[Música] é legal mas pode eu sou Ana Carol Martins advogada trabalhista e previdenciária e eu sou Otávio calver professor e Juiz do Trabalho e a gente tá aqui para trazer novidades para poder falar com vocês de uma forma interativa e trazer um pouco de polêmica né Otávio é o pessoal gosta né Mas a nossa marca é sempre conteúdo com simplicidade ajudar desmistificar trabal previdenci pessoal entender assim os nossos grandes problemas né É isso aí e às vezes a gente traz um convidado consegue trazer um convidado especial e é o caso dessa vez aqui que a
gente trouxe Luciana Diniz advogada da CNC e não só tá gente ela é conselheira técnica da oit tá como suplente do conselho curador do FGTS então é um grande prazer uma grande alegria ter você obrigada mar obrigada pelo convite obrigada Otávio uma uma prazer assim estar aqui com vocês e que a gente possa aqui ter um um super bate-papo aprender com vocês também não nós agradecemos Luciana assim porque a Luciana tem uma expertise na nossa área que a gente às vezes no cotidiano não consegue alcançar né porque acho que você consegue ter uma visão mais
Ampla do problema trabalhista como um todo né até pela sua participação na oit assim que é muito relevante eu acho isso muito importante PR gente trazer com o pessoal né Sem dúvida sim e a CNC a gente ela abrange bens serviços e turismo então é uma instituição muito grande e eu imagino que você tenha que lidar com muitas questões aí muito variadas isso também traz um olhar diferenciado né Lu eu posso dizer que é uma das é a maior Confederação patronal do Brasil porque em números inclusive de empregadores Porque tudo que envolve comércio né comércio
de bens e tudo que a gente vê serviços e turismo são os que mais empregam então dentro desse contexto a gente tem é muito diversificado que a gente vai falar o quê do Comércio de rua que a gente tá vendo os hotéis os restaurantes eh a parte toda de serviços de limpeza eh vigilância imagina e são muito diversos e são eh detalhados a gente vê na nas normas trabalhistas e tudo que a gente vê as questões de dia a dia de Justiça do Trabalho o que a gente vai ver no Ministério do Trabalho tudo é
bem diversificado do que a gente representa na confederação mas eu tenho uma experiência que já vem de escritório de né então eu posso dizer assim que eu trabalhei no quando o problema já existe que ele já tá na justiça quando eu já trabalhei em empresa que você tem como fazer um trabalho preventivo e realmente numa Confederação você consegue ter um olhar aí junto ao que ainda se pode fazer e um olhar mais amplo sobre todos esses setores e até de construção né porque eu acho que a Confederação também tem esse papel né de ajudar no
diálogo ajudar na nas novas ideias de legislação para resolver problemas trabalhistas eu acho que também esse lado criativo eu eu acho muito importante né eu acompanho assim ampassã e eu vejo como é relevante a questão do Diálogo social né pra gente tentar construir uma regulamentação melhor né Sem dúvida e a gente tem que pensar que assim como a oit como você falou que é um já um organismo tripartite Então você vai ter a questão dos governos empregados empregadores a gente colocando desde essa questão internacional aqui no Brasil funciona assim a gente pode falar sobre a
ctpp que até edita as normas regulamentadoras e é constante por exemplo vem um novo tema o ministério do trabalho ou vai o ministério das mulheres dependendo do tema vai vai abordar um grupo de trabalho específico com esse com esse viés tripartite para ouvir para esse diálogo vai ouvir os empregados empregadores e e o e o governo e ali a gente pode realmente chegar a a fornecer eh alguma sugestão ou alguma construção agora deve ser interessante que esse diálogo dependendo do governo muda muito né muda muito muda muito a gente e na verdade faz parte nós
todos os operadores do direito e imagino em todas as posições nós nós temos essa essa habilidade eh e na verdade é esperado de nós a habilidade eh de negociar uhum e muito mais quem lida com direito do trabalho Direito sindical dentro de uma Confederação patronal que tá sempre junto ali com os sindicatos as federações é faz parte né E aí você hoje vai falar um pouco vamos ver se se é isso aí que você tem falado ultimamente né bastante tem acompanhado um pouco da sua trajetória profissional E aí eu tenho visto que e nessa área
de saúde medicina segurança do trabalho E você tem falado muito bem obviamente né a gente fica aí se seus fãs e é uma área muito interessante porque você vê na CLT os artigos 154 a 159 Eles são de 1977 uma redação super antiga 19 77 São 47 anos é muito tempo né então assim é muito importante a gente se atualizar nessa temática eí tem as nrs é tão difícil né de conseguir conjugar todo esse entendimento sobre essa área que é tão importante que tem sido tão falada muito em função da das licenças que as pessoas
estão tendo né tão pedindo o INSS tá aí eh assoberbado de trabalho porque tem muita coisa acontecendo nos bastidores do do dos dos das empresas e eu queria que você falasse um pouquinho sobre esse tema pode ser pode assim é é assim impressionante se a gente pegar dados da OMS da Organização Mundial da Saúde o Brasil ele lidera o ranking de de de questões de ansiedade né doenças ligadas à ansiedade e aí se você vai falar justamente do INSS salvo engando acho que a terceira maior causa de afastamento são os transtornos emocionais psicológicos de do
todas essas doenças psicológicas então não tem como a gente não cruzar isso como um todo eu acho que envolve todos os Ramos da empresa de uma empresa de um negócio e claro a gente vai falar de negócios de todos os tipos e tamanhos mas não dá pra gente desconsiderar Então o que a gente teve agora eh recente agora em setembro a nr1 que é que você pode chamar assim a NR a norma regulamentadora mãe que ela vai acabar eh influenciando em todas as outras ela teve a alteração de incluir o risco psicossocial como também precisa
ser um gerenciamento de risco então ou seja o empregador ele vai ter que gerenciar os riscos além de biológicos físicos eh de acidentes o risco psicossocial e gente assim o risco psicossocial ele é muito subjetivo é é bem complexo você né dessa vida que a gente vive hoje dessa vida moderna né que é uma vida que traz ansiedade eu acho que em vários fatores né em vários momentos da sua vida você conseguir alinhar o que que é relativo a trabalho o que não é relativo a trabalho assim e por exemplo desses dados né que você
