[Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] Olá boa noite bom dia boa tarde para todo mundo que tá acompanhando mais uma live aqui da evenil hoje a gente tá tratando da introdução ao antigo testamento aí Benil tem algumas programações que acontecem ao longo da semana aqui no nosso canal as quartas-feiras temos introdução ao Novo Testamento aos sábados a gente tem introdução ao antigo testamento e essa é a nossa quinta aula você é muito bem-vindo para acompanhar o nosso conteúdo mas também bem-vindo para consultar tudo aquilo que veio antes hoje a gente vai tratar dessa
relação entre Deus ou Deus de Israel e a fé e os Deuses dos povos que estavam no entorno de Israel então vou compartilhar aqui a nossa apresentação e eu vou pedir para que você então Participe ativamente conosco Coloque seus comentários aqui no chat faça pergunta mas Pegue leve brincadeira fiquem à vontade aí para colocar suas perguntas e a gente vai começar retomando alguns conceitos de bem importantes das últimas aulas que é a proposta de primeiro tem um curso de introdução antigo testamento é que você possa abrir o antigo testamento e tem as ferramentas as informações
que aproxima em você do mundo para o qual esse texto foi escrito com certeza a palavra de Deus ela é atemporal em certo sentido ou foi escrita para toda a história da Redenção para geração que recebeu primeiramente para todas as outras mas Originalmente ela foi escrita para um povo que entenderia aquela palavra na cultura em que eles receberam essa palavra então o livro de Gênesis assim como um dos livros dos Profetas Isaías ou Salmos ou qualquer outro livro tinha em mente o público Inicial como sendo o seu público principal a linguagem os elementos e em
especial a visão de mundo era próprio daquela geração daquelas pessoas Então hoje vai ser um exemplo muito claro de como a visão de mundo pode alterar profundamente a maneira como você lê a Bíblia e a gente precisa lembrar a aula do extrator muito bem disso o ambiente do antigo testamento de que Israel tá dentro dentro do antigo Oriente próximo então toda a região a grosso modo entre o Egito e a Mesopotâmia e os povos que estão imediatamente ao norte de Israel é fazem parte de um contexto cultural de uma forma de pensar em uma forma
de interpretar o mundo que compartilha vários elementos isso não quer dizer que qualquer elemento da Bíblia menos inspirado porque tem a paralelo em outras culturas como a gente vai ver hoje existem Paralelos mas existem diferenças muito Claras não é então voltando para o nosso contexto é o período bíblico do Antigo Testamento antigo Oriente próximo e a forma como essas culturas se conversavam nas suas semelhanças e diferenças Então vamos lá deixa o sol passar aqui ó beleza O slide está passando direitinho para todo mundo o objetivo da nossa aula é responder a pergunta como os deuses
atuavam e aqui eu tô pensando nos Deuses das culturas fora de Israel como os deuses atuavam entre si como esses Deuses atuavam no Cosmos e com seres humanos dentro da crença de uma pessoa que está dentro ou do Egito ou da Mesopotâmia ou tá ao norte de Israel como é que essas pessoas elas respondiam essas perguntas como os deuses atuam entre si atuam no Cosmos atuam com seres humanos e quais são os paralelos e diferenças como essas pessoas pensavam e como o Deus de Israel se revela através da Bíblia Hebraica primeiro ponto a gente perceber
é que não existia a palavra religião no antigo Oriente próximo e isso já faz muita diferença muita diferença mesmo porque porque não há separação entre sagrado e secular nem separação entre natural no nível do que vemos do que sentimos do que ouvimos do que tocamos e Sobrenatural não existe separação entre isso vou repetir sagrado secular natural e Sobrenatural não estão separados a separação entre o mundo espiritual e o mundo físico Mas mesmo essa distinção é menos importante para a cultura e a mentalidade do antigo Oriente próximo do que é para a gente hoje no mesmo
essa separação talvez acontecesse em termos muito diferentes da maneira como a gente descreveria a diferença básica que existia era na Esfera Celeste o espaço dos Deuses e a esfera terrestre o espaço dos seres humanos mas essas duas esferas estavam fortemente interligadas uma coisa interferia diretamente no destino das outras coisas ou seja aquilo que acontece na Esfera Celeste interfere diretamente o que acontece na esfera terrestre E é difícil a gente falar em intervenção dos Deuses dentro ou intervenção do Deus no caso de Israel dentro dessa visão de mundo porque as divindades eram fortemente Integradas ao Cosmos
isso vai ficar mais caro quando a gente exemplificar um pouco mais adiante de que maneira essa integração funcionava mas é importante de partir da gente ter isso como Nossa premissa é os deuses eles não interviam no mundo natural porque não existia mundo natural existia o mundo e o mundo era onde estavam os deuses e os seres humanos e essas duas partes estavam fortemente interligadas não tinha nada que não fosse religião de certa forma a divindade está dentro do Cosmos não fora dele certo isso é um dos pontos já de partida da mentalidade Bíblica da mentalidade
de Israel a divindade para os povos do antigo Oriente próximo está dentro do Cosmos não fora dele e toda experiência que o ser humano tem é uma experiência religiosa nada do que você experimentava de acordo com essas pessoas estar estava fora do domínio da religião isso é muito diferente para uma mentalidade contemporânea que percebe que religião é um assunto da vida privada Você pode trabalhar com que você quiser você pode morar onde você desejar você pode fazer o que você quiser e religião é aquilo que você exerce na Esfera privada dentro de casa talvez indo
a um tempo no domingo participando de uma atividade em particular mas é como se a religião fosse um departamento da sua vida para o povo ou para os povos do antigo Oriente próximo a religião não era um departamento mas a religião era toda a vida a religião não podia ser compartimentada na vida ela banhava e na verdade ela era o espaço onde todas as outras ações se realizavam bom a gente vai tratar em especial aqui de duas grandes culturas a Mesopotâmia que tem como exemplos sumérios e os acadianos como como povos que habitam nessa região
e que são duas dois povos com uma cultura bastante marcante e que determinam muito da história dessa região e o Egito que é o outro lado então olhando para o Egito um pouco mais ocidente mas eu botando um pouco mais a Oriente de Israel vão ser os nossos principais exemplos para contrastar e para traçar Paralelos com aquilo que a gente vê descrito na Bíblia e dentro dessa perspectiva de analisar e comparar a Mesopotâmia Egito Israel a gente tem dois tópicos para é destrinchar um é ontologia e outro é teogonia eu sei que são palavras estranhas
talvez você tenha ouvido falar mas nunca tenha entendido muito bem o que isso quer dizer mas espero que fique um pouco mais claro na nossa de hoje primeiro os deuses existiam Em relacionamentos familiares dentro dessas duas grandes culturas e os deuses geravam outros Deuses os deuses não estavam isolados e os deuses não surgiram do nada ele se relacionavam uns com os outros eles se geravam outros teogonia é o relato da origem dos deuses então quando a gente repetir aqui várias vezes ao longo da nossa conversa a palavra até agonia a pergunta que deve vir na
sua cabeça é como os deuses se originaram ou até agonia de um povo é a explicação que um povo dá para ouvir a origem de um determinado Deus no Egito os deuses surgem de fluidos corporais certo novos Deuses surgem quando o Deus Criador cospe quando ele espirra quando ele soa ou quando ele é ejacula os deuses do Egito foram criadas a partir de um Deus Criador Inicial e esses Deuses vieram a existência a partir desses fluidos de um Deus Criador as gerações posteriores foram criadas A partir dessa da prole da geração inicial a partir dessa
geração inicial de deuses que foram geradas pelos fluidos você então tem agora a reprodução dos Deuses entre si gerando vários outros Deuses depois deles na teologia Benfica que é a teologia própria da cidade de Memphis no Egito os deuses surgem quando atum os separa de si mesmo a tanta simbolizado por esse essa figura egípcia e na imagem e ele seria esse Deus primordial que a partir de si separa e cria outros Deuses esses primeiros deuses são os deuses cósmicos primeiros vai ser importante para o resto da nossa reflexão perceber que existem Deuses cósmicos responsáveis por
funções a nível é universal por assim dizer e outros deuses com funções mais particulares e podem determinar o destino de pessoas ou de regiões numa escala menor mas dentro da teologia Benfica nos primeiros Deuses eles receberam funções cósmicas as forças na natureza são manifestações dos atributos dos Deuses Logo no início do universo é existe a coincidência entre o surgimento de um astro por exemplo do Sol e do Deus do sol isso aqui eu vou é parar um pouco e diminuir até o ritmo para a gente entender com clareza O que quer dizer que as forças
