Este aí é o carro a vapor inventado pelo francês Nicolas Joseph Cugnot em 1769, o primeiro carro da história. Está na cara que não daria para ir muito longe com isso aí não acham? Era preciso desenvolver uma máquina que fosse pelo menos igual a uma carruagem, para tentar convencer os relutantes da época a trocar de veículo.
E é aqui que a nossa história começa, a história de uma máquina movida por "forças misteriosas" como diziam na época, a história do carro moderno. Da para dizer que ela começa com a invenção do motor de combustão, porque basicamente, o desenvolvimento de um carro começava com o desenvolvimento de um bom motor, quero dizer, de um motor, bom já é exagero. E como sempre, eram inúmeros inventores trabalhando nisso ao logo dos anos, sendo que a maioria dos projetistas de motores também projetava aplicações para eles, como barcos e carros por exemplo.
Não é minha intenção aqui falar sobre a história do motor de combustão interna, pois isso será feito em outro vídeo, então falarei apenas de alguns momentos importantes até o surgimento do carro moderno. O primeiro deles, foi o motor do Belga Jean Joseph Étienne Lenoir em 1858. Neste ano, ele concluiu o primeiro motor de combustão interna viável até aquele momento.
Era um motor de um cilindro, mas que operava com dupla ação, com ignição por centelha elétrica e movido a gás de carvão. Era muito semelhante a um motor a vapor, a diferença é que no lugar de injetar o vapor dentro do cilindro, ele produzia a combustão interna do combustível, uma vez de cada lado do pistão, daí o nome ser de dupla ação. Ele obteve a patente deste motor em 24 de Janeiro de 1860, e o motor funcionou tão bem que ele continuou com as melhorias.
Em 1863, utilizando um carburador primitivo para queimar petróleo cru no lugar do gás, ele o colocou em uma carruagem de três rodas que ele chamou de Hippomobile. Com ele, Lenoir conseguiu completar uma viagem histórica de 9 quilômetros nos arredores Paris, se deslocando nos mesmos 3 km/h do carro do Cugnot, e consumindo enormes quantidades de combustível. Como podem ver, não era aquele carro que se possa dizer, “nossa!
que carrão”, mas era a primeira viagem de um carro com um motor de combustão interna, um motor barulhento por sinal, e com uma eficiência de 4,6%, ou seja, de cada 100 litros de combustível, 4,6 litros realmente moviam o carro. Outra contribuição importante veio com a Patente francesa 52593 de 16 de janeiro de 1862, para um motor 4 tempos desenvolvido pelo engenheiro Francês Alphonse Beau de Rochas. O motor ficou apenas no projeto teórico, já que ele não apresentou desenhos e não construiu um protótipo.
Mas o impacto que esta patente viria a causar no futuro da indústria automobilística seria gigante, mas já voltamos nisso. Após ler um artigo sobre aquele motor de Lenoir, um alemão chamado Nicolaus August Otto desenvolveu e apresentou em 1876 um outro motor, que possibilitaria o nascimento do carro moderno, era o motor de 4 tempos que ficaria conhecido como "motor de ciclo otto". Este motor, recebeu a patente alemã DRP 532 em 4 de agosto de 1877.
Inicialmente, ele funcionava a gás, mas foi logo aprimorado para funcionar também com combustível líquido como a ligroína, gasolina e álcool. Era um conceito de motor que futuramente ele seria adotado em praticamente todos os automóveis. Resumidamente, os ditos “4 tempos” surgem devido as 4 etapas de funcionamento do motor: a admissão da mistura de combustível e oxigênio, a compressão desta mistura, a explosão e depois à exaustão dos gases.
Adicionar esta etapa de compressão e ainda fazer com que ela fosse realizada por um único arranjo de pistão e cilindro foi a grande sacada de Otto. Isso aumentou a potência e a eficiência do motor e o deixou muito mais silencioso. Só na eficiência, o salto foi dos 4,6% do motor de Lenoir para aproximadamente 15% neste motor de Otto.
Obviamente que este motor fez um sucesso danado, fazendo com que a primeira fábrica de motores do mundo, a N. A. Otto & Cie, fundada por Otto e seu sócio Eugen Langen, vende-se mais de 30.