mencionou existe um corte de do que que é verificado como tendo nexo com trabalho ou assim fica mais pro abstrato mesmo assim tipo eh os transtornos de ansiedade são genéricos e o trabalho é Mais Um dos fatores é bem complexo e exatamente essa é a nossa preocupação Principalmente quando a gente tá ali num grupo na ctpp falando sobre o que inclui numa norma regulamentadora se a gente teria já maturidade para incluir isso como um risco porque é claro que as empresas têm já que observar através de da legislação a gente pode cruzar a questão da
CIPA que teve a lei do emprega mais mulheres já teve uma alteração que a Cipa já passou a a também a prevenir e a questão de assédio moral e sexual se você for ver tem várias coisas a gente sabe a própria CLT que já necessita essa verificação Mas a partir do momento que você coloca ela numa norma regulamentadora eh nós questionamos se a gente tem essa maturidade justamente por essa subjetividade porque o risco psicossocial ele do trabalho especificamente ele vai variar com relações às vezes uma excesso de horas extras problemas de gestão acidente de trabalho
um caso de de assédio tudo isso eh Na verdade ele vai ter que ser mapeado para est nessa nesse programa de gerenciamento de riscos e o que que a gente percebe nos detalhes imagino aí vocês também Podem trazer da Justiça do Trabalho do dia a dia das audiências nós somos um ser completo né não é só o trabalho então muitas vezes a pessoa já vem póspandemia e o que a gente vem notando isso é esses casos de adoecimento como um todo o trabalho pode sim agravar mas o trabalho também pode ter uma condição aí de
de ser até uma uma salvação pra pessoa pois é eu tava justamente pensando nisso que antigamente que a gente ouvia isso né que por exemplo eh a trabalho dignifica o homem dignifica o homem a preguiça como é que tinha uma coisa que falava da preguiça eh não sei cori a alma alguma coisa assim então assim a gente tinha essa noção assim de olha vai trabalhar Vai ocupar a cabeça né Trabalhando que isso ajuda você nas questões emocionais enfim até tratamento você você estar ocupado você estar trabalhando antigamente né eu fui criado com essa ideia er
algo bom para você inclusive né se ocupar para sair desses problemas que você vive no seu cotidiano né na sua vida e aí hoje o que a gente percebe eh eu acho que é o contrário a gente tem muita ação trabalhista alegando nex com trabalho a gente faz as perícias né e a perícia assim eu fico até eh me solidarizo com os peritos porque assim ele faz uma análise lá Ampla né da vida da pessoa e normalmente vai na concausa dizendo que o trabalho é é um dos fatores né E aí você fica ali tá
E quanto vale isso como é que vai indenizar o que que que que o empregador poderia ter feito né Eu acho que esse é um grande problema né Essa Ideia da da concausa porque assim como você falou tudo pode ser motivo paraa pessoa chegar no estado desse né patológico pode ser o estopin né assim a gente não não é muito necessária essa análise principalmente até pelos Profissionais de Saúde seus médicos psicólogos psiquiatras todos que estão envolvidos com essa área e a gente até faz essa recomendação por exemplo uma empresa que tem uma estrutura para ter
uma área de saúde e segurança do trabalho tem às vezes médico do trabalho dentro da empresa tem um RH estruturado compli todos esses setores eles têm que conversar e muito zive todas essas alterações mas a gente tem que pensar que o Brasil a gente vai ter lugares posso até falar do comércio vai ter um um pequeno negócio e enfim e que ele também tá tentando diante de dificuldades de economia tudo isso sobreviver então assim é muito diverso e sem falar da informalidade mas assim trazendo pra formalidade né pelo que a gente tem aqui que a
gente tá eh mais detalhando é realmente necessário a observação com relação a tudo isso porque tanto você pode entender de uma pessoa que tá com um problema em casa e que ela chega no no trabalho e ela é mais um problema porque ela acaba às vezes até contaminando aquele ambiente pode ser um gestor que tá com problema e ele na verdade ele é o causador de todo o problema então assim a gente já viu de tudo né na verdade esse detalhe que é o que também a gente vê na realidade eh do dia a dia
na justiça você vê de tudo então eu acho muito complexo eh e tem exige muita maturidade para poder fazer essas análises e também não se colocar só pelo empregador e também não só eh penalizar o empregado tem que ter um aí um bom é é é bem difícil na prática né É muito difícil até dividir né O que que é realmente do trabalho e o que que é anexo ao trabalho por exemplo ir voltar pro trabalho que é assim tem a ver com transporte público da nossas né das cidades em que a gente vive aí
no Brasil e e como fazer essa distinção Como atribuir deixar pro empregador uma responsabilidade ou ou como que ele pode pensar em ajudar os trabalhadores em aspectos que ele não necessariamente vai conseguir promover uma grande mudança qualquer coisa menos conceder transporte né senão vai dar horas em í vai dar da salaro Natura da porque tem esse outro lado também né o empregador aqui no Brasil ele tem que tomar muito cuidado com as iniciativas né porque a nossa legislação ela não facilita pro empregador também ter condutas assim mais ativas que depois ele possa modificar né a
gente existe um grande medo nisso também né Sem dúvida e a gente tem que interpretar que muitas vezes aquele empregador ele é quase como um empregado ali empreendendo ele tem ali vamos supor que mesmo que ele tenha 15 empregados ele ele tá quase ali na mesma situação de então assim é bem difícil você olhar a realidade pelos dois lados e essa realidade humana realmente do psicoemocional que também traz toda essa questão por isso eu até falo que a gente tem que eu tenho falado muito isso a questão que a gente precisa da cultura da prevenção
no Brasil a gente não tem essa cultura isso Acho que desde casa nas relações de um de forma geral a gente não tem a cultura da prevenção a gente só lida com os problemas quando eles já não tem muit norment mais jeito e e assim eu acho que cada vez mais principalmente pensando nas empresas em tudo que a gente tá falando essa cultura da prevenção ela tem que chegar seja pro próprio empregado que está se sentindo doente seja por um problema em casa e que tá indo trabalhar não está bem seja porque tá passando uma
