schopenhauer dizia que a vontade é o motor de toda a existência somos movidos por necessidades e desejos que nunca nos deixam em paz a fome nos obriga a comer o cansaço nos empurra para o sono o desejo nos faz perseguir Prazeres relacionamentos conquistas e na verdade nunca estamos satisfeitos assim que atendemos uma necessidade outra surge imediatamente comemos mas Logo voltamos a sentir fome dormimos mas Acordamos cansados conquistamos algo que queríamos mas depois percebemos que não foi o suficiente a vida é um ciclo infinito de insatisfação uma corrida onde nunca atingimos a linha de chegada quer
um exemplo prático feche os olhos e prenda a respiração segure segure mais um pouco agora espere o que acontece o desconforto aumenta o corpo começa a se contorcer e por mais que você Tente resistir chega um momento em que simplesmente não dá mais o ar entra forçado e você percebe que nunca teve escolha esse simples experimento demonstra uma verdade brutal que Arthur schopenhauer compreendeu como poucos nossa vida não é guiada por escolhas conscientes mas por uma força cega e irracional que nos move vi no final você nãoa nada e por isso acontece porque a vontade
não tem um objetivo final porque sempre haverá desconforto e sempre nos faltará algo diferente do que costumamos pensar a felicidade não é um estado duradouro não é um lugar ou estado de espírito entre dois sofos estamos oscilando entre o desejo e o tédio presos em um movimento contínuo que schopenhauer chamou de o pêndulo da existência vamos imaginar um pêndulo de um lado temos o desejo a necessidade a dor de não ter aquilo que queremos Esse é o estado em que pass aior do tempo queremos um mais dinheiro mais reconhecimento estamos sempre em busca de algo
acreditando que ao alcançar esse objetivo finalmente seremos felizes mas quando conseguimos o que queríamos o que acontece o pêndulo balança para o outro extremo o tédio o que antes parecia essencial agora se torna banal a conquista perde a graça e logo surge um Novo Desejo uma nova meta iniciando o Ciclo Sem Fim se o desejo é o que nos move a dor é o que dá sentido à felicidade parece contraditório não é mas pense bem o prazer Só existe como alívio de um sofrimento anterior comer quando se está faminto é um prazer beber água quando
se está com sede traz satisfação encontrar um grande amor depois de anos de solidão parece a melhor coisa do mundo e é aí que está O Segredo O prazer só é intenso porque veio depois da falta se nunca tivéssemos fome comer não nos daria satisfação se nunca sentíssemos cansaço o descanso não teria valor se nunca nos sentíssemos sozinhos a companhia de alguém não pareceria tão especial Essa é a grande ironia da vida precisamos da dor para sentir para precisamos da escassez para apreciar a abundância Precisamos do sofrimento para valorizar os pequenos momentos de felicidade mas
ao mesmo tempo somos incapazes de aceitar isso passamos a vida tentando eliminar a dor sem perceber que ao fazer isso eliminamos também a possibilidade de sentir prazer verdadeiro queremos segurança conforto e estabilidade mas quando finalmente conseguimos tudo isso caímos no tédio e voltamos a buscar desafios isso explica porque tantas pessoas bem-sucedidas que aparentemente T tudo ainda se sentem vazias o Milionário que já comprou tudo o que queria descobre que dinheiro não traz a felicidade que ele imaginava o artista famoso depois de conquistar o reconhecimento do mundo percebe que a satisfação dura pouco a pessoa que
finalmente encontrou o relacionamento dos sonhos se vê algum tempo depois questionando se era isso mesmo que queria o pêndulo continua oscilando schopenhauer enxergava essa dinâmica em todas as áreas da vida a cada conquista sentimos aquela Euforia a paixão a excitação mas com o tempo a novidade desaparece a rotina se instala e muitas vezes o que um dia foi Objeto de Desejo agora se torna fonte de frustração ou indiferença o movimento do pêndulo acontece repetidamente com todos os nossos objetivos um profissional pode passar anos batalhando por uma promoção acreditando que ao conseguir o cargo dos sonhos
finalmente terá paz e será feliz mas quando chega lá percebe que agora tem novas pressões novas responsabilidades nova a satisa dura pouco e logo surge a vontade de algo mais da mesma forma alguém pode ansiar pela aposentadoria sonhando com o dia em que poderá descansar mas quando finalmente se aposenta descobre que a ociosidade traz um vazio inesperado o pêndulo nunca para isso significa que a felicidade é impossível examente a que ela Nuna poro [Música] do alívio tempor da dor o que chamos de felicidade nada mais é do que um breve intervalo de paz entre duas
frustrações Então se vivemos acreditando que devemos Buscar a felicidade Qual é a saída schopenhauer não era otimista quanto a isso para ele a única forma abandonar os desejos e buscar um estado de contemplação e desapego a arte por exemplo seria uma forma temporária de nos desligarmos da necessidade de querer sempre mais quando mergulhamos em uma obra de arte seja uma pintura uma peça musical ou um grande romance conseguimos por alguns instantes desligar a vontade ao contemplar a beleza de algo sem buscar possuí-lo ou usá-lo para um fim prático podemos experimentar um breve alívio dessa eterna
inquietação outra alternativa seria a compaixão ao reconhecer o sofrimento dos outros podemos diminuir um pouco o nosso próprio tormento a empatia nos permite sair ainda que temporariamente da prisão dos nossos próprios desejos e encontrar um certo sentido na solidariedade mas agora pensando bem quantos de nós estamos dispostos a abrir mão dos nossos desejos quem realmente consegue viver sem buscar Prazer sem se apegar a sonhos sem tentar fugir do tédio a verdade é que a maioria de nós Continuará oscilando presa no mesmo mecanismo que nos mantém sempre insatisfeitos a melhor alternativa é entender e aceitar a
natureza desse jogo se sabemos que a felicidade é apenas um intervalo entre duas frustrações podemos parar de buscá-la como um estado permanente e em vez diso aprender a valorizar os pequenos momentos de alívio se compreendemos que nunca estaremos completamente satisfeitos podemos parar de nos frustrar com isso e ao invés de lutar contra o pêndulo aprender a balanar junto com ele o desejo nos move e a dor é inevitável mas ao invés de enxergar a dor como uma inimiga podemos enxergá-la como parte essencial da experiência humana o problema nunca foi sentir falta de algo o problema
sempre foi acreditar que um dia não sentiríamos mais no fim a grande ironia da vida é que passamos o tempo inteiro tentando escapar daquilo que nos define queremos paz mas somos inquietos por natureza buscamos significado mas estamos presos a uma existência que não nos dá garantias o pêndulo nunca para e talvez a única coisa que realmente possamos fazer seja observá-lo com um sorriso cínico sabendo que por mais que tentemos enganar a nós mesmos a verdade Continuará Implacável você nunca estará satisfeito e nunca estará no controle [Música] l [Música]