000 unidades em um intervalo de 10 anos, entre 1876 e 1886. Comparado com o motor a vapor, este motor apresentava inúmeras vantagens. Ele era muito mais leve, era menor, não precisava de reservatório de água para ser aquecido e tão pouco de um monte de carvão, que inclusive queimava rapidamente.
Então ele era muito mais eficiente, também era mais seguro já que não tinha o risco de explosão da caldeira de vapor, e mais prático já que não precisava esperar aquecer a água para começar a funcionar. Enfim, com o sistema 4 tempos do motor Otto, foi possível obter a potência necessária para realmente produzir um carro que pudesse competir com as carruagens da época. Devido as evidentes vantagens, o princípio de quatro tempos foi utilizado no projeto dos dois veículos que viriam a disputar o título de invenção do carro moderno, representado por dois alemães, Karl Benz e Gottlieb Daimler.
Mas espera um pouco, se já havia outros carros anteriormente, como podemos falar neste momento em “invenção do carro moderno”? O que precisa ter para ser considerado um carro moderno? Naquela época, o veículo deveria ter basicamente 3 características importantes, ser um projeto funcional, prático de utilizar e seguro.
Como vimos, o carro a vapor de Cugnot era funcional, mas não era muito prático de utilizar, já que era muito pesado e funcionava a lenha, e não era muito seguro, lembro que ele sofreu o primeiro acidente de carro da história. Teve um outro carro construído em 1801 que demonstra o quesito segurança que me refiro, estou falando do Puffing Devil, que traduzindo fica Diabo Fumegante. Este carro construído por Richard Trevithick era basicamente uma locomotiva a vapor, o que significa que o veículo tinha uma caldeira de vapor d’água sob pressão que pode digamos assim, explodir e.
. . bem, não tem muita segurança.
Ele até que tentou melhorar o modelo, este aqui é o de 1803, mas o perigo era o mesmo. O carro de Lenoir também era funcional, mas prático eu já diria que não. Era uma grande carruagem com 3 rodas, na qual um motor muito ineficiente foi acoplado para fazer barulho, a sim, e também mover um veículo de difícil condução a incríveis 3 km/h.
Difícil convencer o pessoal a trocar uma bela carruagem por um destes não é mesmo. As coisas mudam quando vemos um projeto igual a estes dois carros aqui, do Benz e do Daimler. Vamos começar pelo carro do Daimler, o patrão que está sentado ali atrás no primeiro carro de combustão interna com 4 rodas, e aparentemente, com o primeiro com chofer.
Daimler era diretor na empresa de motores de Nicolaus Otto, tinha trabalhado no desenvolvimento do novo motor 4 tempos e estava por dentro do estado da arte sobre motores. Utilizando estes conhecimentos, ele projetou um motor compacto, de alta rotação, leve, mas potente, que utilizava um carburador com injeção de combustível líquido em um cilindro na vertical, um motor adequado para ser utilizado em um carro por exemplo. Neste momento, o motor de Otto ainda era muito pesado para ser utilizado em um carro, além de ser de baixa rotação, sendo amplamente aplicado na indústria, aplicação que Otto achava ser a mais importante.
Então quando Daimler apresentou sua ideia para Otto, “Quer ver o que eu inventei? ” ele não demostrou muito interesse não “não quero”, em parte por desavenças pessoais “não vi e não gostei”. Pois é, eu também quero saber mais sobre estas desavenças.
Em 1872, a empresa de Otto N. A. Otto & Cie foi reestruturada e passou a se chamar Gasmotoren-Fabrik Deutz, que existe até hoje inclusive, em que Otto era o maior acionista e um dos diretores da fábrica.
Neste mesmo ano, Daimler foi contratado pelo sócio do Otto, o Eugen Langen, para ser diretor na empresa com o objetivo de otimizar os processos de produção e criar um departamento especializado na pesquisa e desenvolvimento, o famoso P&D. E o sucesso veio rápido por parte de Daimler, com os números de produção e vendas aumentando rapidamente, assim como a confiabilidade e eficiência dos motores. Mas o que cresceu rápido também foram os esentendimentos entre Daimler e Otto, em parte por supostos ciúmes de Otto por Daimler ter melhor formação acadêmica, foi um conflito de egos eu diria.