situação do trabalho difícil e a gente vê esse estímulo também aí as questões das denúncias e tudo isso também tem que ser uma forma bem responsável mas essa cultura da prevenção ela tem que chegar pois é mas aí a a ideia da prevenção eh você tem uma ideia percentual assim de quantos empregadores pelo menos na área do Comércio tem estrutura para isso para para ter RH para ter consultoria jurídica compliance Você tem uma ideia assim em termos de Brasil do que que a gente tá falando assim é bem impactante porque vou colocar não só comércio
vou colocar como tudo que que a gente tem de microempresas empresas de pequeno porte no Brasil chega a ser 98% então a gente tá falando de 2% então assim se a gente for falar aqui e a gente constrói legislação pensando nos 2% né nos 2% E aí vamos juntar outros dados de informalidade a gente tem cerca de 38% de informalidade Uhum Então a gente já tá falando de um cenário bem restrito então Eh aí vamos lá dependendo da legislação da forma como as coisas vão sendo aplicadas você vai afunilando cada vez mais porque você protege
mas muitas vezes você acaba estimulando a informalidade num cenário que já é de microempresa e empresa de pequeno corte então é um e é assim é um é um Stick puusa né podemos dizer assim e por outro lado também não tem como a gente abandonar a necessidade de certas proteções de certas necessidades e interações como você falou desse trabalho preventivo quem teria condições disso Então eu acho que de um modo geral mesmo os que não tenham às vezes um RH um comp tudo isso precisamos ser então seres melhores seres humanos melhores é é o trabalho
individual de cada um porque Pois é porque é difícil né É difícil você também querer resumir tudo a questão trabalho né assim eu acho que esse é um grande problema que a gente tem presenciado é E você tem visto na oit assim os países eles estão em que patamar você acha que o Brasil tá muito para trás Como que você vê o posicionamento do Brasil no âmbito internacional é também uma discussão bem complexa porque a gente vai ter ali realidades muito distintas que são os os países que são mais atuantes são os países da Europa
e os Estados Unidos eles eles têm uma outra visão e uma outros recursos né comparando África Brasil eh todas essas questões que a gente vê aqui Elas já estão sendo tratadas há muitos anos lá então por exemplo risco psicossocial pós pandemia justamente por por esse adoecimento eh foi feito uma cartilha e vários textos de todas as últimas Convenções elas acabam trabalhando tratando sobre isso então os países ele a gente não tem essa Na verdade essa essa uniformização então o que vai variar muito é a posição do por exemplo do do país do governo brasileiro então
o que que ele qual que como ele vai se posicionar a determinadas eh recomendações porque assim na ter você n numa conferência você pode elaborar uma convenção recomendação ou uma resolução Então são são instrumentos diferentes Então esse por exemplo esse posicionamento às vezes por uma convenção de tá ali também num voto porque o Brasil tem voto né como todos os países vai depender muito do que do governo ser Qual é a bandeira do governo atual e tudo isso o Brasil ele não tá atrás então por exemplo você pegar a lei da igualdade salarial que já
era uma questão defendida assim em algumas textos já da oit ele lançou ele lançou né ele Ele publicou a lei da Igualdade salarial que foi vista como um avanço e um cumprimento em acordo com o que a gente vê de proteção ao trabalho e igualdade entre mulheres e homens então o Brasil ele tá ele ele tá muito próximo em muitas coisas mas não necessariamente nos recursos que a gente tem aqui como estado Uhum Então às vezes o que muito é muito complicado a gente avançar nesse nessa justamente nessas obrigações do empregador se a gente não
alcança como estado certas proteções e estruturas acaba estourando na mão do empregador seria isso né todas as deficiências do Estado todo o subdesenvolvimento da do país toda a falta de formação do Trabalhador de repente surge uma regulamentação e o empregador tem que tentar fazer o possível para suprir todas essas carências e e lá na ponta não ser condenado depois né É mais ou menos isso né É por isso ele tem que fazer todo o trabalho dele preventivo e realmente de primeiro entender que que é necessário um clima organizacional bom é que é necessário pro negócio
mesmo do pequeno você vai querer ter uma padaria que os seus funcionários ali tão sendo maltratados eles vão atender mal o público alguma coisa aquilo ali vai vai vai vai refletir no negócio então acho que essa consciência tem que ter desde o pequeno que não tenha eu não tenho condições de ter um RH eu não tenho condições de ter treinamento Tudo bem mas vamos lá você tem um negócio seus empregados estão à frente disso eles são quem atendem vão atender as meses não é mais como antigamente Né manda quem pode obedece quem tem juízo acabou
essa época já passou né tem o pessoal tem que se conscientizar disso né sim ele vai ter que e mas exatamente o empregador não pode fazer o papel do estado é então assim a gente pode até falar em coisas polêmicas aqui como por exemplo a convenção 190 ela não foi foi ratificada pelo Brasil ela é uma convenção que trata justamente essa questão do assédio no ambiente de trabalho um conceito bem aberto de assédio conceito bem aberto e muito seria o ideal poderíamos falar sobre uma ratificação da 190 ninguém pode ninguém é contra ninguém quer que
tenha casos de assédio né ninguém quer mas assim que falar o que que a gente pode falar em na Suíça onde é realizada anualmente a conferência na Bélgica realmente a convenção 90 ela qual o impacto que vai ter agora no Brasil como que vai funcionar essa questão dos transportes públicos né até tem uma até uma uma certa eh questão invasão do que acontece no no ambiente privado do do empregado então Esse aspecto é bem complicado é e Tem certas coisas por ex a lei de igualdade salarial que todo mundo comemorou claro assim a gente quer
