Meu Nome é Elias e Essa é a Minha História

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Além dos Versículos
Meu Nome é Elias e Essa é a Minha História
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Meu nome é Elias, e essa é a minha história. Desde os primeiros momentos de minha vida, senti o Chamado de Deus pesando sobre mim. Cresci em Tisbe, uma cidade de Gileade, sempre ciente da presença e da soberania do Senhor em meio a um período turbulento em Israel.
Sob o reinado de Acabe, eu me levantei como um profeta do Senhor. Acabe e sua esposa Jezabel haviam conduzido o povo à adoração de Baal, um deus pagão, desafiando a fidelidade ao verdadeiro Deus de Israel. Eu me aproximei de Acabe e, com a autoridade que Deus me concedeu, declarei: “Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel a quem sirvo, que nos próximos anos não haverá orvalho nem chuva, a não ser por minha palavra.
” Foi um desafio audacioso, mas necessário para demonstrar o poder do Senhor diante da idolatria reinante. Após essa proclamação, o Senhor me orientou a me esconder junto ao riacho de Querite, a leste do Jordão. Lá, os corvos me traziam pão e carne pela manhã e à noite, e eu bebia da água do riacho.
Em meio à solidão, encontrei conforto e força na presença constante de Deus. Porém, com o passar do tempo, o riacho secou devido à falta de chuva. Foi então que o Senhor me disse: “Levante-se e vá para Serepta de Sidon e fique lá; eu ordenei a uma viúva daquele lugar para fornecer comida para você.
” Obedeci, partindo para uma terra estrangeira, confiando na providência divina. Ao chegar em Serepta, encontrei a viúva e pedi a ela um pouco de água e um pedaço de pão. Ela, em sua humilde condição, respondeu: “Juro pelo nome do Senhor, seu Deus, que não tenho pão assado, mas apenas um punhado de farinha num jarro e um pouco de azeite numa vasilha.
” Diante desta viúva, sinto o peso da missão que Deus colocou sobre mim. Ela, com tão pouco, enfrenta a adversidade com uma fé que poucos possuem; sua resposta sincera, sem adornos, apenas um punhado de farinha num jarro e um pouco de azeite numa vasilha, é um testemunho de sua realidade crua, mas também de uma confiança implícita. Como posso pedir-lhe o pouco que tem para si e seu filho?
O que significa ser um instrumento de Deus em um mundo repleto de necessidades e desespero? Será que a presença aqui é um fardo para ela ou uma bênção disfarçada? Estas perguntas pesam em meu coração enquanto contemplo o significado mais profundo da providência divina.
Esta mulher, representando tantos outros que lutam silenciosamente em suas dificuldades diárias, me mostra uma face de fé que raramente é vista nos palácios e templos. Sua fé não é proclamada com grandes palavras ou gestos, mas sim em um sussurro de esperança na beira da resignação. Deus me guiou até aqui, até esta humilde casa em Serepta, para um propósito maior do que posso compreender agora.
Em sua simplicidade, esta mulher e seu filho estão prestes a serem testemunhas de um milagre, mas talvez o verdadeiro milagre seja a fé inabalável em meio à adversidade. Deus, em sua sabedoria, escolheu este lugar e esta mulher para mostrar Seu poder e amor, e eu, Elias, sou apenas um mensageiro, um instrumento em suas mãos poderosas. Que esta experiência em Serepta sirva como um lembrete humilde de que, mesmo na maior das necessidades, a provisão de Deus está sempre ao nosso alcance, muitas vezes de maneiras que não esperamos ou entendemos imediatamente.
Disse então à viúva: “Não tenha medo; vá para casa e faça o que disse, mas primeiro faça um pequeno pão com o que tem e traga-o para mim. Depois faça algo para você e seu filho, pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel: o jarro de farinha não se esgotará e a vasilha de azeite não ficará vazia até o dia em que o Senhor enviar chuva sobre a terra. ” E assim foi; a viúva, seu filho e eu nos alimentamos por muitos dias, e, conforme a palavra do Senhor, a farinha e o azeite não se esgotaram.
