Brasil o povo brasileiro é um povo basicamente miscigenado mais de 8 milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados maior país da América do Sul é interessante o nome porque Bandeirantes quinto maior do mundo essa história começa a cerca de 400 anos quando grupos de desbravadores através de entradas e bandeiras tiveram uma coragem e a necessidade de invadir um território desconhecido que pertencia até então a Espanha para isso tiveram que desrespeitar um acordo o Tratado de Tordesilhas quando o Colombo descobriu a América chegou na América como ele havia também passado pela escola de Sagres em Portugal Portugal
reivindicou Parte dessas terras E aí em 1494 o Papa né editou o Tratado de Tordesilhas fazendo com que parte das terras descobertas Colombo pertencer seu Portugal e esse tratado numa linha imaginária né a partir das ilhas das Canárias até mais ou menos em Laguna Santa Catarina Então na verdade era uma faixa Estreita do continente americano que varia parte do das terras de Portugal de nenhuma maneira ficar nessa imposição Inicial e vão cortar largando todo o território nacional chegando praticamente onde hoje é a nossa linha de demarcação e territorial alguns anos após o descobrimento do Brasil
em 1500 o Rei de Portugal Dom João III com medo de invasões estrangeiras sente a necessidade de proteger as novas riquezas da coroa a solução foi criada em 1534 as capitanias hereditárias que eram enormes faixas de terras que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas o rei também designou pessoas de sua confiança para tomar conta dessas terras o chamados donatários dentre as duas e Capitanias somente duas se desenvolvem as capitanias de Pernambuco no Nordeste e São Vicente no sudeste as duas acabam tornando-se concorrentes porém São Vicente a fatores naturais acabava ficando
para trás Pernambuco aquela região do Nordeste não é quando começa a se ocupado logo no começo Já do século finalzinho do século 16 começo do século 17 se volta a produção do açúcar e as fazendas que são abertas ali já começam a se dedicar a produção a construção de engenhos e a produção do açúcar Então como diz um Historiador que é o Frei Vicente Salvador eles ficaram os portugueses especialmente nessa região ficaram como que caranguejos né grudado nas costas do território O que explica o fato de o bandeirismo o bandeirantismo ser um fenômeno Paulista exclusivo
Paulista é uma conjugação de fatores eu tenho uma estreita faixa de terra no litoral para agricultura lá embaixo na planície que não tinha condição de competir com as terras do Nordeste no cultivo da cana-de-açúcar por exemplo estava mais distante de Portugal mais distante de Lisboa o clima é menos propício a cana-de-açúcar do que era do que é o clima do Nordeste Não é além da barreira geográfica representada pela escarpa da Serra do Mar as Vilas aqui em cima ficavam com um obstáculo de difícil transposição até para produtos descerem subirem a serra se você conjugar todos
esses fatores São Paulo não conseguia ou São Vicente irmão mais correto não conseguia ter uma economia de exportação que competir-se com as províncias as capitanias do Nordeste e por não ter Como concorrer com Pernambuco São Vicente empobrece e começa então a busca pelo remédio para sua pobreza o índio ouro prata a necessidade de adentrar ao Sertão então olhar para dentro buscar outro jeito de vida outra fonte de riqueza Foi uma saída que o paulista desde cedo ele teve que ele não tinha razões o paulista não tinha razões para olhar para o mar para olhar para
o litoral com o mesmo Encantamento com a mesma atratividade que o nordestino por exemplo e houve a necessidade de galgar aquela Muralha aquela a serra no mar e com certeza dá atenção aos boatos que chegavam de Minas de ouro talvez Minas de Prata né porque os espanhóis estavam e contando prata né no México no peru né então esses boatos pode ter certeza encontraram um campo fértil e acabaram levando os paulistas a subir a galgar aquela Muralha e ia começar a ocupar primeiros Campos e Piratininga logo em seguida a fundação um pouquinho mesmo antes da fundação
do Colégio dos Jesuítas alguns historiadores dizem o seguinte que ele saíam em busca de um remédio para pobreza tá e o remédio que era o remédio era o índio né que vinha trabalhar que era a força de trabalho de produção o fator que serviu de estimulante para atravessar a Serra do Mar e atravessar a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas foi a união dos reinos de Espanha e Portugal em 1580 com isso o país não teria mais fronteiras não havia herdeiro para a coroa portuguesa e o mais próximo era um sobrinho né então Sebastião que
