Nossa história daria um filme - Episódio de Abertura (Goiânia)

[Música] ninguém olha pro centro do país e a gente vai tentando ser feliz é aqui no centro-oeste brasileiro toma nota sou de tumara eu nasci no Ceará eu sou pernambucano sou do Estado da Bahia vim de corrente no Piauí Sou mineiro Sou de São João de Rei Eu Sou natural de Uruaçu sou nascido em Goiânia sou nascido em Presidente Olegário Minas Gerais eu sou Paulistano nasci em São Paulo nascid em Araquari Estado de São Paulo nasci em Araguari e foi criado aqui em goian eu sou do Estado de São Paulo sou de garava eu sou

Mineira de João Pinheiro nasci em Campinas no bairro de Campinas em Goiânia eu nasci eh na zona rural e eu me criei e em Trindade minha mãe era de Caldas Novas e meu pai de Buriti Alegre meus pais são da Alemanha conheceram-se aqui casaram-se aqui minha mãe é judia meu pai filho de japonês e eles se encontraram aqui em Goiânia seu doutor eu não lhe engano tenho mais de 30 anos que moro nesse lugar dou-lhe a palavra de homem se não quer morrer de fome vai viver na capital aqui no nosso sertão essa história de

injeção o pessoa tem receio [Música] e vz me seco é novo e não conhece esse povo eu vou lhe D uns consel Goiânia é uma cidade nova de fronteira que ser humano é esse que habita e sobrevive mas sobretudo constrói a fronteira porque a fronteira é construída ela não existe são os seres que gostam da Aventura São pessoas que saem dos seus lugares de origem e que vão pra fronteira e que vão recomeçar e que querem e vão fazer isso porque estão sendo expulsos de seus lugares mas ao mesmo tempo porque estão sendo atraídos por

um lugar onde se promete uma vida melhor então Goiânia Brasília as cidades novas de fronteiras são são são também utopias pois o próprio Zé Raimundo no tempo que aqui chegou mostrava pra todo o mundo seu diploma de Doutor quase que morreu de fome precisou mudar de nome e treinar rez o pai da minha avó meu bisavô ele agrimor né ele era agrimor ele foi trazido pra Goiânia Eles chegaram em Goiânia minha avó e sua família em 1933 E aí minha avó conta muito essa história que quando eles chegaram eles moraram Embaixo de uma árvore que

é ali na 24 que hoje é 24 né antes não tinha Rua nenhuma e e que era na beira do rio palmito que hoje nem tem mais Rio direito e e na verdade essa história da minha avó ela ela é ela é toda romantizada né para mim eu sou de Goiás Velho nasci lá e vim para cá na Fundação de Goiânia nós viemos para cá na na época da fundação Meu pai veio com Pedro do Vico o interventor e porque ele era Construtor e cidade que tá começando Precisa dessas dessas pessoas desse tipo de mola

com a mudança da da Cap tal é se espalhou mesmo né então foi foi aonde o pessoal tava vindo PR pr pra Nova Capital tem dois tipos de pioneiros tem os Aventureiros que vem para aproveitar e tem os pioneiros legítimos vem para ajudar meu avô foi um veio por Serraria nós viemos eh do Ceará do Crato Ceará é porque naquela época nós meu pai né e minha mãe e descobriu que aqui em Goiás estava surgindo a nova cidade nós viemos de jumento de do Sul do Piauí até aqui em Goiânia nós viemos de trem de

trem de ferro da Bahia de de trem de ferro de pau de arara e é interessante ressaltar que as pessoas que vinham para cá né A maioria vieram de aí do norte do nordeste da Bahia até do Maranhão e muitos vieram a pé né houve uma história uma Saga muito bonita de pessoas que até pelo caminho morreram morreram de fome moram de sede porque não conseguiam chegar até aqui eu vinha de saco as costas meu filho do Piauí daqui na minha cidade dá 10000 km eu vinha de pé mais três companheiro dormindo no mato sofrendo

pelas consequênci da vida medo de Onça tinha lugar que nós posava a onça Não deixava a gente dormir e assim viemos até três vezes eu vim aqui desse jeito aí quando era para voltar daqui eu ia para pegar o avião o avião o campo era lá no centro pegava aerovia Porto Nacional de lá nós comprava animal e cavalo [Aplausos] o movimento de 30 ele vai consagrar um novas lideranças e nesse nesse aspecto Pedro do viic aproveito desse projeto para se colocar como um um líder eh um líder e principal do Estado de Goiás quer dizer