acabar com todo tipo de desigualdade né mas você sabe que em 27 anos de magistratura jamais vi uma ação AL negando que o motivo da discrepância salarial era questão de gênero sexo jamais em 27 anos agora que tem a lei a gente já tá recebendo é porque eu sou mulher estou sendo discriminada em 27 anos isso jamais Ouve essa alegação os paradigmas homens mulheres assim sempre sabe nunca nunca nunca sei lá isso nunca apareceu então eu acho curioso também né assim como a gente vai regulamentando e a partir da regulamentação também as pessoas vão né
mudando seus comport suas alegações E por aí vai então tem que tomar muito cuidado né com o que traz por conta do ambiente cultural que a gente possui né esse dado não eu não sabia que você já tava refletindo nas reclamações tras já já começa a alegação entendeu E e assim e a gente tá numa num momento em que há muita atenção voltada para esses temas né o csjt baixou alguns protocolos de julgamento por perspectiva de gênero né a gente tem isso hoje na magistratura que não é uma uma regra pulante mas é um protocolo
dizendo como os juízes devem interpretar as questões a partir da perspectiva de gênero então isso eh assim acaba mudando a forma de julgar de interpretar a legislação Enfim então assim você vamos lá deixa só problematizar você não acha que era só uma questão de mudar o argumento assim o embasamento jurídico mas o pedido é o mesmo que é o pedido de equiparação salarial indicando um paradigma é a impressão que passa entendeu assim se se a reclamante for mulher e o paradigma for homem dá para argumentar que é discriminação por gênero agora se o paradigma for
mulher aí já não argumenta isso entendeu assim é não sei Aí eu posso estar sendo extremamente jico é Posso estar sendo extremamente leviano aqui mas eu percebi que só vi esse argumento depois da lei antes da lei em 27 anos eu nunca vi esse argumento entendeu ele agora foi incluído ele agora foi incluído e o que que vai ter que acontecer as empresas vão ter que se defender de formas forma mais técnica ainda por isso que não dá o subjetivismos eles vão ter que que acabar só que é muito louco porque Como que você faz
muitas vezes assim até o próprio gestor que que funciona que que né que exerce bem ali o seu papel ele vai ter um elemento de subjetivismo porque é da relação humana e a gente tem que tomar cuidado para essas relações não começarem a ficar também é sei lá congeladas né as cépticas assim tudo né com aquele Politicamente correto morrendo de medo de tudo né Porque qualquer coisa você pode ser acusado de algo que né nesse contexto pode gerar depois uma condenação é complicado né é uma fase de transição também Ach é uma fase de transição
porque essa questão por exemplo lá eh tem uma experiência interna a com algumas empresas de treinamento de assédio moral sexual e o que eu costumo falar é isso a gente não a gente precisa entender o que é a gente precisa se observar porque muitas vezes a gente faz alguma coisa eh isso vale para um um treinamento de assédio vale para um treinamento de gestores a gente tem que se observar porque às vezes a gente tá agindo de um jeito que tá ultrapassando um limite mesmo uhum e mas também a gente não pode engessar as relações
como que a gente vai engessar Às vezes a questão de um colega de trabalho que trabalha 20 anos juntos que vai ter uma vão ter uma intimidade é natural não tá a gente tá ainda torcendo para que as máquinas não tomem conta né é outra coisa que a gente mas então você não pode engessar mas a gente tem que ver ali tem que entender os nossos limites assim é é e eu acho que nesse momento toda a cautela é bem-vinda né Porque a Gente Tá experimentando os limites ainda né então acho que toda a cautela
é é necessário né é complexo é complexo mas a gente tá a gente vai vai se vai se entendendo né Eu acho que a gente tá tá começando a a também perceber que o exagero não é bom também porque senão de fato a gente acaba se se distanciando né mas acho que a gente como toda a fase de transição Imagino que nós sairemos melhores e também ali eh pegando um pouco de cada lado e entendendo até onde a gente ultrapassou para chegar nesse ponto uhum e e também as consequências de que se a gente também
aplicar isso de uma forma a gente fala muito isso com relação à defesa própria da Justiça do Trabalho do que a gente quer do emprego formal como até já falei aqui então Eh se a gente não pensar que tem que ter todos esses elementos a gente né não vai ter o que defender também agora assim vocês acham que essa fase de transição ela vai até onde até o momento em que houver uma conceituação ou isso não vai acontecer porque não dá para sair conceituando cada um desses acontecimentos sociais tipo assédio e moral enfim o que
que vocês acham acho que uma engrenagem vai ter que ser eh bom o que vai dar ao final difícil saber mas eu acho que uma engrenagem que todos têm que se mexer então não adiant adianta aqui falar mesmo que eu fale em defesa dos empregadores não não temos que fazer nada não temos sim se eu falar em nome dos empregados não não temos temos sim judiciário a mesma coisa então todos têm que se mexer de alguma forma por isso que eu falo da cultura da prevenção e ao mesmo tempo eh se estruturando da forma como
puderem na forma dos recursos que tiverem sejam os empregadores em Provas em e na verdade em pensar primeiro o que que eu quero eu quero eh um melhor ambiente de trabalho isso acho que interesse de todos a mesma consciência pros empregados você quer viver num ambiente também tóxico que você tá sendo o o tóxico até até muitas vezes eu gosto de usar o exemplo da pessoa perceber em casa às vezes é um empregado ou um próprio gestor chegou o seu marido sua esposa e eles às vezes contam um episódio do trabalho aí as pessoa do
nada ela percebe um exemplo A mulher chegou e falou nossa meu chefe falou assim comigo e fez isso fez aquilo outro de repente aquele marido é o chefe e que fala assim então às vezes por ele por uma assim simples observação em casa ele consegue perceber o que que ele seede ou não ou aconteceu isso com um filho ou uma filha a sociedade é inteligente as pessoas são inteligentes de de de percepção muitas vezes Claro tão ali eh fechadas em em ideologias e tudo isso mas você consegue sim avançar como sociedade Eu acho assim como
um todo a justiça do trabalho ela vai ter que entender que também isso e reflete negativamente no mercado de trabalho o que me entristece essa questão da informalidade a gente por exemplo tive até uma recente exposição com outros países da América Latina os países da América Latina atravessam esse grande problema todos variando em 40% de informalidade muito alto então assim também outras coisas que vão passar a acontecer é ou a gente vai flexibilizar para outras formas de trabalho Pois é mas quando você fala em informalidade a ideia de buscar um trabalho formal não claramente vínculo