da natureza são manifestações dos atributos dos Deuses quando a o Deus sol ou quando o sol é criado ao mesmo tempo o Deus sol também é criado e essas coisas vem a existência aos pares ou seja não existe um astro Celeste não existe uma função melhor dizendo cósmica que suja sem ter nenhum Deus por trás assim como quando um Deus surge automaticamente uma função de atribuída então é as grandes funções cósmicas olhando daqui da terra o funcionamento do Sol o papel da lua os astros celestes ou qualquer outro fenômeno de grande proporção precisa sempre ser
associado a um Deus quando aquilo foi criado aquele fenômeno surgiu surgiu também um Deus que tinha como função controlar esse fenômeno certo então dentro dessa do surgimento os deuses a gente vê também o surgimento do Cosmos a gente vê também o surgimento dos fenômenos naturais é os deuses eles sempre personificam os elementos do Cosmos por isso a cosmogonia que é o surgimento do Cosmos é indissociável da teogonia que é o surgimento dos Deuses como é que surgiram os universos como é que surgiram melhor dizendo os elementos do universo os elementos do Cosmos com o surgimento
dos deuses e o que que fazem os deuses eles operam todos esses fenômenos que acontecem diante dos nossos olhos e que formam o Cosmos por isso que a ligação entre teogonia e cosmogonia não pode ser de forma nenhuma desconsiderada agora o que significa dizer que um Deus veio a existir a gente acabou de falar do surgimento de uma um fenômeno natural coincidindo com o surgimento de um Deus mas quando a gente fala que um Deus existe o que que a gente quer dizer com isso bom essa é uma questão que na linguagem da Filosofia Contemporânea
é chamado de uma questão ontológica e do que que trata a ontologia trata do significado em dizer que algo existe Qual é o caráter ontológico de um Deus é o mesmo que perguntar o que significa dizer que esse Deus existe o qual é o caráter da existência Divina então a gente começa a perceber que essas questões que ainda que sejam Profundas são fundamentais para entender como aquelas pessoas enxergava tudo enxergava os deuses e enxergavam o universo porque essas coisas não podiam ser separadas umas das outras deuses e o Universo o Deus e fenômenos naturais e
consequentemente como é que elas deveriam paltar sua vida como é que vivem sociedade já que tudo ao nosso redor são Deuses já que tudo ao nosso redor de alguma maneira é determinação Divina determinação dos Deuses é importante para a gente entender a questão do surgimento dos Deuses e do surgimento dos fenômenos naturais entender o que que as pessoas no mundo antigo queriam dizer que um Deus existia no mundo antigo algo vinha existir quando era separado como uma entidade própria lembra de atum que separa os deuses a partir de si mesmos então voltando aqui na imagem
anterior Esse é o Deus na teologia Benfica que dá origem a todos os outros Deuses quando atum separa de si mesmo uma parte da origem a um outro Deus ele está criando uma entidade própria quando existia essa separação de uma entidade quando essa entidade recebia é uma função e recebia um nome então esses são esses três elementos que marcam a ontologia no mundo antigo dizer que um Deus existia significava que ele existia como entidade própria existia tinha uma função que deveria desempenhar e esse Deus recebia um nome que o identificava o ritual de Amon que
é uma das tradições que foram descobertas e se liga a segunda metade do segundo Milênio antes de Cristo dentro da teologia egípcia diz que a criação Foi um momento quando Nenhum Deus existia e nenhum nome havia sido inventado para nada é interessante perceber que para os egípcios a existência de Deus ou a inexistência de Deus no começo de todas as coisas está ligado a inexistência de nome para identificar qualquer Deus quando não existia nomes é quando não existia deuses não é possível existir um Deus sem existir um nome primeiro Deus ou esse deu esses Deuses
iniciais dentro da cultura do antigo Oriente próximo surge sozinho ou o primeiro Deus surge sozinho das águas e se divide em Milhões Então veja que existe essa ideia de que não existe nada mas ao mesmo tempo já existiam águas infinitas e um deserto Infinito infinito e espontaneamente a partir dessas águas infinitas surge um Deus e a partir desse Deus primeiro surgem milhões de outros Deuses os deuses existem na Terra de acordo com a teologia é egípcia apenas por meio de suas funções os deuses não eram exatamente o sol ou a lua mas sim o que
o Sol e a Lua faziam Esse é um dos pontos mais importantes para a gente continuar numa mentalidade uma conversa minimamente coerente receber que dentro da ontologia da natureza dos Deuses para o antigo Oriente próximo e em especial para o povo egípcio é mais válido Igualmente para os povos mesopotâmicos é entender que não existe Deus sem função e a função de um Deus é o que determina a sua existência não é que existe o Deus sol simplesmente porque ele é o Astro só sim existe o Deus sol mas o Deus sol é o que o
sol faz e não o sol em si mesmo o Deus sol é aquele que determina os ciclos do Sol é aquele que determina o fulgor do Sol é aquele que determina a intensidade solar então a gente percebe é que os deuses são definidos pelas suas funções cosmológicas nos casos nos casos dos Deuses primeiros e depois dos Deuses subsequentes esse mesmo traço é mantido eles são determinados não comumente em si mesmo e sim pela função que ele desempenha a lua e o sol nesse caso são demonstrações muito Claras do que que um Deus significava os ciclos
lunares os ciclos Solares é o que significava dizer que um Deus existia porque ele agia de determinada forma isso é muito parecido na Mesopotâmia a diferença é que na Mesopotâmia a filosofia não era tão desenvolvida quanto no Egito pelo menos de acordo com os testemunhos que a gente tem os escritos de várias formas distintas tanto do Egito quanto da Mesopotâmia nos mostra que essa discussão a respeito da natureza dos Deuses em certos sentido é muito mais profunda no Egito porque na Mesopotâmia umas uma das tradições Existem várias tradições da Mesopotâmia dizia que o céu chamado
de ano e a terra chamada de que se uniram inicialmente matrimônio e deu origem aos grandes Deuses Então dentro dessa tradição mesopotâmica tiram dois Deuses primeiros a partir da União matrimonial desses dois os outros Deuses foram gerados Mas essa não é única é tradição existente a tradição nipur na essa história com mais detalhes Há outras tradições da Mesopotâmia como a tradição de heridu ou uma narrativa chamada a ovelha A Ovelha e o trigo que também fala com várias semelhanças entre outras narrativas do surgimento dos Deuses mas que tem suas particularidades o nascimento dos Deuses não
tem relação com sua existência física ou material mas sim com suas funções e papéis novamente quando a gente diz que um Deus surgiu a gente está querendo dizer que ele recebeu um corpo ou necessariamente que ele tem uma materialidade mas sim que um Deus surgiu com uma função uma entidade própria surgiu foi gerada de deuses anteriores para cumprir um papel para realizar uma função o nascimento desses Deuses explica a origem dos fenômenos naturais é essa é outra questão que vai ser recorrente na nossa explicação é perceber que a relação dos Deuses está diretamente ligada com
o funcionamento de alguma forma minimamente previsível ou imprevisível do Cosmos tudo que acontece seja de recorrente ou de novo na natureza é de alguma forma manifestação dos Deuses Então isso é até um pouco parecido com a forma como o Brasileiro pensa boa parte da população brasileira às vezes até independente da religião que ele professa que existe uma explicação espiritual o cara ficou doente Nunca é porque ele tá com a imunidade baixa porque ele passou por um choque térmico muito acentuado e sim simplesmente porque teve algum trabalho que foi feito existe uma interferência de algum Deus
ele ofendeu as divindade ele ofendeu O próprio Deus ele fez alguma coisa tem um pecado que explica a doença dele então nunca a explicação de um fenômeno em boa parte da população brasileira acontece simplesmente por causas naturais e sim por causas espirituais muito mais acentuado é a mentalidade do povo do antigo Oriente próximo em explicar todos os fenômenos por meio dos Deuses e tirando Israel a gente está falando só de deuses ou só de culturas politeístas Todas aquelas culturas que nós tratamos no início seja a mesopotâmicos acadiando os sumérios sejam os egípcios em toda a
tradição a falar de antigo Oriente próximo significa que a gente está falando de um curto espaço de tempo e nem de uma geografia muito pequena então o próprio desenvolvimento desses povos mostram é diferenças ao longo do tempo também mas para essas pessoas tudo que acontecia tinha alguma relação com a atividade dos Deuses ainda mais na natureza nunca o sol nascia e se punha simplesmente pela explicação da Atração dos corpos gravitacionais e se a gente multiplicar constante gravitacional vezes a Mação vezes amassadores dividido pela distância ao quadrado A gente vai conseguir descrever essa dinâmica das esferas
celestes não o sol eles nascem e se põe da forma que o faz porque tem um Deus que determina a trajetória e que está operando todos os dias para que a coisa aconteça da coisa que acontece os ventos o mar a chuva tudo isso de alguma forma funciona da forma que funciona porque um Deus foi criado para fazer funcionar aquele Fenômeno Para administrar aquela porção da realidade né bom é muito interessante perceber que não há na Mesopotâmia muita discussão ontológica discussão do ser apenas apresenta a origem dos deuses por meio da preocupação da procriação em