em 30 ele não era o principal líder do Estado Aliás ele foi quase por acaso que ele chegou a ser designado pelo J V interventor do Estado ele era um entre muitos né da oposição que existia em Goiás né uma oposição que não tinha expressão política nenhuma com Goiânia ele ele pauta Goiás de forma diferente quer dizer daí a o ludoviquismo a força que o Ludovico vai ter porque a única coisa que ele fez foi Goiânia quer dizer bom falar a única coisa parece que foi pouca coisa não Goiânia eh ela vai ser vai se

tornar o grande símbolo do do desenvolvimento de Goiás né então o ludoviquismo se torna a expressão maior da política de Goiás até os anos 80 é uma trajetória o o Iris Rezende era do PSD quer dizer era ligado ao ludoviquismo era ligado a p Ludovico quer dizer então você tem de certo modo uma trajetória que vai demarcar a história de Goiás vamos dizer desde aí fundamentalmente o que é Pedro Ludovico ele pertence a um grupo que é é é um grupo do Sudoeste do Estado ele é é marido da filha de um senador que faz

oposição ao grupo an que é controlado pela família Caiado e e tem apoio e em Morrinhos e no Nortão essa oligarquia tava fraturada as oligarquias são sempre fraturadas existem Vertentes oligárquicas que disputam o poder mas era um povo al gonato atrevido queria mandar tudo o estado de Goiás os caiados de Goiás que mandava a capital fo que fez então eles era prendeu o Dr torpedo aqui ia levar para lá e o caminho dele era desse tamanho ninguém prova mas eles ia matar ele que eles tinha uma fazenda G que leva ele lá pra fazenda deles

lá a Richa do Pedro vi o povo de Caiado era muito grande né então o Pedro Vico governou com pão de Ferro mesmo e A pistolagem sempre sempre existiu desde desde o início eu acho que menos hoje mas mas na época era era muito claro e todo mundo sabia que que mandava quando a gente coloca nesse sentido a gente sai da leitura do Herói providente O Pedro do viic consutor nada disso existe existe uma processualidade um conflito da oligarquia agrária eh Guaiana no no no nos 1930 né fez com que a houvesse a construção de

Goiânia e tivesse que sair ah desse desse local cadista e nesse sentido ele usa a violência para poder implantar A Goiânia a Goiânia ela é produto também de de uma trajetória política também não é de democrática 38 hor para ter a eleição final de 37 a todo o processo foi suspenso e vem a nova ditadura e o Pedro Então continua tem um elemento funcional também o governo do Getúlio ao olhar pro mundo e e ver o perigo da segunda guerra mundial a ficar amedrontado com a Revolução Russa a necessariamente existi no mundo todo uma ordem

que as capitais né Elas E se fosse pelo interior e do país de uma perspectiva do estado brasileiro Goiânia foi fundamental pra interiorização então você não entende Brasília sem Goiânia aí o o projeto e geopolítico era ocupar o interior a partir do Planalto é chegar na Amazônia da planície amazônica a partir do planalto [Música] central a escolha ela teve como ap panagem ideológica justicativa ideológica a Planura do do relevo sair do relevo acidentado da Serra Dourada para ir um relevo plano e a oferta de águas até a a a capacidade e do vento de se

locomover lá em Goiás o vento bateria na nas serras e e daí as bactérias próprias do da aglomeração das pessoas poderia transformar a cidade de uma necrópole né uma espécie de paraíso de morte e ou seja as pessoas concordam que apesar de justicativa ela teve esses elementos a a a escolha foi uma escolha e política escolheu dois sítios tinha uma comissão que nomeou escolheu aqui que ele gostou muito Ah eu passava sempr gostei muito daquele lugar mas aqui não tinha estrada de ferro aí escolheram então bom fim que é hoje Silvânia lá atendia a mesma

coisa aqui era Campinas um lugar amplo né para construir uma cidade a rede hidrográfica que era boa era o Rio Meia Ponte o rio Anicuns 80 e tantos corgos né lá também Bonfim tinha o viríssimo o o o o o o Corumbá e mais M mas lá tinha estrada de ferro e aqui não tinha mas o dom dom dom Manuel Gomes de Oliveira que er o Arcebispo de lá ele parece o Dr peder maçom el tinha qualquer coisa sabe então o Dom Emanuel puxava para lá minha família religiosa eh ela teve uma influência inclusive na