Durante minha estadia com a viúva, seu filho adoeceu gravemente e veio a falecer. Aflita, ela me confrontou, questionando se minha presença trouxera seu pecado à lembrança, resultando na morte de seu filho. Peguei o menino dos braços dela, levei-o ao quarto onde eu estava hospedado e o coloquei em minha cama.
Clamei ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, também vais trazer desgraça sobre esta viúva que me acolheu, fazendo morrer o filho dela? ” Estendi sobre o menino três vezes e clamei ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, faz voltar à vida deste menino! ” E o Senhor ouviu minha súplica; a vida do menino voltou, e ele reviveu.
Desci com ele do quarto e o entreguei à sua mãe. A viúva então exclamou: “Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, da tua boca, é verdadeira. ” Após esses eventos, o Senhor me disse: “Vá apresentar-se a Acabe, pois enviarei chuva sobre a terra.
” Assim, preparei-me para enfrentar Acabe. No caminho, encontrei Obadias, um devoto seguidor do Senhor que havia escondido 100 profetas do Senhor para protegê-los de Jezabel. Obadias reconheceu e ajoelhou-se diante de mim.
Eu lhe pedi que fosse dizer a Acabe que eu estava ali. Quando Acabe me viu, acusou-me de ser o perturbador de Israel. Respondi firmemente: “Não perturbei Israel, mas tu e a casa de teu pai, quando abandonastes os mandamentos do Senhor e seguistes os Baais.
” Sinto a tensão da verdade contra o poder; suas palavras, "o perturbador de Israel", reverberam em minha mente, acusando-me de ser a causa do tumulto em Israel. No entanto, sei que a verdadeira perturbação vem daqueles que abandonaram os caminhos do Senhor. A ironia de suas palavras não me escapa; ele, um rei que se desviou, vê em mim um profeta de Deus, a fonte de seus problemas.
Não apenas uma acusação, mas uma verdade: “Perturbei Israel, mas tu e a casa. . .
” De teu pai, quando abandonastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins: estas palavras não são minhas, mas do Senhor; elas carregam um peso, uma autoridade que transcende minha própria pessoa. Eu sou um peso da responsabilidade de ser um profeta; não é uma tarefa fácil confrontar um rei, denunciar sua idolatria e corrupção. Há um risco, um perigo inerente, mas a coragem de falar a verdade vem da minha fé inabalável no Deus de Israel.
Acabe com seu poder e influência; poderia facilmente me destruir. No entanto, o poder terreno não me intimida, pois sei que sirvo a um Deus que é maior do que qualquer rei ou reino. Esta confrontação não é apenas entre dois homens, mas entre dois caminhos de vida: o caminho da fidelidade a Deus e o caminho da apostasia e idolatria.
Aqui, diante de Acabe, afirmo não apenas minha fé, mas também a soberania do Deus que sirvo. É um momento de verdade, um confronto entre o sagrado e o profano, entre a vontade de Deus e os desejos dos homens. E, nesta encruzilhada, minha esperança e oração é que Israel escolha retornar ao Senhor, abandonando os falsos deuses que os levaram ao erro e à ruína.
Então, desafiei Acabe a reunir todo o Israel no Monte Carmelo, junto com os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá, que comiam na mesa de Jezabel. No monte, confrontei o povo de Israel: "Até quando vocês vão oscilar entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas se Baal é Deus, sigam-no.
" O povo, contudo, nada respondeu. Propus, então, um desafio: "Eu sou o único dos profetas do Senhor que restou, mas Baal tem 450 profetas. Tragam-nos dois bois; que eles escolham um boi, o cortem em pedaços e o coloquem sobre a lenha, mas não acendam o fogo.
Eu prepararei o outro boi e o colocarei sobre a lenha, mas também não acenderei o fogo. Então vocês clamem pelo nome do seu Deus, e eu clamarei pelo nome do Senhor. O Deus que responder por fogo, esse é Deus.
" Todo o povo concordou com a proposta. Os profetas de Baal escolheram um boi, prepararam-no e clamaram pelo nome de Baal desde a manhã até o meio-dia, mas não houve resposta. Dançavam ao redor do altar que haviam feito, e eu os zombava: "Gritem mais alto; afinal, ele é um Deus.