faleceu sem descendência aí ou quem assumiu então foi o rei da Espanha né mas o que se fala falava era assim que quando a Espanha se mexia o mundo tremia porque todas as colônias portuguesas pertenceram naquele momento a Espanha né então era um domínio espanhol de 1580 a 1640 Então vamos ter um período em que tudo era Espanha então o que que aconteceu com o Tratado de Tordesilhas todo dia que fazia um limite para as terras portuguesas passaram no caso do Brasil passou a ser sem fronteiras né então tudo era Portugal ou tudo era Espanha
então a mobilidade interna pelas terras da América da América do Sul principalmente eram uma coisa mais Sem problemas vamos dizer assim mas fazer esse trajeto adentrar um interior do país não era tão simples Afinal desbravar um ser tão desconhecido requeria não apenas coragem mas também conhecimento qualidade que eles até então não tinham especialistas em desbravar Mares os portugueses passam a utilizar índios e mestiços como guias para as expedições mata dentro e esses negros brasileiros Como eram chamados pelos colonos tiveram um papel fundamental na extensão territorial do nosso país era o que conhecia os caminhos as
técnicas para se andar mais rápido por esses caminhos o que que era perigoso o que que era venenoso o que que era comestível como se fazer um recipiente como se fazer um sexto como se andar mais rápido na mata não é e todas todas esses conhecimentos do indígena foram apropriados pelo branco pelo Paulista e foram utilizados e de uma maneira íntima profunda nós temos o chefe da Bandeira em alguns casos ele era um europeu mas as bandeiras eram basicamente formadas por mestiços por uma Menudos que saindo de São Paulo de Piratininga da Vila de São
Paulo de Piratininga ou de Santana de Parnaíba que desbravam o Brasil saem daqui povoam muitas cidades fundam muitas Vilas é bom até um Nordeste povo bom todo em torno Se você pegar com uma bandeira uma expedição quanto 20% se tanto de brancos e todo o restante era uma menucos eram mestiços ou índios já aculturados ou semia culturados então a grande massa que compunha a bandeira era essa aí era essa massa mestiça mas para convencer os índios a perder a liberdade e ajudar essas expedições nem sempre foi fácil algumas vezes houve muito sangue muita guerra ninguém
aceita a perda da Liberdade tranquilamente isso não existe sempre uma resistência e quando essa Resistência é Menor Ela É por impossibilidade de Resistir ou por eu perceber que a sua força é muito maior que a minha ou às vezes por alguma conveniência eu tenho alguma conveniência eu tenho algum interesse e me submeter a você porque eu vou conseguir de você alguma coisa também a relação dos portugueses nos primeiros colonos com os indígenas não é uma relação uniforme homogênea dependia dos grupos indígenas que O Colono tava entrando em contato nós tivemos episódios de grande violência de
truculência de tribos Claro Acorrentadas trazidas para para as Vilas a força nós tivemos o caso de serem seduzidos com alguns outros interesses com trocas os índios do Brasil todos desconheciam a metodologia então o ferro era uma coisa muito importante derrubar uma árvore de pedra é tarefa de vários dias a partir daí que se tem início as bandeiras Paulistas índios mamelucos e é claro os colonos juntos em busca de riquezas todos eles nas mesmas expedições na maioria das vezes saindo do hoje Estado de São Paulo todos eles tornam-se Bandeirantes é interessante o nome porque Bandeirantes sempre
tem essa pergunta não é na verdade que você diz o mundo era os paulistas os paulistas Paulista agora em termos de bandeira uns diziam que eles se formavam cada um com sua Bandeira né Tem imagens assim eles conduzindo a Bandeirantes começa a ser utilizado mais lá pelo século 19 em referência aqueles homens do século 16 e 17 era vida de risco como alimentação precária né então saindo daqui eles levaram levaram uma comida para pouco tempo né que até uma comida que hoje faz parte da nossa tradição né que é uma carne apelada com farinha né
chamada paçoca de carne tinha comer uma carne seca né ela dura um pouquinho mais então eles levavam esse tipo de alimentação e levavam grãos que eles iam plantando pelo caminho né então levava um milho por exemplo E plantava aí na volta ele já tinham alma uma roça de milho para se alimentar né E aí comia O que é bicho silvestres né se alimentavam de mel que eles encontrassem pelo caminho de algumas frutas né quando encontravam o curso da água tomava um banho né era uma vida realmente muito difícil eu andava um quilômetros de quilômetros todos