transferência da capital para cá foi um dos um dos Missionários que influenciou muito eu acho que ele ficou buzinando na na orelha do pedu do Vico que sempre passava aqui em Campinas ele como interventor era um local estratégico para se chegar a Goiás tinha que se passar em Campinas e que dormir e o único local de pouso que tinha era o convento dos padres e ali os padres eles fizeram um crochê é com o Pedro dovic Pedro dovic acabou escolhendo e essa região para trazer a capital contrariando inclusive o bispo da época o Bispo ficou

até com raiva dos redentoristas por causa dessa influência que tiveram em trazer aqui o Bispo queria Silvânia e os redentoristas influenciaram que fosse Campinas e acabou escolhendo aqui né Aí ele veio até aqui quando Ele olhou falou viu falou Nossa aqui é ideal para fazer uma nova capital mas precisa de eh nós não temos condições de comprar o terreno para fazer o estado não tem condição naquela época o prefeito da cidade que tinha uma grande visão ele o prefeito reuniu os moradores da época os fazendeiros e falou olha é muito importante a capital vi para

Goiânia para Campinas Nova Capital porque nós vai valorizar muito mas não tem condição de comprar aí o povo foi ajudando né Cada um fazendo uma parte né o governador foi pedindo as pessoas que pudesse ajudar né Então meus todos tinha Fazenda cada um adorou um pouco né então meu pai adorou também um pouco do Jardim América Se você olhar Campinas nessa época como município ela pegava Nero que chamava serrado município Neres pertencia a Campinas Barro Preto que hoje é Trindade pertencia a Campinas ela avançava uma Goiabeira boa parte aqui dos terrenos deumas não existia ainda

Goianira né pertencia a Campinas pro lado de Rolândia aí mesma coisa né até Bela Vista Campinas tinha tinha terras no município então era um município expressivo né aí que que nós vamos presenciar né em 1935 Campina desaparece como sede Municipal que era a intendência que que é o nome da prefeitura né Campinas é transformada num bairro pertencendo a Goiana a a sociedade não teve como se posicionar porque havia todo um processo de construção de uma cidade modelo né uma capital jovem nova né uma capital que era a redenção que se colocava do próprio Estado de

Goiás né né então não tinha jeito aqui né porque tudo que saiu de Campinas foi para construir Goiania por isso que Campinas amamentou goena durante toda a fase de construção e [Música] desenvolvimento k [Música] [Música] [Música] [Música] rapaz é complicado falar falar falar de Goiânia quem viu Goiânia igual a gente viu e ver Goiânia hoje eu falar não é possível né eu tô Eu por exemplo tô com 78 anos não cresci Goiano cresceu dema uma loucura né Goiás durante a década de 20 Não construir uma casa por ano você vai construir uma cidade quer dizer

então imagina vamos dizer assim a cabeça do do do pessoal naquela época quer dizer quer dizer isso era uma coisa assim ilus o cara é maluco aí ele queria uma cidade moderna porque a fama deig é muito ruim era coito de bandido matou em São Paulo fugiu para Goiás matou em Minas fugiu para Goiás ele qu tirar esse ranço queera fundar uma cidade cultural Goiânia foi muito inovadora né teve todas as dificuldades que você possa imaginar Goiás não tinha não tinha nada não tinha mão de obra não tinha Rodovia não tinha materiais não tinha tudo

era muito difícil e a cidade se fez se implantou e se impôs C [Música] [Música] [Música] ela foi planejada por um gente chamado Atílio Correia Lima não é estou falando o o o urbanismo dela é fruto de da cabeça de um do melhor arquiteto brasileiro nos anos 30 é um cara o na verdade é o primeiro arquiteto brasileiro é o o primeiro jeito formado em arquitetura diploma de arquiteto e urbanista não é porque ele foi estudar com o o os melhores quer dizer e o urbanismo também tava nascendo se fixando na França não é e

ele foi para lá eh e ele era um arquiteto brilhante com prem AD pela escola de Belas Artes e foi para lá e e estudou e entrou em contato com o com a arquitetura moderna que estava nascendo e com a arquitetura e o urbanismo clássico o urbanismo da da da Politécnica de Paris que é um urbanismo geométrico que ele aplica em Goiânia antes de urbanista ele era um paisagista se nós vermos olharmos para os desenhos do Atílio na época nós vemos a presença da vegetação muito forte desenho dele ele tinha uma preocupação grande estamos no