especial por meio da procriação e em seguida vai falar das funções desses Deuses Então essa discussão do ser como era o Deus em si mesmo Qual era a natureza intrínseca do Deus X Y Z do Deus como a gente citou aqui ano ou da Deus ou do Deus que isso não acontece dentro da literatura mesopotâmica Eles não estão preocupados em definir o ser Divino eles estão preocupados em saber qual é o nome ele existe como Deus diferente dos outros deuses e ele tem uma função em especial a conclusão então que a gente tanto aplicável para
as culturas mesopotâmicas Quanto é para a cultura egípcia é que os deuses vieram a existir por vários mecanismos mas principalmente pela procriação essa existência é definida por nome e função ou jurisdição e essa jurisdição podia ser cósmica terrestre ou cultural vamos lá vamos explicar um pouquinho o que que a gente quer dizer por jurisdição Pode ser que um Deus não tivesse uma função cósmica que impactasse o universo todo mas ele tinha domínio sobre alguns fenômenos ou sobre o destino de alguns povos ou de um povo em uma determinada região então a jurisdição de um Deus
poderia ser uma grande porção de terra ou poderia ser uma cultura um povo em especial tinha como o seu Deus principal o Deus x isso não excluía que essas pessoas pudessem de alguma forma é ter outros Deuses o politeísmo como a gente falou era regra mas existia também essa perspectiva de que existe um Deus do nosso povo existe um Deus cuja jurisdição é a nossa cultura então é guardem bem esses três elementos os deuses são gerados principalmente pela procriação eles têm um nome que os identificam e até certa forma identificam também seu caráter e eles
têm uma função que surgiu juntamente ou no momento da sua criação e ele tem uma jurisdição pode ser cósmica pode ser terrestre ou pode ser cultural a gente colocou a imagem aqui no slide do Rei chamaste Haddad 5 reverenciando a divindades mesopotâmicas eu vou tentar eu acho que não dá para eu aumentar aqui eu não consigo aumentar da Zoom mas na parte superior esquerda da imagem vocês vêem 5 símbolos cada um desses símbolos é uma divindade e uma dessas divindades é o Deus que a é o Deus do céu que a gente citou inicialmente que
era um dos deuses primeiros então é mais para exemplificar como é que isso poderia funcionar para a mente das pessoas bom a gente falou bastante dos egípcios mesopotâmicos de outras culturas mas e em Israel como é que funcionava essa questão da ontologia da questão do ser Divino e da teogonia do sur de Deus existem semelhanças e existem diferenças de diabetes em relação à forma como os povos do antigo Oriente próximo pensavam a ontologia a cosmogonia o surgimento do Cosmos e até agonia o surgimento de Deus no caso do monoteísmo dos Deuses no caso do politeísmo
Qual é a maior diferença a maior diferença é que não há teogonia em Israel não existe uma história do surgimento de Everton abre a Bíblia em Gênesis 1 essa é a história da criação de Javé Não é esse o relato que a gente encontra a gente não tem não só em Gênesis mas em toda a Bíblia Hebraica em todo o Novo Testamento qualquer explicação a respeito do surgimento do Deus de Israel isso nos mostra que esse grande tópico das religiões das divindades do antigo Oriente próximo simplesmente não existe em Israel Israel Não se preocupa em
explicar a origem de Deus e a fé não tinha origem e não originou nenhum outro Deus nem por procriação nem por separação eu falei que atum no Egito ele separou a partir de si outros Deuses eu falei que a maioria dos Deuses segundo a crença das religiões do antigo Oriente próximo a maioria dos Deuses surgiram por procriação e a fé não surge a partir de nada nem ninguém e ele não gera nenhum outro Deus ele é único ouve ó Israel o Senhor teu Deus o chamado de Deuteronômio 6 faz questão de reafirmar A unicidade divina
e mesmo no Novo Testamento quando a gente trata das questões ligadas a Jesus em nenhum momento a gente fala que jesus é outro Deus a prioridade é justamente a nossa explicação de que o monoteísmo é preservado mas com a clareza de que Jesus faz parte do mesmo Deus mas vamos voltar aqui para o período do Antigo Testamento sem querer é introduzir muitas ideias teológicas do novo para a gente tentar pensar como era para o povo de Israel receber a revelação desse Deus único desse Deus de certa forma diferentão que não tinha paralelo em nenhum lugar
com vários aspectos daquilo que eram mais natural do mundo para Esses povos pensarem a saiam falou isso na aula 2 mas retomando aqui vocês lembram que Abraão veio de ouro tava da região mesopotâmica Então tudo isso que eu tô falando aqui sobre as religiões mesopotâmicas se em paralelo com as religiões egípcias era a mentalidade de Abraão Com certeza era a mentalidade na casa de labão era a mentalidade é que Jacó de alguma forma herdou ou de alguma forma teve contato e esse processo de se relacionar com Deus foi um processo muito longo em muitos momentos
doloroso aparentemente não só para o povo de Israel mas para o próprio Deus é que se doa e se entrega para aquele povo e recebe idolatria é de volta em vários momentos da história justamente porque porque essas pessoas pensavam com essa cabeça as pessoas pensavam que o universo e os deuses funcionavam desse jeito então e a velha diferente ele não foi criado e ele não teria nenhuma outra divindade a outra coisa é que o Cosmos não é a mesma coisa que os atributos divinos a gente fala de acordo com Salmo 19 e também é com
outras a e também com outras passagens bíblicas como atos 17 que Paulo também está discussão não era areópago é que os céus manifestam a glória de Deus isso é uma coisa mas a gente não quer dizer que o céu de alguma forma é o próprio Deus o que o Deus e a fé não existe dissociado do céu não os céus e os astros celestes e toda a grandeza da criação de alguma forma nos mostram que Deus é capaz de fazer e o que Deus efetivamente fez mas Deus não está vinculado diretamente ao universo numa relação
de dependência é Deus existe antes do universo e Deus existe de forma autônoma ele independe do Universo para que ele possa continuar tendo os atributos que tem como a gente falou nas mentalidades mesopotâmicas egípcias e do antigo Oriente próximo como um todo a relação entre o Deus e a função não pode ser quebrada Deus é aquilo que ele faz Deus o sol é aquilo que o sol de acordo com a nossa percepção faz então não seria possível pensar num Deus que não estivesse dependente da sua função cósmica Cosmo o Cosmos não é a mesma coisa
que os atributos divinos certo Deus pode ter criado coisas que não são do nosso conhecimento e nem por isso ele está de alguma forma restrito a criação daquilo que nós vemos e percebemos consequentemente um Cosmos não se não se no momento em que Deus é criado ou gerado isso é bem distinto da percepção das outras culturas Deus e a fé o Deus de Israel não surge ao mesmo tempo que o Cosmos surge e a fé é quem cria o Cosmos e a fé é quem traz a existência todas as coisas isso permanece no judaísmo e
no cristianismo contemporâneos Deus é eternamente existente não teve início não terá fim então perceba é que não existe teogonia em Israel não existe uma história do surgimento de Abel de Deus justamente porque não teve início porque e até sempre existiu há algumas semelhanças nessa questão ontológica na discussão do que significa dizer que Deus existe o nome de Deus que é tão é debatido nem hebraico tetragrama É trata de certa forma disso que a gente está chamando de discussão da ontologia Qual é a melhor maneira de traduzir o nome de Deus vocês com certeza com certeza
já viram explicações ou discussões sobre o assunto aqui mesmo na ib1 Em alguns momentos houveram mensagens que falavam dos nomes de Deus e em especial esse nome pessoal de Deus que a gente tá pronunciando Como ia ver mas o que que significa e a fé uma boa forma de pensar no significado é imaginar que Deus está dizendo eu serei o que quiser é uma forma de Deus jogar com os tempos verbais verbais do hebraico para dizer que ele não pode ser contido nem do tempo nem no espaço nem nas expectativas novo que estava pedindo no
caso inicialmente Moisés pedindo dele um nome que o identificasse a identificação tinha a ver também com a função ou com a capacidade ou com caráter de Deus então Deus está aguardando para si essa autodeterminação Qual é o nome do senhor eu serei o que quiser ser ou outras traduções traduzem como o eterno por exemplo é uma tradição muito forte essa tradução é uma tradição forte entre os judeus de chamar Deus de uva eterna que ele que não pode ser plenamente compreendido e nem contido E além disso esse nome pode significar alguma relação com o fato
de que Deus é quem causa o que ele deseja causar ele não é causado por nada mas ele é aquilo que faz todas as coisas acontecerem de acordo de acordo com seu propósito o que tem Total domínio sobre as causas do universo em todos os casos o que se destaca é que Deus revela suas funções pelo nome ou pelos nomes que ele apresenta para o Deus de Israel não é interessante isso o fato de que Deus tem vários nomes ao longo do Antigo Testamento porque cada nome manifestava um pouco daquilo que eram as suas funções