os dias né então a longevidade dessas pessoas Era bastante pequena né E aí encontravam com índios encontravam com feras muitos morriam na estrada né muitos morreram no caminho não chegava ao seu destino adoecia eu tinha que voltar esse fenômeno era muito comum que se você fizer a lista de inconvenientes e de riscos disso daí você tem um índio o índio sabia se defender Sim e flechava se é uma verdade que o índio tinha todo o direito ele tinha todo o direito de se defender tava defendendo a terra dele a coçado e sofreu atrocidades terríveis mas
ele matou muita gente não é isso era um perigo você tinha animais peçonhentos cobras o incômodo dos insetos as quedas os ferimentos que poderiam acontecer Gangrena amputações febres febres tropicais e outras coisas do gênero desentendimentos e brigas dentro da própria bandeira que também e tudo isso aconteceu pais morreu no sertão o caçador das Esmeraldas morreu delirando no sertão o seu corpo só chegou a São Paulo muito tempo depois morreu no sertão antes de morrer no sertão ele enfrentou uma desersão do filho filho adotivo dele e que ele queria continuar e boa parte da Bandeira não
queria mais e como ele não cedia houve um motinho uma tentativa de matá-lo envenenado ele descobre isso Descobre isso E aí em piedoso enforca o filho no acampamento mas essa realidade do século 17 e 18 não condiz com a imagem que hoje temos dos Bandeirantes no Museu do Ipiranga por exemplo as estátuas de mármore de Fernando Dias Pais e Raposo Tavares trazem impressão de nobreza bem vestidos com botas e coletes eles aparecem como verdadeiros heróis esse conceito foi criado por Afonso toner conhecido também como o historiador das Bandeiras Paulistas criou inclusive um mapa onde mostra
até onde os bandeirantes teriamido reparem que alguns aparecem no peru Uruguai sempre saindo do Estado de São Paulo que na época tinha outras dimensões grande pesquisador tonéia foi diretor do Museu Paulista entre 1917 e 1934 e há quem diga que São Paulo tinha imenso e interesse em enaltecer o bandeirismo essas duas esculturas de tamanho um tamanho gigante de certa forma materialismo no mármore aquela visão do Bandeirante quanto gente de grande porte de Heróis de certa forma oficial instrumentalizar a história né Porque no momento em que está que se constrói a figura do Bandeirante como heróis
né era um momento em que estava se reafirmando a importância de São Paulo Especialmente na década de 20 quando já um pouco antes mas na década de 20 quando o país se preparava para comemorar o primeiro Centenário da Independência houve ocorreu um movimento não é não nas dentro das elites no poder e que acaba envolvendo Muitos historiadores de enaltecer a figura do paulista de do paulista como herói como como portador de um espírito de independência tanto assim que todo Museu Paulista é preparado pelo pelo Historiador Afonso de Tomé que eu dirigia nesse período o museu
do Ipiranga é preparado para comemorar o estado de São Paulo os paulistas tem um tratamento muito especial então não tenha dúvida que esse recrudescimento né da valorização do Bandeirante nesse momento atender esses de mostrar a força de São Paulo e daquele lema da Bandeira Paulista não dou cor duplo Isto é não sou conduzido eu conduzo tem esse viés a gente tem uma visão do Bandeirante pela aqueles quadros que a gente vê Raposo Tavares né Fernão Dias né que depois todos viraram o nome de estrada né até por essa questão da coisa os iniciantes aqui esses
que viviam mais em certo momento eles viviam mais próximos dos índios do que dos próprios portugueses né você pensar em subir uma serra uma roupa pesada né não tem condições depois de certo tempo até pelas caminhadas pela questão das cobras pela questão eles começam a questão das Botas no segundo momento principalmente aquelas que eram financiadas pela coroa né mas assim essa vestimenta vai ficar depois aquela tradição que a gente conhece do Chapéu de oba larga né da questão do do próprio jaleco de couro as botas altas e a visão que nós temos é do Bandeirante
as descrições de documentos coitânicos aí documentos produzidos na época descreve como homens com roupa simples muitas vezes andando descalço né não é e como eu disse se adaptando a elementos da cultura indígena como é que andava o indígena percorrendo imensos imensas trilhas né e sobrevivendo aos rigores das matas do Sertão naquele momento Apesar da grande maioria dos historiadores se vestiam de forma simples dificilmente será possível afirmar exatamente como era a vestimenta da época mas o que eles podem comprovar sem dúvidas é arquitetura das casas bandeiristas já que aproximadamente duas dúzias continuam conservadas no Estado de