centro-oeste uma zona muito quente precisamos de sombreamento então El já propõe muita arborização e é por isso não é por nenhuma outra questão eh de ambientalismo da época Mas é com esse conceito de vegetação e de melhorar o clima do ambiente é que ele faz a preservação dos Córregos em torno da cidade o plano do Atila era muito Evidente para cívica que era o ponto né de de convergência das três grandes Avenidas né era o centro administrativo né era dali né era o grande lugar da cidade o espaço simbólico mais significativo porque dali irradiava se

todo o poder Então olha ali está o poder da cidade ele reconhecia que o mundo moderno ou que a cidade capitalista ela ela tinha que ser ela tinha que ser fluxos rápidos ela tinha que ter um ela ela eh ter respostas rápidas e por isso a a Planura nesse sentido era talvez eh um elemento da funcionalidade de uma nova cidade a região central era considerado o quê né uma região que poderia ter comércio mas também residência mas o comércio ele não poderia ser colocado em qualquer lugar né no plano já se evidenciava os lugares né

preferenciais da colocação desses comércios principalmente eh de médio porte que eram as avenidas principais Anhanguera Goiás as avenidas de largura maior né o setor norte que era chamado em princípio bairro Popular que depois virou centro era o setor industrial por quê Porque lá no final da Avenida Goiás chegaria a estação de ferro né a a a estação estaria a estação ferroviária onde chegaria o trem de ferro né então ali né ladeando nas proximidades do da estação de ferro estariam os edifícios industriais mas ali também poderia ter residências mas residências mais populares E por que que

a gente fala isso né que já existia essa intenção de diferenciação pelo próprio tamanho dos lotes né os lotes da região de baixo né da Avenida Paranaíba para baixo são menores dos que do que os residenciais da da área que tá Entra Paranaíba e a Praça Cívica Então são certas nuances que você vai vendo diferença é o ba Popular foi iniciou a construção dele né assim que começou a construção de Goiânia né para colocar os trabalhadores que estavam trabalhando nas obras da da da digamos do que é hoje a Praça Cívica principalmente o outro bar

que era do outro lado era a Vila Nova que também tinha o mesmo propósito era a funcionários né e o bairro Setor dos Funcionários que era colado em Campinas que era onde ia morava os funcionários mas os digamos o os as pessoas são hoje trabalham para o governo mas tem mais gente tem a especulação imobiliária aí é são particulares que eles vão comprando a cidade ou ou vão ganhando do próprio Estado como remuneração porque são técnicos os Coimbra boenos são muito importantes nisso eles são então eles construíram a cidade e precisavam receber receberam em terras

E aí foram loteando e e ou seja nenhum um planejamento o negócio era ganhar dinheiro não é a remuneração por ter construído a cidade o Atílio quando ele sai do processo de eh construção da cidade ele deixa um esboço pro Setor Sul Setor Oeste e o que ele chamava Setor Leste não tinha nada demais eram basicamente é um tabuleiro de xadrez né com pontos de convergência como a praça né que são esses asteriscos né quando ele saem o Coimbra buen achou ótimo falou bom agora o plano é meu todo o o plano imobiliário de espaço

físico obedece uma dimensão sinistra dos irmãos Coimbra Bueno Jerônimo Abelardo Coimbra Bueno que era um escritório público para poder fazer a regularização da organização fundiária da implantação da Nova Capital e virou um negócio particular tanto é que os setores mais adensar e mais cresceram foi Setor Coimbra e Setor Bueno A partir dessa atuação dos irmãos Coimbra Bueno tem esse grupo esse grupo controla o crescimento da cidade pensa cidade nós vamos quecer para cá vamos vender Tais terras ou comprar Tais terras vamos parcelar Vamos vamos e eh eh zonear a cidade assim assim assado e é

o mesmo e aí entra um segundo grupo o grupo de técnicos que que controla efetivamente o dia a dia da cidade então os bairros a a a as licenças o o o o parcelamento o zoneamento tudo isso é feito por um grupo que tá no poder desde o nascimento da cidade só vai sair em 64 com com o golpe há um um conflito necessário na cidade planejada no capitalismo entre o código urbanista na plancheta o modelo o Paradigma urbanístico e a realidade que depois e Toma Posse da [Música] [Aplausos] cidade Goiânia a gente ia chegando

e fazendo os as lonas debaixo de lona né out levantava com com a dobro e coisa e tal e era muito vigiado pelo do governador Pedro Vico para não para para não invadir tanto e foi então que tinha esse Luizão que comandava tudo né ele mas a equipe deles eles andavam no Gipão então começava levantar ali ele chegava e derrubava com jipe foi no tempo da política do Dr jup Ele soltou um fiscal do o jip era do Luizão Luizão era o fiscal desse lote aqui que ninguém podia fazer nada sendo que não tivesse a

