinha oferecido ao Augusto Machado e morreu abaixou-se mas caiu e morreu o narrador disse que foi assim que o Gonzaga T Sá morreu e já muda de assunto isso também chama a nossa atenção né ele morreu e muda de

assunto diz que dias depois de sua morte eh encontrou entre seus papéis um que tinha como título O Inventor e aeronave olha exatamente o o título do Capítulo e Eh esses papéis se tratavam de uma narração completa que o gonzag TS não era tão bom assim com as palavras escritas que que tinha ali nessa folha o inventor e aeronave gente estavam ali os pensamentos do gonzag de Sá da sobre a construção de uma aeronave então ele descreve lá tudo Como foi o processo só que quando estava tudo pronto manivelas motor tudo pronto para ligar a

máquina a máquina simplesmente não subiu então tanto planejamento trabalho pro projeto est errado gente isso é algo extremamente pessimista e que pode inclusive ser uma metáfora aqui pra própria vida do Gonzaga T Sá e ele também não deu certo ele também não conseguiu subir na vida ele também não conseguiu Decolar a vida dele tudo deu errado o segundo capítulo primeiras informações é que a gente vai saber de fato o que significa fica aquele MJ né vida vida e morte de MJ Gonzaga San o m Manuel o J Joaquim então o nome de fato do Gonzaga

de Sá é Manuel Joaquim Gonzaga Sá ele era bacharel em letras pelo antigo Imperial Colégio Dom Pedro I Então ele teve uma boa instrução relembra-se nesse momento que ele não não foi casado como a gente já viu e assim ele era de fato uma pessoa de família Nobre ele era filho de um general titular do império podia ter sido muita coisa mas ele aqui não quis por quê Porque para ser muita coisa era preciso ser doutor formar-se enfim um aborrecimento que ele não quis para ele ele não queria ter trabalho ele queria ler o que

que queria por prazer não por obrigação não para conseguir um diploma assim o Gonzaga Sá decidiu ser praticante que que era isso naquela época gente durante a monarquia praticante era um trabalho que não tinha remuneração mas quando havia uma vaga disponível em uma autarquia pública obviamente respeitando a fila né quem tinha sido praticante primeiro você conseguia a vaga esse caminho geralmente era seguido por eh pessoas mais Humildes aqueles que não vinham de famílias influentes Sem contato não era o caso Gonzaga T Sá ele vinha de família influente só que ele não queria fazer uso dos

seus contatos para conseguir uma profissão retomando então ele foi praticante e foi indo crescendo ali no seu emprego foi um empregado assido não faltava e razoável trabalhador um dia quando ele estava quase só na sessão foi avisado de que naquele dia não se trabalhava o Deodoro tinha proclamado a república o Gonzaga T Sá nem sabia sobre isso aí aá toda uma reflexão sobre a valorização que a sociedade dá aos diplomas uma valorização excessiva ignora os outros conhecimentos que uma pessoa pode ter e o Gonzaga Sá parece ser exatamente aquele que não tem diploma mas tem

muitos conhecimentos no capítulo seguinte o terceiro emblemas públicos emblemas são símbolos escudos figuras simbólicas ã a gente tem aqui no início do capítulo O Gonzaga T Sá criticando os inglê do Brasil fala muito mal do que contém as armas da República mas acha bonito brasão de armas do Rio de Janeiro inclusive ele considera os coloniais mais bonitos do que os do seu tempo gente vai ser uma constante aqui no livro O gonzag Sá não vê com bons olhos a república república vai ser diversas vezes criticada aqui dentro quando chega no noite nós temos uma nova

reflexão então vocês estão vendo gente nós temos muito mais reflexões conversas diálogos aqui que ações em si isso que acaba às vezes deixando a leitura um pouquinho cansativa digamos assim porque não há grandes acontecimentos aqui dentro quando chega a noite temos uma nova reflexão o Gonzaga pergunta Machado por que nesta terra todas as mulheres têm medo dos homens e o Augusto Machado diz que é porque os homens não são bons o Gonzaga acrescenta que é o homem que sempre quer enganar a mulher o Augusto Machado concorda e diz que a prova está nos noticiários maridos

que roubam o dote de suas mulheres irmãos que furtam as joias das irmãs e muitos outros casos Olha que reflexão bacana que eles vão fazer do que a mulher passa um pouquinho aí na sociedade e que as mulheres têm de fato razão intermo dos homens no dia seguinte o Augusto Machado encontra o Gonzaga no correio e agora o Gonzaga de Sá vai fazer uma crítica aos selos aos emblemas aá homens que estampam os baratos quanto outros os caros então o selo lá tem o selo que vale bastante com a cara de um o selo que