Para piorar a situação, Otto também começou a excluir Daimler de suas patentes e a coisa só piorou, até que em 1882, Otto pressionou o Conselho da empresa e Daimler foi “convidado a se retirar”, o que ele fez, mas levou com ele importantes engenheiros como Wilhelm Maybach. Foi neste momento que Daimler começou a desenvolver o seu motor, utilizando a grana que ele ganhou na saída da Deutz e a ajuda do engenheiro Maybach. Após um ano de trabalho, em 1883, ele já encaminhava uma patente Alemã para um “Motor a Gás, com muito contorcionismo de redação já que era muito semelhante ao motor de Otto.
Já em 3 de abril de 1885, ele encaminhava o pedido de patente para o primeiro motor de combustão interna de alta velocidade do mundo, um motor de cilindro vertical apelidado de "relógio de pêndulo" devido ao seu formato. No mesmo ano, em 29 de agosto de 1885, ele instalou o motor em um veículo de 2 rodas e encaminhou a patente para um "Veículo com motor a gás ou petróleo". Esta é considerada a primeira motocicleta da história.
Por fim, em 1886, Daimler já tinha um motor adequado para pôr em um carro, algo que ele fez em março daquele ano ao colocá-lo em uma carruagem do tipo diligência, olha o motor ali. Este também seria o primeiro carro de combustão interna a ter 4 rodas. Algo que ficou claro neste período é que Daimler não queria pagar royalties para Otto devido a patente do motor de 4 tempos, e o contorcionismo de redação nas patentes ficava cada vez mais difícil.
Então já em 1883, ele contratou advogados para tentar encontrar uma solução legal para o problema, e também dar uma cutucada no Otto. E a solução foi encontrada pelos advogados. Lembram da patente de Alphonse Beau de Rochas em 1862?
Aparentemente, nem Otto e nem o Daimler sabiam desta patente, e provavelmente no momento do registro da patente de Otto ela também não foi vista pelo escritório de patentes. Como consequência de terem encontrado esta patente, em janeiro de 1886, Otto perdeu na Alemanha a patente DRP 532 do seu motor 4 tempos, e depois em todos os outros países em que ele tinha registrado, liberando deste modo Daimler para vender seus motores sem pagar royalties. E como era o carro de Daimler?
Bem, como eu disse antes, este primeiro carro dele de 1886 era uma carruagem do tipo diligência que foi adaptada para operar com o motor acoplado. Por isso que ele não é considerado o inventor do carro moderno, já que ele não projetou todo o carro do zero, motor e chassi, algo que o Karl Benz fez e patenteou neste mesmo ano. Mas o carro dele de 1886 já era muito avançado se comparado com os que tinham aparecido até então, por isso é que surge esta disputa entre ele e o Karl Benz.
Ah, e tem outra coisa, Daimler construiu este carro para dar de presente para a mulher dele, a Emma Daimler, e pensar que até 2018 ainda havia um país em que as mulheres não podiam dirigir! De todo modo, o consenso é de que o inventor do carro moderno foi o Alemão Karl Benz, fundador da Mercedes Benz, por quê? porque ele foi o primeiro a projetar o motor de combustão interna e o chassi como um projeto único, ou seja, projetar um automóvel.
E lembram da disputa entre Daimler e Otto pela patente do motor 4 tempos? quando a patente de Otto foi anulada em 1886? Então.
. . neste período, Karl Benz já vinha trabalhando em um carro com um motor 4 tempos, inclusive, ele já havia até dado umas voltas com seu carrinho em 1885.
Quando a patente de Otto caiu em janeiro de 1886, ele não perdeu tempo e encaminhou no dia 29 daquele mês o pedido de patente para o seu carro, o Benz Patent-Motorwagen. Esta patente alemã DRP 37435 concedida no dia 2 de novembro de 1886, é considerada a primeira patente do mundo para um carro movido a gasolina. De acordo com a lei Alemã, a data do deposito da patente tornava-se a data oficial dela, e não a data de concessão.