ordem se o Luizão desse ordem fazia e se Luizão não desse ele cheg e ele levantasse ele chegava lá e derrubava ó Luizão Zé preto e o mineiro Preto tudo era bate-pau mas tudo era mal era matador mesmo batia e matava fazia o que queria ninguém ninguém dá um vio com eles ele tinha sempre dois colegas junto eles tinham uma caminhonete velha e geralmente umas cordas para amarrar os bandidos quando eles pegavam bandido amarravam lá dentro deitado cobria levava para pra viania e lá tinha quem dava dava dava vura e a gente desde pequenininha acompanhando

essas brigas também então quando o Luizão chegava no gipe com a polícia com com o o seu arm seu Ranulfo que era o capat naquela época falava né aí que que acontece quando chegava com eles quando você vinha porque era só Mat Matão mesmo aquele barulhão do jipe e os meninos vi o jipe preto que que acontece todo mundo corria os meninos todo corria para dentro de casa e queria esconder debaixo das camas dentro de guarda-roupa qualquer lata Porque tinha medo deles era um policial igual aos outros só não não era hosp realizado mas era

policial eles eram os investigador oculto tudo que eles viam eles trazia pro comando E aí o comando mandava executar aquilo e naquele tempo Pari ninguém mandava dele só PED l dov não tinha jornalismo não tinha reportagem não tinha nada tudo era ficava debaixo da do pano esse meio ponto coitado tem coisa de para contar só que ele não fala né havia uma lei seca só tinha dois partido PSD e udn geralmente o PSD do PED Ludovico do Mauro Borge ganhava mas ganhava pau e corda e nos bairros ninguém podia ser candidato eu fui na vila

nova campanha para Boaventura Moreira de Andrade ia no Jardim América fazia campanha comício para Japiaçu não sei o nome dele Japiaçu era o líder do Jardim América ia na fama onde tinha o Dr José dentista ia lá nos comícios fazer propaganda de barba e batina Cambira naquele tempo parece que deu 803 votos uma coisa assim eu consegui pegar esses 803 votos uma coisa assim e diga quem mora aqui na Macambira vota no Manuel José de Oliveira antigamente todos os moradores do bairro votavam para o centro naquele ano que eu fiz a campanha e o desafio

que algum vereador de centro de goha temha ganhado 10 votos de desafio um dia o Man Race não sei quem lá da prefeitura chegou lá com papel chegou lá com papel assim eh nós somos secretários lá do prefeito freo ou te cala ou nós te calamos di me dá aqui o papel escrevi do outro lado nós moradores dos quatro bairros de Gran somos cidadãos com mesmos direitos de vocês com mesmos direitos do enquanto a prefeitura o centro de Goiânia não começar a atender aos bairos nós Vet todos os projetos que vocês fizerem durante 4 meses

Alberto R não conseguiu aprovar nenhum projeto matamos tudo [Música] eu me lembro que meu pai veio primeiro para Brasília trabalhou um pouco em Brasília como Operário da construção civil mas em Brasília mesmo ouviu comentários sobre a capital do estado que também era uma capital nova né E que tinha muita perspectiva o que vai ocorrer é que Brasília vai alimentar ou realimentar uma um desenvolvimento de Goiás eu vim para Brasília em 59 e lá em Teresina eu já jogava bola pelo River que hoje é o campeão do Estado vim para Brasília fui jogar pro defelê era

de uma empresa de eletricidade nesse período fomos trabalhar abrimo valeta de de PR pra parte elétrica é aonde o o o presidente Então bichec vistoriando as áreas e a gente ficou conhecido entrava junto com ele dentro das valetas aí eu trabalhei na também com J quadro e varrendo Rua na W3 e um dia eu achei que tava pouco uma proposta do Uberlândia mas eu não quis eu quis vir para Goiás para Goiânia fiz um concurso na na na estrada de ferro passei e fui trabalhar na rede e jogar pro Ferroviário [Música] quando veio a ditadura

militar Eu estava dentro da Salesiana né uns dias antes uns uns 10 dias antes o local que eu morava que era uma tinha era vizinho de uma companhia de petróleo Então ela já estava sendo vigiada pelo exército aí 31 de Março a gente veio aí decretou o estado de sdio nós passamos o dia inteiro preso dentro da escola sem poder ir PR casa e o Mauro Borges não renunciava quando aconteceu a renúncia dele já eram umas 10:30 aí que o padre saiu com uma cbe velha entregando menino para tudo quanto é lado eu queria ver