vale pouco com a cara de outro Será que isso se refere também ao valor da pessoa em si no capítulo seguinte o quarto que se intitula Petrópolis o gonzag t Sá vai fazer uma crítica Mania da aristocracia brasileira que quer o qu sempre aparecer nos jornais de qualquer maneira sendo que a maioria que quer aparecer ali nem é nobre de verdade é gente querendo parecer gente querendo vencer a qualquer preço ele próprio Gonzaga Sá que é descendente do SAS que fundaram o Rio de Janeiro não fica aparecendo assim como seus avós também não se importaram

em seguir os forais ou seja as normas e regulamentos da nobreza então o Gu Zaga Sá agora fica claro pra gente que ele era da sociedade mas que os eh antepassados deles não se importaram em ficar seguindo as normas para pertencer de fato a Essa sociedade muito menos ele no capítulo CCO o passeador nós vamos indo Capítulo a Capítulo para entender um pouquinho o que que a gente tem ali em cada um deles o Augusto Machado nos diz que gostava de andar pela cidade sem rumo certo gostava de andar para prazer e esse hábito gente

lembro do flaner flaner é quem faz Exatamente isso e era uma figura muito popular na literatura do século XIX ali início do século XX o flaner surgiu com desenvolvimento das grandes cidades então ele vai andando pelas cidades e pensando fazendo Reflex neste capítulo O Gonzaga vai lamentar a destruição de certas casas históricas porque gente era a modernização do Rio de Janeiro então muitas casas estavam sendo destruídas não havia essa ideia que tem hoje de ai vamos preservar essa casa que é história esse prédio que no qual ocorreu tal coisa não não havia nada disso O

Zaga Então tá defendendo a preservação histórica da cidade defende que a memória o passado sejam mantidos sejam preservados visto que a modernização pode apagar a história do lugar e não se deve apagar a história de nada aí ele também fala sobre o bonde que se alastra pela cidade mas serve aos Caprichos de cada um hum no capítulo número seis o barão as costureiras e outras coisas ele faz uma Severa crítica ao Barão do Rio Branco que é uma figura que realmente existia na época Então olha que interessante o Augusto Machado não existia Gonzaga T Sá

não existia mas os dois estão conversando e o Gonzaga T Sá vai fazer uma crítica ao Barão de Rio Branco que realmente existia isso é muito interessante ele também é chamado aqui de juca Paranhos porque o nome dele é José Maria da Silva Paranhos Júnior eh Então chamá-lo desse jeito não é um jeito muito legal mas é assim que o g zagat Sá se refere a ele na época ele chefe Ava o Barão de Rio Branco chefe Ava o ministério das relações exteriores e era unanimidade todo mundo gostava do Barão de Rio Branco brco ele

era Dorado pelo povo brasileiro e pro protagonista pro gonzago dev a imagem que os jornais criaram dele os jornais é que deram fama ao Barão de Rio Branco ã o Gonzaga tiá diz que esse barão se considera acima da Constituição Acima das leis faz o que bem entende inclusive mora em um Palácio do Estado sem autorização tão legal e muito mais faz uma crítica enorme ali aí ele também vai fazer uma reflexão nesse capítulo em que ele diz que ele não acredita em generalizações ele não acredita na média que a gente não pode dizer olha

todos os pobres são eh tristes enquanto todas as damas da sociedade são felizes dá até exemplo de uma dama da sociedade que tinha um joanete e que não vivia feliz por conta disso enquanto havia um trabalhador que tava se sentindo muito orgulho pelo filho e tava se sentindo feliz então eh a gente não poderia generalizar e dizer que todos os ricos são felizes todos os pobres são infelizes porque esse próprio exemplo que ele dá mostra o contrário que a felicidade é individual e não a partir de uma média no capítulo sete pleno contato o gusto