São Paulo esta é a chácara do Rosário município de Itu cerca de 100 Km da capital paulista o proprietário João Pacheco trabalha hoje com turismo Rural a chácara pertence a família dele desde 1754 quando foi construída por trás dessas paredes pode se contar a história do Brasil teve um pessoal que foi Bandeirante teve o pessoal que produziu açúcar teve o pessoal que produziu o café teve o pessoal que participou da industrialização aqui da região com fábricas de tecido que dou muito com isso meu pai lhe dou muito com cerâmica que também foi um outro ciclo
econômico que foi da década de 1940 50 até a década de 1990 e a gente está num ciclo agora que a gente quer esse desenvolve que é o ciclo do Turismo as pessoas vêm para cá ver a história de todos nós né aqui dá para ver a história tanto do português quanto do índio quanto do negro do Imigrante a história de todos nós tá dentro dessas dessas casas aqui desse dessas propriedades antigas que foram conservando documentos foram conservando mobiliário foram conservando utensílios ela é retangular paredes altas uma porta Central Um grande Terraço na frente janelas
grandes sempre com a chamadas conversadeiras onde ficavam serradas as mulheres da casa em um momento de repouso Capela em um dos lados para que fossem rezadas as missas um quarto do outro lado sem acesso a grande casa como um quarto de hóspedes muitas vezes utilizado pelos padres as paredes eram bem diferentes das que temos hoje em dia faz grossos bem forte para aguentar a estrutura desse telhado que é um telhado pesado e paredes divisórias eram feitas de pau a pique que eram mais fininhas a madeira e aí Barro trança Cipó e barra jogado dos dois
lados e a outra mais grossa sem nada dentro né só o barro tá é de pilão Então isso é a característica principal da casa bandeirista eram esses cômodos e o fato de ser feito de barco eles estudavam Qual era melhor posição para construir casas então eles faziam geralmente da metade do Morro para não pegar muita vento que é o alto do morro pega muito vento a parte de baixo do Morro tem muita o ar frio se acumula então é muita friagem e aqui essa casa ela é voltada de uma maneira que o sol no inverno
Ele nasce bem na frente daquela porta então a ilumina até aqui dentro esquenta a casa e no verão o sol nasce naturalmente mas para esse lado então não esquenta tanto a casa e também essas portas e janelas são bem grandes para que penetrasse bastante luz então eles estudavam como fazer próximo sempre é da água né a água você tinha um funcionava para mover uns engenhos facilitava a vida das pessoas então eles eles estudavam hoje você é obrigado a fazer a casa no dedo da rua ali não tem muito como mexer como eles tinham áreas imensas
para resolver o onde era melhor desinstalar a casa Ele eles sempre procuravam lugares com essa característica Pacheco não é apenas um herdeiro da casa construída em 1754 conhecedor da história da própria família ele afirma é descendente dos Desbravadores que ajudaram a fazer o Brasil maior o primeiro Pacheco que veio aqui para o Brasil foi o Manuel Pacheco que veio lá dos Açores como muitos portugueses na época vinda a ilha dos Açores para essa colônia que era o Brasil coisa de 1600 e alguma coisa que ele veio para cá eu sei começo de 1610 1620 não
sei muito bem ele era casado com a Beatriz Borba Gato que era a tia do Manuel Pacheco o gato e todos viraram Bandeirantes eles ficaram explorando esse brasilzão eles veio em busca de das riquezas do Brasil outro modelo de casa bandeirista fica em Santana de Parnaíba aproximadamente a 40 km de São Paulo onde hoje é um Museu Histórico pedagógico casa do Anhanguera que tem esse nome em homenagem às Três Gerações do Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Diferentemente da Chácara Rosário essa é uma casa Urbana Então você tem aqui na casa a taipa de pilão você
tem um pau a pique né E você tem essa estrutura que ele deu o nome de conversadeira que fica abaixo da janela né são dois bancos um de cada lado sobre a janela e isso possibilitou a luz saia dizer que essa casa é uma casa bandeirista e possibilitou também que ele fosse mais longe possibilitou ele dizer que era uma casa bandeirista Urbana né porque faltava nela uma parte fronteiriça né um Alpendre ladeado por um quarto de hóspedes e por uma capela que ele já tinha visto em outras casas no mesmo período A grande diferença é
essa da casa Urbana para casa rural é a falta dessa parte Fronteira Bartolomeu Bueno da Silva velho pelos próprios índios o motivo uma malandragem do Bandeirante consta que estando lá pelos lados de Goiás encontrando alguns índios que tinham pepitas de ouro para esquerda de ouro e objetos de ouro eles queriam saber a localização daquelas jazidas e como os índios não contavam ele teria ele ou outro né Teria colocado aguardente cachaça numa Travessa e com gestos assustadores com gestos rituais como se ele fosse um grande Feiticeiro até o fogo naquilo lá dizendo para os índios que
