[Música] Olá muito boa noite uma satisfação está aqui com vocês mais uma vez para nossa interlocução para o nosso encontro e desta vez o tema aquilo que vai estabelecer a nossa ligação será o amplo o rico diversificado território das psicoses uma satisfação já ter algumas pessoas aqui que estão aqui conosco Deixa me ver temos aqui aloide muito boa noite loja como é que você está como é que está aí a noite em São Paulo loys Tatiana também está em Florianópolis um abraço Rafael temos também Gustavo como é que você está Gustavo muito boa noite a
Mara Lúcia Rosângela Edilene Rute Ana Cristina está em Goiânia nos acompanhando temos também a Cristiane ótimo Fique à vontade para que vocês possam aí se apresentar quanto aos lugares desde onde vocês estão nos acompanhando Márcia um prazer reencontrado aqui muito boa noite Alessandra também muito boa noite Alessandra Lana também você tem aqui conosco temos aqui o Thales Sheila algumas pessoas que eu estou vendo aqui Delfina muito boa noite Delfina como é que você está então sejamos todos aqui muito bem-vindos o meu áudio chega bem para vocês Vocês estão conseguindo me ouvir bem Se alguém puder
me dar um retorno para que eu possa que se preciso for realizar um ajuste Valéria é muito bem Estamos já aqui dando as boas-vindas em breve de fato estaremos iniciando temos a Kátia que está nos acompanhando desde Austrália um abraço a todos a Roberta Vanda sim o som está ótimo obrigado valeu Marília também está aqui conosco muito bem Jussara Sheila temos pessoas que estão em São Caetano do Sul Maringá São Bernardo do Campo ótimo temos também pessoas que estão né Minas outros lugares de São Paulo do Sul muito bem Júlia seja muito bem-vinda quem está
aqui chegando pela primeira vez aqui ao canal do esp seja muito bem-vindo muito bem-vinda vocês podem verificar depois que há vários materiais aqui disponíveis sempre né UESP está realizando muitos e muitos eventos cada vez mais em perspectivas bem distintas temas que abrange né diversos territórios quanto a psicanálise na nossa contemporaneidade e isso é bastante interessante para que tenhamos aqui um bom espaço de interlocução não é mesmo quem já conhece né aqui o canal os cursos também do épicos cursos concentrados curta duração bem como após graduação temos aqui né alunos que são e também foram nossos
alunos na pós-graduação Afonso muito boa noite né está em Belo Horizonte então a todos vocês nas mais diversas regiões aí do Brasil sejam todos muito acolhidos estaremos aqui realizando o meu propósito aí se realizar alguns apontamentos que me parecem bastante relevantes importantes para que possamos sim a partir daí realizar uma aproximação Inicial Conta Um percurso que depois com mais tempo né poderemos desenvolver estamos aqui em vias de iniciar mais um curso concentrado no Extra um curso que eu vou conduzir realizei agora pouco um curso que foi bem interessante sobre a neurose obsessiva e a clínica
psicanalítica e agora na próxima semana e ao longo de quatro encontros ao todo nós estaremos realizando Um percurso mais detalhado mais cuidadoso no que tange ao campo das psicoses né pensando a clínica psicanalítica a partir das psicoses não não só já entrando aqui no nosso tema não só para pensar as psicoses propriamente mas Eis aí algo importante Eis aí uma peculiaridade que podemos obter a partir das psicoses é extrair né da problemática das psicoses extrair daquilo que nós construímos junto ao sujeitos psicóticos extrair dali elementos que nos orientam não só para a prática diretamente voltada
para as questões das psicoses mas para a prática analítica como um todo daqui a pouco vou falar um pouco mais sobre isso mas aqui já fica um propósito né uma perspectiva maior quanto ao encontro desta noite e certamente contra aquilo que estaremos desenvolvendo aí no curso por vir a equipe do oeste está aqui atenta especialmente a Carol estará aqui colocando indicativos observações é quanto a este outro momento para que daqui é a gente possa agora na nossa interlocução possamos nos concentrar propriamente nesses recortes desta noite e quem assim desejar fico muito à vontade vai ter
os caminhos aqui para que possa depois buscar os aprofundamentos no curso propriamente dito Camila Padovani um abraço a todos os colegas analistas aí junto de você aí em São Paulo pois bem é um primeiro apontamento que eu gostaria de trazer para cá em se tratando né das psicoses e a psicanálise né com um olhar também devidamente voltado para nossa contemporaneidade é que o campo das psicoses com as suas problemáticas com as suas intensidades e com suas inúmeras variações Eis aí algo muito importante de ser bem estabelecido como ponto de partida não nos enganemos o campo
das psicoses é extremamente vasto variável qualquer expectativa de um modelo de Psicose por Mais é claro que nós tenhamos como eu verei né observarei Daqui a pouco nós tenhamos espécies aqui de dois grandes paradigmas especialmente a partir de Lacan no que tange a clínica das psicoses mas manifestação né o Patos das psicoses é algo que se apresenta sobre uma ampla variedade de formas de intensidades portanto de caso iscas nesse sentido é algo que sempre é estará tensionando impulsionando para outros espaços para outros né outras dimensões com relação a topografia né mapeamento da Clínica estará sempre
ampliando quaisquer espécies de modelos sobretudos sobre modelos muitos estritos que buscamos estabelecer quanto a manifestação quanto as características de um dado quadro dentro do amplo território das psicólogos veremos alguns detalhes quanto a Isto daqui a pouco eu gostaria de dizer feito este primeiro sublinhado é que existe em se tratando psicoses E aí Eis um elemento que pode ser muito orientador para a prática psicanalítica como um todo né não só para o enfrentamento das psicoses mas para se bem localizar o que está em jogo na prática analítica O que é possível na prática analítica a partir
obviamente da experiência de cada análise mas o que está em jogo que nós já podemos extrair do território das psicoses esta interessante entre o vivido e o mortífero Vamos colocar assim né Vamos colocar na tentativa aqui de mapear uma dicotomia uma Páscoa que sempre se apresenta o campo das psicoses traz para nós esse tipo de enfrentamento né em que olha nós vemos uma série de fenômenos uma série de acontecimentos uma série de acometimentos né relacionamentos do sujeito posicionamentos quanto aquilo que lhe afeta que é fazem fronteira com isso que nós podemos aqui chamar de uma
certa mortificação então a modificação no aspecto em que aspecto no aspecto da manutenção de uma certa captura manutenção de daquilo que por exemplo Freud muito bem em seu texto sobre luto e melancolia naquela passagem muito clássica em que ele falando dos quadros melancólicos ele vai dizer que ali tem algo da ordem de uma sombra que recai sobre o sujeito não é mesmo diante da perda do objeto uma passagem muito importante poética e ao mesmo tempo clínica de Freud ele vai nos dizer que tentando fazer uma diferenciação quanto ao que queria ser é uma relação quanto
