Neste vídeo vamos falar sobre as miopatias, quais as causas das miopatias, quais os tipos de miopatia e se as miopatias tem cura. Cocê recebe a visita de seu afilhado que a tempos você não via e que ele agora está com sete anos de idade. .
Ao observá-lo você percebe que o mesmo anda com dificuldade, sente cansaço e dores musculares frequentes. Além de estar evoluindo o afinamento dos membros inferiores. Ao conversar com os pais você toma conhecimento que ele costumava cair muito e demorou mais do que o normal para começar andar, por volta dos quatro anos.
O quadro passou a ficar mais evidente e vem piorando progressivamente, praticamente ele não consegue correr, nem subir escadas. Os pais até chegaram a procurar ajuda médica algumas vezes, mas não tiveram diagnóstico. Preocupado com a saúde do seu afilhado você o leva o neuropediatra e após uma minuciosa avaliação e realização de exames você e os pais são informados que ele é portador de uma miopatia chamada distrofia muscular de Duchenne.
Eu sou o doutor Francinaldo Gomes, neurocirurgião especialista em neuromodulação e epilepsia. Se você sofre com esta doença ou se tem em sua família alguém com este quadro, ou mesmo se conhece alguém que tenha assista esse vídeo até o final e aprenda mais sobre as miopatias. O que é miopatia?
A miopatia é uma condição genérica de afecções musculares na qual as fibras do músculo esquelético são acometidas por disfunções de diversas causas. Por apresentar um amplo espectro clínico, para tratar corretamente a pessoa com miopatia, médico precisa coletar informações desde o início da investigação. Essa patologia é classificada em quatro principais tipos sendo que o tratamento e o prognóstico dependem dessa classificação.
A incidência de miopatias é de aproximadamente 5 casos para cada 100 mil pessoas por ano e a prevalência anual pode variar de 15 a 33 casos para cada 100 mil pessoas. Embora um músculo esquelético seja o principal alvo as miopatias inflamatórias são uma doença sistêmica e também podem afetar a pele, os pulmões e as articulações. Quais os tipos de miopatia?
As miopatias são divididas em quatro tipos. Miopatia congênita é uma condição hereditária rara e que geralmente se manifesta no recém-nascido por meio dos sintomas de perda do tônus muscular, perda de reflexos e fraqueza muscular generalizado. Esse tipo de miopatia não tem caráter degenerativo.
A distrofia muscular também é uma miopatia hereditária, mas desenvolve-se de maneira degenerativa, antes de completar 5 anos a criança já apresenta disfunções musculares significativas, o que leva rapidamente a limitação de movimento. As principais formas desse tipo de miopatia são a distrofia muscular de Duchenne e de Becker. A distrofia miotônica é também conhecida como doença de steinert.
Nessa doença o músculo se contrai e permanece rígido por um tempo prolongado no que chamamos de miotonia, é do grupo das miopatias adquiridas sendo transmitida de maneira autossômica dominante. Miopatia inflamatória. Ela tem um caráter autoimune e adquirida ao longo da vida.
As principais manifestações são a dermatomiosite, que é uma inflamação da pele, e a polimiosite, que é uma inflamação generalizada dos músculos, sendo que a primeira pode apresentar lesões cutâneas. Quais são os principais sintomas das miopatias? As miopatias têm como principal sintoma a fraqueza musculares.
A atividade rotineira dos indivíduos são frequentemente limitadas pois os músculos proximais são os primeiros a serem acometidos. É comum as pessoas apresentar dores musculares e diminuição do tônus, assim como sensação constante de cansaço e fadiga. Em estágios mais avançados, o sistema cardiovascular pode sofrer complicações, resultando em um aumento do coração ou dilatação do mesmo Quais são as causas da miopatia?
A miopatia pode ser hereditária, ela se inicia a idade precoce e é de longa duração, ou adquirida que geralmente se manifesta subitamente e a partir de idades mais avançadas. Além disso a doença pode ser causada por outros fatores como infecções, inflamações de funções endócrinas e metabólicas, uso crônico de alguns medicamentos e o etilismo. Em alguns casos, contudo não é possível determinar a causa e a miopatia é classificada como idiopática.