o diabo não queria ver um elemento da revolução nós I matar um coronel lá um coronel do exército nós não matamos ele porque eu liguei pro Dr Pedro e e contei a história pro Dr Pedro os os colegas os capanga velho tava tudo a redor para nós fazer o serviço Dr PED disse não faça não faça Porque nós não temos condição de brigar com o exército se o homem estava lá dentro do Palácio e era sair nós ia matar ele mas Dr Pedro dis se fizer isso o exército arrasa Goiana a gente já vinha vendo

aquilo já uns dias mas era criança nem importava aí na hora que apertou a coisa que você viu que aquilo que você achava bonito o exército chegando e montando Bandeira e né e cantando ind nacional e fazendo aquela farra lá no meu bairro lá perto da minha casa lá numa companhia de petróleo aquilo já não se tornou mais bonito aquele já deixou de ser bonito e e Eu acho esse 31 de Março como lembrança da Vila Nova daquele dia eu acho marcou muito minha vida [Música] h [Música] Campinas os primeiros mador que vieram para aqui

em Campinas foi 1810 pararam aqui exatamente aqui perto entre o cascavel ecun era um garimpeiros né eles pararam ali e começaram a pesquisar a região quando jo descobriu Campinas que ele visitou Campinas aqui porque ele era um aventureiro meiapontense O que que ele diz para os seus demais companheiros através de um telegrama olha aqui nós temos uma vasta campininha uma planície Espetacular isso aqui daria um belo de um povoado já tem até nome campininha das [Música] Flores Campinas e naquela época resumia-se em Praça Joaquim Lúcio Coreto né etc tal Atlético Colé Santa Clara igreja praça

mais importante é a Coronel Joaquim Lúcio lá no na Praça do Jardim que a gente falava nos vai e vem a a o o os mos ficavam sent ficava de pé e as mulheres ia passando e ali ficara jogando jogando olhar e desses olhares saíram namoro casamento todo domingo tinha o vai vem lá na praça e o Colégio Santa Clara ali perto Av vinheira 24 de Outubro sem asfalto sem nada eu vivi esse tempo [Música] o centro ele recebe mais isso é um dos das grandes belezas do centro da cidade de qualquer cidade ele recebe

melhor as pessoas o centro era tudo que tava só entre Avenida Tocantins Paranaíba e Araguaia até a a a e Rua 10 e com os limites assim do centro mas tudo que passava abaixo por exemplo da Paranaíba era bairro Popular a minha relação com o centro também é a relação do cinemas porque ali onde eu em Volta de onde eu morava quer dizer o cineo cine Castor então assim Eu frequentei todos esses cinemas desde pequena eu me lembro de ir no Cica meu pai me levava sempre no Cica eu sou o mais velho de idade

do mercado do bairro Popular da Rua 74 e mais mais velho de mercado que tá fazendo 49 an né não existia Supermercado Grande de Goiana na época era muito pouco né então o pessoal só fazia compra aqui nesse mercadinho aí isso aqui ó daqui até lá do outro lado era banca de verdura se eu não me engano em 87 né eu tava muito novo mas eu me lembro muito bem foi criado na rua do César 37 aqui nessa época o mercado ficou totalmente abandonado sumiu todo mundo aqui porque tinha medo do ceso e nós fazíamos

churrasco aqui para tentar trazer o pessoal de volta mas ninguém queria vir só sabe quem viveu o ces 137 que sabe o que que é uma discriminação a gente foi muito discriminado fal Eu morei lá perto do cés corria nem liberava a gente [Música] o nome de Vila Nova veio porque havia o Córrego Botafogo e a cidade só vinha até o Córrego Botafogo então pro lado de cá não havia nada aqui tudo era mato né era Campo por isso ficou esse nome de Vila Nova por causa disso mesmo porque Surgiu uma vila vim PR aqui