Machado Vai retomar Aquele momento em que tinha ido à secretaria dos cultos já mencionado lá no início e faz uma crítica agora ao funcionário Barão de nhanga que foi conseguindo o cargo Como era na época por seu nascimento tempo de serviço mas na verdade gente esse cara não fazia nada ele ficava apontando o lápis o tempo todo era um gasto de lápis que nunca se acabava gente é mais aí uma crítica que a máquina pública está inchada de funcionários públicos que não fazem nada bom nesse dia aí da visita o Augusto Machado tinha avistado Gonzaga

tissá e tido uma boa impressão dele Diferentemente do chefe da sessão que era de uma mediocridade das mais banais quando encaminharam o augo Machado pro Gonzaga T Sá as suas impressões se confirmaram e ele viu que de fato o Gonzaga T Sá era um homem muito inteligente foi verdadeiramente dali que nasceu a relação entre os dois por meses seguidos eles se encontraram rapidamente depois esses mesmos encontros demoraram e ele pode conhecer um pouquinho melhor a alma do G zagat bom um dia a o aug Machado Vai jantar na casa do gonzag Sá a gente tem

toda a descrição da casa dele conhece a tia do Gonzaga tia Escolástica uma simpática velhinha solteirona conhece também o criado Inácio que era um preto velho que tinha nascido escravo uns dias antes do Gonzaga Sá mas alforriado por seu pai logo em seguida irmão de leite do Gonzaga de S gonzag S gente faz questão de dizer que o Inácio não é destituído de inteligência crítica como muitos acreditam isso daqui é muito importante porque o Gonzaga Sá é um branco está defendendo um negro tá dizendo que ele é inteligente que ele é capaz no momento em

que circulavam ideias como determinismo de raça que a cor da sua pele determinava como seria sua inteligência como você seria como seria seu comportamento Então por meio do determinismo muitos consideravam os negros como inferiores e aqui é um branco defendendo um negro no capítulo seguinte o jantar conversa vai conversa vem o Augusto Machado vai conhecer bastante sobre a história da família do Gonzaga de Sá que a mãe dele morreu quando ele tinha oito aninhos e aí ele foi criado pela tia Escolástica nos é mencionada também aqui a situação de saúde de um personagem chamado Romoaldo

que é compadre Gonzaga T Sá o Romoaldo é negro a situação de saúde dele vai ser explorada no capítulo seguinte que é o nove intitulado padrinho então numa tarde que acontece ali o gonz gad Sá procura o Augusto Machado para pedir sua ajuda o compadre Romoaldo havia morrido porque compadre porque o gonzag Sá era padrinho do filho do Romoaldo então ele precisava da ajuda do Augusto Machado para carregar o caixão do Romoaldo Romoaldo tinha morrido aí nós vamos acompanhar todo o trajeto dos dois até o Subúrbio e toda a descrição dali o Augusto Machado faz

uma reflexão sobre a boa educação que recebeu que lhe fez ter ter desejos que lhe fez ter anseios e que ela melhor não ter tido essa educação por quê Porque esses anseios esses desejos não se realizariam por quê Por conta de sua cor de pele lemmos que o Augusto Machado era negro e considerado inferior pela sociedade Apesar de sua capacidade intelectual aí nós vamos acompanhar umas pessoas que estavam ali próximas a eles no trem que começam a conversar e exatamente um cara que tinha um anel que indicava que tinha feito um superior diz que os

negros tinham a capacidade mental intelectual limitada e que a ciência já tinha mostrado isso ele tava se referindo ao determinismo então ele estava julgando os negros como inferiores e que a ciência tinha mostrado isso aí a conversa continua e um outro moço vai perguntar para ele por que que os passarinhos tocam no fio e não morrem né não são eh fulminados e aí esse cara né super inteligente ou gusto machada vai usar muitas ironias aí para se referir a ele D resposta absurda de que de dia a comunicação está fechada então de dia a rede

elétrica não funciona não passa pelos fios é só a noite ou seja esse cara que não entende nada tá dizendo que os negros são inferiores intelectualmente como assim né então esse cara se julga superior pela cor de pé mas não é inteligente coisa nenhuma né finalmente o bom Zaga saai o Augusto Machado vão serer do trem a toda a descrição do subúrbio a que traz ali naquele momento marcas do universo Urbano misturadas com marcas do universo Rural chegam finalmente à casa do Rumo Alto São recebidos pela Dona Gabriela que é uma velha Senhora de cor

com um vago parentesco ali com a mulher do Romoaldo que também era negro o Augusto Machado nos diz que p conhecera Romoaldo que o encontrara o algumas vezes na Secretaria dos cultos onde ele era servente sabia apenas que ele era compadre do gagat Sá que eles tinham grandes diferenças de condição e de educação mas mesmo assim eram muito amigos o Romoaldo tinha um filho de oito aninhos O Aleixo Manuel afiliado do zagat Sá e que depois da morte do Romoaldo claramente viveria sob a proteção do Gonzaga estudaria muito se aplicaria aos livros ficaria cheio de