Deste modo, o dia 29 de janeiro de 1886 é considerado como o dia do nascimento do automóvel moderno, e esta patente é a sua a certidão de nascimento. Bem, na verdade ele não era movido a gasolina, mas sim a ligroína, um derivado de petróleo que era vendido nas farmácias como produto de limpeza, era parecido com a gasolina, mas não era gasolina. Era um carro de três rodas movido por um motor monocilíndrico de quatro tempos com ignição elétrica, com transmissão e uma velocidade de 16 km/h.
Obviamente que o trabalho dele começou muito antes disso, e teve um forte apoio de duas grandes mulheres no percurso. Primeiro apoio veio da mãe, já que o pai dele que era maquinista de locomotiva faleceu quando ele tinha apenas 2 anos. Isso os deixou em uma situação financeira difícil, mas mesmo assim, a mãe dele fez de tudo para dar o melhor estudo que pode para ele, algo que ele não desperdiçou.
Com 19 anos, em 1864, ele já estava se formando em engenharia mecânica, e em 1871, ele abria a sua primeira empresa com o sócio August Ritter, era a "Fundição de Ferro e Oficina de Máquinas", especializada em fornecer materiais para construção. Um ano mais tarde, em 1872, ele se casou com Bertha Ringer, a segunda mulher que o apoiou na carreira e nos negócios. E ela não estava de brincadeira.
Naquele momento, Benz passava por problemas com o sócio dele na empresa, o August Ritter, ele não era nada confiável e mais atrapalhava que ajudava, então a primeira coisa que a Bertha fez foi usar o dote dela para comprar a parte do Ritter. Mas apesar desta compra, os negócios continuaram a ir mal. Preocupado com o sustento da família, em 1878 ele começou a trabalhar em um projeto paralelo para estabelecer uma nova fonte de renda, um motor a gás, já pensando que para desenvolver o veículo sem cavalos que ele queria, seria necessário ter um bom motor.
Benz começou desenvolvendo um motor de dois tempos. Era de dois tempos porque ele queria escapar da patente do motor 4 tempos de Otto. E depois de muitos testes, ele conseguiu desenvolver um motor funcional no final de 1879, encaminhando uma série de patentes nos anos seguintes que possibilitaram que ele criasse a empresa de motores a gás em outubro de 1882, a "Gasmotorenfabrik Mannheim", uma sociedade anônima em que ele detinha 5% das ações.
É. . .
, isso foi tudo o que ele conseguiu juntar ao ceder o local e todo o estoque de equipamentos de sua empresa anterior. Mas havia uma grande diferença entre ele e os investidores, eles estavam interessados no confiável negócio da venda de motores estacionários a gás, já o Benz, como ele mesmo escreveu, estava interessado no seu "ideal favorito - o automóvel". Então, o próximo passo dele foi vender as ações um ano mais tarde em 1883, pegar o dinheiro e se voltar para a criação da empresa que desenvolveria o automóvel, a Benz & Co.
, Rheinische Gasmotoren-Fabrik Mannheim. Os seus novos sócios, Max Kaspar Rose e Friedrich Wilhelm Eßlinger, eram donos de uma loja de bicicletas, e Benz conheceu eles devido ao seu passatempo preferido, o ciclismo, dá para perceber a influência disso no próprio carro inclusive. Pois bem, como ambos os motores, tanto o de 2 tempos quanto o de 4 tempos de Otto ainda eram muito pesados para pôr em um carro, eram motores estacionários, ele começou a projetar o carro com um motor de quatro tempos baseado na patente de Otto.
Ele já estava sabendo dos processos que contestavam a patente de Otto, inclusive, achava que a patente seria cancelada já em 1884. Como sabemos, ela seria anulada apenas em 1886, mas serviu para convencer Benz a seguir por este caminho. E chegamos novamente ao carro do Benz, o Benz Patent-Motorwagen Modelo 1.
Era um automóvel de três rodas com motor monocilíndrico de quatro tempos montado na parte traseira e acionado por ignição elétrica. E o veículo continha inúmeras inovações. As rodas com raios de aço e os pneus de borracha maciça foram projetadas pelo próprio Benz, inspirado nas bicicletas.