aquilo era água e que se não fosse revelado ele faria a mesma coisa como as águas dos rios todos eles morreriam de ser e os índios apavorados teriam contado gritando Anhangá anhangar o era em Angra o era que é diabo feio diabo velho diabo espírito Demoníaco diabo velho diabo feio e outros dizem que na verdade esse apelido um Bandeirante já tinha porque tinha um olho vazado e era realmente feio demais quer dizer não precisou fazer feitiço para o índio perceber que o homem era muito feio Santana de Parnaíba é a primeira cidade a ser fundada
após São Paulo em 1580 era a cidade que ficava mais próxima ao sertão ou seja depois de Santana de Parnaíba não existia mais civilização só se via mato animais índios além de algumas riquezas Quem fundou a cidade uma mulher Suzana dias Suzana dias é uma mulher que nasce em São Paulo que é fruto assim símbolo né dessa condição uma menuca né pai português mãe já não se sabe se ela era neta ou bisneta de um grande Cacique em São Paulo Tibiriçá se casou com o português era muito mais velho tinha praticamente idade para ser pai
ele morre logo e ela passa a administrar essas terras recebidas pelo marido essa Grande Fazenda ela faz doações de terra ela trai muita gente homens bons né da vida de São Paulo para cá que são homens que já tinham proprietários de escravos proprietários de terra que tinham participação na vida política ela atrai essas pessoas para cá eu acho que é mais uma mulher do seu tempo ela tinha que ser uma mulher forte Ela tinha que administrar A Fazenda ela tinha que cuidar dos filhos até uma determina porque os filhos passando dos 10 12 anos ele
já acompanhavam também os pais né Então as mulheres administravam um grande empreendimento né Elas eram responsáveis por por cuidar da casa dos filhos que ficavam da escravaria né então eu acho que que Suzana dias é bem com o símbolo disso né uma mulher religiosa não alfabetizada super devota Santana né Fez muitas doações da igreja construir a primeira Capela eu acho que ela ela foi a mulher que deu para ser na época dela e isso fez em 1580 saírem daqui pessoas que fizeram o Brasil ser muito maior do que era antes o Brasil chegava até a
linha de Tordesilhas como a Espanha ficou Dona das possessões portuguesas então além de Tordesilhas mas existia uma uma bula papal falando que a terra que não é de ninguém o primeiro que chegar é dono né é bula único Sedex Então ela Susana Dias conhecedora disso porque ela tinha relações e de parentesco inclusive com os brancos ela sabia dessa possibilidade Então ela incentivava as pessoas daqui os portugueses irem além da linha de Tordesilhas que tinha desaparecido e por Marcos possessórios para Portugal além da linha de todas as Ilhas né E isso aconteceu sistematicamente a partir dessa
iniciativa dela e resultou do Sul do Brasil Santa Catarina Rio Grande do Sul Paraná Oeste toda Amazônia Mato Grosso Goiás ficar de Portugal quando Portugal foi o reino de Portugal foi reabilitado Então essa cidade foi uma cidade que teve uma intenção política visionária muito lógica muito lúcida e que resultou no que hoje é Brasil que seria um terço do que é se não tivesse tido nessa época crítica política essa iniciativa das suas anadias Suzana dias além de ter sido responsável pela fundação da cidade foi importante na história do país também por outros motivos tem tem
importância porque ela foi mãe de uma série de Bandeirantes povoadores digamos assim né A Suzana dias é descendente ela de vídeos não é ela descendente de Tibiriçá e que se casou com o João Ramalho que fundou Santo André ela se casa com o português né com Manuel Ramos e dá e tem uma filhos e seus filhos se casam com outras mulheres povoadoras né dando origem a uma grande uma grande família de povoadores então o fundador de Sorocaba Baltazar Fernandes era filho de José Dias o fundador de Itu O que é outro Fernandes Domingos Fernandes também
filho de Suzana dias então Suzana dias pode ser vista como uma grande matriarca né e uma mãe de mãe de fundadora pode-se dizer assim de uma família de fundadores de Bandeirantes que acabaram ocupando toda esta região é uma cidade que é desses últimos séculos ela se expandiu em importância porque ela iniciou uma uma política que resultou no que hoje é Brasil tanto em tamanho como em Progresso e esse essa locomotiva brasileira que é São Paulo né tem o pezinho em Parnaíba o início é Parnaíba e é um início planejado né por uma mulher Suzana Dias