as suas capacidades do seu caráter e era mais do que natural para essas culturas conhecerem os deuses a quem eles serviam no caso das culturas ao redor de Israel por meio das funções que eles desempenhavam Essas funções eram reveladas pelos nomes dos Deuses então perceba que Deus está lidando com uma expectativa muito arraigada dentro do povo de Israel que é o que que esse Deus faz o que que esse Deus é capaz de fazer e efetivamente o que que ele fará por nós então cada um dos nomes de Israel tem a ver com uma função
é um Deus poderoso no meio das batalhas é um Deus que cura é um Deus que está sempre presente então é um Deus poderoso veja que a Deus está tratando de um povo que tem uma forma particular de pensar mas essa forma particular é muito mais estranha para a gente seria bastante natural para o povo de Israel e para os seus vizinhos imaginarem que os deuses são conhecidos pelas funções que eles desempenham mais uma vez a gente percebe tanto em Israel como nas outras culturas que existência e função estão intimamente relacionados uma vez que Deus
é o único Deus não existe jurisdição ou papel para os outros Deuses perceba que essa é uma é um corolário é uma consequência imediata do monoteísmo se existe só um Deus então não existe jurisdição para esse Deus porque não existe divisão de territórios papéis e funções para outros Deuses esse único Deus concentra em si a jurisdição da criação inteira as funções que seriam distribuídas para todos os outros deuses e ele concentra naquilo que em geral nós chamamos de onipotência ele pode todas as coisas e por isso ele Exige uma forma de relacionamento uma forma de
pensamento muito diferente o Salmo 141 diz o seguinte diz o tolo em seu coração Deus não existe para uma cultura pós-moderna ocidental marcada pelo iluminismo fruto de todas as transformações tecnológicas e científicas a gente começa a discutir a filosofia de sucesso como se a discussão da existência de Deus no período que nós vivemos fosse entendida da mesma maneira que uma pessoa é de alguns milênios atrás pensaria não é quando o tolo dizem seu coração não existe Deus o que ele tá querendo dizer é eu posso fazer o que quiser que Deus não agirá contra mim
a corrupção ou seja a existência de Deus ou a inexistência de Deus me diz que não vai ter nada acima de mim que vai condenar aquilo de mal ou de corrupto que eu esteja fazendo se não existe Deus não existe uma consequência negativa para qualquer conduta amar que eu tomo por isso que o tolo que em muitos momentos é de alguma forma é condenado por exemplo na literatura sapiencial no Livro de Provérbios diz uma coisa dessas Ele tá preocupado Se Deus existe não porque se Deus existe tudo de mal que ele faz de alguma forma
as funções divinas irão recair sobre ele mas se Deus não existe como de certo tudo é permitido Então veja que essa discussão Apesar de eu ter citado um filósofo é muito mais próximo de nós do que do antigo Oriente próximo a discussão e a mentalidade era diferente se Deus não existe a função de Deus também não existe bom um outro tópico fechamos aí a questão da ontologia que é a existência dos deuses da teogonia a origem dos deuses um tópico muito relevante para vários textos bíblicos é o conceito de Assembleia divina todas as nações no
entorno de Israel eram politeístas e nós já afirmamos isso em momentos anteriores o politeísmo é mais do que ter muitos Deuses as pessoas encontravam sua identidade na comunidade e essa é uma grande diferença para a sociedade contemporânea hoje nós queremos e desejamos definir a nossa identidade em termos individuais na cultura antiga as pessoas encontrar com a sua identidade no meio da comunidade o que mais importava era os seus relacionamentos externos e não ser o relacionamento consigo mesmo uma análise psicológica dos seus históricos experiências anteriores para que você pudesse entender quem você é não você é
aquilo que você é definido no seu relacionamento comunitário uma vez que os Deuses em muitas medidas eram semelhantes aos seres humanos e a gente vai tratar disso quando falar de antropomorfismos uma vez que os deuses eram parecidos com as pessoas os precisavam de comunidades para encontrar sua identidade isso é interessante Nós seres humanos Pense como uma cabeça de três mil anos atrás ou 3.500 anos atrás nós seres humanos encontramos a nossa cidade na comunidade os deuses são parecidos conosco logo os deuses também precisam de uma comunidade para encontrar sua própria identidade o politeísmo Não era
uniforme em todas essas culturas tinham suas nuances né mais costumava a ver um núcleo em comum e surpreendentemente esse núcleo em comum era um núcleo monoteísta mesmo as religiões politeístas apontavam comprar um momento da história da teogonia ou do surgimento dos Deuses assim que existia apenas um Deus e os deuses foram criados a partir desse Deus Inicial essa entidade primordial e isso é surpreendente não era o chefe do Panteão e sim era o modo pelo qual as coisas vieram inexistência mas o Deus Inicial permanece Inativo Então existe uma divindade priva que dá origem aos outros
Deuses mas essa divindade primva permanece inativa em boa parte dos Deuses e alguns estudiosos criam a hipótese que talvez a necessidade de explicar o surgimento de outros Deuses é justamente porque o povo precisava de deuses que funcionasse então sem Deus não funciona em boa medida esse Deus não existe logo os outros Deuses que vieram depois da divindade primeira era mais era mais importante e isso enfim é uma coisa que ainda é bastante discutida mas é uma hipótese coerente com os dados que a gente já tem sobre a forma de pensar desses povos iniciais a as
principais decisões entre os deuses eram tomadas na comunidade dos Deuses Possivelmente Essa visão foi influenciada por formas de governo humano de um período ainda mais remoto Então a maneira como os povos do antigo Oriente pensavam na existência de uma comunidade que essa comunidade era responsável por Tomás decisões mais importantes estava fazendo algum tipo de projeção de um momento em que os homens ou as culturas ainda mais antigas dependiam de conselhos humanos para gerir a dinâmica social os deuses deliberavam e governavam como Assembleia alguns textos maríticos mas é o norte de Israel e os textos mesopotâmicos
até estão isso com fartura a visão do Egito é um pouco diferente dessa Literatura ulgarítica e mesopotâmica porque a visão do Egito é que os seus Deuses o peravam operavam de modo mais individualista Então como a gente apontou a nuances aqui nem todo politeísmo pensa da mesma maneira a respeito dos seus Deuses mas no Egito a gente já vê uma dinâmica um pouco mais individualista na relação entre deuses e nesses outros lugares uma relação mais conciliar não há dentro do Egito uma visão de assembleia e sim de que há um rei dos Deuses e uma
hierarquia entre eles na Mesopotâmia a coisa era bem mais definida existia uma assembleia que era formada por 50 grandes Deuses veja que existiam muitos outros Deuses milhares dependendo da época e do ponto da Mesopotâmia que a gente está analisando milhares de Deus mas os 50 grandes Deuses é que formavam a assembleia e dessas desses 50 grande de deuses 7 é que formar com uma espécie de conselho superior esse sete Deuses determinavam Os destinos tanto dos seres humanos quanto também das atividades Celestiais a assembleia era a instituição de maior autoridade para as pessoas certo então existia
a determinação a nível familiar existia a determinação do Rei existia a determinação dos Deuses mas a decisão do Concílio dos Deuses era aquilo que estabeleciam a vontade que de alguma forma de que nenhuma de nenhuma forma poderia ser revogado então o conselho dos Deuses tinha a máxima autoridade no caso da Mesopotâmia anu era o chefe do Panteão e Andrio que era uma outra atividade muitas vezes assumia a liderança de forma ativa então existia essa relação dinâmica entre os deuses também aqui a gente tem na nossa imagem sendo que representa um homem que se apresenta justamente
no conselho de vinho não Concílio Divino na Babilônia antiga representando essa ideia de que os deuses se reuniam em conselhos no segundo Milênio essa chefia que eu falei de anu e em Liu muda porque o Panteão passa a ser governado por mais Duque já na Síria ele passa a ser liderado por Artur na literatura o garitica o chefe do Panteão é ela é l a é no caso da literatura logarítica tem o maior domínio sobre os outros deuses do que a gente vê nessa relação conciliar e bem mais difundida em termos de poder que está
presente na Mesopotâmia bom o papel da Assembleia variava um pouco de cultura para cultura e aí a gente trouxe uma lista para exemplificar o tipo de decisão que essa Assembleia podia dar tomar e efetivamente é o que eles tomaram na história daquilo que é a as narrativas religiosas desses povos é isso aqui é um exemplo de Literatura mesopotâmica e nos mostram um padrão bem bem claro que pode ser transposto em várias medidas para outras culturas por exemplo no debate os dois insetos a assembleia cria o céu e a terra e os vários animais e Lisa