Talvez esteja meditando, ou ocupado, ou em viagem. Talvez esteja e precise ser acordado. " Eles gritavam cada vez mais alto e se mutilavam com espadas e lanças, conforme o costume, até o sangue jorrar sobre eles, mas não houve resposta, nenhum som, ninguém que respondesse.
Ao chegar minha vez, reconstruí o altar do Senhor que estava em ruínas. Peguei 12 pedras, uma para cada tribo descendente de Jacó, ao qual o Senhor dissera: "Seu nome será Israel. " Com as pedras, construí um altar em nome do Senhor e cavei uma vala ao redor dele.
Arrumei a lenha, cortei o boi em pedaços e o coloquei sobre a lenha. Então disse: "Encham quatro grandes jarros com água e derramem sobre o holocausto e sobre a lenha. " Depois que fizeram isso, ordenei: "Façam isso de novo", e eles o fizeram de novo.
"Façam uma terceira vez", ordenei, e eles o fizeram pela terceira vez. A água correu ao redor do altar e até mesmo encheu a vala. Aqui, no Monte Carmelo, diante do altar em ruínas, sinto a gravidade do momento que se desenrola.
Reconstruir o altar do Senhor, pedra por pedra, é um ato carregado de simbolismo e significado, cada pedra representando uma das tribos de Israel. É um lembrete do pacto quebrado, da unidade perdida, da fé esquecida. Este altar, outrora um lugar de encontro com Deus, agora jaza em pedaços, um reflexo do próprio povo de Israel.
Restaurar este altar é mais do que um ato físico; é um chamado ao arrependimento, um convite à renovação da aliança com Deus. Ao colocar cada pedra, sinto a presença de Deus, sua tristeza pela infidelidade de seu povo, mas também sua esperança incessante em sua redenção. Enquanto arrumo a lenha e preparo o boi para o sacrifício, penso na fé que este ato exige.
Derramar água sobre o altar, uma e outra vez, parece um contrassenso, especialmente em tempos de seca. Mas é uma demonstração poderosa da confiança em Deus, um desafio ao óbvio, uma fé que transcende a lógica humana. Este ato, inundando o altar, não é apenas para mostrar o poder de Deus, mas para eliminar qualquer dúvida sobre o milagre que está prestes a acontecer.
Quero que todos vejam que não há truques, nenhuma manipulação humana, apenas a pura manifestação do poder divino. Sinto uma mistura de expectativa e serenidade; sei que Deus responderá, mas também reconheço a magnitude do que estou pedindo. Estou pedindo um sinal visível do invisível, um testemunho inegável de sua presença e poder neste altar reconstruído com fé e esperança.
Estou fazendo mais do que preparar um sacrifício; estou preparando o palco para um encontro entre Deus e seu povo, um momento de revelação, de restauração, de renovação. É um chamado para que Israel olhe além das circunstâncias imediatas, além dos falsos deuses e promessas vazias, e volte para o único Deus verdadeiro que nunca abandonou seu povo, apesar de suas falhas e desvios. A hora do sacrifício me aproximei e orei: "Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se saiba que tu és Deus em Israel, que eu sou teu servo e que fiz todas estas coisas por tua ordem.
Responde-me, Senhor! Responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fazes voltar o coração deles para ti. " De repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e a terra, e também secou a água que estava na vala.
Quando todo o povo viu isso, prostrou-se e exclamou: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! " Deus, então, ordenei que prendessem os profetas de Baal; e nenhum deles escapou.
Levamo-los para o Vale de Quisom e ali os executei. Em seguida, disse a Acabe: “Vá comer e beber, pois já ouço o barulho de uma forte chuva. ” Subi ao topo do Carmelo, curvei-me até o chão e coloquei meu rosto entre os joelhos.
Disse ao meu servo para olhar em direção ao mar. Ele foi e voltou, dizendo que não via nada. Sete vezes eu o mandei voltar.
Na sétima vez, o servo disse: “Uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem, está subindo do mar. ” Então, disse a Acabe: “Prepare o seu carro e desça para que a chuva não o impeça. ” Enquanto isso, o céu foi escurecendo com nuvens e vento, e uma forte chuva começou a cair.
Acabe partiu para Gisel, e a mão do Senhor veio sobre mim; atando meus lombos, corri à frente de Acabe até a entrada de Gisel. Jezabel, ao saber de tudo o que acontecera, jurou me matar. Assustado, fugi para salvar a minha vida.
