NUNCA Peça Café No Sertão Nordestino

[Música] Olá boa noite a todos do canal Eu me chamo mo sou do interior do Ceará e esse causo Graças a Deus não aconteceu comigo aconteceu com meu avô Antônio lá pelas suas mocidades pelo Sertão do nosso Estado eu vou contar como se fosse ele me contando acho que Assim dará para todos entenderem melhor lá pelas décadas de 60 eu era moço jovem ainda e não tinha família adorava viajar pelo Sertão nordestino e principalmente caçar Eu nunca fui de acreditar em lendas Até porque eu nunca tinha visto nenhuma mudar esse meu pensamento então eu vivia

pela noite no meio dos Matos sem medo não tinha medo de nada em uma de minhas aventuras pelo Ceará eu fui em uma outra cidade pegando carona mesmo cheguei lá pelas bandas de katos onde Na época não tinha muitas casas tinha um pequeno Vilarejo acho que a parte principal era o bar a praça e a Igreja era bem pequeno como eu disse eu peguei carona pela estrada Então fui deixado um pouco distante do Vilarejo e já estava na boca da noite eu não havia me alimentado e muito menos tomado Meu Precioso café o dono do

carro que me deixou lá me informou que se eu pegasse a estrada pela direita logo chegaria lá seria cerca de uns 3000 Passos só de ouvir esses 3000 Passos eu já me cansava Mas comecei a andar nunca saindo da Estrada até que eu tive a brilante ideia de sair para caçar algo para comer montar uma fogueira e tudo mais eu carregava apenas uma bolsa nas costas então entrei dentro da Mata mas fui seguindo linha reta ficando sempre perto da estrada para não me perder eu passei horas e horas caçando naquela Escuridão e nada de achar

nem mesmo uma cobra para me alimentar abri a minha garrafa e bebi minha última gota d'água me sentei e fiquei descansando totalmente frustrado com a tal situação eu só queria mesmo um cuscuz com um café bem quentinho ou até mesmo um pão seco mas claro não podia faltar o café passei alguns minutos sentado só de raiva por não conseguir pegar nenhum bicho quando eu olhei pro céu eu vi que a lua já estava perto do Topo acho que seria por volta de umas 8 A 9 horas da noite não tinha como eu saber aliás relógio

naquela época era coisa de rico me levantei e fui voltando pra Estrada s sentindo a minha barriga roncar de tanta fome depois de alguns minutos andando nada de eu avistar Esse bendito Vilarejo comecei a sentir cheiro de fumaça parecia ser uma fogueira ou até mesmo fogo a lenha de alguma casa ali por perto pensei comigo mesmo quem seria o maluco que moraria por ali afastado de Deus e do mundo bem não sei só sei que ele poderia estar fazendo comida andei mais um pouco e vi a fumaça no céu fui andando de onde aquela fumaça

estava vindo quando avistei uma pequena casa que dentro havia um tipo de luz saí totalmente da estrada do caminho que era para seguir e fui até aquela casa pensando que ali poderia ter uma família para me dar algo para comer e um café para esquentar o corpo já que o frio estava um absurdo fui me aproximando da casa cada vez mais e vi que era uma casinha bem simples feita de pau e Barro eu bati na porta de madeira que estava só pela misericórdia divina toda cheia de cupim falei e perguntei se tinha alguém por

ali disse também que eu não era alguém do mal e que só queria um prato de comida e uma xícara de café fiquei alguns segundos esperando alguém responder e quando fui bater novamente na porta um homem de cabeça baixa abre e fala eu fico até sem reação e abaixo a minha mão começo a me apresentar as vestes daquele homem eram escuras e cobria seu corpo todo mas eu nem estranhei aliás naquele Frio até eu gostaria de estar assim ele falou com uma voz rouca dizendo que eu podia entrar então rapidamente eu entrei Ele me disse

que faria um café pra gente tomar logo me animei ele me deu uma cadeira de balanço e eu me sentei nela a casa era de um cômodo só tinha uma rede armada essa cadeira de balanço um fogão a lenha dentro daa casa que tinha um buraco bem em cima para sair a fumaça e uma pequena mesinha junto com o armário velho eu perguntei ao Senhor se ele morava sozinho por essas bandas ele me respondeu dizendo que sim disse também que não tinha medo e que preferia ficar sozinho e afastado de todo mundo ele botou o