a perda do objeto nas neuroses ou seja isso tudo que comporta a problemática Do Luto tentando fazer uma diferenciação entre isto e é a perda do objeto na nos quadros melancólicos que seria o que hoje faz aí uma fronteira uma aproximação com problemáticas da Psicose onde é a depreciação onde o empobrecimento do humor do afeto seria uma espécie de fenômeno Primeiro vamos colocar assim né então esse Território que nós estaremos lidando aí com o campo das depressões severas em se tratando das psicoses é por aí que nós podemos encontrar uma tentativa de localizar o que
que era aquele mapa da Clínica naquele momento para Freud em que a melancolia Eram quatro demarcado pela psiquiatria de então e psicopatologia daquele momento estamos aqui em torno de 1915 e 16 17 e o que hoje uma transformação nosográfica nós podemos tentar localizar como aquilo que faria hoje às vezes né teria uma certa equivalência com que era naquele momento demarcado como um quadro melancólico um quadro um território das psicoses então o que que freja nos dizer ali é que ali sim tem algo de uma outra ordem em que é junto da perda né do objeto
junto da falta perda do objeto Extra que se manifesta das mais diversas maneiras na vida de cada um mas diante do encontro com aquilo que é configura Restaura a dimensão da perda é algo de Sombrio Freud fala né da sombra do objeto recaindo sobre o sujeito e aí colocando numa condição em que ele se perde identificado o objeto Ele se perde junto do objeto ao que ser desenvolvido a partir dessa passagem Eu Estou só tentando localizar aqui é um aspecto que me parece importante para localizarmos mais precisamente isso que eu estou te chamando de uma
dimensão Mortífera em que é junto de Lacan podemos né pensar que é uma incidência uma forma de incidência do gozo sobre o sujeito e aí é este aspecto Sombrio e que Freud vai nomear também no texto luta melancolia um fenômeno interessante ele vai demarcar bem frisar nesse fenômeno que vem a ser o Crepúsculo do mundo meu seja muito bem-vinda O Crepúsculo do mundo Geraldo igualmente muito boa noite então esse Crepúsculo o que que é o Crepúsculo o ocaso Então seja da vontade da iniciativa do laço social do afeto da motilidade né Vamos pensar aí é
quadros né nos territórios das psicoses que sobre diversos ângulos diversos aspectos é apresentam essa dimensão crepuscular é isso que eu gostaria de frisar essas dimensão crepuscular que está posta nas psicoses e que se fomos pensar um movimento Clínico muito importante que presenciamos junto aos psicóticos e que Daí podemos então pensar como propiciar que este movimento também possa se dar na clínica que é um movimento por isso que eu falei da báscula o movimento pendular que é considerando que há essa dimensão este Horizonte crepuscular como né uma problemática densa séria é de consequências que devem ser
muito bem pensadas medidas em se tratando das psicoses mas é importante verificarmos que temos também isso tudo que Freud vai chamar eu estou aqui me baseando né em elementos que encontramos em situações distintas em textos distintos em Freud encontramos né A partir desta localização é de uma problemática crepuscular do ocaso do Crepúsculo do mundo e dos né laços libidinais encontramos também uma via que podemos chamar de uma via mais reconhecê-la com uma via mais construtiva uma via mais solar para fazer contraposição ao Crepúsculo Então você tem ali uma espécie de Crepúsculo e claro se você
tem Crepúsculo você também pode então já no movimento vascular considerar sindagar é por onde que passaria este outro do Crepúsculo que é Alvorada né então esse nascer do sol fazendo movimento diferenciado é quando comparado com Crepúsculo estou usando essa metáfora Mas para que possamos daí é aprender é um tipo de movimento que conseguimos verificar em diversos textos de apontamentos de Freud com relação às psicoses quando por exemplo se aqui é acerca do Crepúsculo eu recorro a esta pontual passagem em luta e melancolia e para que possamos então desenvolver este aspecto não Crepúsculo do mundo Crepúsculo
do universo então uma dimensão crepuscular da problemática das psicoses temos que pensar por exemplo quando Freud em outros momentos vamos ao caso xereder é um grande né momento é no que tange a o que há de basal na clínica das psicoses Freud vamos falar exatamente do Delírio como uma perspectiva de reconstrução de um mundo em ruínas então Freud localiza é dois aspectos muito importantes finos aspectos que estão o tempo todo presentes nos territórios das psicoses E aí O Grande Desafio para considerarmos o que que é uma clínica vamos a Lacan possível né quanto as psicoses
no tratamento possível é o que considerar que é esse tratamento possível Ele está ali se tornando viável se tornando uma aposta que tem o seu lugar dependendo de cada situação mas que haja considerar é esses dois grandes movimentos que são os movimentos subjetivos da Psicose não é do mesmo modo que vamos alakan no seminário 11 ele nos propõe dois movimentos importantíssimos para Constituição do sujeito que é alienação e separação em Freud né e não podemos perder é oportunidade de escutar que esses dois movimentos de alguma maneira eles ecoam esses dois movimentos em Freud no que
no que tange especialmente pelo menos o território das psicoses esse movimento que tende para um Horizonte né que tende para uma direção crepuscular e do contrário o movimento que tende para uma espécie de Alvorada uma tentativa de construção Freud localiza naquele momento especialmente E aí que podemos pensar aonde que isso pode ser encontrado a cada né encontro com as psicoses mas encontramos em Freud repito para quem está chegando estou enfatizando aqui é sem agora me preocupar com grandes detalhes eu estou enfatizando o movimento Clínico que Freud nos aponta que é o movimento do sujeito esse
movimento de construção ou movimento de Crepúsculo de em si mesma meto né que que leva Freud não só Freud mas inclusive é psiquiatria né É antes de Freud e juntos de Freud a traçar por exemplo no campo das esquizofrenias a importância de ali verificarmos o traço altístico né esse esse mesmo momento que décadas depois nos anos 40 é de traço por si só né Por Léo kanner é que vai abrir caminho para o campo específico do autismo Mas o que eu quero dizer é um outro território um que tange aqui essa discussão de base o
que eu quero dizer é que como que é este elemento do esse mesmoamento da atrofia dos laços atrofia do Comércio é algo que está é já salientado por Freud ao mesmo tempo que ele salienta a dimensão possível de uma construção é por que que eu estou a dizer sobre esses dois aspectos na medida em que me parece que certamente para Lacan é este duplo movimento ele foi muito bem percebido não é e é daí que nós podemos então também localizar é como que o fazer da Clínica as possibilidades os desafios que as psicoses nos coloca