Cheguei a Berba, em Judá, e deixei meu servo ali sozinho. Caminhei um dia pelo deserto e me sentei debaixo de um zimbro, desejando a morte: “Já basta, Senhor! ” Orei: “Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus antepassados.
” Então, deitei-me e dormi à sombra deste zimbro. Sinto o peso esmagador da desolação; a ameaça, tão real e iminente, me empurra para um abismo de medo e desespero. A ironia da situação não me escapa: após demonstrar o poder de Deus no Monte Carmelo, encontro-me agora fugindo pela minha vida, abatido e sem esperança.
“Já basta, Senhor! ” clamo em minha oração. Essas palavras são mais do que um pedido; são o desabafo de uma alma cansada, um coração partido pela contínua rejeição e hostilidade.
O desejo de excesso é o culminar do esgotamento, um sinal de minha humanidade vulnerável. Refletindo sobre minha jornada até aqui, questiono o impacto de minhas ações. O milagre no Carmelo, a chuva após anos de seca, o desafio aos profetas de Baal, tudo parece tão distante agora, eclipsado pela sombra da morte que paira sobre mim.
Não sou melhor que meus antepassados; penso: eles também enfrentaram perseguições, sofreram e, eventualmente, encontraram seu fim. Será que meu destino será o mesmo? Deitado aqui, sob este zimbro, sinto uma solidão profunda, uma sensação de abandono.
Onde está Deus agora, neste meu momento de maior necessidade? Será que minha fé foi em vão? As vitórias e milagres do passado parecem tão distantes, quase irreais, diante do medo e da incerteza que agora enfrento.
Este momento de desespero, no entanto, revela também a verdade da condição humana: não importa quão forte, quão dedicado, cada um de nós tem seus limites, seu ponto de ruptura. A fé não nos torna imunes ao medo ou ao cansaço; ela nos oferece, isso sim, um refúgio, uma promessa de presença, mesmo nas sombras mais escuras da vida. Ao me entregar ao sono sob este zimbro, entrego também meu espírito a Deus, na esperança de que, mesmo em meu mais profundo desespero, sua misericórdia e amor ainda possam me alcançar.
Enquanto dormia debaixo do zimbro, um anjo me tocou e disse: “Levante-se e coma. ” Olhei ao redor e, ali perto da minha cabeça, estava um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Comi e bebi e voltei a deitar-me.
O anjo do Senhor voltou pela segunda vez, me tocou e disse: “Levante-se e coma, pois a viagem será muito longa para você. ” Fortalecido pela comida, viajei 40 dias e 40 noites até Horeb, o monte de Deus. Ali, entrei em uma caverna e passei a noite.
A palavra do Senhor veio a mim: “Que fazes aqui, Elias? ” Eu respondi: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos; os israelitas abandonaram a tua aliança, derrubaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora querem tirar minha vida.
” Então, ele me disse: “Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar. ” Um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as rochas passou diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, veio um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto.
Após o terremoto, veio um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo, ouviu-se um suave sussurro. Quando ouvi, cobri o meu rosto com o manto e saí, ficando na entrada da caverna. Então, uma voz me disse: “Que fazes aqui, Elias?
” Eu repeti: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos; os israelitas abandonaram a tua aliança, derrubaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora querem tirar minha vida. ” O Senhor, então, me instruiu a retornar pelo caminho que vim e a ungir Hazael como rei da Síria, Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel, e Eliseu, filho de Safate de Abel-Meol, para suceder-me como profeta.
O Senhor também me assegurou que havia preservado 7. 000 em Israel que não se dobraram a Baal. Enquanto sigo as instruções do Senhor, uma nova sensação de propósito se instala em meu coração.
Este chamado para ungir Hazael, Jeú e Eliseu não é apenas uma série de tarefas a cumprir; é um sinal da contínua obra de Deus na história. A cada passo, cada unção, sinto-me como parte de um plano maior, um desígnio divino que se desdobra através dos séculos. Ungir Hazael como rei da Síria e Jeú como rei de Israel carrega um peso político e espiritual significativo; é uma intervenção direta nos assuntos dos reinos, uma mudança de poder ordenada pelo próprio Deus.