atribui as respectivas funções Então veja que são e terras são criados por decisão do Conselho segundo essa narrativa b a assembleia é convocada para decidir casos judiciais humanos ou divinos C né Pompeia de guilgamesh uma das dos exemplos mais importantes para entender a o funcionamento da cosmovisão mesopotâmica Antiga é justamente ecopédia guilgamesh a decisão de enviar o dilúvio é tomada no Concílio em atrases essa decisão e as tentativas anteriores de limitar a população humana surgiram de debates na Assembleia dessa forma o destino da humanidade é considerado assunto da Assembleia de Assembleia concede a realeza tanto
na Esfera Divina quanto na humana em que a realeza é atribuída e também a realidade é atribuída a cidades e não apenas as pessoas isso é interessante não apenas uma pessoa poderia ser o rei mas uma cidade poderia ser considerada real por decisão do Conselho de modo parecido nos lamentos por cidades a decisão de retirar a realeza e decretar o destino delas é decisão do Conselho Então veja que o conselho tem poder de criar seu e terra de julgar casos relativos aos seres humanos e aos próprios Deuses de causar catástrofes como um dilúvio e causar
destruição dos seres humanos de eleger pessoas cidades como Realeza e também de retirar esse privilégio das pessoas que das cidades o papel da Assembleia Divina era muito muito importante para essas culturas agora a questão é existe algo paralelo confesso que até fiquei um pouco surpreso quando eu estudei essa questão é a respeito de Javé conhecer um pouco dessa ideia de conselho dos Deuses em outras religiões mas existe algum paralelo na Bíblia com essa ideia de um Concílio de vim de uma assembleia divina e a fé é a autoridade única como responsável por desempenhar as funções
associadas a divindade e a gente já falou isso aquilo que no politeísmo perdão aquilo que não politeísmo é distribuído é em várias divindades no caso de Israel é completamente concentrado em aveia então e a velha autoridade única responsável por desempenhar as funções divinas mas na verdade para complementar isso em Isaías 40 14 insiste que ir até não precisa consultar ninguém mas isso não significa que o conselho desapareceu o fato de que a fé tem autoridade máxima e exclusiva de que ele não necessita de ninguém não quer dizer que ia ver não tem conselho ou Assembleia
nenhuma Concílio no caso da Bíblia e de fé já não é composto de deuses e a fé não faz parte de um conselho com vários outros Deuses mas existe um conselho diabete cujos membros tem a função de executar as decisões do Conselho em vez de receber alguma autoridade ou jurisdição real os membros do Conselho tem como principal função Executar a determinação daquilo que Deus define no conselho no entanto o conselho diabetes trata dos mesmos tipos de tarefas e deliberações que os outros conselhos como a gente acabou de ler na lista anterior teriam como responsabilidade então
ele delibera sobre o governo ele delibera sobre criação ele delibera sobre juízo os interesses da Assembleia de avessam parecidos com os da Assembleia dos Deuses segundo a religião mesopotâmica seria manter a ordem moral e legal da sociedade Decidir sobre vitórias e derrotas na guerra e na política eleger e decorrentes controlar e influenciar a história tudo isso são pontos em comum o conselho ele é constituído de seres menores Então existe e a ver como ser Supremo e existem seres menores e aqui eu estou conectando com as informações do Gênesis todos esses seres foram criados pelo próprio
que compõem o conselho vou dar alguns exemplos o Salmo 82 1 e 89 Versículos 5 e 6 fazem menção a esse conselho Não existe uma grande explicação ali não existe um detalhamento mais fazem menção a um conselho dos filhos de Deus ou dos seres Celestiais dependendo da versão que você usar agora tem um exemplo muito mais interessante a narrativa que exemplifica em maiores detalhes a ação do Conselho é primeira reis capítulo 22 Versículo 5 e depois dos Versículos 19 ao 23 primeira reis de 22 em especial do 19 ao 23 ali a gente vê o
Concílio de ir a ver deliberando sobre a estratégia para lidar com o rei acabe e depois de algumas ideias que surgem no meio do Concílio é interessante que Deus não precisa ouvir ninguém mas de acordo com esse relato Deus deixa que os Anjos Falam o que os espíritos que estão lhe tratando porque depois é dito que o Espírito de confusão enviado mas é o que tudo indica que os Anjos Falam e a decisão final que é do próprio haver é de enviar um espírito para enganar os profetas do rei no fim das contas o rei
acaba morrendo porque não dá ouvido ao profeta de Deus se eu não me engano nesse caso Miqueias E aí ele não dá ouvidos ao profeta mqs Vai à Guerra morre e nos mostra que aquilo que Deus fez intencionalmente que foi mandar um espírito de enganação para os outros profetas Foi algo que se iniciou a partir de uma discussão do Conselho de evento um exemplo um pouco menos explícito mas muito interessante é Isaías Capítulo 6 vocês vão lembrar que esse é o capítulo da vocação de Isaías é quando o profeta Isaías é chamado e aparece aquela
imagem dos serafins dos Anjos os seus lábios são tocados com brasa e tal Isaías 6 indica a presença do Conselho pela primeira pessoa do plural a quem enviarei e quem há de por nós mas por que que se nós está aí eu sempre fiquei bastante encucado com esse nós e é muito assim respeitoso o contexto e com a visão a cultura da época imaginar que Deus estava fazendo referência é justamente ao Concílio que de alguma forma participava com ele dessa decisão de enviar alguém e escolher um profeta que falaria em seu nome é possível que
o serafins que são citados nesse capítulo ligados ao conselho E lembre que o serafins tem uma um papel muito importante na visão de Isaías tanto aí naquilo que ele vê como naquilo que o Anjo faz então seja como membro seja como espectador seria coerente imaginar que o serafins de alguma forma estava ligado ao conselho de Javé um outro exemplo o início do Livro de Jó traz cenas de um conselho dos filhos de Deus esse é o título ocasional para os membros do Conselho filho de Deus ou anjos também dependendo da versão que você usa e
lembra aquela cena interessante que Satanás o adversário você coloca entre os membros desse conselho o último ponto aqui nessa questão do Conselho de a fé muitos estudiosos é afirmam que o Concílio de Javé é o contexto mais coerente para entender o plural nos primeiros Capítulos de Gênesis Gênesis 1:26 façamos o homem a nossa imagem e semelhança Gênesis 3:22 porque eles se tornaram como um de nós e Gênesis 11:07 também traz esse plural se referindo aí a velha como é incômodo isso a gente abriu o texto com pressuposto que obviamente é o mais fundamental de que
existe um único Deus e aí ver esse próprio Deus falando na primeira pessoa do plural é bem possível que essas sejam menções ao conselho de aveia nota-se que não há no caso de Gênesis em especial nos três casos não há distribuição de poder entre os membros do que supostamente estamos assumindo que seria o conselho diferente das outras passagens que a gente estudou O próprio Deus é Quem realiza a tarefa em Gênesis não é um membro do Conselho como no caso de primeira reis 22 a existência do Concílio coloca uma peça importante no quebra-cabeça na visão
de mundo do Israelita algumas passagens obscuras fazem mais sentido a partir dessa peça sem a informação do Conselho por exemplo Alguns intérpretes são tentados a atribuir os Florais de Gênesis a presença da trindade e já nesse texto Inicial ainda que eles concordassem mesmo esses intérpretes sem provável que o público original enxergasse o caso de Gênesis dessa maneira é como se fosse uma menção a Trindade mas que está codificada o povo de Israel não poderia saber da Trindade naquele momento mas já era Trindade E aí depois com a revelação progressiva chegando no Novo Testamento a gente
entende que aquilo era um Deus treino criando todas as coisas Alguns intérpretes ainda continuam acreditar que essa é a melhor interpretação de Gênesis é uma possibilidade mas a luz dessas informações faz mais sentido que seja uma missão aquilo que já Naquele tempo era muito conhecido de que os deuses de forma geral tinha um conselho de acordo com os outros povos mas que ia ver também tinha um conselho né mesmo considerando os Paralelos o conceito de conselho Divino foi fortemente alterado na teologia de Israel e isso é muito importante é importante a gente perceber que Deus
não revelou o conceito de conselho divinas pessoas já pensavam assim o conceito já estava ali como pano de fundo todo mundo já assumia que existia esse conselho das divindades agora o que Deus faz é pegar esse conceito fortemente difundido e transformado radicalmente sim existe um conselho mas apenas uma autoridade e os outros membros executam a Vontade dessa autoridade bom o lugar de Deus e dos Deuses no Cosmos no antigo Oriente próximo cada aspecto do que nós chamamos de mundo natural estava associado a alguma divindade e a gente já falou isso por isso que a expressão
mundo natural não fazia sentido nenhuma causa e nenhum efeito era um apenas naturais tudo era Sobrenatural a categoria de natural e Sobrenatural era uma coisa muito artificial para eles porque tudo estava intimamente associado deuses e Os destinos humanos deuses e os fenômenos do que hoje nós chamamos de naturais e eu gostaria até de fazer um parênteses em pensar como isso impactava a questão da investigação do Cosmos do ponto de vista do que hoje nós chamamos de ciências naturais a gente começa a entender Por que que era tão difícil algo como a física algo como a
