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Muito bom dia, meus caros! Sejam bem-vindos à meditação do dia de hoje. Peçamos a Deus a Sua bênção sobre nós.

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Que o Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal.

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros.

No dia de hoje, então, seguiremos com as nossas meditações a partir dos textos de Santa Teresa. Estamos iniciando o capítulo terceiro do livro "Caminho de Perfeição" de Santa Teresa, e no capítulo terceiro, Santa Teresa começa assim: prossegue no que começou a falar e procura convencer as irmãs a se ocupar sempre de suplicar a Deus para que favoreça os que trabalham pela igreja. Termina com uma exclamação, né?

Essa aqui é o resumo do capítulo. Os capítulos, para quem estiver com os livros em mãos, são divididos em uma numeração, né? Então, eles sempre têm um número de parágrafos.

Este capítulo terceiro é composto de 10 grandes parágrafos. Nós vamos ler uma parte hoje e outra parte nós meditamos amanhã. Diz Santa Teresa, voltando ao principal motivo.

O principal motivo aqui que ela menciona é a questão dos protestantes. A chegada dos protestantes na França foi algo que a comoveu de tal forma que foi um chamado de Deus para a vida dela, é quando ela sente esse chamado para reformar o carisma. Então, isso é interessante, né?

Olhando o mal que se abatia sobre a Igreja, ela resolve fazer algo pela Igreja, usando a mais eficaz de todas as armas: a santidade. Então, ela começa dizendo, voltando ao principal motivo pelo qual o Senhor nos reuniu nesta casa, o que me faz desejar muito que tenhamos algum valor para contentar a Sua Majestade. Sua Majestade é Cristo.

Digo que, vendo tão grandes males e compreendendo que as forças humanas não são capazes de conter o fogo atiçado por esses hereges, embora se tenha pretendido reunir pessoas para que se pudesse, com a força das armas, corrigir tão grande mal que se vai alastrando, julguei necessário agir da mesma maneira como se faz em tempo de guerra, quando o inimigo invade uma região. Vendo-se perseguido, o senhor da terra invadida recolhe-se a uma cidade que fortifica muito bem e, a partir dali, sai para atacar os adversários. As pessoas da cidade são tão especiais que, sozinhas, têm mais poder do que muitos soldados que fossem covardes.

Desse modo, avança-se, muitas vezes alcança-se, muitas vezes, a vitória; e, embora não se ganhe, ao menos não se é vencido. Porque, como não há traidores a não ser pela fome, os da cidade não podem ser derrotados. Em nosso caso, não há fome capaz de nos levar à rendição.

A morrer, sim, mas não a ser vencidas. Mas para que digo isso? Para que compreendais, irmãs minhas, que temos de pedir a Deus que, neste castelinho, onde já temos bons cristãos, nenhum se passe para o lado adversário e que os capitães deste castelo ou cidade, ou seja, os pregadores e teólogos, se tornem notáveis no caminho do Senhor.

E, como a maioria deles pertence a ordens religiosas, peçamos que progridam em sua perfeição e vocação, o que é muito necessário, visto que o que nos há de valer, como tenho dito, é o braço eclesiástico e não o secular, como nenhuma importância temos, nem para um nem para outro, na defesa do nosso Rei. Procuremos ser de tal maneira que as nossas orações possam ajudar esses servos de Deus que, com tanto trabalho, se fortaleceram com o conhecimento e com a vida santa, empenhando-se agora em ajudar a obra do Senhor. Talvez pergunteis por que insisto tanto nisso, dizendo que devemos ajudar os que são melhores que nós.

Explico: porque creio que não entendeis bem o quanto deveis ao Senhor por terdes sido trazidas para um lugar tão longe de negócios, situações perigosas e relações com o mundo. Uma enorme graça! O mesmo não ocorre com aqueles de quem falei, nem é bom que ocorra, muito menos nesta época.