nos colocam e o que podemos com elas fazer construir poiesas a construção da Clínica e a partir delas também considerar o que eu disse aqui bem no início né as psicoses trazem esta interessante porque é em se tratando das psicoses o que está em questão Claro é a problemática das psicoses mas não somente das psicoses é essa bascula maior né de se pensar como que este duplo movimento de certa maneira isso esse movimento se coloca na clínica na lista como um todo é aí que a gente pode por exemplo bem entender né um dos aspectos
que estão em jogo quando Lacan ele propõe que o psicanalista não deve recuar diante das psicoses uma formulação de Lacan bastante interessante ou psicanalista não deve recuar diante das psicoses é estaria Lacan dizendo que o psicanalista não deve recusar né a sustentar a conduzir casos de Psicose que o psicanalista não deve ser furtar a se encontrar com né A questão psicopatológica das psicoses né com a eclosão das psicoses ou Lacan está aí me parece mais né pertinente isso que eu vou dizer ele está nos convidando a considerarmos glicose no que ela coloca enquanto especificidade né
subjetiva mas também naquilo que ela coloca como um diálogo maior né quanto à psicanálise quanto a clínica psicanalítica então não se furtar diante das psicoses né não se furtaram enquanto com as psicoses que Lacan menciona isso vamos abordar né minúsculosamente em nosso percurso maior no curso isso me parece que é comporta é um Rigor quanto a prática analítica como um todo e não somente o que já seria muito importante mas não somente uma um tratamento da Psicose um tratamento dos psicóticos bom então se estamos aqui bem retendo isso que eu faço questão de sublinhar porque
me parece que qualquer discussão pertinente sobre as psicoses no campo analítico deve partir deve considerar isto que está ali posto por Freud mais um momento mas que pode nos oferecer como norteamento como baliza é Esta dupla questão é que vai se apresentar em cada sujeito fenômenos acontecimentos rotas Passos né numa problemática psicótica que é a bênção o crepúsculo crepúsculo do mundo a bênção o recaimento desta sombra daquilo que faz função de sombra de objeto sobre sujeito e por outro lado isso que podemos chamar de uma via mais relacionada é Alvorada a construção a edificação alguma
coisa que surge Então porque por isso que eu falo da Alvorada que vai se erguer a construção a tentativa de construção é aquilo que vai se erguendo ali onde do contrário nosso teríamos então uma espécie de soterramento é uma espécie de absorção esse ponto me parece bastante relevante repito ser mantido próximo de nós é um ponto que eu gostaria de ressaltar é além da além desta báscula é aquilo que Eu mencionei aqui de início o segundo ponto maior que me parece muito importante para bem localizarmos a questão das psicoses na psicanálise e a psicanálise a
partir das psicoses é isso que eu mencionei com relação a diversidade é a manifestação das psicoses né A Experiência psicótica ela é muito muito e muito variável e percebamos essa observação não é uma observação feita somente a partir da psicanálise a psiquiatria do século XIX né os grandes é clássicos vamos pegar por exemplo crepe né um dos grandes clássicos depois vamos mais né contemporaneamente afroid Vamos pegar broiler depois mais adiante vamos pegar e aspas Mas o que eu gostaria salientar é que diversas escolas de psiquiatria diversas tendências psicopatológicas pegamos a escola Inglesa a escola alemã
a escola francesa depois mais adiante né no início do século 20 final dezenove início do 20 a escola norte-americana também a própria escola Suíça a escola italiana ou seja esses grandes braços né que foram conformando tendências tradições no campo da psiquiatria e certamente é ecos que repercutiram no campo da psicologia essas grandes escolas de modos diversos elas nos mostraram algo bem interessante como que nós temos sim sempre é as grandes psicoses as psicoses emblemáticas tal como né Freud nos mostrou né no que tange ao famoso caso xereber uma grande Psicose diversos fenômenos psicopatológicos momentos trajetórias
desdobramentos da Psicose pensemos por exemplo os desdobramentos do quanto ao delírio de cheerleader os desdobramentos quanto a relação de XRE com ele próprio diversos aspectos que podem nos apresentar sim uma Psicose que nós podemos pensar como Florida né Muito exuberante apoteótica então nós temos psicoses apoteóticas no meio analítico né E também obviamente a tradição psiquiátrica xereber é um grande modelo né E temos diversos diversas psicoses eclodidas né com manifestações e nem sempre com estabilizações bem sucedidas então podemos ter eclosões né de clushimans ou seja né esse desabamento surto propriamente dito o desencadeamento e manifestações que
geram uma série de problemática circunstância subjetivas onde a estabilização se mostra é extremamente difícil quando não precária Então temos psicoses dessa ordem exuberantes apoteóticas Entretanto a própria tradição é psiquiátrica psicopatológica e a psicanálise também vão nos indicar que nem todas as psicoses são assim então é essa ideia de uma Psicose que seria discreta que seria comum usar um termo né ordinário aqui alguns colegas utilizam é não é uma questão de uma maneira nenhuma para quem está bem avisado com relação ao que se passa clássicamente né nos territórios da psiquiatria e da Psicologia não é uma
questão de agora não é uma questão dos anos 90 em diante de forma alguma né é o analista advertido analista avisado Freud vai nos apresentar notas de rodapé né sobretudo né detalhes onde meio há diversos textos ele vai apresentar psicoses que não são tão exuberantes assim não é é o caso de tals que por exemplo né nos apresenta um acontecimento localizado a própria discussão sobre o homem dos lobos né uma discussão muito controversa no campo analítico Ali vai nos apresentar é uma discussão que levanta dúvida se Estamos diante de uma neurose obsessiva se Estamos diante
de uma Psicose certamente sendo a Psicose não é psicose exuberante né apoteótica tal como então É nesse sentido é muito importante e isso faz toda a diferença para o manejo da Clínica é considerarmos que a experiência psicótica no cotidiano né Ela é muito diversificada há uma Psicose no cotidiano risco quer dizer a possívels psicoses no cotidiano nós podemos pensar é claro território das psicoses como né tendo aí agrupamentos possíveis problemáticas que tendem para a paranoia problemáticas que tendem para as esquizofrenias problemática que tendem para aquilo que era até então as melancolias hoje né território das
intensas alterações do humor para baixo para cima né depressões ou Manias né mas para além desses três grandes territórios nós não podemos perder de vista é que as psicoses têm D Faces eclodidas exuberantes discretas né um termo que eu prefiro né utilizar é psicoses discretas psicoses cotidianas psicoses que não são exuberantes e que também podem se apresentar das mais diversas maneiras psicoses eclodidas psicoses também o que psicoses estabilizadas psicoses que depois de uma longa estabilização podem eclodir ou psicoses que podem se sustentar por meio de certas estabilizações psicoses eclodidas que também depois dependendo das rotas