Biologia surgir nessa época com as características que essas investigações vieram até posteriormente em outras localidades mas que transformaram tão profundamente as nossas culturas contemporâneas porque que era difícil imaginar o desenvolvimento das ciências naturais naquela época porque tudo de alguma forma estava emíscuído e misturado com o sagrado É como se você fosse tratar como algo desprovido de uma divindade aquilo que todo mundo estava dizendo que era uma função Sagrada estudar o sol não era simplesmente estudar uma Astro Celeste era estudar um Deus era estudar as funções de uma divindade então é muito difícil quando tudo é
de algumas forma ponto de reverência mas não de investigação porque o investigação poderia ser irreverente até certa medida Já pensou colocar um Deus debaixo do microscópio tudo isso é uma barreira mental uma barreira cultural uma barreira de cosmovisão uma barreira cosmológica para o desenvolvimento desse pensamento por isso que é tão não tiver as formas de pensamentos envolvidas pela Grécia a partir de certo ponto da sua história da filosofia como é o caso de Aristóteles e depois também como o impacto das culturas judaicas e da cultura Cristã bem mais recentemente da própria cultura protestante tiveram sobre
o desenvolvimento das ciências porque abriram mão desses pressupostos já que essas coisas não estão todas envolvidas no conflito entre os deuses já que não é proibido é o examinar a terra as plantas os minerais do ponto de vista das causas e efeitos que estão sobre a nossa explicação então nós podemos fazer isso sem ter medo de estar ofendendo nenhuma divindade e houve um grande desenvolvimento um grande progresso na compreensão do Cosmos de do ponto de vista da explicação das suas causas e dos seus efeitos sem apelar a uma constante intervenção divina a partir desse pressuposto
claro que esse rompimento gerou outros problemas mas isso é conversa para para outras aulas para outros tópicos mas só esse parênteses como essa visão de mundo ela é muito conflitante com a maneira como hoje Nós pensamos ciências naturais né bom voltando aqui para a questão do lugar das divindades cada divindade Cosmo tinha algum nível definido de jurisdição os deuses relacionados ao sol estavam ativos nele e por meio do sol mas eles não criaram o sol a existência tem mais a ver com a função e com papel sol e Deu sol operam juntos e seus papéis
coincidem O Deus do sol é criador no sentido diferente o sol e o Deus sol enviados ao mesmo tempo um não funciona um não existe sem o outro por isso que função e existência estão tão conectados aqui e é também por isso que a origem do Cosmos e dos Deuses acontecem ao mesmo tempo o Deus sol controla o sol mas não tem uma existência separada dele o sol é a manifestação do Deus e a expressão dos seus atributos por isso a origem e o funcionamento do Sol cosmogonia e cosmologia são categorias inseparáveis Os Deuses Estão
dentro do Cosmos e por isso eles estão limitados algumas características do Cosmos vocês estão notando que eu tô correndo um pouco mais porque o nosso tempo tá acabando os deuses eles estão operando dentro de um sistema que eles mesmos administram perceba isso é interessante que os deuses ele tem função de fazer tudo isso aqui funcionar mas ao mesmo tempo esses Deuses Estão limitados por esse universo eles estão dentro do Cosmos eles não são pensados como algo a parte do Cosmos mas estão dentro de certa forma limitados pelo Cosmos a função deles é administrar tudo isso
o contraste bíblico é perceber que na Bíblia e a fé é responsável pela criação e a administração do Cosmos inteiro Diferentemente das outras culturas e a fé não surge já falamos isso quando a criação surge e a velha é quem cria todas as coisas e a fé não está dentro do sistema cosmológico mas opera de Fora Dele os fenômenos cósmicos não são manifestação dos atributos de Deus mas instrumentos de sua soberania quando a gente fala que os fenômenos cosmológicos não são a manifestação dos atributos de Deus de Deus É nesse sentido de dependência Deus não
depende do funcionamento do Sol das Marés das galáxias dos astros celestes de alguma forma é ter a sua capacidade criativa até a sua capacidade de realizar alguma coisa válidas Deus é quem faz tudo isso soberanamente livremente não está vinculado numa relação de dependência com todos esses fenômenos ele não é restrito de nenhuma maneira pela sua criação os fenômenos cosmológicos são diferentes de Deus nada na criação tem uma existência autônoma Essa é a visão Cristã a respeito da natureza tudo isso é criação tudo isso foi feito por Deus Deus quando fez tudo isso viu que era
bom essas coisas funcionam é com até certo nível regularidade e aqui eu já não estou falando de um pressuposto bíblico eu estou falando de um pressuposto científico mas que tem relação com a Bíblia todas as coisas possuem dentro da natureza um certo grau de regularidade podem ser investigados podem ser descritos mas da perspectiva Cristã nada do que existe e nada do que funciona funciona automaticamente nada é o que é por si mesmo não todas as coisas foram criadas e são continuamente sustentadas por Deus dizer que é sustentadas por Deus não quer dizer que não existe
regularidade no funcionamento dos astros celestes não quer dizer que a gente não pode prever o comportamento pela lei da gravitação Sim a gente pode prever mas dizer que a lei da gravitação opera não exclui o fato de que as coisas funcionam da maneira que funcionam porque Deus criou e sustenta o universo dessa maneira Essa é a perspectiva Cristã E aí uma frase do John Walton vou até mostrar aqui ó esse livro é a principal referência para nossa aula de hoje recomendo fortemente o pensamento do antigo Oriente próximo e o antigo testamento de John Walton vida
nova tá quem quiser tirar um print fica à vontade excelente fonte para pensar essas questões o que que ele diz a maior distinção da teologia de Israel em relação às culturas divinas aqui na Bíblia a natureza é impessoal e a esfera do Poder Supremo é pessoal ocupada apenas por haver em contraste o mundo antigo em geral entendia que a natureza é pessoal a esfera ocupada pelos deuses e que a esfera externa dos atributos de controle é impessoal é como se o Cosmos e as limitações aos quais os Deuses Estão impostos são impessoais e os fenômenos
tivessem uma natureza pessoal e a coisa que é invertida toda a criação em pessoal e o que vai além da criação que é o próprio criador é que é pessoal então isso é uma distinção muito marcante em relação as culturas ao redor de Israel bom a imagem dos Deuses variava entre os egípcios cananeus imagem que eu digo os atributos as características gêneros também descreveu os deuses de forma distinta por exemplo se você ler uma literatura mítica um hino ou uma oração é normal você ter um tom muito mais elogioso dos Deuses mas se você ler
uma literatura sapiencial como por exemplo uma Eclesiastes só que do povo mesopotâmico do povo egípcio um exemplo de literatura sapiencial é normal você encontrar um tom muito mais crítico muito mais talvez é descrente de algumas expectativas que os outros tinham mas aquele que se dedicou a observar as coisas Como de fato são enxergasse uma postura um pouco mais ácida sobre a relação das criaturas com os deuses Então os gêneros literários pintam os deuses de com características diferentes Só que os contextos de cada uma dessas literaturas nos ajudam a construir uma imagem relativamente a oração aos
Deuses individuais citam ATR títulos dos Deuses individualmente e naturalmente quer que esse Deus seja louvado se você tá pedindo para esse Deus se você tá louvando esse Deus e você está esperando uma resposta dele então é comum que essa linguagem seja uma linguagem de exaltação o Deus a quem Sera ou a quem se louva é colocada acima de todos os outros Deus e isso é feito com todos os deuses então uma pessoa podia orar é um Deus x e colocar esse Deus acima de todos os outros deuses e em seguida orar para um outro Deus
e fazer a mesma coisa isso não era visto como contradição porque porque na cabeça dessas pessoas era preciso assumir essa postura para que o Deus se sentisse é de alguma forma a sua a sua Majestade fosse reconhecida o seu poder fosse reconhecido e aumentar-se a possibilidade de uma resposta positiva acontecer para aquele que apresentava sua oração boa parte dos atributos de haver na Bíblia Hebraica são também é atributos dos outros Deuses nas outras culturas mas essas imagens essas características elas vão sendo modificadas quando outros gêneros além das orações São analisados por exemplo dizer que uma
divindade amorosa é amorosa não significa a mesma coisa que significa dizer que ia ver amores quando a Bíblia fala que ia ver amoroso é uma coisa mas dentro dessas outras a literaturas religiosas dizer que uma divindade era amorosa Não significava que Ele amava todos os seres humanos também Não significava que essa divindade amava as outras divindades quando os deuses eles interagem uns com os outros os seus atributos transparecem as suas personalidades em seus papéis uma divindade por exemplo em um momento pode ser retratada como muito boa uma heroína ela é elogiada em outra narrativa ela
