As doenças da Rainha Maria I da Inglaterra a impediram de ser uma grande monarca " Minha saúde é instável. Sou, possivelmente, a criatura mais doente na face da terra. " Essas são as palavras da própria Maria Primeira da Inglaterra em 1552, em uma carta aos conselheiros de seu irmão Eduardo sexto.
A rainha Maria Primeira, filha de Henrique oitavo e irmã mais velha da célebre Elizabeth Primeira, era uma mulher que cultivava várias enfermidades. Nesse vídeo vamos mostrar como era sua vida tendo que conviver com tantos problemas de saúde. Já vai deixando seu poderoso like e se não é inscrito, faça isso a-go-ra!
Os filhos sobreviventes de Henrique oitavo, tiveram uma vida com muitos problemas de saúde. Eduardo sexto, e o bastardo Henry Fitzroy supostamente morreram de tumores no pulmão ou de tuberculose. Já Elizabeth, tinha graves problemas nos dentes e sofreu por toda a vida com dores intensas.
Maria Primeira foi doente desde a adolescência até sua morte aos 42 anos em 1558. Seu estresse e pressão psicológica se iniciou com a decisão de seu pai de se separar de sua mãe, Catarina de Aragão , para se juntar a Ana Bolena. A aparência de Maria foi descrita como: magra e frágil, com nariz de ponta baixa, cabelos ruivos, pele e lábios pálidos.
Seus olhos eram cinzas e ela tinha um forte grau de miopia, assim como seu pai. Quando zangada, ela tinha um temperamento explosivo, era teimosa e não gostava de ser contrariada. Não há nada que sugira que a saúde de Maria fosse um problema antes de ela entrar na puberdade.
Além as doenças habituais da infância, ela era saudável. Quando Maria entrou na puberdade por volta dos quatorze anos, começou a sofrer de dores na cabeça e no estômago com muita frequência. Nesses casos, o boticário e o médico de sua mãe a diagnosticaram com “estrangulamento do útero”.
Isso, no século 16, cobria uma ampla gama de sintomas femininos, e, basicamente, era a resposta para qualquer doença que uma mulher em idade fértil, tivesse. Este diagnóstico, explicava também o estado mental deprimido, sensação de desespero, medo e tristeza. Vários registros contam que Maria também sofria de uma crônica dificuldade de respirar e vivia com o abdome muito inchado.
Outros sinais da doença eram dores de cabeça, náuseas, vômitos e falta de apetite. Ela tinha desmaios constantes, sofria de melancolia crônica e convivia com sonhos assustadores. A partir dos 15 anos, época em que foi separada da mãe, a mando de seu pai, Maria passou a sofrer com o agravamento desses sintomas.
Ela havia sido deposta do título de princesa e sua mãe foi exilada e estava cada vez mais doente. Quando o Parlamento trabalhava no ato de sucessão, passou por chantagem por parte do pai a obrigando a não se chamar de princesa. Essa situação de stress a fazia ter vômitos e dores estomacais com frequência.
Toda vez que era visitada pelos conselheiros reais, caía de cama por dias. Perto de completar 19 anos, Maria se via em absoluta situação de estresse e ficou gravemente doente. Lady Shelton sua cuidadora, chamou um boticário desconhecido que receitou pílulas que causaram uma resposta alérgica e Maria ficou muito pior.
Na época, aos 19 anos ela estava à beira da morte, quando o secretário do rei, Thomas Cromwell, concordou em enviar o médico da corte, Dr Butts , para ver Maria. Com o tratamento prescrito pelo Dr Butts Maria se recuperou, tendo uma recaída grave em meados de março. No outono deste ano, a doença de Maria voltou e os documentos sugerem um “reumatismo na cabeça”.
As notícias das frequentes doenças de Maria viajavam por todo o reino e pelo continente. Sua saúde frágil teve um efeito deletério em suas perspectivas de casamento. Ninguém sabia se ela podia gerar um filho ou sobreviver a uma gestação.
Por isso era muito difícil encontrar um bom casamento para ela. Em uma carta direcionada a Cromwell Maria reclamou de dor de cabeça, dor de dente, neuralgia e insônia. Ela disse que precisaria arrancar os dentes e fazer sangria nos pés.
Esse tratamento a deixou muito anêmica e fraca. Somente após a execução de Ana bolena, Maria foi readmitida na casa de seu pai. Mais tarde, durante o funeral da terceira esposa de seu pai Jane Seymour, em 1537, Maria teve uma dor de dente insuportável.