café no fogo e o cheiro estava muito bom perguntei a ele se tinha algo para comer pois minha barriga roncava feito um balai de gato ele me respondeu dizendo que infelizmente não tinha comida mas que logo pela manhã iria no vilarejo comprar algo Eu perguntei se o vilarejo Ficava muito longe da casa dele ele disse que não ficava uns 500 passos concordei e esperei o café ficar pronto enquanto isso eu fiquei olhando ao redor da casa comecei a sentir algo muito estranho como se fosse um peso sobre mim olhei para trás e vi que a

chama das velas fazia umas sombras estranhas sei lá para puxar assunto perguntei a ele se a eletricidade ainda não havia chegado por aqui ele me disse que sim mas que dentro do mato não tinha e ele preferia viver a luz de velas Eu apenas sorri e ele pegou uma xícara de Barro botou o café e veio me entregar eu percebi algo muito estranho suas mãos tinham uma fina camada de pelos e suas unhas eram bem grandes até aí eu achava que estava tudo bem mesmo sentindo vários arrepios estranhos até porque ele poderia ser um homem

peludo e que não cortava as unhas agradeci pelo café quando tomei o primeiro gole senti um gosto horrível mais amargo do que o normal já que o café sempre foi e sempre será muito amargo né só que aquele estava totalmente diferente tinha um gosto muito forte de Ferro para não me fazer de mal educado eu engoli com muita dificuldade e quando levantei a minha cabeça que eu olhei os seus olhos eu me tremi todo seus olhos estavam completamente vermelhos um vermelho fogo o sorriso no seu rosto era de oleira oleira e o que era muito

bizarro e assustador pois dava para ver seus dentes totalmente amarelados e afiados eu juntei toda a coragem que eu tinha pois poderia ser o cabra mais macho do Sertão mas se visse aquilo com certeza ficaria todo borrado Eu juntei minhas forças e nem deu tempo de eu pegar a mochila me levantei da cadeira e corri o mais rápido possível para fora daquela casa graças ao meu bom Deus a porta estava encostada comecei a correr desesperado tropeçando em galos e troncos mas por sorte eu não caí e eu comecei a escutar passos rápidos vindo atrás de

mim e gritos escandalosos falando para voltar e tomar o café com ele eu estava muito nervoso mas não parava de correr acabei me machucando em alguns Galhos mas nem sentia a dor de tão desesperado que estava e aquela coisa continuava vir atrás de mim quando cheguei na estrada que dava para fora das matas aumentei o passo eu corri e corria e aquilo não parava de me seguir Chegou a um ponto que eu estava tão cansado que pensei em parar e me entregar aquele bicho olhei para trás e vi uma cena macabra aquele homem era todo

peludo e com os olhos vermelhos horríveis Foi aí que eu percebi que o sobrenatural realmente era real eu pedi ajuda a todos os santos e quando pensei em desistir avistei as luzes do Vilarejo dei graças a Deus e aprei a carreira por sorte a igreja ficava mesmo depois da praça e por lá não estava mais ninguém se eu batesse nas portas das casas das pessoas aquilo poderia me pegar então pensei ir para a igreja que seria Solo Sagrado corrio mais rápido que pute mas percebi que quando entrei na cidadezinha aquilo parou de me seguir fiquei

aliviado mas ainda queria ficar dentro de alguma casa para me sentir totalmente seguro eu bati feito doido na porta da igreja e por sorte um padre abriu para mim el vendo o meu desespero me deixou entrar eu agradeci e contei tudo o que havia acontecido comigo ele respirou fundo e disse aquilo ser o bicho homem todos pensam que é apenas mais uma lenda mas o meu irmão já ouviu ele gosta muito de café você nunca deve pedir café durante a noite no sertão aquilo é um ser amaldiçoado você teve muita sorte de escapar com vida

quando eu escutei aquilo eu fiquei sem reação como eu disse eu nunca acreditei nessas coisas mas acho que a gente só acredita quando passa por isso o padre me alimentou e me deixou ficar por ali por alguns dias logo depois eu voltei para minha cidade e construi uma vida para mim e nunca mais eu pedi café à noite no sertão Então esse foi o relato do meu avô do tal bicho homem é muito famoso aqui no sertão do Ceará e eu nunca vejo ninguém falar dele como meu avô passou por isso resolvi contar aqui para

vocês obrigado por ler o meu relato tenho uma boa noite e nunca peça um café depois de escurecer