PR Vila Nova em 39 Vila Nova foi fundado por a maioria baiano né e migrantes que vinha PR Goiânia eu chegava sem dinheiro vinha vinha em cima de um caminhão da Bahia do Maranhão de qualquer lugar e chega aqui o cara que ia lá tinha local certo né contratado né chegava ele tava aí na pensão eles compravam igual foi vendido igual a eles os outros eles foram vendidos também o gato lá o fazendeiro pagava o a pensão e levava na carroceira de um caminhão O meu foi Olha o pequeno sempre sofreu pequeno sempre sofreu e

vai sofrer toda a vida as invasões de de aqui do Botafogo elas surgiram em decorrência de que os canteiros de obras era mais ou menos situados a margem do Botafogo Então os trabalhadores moravam em barracos de de madeira tudo na na a margem do Botafogo consequentemente virou uma invasão aí houve a necessidade de abrir ruas foi desapropriando aí foi acabando a invasão em decorrência da desapropriação colocou fogo o mandou né A Invasão mandado mesmo do pedo do viic Teve gente que morreu a invasão do Botafogo foi permitida pelo Dr Pedro para poder morar as pessoas

para trabalhar né e o setor Universidade também era tudo [Música] invasão esse setor aqui que que acontece ele era uma fazenda aí o governo tomou posse dessa Fazenda a gente veio para cá porque tinha um senhor chamado Pedro alagoano então ele que estava dividindo assim a terra aqui que o Dr Pedro Dudu viic entregou na mão dele Pedro alagoano ele era um homem nordestino eles morava em Matinha de Água Branca na Cachoeira de Paulo Alfonso tinha na época lá o Cangaço que er do outro lado né Pernambuco titulado Líder lá era Lampião Antônio Virgolino Pedro

alagoano achou por bem de acompanhar o uma parte do Cangaço como Maria Bonita era a prima primeira dele aceitou essa criança junto e se tornou também de criança já um líder mas logo em seguida o Cangaço foi disperso aí vieram parar em Goiás mexendo com garimpo aí chegando em Goiás em vez de ouro era bala que era a época da revolução em Goiás Pedro do Vico precisava de homem tava encurralado e meu pai chegou com 40 a 45 homens aí estes homens vieram com Pedro do Vico paraa Goiânia trazendo a capital ele é benemérito porque

no começo quando chegava aos nordestinos ele trabalhava acho que no palácio e ele sempre chegava nordestino você se coloca aqui você não era dentro de L até hoje essa avenida saiu no mesmo lugarzinho essa casa nunca foi bid [Música] em tempo de derrubada Machado bem amolado geme o tronco da Madeira che no início dos anos 60 essa mobilidade Possivelmente a relação à construção de Brasília e todo não parece como uma cidade que recebeu muita gente que procedia da Baí e de outros lugares Não era todo gente estra se gente de outra regões que cheg aqui

se I organizando realmente para morar por aqui não tinha nada quase nada aqui no Guara pouquinhas casas aqui para o mais era só mato eu tô falando para você que isso aqui não existia Rua era só Cerrado PR você fazer a compra diária aqui preciso de casa você tinha que ir lá na Vila Nova e o guanabar foi crescendo veio energia depois veio veio asfalto aí quando o asfalto veio melhorou e depois já hav aquele loteamento do outro lado da Avenida Veracruz não tinha nenhum associação para mod a gente fazer movimento quando foi na década

de 80 e 84 é que surgiu a ideia de criar Associação de morador essa luta aqui iniciou em 86 terminou em 88 só tinha o guab um depois criaram as invasão por ali e ficou esse terreno aqui 17 anos sem ninguém pô a mão em nada aqui só um italiano que invadiu isso aí e tomou conta aí eu descobri de de cima Daniel Ant amar ajudaram até o dia que me entregaram [Música] tereno descambando pelo [Música] rio Calango não é tango nem lacraia homem que foge da raia não dá boi não D bamb Sou de

São Roque de Minas num caminhão mas meu pai minha mãe e mais dois irmãos e nós viemos para cá então nessa nesse pensamento que os menino ia estudar os filhos que aqu era mais fácil como é mesmo mais fácil recursos médicos que era melhor do que lá que foi na na administração do do do prefeito e Rezende foi quando que iniciou iniciou essa terra plena a a a construção de asfalto em todo em toda Goiânia começamos esse asfalto na Vila Nova na quinta avenida depois do projeto dele foi as casas primeira primeiro bairro seria redenção

e saiu uma notícia lá ó vamos fazer uma vila vai chamar Vila União essa Vila fica por lá do Jardim América tudo aqui para baixo aqui olha tudo mato aqui er era isolado não tinha Estrada nós tínhamos a estrada para ir para pô que passava Pro café das meninas mas era só aquilo não tinha asfalto não tinha não tinha era tudo Terra cascalho sem preparar aí foi começando a entregar as casas sem estrutura nenhuma não tinha banheiro tinha o banheiro mas não tinha pia tinha um banheiro mas não tinha vaso não tinha água porque se