A direção era feita por meio de uma cremalheira que girava a roda dianteira, e molas elípticas amorteciam os impactos na parte traseira. Aqui ficava o tanque de combustível, e aqui o taque de água para a refrigeração do motor, pois é, ele tinha até refrigeração a água. E nesta caixinha, ficava a bateria elétrica utilizada na ignição elétrica.
Isso mesmo, a ignição do motor era feita por meio de uma faísca elétrica, bem aqui. Isso permitia que o motor alcançasse até 400 rpm, os seus motores a gás de dois tempos atingiam apenas 130 rpm. E você não conseguia ligar o carro sem antes ligar a chave de ignição aqui embaixo do banco.
Ao desrosquear, a ponta do parafuso permite o contato destas chapas metálicas que fecha o circuito elétrico da ignição. Quero ver roubar ele hein! Esta grande roda de ferro na parte de baixo, além de ser o de arranque do carro, era um volante de inercia que estabilizava a potência do motor, mantinha ele funcionando.
E a velocidade e potência dos 0,75 hp era regulada por esta válvula embaixo do banco, que controlava a entrada de combustível no motor que vinha do carburador evaporativo. Isso mesmo, o carburador não era como os tradicionais, ele utilizava o calor do escapamento do motor para vaporizar o combustível antes de injetar no cilindro. Um contra eixo no centro do carro transmitia a potência do motor para as rodas por meio de duas correntes, e a potência para este contra eixo central era transmitida por uma correia simples que funcionava como uma transmissão de velocidade única, algo que no modelo 3 ele alteraria adicionando mais uma marcha.
Em 3 de julho de 1886, ocorreu a primeira viagem pública e documentada por um jornal local. E algo muito corriqueiro nestes testes públicos, era as pessoas ficarem rindo dele e zombando do carrinho, se soubessem do futuro deste carrinho. Se soubessem do futuro deste carrinho!
Após o modelo 1, veio o modelo 2 com algumas alterações e o modelo 3, com uma aparência menos delicada, rodas de madeira, um motor 3 vezes mais potente de 2,5 Hp, duas marchas de velocidade, freios e Bertha na direção. Até aquele momento, em 1888, Benz vinha tentando vender o veículo dele, mas sem muito sucesso. Bertha percebeu que o público ainda desconfiava da funcionalidade e da confiabilidade daquela máquina movida por "forças misteriosas", e ela viu que o negócio precisava de uma injeção de marketing.
Então, em 5 de agosto de 1888, ela pegou um modelo 3 sem o Benz saber, colocou dois filhos na carona e se largou para uma viagem de 104 quilômetros para visitar a mãe, a primeira viagem de longa distância do mundo com um automóvel. Neste vídeo aparece o modelo 1, mas o que ela utilizou foi o modelo 3. Esta viagem foi uma verdadeira aventura.
Em uma certa altura, ela teve que parar para consertar manualmente o veículo que apresentou problemas durante o percurso. Primeiro, teve que encontrar um ferreiro que consertasse uma das correntes que tinha arrebentado, e mais adiante, teve que usar um alfinete do chapéu para destrancar um duto de combustível que tinha entupido. Pouco tempo depois, ela também teve que usar uma fita da meia dela para isolar um fio elétrico da ignição.
Fora isso, ela também teve que fazer uma parada para comprar Ligroína em uma farmácia para reabastecer o carro, inaugurando assim o primeiro posto de combustíveis da história. Bertha Benz e os filhos chegaram ao anoitecer naquele dia, depois de 12h de viagem, quando comunicaram a conquista ao Karl Benz por telegrama. A viagem como visto foi um sucesso, e provou que o automóvel era adequado para o uso diário.
Também reforçou a convicção do marido de que seus planos eram bem fundamentados, e que ele deveria seguir em frente com o projeto. Mais tarde em 1926, a empresa de carros fundada por Daimler se fundiu com a de Benz para formar a Daimler-Benz, hoje conhecida como Mercedes Benz, a empresa dos dois pioneiros do automóvel moderno. E um recado rápido, está ativo no canal a opção seja membro, além de terem o nome na descrição do vídeo, os membros das categorias A todo vapor!
e Para a Lua! Terão o nome nos créditos finais do vídeo. Ah!
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