Penso sobre os impactos e as transformações que essas ações trarão, as ondas de mudança que irão emanar por toda a região. É uma responsabilidade imensa e, ao mesmo tempo, um lembrete da soberania de Deus sobre. As nações, o ato de ungir Eliseu como meu sucessor é particularmente pungente.
Vejo neste jovem não apenas o futuro da profecia em Israel, mas também a continuidade da missão que comecei. Eliseu carregará a tocha adiante, falando a verdade ao povo, desafiando a idolatria e lembrando Israel de seu Deus. Em Eliseu, vejo a promessa de Deus se renovando, a chama da fé sendo passada para a próxima geração.
A revelação de que Deus preservou 7000 em Israel que não se dobraram a Baal é uma fonte de grande conforto e encorajamento. No meu momento de maior desespero, senti-me sozinho, como se fosse o último fiel remanescente. Agora vejo que não estou só; há um remanescente, uma comunidade de fé que permaneceu firme, apesar das pressões e tentações.
Esta não é apenas uma notícia reconfortante; é um lembrete da fidelidade de Deus, que, mesmo nos momentos mais sombrios, ele preserva um povo para si. Este novo capítulo da minha jornada, impregnado de unções e promessas, renova minha fé e foco. Entendo agora que, mesmo quando me sinto perdido, Deus está trabalhando, tecendo os fios da história em uma tapeçaria maior do que qualquer um de nós pode ver ou entender.
Minha tarefa, então, é confiar, obedecer e seguir em frente, sabendo que faço parte de algo muito maior do que minha própria história. Segui as instruções do Senhor e parti para encontrar Eliseu, filho de Safate. Encontrei-o arando com 12 juntas de bois, e ele estava com a 12ª.
Ao passar por ele, lancei meu manto sobre ele. Eliseu então deixou os bois e correu até mim. “Deixa-me despedir de meu pai e de minha mãe, e então te seguirei”, disse ele.
Eu respondi: “Vai e volta; lembra-te do que fiz contigo. ” Eliseu despediu-se de sua família, pegou a junta de bois, sacrificou-a, usou os equipamentos de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles comeram. Depois disso, ele se levantou, partiu e passou a seguir-me.
Algum tempo depois, fui confrontado novamente por Acabe. Nabote, um israelita, possuía uma vinha em Jezreel, perto do palácio de Acabe. Acabe queria a vinha para transformá-la em um jardim de hortaliças, pois estava perto de seu palácio.
Ele ofereceu a Nabote um preço melhor ou uma vinha melhor em troca, mas Nabote recusou, dizendo: “O Senhor me livre de te dar a herança de meus antepassados. ” Jezabel, então, tramou para que Nabote fosse falsamente acusado e executado, permitindo a Acabe tomar posse da vinha. O Senhor me enviou a Acabe, e eu o encontrei na vinha de Nabote, dizendo a ele: “Assassinaste e também tomaste posse; profetizei: no lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu próprio sangue.
” Acabe se humilhou diante do Senhor após ouvir minha profecia, rasgando suas roupas, vestindo-se de pano de saco e jejuando. O Senhor, então, me disse: “Viste como Acabe se humilhou diante de mim? Por causa disso, não trarei o desastre durante a sua vida, mas na vida de seu filho.
” Observo Acabe, o rei de Israel, em um estado de humilhação e arrependimento diante do Senhor, e não posso deixar de me sentir perplexo e, de certa forma, comovido. Este é o mesmo Acabe que se entregou à idolatria, que permitiu a Jezabel perseguir os profetas do Senhor, e ainda assim aqui está ele, rasgando suas roupas, vestindo-se de pano de saco e jejuando em sinal de arrependimento. A reação de Deus a este gesto de Acabe é reveladora: ele reconhece a humilhação de Acabe e decide adiar o desastre que havia profetizado.
Isso me faz refletir sobre a natureza da misericórdia divina. Deus, em sua justiça, está sempre pronto para perdoar e adiar a punição quando há um genuíno arrependimento. Isso mostra que, mesmo nas almas mais sombrias, há espaço para redenção, se houver um verdadeiro retorno a Deus.