de emprego assim buscar essas outras formas de trabalho na sua opinião seria um caminho assim pra gente melhorar isso sim sem dúvida considerando a estrutura que a gente tem como país isso a gente tira da da informalidade a gente tem que pensar até outra discussão que vem que não não tá bem nesse tema mas é a gente tá falando de trabalho e é a questão dos aplicativos né da os trabalhos em plataforma a gente tem que pensar o seguinte eh não não podem estar descobertos totalmente de uma proteção social mas há também como você colocar
aquele formato que não se encaixa no no CLT tradicional mas que forma que a gente pode aí eh na verdade reverter isso pro estado como alguma contribuição seja paraa previdência e que eles TM alguma proteção Então a gente tem que enxergar essas outras frentes por isso que eu acho que tudo isso faz parte de engrenagem tanto naquela antiga relação empregado empregador quanto para essas novas formas sim e o que a gente tem que avançar é que é de ter mais formatos que contribuam pro estado e que essas pessoas tenham também proteção social é até porque
a questão não é só trabalhista né Previdenciário também assim tem toda uma questão de arrecadação de tributos né tem toda uma consequência jurídica disso né Sem dúvida agora voltando um pouco para pro nosso tema aqui eh uma questão que eu tenho é sobre o Home Office assim você já tem um números uma ideia do que aconteceu pós pandemia assim se oom ele foi positivo se foi negativo para as questões psicossociais como ficou isso na época da pandemia isso ficou muito afetado como um todo que não era só o trabalho né mundialmente né então assim não
tem como dizer e assim eu acho que de um modo geral é muito difícil a gente separar que é o que a gente já falou ali desde o início Como que você separa não meu problema aqui é 40% que eu tô passando em casa 6 sent o trabalho e tal muitas vezes é o às vezes até o que aconteceu no trabalho vai falar chega Não não não tô suportando isso a pandemia foi isso então você tem tanto pessoas que se adaptaram muito a esse tipo de de eh desempenhar sua atividade porque elas poderiam de uma
certa forma est ali próximos da família ou ou da sua rotina e pessoas que sofreram muito com isso com isolamento então assim esses impactos assim assim Possivelmente a gente ainda não a gente vai Observar isso ao longo dos anos mas nas análises dos psiquiatras os psicólogos quando eles vão fazer um uma uma trajetória toda eh de uma pessoa que tá num afastamento seja um perito no INSS tudo isso é considerado então isso impactou sim impactou todos porque Justamente a gente vê um o esse tema ele cresceu nos últimos anos depois da pandemia porque a as
questões de depressão todos como sociedade não é só no Brasil que a gente tá falando isso como todo então é a falta de contato também né a gente na verdade a gente tá passando por transformações que a gente não sabe ainda as consequências das escolhas que a gente tá fazendo agora né Por exemplo celular conexão digital né hoje já a gente já tá vendo as escolas né Eh retrocedendo nessa ideia de criança usar celular mais de 70% das escolas já são a favor de proibir totalmente o celular lá no ambiente escolar né e a gente
vê a vida das pessoas hoje é todo mundo com com o seu aparelhinho conectado o tempo todo existe uma correlação dessas doenças psico né doenças psicológicas com o ambiente digital com a digitalização do mundo com a virtualização do trabalho você acha que existe uma conexão issso Sem dúvida ele ele pode ser um elemento ali sem que vai ser configurado muita a gente tá falando até de Às vezes tem excesso de cobrança isso existe sim Quando Às vezes o trabalho é o que tá adoecendo que a gente vai ter casos que é o trabalho que tá
adoecendo seja por eh cobranças absurdas ou o o a forma dessas cobranças e um excesso sim porque eu preciso de tanto ter aquela conexão que eu não consigo ter o tempo eh nenhum tempo fora e se eu não utilizar eu vou ser punido por isso aí a gente pode lidar aí com várias questões questões de sobrevivência dependendo de como é aquela ameaça pelo trabalho gente a gente vai encontrar de tudo de tudo né de tudo isso sim e acho que até pelo nosso socialmente a gente utiliza muito o celular demais né E quando você não
utiliza as pessoas reclamam você não responde já tem gente ligando para falar olha a mensagem olha tá muito tempo sem olhar o celular e o conceito de meio ambiente de trabalho já tá pronto para esse mundo virtual também você acha que deve haver uma mudança no conceito ou já é a nossa legislação já abrange isso já abrange esses problemas ela tem que se adaptar mas eu não eu não acredito que a gente tenha dados ainda para que isso tanto que eu falo que o nr1 não sei se a gente teria maturidade para incluir o psicosocial
como um risco de gerenciamento de de de ambiente de trabalho por justamente pela subjetividade a gente precisa madurecer em elementos eh fáticos mesmo de como a gente vai interpretar cada coisa para aquilo ser considerado agora a realidade é essa por isso que eu falo que não tem como a gente ignorar uma mudança e e na verdade uma conversa entre todos numa empresa principalmente a parte gerencial é fundamental que esteja atualizado gestores sejam eles de de dos trabalhos mais simples aos mais complexos eh de que estão liderando pessoas e de que eles podem ser eh geradores
de problema ou de solução é e por exemplo quando a gente fala também na nr17 que fala sobre adaptabilidade do do local de trabalho das condições de trabalho eh como que funciona no Home Office as questões mais simples por exemplo a gente tá falando muito de ficar conectado demais né de computador celular que as pessoas acabam usando horário de trabalho e não tem quem diga que não porque vai ser mentira então assim eh como fazer uma adaptabilidade do Risco ergonômico como mapear um risco ergonômico por exemplo de quem tá usando computador e celular trabalhando em