das construções que eles colocam da bascula entre aquele elemento vivido né é construtivo e o crepuscular pode também depois de experiências de surdos sujeitos que passam por surtos Podem sim ter maneiras de se reconstrar em diversos aspectos para já usar um termo importante para o Lacan dos anos 70 Então esse é o segundo grande aspecto que eu gostaria que te chamar atenção e nós iremos desenvolver isso depois também não partamos da ideia de que havia por exemplo na psicanálise um grande modelo que é psicanálise iria considerar somente o grande modelo que é xereder é um
grande modelo em Freud mas é Freud vai também nos Abrir possibilidades lacães especialmente para considerarmos as psicoses em suas diversas possibilidades manifestações soluções falhas fracassos e êxitos das mais diversas formas então lidar com as psicoses certamente a lidar com diversidades de manifestações e de rotas de possibilidades que se colocam no percurso de cada sujeito uma terceira maior observação depois eu vou observar aqui o que que vocês trazem no chat para que a gente possa conversar né aproveitar esse momento para uma troca uma conversa quanto esses elementos que eu estou trazendo uma terceira maior observação que
eu traria que acho então também pertinente essa terceira observação é especialmente no que tange a laca é possível de percebermos como que no ensino de jaclan nós podemos localizar sem dicotomizar eu friso sem de customizar mas dois grandes vamos utilizar o termo cuidadosamente dois grandes paradigmas com relação às psicoses e em se tratando da Clínica analítica parece é isso que a minha experiência me mostra né não encontro com os psicóticos em suas diversidades em suas possibilidades como que nós não podemos é privilegiar um momento um paradigma um momento do ensino de lacra em detrimento do
outro Mas precisamos dos dois acasos que seguem mais por uma rota veremos qual e há casos que nos dão possibilidade de seguirmos mais para uma outra via então a clínica né um analista né que que busca sustentar um trabalho que esteja a altura da complexidade né dos entraves e das possibilidades das psicoses parece-me que ele há de estar É Atento a este bilinguismo quanto aos paradigmas que bilinguismo é este né primeiramente né durante um bom tempo nós temos em Lacan formulações horizontes com relação a clínica das psicoses que tem como recurso que tem como Manancial
que tem como espaço de demarcação de balizas o caso xiriber Então temos um grande momento o momento por exemplo é que em boa parte envolve o seminário 3 sobre as psicoses um momento que envolve o texto né clássico de Lacan importantíssimo quanto a demarcação deste dito primeiro paradigma que seria o que de uma questão preliminar de uma coisa tão prévia basal a todo o tratamento possível O que traz aí a marca de uma aposta de uma possibilidade né uma coisa tão preliminar todo tratamento possível das psicoses Então o texto que está ali nos anos 50
Este texto ele tem como elemento crucial o diálogo as leituras é as incursões que Lacan faz em seu retorno a Freud pelo caso xereder em larga a medida não é e o final desse texto de uma questão preliminar é muito interessante né se formos aqui na última frase né é uma frase de advertência com relação a clínica com relação analista a última frase né a última passagem de uma questão preliminar a todo o tratamento possível das psicoses Lacan chega a discutir sobre a questão da técnica né Por fim ele vai nos apontar que a questão
preliminar a questão fundamental a ser considerada e é daí que aposta num tratamento se faz é daí que as possibilidades se colocam essa questão preliminar diz respeito a manejo da transferência no campo das psicoses e por fim ele vai nos dizer não é pois usar a técnica que Freud que ele instituiu fora da experiência a que ela se aplica é tão estúpido quanto esfaltar-se desgastar-se cansasse se consumir nos rimos quando barco está encalhado na areia esta passagem final né É cansar-se nos rimos quando o barco está encalhado na areia é interessante porque nos chega chega
nos mostrar uma espécie de gasto de desperdício da energia num barco que é o que pode possibilitar a navegação pode possibilitar que possamos sim grau os oceanos acho que isso é interessante ela fala desse móvel desse barco que é claro né algo frágil no meio de um de um lago algo frágil meio do Oceano mas que dá sustentação né É aí que tá a questão da estabilização possível né a esterilização é esse barco também né podemos considerar a partir dessa passagem aonde você pode ter uma espécie de possibilidade de se situar numa terra um suporte
que não é propriamente a terra firme mas é um suporte que lhe impede do crepuscular lhe impede de se afogar impede o sujeito de se afogar desde que ele esteja colocado no lugar certo então essa questão do lugar né isso que já sugere inclusive uma problemática topológica né é possibilitar que um ponto de sustentação uma certa ancoragem aquilo que pode impedir o afogamento e aquele que pode abrir caminhos numa situação que sim tem a sua fragilidade né como um barco mas que tenha possibilidade de fazer conexões de fazer com que os litorais se comunicam Esse
é o ponto essencial então aqui nós vemos o texto de lacão o seu final onde ele dialoga Sobretudo com xerê nos trazendo essa questão né o Francisco traz aquela questão sobre as psicoses Ordinárias daqui a pouco eu vou né [Música] voltar né sim é inegável que eu quero dizer Francisco é que esse termo Psicose ordinária sim meliano que eu quis dizer é que já estava posto né ele ganha relevo a partir dali mas a ideia de psicoses que são discretas que são diversificadas que não são exuberantes já tá posto no campo né Isso não é
nenhuma novidade o alcance assim importante e o cuidado que devemos ter também de não começar a reconhecer tudo como Psicose isso é importantíssimo né acho que a gente tem que ter muito cuidado quando a gente fala da diversidade da Vagner variabilidade das psicoses para também não reconhecer é um efeito colateral que a gente vê em alguns territórios que trabalham muito com essa noção de Psicose ordinária reconhecer tudo como Psicose aí me parece algo extremamente nocivo para a prática o que eu gostaria de dizer é que voltando esse movimento em Lacan nós temos um grande então
o momento no ensino de Lacan que tem como base de discussão como balizamento como aposta para a prática possível e daí pensarmos repito não só a prática como Psicótico mas a prática a partir da Psicose nós temos esse grande modelo esse grande paradigma que é o caso de agora quando nos aproximamos dos anos 70 interessante quando tudo parecia estar muito bem muito bem desdobrado no campo conceitual da psicanálise especialmente né o ensino de Lacan quando tudo parecia estar muito bem né é articulado desdobrado com catenado ponto de vista conceitual do ponto de vista Clínica inclusive