Ao mesmo tempo, esta situação ilustra a complexidade da justiça divina. O adiamento do desastre para a vida do filho de Acabe, em vez de eliminar completamente a punição, me faz pensar sobre as consequências geracionais do pecado e da injustiça. A maldade de um líder não afeta apenas a ele mesmo, mas pode ter ramificações que se estendem por gerações.
Esta dinâmica entre justiça e misericórdia, entre consequências imediatas e adiadas, é um mistério que muitas vezes me escapa. No entanto, serve como um lembrete de que os caminhos de Deus são mais altos do que os nossos e que seu entendimento vai além do que podemos compreender. A humildade de Acabe, embora tardia, e a resposta de Deus me lembram: nunca é tarde para se arrepender e que Deus sempre está pronto a ouvir e responder a um coração contrito.
Esta lição é um chamado para todos nós, para sempre nos lembrarmos de buscar a Deus com sinceridade, reconhecendo nossos erros e buscando sua misericórdia. Meus dias continuaram a ser marcados por confrontos e mensagens proféticas. Houve um episódio em que Acasias, filho de Acabe, caiu da sacada do palácio em Samaria e ficou gravemente ferido.
Ele enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, o deus de Ecrom, sobre sua recuperação. No entanto, o anjo do Senhor me instruiu a interceptar os mensageiros do rei e a perguntar-lhes: “É porque não há Deus em Israel que vocês vão consultar Baal-Zebube, o deus de Ecrom? ” Portanto, assim diz o Senhor: “Você não sairá da cama onde está deitado; certamente morrerá.
” Os mensageiros retornaram a Acasias, que, ao saber que eu era o responsável pela mensagem, enviou um capitão com 50 homens para me prender. O capitão me encontrou sentado no alto de um monte e disse: “Homem de Deus, o rei diz: desça! ” Mas eu respondi: “Se sou homem de Deus, que desça fogo do céu e consuma você e seus 50 homens.
” E o fogo desceu do céu e os consumiu. Acasias enviou outro capitão com seus 50 homens, e o mesmo aconteceu. Terceiro grupo: o capitão se ajoelhou diante de mim e implorou por sua vida e a vida de seus homens.
O anjo do Senhor me disse para ir com ele; então, eu desci e repeti a Acasias a mesma profecia: que ele morreria em sua cama, e assim aconteceu. Meus últimos dias na Terra se aproximavam. Eu e Eliseu partimos de Gilgal.
Eu disse a Eliseu para ficar, pois o Senhor me enviara a Betel, mas Eliseu respondeu: "Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que não te deixarei. " Então fomos juntos a Betel. Os profetas de Betel vieram a Eliseu e lhe disseram: "Sabes que o Senhor vai levar teu mestre hoje?
" E ele respondeu: "Sim, eu sei; fiquem calados. " De Betel, o Senhor me enviou a Jericó e de Jericó ao Jordão. Em cada lugar, Eliseu insistiu em me acompanhar, e os profetas locais repetiam a mesma mensagem sobre minha iminente partida.
Chegando ao Jordão, cinquenta profetas nos observavam à distância. Peguei meu manto, enrolei-o e bati nas águas; elas se dividiram para um lado e para o outro, e atravessamos em terra seca. Enquanto viajo de Betel a Jericó e de lá ao Jordão, sinto a proximidade de um fim que se aproxima a cada passo, a cada parada.
A presença fiel de Eliseu ao meu lado é um lembrete constante de que minha jornada terrena está chegando ao seu clímax. Os profetas locais, com suas palavras sobre minha iminente partida, adicionam um tom solene a cada encontro. Há uma certa beleza nesta peregrinação final, marcada por despedidas e pela transmissão de um legado.
Observo Eliseu, vejo sua determinação em não me deixar, e sinto um misto de orgulho e tristeza. Ele representa a continuidade do trabalho que comecei, a perpetuação da palavra do Senhor em Israel. Sua lealdade não é apenas para comigo, mas para com a chamada que Deus colocou em sua vida.
Ao chegar ao Jordão, com cinquenta profetas observando à distância, sinto a magnitude do momento. O ato de dividir as águas do Jordão, um milagre que ecoa o poderoso feito de Moisés, é mais do que um sinal de autoridade profética; é uma demonstração física da presença e poder de Deus que acompanha seus servos. Enrolar o manto nas águas é um gesto carregado de simbolismo.