Home Office isso é super complexo né al super o que muitas vezes as empresas fazem é fazer uma orientação e deixar um canal específico se é aquela aquele empregado ele tanto precisa de um equipamento específico por exemplo um computador ou seja uma uma adaptação ou uma cadeira ou também se tá precisando de um de de uma análise eh particular né assim específica só que isso a gente tá falando de 01,0001 de quem pode fazer isso principalmente por exemplo se eu falar dos maiores empregadores dessas empresas microempresas empresas de pequeno porte elas não vão ter essa
estrutura muitas vezes funciona a gente vai falar tanto dos que funcionam do Comércio em geral que nem vão ter esse o Home Office uhum na verdade serviç limpeza não são nem compatíveis e sim a gente vai falar de uma de uma parte ou que tá fazendo ali meio que empreendendo com poucos e com pouco recurso inclusive para poder fornecer esses equipamentos sinceramente vai ficar no do caso a caso daquele empregado normalmente essas questões pelo menos a gente observa eh quando um empregado ou outro eles eh reclamam sobre isso são de empresas até que T mais
estrutura Ou seja que poderiam dar e não deram né ou ou que ou que vão comprovar que deram que deram todo o fornecimento e atendimento específico de saúde e segurança do trabalho para aquele empregado tá isso é bem importante que você tá falando que é a importância de que as empresas eh juntem subsídios né para depois quando chegar no judiciário sim documento que é super previsível S que tenho provas robustas e que apresentaram possibilidades daquele Trabalhador de exercer um trabalho de uma forma portável né E você comprova isso realmente se você tem um e-mail corporativo
se você tem um e-mail que você e colhe uma nocia al do empregado do que tá fornecendo esse treinamento um treinamento online que é isso a pandemia trouxe pra gente facilidade de onde estiverem eles podem receber esse treinamento muitos locais foram desmobilizados né até para reduzir custo Mas o que eu tenho notado é que até essa parte assim de escritório das empresas T retornado pro trabalho presencial não totalmente ente mas a maior parte do tempo eu já vejo uma diferença nisso tudo a gente vê também na justiça na questão das audiências pessoal tá querendo voltar
né Eu acho que o modelo híbrido vai vai ser o modelo vencedor né porque aquela rotina também de obrigatoriedade todos os dias naquele mesmo horário e tal às vezes também não se justifica né então eu acho que o modelo híbrido é um modelo vencedor na Na minha percepção até porque a pessoa ficar só em casa ou só no trabalho gera um pode gerar um estresse também desnecessário né porque ficar só em casa também não é fácil né eu que tenho seis crianças em casa e como que você monitora a saúde psicológica do empregado que está
em casa tamb é difícil que no invz de trabalho você nota né a pessoa que tá muito quieta que tá não você percebe a gente percebe Com certeza é isso mais uma vez o empregador o grande empresário ele ainda consegue e disponibilizar para esse trabalhador ou pra equipe de trabalhadores dele um RH um psicólogo o um setor de denúncias ou alguém que possa ouvi-lo né uma ouvidoria agora e o pequeno e o microempresário né o que dizer para esses esse esse grande enorme grupo de empreendedores no no Brasil di que é o Real empregador Brasileiro
né é o Real empregador brasileiro Pois é e Como orientar eles em relação a toda essa normatividade a gente traz aí novidades ó estamos aqui Chei de novidades para vocês nr1 muita coisa paras consequências em todas as nrs E agora como é que a gente vai fazer E aí assim né O Pequeno empresário fala tá E aí que que eu faço como eu posso ajudar como eu posso porque eu acredito também que o empregador ele quer que o empreendimento dele Vá bem ele quer que os trabalhadores estejam num ambiente seguro confortável saudável é o que
você falou né bom para todo mundo gente é isso mas como ele pode implementar isso com os parcos recursos que ele tem gente não tem empreender no Brasil ter empregados né vai fazer parte assim como todas as obrigações que a gente vai ter no Social tudo isso você vai ter que olhar para isso só que o que eu que eu gosto de defender é que quando você investe nas pessoas quando você investe em melhores pessoas e não necessariamente isso depende de recursos financeiros você agrega como um todo como negócio como ambiente de trabalho como sociedade
não tem jeito então assim é por isso que eu falo da cultura da prevenção você não vai ter Ah não vou ter o recurso de trazer o melhor especialista de treinamento mas eu observo ou eu não tô bem então eu paro aqui empatia né Assim são requisitos das relações humanas saudáveis né algo assim né mas é é difícil demais na prática né porque assim aí começa a acontecer as coisas né Por exemplo eu tava conversando com um colega ele falou que pegou um caso que a menina foi com uma calça jeans dessas rasgadas né E
aí um colega de trabalho brincou colocou o dedo assim no buraco assim da né na perna dela né Pronto né aí ela denunciou por assédio eu acho que a conduta Foi inapropriada mesmo você não pode colocar o dedo na perna de ninguém enfim sim eh mas assim eu fico imaginando que pode ser uma pessoa que não tinha assim como eu dizia eu tive uma uma empregada doméstico falava que não tinha senso de noção né fez l a brincadeirinha dele e aí enfim aí levou pra empresa a a empregada a empresa tomou conhecimento apurou viu que
era inapropriado dispensou por justa causa o o rapaz lá que fez a brincadeira né E aí assim né Eu achei que a empresa foi bem rígida mas correta né aí depois a empregada quando sai da empresa eh vai nas cho trabalho pede dano moral e a empresa foi condenada em dano moral aí eu fiquei pensando mas o que que a empresa poderia ter feito botar no regulamento de empresa não se coloca dedo em buraquinho de calça assim o que que eu fico pensando assim porque toda vez que eu pego casos assim que pede condenação dano
moral dano patrimônio eu fico pensando assim eu eu eu exerço essa autoridade né que que o empregador poderia ter feito de diferente assim o que que ele poderia ter feito para evitar ou para né remediar a situação é muito difícil né e teria que comprovar que fez treinamento teria que comprovar que tem uma Cipa at treino coloca dedo buraquinho de calça sabe é muito difícil porque assim contar com o bom senso Exatamente é é muito complicado análise dessas provas né O que que ele que que ele contribuiu para reduzir ou que não contribuiu mas realmente