neta de Tibiriçá Santana de Parnaíba era o ponto de partida a chamada boca do Sertão mas para que as bandeiras saíssem em busca de riquezas faltava uma coisa Patrocínio O que facilitou foi a descoberta de uma mina de metais preciosos entre eles o ouro no morro do ivoturuna no lado que pertence hoje a cidade de Araçariguama a fazenda do Padre Guilherme Pompeu de Almeida mas conhecido como o banqueiro dos Sertões a maioria das pessoas que estavam na Vila nesse período porque 1625 Santana de Parnaíba já era Vila viviam dessas expedições tá quando ele não tinha
condição de Patrocinar quando ele não tinha condição de montar de armar uma expedição como ele chamava eles arrumavam patrocinadores externos como nós temos aqui o Padre Guilherme Pompeu de Almeida Filho do Capitão Guilherme Pompeu de Almeida que veio parar em Santana de Parnaíba se instalou no futurona né Esse padre sai de Santana de Parnaíba vai para Bahia estuda volta mas ele não exerce assim o sacerdócio o tempo integral né ele fica conhecido como um banqueiro das Bandeiras porque ele conseguiu através da extração de ferro no futuro una ele conseguiu juntar um dinheiro né que era
utilizado para Patrocinar essas Bandeiras ele sem sair para o Sertão ele ele ficava com 50% de tudo que era o que era conseguido nessas expedições ele era o grande financiador Talvez o maior da economia do Sertão existia toda uma economia que grave em torno de andar pelo Sertão trazer e levar coisa comerciar com os espanhóis que eram vizinhos portugueses foi a sede da Fazenda dele aqui e ele tornou-se também um grande financiador de materiais de equipamentos para esses bandeirantes que iam os Sertões a dentro aqui ele fornecia ferramentas cela arreios né e na volta pessoal
pagava ele com Ouro ou Prata a mina existe Até hoje ainda dá para ver o brilho de alguns metais obviamente esses já não valem tanto algumas pepitas ainda são encontradas mas não há mais ninguém que estrai a metais acredita-se que a cada Tonelada retirada de Barro apenas de ouro outro personagem fundamental para a expansão territorial do Brasil foi o Rio Tietê apesar de nascer em Salesópolis cidade relativamente próxima ao litoral paulista o rio não corre para o mar mas para o interior o Tietê servia de fonte natural de sobrevivência além de servir muitas vezes como
ponto de referência na época século 16 16 17 e mesmo 18 era um rio que apresentava numerosos peixes né para você pescar e consumir o peixe e fora isso tem as aves né é muito comum saber do Tietê dizem os escritores que era do tamanho de uma perícia Então essas aves também eram para consumo e isso fazia com que a população também se abastecesse de carne e peixe que os primeiros povoadores chegaram a esta região de Itu Jundiaí Campinas margeando o Rio Tietê Eles foram chegando a as outras que levavam até Oeste e o Rio
Tietê o principal caminho é a rota natural que favorece a penetração do interior e ampliação do território permitindo construiu atual território do Brasil foi através dos 1.150 km do Rio Tietê que os bandeirantes o seguiram de Santana de Parnaíba passaram por Araçariguama mas adiante o rio os levou até a atual Bom Jesus de Pirapora Mas a frente Cabreúva e Jundiaí que na época era uma vila de descanso em determinadas épocas determinadas vidas que eu sendo criadas fundadas mais distantes de São Paulo recebiam o nome de boca do Sertão então no sentido obrigatório de quem se
adentrava além do daquele limite estaria necessariamente tendo uma pousada uma paradinha antes de prosseguir para a mais adiante para o Sertão né Então aí é o surgimento de Jundiaí e de Jundiaí também as pessoas que iam até lá pousavam também conseguir um pouquinho de mantimentos e às vezes animais para conseguir ir um pouquinho mais adiante e assim foi se foram se estabelecendo e fundando as pequenas Vilas né primeiro um povo ladinho primeiro pouso depois repouso se transformavam no povoado o povoado depois em Freguesia aí a elevação a Vila E com o tempo a cidade depois
município ainda pelo rio Tietê em 1610 O Bandeirante Domingos Fernandes Um dos filhos de Suzana Dias Funda a vila de Itu a cidade se desenvolve principalmente pela localidade e tu por exemplo foi um centro interessante de movimentação de Bandeirantes porque porque era como se fosse um ponto de encontro de rotas indígenas caminhos fluviais E essas características geográficas fizeram com que muitos movimentos bandeiristas acabassem passando por aqui e a própria origem da cidade no comecinho do século 17 se deve alguns desses Bandeirantes né que cansados da movimentação pelo Sertão resolveram Abrir fazendas aqui e dá início