pegava aqui era tudo de buraco de de terra er er uns murin assim de tábua sabe não tinha esgoto não tinha água não tinha só tinha luz sabe é pobre pobre mesmo nessa embolada tem jacu tem Jacutinga quem não pode com mandinga não carrega paraar [Música] nós chegamos aqui no Jardim Novo Mundo em 67 logo após a fazenda do do desembargador Abel de Castro ser trans ser loteada para se transformar no Jardim Novo Mundo inicialmente ele foi chamado de palmito depois Vila Morais depois passou para setor Jardim Novo Mundo o Jardim Novo Mundo ele é

um bairro formados por populações vindas do meio Rural eh massivamente pelas regiões de Bonfinópolis eh Leopoldo de Bulhões Senador Canedo Orizona eh basicamente da população que imagia a estrada de ferro isso foi muito forte durante a década de 70 em Goiânia se se você for fazer uma uma um histórico de todas as áreas de posse de Goiânia e os bairros mais periféricos eles estão umbilicalmente relacionado ao processo de migração do Homem do Campo pra cidade quando nós chegamos aqui tinha eu acho que três barracões na parte de lá e do lado de cá tinha uns

quatro não tinha água nem energia nem ônibus é era uma fazenda que tinha acabado de ser loteada o loteamento de parte do novo mundo ele é da de 67 1967 né mas ele foi dado como um loteamento perdido porque era muito longe de Goiânia aqui nós tivemos 11 áreas de ocupação eram áreas que não tinham função social e as pessoas chegavam construir a sua casa era muito difícil a gente tá pagando aluguel Foi aí que meu cunhado arrumou isso aqui pr pra gente comprou meu esposo comprou né ele ele achou isso aqui a vazu não

tinha nada só tinha uma cerquinha de Arame de um lado e do outro e realmente ele invadiu para vender logo depois que chegamos aqui vieram aqui uns Oficiais de Justiça para tirar a gente daqui a relação com o estado era democrática nós entrávamos com as costas e o estado com o cassetete né e a polícia Então essa era a nossa relação no início da década de 80 isso foi muito forte e contra os poceiros urbanos [Música] uma das particularidades da ocupação aqui do Nova Esperança foi que foi ele foi ocupado totalmente por pessoas que que

estavam necessitadas de um lugar para morar e a maioria dessas pessoas eram oriundas do interior oriundas da roça né que a gente falava quando a gente chegou aqui a gente não encontrou só um um terreno aqui com muita gente sabe só que como a gente precisava também a gente começou a lutar pela pela questão da moradia mesmo mas foi dentro de pouco prazo também os olhos grandes dos dos empresários viram que essa terra tinha um um valor e aí partiram para atacar para tirar sofremos ataques de de de vários modos pelo poder poder público pela

iniciativa privada que as vez chegava pressionando eh querendo alegando ser donos mas era mentira né não comprovava eh a legalidade de documentos havia documentos falsos Então foi uma luta muito [Música] grande porque a gente já tava enfrentando a a a má vontade da das autoridades e se a gente não se organizasse dentro da área o que ia acontecer é que a gente ia morar num local totalmente maloc mesmo né Como foi a como foi a a primeira conversa que o Índio Artiaga que era o prefeito da época falou pra gente que ele ia deixar isso

aqui virar uma favela até que 4 de outubro de de 79 1979 Eles vieram com a polícia e para fazer a desapropriação 4 de outubro foi um dia simbólico para nós do Jardim Nosa esperança foi quando basicamente foi o dia do fica para nós depois de tantas lutas né com o prefeito na época governadores época Ainda de ditadura militar né abertura ainda em 1979 para 80 então muita repressão a nossa luta aqui nós tivemos condições de aprender a conversar né e isso é é de fundamental importância e dentro aqui Nova Esperança para Goia o que

ocorreu na questão mudou totalmente a trajetória de moradin em Goiânia né isso proporcionou houve uma reflexão muito grande né com essa questão da da moradia e Goiânia nunca mais foi a mesma depois do Jardin a const aaos nós parte da história né E ela não pode morrer então enquanto tiver uma pessoa que conhecer a história essa história vai sobreviver E e essa juventude que vai fazer com que a história sobreviva porque é deles os filhos deles vão ter que saber que aconteceu alguma coisa aqui e se eles não souberem como eles vão passar pra frente

né então é importante que eles que eles perpetuem essa história k [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] k s [Música]