vem dentro dessa subjetividade agora aquele também empregador que não faz nada pois é e não pode isso com certeza não pode ele não pode falar não é problema meu é problema entre vocês aí trabalhadores eu não fiz nada né obviamente ele não pode fazer isso né É acho que por todas ess alterações que a gente vem notando elas vão colocar o problema na mesa e de alguma certa forma seja porque vai ter uma lei da Igualdade que vai ter a multa aumentada a fiscalização o risco da fiscalização a empresa que já não cumpre vai passar
olhar para isso a que cumpre vai revisar e assim como foi a Cipa Ah então minha Cipa Então como que eu vou fazer tô fazendo uma Cipa da forma correta vou vou atualizar vou fazer um treinamento efetivo vou apurar e porque a gente vê casos também que que não Aquilo não é muito apurado enfim e aí às vezes agora e com essas alterações também passam a apurar Mas isso também a gente tá falando de lugares que tem toda essa estrutura que tem a estrutura né porque aí fica mais fácil de você verificar enfim né compreender
a situação agora quando não tem né É o pequeno eu acho que a observação às vezes é seu negócio se não se tem público né você tá Você tá tendo um problema com com atendimento que até o que eu falei que isso reflete muito né a gente gente isso é muito comum Às vezes você vai num lugar vai num restaurante Você pode ter a melhor comida mas às vezes vai ser um atendimento ou alguma coisa que acontece naquela né gestão que vai anular o negócio se você no seu bolso então não for olhar se você
não olhar pelo ambiente você vai olhar por algum outro lado Uhum agora é isso é é a consciência é difícil aqui a gente trazer né uma fórmula e mágica Mas a questão toda é sempre essa conscientização é porque mais uma vez quando a gente fala de CPA a gente tá falando quem que é obrigado a ter CPA comissão interna de prevenção de acidentes né gente são as empresas com mais de 20 trabalhadores então assim mais de 20 empregados você já exclui aí os 98% né é isso exclui você exclui é a própria a lei da
Igualdade salarial você vai falar com empresa acima de 100 empregados também então quando foi quando foi ver a gente foi ver o número sal me engano são 50.000 empresas de um total de aí acho acho que são 10 milhões CNPJ são é uma coisa assim né não tem esse dado ma mas o número é muito pequeno se você pensar em nível Brasil gente isso assim também concentrando muito eh essas grandes inclusive nessa questão aqui Rio São Paulo Minas o sul as essas grandes né muitas vezes as grandes elas concentram esse centros eh de escritório né
as a matriz em si e vão ter filiais menores nos outros eh estados então tem uma tem uma complexidade também quando a gente vai olhar Brasil como um todo eu acho engraçado que a nossa Constituição fala né que tem que haver tratamento diferenciado PR as Micro e Pequenas Empresas n e a gente tem um estatuto né da micro e da pequena empresa mas que em matéria trabalhista tem lá uns dois três artigu lá muito pouca coisa tipo não precisa botar quadro de horário na parede né destroço assim un negócios assim burocráticos assim mas que né
De fato não faz esse tratamento diferente né E aí eu tem uma crítica que eu gosto de fazer também aí na a instituição que eu pertenço que a gente tá muito acostumado a olhar o micro pensando no trabalhador né Eu acho que falta esse olhar do micro pro problema ali pequeno olhando pro tipo de empregador n do que que a gente pode exigir razoavelmente de um tipo de empregador é mais ou menos o empregado a gente resolve no concreto empregador no abstrato né o empregador vem um pacote pronto igual para todo mundo e assim e
a realidade não é essa né bem diferente muitas vezes dependendo de uma situação de uma condenação você acaba acabou e a gente at defende muito isso sem o emprego não vai ter é o empregado né a gente tem que sempre olhar essa essa esses dois lados Pandia pandemia trouxe a lição pra gente né se a economia acaba n se dispenca o emprego some né então ali a pandemia foi um laboratório pra gente entender isso né assim a gente precisa de desenvolvimento econômico para que a gente possa ter né uma oferta de trabalho de emprego e
e e e muito interessante também que as estatísticas mostram que a época em que os empregados Estão melhores obviamente é quando a economia tá forte né quando a economia tá fraca você tá ali a discussão é basicamente manter emprego né quando a economia tá forte aí você discute vários direitos você discute aumentos e enfim por aí vai né mas economia fraca É só sobrevivência n é e a concessão do mínimo possível né assim não vou conceder benefício nenhum porque pode incorporar aí entra a lógica da intervenção de dar mínimos Obrigatoriamente né para ir tentando aumentar
os mínimos que é a lógica tradicional do direito de trabalho né conseguir dar os mínimos por intervenção imposição coersão fiscalização e condenação a lógica ela parte disso ao invés de ter um ambiente favorável né em que todo mundo esteja ganhando junto a empresa desenvolvendo o emprego sua vendo a negociação correndo solta e as pessoas negociando seus interesses e aumentando Eh esses esses pacotes né de direitos e benefícios né é uma lógica aqui no Brasil acho que ainda muito atrasada a minha percepção né é uma ainda é uma uma lógica de não perceber esse tudo uhum
a gente vê isso se reflete nas negociações coletivas isso se reflete muito quando a economia tá aquecida ou não mas ainda assim Tem situações que são bem enraizadas de realmente você não olhar esse esse contexto Uhum Então e porque tem essas figuras né como a figura fossem eh vilões e mocinhos e e na verdade são pessoas e você vai encontrar eh do todos os lugares inclusive na área pública né inclusive quando você fala em agentes públicos você também tem de tudo né é ser humano né então assim realmente é complexo a gente precisa de uma
mudança de mentalidade eu acho que forte né total e justamente como que a gente vai caminhar aí até voltando né com essa questão toda do psicossocial que a gente fala do psicosocial no trabalho mas do psicossocial como um todo porque é uma sociedade adoecida sim o mundo tá doente né de uma forma geral né começando já pelas crianças assim a gente vê assim a gente fica espantado de ver como a gente já tem crianças inseridas Nesse contexto né de ansiedade de transtornos assim a quantidade é impressionante né assim psicologia é profissão do futuro do presente