a essa povoação que é hoje a cidade de salto não é fundada na época dos Bandeirantes não existia sequer Vila por lá mas a cidade traz uma importância histórica a cachoeira ela é um Marco na conquista do Sertão Paulista porque desde muito cedo ela era um referencial geográfico essa cachoeira que os índios chamavam de utu Guaçu né Salto Grande ela deu nome às duas cidades ela dá nome a Itu tá do lado de lá em Tupi e dá nome é salto em português então e tu e saltos são a mesma palavra o Tupi em português
quer dizer isso daqui sempre foi caminho desperdições desde as primeiras expedições foi o caminho de Bandeirantes foi o caminho de jesuítas foi o caminho de espanhóis e de português e a cachoeira Salto sempre foi um Marco nesse sentido para algumas pessoas Esse lugar é sagrado Padre Anchieta no século 16 teria promovido um milagre quando a embarcação que ele estava virou Anchieta naufragou passou por aqui na década se eu não estou enganado é na década de 1570 das primeiras expedições e a um trecho do Tietê abaixo de Porto Feliz que se chama a varamanduava e a
lenda a tradição inclusive tá narrada aqui no museu do Tietê com desenhos Ali era de que a canoa que é o padre teria virado num determinado trecho e várias pessoas indo ao fundo do Rio e todos voltaram né Depois menos o padre que não vinha então um índio um índio de nome Araguaçu mergulhou para tentar salvar o padre e teria encontrado o Padre José de Anchieta é sentado numa pedra lá no fundo do Rio lendo o seu livro de orações o seubreviário não é e daí trouxe para cima e por conta disso esse lugar ficou
com o nome Abaré Abaré pai o padre língua tupi mandava lugar em que o padre foi ao fundo o lugar em que o padre afundou Porto Feliz o nome não é dado à toa é a partir dali do porto natural do município que o rio Tietê torna-se totalmente navegável a cidade de Porto Feliz tem extrema importância para o crescimento inclusive econômico do país já que ele também que começa o período pós-bandeirismo a era das monções e um grupo de teatro da cidade resolveu nos contar essa história de outra forma Ô mãe tem uns par de
Barca na margem do rio lá no porto estou cheia de praia parece até que alguém vai viajar só pode ser dos homens que sua irmã viu lá na capela e deve de estar indo viajar mesmo ainda sobraram uns homens com coragem para se enfiar nessa mata dentro da onde é que eles vão mãe que só vou ir meu avô é filho seu avô meu pai pai dizia que viajou até na mansão de Dom Rodrigo a maior que já partiu desse Porto tinha gente que não acabava mais batelão então mais de 300 foi por causa disso
seu avô pediu para te por esse nome Rodrigo em homenagem ao capitão mas não é tudo isso que tá no corpo não mãe Essa época boa da mansão já passou filha só sobrar uns úteis uma Aventureiro E por que Aventureiro mãe dizia que essa viagem era mesmo uma aventura remava o dia inteiro sem parar de noite aportava na beira do rio no meio da Mata abriu uma cadeira esticava as redes e ficaram só esperando pelo Espírito cobra animar peçonhento os mosquitos que não parava de picar e o pior de tudo os índios índio mãe tinha
índio mesmo para defender suas terras eles matavam os brancos sem dó pai dizia que tinha índio que perseguia a mansão pela água do rio e que não havia jeito de fugiris de tão depressa que os danado remava e mesmo assim esses Aventureiros vão seguir viagem mãe eles não têm medo não enlouquece os homens matou até seu avô Mas se a gente for depressa ainda dá tempo de ver os homens embarcando lá no porto Vamos mano quero só ver a coragem desses infeliz e vocês não querem junto também vamos o Rio Tietê Tem tantas histórias foi
através dele que o Brasil cresceu mas hoje infelizmente na maior parte do seu percurso podemos só olhar o Rio está com um alto grau de poluição e o pior grande parte dela vem do lixo doméstico ai pare nessa imagem no município de Bom Jesus de Pirapora o lixo doméstico é jogado cai e vai embora pela correnteza Será que se a população conhecesse um pouco mais da sua própria história a geria dessa forma Há momentos em que a gente fica indignado com isso e Há momentos em que entende de uma maneira mais Serena então o primeiro
impulso que a gente tem é falar que isso é um reflexo do atraso da profunda ignorância do brasileiro com relação a sua história aos seus valores tem que pegar as crianças tem que pegar os jovens e tem que pegar os adultos e mostrar para eles o papel que o Tietê cumpriu na história você pega um garoto Paulistano da grande São Paulo por exemplo na cabeça dele quando você fala em Tietê vem um esgoto a céu aberto se o menino nunca saiu de lá ele não sabe disso aqui ele não sabe da história riquíssima dessas cidades