Pois a eles cabe animar os fracos e encorajar os pequenos. O que seria dos soldados sem comandantes? Estes devem viver entre os homens e tratar com eles, estar nos palácios e, algumas vezes, conformar-se exteriormente com o que exigem as pessoas do mundo.

Pensais, filhas minhas, que é preciso pouco para tratar com o mundo e nele viver, para cuidar dos negócios do mundo e adaptar-se, como eu disse, às conversas do mundo, sendo ao mesmo tempo estranho ao mundo e inimigo seu, vivendo nele como exilado e não sendo, enfim, um ser humano, mas um anjo. Porque, se não agirem assim, sequer vão merecer o nome de comandantes, e nem permita o Senhor que saiam de suas celas nessas condições, pois provocarão mais danos do que benefícios. Este não é o momento de se perceberem imperfeições em pessoas que devem ensinar.

Se não estiverem interiormente fortalecidos, é importante ter todas as coisas aos pés, desapegando delas e voltando-se para as coisas eternas. Por mais que queiram encobrir, isso deixará transparecer. Assim é porque eles tratam com.

. . Pessoas do mundo, T certeza, o mundo nada lhes perdoa e nem deixa de perceber qualquer imperfeição sua.

Deas não se dará conta, chegando até a não considerá-las como tais, quanto a faltas ou imperfeições. Sem dúvida, não as deixará passar; isto me causa espanto. Quem mostra ao mundo a perfeição não para que ele a pratique, pois ele não parece sentir nenhuma obrigação de fazê-lo, parecendo-lhe muito respeitar razoavelmente os mandamentos, mas para, chegando a considerar facilidade.

O que é a virtude? Assim, não penseis que é preciso pouco favor de Deus para que eles travem a grande batalha em que estão envolvidos; é enorme a ajuda de que precisa. Então, aqui chegamos ao quarto parágrafo deste capítulo terceiro.

Amanhã concluiremos este capítulo. No início desse capítulo, Santa Teresa coloca aqui uma grande questão: para que serviriam os conventos reformados na antiga regra do Carmelo, que foi a grande obra da vida de Santa Teresa? Essa grande obra serviria para contentar o Coração de Jesus, dilacerado pela reforma protestante, dilacerado pela divisão que se causava, que se produzia, né?

Eh, dentro da igreja. Essa divisão, causada né, por uma interpretação longe da tradição e longe do magistério, querendo ler as escrituras como a única fonte da Revelação Divina, causava muito dano à igreja e uma grande mágoa, né, ao coração dos católicos, que viam essa divisão sem poder fazer muito. Então, Santa Teresa toma uma decisão: como eu posso dar uma resposta aos problemas da igreja do meu tempo?

No tempo, e assim ela pensou. No tempo de Teresa, era a revolução protestante. Então, qual foi a resposta dela?

Santidade! E nós, como podemos tirar fruto desta leitura, no dia de hoje, olhando para os problemas do mundo da igreja hoje em dia? Quantos e quantos católicos apontam os problemas da igreja, católicos muitas vezes falando contra a hierarquia da igreja, contra o Papa, contra os bispos.

Mas qual é a resposta que nós podemos verdadeiramente dar para estes problemas da igreja e do mundo? Identificar o problema, estudar o problema, especular sobre o problema, resolverá o problema? Não, não resolverá.

Então, é preciso uma resposta efetiva. Santa Teresa deu essa resposta efetiva no seu tempo. Como ela o fez?

Através da busca pela santidade. Então, se queremos resolver os problemas do mundo e os problemas da igreja, comecemos buscando a santidade, buscando a perfeição na nossa vida. Nós, como leigos, não podemos alterar os rumos da igreja ou os rumos da política muitas vezes, mas podemos alterar os rumos da nossa própria vida através de uma vida em Deus, através de uma vida decidida.