Lacan ele faz um reviram né com a sua ler resi o rsi que faz sonoridade faz homofobia com a sua heresia Então ela cansa hoje ali como espécie de herético né herege dele próprio né essa atitude herética quanto a si mesmo e Lacta introduz aí a problemática do nó bom meu que está longe de ser pensada simplesmente como Note 3 né mas é a partir de três que se pensa em nada menos que vão que entender por exemplo um quarto nó essas discussões elas vão se apresentando por Lacan em Lacan a partir dos anos 70
o seminário 19 por exemplo o momento importante o seminário 20 e dali em diante até que chegamos ao momento em que Lacan em se tratando o território das psicoses nos apresentam um grande cenário que como eu disse há de ser pensado junto deste Inicial é que clássicamente podemos obtê-lo a partir do texto de uma coisa tão preliminar Rio tudo que está ali funcionando como satélite desse texto esse segundo grande modelo se encontra a partir de Joyce e aí interessante freudâmela vai pensar vai balizar a problemática das psicoses e da Clínica a partir de James Joyce
no território da literatura que não era um analisando que não era um paciente propriamente dito então é essa visita ao fora para trazer elementos de altíssimo valor para dentro do território psicanalítico é um movimento bastante interessante e ali nós encontramos lacamos oferecendo elementos a partir deste encontro com James Joyce encontro onde lakan reconhece ali uma Psicose e ao mesmo tempo uma amarração uma forma muito curiosa de produzir estabilização a partir da qual ele Lacan nos oferece ali os elementos cruciais para pensarmos trabalharmos com uma clínica nodal a clínica dos nós então Aquele barco né que
estava lá no final do texto de uma questão preliminar a todo o tratamento possível das psicoses ele né caminho em Lacan e nos conduz por meio dele nós chegamos a um outro litoral da clínica então eu gostaria que de fazer muito mais uma articulação entre esses dois grandes momentos entre esses dois grandes paradigmas do que necessariamente pensar em situações dicotômicas Onde por exemplo poderíamos valorizar esse segundo momento no Lacan avançado riquíssimo em detrimento do primeiro em se tratando das psicoses é crucial que pensamos em momentos da Clínica onde o repertório a baliza as balizas do
primeiro momento são vigentes e onde nós podemos também pensar e a veremos considerar as balizas do segundo momento dois grandes paradigmas a partir de xereder a partir de James Joyce para pensarmos as psicoses para pensarmos a clínica psicanalítica como um todo para pensarmos isso que abre caminho isso que vai se integrar isso que vai fazer percurso em relação a outros litorais só que vale também aqui considerar para que a gente possa né partir aqui mais para nossa interlocução agora com chat elementos esses que eu estou aqui é salientar nós vamos trabalhar depois Vale considerar que
é a passagem né deste primeiro momento em Lacan para este desdobramento ela não se deu sem intermediários não é sabemos que o encontro que Lacan teve com o nóiano durante um jantar e eu até desenvolvi isso um outro momento Aqui é onde lakan estava jantando e ele foi mostrado para ele né numa Tapeçaria na parede o nova roniano e dali né ele tem ali ele ele abre caminho né ele entra nesse barco e abre caminho até o ponto que podemos dizer que de certa forma ele foi tragado por esse nome não se sentir bem Positivo
né ele ele foi envolvido por esse nó e as suas possibilidades iniciais Jesus apresentou e que deixou a nós todos analistas analistas do Século 21 especialmente né O Grande Desafio de continuarmos a puxando a ponta destes nós estabelecermos novas ligações novas conexões que as nossas experiências clínicas assim permitem Como eu disse lacanon realizou essa passagem do primeiro momento para um segundo Paralelos esses momentos sem intermediários sem passadores né este barco ele para em alguns né ele faz algumas paradas até atingir este outro litoral eu ressaltaria aqui quatro cinco passagens que se encontram nos outros escritos
e que são cruciais para quem quiser acompanhar esse movimento da clínica para quem quiser pensar em possibilidades de construções de destinos quanto aquela bascula que eu salientei aqui inicialmente no que tange a clínica das psicoses eu salientaria três ou quatro momentos primeiramente que vão favorecer essa passagem do primeiro para o segundo Paradigma e aí entra cruzamento deles um texto de 66 Então temos redondos 10 anos depois de uma questão preliminar apresentação das memórias de um doente dos nervos aqui é um texto interessante vai introduzir alguns elementos a mais no momento em que o texto fundamental
de xereder Memórias de um doente dos nervos texto que amparou né a discussão de Freud sobre xeribe a discussão de lacância esse texto é traduzido para o francês e aí Lacan escreve a apresentação desta edição francesa um texto que vale né no que tange a esse Porto né intermediário até chegar nesse outro litoral em 68 dois anos depois eu coloco aqui essas marcações daqui possamos depois acompanhar temos um texto também muito interessante a locução sobre as psicoses da criança aqui também temos aportes temos balizas que vão abrindo né trazendo já algumas possibilidades que vão ecoar
depois nitidamente nos anos 70 por fim o texto que eu até trabalhei aqui em alguns aspectos na semana passada numa aula aberta no seminário aberto está aqui no canal do esp leitor de um texto de 72 né publicado 73 mas ler por dia é muito interessante porque é o momento em que Lacan começa a introduzir a partir das formulações já né do nova romeno a partir das formulações de uma clínica nodal ele introduz precisamente aqui uma formulação importante para a prática no que tange as psicoses ou seja empuxo a mulher impuxo ao feminino nesse nesse
caso é este a ideia de empuxo que é uma outra forma é introduzindo elementos a mais ali onde ele havia localizado em uma circulação enxerido a transformação de xirene mulher de Deus né que ele tanto trabalhou no seminário 3 no texto de uma questão preliminar aqui Lacan retoma essa questão é agora é bem bonito no que tange as problemáticas acerca do gozo então a gente Escuta aqui aquele que ele está também desenvolvendo no seminário 19 seminário 20 quando ele introduz essa questão do empuxo né dessa força em direção a uma posição de gozo nas psicoses
e por fim né um texto que eu chamaria a atenção é o outro finalmente aqui de 75 que vai dialogar muito com o seminário 23 que é Joyce os sintomas aqui é o texto né escrito aquele retoma muitas questões que foram trabalhadas por ele no seminário Então temos né para que a gente possa aqui conversar eu ver um pouco mais as questões que vocês trazem temos aqui estas formulações de um Claro horizontes no cenário Território que eu coloco aqui que nós temos que certamente com o tempo desenvolver no se trata de fazer isso aqui em
um encontro Estou trazendo aqui questões mais para que a título de provocação pensemos localizamos pesquisamos possamos nos debruçar sobre a clínica sobre as experiências que temos para melhor desdobrar estas questões esses dois grandes modelos momentos que funcionam como espécie né dos dois remos do barco de Lacan né este Remo que dialoga com formulações oriundas do texto de uma questão preliminar esse outro Remo que comporta questões a partir da Clínica nodal Vamos trabalhar isso depois com mais tempo de forma detida Carol você está aí conosco eu gostaria de observar Alguns apontamentos que estão aqui no chat