Este manto, que logo passarei para Eliseu, é um símbolo do chamado profético, um manto de responsabilidade, de poder e de serviço a Deus. Ao ver as águas se dividindo, sinto um misto de emoção e serenidade. É um sinal de que Deus está comigo até o fim, confirmando minha missão e preparando o caminho para aqueles que virão depois de mim.
Esta jornada final é um tempo de reflexão e antecipação: reflexão sobre a vida que vivi, os desafios que enfrentei e a fidelidade de Deus em cada etapa; antecipação do que está por vir, não só para mim, mas para Eliseu e para Israel. Atravessar o Jordão em terra seca é um passo final, um fechamento simbólico de um capítulo, mas também o início de algo novo, algo que Deus continuará a fazer muito depois de minha partida. Depois de atravessarmos o Jordão, Eliseu disse-me: "Peça-me o que quiser antes que eu seja levado para longe de você.
" Eu perguntei: "O que você quer? " Eliseu respondeu: "Que me seja concedida uma porção dobrada do teu espírito. " Eu disse: "Você pediu uma coisa difícil; no entanto, se você me ver quando for levado de você, isso lhe será concedido; senão, não acontecerá.
" Enquanto caminhamos juntos, Eliseu e eu, após atravessar o Jordão, suas palavras ressoam em meu coração: "Peça-me o que quiser antes que eu seja levado para longe de você. " Esta é uma pergunta carregada de significado, uma oportunidade para Eliseu expressar o desejo mais profundo de seu coração. Quando Eliseu pede uma porção dobrada do teu espírito, percebo a grandeza de sua ambição e a sinceridade de seu compromisso com o chamado profético.
Ele não busca riquezas, poder ou honra pessoal, mas um profundo compartilhamento do espírito que me moveu em meu ministério. Este pedido revela seu desejo de não apenas continuar, mas de expandir o trabalho que iniciei. "Você pediu uma coisa difícil", eu respondo.
Esta não é uma recusa, mas um reconhecimento da magnitude de seu pedido. A porção dobrada do Espírito não é algo que posso conceder por minha própria vontade ou poder; é um dom de Deus concedido àqueles que Ele escolhe e capacita. A condição que imponho é: se você me ver quando for levado de você, isso lhe será concedido; senão, não acontecerá.
Não é um teste arbitrário, mas uma questão de fé e preparação. Ver-me ser levado é testemunhar um momento de revelação divina, uma experiência que transcende o comum e entra no domínio do sagrado. Neste pedido de Eliseu, vejo não apenas a transmissão de um manto, mas a continuidade de uma missão.
É um momento de transição, onde o antigo e o novo se encontram, onde o legado de um profeta está prestes a ser passado para outro. Este pedido e minha resposta sinalizam uma mudança de era, uma nova fase no plano divino para Israel. Refletindo sobre este momento, sinto uma mistura de emoções: esperança pelo futuro, tristeza pela partida iminente e uma profunda gratidão por ter um sucessor como Eliseu, que carrega uma visão tão grandiosa e um coração tão dedicado ao serviço de Deus.
Enquanto continuávamos andando e conversando, de repente, um carro de fogo com cavalos de fogo apareceu e nos separou. Então fui levado ao céu em um redemoinho. Eliseu viu isso e clamou: "Meu pai, meu pai!
Os carros e os cavaleiros de Israel! " E ele não me viu mais. Eliseu então pegou suas próprias roupas e as rasgou em duas partes.
Ele pegou o meu manto que havia caído de mim, voltou e parou à margem do Jordão. Pegou o manto que havia caído de mim e bateu nas águas. E perguntou: "Onde está o Senhor, o Deus de Elias?
" Quando ele bateu na água, ela se dividiu para um lado e para o outro, e Eliseu atravessou. Os profetas de Jericó, que estavam observando, disseram: "O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. " E foram ao seu encontro e ininaram ao chão diante d'Ele.
Assim, minha jornada terrena chegou ao fim, mas meu legado continuou através de Eliseu e das muitas gerações que se seguiram, lembrando sempre do poder e da fidelidade do Deus de Israel. Meu nome é Elias, e essa é a minha história.
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