desses rios ele não sabe que lá para baixo se navega no Tietê se pesca no Tietê ele não entende nada e se o povo não compreendeu que o serviço que o Tietê prestou o país e presta ele não tem amor tem uma sugestão que eu dou assim você pega o brasão o que tá escrito no brasão da cidade de Tietê Rio Abaixo aí né e que eu acho que todo Paulista deveria entender isso daí até escrito assim flumem meu glória aí tá meu rio é um caminho de Glória se uma pessoa decente entender isso ela
não vai aceitar de braços cruzados que a gente conviva com a situação do Tietê na grande São Paulo eu creio que deveria existir um movimento maior por parte do sistema educacional nos meios de comunicação e por movimentos sociais de ressaltar a importância não só histórica do do do do rio não é mas também a sua importância é como um elemento da natureza né até países como a Bolívia por exemplo um país pequeno você vê esse sentimento de pertencimento esse orgulho da história do país não é o brasileiro tem uma tem uma uma um comportamento diante
de sua história e que vem sendo isso vem sendo reforçado por alguns filmes por alguns programas humoristas tenham tem um sentimento Assim de distância ou quando vê seus personagens tem atos de coragem de enfrentamento dos rigores da natureza dos acidentes dos rios dos perigos das marcas doenças para chegar a um objetivo implantar o núcleo de povoamento que é que nos causam espanto e admiração mas não existe nenhum filme nada que se compare por exemplo aos filmes sobre a conquista do Oeste Brasileiro né Você é brasileira é uma nação que se você soma o nosso caldo
de Cultura as nossas manifestações artísticas e as qualidades do nosso povo apesar do caminho que ele ainda tem que percorrer Eu assino embaixo daquilo que Darcy Ribeiro antropólogo falava de boca cheia nós estamos na mais Luminosa província da Terra e no mais extraordinário o país do mundo falta uma parte dos brasileiros se darem conta disso Bandeirantes heróis bandidos Desbravadores Sobreviventes o fato é que se hoje vivemos em um país gigantesco devemos muito a esses homens que construíram o nosso território vai fazer um juízo de valor né em olhar para o passado com os olhos de
hoje né Eu acho que é isso que a gente não deve fazer eu acho que foi a Sam bandeirista foi terrível eles Mataram um índios eles escravizaram índios mas eu acho que ação do Jesuítas ainda foi menos ruim que a ação dos Bandeirantes ainda foi menos ruim que a ação dos Jesuítas você percebe que na relação com os bandeirantes alguma coisa da cultura indígena sobrevive né porque houve a exploração né houve muita morte mas houve também é o casamento né a união entre índio e branco e dessa união vem uma meduco que traz a tradição
dos dois lados pelos com os valores da época né É difícil pesar né os excessos e os lucros que que se produziram a partir da ação do bandeirismo mas eu eu não dá para ver nem como heróis nem como bandidos né tem que vê-los que seria anacrônico e usar juízo de valor de hoje para analisar as ações daquele período né mas foram homens de seu tempo né agindo de acordo com os valores de sua época e que entraram né no sertão plantaram cidades e contribuíram para que o país tivesse os contornos que tem hoje a
grandeza que tem hoje o que ficou gravado para nós que somos essa geração que houve certa forma um ganho de extensão territorial descoberta de coisas diferentes é uma uma outra um outro caminhar para uma determinada nação que no fundo depois ao longo dos anos consolidou mais um pouco mais o espírito né de uma certa pertença à terra não a outra Alemar né e tornou possível uma certa distanciamento desligamento mas isso depende muito da educação e outras coisas mas não dá para esquecer realmente E com isso fez com que outras etnias outros grupos fossem dizimados arrasados
né Não dá não dá para esquecer isso é nome de algo que era aventura era a busca de poder era por a ganância é por um orgulho próprio ou para dizer olha eu consegui isso porque Eu arrasei eu a missão de sei lá no Rio Grande do Sul porque aquela Aldeia eu queimei ia ter fogo e as mulheres eu peguei as mulheres não sei né são coisas que hoje vendo a gente fala mais como Mas por outro lado que a gente assiste hoje em dia também no mundo de hoje também né é triste né ele
já foi tratado como herói né romantizado não é o caso depois uma outra corrente da historiografia foi para o outro excesso e as nossas crianças até hoje são vítimas desse excesso ridículo de alguns historiadores de esquerda O Bandeirante foi um bandido também não foi um bandido ele foi um homem do seu tempo atendendo as exigências do seu tempo aos desafios do seu tempo é os interesses do seu tempo julgar aquela gente e aquela época como uma tábua de valores uma tábua Moral de hoje é hipocrisia e a infantilidade Eles foram uma sociedade forjada naquelas condições
duras e agindo debaixo daquela circunstâncias