né é isso eu estou mencionando exatamente o Gustavo rapidamente aqui textos que se encontram nesse duplo universo mas para falar do movimento de uma questão preliminar está nos escritos né você salientando aí e esses outros que eu citei como passagens para chegarmos a questão maior da Clínica nodal a partir de Joyce estão em nos outros inscritos massa nos pergunta qual que é o texto de 68 que está nos outros escritos eu vou retomar aqui mas o texto de 66 1966 apresentação das memórias de um doente dos nervos ou seja Lacan apresentando a tradução francesa do
texto de xereder propriamente né o texto que ele próprio seria bicicleta em 68 que foi sua questão é a locução sobre as psicoses da criança esse é de 68 72 lêtor de é o ator dito onde tem muitas questões e um momento bem específico do texto bem específico aquele que eu sempre trabalho né no seminários massa da pinça nós temos que pensar nós temos que extrair o elemento de clareza aqui que está o empuxo a mulher e por fim 75 é o último texto que eu mencionei Joyce [Música] é o Marcos e Napoli questões que
causa por exemplo eu creio que um jovem psicanalista que não sofreu ou viu ou não participou empiricamente pode não saber ler a dor a Psicose sim acho que é psicose Marcos a exigir né uma relativa escuta experiência agora também por outro lado se é uma perspectiva empírica que eu teria um certo cuidado não acho que você tem que viver alguma dor para melhor cuidar da dor né se formos levar esse raciocínio um absurdo somente suicida que poderia tratar de Suicidas né É claro que eu tô exagerando que o raciocínio mas para eles pensar que o
importante é você ter a escuta você é um analista se forma analíticamente eu encontro com as psicoses na psicose uma clínica por exemplo usualmente se tratando de alguns casos feita muitas mãos não é uma clínica de muitos você então tem que também fazer conexões Esse barco que eu citei ele deve lidar com os eleitorais que venha a ser o que o litoral muitas vezes da psiquiatria o litoral de um educador físico litoral né da fisioterapia ações profissionais é to a clínica do acompanhamento terapêutico e muitos casos É bem interessante você tem que tentar construir uma
clínica e não somente sozinho tratar né dependendo da situação tratar né de um de um paciente como se ele fosse somente né ela eu claro que vamos dizer é uma clínica Vamos pensar casos né de Psicose eclodida casos onde tem uma reincidência né de surtos são casos que vão exigir fôlego vão exigir um enfrentamento exigir um manejo da transferência e manejo da transferência a transferência que envolve os familiares as pessoas com quem aquele sujeito tem laços envolve outros saberes também não é bom algumas outras questões que estão se colocando aqui o Francisco nos colocou aqui
sim essa observação que eu comentei não é Francisco sobre as psicoses Ordinárias que eu cheguei a observar a posição de objeto analista leva o Psicótico o Elton trazendo uma questão a posição de objeto pequeno a dor a psicanalista leva Psicótico ao surto e preciso acrescentar algo essa posição do analista para tratar o sujeito Psicótico e sujeito que é do campo da criação dos cílios sim única coisa que observaria nesse interessante ponto que você traz é que eu colocaria assim sempre como possibilidades né acho que a posição do análise com objeto pequeno a pode conduzir a
isto né a tomada de palavra por um sujeito Psicótico Associação livre pode conduzir um surdo é uma questão mas eu vejo eleitoral Como que você vai abrindo caminho essa ideia do barco essa ideia do litoral uma ideia frediana quando Freud fala em três momentos sua obra como que a trajetória de uma análise vai se dar sempre entre dois pontos estreitos difíceis ameaçadores no litoral quando ele fala de Sila e Caribe diz né algumas pessoas que estão aqui puderam acompanhar o seminário que Eu mencionei isso Sila e Caribe diz é uma figura mitológica que utilizou para
exatamente falar de um percurso quando ele diz a transferência da ordem de um né é da ordem de uma travessia Uber ganha da ordem de uma Uber ganha né Ele fala isso no texto Recordar repetir elaborar ele nos lembra muito disso né ali nos adverte e quando aqui eu falei do barco recorrendo aquela passagem final de Lacan que é claro que ali tem outras concepções ele tá fazendo uma crítica em relação ao certo uma certa técnica contatos psicoses que não estaria devidamente avisada né quanto alguns pontos por exemplo manejo da transferência e isso que é
observado né de abrir percurso fazer trajetórias então me parece a questão das psicoses como da Clínica analítica não é uma questão de tudo ou nada né pode tanto conduzir a um ponto conduzir a outro um encontro com analista pode ser um encontro estabilizador sim mas pode ser também desestabilizador quando eu digo um encontro com analista eu encontro com a função do analista encontro com o campo transferencial encontro com a tomada da palavra enquanto com percurso o trabalho que se coloca em percurso de análise se você quiser colocar aqui Carol alguma observação chamando atenção para que
você viu que ficou mais atrás no chat Você fica muito à vontade né psicanálise com duas esquizofrenia da ordem psicótica da Psicose sim né é um grande campo né que vem né sendo construído gradativamente Né desde da demência precoce né Depois esquizofrenia vem a partir né especialmente de broiler eu tô querendo dizer que as escolas né demarcação das escolas psiquiátricas vão construindo terrenos que vão se desdobrando e que no caso das psicoses aqui deságua num Grande campo das psicoses Mas nem toda Psicose a Psicose sofrendo você tem possibilidades na esquizofrenia diversas posicionamentos possíveis desdobramentos e
isso é um dos espaços Vamos colocar assim numa rápida formulação que cabe aqui é um dos espaços é um dos territórios que compõem a grande Seara das psicoses a pessoa psicótica constantemente Psicótico tem Picos Danilo Monteiro bem interessante Olhe só é uma observação que que Lacan faz com relação a xereder que a Psicose de xereder Danilo é a Psicose primeiramente foi desencadeada então O Surto depois Shimano se deu um pouco mais tardiamente ele já tinha de 40 e poucos anos de idade mas não foi um surto por exemplo que se deu na adolescência né não
se deu no início da vida adulto cheguei a beijar era um juiz né de direito levando adiante sua vida casado então ele já tinha ali né passado por vários momentos obviamente na sua vida e ali aos 40 e poucos anos ele tem o primeiro surto né um surto que tem essa proporção de abrir ali uma relação com o mundo com o universo uma mudança do sentido isso é interessante ele especialmente muito notório paranoias o sentido né a relação do sujeito com sentido a relação do sujeito com o mundo a posição dele diante do mundo isso