sonhos mas quando viesse o mundo social com sua Trama de conceitos e preconceitos iria sofrer o Augusto Machado tá vendo que o Leixo Manoel vai passar um pouquinho pelo que ele mesmo passou fica claro com a leite Manuel vai ser um deslocar na sociedade pois não se encaixaria no grupo dos Pretos pobres como também não seria aceito pela sociedade que estudava E aí então gente o Augusto Machado acaba sentindo pena do aixo vou ler aí um trechinho para vocês verem o que ele diz nem o estudo lhe Valeria nem os livros nem o valor porque

quando olhassem diriam lá para os infalíveis aquilo lá pode saber nada julgariam a leite pela cor de pele né tive uma pena infinita imensa afetuosa por aquela pobre alma órfão tantas vezes eu tive uma imensa tristeza que aquela inteligência não pudesse expandir livremente segundo próprio caminho que ela traçasse olhei-o algum tempo assim cheio de de pena de afeto e tristeza no capítulo seguinte o enterro é feito o enterro de Romoaldo o Augusto Machado mais uma vez acaba se dando conta de sua inadequação no mundo e a gente pode dizer até que o Augusto Machado é

um alterego do Lima Barreto que a mesma situação em que o Augusto Machado passa Lima Barreto passou ele teve boa educação mas sempre encontrou portas fechadas por conta de sua cor de pele no capítulo número 11 era feriado nacional então já é auto explicativo né era feriado nacional e ocorreria um desfile na cidade como comemoração é feita aqui uma crítica ao nacionalismo ingênuo em vários textos o Lima Barreto chega a questionar a noção de Pátria como uma construção teórica inclusive diante ali da modernização da cidade o Augusto Machado vai lembrar de que as pessoas humildes

que estão trabalhando para que aquilo ocorra não serão nem são lembradas nem mencionadas o Augusto Machado acaba conversando com um colega do Gonzaga T Sá o Xisto beldroegas é um nome aí Zoeira Xisto pode se referir a xiste a piada e o sobrenome ega significa a ninguém e esse cara que trabalha com o Gonzaga conta pro Machado que o Gonzaga passou mal e isso incomoda demais o Gonzaga porque ele diz que os colegas de trabalho dele é que o adoecem que ficam imitando então gente o Xisto parecia mais ser interesse erem ocupar a vaga do

Gonzaga de Sá e aqui fica claro pra gente de fato que o gonzag Sá não conseguiu se adaptar à sociedade em que vivia a sua erudição a sua honestidade era motivo de chacota entre seus colegas de trabalho o Augusto Machado e algun Zag vão ao teatro mais uma vez o Augusto Machado vai acabar se sentindo inadequado e inferior daqueles diante daqueles que ali estão inclusive aqui é interessante Augusto Mach confesso consumo de álcool lembra que eu disse que o Augusto Machado parecia ser o alterego do Lima Barreto o Lima Barreto teve sérios problemas com o

álcool na vida então aí mais uma semelhança entre eles o último capítulo 12 últimos encontros o Augusto Machado passa a noite na casa do G zagat Sá ao amanhecer ele vê o menininho lá o filho do Romoaldo ele vê o aleix o Manoel tomando o café da manhã para ir pro colégio Aí ele aproveita faz várias perguntas de estudo né pro Aleixo Manoel e o menino responde super bem de modo crítico de modo esperto e aí ele comenta com a tia Escolástica Nossa como esse menino é inteligente a tia diz É de fato ele é

muito dedicado Ele tem muita vontade mas aí ela faz um comentário preconceituosa e racista ela diz quem me dera que fosse assim até o fim que há tantos que começam tão bem e se perdem então gente ela tava aparecendo ali com a sociedade daquela época ela parecia duvidar da capacidade do menino de continuar estudando por conta de sua cor de pele ela não leva em conta o que a sociedade fazia com meninos com acho Era cor de pele que determinava o que ia acontecer bom Aí o Augusto Machado e o b conversa e o Augusto

Machado Vai sentindo ali com o passar do tempo que o Gonzaga ficou mais apreensivo mais triste com a presença do Aleixo como filho em sua casa será que era porque temia o que o menino ia enfrentar na sociedade o que ele ia passar no mundo em que a gente vive bom o fato é que ao iniciar o pequeno no curso de preparatórios o Gonzaga de Sam a tia levou o menino até o fim com todo o carinho mas oag já estava morto que será do aleijo o que ele enfrentará na sociedade bom assim a gente

termina o vida e morte de MJ G inscrevam-se no canal compartilhem o vídeo curtam comentem que Assim vocês me ajudam e eu fico muito agradecida Beijos e até a próxima pessoal tchau [Música]