é retratada como duvidosa egoísta secundária então perceba que as literaturas entram em choque até certo ponto mas contribuem para a gente perceber como as pessoas viam as divindades em diferentes ângulos os deuses no caso da Mesopotâmia Egito e outras culturas disputam poder um com o outro uma outra camada dessa disputa é adicionada quando o problema é político se existe uma confrontação entre duas regiões e essas regiões têm deuses diferentes a gente percebe é que a interpretação é o povo que ganhar é porque tem um Deus mais forte por trás de si então quando os deuses
eles disputam essa relação entre territórios entre cultura predominante entre povo é mais capaz ou menos capaz a Interpretação da vitória da derrota é quem é que tem um Deus mais forte por isso você entende vários textos também do Antigo Testamento quando o povo de Israel em vários momentos Colocam um para o outro ou quando o próprio Moisés colocam para para quando Moisés coloca para ir a ver como é que os outros povos vão dizer que a velha não é tão poderoso assim porque o Senhor decidiu Destruir todo esse povo ou quando o povo vai pro
exílio e bate aquele desespero que é como é que a Babilônia conseguiu derrubar o Templo de Jerusalém se a vela Todo Poderoso o Deus no qual nós nos organizamos é como nação habita no santo dos santos alguma coisa tá errada ou e a fé não é tão poderoso assim como Com certeza vários acreditaram ou iavé já não habitava mais no santo dos santos Mas a questão é que essa interpretação de o Deus que dá vitória na guerra e o Deus que confronta o outro Deus era a base da explicação das Vitórias militares e das disputas
e conquistas das diferentes Nações que tinham constantemente que lidar com essa realidade de guerra bom algumas características a divinas antropomorfismo na religião pagar os deuses nascem e são amamentados crescem até a idade adulta buscam a satisfação de seus apetites e Emoções lutam por prestígios por prestígio lutam por poder e supremacia e entregam-se ao sexo e estão sujeitos ao fracasso derrota e morte é uma visão de divindade completamente diferente de aveia essa é uma situação do Bristol é uma das obras citadas aqui por esse livro do John Walton que eu acabei de mostrar para vocês essas
divindades procuravam alcançar seus objetivos pessoais da mesma forma que os seres humanos Eles podiam ser perversos podiam ser Furiosos podiam causar prejuízos aos outros Deuses o aspecto mais importante do antropomorfismo não é a forma física quando a gente fala de antropomorfismo é dar a forma humana aos Deuses Mas a forma que não é uma questão basicamente de semelhança na sua imagem e sim uma questão de personalidade uma questão de caráter muito mais importante é perceber que os deuses não eram melhores que os seres humanos mas basicamente mais fortes os deuses São muito parecidos conosco não
porque tem as mesmas capacidades mas sim porque são mais fortes Mas eles têm os mesmos problemas as mesmas falhas os mesmos métodos que os seres humanos um erro comum é achar já partindo propósito próximo tópico que os deuses estavam definidos em territórios estavam definitivamente restritos em território quando a gente fala de um Deus geográfico com Deus tribal Deus territorial vem na nossa cabeça a ideia de que esse Deus não podia sair de um território tinha autoridade apenas ali não é essa ideia os deuses ele se estabeleciam na mentalidade do antigo oriente se estabeleciam em algumas
áreas porque ali é onde os seus templos estavam e onde os seus templos estavam as necessidades dos Deuses eram atendidas mas isso Não significava que ele precisava ficar restrito àquela localidade o maior fundamento dos imperialismos sempre foi o fato de que os deuses podiam expandir seus territórios a partir do local onde eles haviam inicialmente se estabelecido e É de fato uma justificativa muito poderosa para uma cosmovisão como essa que a gente vem conversando aqui se você acredita que o seu Deus está ali mas que o seu Deus é forte é Poderoso Ele pode expandir o
seu território porque ficar contente se a gente tentar um pouco porque não tentar dominar toda a região em que a gente está presente a ideia então é de uma justificativa de um Deus poderoso que está presente em uma região mas que pode lhe render autoridade sobre um território muito maior a outra coisa é os deuses como a gente já tratou nascem e dão a luz uma consequência imediata disso é os deuses são sexualmente ativos esse traço domina a literatura é importante a gente perceber que isso não é questão secundária boa parte da história dos Deuses
é uma história das suas dos seus envolvimentos românticos e sexuais da procriação dos Deuses e por aí vai isso mostra como esse antropomorfismo sem introduz profundamente na mitologia antiga entendeu os deuses nesse aspecto semelhante aos seres humanos nos mostra que essa é uma perspectiva sobre a realidade celeste a realidade dos Deuses muito diferentes daquilo que acontecia em Israel e outras duas questões é os deuses eram falíveis e os deuses eram emotivos nem tudo que os deuses se pretendiam fazer eles conseguiam fazer e outra coisa é os deuses tinham suas instabilidades emocionais de um certo em
um certo aspecto isso é fácil de comparar com e a velha porque minha V também tem alegria e a velha também é demonstrar aprovação o orgulho prazer do seu povo quando a obediência tudo mais mas é um Deus ciumento e a véu um Deus que exige um comportamento e havia um Deus que derrama Ira então a gente percebe que a velha tem emoções mas esses Deuses essa é uma atividade que a gente tá falando significa que os deuses podiam ter medo significa que Deus pode não ter frustração significa que os deuses poderiam ter outras características
que são muito mais dentro da mentalidade bíblica próprias dos seres humanos do que do próprio evento e por último a gente Traz essa comparação com as características de haver será que Israel era diferente de seus vizinhos e pensava sobre a natureza da divindade de forma distinta Será que ia ver tinha uma essência intrínseca Eu já falei isso várias vezes mas para as culturas do antigo Oriente os deuses não existiam em si mesmo não existia essa preocupação de entender a natureza ontológica do ser não existe essa preocupação com que ele é pelo que ele é e
sim ele é pelo que ele faz mas será que a Vera é diferente será que o povo de Israel pensava em aveia no que ele é pelo que ele é e não pelo que ele faz O interessante é que não tem nada na Bíblia que surgira que em Israel o pensamento ontológico fosse diferente nesse aspecto do antigo Oriente próximo a ontologia de Israel toca em duas coisas foca na função de Deus as coisas que Deus faz no meio de Israel e Foca no relacionamento de Deus o pacto a aliança que Deus estabelece com esse povo
com a descendência de Abraão então o fato de Deus ter se revelado a Israel e espera que ele se relacione que Israel se relacione com iavé é com base no que o próprio fez no que ia haver revelou do seu caráter tem consequências muito Profundas nesse povo o povo encontra a sua identidade justamente pelo fato de que ele é separado por Javé e eles reconhecem que eles passaram a se tornar parte da esfera social de a ver tudo o que acontece Israel precisa ser feito de acordo com a jurisdição de Javé questão que eles acreditavam
e nós acreditamos que a fé é o Deus que tem jurisdição sobre a criação inteira então a gente percebe uma grande transição de mentalidade apesar de ser paralelo não existe uma reflexão ontológica como a gente tem hoje e sim na relação de função e Aliança Mas eles possuem essa percepção de serem separados de forma muito particular o que a velha tinha que os outros deuses não tinham e a vevé tinha atributos do monoteísmo e de um relacionamento formal a ideia de ter ciúme de outros Deuses se homem de que só Israel podia adorar apenas exclusivamente
a iavé e não a outros Deuses era muito estranho para as outras culturas porque no politeísmo quanto mais melhor você podia oferecer essa divindade mas não tinha problema nenhum se você oferecesse um sacrifício a outra divindade também então é essa essa relação exclusiva e pessoal quem haver um ponto de distinção e o que que a velha não tinha que os outros Deuses tinham tudo que era próprio do politeísmo e a velha não tinha artimanha não tinha Luxúria não tinha engano não tinha sexualidade não tinha vários outros atributos que os seres humanos nas outras culturas projetavam
sobre os deuses as qualidades mais infames dos Deuses era fruto justamente da semelhança entre deuses e humanidade e a VEP teve muito mas muito trabalho para ensinar repetidamente para o povo de Israel que ele não era como um ser humano e ele não era como os outros Deuses Para para pensar em todas as passagens que Deus teve que reafirmar isso eu não sou um homem eu não sou outro Deus o fato de que isso é um lembrete uma correção é tão recorrente nos mostra que o povo ainda pensava como os outros povos sem boa parte
da história narrada do Antigo Testamento o povo pensava com essas categorias que a gente tá tratando da Mesopotâmia do Egito da literatura Gaúcha e que são tão estranhas para gente mas em certa medida é a mentalidade eram as culturas com as quais o povo de Israel estava lidando né bom gente é isso que eu tinha separado para a gente conversar hoje aqui e aí eu vou tentar responder algumas perguntas o nosso tempo está avançado e esse assunto tem tudo para ter perguntas difíceis né então eu não garanto bons resultados vamos ver se a gente consegue