se transforma radicalmente é uma experiência uma grandíssima experiência de transformação do sentido né o efeito um dos efeitos é esse da experiência e Então nesse sentido xerebe apresenta sim um enlouquecimento propriamente Psicótico Severo vastíssimo amplo que envolve né diversos fenômenos acontecimentos mas lá canta chama atenção que por mais que cheire ele estivesse louco propriamente a aspectos que são preservados isso é interessante Então um surto que se deu mais tardiamente Avassalador mas que preservava alguns aspectos Lacan chama atenção para o campo do amor o amor de xereder por sua esposa Isto É em meio a todo
o Tsunami que foi a loucura O Surto e o que veio isso se encontrou preservado então isso também é muito interessante a gente tentar verificar a cada caso por mais que ele possa ter uma apresentação exuberante quanto aos fenômenos Vamos pensar primeiramente nesse cenário é o que ali está preservado ou não então não é uma questão de tudo ou nada é isso que a gente verifica junto aos psicóticos né já me deparei com diversos casos psicoses tanto mais discretos né mas rotineiros comuns mas também os exuberantes com diversas surtos internações né que essas pessoas acabaram
passando por internações por episódios muito comprometedores por exemplo com relação ao laço social com relação à Vida estudantil a vida escolar as trocas com o mundo né os comércios né do laços mas é a espaços as zonas a nichos de preservação Então a partir dessa observação é interessante considerarmos num outro momento porque isso requeria mais tempo e elementos conceituais mas o que que é ali no campo do amor que fez barreira né em relação a invasividade do gozo enxerida isto traria um indicativo quanto a uma direção de construção na clínica isso seria interessante como né
orientador norteador quanto as possibilidades junto ao sujeitos né podemos extrair daí algo para pensar a clínica das psicoses o tratamento possível então a sua pergunta também a pessoa psicótica constantemente psicótica tem momentos né Picos um Psicótico em surto não necessariamente ele vai estar em Surto o tempo todo ele tem uma grande desordem do mundo se for uma Psicose um surto exuberante né apoteótico mas o próprio xiriba ele restabeleceu uma série de situações da sua vida Freud chama atenção que o que está nas notas né de quem esteve com xereder diretamente por exemplo feche Zig especialmente
Doutor Weber é que com a exceção de um ponto ser mulher de Deus xereder não apresentava nenhuma marca de Delírio nenhuma marca de enlouquecimento é ali nós temos uma espécie de Delírio que era Avassalador e que não dá no momento pela trilha de cheerleader fazendo contraste ele se apresenta com Delírio encapsulado Então você tem um encapsulamento de uma questão que tinha a dimensão do Universo para xerê o que também é bastante interessante do ponto de vista clínico temos mais alguma questão Carol que você acha interessante deixa eu ver aqui é Elton Será que se existe
algum analista de estrutura psicótica algum lugar do mundo sim existe Alguns são muito aves são interessantes tem territórios né claro nós podemos dizer que não é uma experiência absolutamente comum mas não é mas não é uma condição estrutural impeditiva de forma alguma né no que tange as possibilidades porque você tem Psicose psicoses certamente aqui nós não estamos falando é de uma Psicose eclodida de uma Psicose num surto em que você não tem uma amarração né não tem um ponto não tem o barco que que dá uma certa estabilidade e possibilidade de travessia nós não estivermos
falando disso sim Aí temos né analistas né aí agneide muito boa noite seja muito bem-vinda Cláudia [Música] e Hanna né Ohana Fernandes a melancolia ainda é vista como um tipo de psicológico Psicose haja Vista que tem corrente pensando correntes Talvez né respectivas psicológicas pensando como não Psicose Pois então é a terminologia está né se formos pensar né No que veio da psicologia da psiquiatria que foi absorvida pela psicanálise a terminologista em desuso né mas a problemática não me parece que se perde essa problemática ela está hoje difundida diluída em relação a as depressões severas né
do transtorno afetivo bipolar por exemplo nas suas respectivas severas na Mania também mas não quer dizer de maneira nenhuma a gente tem que tomar muito cuidado quanto essas tentativas de equivalência né de aproximação de territórios e de nomenclaturas demarcações que tem tempos e tem histórias distintos ter muito cuidado para não considerar que todo todo episódio né exaltação né do afeto seja uma mania propriamente psicótica ou que é a depreciação do afeto por outro lado seja uma melancolia nós temos é situações aí que pode nos levar a considerar neste amplo território das alterações do humor que
ali sim do ponto de vista da Clínica analítica do ponto de vista da escuta da posição do sujeito nós temos Helena problemático psicótica né Mas isso não significa que a gente vai fazer simples direto e abrupta equivalência Carol havia surgir de uma questão aqui me parece que você havia posto se você quiser recolocá-la que aí eu fui ler aqui no chat mas a gente pode deixar que você coloque aqui porque eu tô vendo tem várias questões que aqui né é porque não se deita Psicótico no divã não é só a Sofia Boa noite Sophia não
é só Psicótico que não se deita no dia vai nenhum sujeito se deita no divã desavisadamente né de maneira descuidada é o ir para o Islã uma questão maior do que as psicoses tô aproveitando sua indagação para falar sobre isso Sofia ainda que tem uma perspectiva pontual sim na sua questão mas a passagem para o divã não é a meu ver uma passagem de modo nenhum protocolar não é uma passagem burocrática tecnicista protocolar é uma passagem cuidadosa sem pensar a cada caso então sempre esse 880 se tratando da prática analítica não nos é muito interessante
nenhum Psicótico está você pode ter psicóticos no divã que talvez você vai verificar que ali sim tem uma Psicose discreta tempos depois não é mesmo isso pode acontecer se nós não estamos aqui falando somente de psicoses que são como eu disse apoteóticas que são né absurdamente evidentes do ponto de vista dos fenômenos então certamente esta questão de estar no mundo de Van elas torna muito mais complexa né E se tratando de você não tem esse total controle né A não ser que você sempre fique o que eu estou dizendo que não é interessante ser feito
você cria uma tipificação das psicoses Então o que eu quero aproveitar da sua questão Sofia é que qualquer é remetimento qualquer qualquer posicionamento do sujeito na análise sentado Face a Face de tomar a palavra o ritmo entre as sessões é como que uma análise desdobra todas essas questões são muito cuidadosas devem ser pensadas de maneira muito comedida e aí é claro a questão das psicoses nos traz um alerta né Maior observação mas não no sentido do pódio não pode vai não vai Como eu disse podemos ter né psicóticos em diversos posições né na clínica analítica