Quais são as formas de diagnóstico da miopatia? As informações coletadas durante a anamnese e o exame físico da pessoa tem papel fundamental no estabelecimento do diagnóstico. Por ser uma condição multifatorial a história clínica deve ser investigada minuciosamente assim o histórico familiar pregressa e o modo de desenvolvimento dos sinais e sintomas contribuem consideravelmente para a determinação do diagnóstico.
Além de analisar esses aspectos, exames complementares também devem ser realizados, dessa forma é possível determinar o tipo de miopatia e definir o melhor tratamento a ser seguido. Exames laboratoriais de dosagem sérica de enzimas musculares com a cpk, aldolase, THL, TGO e TGP podem evidenciar a presença de lesão muscular. Exames histopatológicos feitos através de biópsia muscular, exames neurofisiológicos, como eletroneuromiografia, e exames de imagem, como a ressonância magnética, também podem ajudar no diagnóstico diferencial da miopatia.
Quais são as perspectivas para o tratamento da miopatia? O tratamento da pessoa com miopatia vai depender da causa. Os objetivos desse tratamento no entanto são avaliar os sintomas e diminuir a progressão da doença Os medicamentos à base de corticosteróides são os mais utilizados em pessoas com os diferentes tipos de miopatia.
Eles são capazes de retardar o progresso da doença, diminuir a inflamação e otimizar a movimentação dos membros. Entretanto o uso prolongado desses medicamentos deve ser monitorado, pois eles podem causar efeitos adversos como perda óssea, hipertensão arterial e ganha de peso. Medicamentos imunossupressores e imunobiológicos também podem ser utilizados como terapia medicamentosa.
Considera-se adotar esses tratamentos de forma a evitar ou diminuir as reações adversas causadas pelo uso prolongado de corticosteróides. A fisioterapia é recomendada em todos os tipos de miopatia. Exercícios de alongamento e fortalecimento aumentam a força muscular sem causar danos às fibras do tecido.
As vantagens desse tratamento abrange desde uma maior flexibilidade e diminuição do desenvolvimento de contraturas, até o melhor controle da dor. A fisioterapia respiratória por sua vez pode ser implementada como um tratamento de suporte quando há comprometimento da capacidade vital em alguma fase de desenvolvimento da doença. Massagens.
Esse tipo de tratamento é utilizado como paliativo para amenizar as dores causadas pelas reflexões e inflamação. Ademais as massagens podem auxiliar no relaxamento de músculos excessivamente contraídos, como ocorre em alguns casos de miopatia. Cirurgia.
Para as contraturas, deformidades e escoliose há a possibilidade de tratamentos cirúrgicos que pode ajudar o paciente e sua recuperação. Esses procedimentos são importantes principalmente em pessoas com miopatia congênita na qual a fraqueza muscular e a hipotonia contribuem para a redução da mobilidade das articulações e consequentemente deformidades articulares. Independentemente do tipo de tratamento a abordagem terapêutica deve acontecer o mais cedo possível com o objetivo de proporcionar o melhor ao paciente.
O objetivo principal é a recuperação e a manutenção das fibras musculares, otimizando a amplitude de movimentos e dores crônicas. Tratamento com células-tronco Apesar de entraves políticos e religiosos espera-se que antes do tempo previsto as pesquisas com células-tronco embrionárias mostre como é possível fabricar músculos para substituir aqueles que estão se degenerando nos portadores da distrofia muscular de Duchenne. Como se pode notar o tratamento para miopatia é multidisciplinar, ele depende da investigação detalhada de casos na família e análise de exames físicos e laboratoriais e exames histopatológicos.
A partir desses dados é possível determinar o tipo de miopatia e a melhor conduta clínica a ser adotada. Para concluir. .
. as miopatias são doenças que afetam predominantemente os músculos esqueléticos e que atingem principalmente crianças. Apesar de não haver cura o tratamento multidisciplinar iniciado o mais cedo possível ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Pesquisas com células-tronco têm-se mostrado promissoras. Coloque em prática o que aprenderam neste vídeo. Se o conteúdo deste vídeo foi útil peço que se inscreva no canal e ative o sininho para ver a notificações, repasse esse vídeo para seus amigos e familiares e principalmente compartilhe comigo suas dúvidas e experiência em lidar com a miopatia.
Obrigado e até o nosso próximo vídeo, Tchau!