O rei Henrique ordenou, então, que seu médico extraísse seus dentes restantes. Mas, Maria teve hemorragia e ficou gravemente doente novamente de dezembro de 1537 até meados de fevereiro de 1538. Esse aliás, foi um dos piores anos para a saúde de Maria que aos 21 anos, mal deixou seus aposentos.
5 anos depois, em 1543 aos 26 anos, sofreu de uma febre estranha que a deixou fraca e causou palpitações no coração. Nessa ocasião ela estava tão debilitada que mal caminhava e teria passado semanas sem tomar banho. Esse foi um dos piores episódios da doença, deixando o médico e seu pai preocupados, por meses.
Em 1547, Maria tinha 31 anos e estava tendo crises intermitentes de febre. A cada febre, seu estado mental e melancolia pioravam. Nos últimos anos do reinado de seu pai, ela menciona em manuscritos muita dor abdominal e melancolia.
Sob o reinado de seu irmão , o rei Eduardo VI , Maria estava mais uma vez sob extrema pressão psicológica. O jovem rei era protestante e estava pressionando-a parar de seguir a missa católica. É claro que Maria recusou, Mas isso a causou mais distúrbios psicológicos.
Em uma carta para seu irmão, ela descreveu que sofria de catarro na cabeça que doía muito quando ela abaixava a cabeça. Quando Maria foi declarada rainha em 1553, uma das primeiras ordens dos conselheiros foi providenciar um casamento. Ela precisava de um herdeiro para seu trono.
Filipe da Espanha foi sugerido e eles se casaram em 25 de julho de 1554, quando ela completou 38 anos. Logo após as núpcias, a rainha declarou-se grávida. Curiosamente, a saúde de Maria melhorou com essa suposta gravidez.
Quando a data do parto se aproximava, ela partiu para Hampton para aguardar o nascimento do bebê. No entanto, o bebê nunca nascia e logo ficou claro que a situação era um erro. A rainha não estaria de fato grávida.
Maria persistiu em acreditar que estava grávida e tornou-se cada vez mais reclusa. Ela ficava sentada por horas lutando contra a depressão e a ansiedade. Vários relatos revelam sua aparência pálida e doente.
Após muita conversa com médicos e padres, Maria aceitou a realidade de que não havia filho algum em seu ventre. o inchaço de sua barriga havia diminuído e sua saúde melhorou. Somente dois meses depois, os súditos souberam que nenhum príncipe estaria a caminho.
Este foi um episódio de pseudociése, comumente conhecido como “gravidez fantasma”. Em 1557, Maria tinha 41 anos de idade, mas alguns comentavam que ela parecia ter dez anos mais. Sua insônia se tornou persistente e ela tinha olheiras assustadoras.
Seu marido já parecia bastante afastado da esposa, e deixou a Inglaterra a trabalho, por meses. Maria passou a dizer que o marido a teria deixado grávida de novo. Ninguém acreditou nela desta vez.
Sua barriga estava inchada, mas a notícia de sua suposta gravidez não foi mais mencionada. Maria se recuperou de mais essa gravidez fantasma. Mas em janeiro de 1558, a Inglaterra estava enfrentando diversos problemas de fome e doenças e o estresse deixou a rainha novamente acamada.
Ela teria passado toda primavera e verão de cama, em profunda depressão. No final do verão passou a ter febre baixa toda tarde e sua barriga voltou a inchar, os registros falam de Hidropisia Seu estado se tornou tão grave, que ela foi transferida da corte de Hampton para o palácio de Sent James. Em setembro, Maria teve períodos de confusão mental e perda quase completa da visão.
Ela afundaria em febre por alguns dias e ondas de depressão tornaram-se mais frequentes, piorando sua doença. Em outubro parecia evidente que seu fim estava próximo. Seu marido retornou à Inglaterra.
No dia 8 de novembro, ela concordou em nomear Elizabeth sua sucessora e então, decidiu apenas esperar a morte. Sofria de calafrios, febre constante, tinha convulsões e longos períodos de inconsciência. À medida que ela ficava cada vez mais fraca, nobres, oficiais e funcionários domésticos começaram a migrar para Hatfield, onde Elizabeth estava hospedada.
Maria estava cega e não conseguia mais ler. Aqueles servos que foram fiéis cercaram sua cama com tristeza. As 6 horas da manhã de 17 de novembro de 1558, Maria recebeu o padre em seus aposentos para a missa matinal toda manhã.
Ela ainda podia fazer orações em voz alta. Por volta das 7 horas ela adormeceu e partiu de forma tão pacífica que seus servos não perceberam o momento. Maria primeira provavelmente tinha câncer de ovário.
Então é isso, gente! Se gostou dessa história, compartilhe esse vídeo com seus amigos.