alguma outra questão que você considera interessante Carol é notem eu estou passando aqui brevemente por estes amplos cenários na medida em que eu compreendo que são cenários que precisam e balizas que precisam de outro tempo outro tipo de ritmo para serem bem né desdobrados isso faremos depois com uma Carol já está aí nos anunciando para quem se interessar no outro momento no curso propriamente Onde teremos quatro encontros para tentar dar conta de alguns desses aspectos mas aqui fica né este cenário para que possamos então é considerar fundamentalmente o que que eu quero trazer para cá
rápido encontro a importância das psicoses não somente para os psicóticos a discussão sobre as psicoses não somente para os psicóticos a discussão sobre as psicoses é crucial para a clínica analítica uma clínica vivida uma clínica que tem como Horizonte as questões os convites os limites de uma clínica nodal né que aí sim nós estaremos traindo é importante consequências do Galileu seja muito bem-vindo a clássica Pergunta a Psicose tem cura é clássica né importante e que a gente não deve se furtar pelo menos a comentar lá não é Galileu o que me parece que nós podemos
certamente entender por cura vamos aquela passagem que eu li você já estava aqui Galileu quando eu li muito brevemente o finalzinho do texto de uma questão preliminar a todo o tratamento possível das psicoses eu falei do barco né E ali eu extrapolei um pouco a passagem de Lacan que ele fala do bar que está fixado e alguém né se consumindo por mexer com esses remos fora da água né na areia importante é claro fazendo um aproveitamento daquele final do texto Lacan com que o texto nos autoriza e o movimento de lá canta Minas autoriza colocar
esse barco em movimento então a cura seria essa abertura de possibilidade fazer com que alguém que esteja no litoral por exemplo é em que aquela Face crepuscular né do Crepúsculo do mundo essa Face então do decaimento da luminosidade a sombra do objeto recaída sobre o sujeito para citar Freud como que é possível fazer uma um trânsito uma passagem para algum outro litoral algum outro ponto a cura é entenda o que é isto você pode sim nos deparamos com estabilizações muito bem sucedidas Joyce em Lacan né a parte de lacamos aponta para esta aposta para essa
possibilidade nós temos casos na clínica analítica casos meus colegas né feitos várias né conduzidos a várias mãos repito a clínica das psicoses nos coloca é isto importante né a relação entre os discursos na clínica analítica mas casos que chegam a estabilizações interessantes outros casos nem tanto né você aqui bastante justos quanto a isto mas é importante sim considerar que é a grande aposta da psicanálise é possível acho que aí que temos a extração sobretudo do primeiro momento é possível temos que apostar temos que buscar caminhos é agora de fato será bem sucedido no que tange
a uma estabilização uma retomada uma construção de Laços as situações que sim que são surpreendentes as situações que nem tanto é só no caso a caso que de fato conseguiríamos mas o que eu gostaria de ressaltar a vida de Deus aproveitando sua questão é que certamente a partir da Clínica nodal esse momento em que ela traz a problemática de Joyce que esse conjuga repito com né as questões postas ali a partir de xerebeber aí sim nós temos um arsenal de possibilidades de construções uma firmeza né em que nós poderemos de fato ter uma clínica muito
mais e é isso que a Psicose exige muito mais inventiva aí sim podemos considerar algo com mais fôlego né para singrar estes oceanos pois bem Quem mais está aqui Cláudia Cristiane eu estou vendo aqui algumas outras coisas tem mais uma questão ou não para que a gente possa concluir Carol ou eu acabei essas últimas né lendo todas Acho que sim né A Mara Lúcia Mara Lúcia Oliveira como você está Mara muito boa noite as questões das violências nas escolas sua redação frente sujeitos crianças adolescentes é talvez esse tratando dessa questão maior das psicoses mara é
essa questão né Acho que se é esta né sua indagação me parece que a gente tem que todo cuidado para não atrelar isso a gente aprende muito a partir da Clínica né com Lacan e com os nossos pacientes os atos disruptivos a violência agressividade não necessariamente aquilo que nos impacta aquilo que nos deixa com a canoa né o barco furado é relativo diretamente as psicoses né acho que aí que a questão fica muito mais complexa e mais Severa no que tange ao contemporâneo que tange ao lado social vamos pegar aquele Episódio marcante né não vou
que citar o nome mas que ocorreu nos Estados Unidos e que deu né gerou muito que se falar né daqueles dois rapazes mas ali não necessariamente é a questão das psicoses Parece que estava presente né então a gente tem que ter um certo Cuidado estou aproveitando sua questão para falar sobre isso né é um certo cuidado de Não atrelar o Ato disruptivo que subverte inteiramente uma ordem que nos amedronta a isso que já foi feito muito né em outras eras quantas psicoses a Psicose como o Psicótico enquanto perigoso Psicótico enquanto aquele totalmente social antigo da
a qualquer forma de civilidade esses fenômenos que acontece me parece que traz muito mais a problemática do real e aí que o buraco muito mais embaixo onde o que se mostra ali indica que está tudo muito mais perto de cada um de nós nesse sentido não só de ameaçados mas às vezes pessoas né dependendo da situação muito mais próximas de nós do que imaginavamos que podem né estar envolvidos mas diretamente é uma questão de outra ordem não é o nosso tema de agora mas me parece que é não é uma questão que que poderia ser
enquadrada em categorias psicopatológicas prévias né que acho que não não isso não nos ofereceria um mapa Justo da complexidade do que se trata pois bem então estamos aqui não é Carol se tivermos mais algum ponto que você acha interessante de ser ressaltado eu posso né considerar aqui o que você ressaltou mas se não nós podemos deixar que o convite não é Carol agradecer a contribuição das pessoas que aqui estiveram trouxe aqui alguns horizontes alguns cenários Breves rápidos concentrados que merecem ser desenvolvidos mas já fica aí algumas observações alguns apontamentos para que possamos em outros momentos
estabelecer aqui mais alguns passos na nossa interlocução fiquem aqui fica aqui um convite para que vocês fiquem ligados fique atentos aí aos eventos do esp tem os meus seminários também tem os eventos do Oeste os eventos de todos os colegas que a questão e assim podemos ampliar as nossas possibilidades quanto a transmissão de uma psicanálise rigorosa atenta contemporaneidade e ao mesmo tempo a psicanálise sim muito boa sorte sucesso e perseveração Mara aí no seu trabalho seu importante trabalho de notícias Nunes né um abraço para você Elton não é muito boa noite também Lucy ótimo nos
encontraremos então e outras ocasiões em breve fica aí também o endereço do Instituto esc para que vocês possam conferir aí o curso sobre as psicoses e outros cursos também nossa pós-graduação em clínica craniana tá começando agora ainda é possível de participar né Tatiana muito boa noite um abraço a todos aí Galileu um abraço também boa noite para você a gente se vê [Música]