a responder alguma coisa vamos lá será que foi dessa questão ontológica e teogônica que amarga bolo a literatura deles com certeza com certeza existe muita relação entre o nosso Universo de imaginação fantástico hoje com as mitologias seja mitologia grega a mitologia nórdica e boa parte da nossa arte clássica também né você tem você tem compositores famosos como Wagner que foi inspirado pela mitologia nórdica você tem escritores que falam muito de como essas mitologias antigas influenciaram as suas composições mais modernas então amável deve diretamente dessa ideia de que os heróis são seres humanos com super poderes
que na antiguidade é basicamente a definição de um Deus né então assim existe relação entre essas coisas deixa eu ver mais aqui uma boa pergunta o pensamento dos israelitas em relação aos outros Deuses dos outros povos eram também reais mas esse pensamento mudou após o cativeiro babilônico Olha sem Marcos Teve uma grande decisão na forma como o povo lidava com as exigências da Torá lhe dava com as exigências de Javé após o cativeiro porque porque o cativeiro demonstra que a maldição que Israel que a fé deu a Israel caso eles não obedecessem a sua parte
do Contrato ou seja obedecer sem a lei e os mandamentos seria justamente o exílio e o exílio bom a gente poderia passar cinco horas falando da interpretação teológica do exílio mas basicamente é o fato de que Deus em certa medida usa abandonou até as consequências de não querer se relacionar com a velha mas não os abandonou de forma definitiva os oráculos de Condenação mesmo quando antes do exílio para Babilônia mostrava que Deus faria havia um povo cruel e terrível que os derrotaria mais Deus não abandonaria o seu filho então não é possível fazer generalização completa
mas existia uma predominância de idolatria antes do exílio que não pode ser comparada com que acontece com o povo depois do exílio pois ele foi uma mudança drástica da perspectiva de boa parte do Povo da tradição também da manutenção das leis que garantem o cumprimento da Torá outras tradições surgiram a partir do exílio para garantir que o povo cumprisse 613 mandamentos então a gente pode afirmar que o cativeiro mudou um pouco a maneira como o povo de Israel via os deuses das culturas ao seu redor era que tipo de Deus era um desses Deuses vistos
com essas características todas que a gente acabou de colocar Betânia era humano ou figura bom a ideia não é que ele era humano era um Deus com funções grandiosas dessa dessa coordenação cósmica ele tinha várias características humanas como todas as divindades da época mas não era pensado simplesmente como imagem ou como humano era uma entidade própria como a gente colocou no começo da aula os deuses precisavam ser uma entidade própria ter uma função e o nome então No mínimo tinha todas essas características aí Então seria correto afirmar que a Mesopotâmia é origem de todas as
religiões e principalmente do paganismo olha não necessariamente aberto a gente nem tratou tanto das questões cronológicas aqui de saber o que que veio é primeiro Com certeza a gente está tratando da Mesopotâmia da região de onde Abraão veio então vi o haviam várias culturas anteriores a cultura abraâmica mas é dizer que a Mesopotâmia é a origem de todas as religiões com base naquilo que a gente tratou hoje não é possível afirmar agora se isso é verdade por outros dados e outros elementos que a gente não trouxe aqui eu não sei afirmar é sempre uma das
regiões mais antigas que nós estudamos quando se trata das culturas e das religiões isso sim a gente pode associar como sendo um dos berços da civilizações antigas mais importantes mas pontuar que é o mais antigo de fato não não consigo afirmar isso talvez eles estão outros dados que nos permitam tirar essa dúvida perguntaram sobre PDF A gente não tem um PDF disso mas eu indico esse livro que eu mostrei no meio da aula e repito aqui ó o pensamento do antigo Oriente próximo e o antigo testamento do John Walton esse aliás é um excelente estudioso
tem o panorama do Antigo Testamento também pela vida nova existe um livro que eu acho que é a teologia Bíblica do Antigo Testamento pela existe um mundo perdido de Adão e Eva dele pela Thomas Nelson se eu não estiver enganado ou é pela Ultimato não sei agora mas o que tiver desse autor tem um visto que ele é bastante fundamentado nos estudos do Antigo Testamento vamos lá a Betânia eu penso que tudo e qualquer coisa é pela permissão de Deus Estou certa ou errada com certeza a gente tem uma visão diferente de cosmologia do funcionamento
do Cosmos desses povos que é o só basicamente Funciona porque existe um Deus que tá empurrando o sol ou existe um Deus que é a função solar está atuando de uma forma específica a gente não pensa assim enquanto o Cristão a gente acredita que Deus dotou o universo de uma certa regularidade que pode ser explicada por aquilo que a gente chama de leis naturais que na verdade a descrição da regularidade dos fenômenos naturais Mas isso não significa que Deus não sustenta o universo como a gente colocou antes então tudo aquilo que acontece conta com a
permissão de Deus não quer dizer que Deus está causando todas as coisas que tudo é apenas determinação de venda que não existe que não existe autodeterminação e nenhum nível pelos seres humanos não a gente acredita nisso que existe liberdade Mas a gente acredita que também tudo acontece debaixo da soberania de Deus nada escapa o seu propósito pré-história e para os indivíduos e Deus interage com todas essas escolhas individuais com funcionamento do Cosmos mesmo que isso nos pareça inexplicável em vários momentos e Deus nos garante que o próprio via dão o próprio Deus o próprio Senhor
Jesus não pode ser completamente compreendido por nós daí a importância do nome de Deus reservar para si mesmo essa autodeterminação então Deus nos garante que sim ele está no controle de todas as coisas nada foge ao seu domínio mas nós não temos a capacidade de nem determinar todas as coisas e nem explicar entender todas as suas decisões bom quando a libertação dos israelitas da escravidão no Egito cada praga enviada por Deus era uma frontal politeísmo que havia na cultura egípcia Essa é uma das interpretações que tem bastante assim tem bastante base teológica para se defender
de que de fato os elementos que estavam sendo afrontados pelo próprio aveia em relação a disputa que estava tendo com o com o faraó era um elemento dos dotado de valor teológico né então o sol e a Escuridão em último caso os próprios primogênitos a morte do filho de Faraó a morte do representante de Deus na terra que daria o trono que a daria o controle da grande civilização egípcia tinha assim uma implicação teológica e uma implicação de confrontação entre os deuses é muito direta mas é importante perceber que isso não era um capítulo singular
da história do antigo Oriente próximo todas as guerras eram interpretadas assim todas as vezes que os povos dignidade diferentes se enfrentavam a pergunta é o Deus de quem vai fazer ganhar o Deus de quem vai conquistar a Vitória então é importante a gente perceber que sim a história das pragas a história do exílio envolve esse elemento mas isso atravessa várias outras histórias também né vamos lá o Jeová ou ia ver como a gente está localizando aqui o tetragrama podia sair do território e atuar em terras de jurisdição de outros espíritos Bom eu acho que é
importante separar as cosmovisões Aqui de acordo com a visão que admite que ia ver é Deus não existe jurisdição dos outros espíritos Porque existe apenas um único Deus e não consequentemente não existe Deuses concorrentes então ainda que possam existir é o opositor como satanás ou outros espíritos que também atuem Oposição a Deus esses Espíritos não tem jurisdição definitiva sobre ponto nenhum da criação tudo é propriedade é Deus que tem controle sobre todas as coisas né então é importante a gente diferenciar aquilo que eu estava explicando como a cosmovisão dos povos da mesopotâmia e do aquilo
que era a visão do povo de Israel bom gente a gente tem várias perguntas aqui mas infelizmente eu não vou conseguir me estender muito mais e eu peço que vocês aproveitem algumas dessas perguntas para tentar na próxima aula continuar esse papo se possível conectar com o próximo tópico que a gente vai ter porque nós vamos continuar na nossa aula aqui de introdução antigo testamento passou um pouco da metade agora nós teremos até o final desse mês de março esse curso de introdução antigo e na quarta-feira introdução ao Novo Testamento então muito obrigado para quem acompanha
até o final peço que vocês de fato continuem sintonizados com o nosso canal que vocês assinem o canal aqui daí bem no YouTube que vocês compartilhem esse conteúdo acredito que pode sim abençoa e ajudar muitas outras pessoas e muito obrigado pela interação né boa parte nada do que eu faço aqui teria sentido se não tivesse vocês aí então valeu mesmo pela atenção de vocês da manhã celebração online da IBGE aqui no canal da YouTube do YouTube e a gente também tem a celebração presencial para quem está aqui em São Paulo a gente mais uma vez
agradece desejo uma boa semana um abraço a todos fiquem com Deus