E aqui Santa Teresa ainda levanta um outro ponto: ela diz às suas filhas espirituais para que rezassem e oferecessem suas orações e sacrifícios pelos sacerdotes que assistiam os mosteiros. Ela dizia: esse pessoal tem que tratar com os mundanos, que na época de Santa Teresa, né, o que era uma pessoa mundana? Eram aqueles que se contentavam em obedecer aos 10 mandamentos.

Hoje, nós estamos numa situação ainda mais terrível. O que são os mundanos? Aqueles que desprezam a Deus e sequer dão valor aos 10 mandamentos.

Esta é a nossa situação. Santa Teresa, ela ensina suas filhas dizendo que, para que a oração delas e as ações delas fossem realmente úteis a Deus, o que elas poderiam fazer? Viver uma vida simples, viver uma vida em obediência às coisas de Deus e que, cumprindo seus deveres e obrigações, pudessem rezar sempre, mas sempre com o coração desapegado.

Essa é a grande chave da santidade. Nós podemos ter bens, não tem problema nenhum; nós podemos buscar determinadas posições, se isso servir, né, para melhorar a nossa vida, a da nossa família, nada disso é problema. O problema é o apego do coração.

E assim existem pessoas que, financeiramente falando, são ricas, mas interiormente são pobres, porque colocam a sua confiança unicamente em Deus. E, do mesmo modo, existem pessoas que, financeiramente, materialmente, são pobres, mas possuem um coração rico, cheio de apego. Então, aprendamos esta lição com Santa Teresa: um coração desapegado, uma vida simples, uma vida em Deus e o constante oferecimento das nossas orações por aqueles que têm missões, que têm chamados diferentes dos nossos, como, por exemplo, sacerdotes, os bispos, o Papa, os governantes das nações.

Nós podemos alterar o rumo das coisas pela santidade de vida e pela oração. Que Nossa Senhora, a mãe de todos os santos, nos ajude nesse propósito. A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos.

Ó Virgem gloriosa e bendita, amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.

Meus caros, daqui a pouquinho vamos todos à Santa Missa. No dia de hoje, além de todos vocês aqui, eu gostaria de recomendar, de um modo especial, as orações de vocês por uma família próxima, né, aqui da minha família, né? Trata-se da família da irmã da minha cunhada, né, casada com meu irmão.

No dia de ontem, eles passaram por uma tragédia, uma fatalidade. Na tarde de ontem, eles têm dois filhos esse casal, e o filho de 1 ano e 11 meses iria completar dois aninhos eh no dia 17 desse mês. A criança, um menino chamado Bento, né, Bento Souza e Silva, esse menino, ele escapou, estava na casa dos avós e escapou ali da mãe, muito esperto, muito ativo, e ele foi para a piscina da propriedade.

Ali dos avós, e a piscina tem um portão, ela é isolada, mas ele conseguiu abrir. No momentinho em que ele escapou, ali a mãe correu atrás; quando a mãe conseguiu alcançá-lo, pegá-lo, ver onde ele estava, ele já estava afogado dentro da piscina. Foi resgatado, foi socorrido, tentaram reanimar a criança por eh mais de 40 minutos, mas ainda.

. . Assim, a criança veio a óbito, né?

Então, era uma criança pequenininha. Nós conhecíamos, né? Meu irmão e minha cunhada são os padrinhos; era filhada deles.

E toda a família está arrasada, né, com a situação. Então, nas orações de vocês, rezem, né, pela alma do Bento. Bento está com Jesus; era batizado e não tinha 2 anos, então não tinha nem pecado pessoal.

Certamente já está na alegria do céu, mas rezem, sobretudo, pelos pais e pelo irmãozinho mais velho dessa criança. Eu recomendo essa intenção a todos vocês, tá bom? O sepultamento vai ser agora às 9 da manhã, né?

Que Deus abençoe essa família, acolha o Bento e também, né, todas as famílias que sofrem, né, com a doença, sobretudo que sofrem com o luto pela perda dos seus filhos. Deus abençoe! Ótimo domingo para todos nós e até a nossa meditação de amanhã, se Deus quiser.