eu acho até né porque eh crianças estão precisando demais porque já entram Nesse contexto patológico da nossa sociedade é uma impressão que que que eu tenho assim e e são e são os que do Futuro né os que vão estar no mercado de trabalho convivendo inclusive com as mudanças que a gente vai ter cada vez mais tecnológicas então assim é impressionante é uma necessidade de urgente de olhar para isso Uhum Então a gente vai ter que olhar para isso eu acho que é o nosso papel se a gente pode orientar quem ainda tá com com
a força aí do capital do trabalho eh de movimentar isso então vamos incentivar tanto os que são grandes e já TM essa estrutura quanto os que são pequenos para pensarem sobre isso então eu acho assim esse tipo de conteúdo que a gente vai veiculando e incentivando e eu acho muito interessante o formato que a gente vê desde a reforma trabalhista não sei se também foi coincidentemente eh Talvez meu ido mais atuante de de mercado de trabalho sei lá dos últimos 10 anos tenho já 18 anos de mercado de trabalho mas de como o direito do
trabalho ele tá o tempo todo aí ele tá nos jornais ele tá seja por alterações legislativas e muitas pessoas como vocês aqui fomentando ideias e na confederação a gente faz muito esse papel e a gente levando isso tudo a gente também vai fazendo esse trabalho seja Porque vão ter que se defender seja Porque vão eh oferecer e incentivar e investir em melhoria como clima organizacional como um todo Posso fazer uma pergunta bem leiga assim foi você acha que a questão geracional também se conecta com essa questão dos riscos psicossociais a gente ouve muito falar isso
né por isso que eu falei que uma pergunta leiga que eu não tenho dado nenhum concreto mas a gente ouve muito falar que essa geração mais nova tá com outro tipo de demanda de dificuldade muita gente até fala que é uma geração mimimi né né que não aguenta o tranco você acha que tem um corte geracional nisso também ou é é muito lenda Acho que tudo conversa é um elemento Sem dúvida porque é uma geração que ou ela vem com com o limite reduzido ou não ou o que ela faz porque a gente perceba até
onde iam os nossos limites uhum Pois é V essa is interessante sab você sabe que na magistratura a gente passa por isso os novos chegam já assim eh cadê meu assistente aí você pensa assim nossa eu fiquei 17 anos trabalhando sem assistente fazendo tudo sozinho aí você já se sente no lugar do velho né Na minha época Mas eu sempre fui cabeça boa então eu sempre achei que tudo aquilo que a gente passou de ruim a gente não precisa que os novos também passem né a gente vai evoluindo tal mas tem essa essa né essa
percepção né de que o pessoal já chega com um nível de exigência que é muito maior do que tinha lá atrás e eu acho isso bom né em certos limites eu acho que pode ficar patológico né de também não não aceitar nada de não querer nada de não querer um sofrimento Zinho né é bom não e exatamente e ess esse lado na hora que você faz essa pergunta é isso sem questões técnicas eu acho que também a gente não chega ali a uma verdade eh Total sobre porque exatamente isso tem um limite eles têm mais
eh limites mas como está existência também porque eu eu também brinco Nossa quem já foi estagiário e levava e carregava processo e andava para cá e ficava na fila para ser atendido Viar não tinha processo judicial eletrônico isso trouxe uma uma uma um resistência um na verdade um uma estrutura acho que para resolver problema eu tava falando sobre isso porque a gente tem a gente vem às vezes uma geração que a gente sabe resolver problema a gente sabe resolver o que vem aqui ali assim e muitas vezes assim a gente até tem essa às vezes
essa crítica com com essa geração Mas é isso então vamos aprender com queam o que tem de bom e ensiná-los o que o que a gente também aprendeu Ah eu também eu gosto de olhar o copo sempre meio meio cheio gente sempre acho que assim tudo que a gente viveu né de dificuldade tudo mais foi o que lapidou a gente a ser o que a gente é hoje né a ter a nossa resiliência a ter essa serenidade de diante dos problemas eu eu caminho do meio né é o caminho da virtude é sempre em Tudo
É então ambiente de trabalho seguro e sadio é legal pode e deve deve né a gente agradece Lu a sua visita maravilhosa volte sempre para conversar com a gente aqui é isso aí Lu fui maravilhosa assim é um tema que assim deixa muita coisa aberta né porque a gente fica fica com aquela eu acho que a gente tá numa fase que a gente identifica os grandes problemas mas a gente tá com dificuldade de encontrar as melhores soluções né a gente tá tateando você tem essa sensação que a gente tá um pouco tateando ainda eu tenho
essa sensação Mas eu também me eu tenho receio que eh as pessoas também fiquem só assim e não tenham ação coisas prática porque tem coisas que a gente já pode a gente pode fazer em fazendo para ver se esse resultado mas esse resultado também vai depender do que a gente começa a fazer agora eu entendo que não É um cenário que a gente defina totalmente Essa é a regra é isso que vai dar certo Uhum mas é por isso que eu falo tanto dessa questão da cultura do preventivo do que se deve fazer então não
adianta também eu tá num papel de ah nossa Ah isso realmente é muito injusto não é muito subjetivo tudo bem concretamente O que que eu posso fazer que que eu posso fazer é treinamento eu posso realmente me empenhar com as minhas áreas meio eh de trazer uma consciência isso pensando os que podem ter e é é isso tem que colocar isso em prática a gente tem que plantar tudo isso muitos já estão plantando E então a gente tem que plantar tudo isso para realmente ter defesas e colher um resultado diferente então acho que tem muita
coisa já que a gente pode fazer e muita gente já tá fazendo e Se alguém quiser entrar em contato Passa aí a se seus né seu seu Instagram enfim suas redes sociais até para as pessoas poderem dialogar pegar exemplos assim como é que o pessoal pode a eu tenho Instagram Luciana Diniz ADV é é isso né Instagram tô até lembrando meil Instagram hoje exatamente Maravilha ótimo eu agradeço o convite agradeço esse bate-papo maravilhoso são pessoas que eu admiro e gosto de estar sempre por perto então muito bom muito obrigada nós te agradecemos e quem quiser
me achar nas redes sociais é @otavio kv temudo eu sou @ anacarol S Martins e nós somos é legal mas pode ficou meio né maravilhoso obrigado gente até a próxima tchau tchau tchau