e Salve salve pessoal tudo bem Hoje é dia de falar de um dos maiores nomes da literatura brasileira conhecido como boca do inferno é ele Gregório de Matos vamos falar sobre a vida EA obra dele por isso fique comigo até o final desse vídeo porque literatura é com Alencar 1 e [Música] antes de começar quero dizer que eu tô muito feliz aqui com um canal continue espalhando galera essa ideia a gente tá democratizando a literatura já chegando uns 10 mil inscritos Olha só sem dúvida Gregório de Matos foi o primeiro grande poeta brasileiro ele era
muito muito talentoso ele sabia como ninguém se expressar de várias maneiras ele tem poesia lírica erótica religiosa satírica Sem contar que ele foi o primeiro a prestar atenção fazer a gente prestar atenção em coisas típicas do Brasil como o próprio povo brasileiro em toda sua diversidade e também os produtos que nós somos capazes de gerar tudo isso com bastante influência europeia Claro principalmente em spam e aliás em tempos aí de Gregório de Matos de Barroco o Barroco já tem aula aqui no nosso canal dá uma olhadinha é uma aula que ele as faz muito sucesso
esses tempos aí a Espanha exercia um forte poder Aliás estava dominando Portugal EA cultura espanhola chegava aqui chegava no nosso Gregório de Matos principalmente através de um poeta espanhol que é o Luís de góngora cultista ocultismo é o estilo adotado aí pelo nosso poeta baiano esse estilo cultista foi mais forte na poesia os versos nas estrofes e aquele estilo bem carregado de figuras de linguagem ou autismo linguagem culta o mais antes entrar na poesia dessa figuraça desse grande escritor pouquinho sobre a vida dele que foi interessante cima ele nasceu em Salvador e lá época era
a capital do Brasil no dia vinte de dezembro de 1.636 a família dele era abastada ele era filho de um Fidalgo filho de algo Um nobre português por isso o Gregório de Matos teve a oportunidade que poucos tinham naquele tempo que era de estudar não tem um bom estudo ele frequentou o colégio dos Jesuítas lá em Salvador depois ele foi estudar direito em Coimbra viveu na Europa durante muitos anos e aí quando ele tinha em torno de 50 ele resolveu voltar para o Brasil cozido E chegou a trabalhar lá e tudo de volta ao Brasil
ele ocupou alguns cargos aí junto à igreja católica Mas acabou sendo banido porque tinha dificuldade de aceitar as ordens eclesiásticas é para frente eu teve uma vida louca como se diz teve um relacionamento com uma viúva chamada Maria de povos e vivia uma vida e essa parte mais conturbada da existência dele você vai encontrar um romance histórico brasileiro muito interessante que eu já indiquei várias vezes aí os meus alunos meus seguidores que é boca do inferno na escritora contemporânea cearense Ana Miranda ela fez uma baita pesquisa durante dez anos sobre o Brasil sobre a baía
daquele tempo ela sinta obviamente o Gregório de Matos na história dela Padre António Vieira e outros nomes daquele tempo bom o nome do Reino é o apelido que ele recebeu durante esse momento aí desregrado da vida dele que meio que mantinha uma revolta contra tudo e todos e ele colocava isso principalmente os seus poemas satíricos o que que essa utilizar alguém expor ao ridículo fazer críticas com ironia com sarcasmo a iniciativa visava para ser chamado de boca do inferno literalmente Deus e todo mundo ninguém escapava da língua ferina da fala da escrita ácida do Gregório
de Matos a igreja ricos e Poderosos A coroa portuguesa os pobres também os fofoqueiros por exemplo e dizem que ele perambulava pelas ruas declamando poemas cantando por essas e por outras ele acabou sendo degredado sim o governante daquela época chamado Dom João de alencastre nosso Alencar alencastre meu parente aí né esse cara que tinha tinha tentado meu Deus tinha tentado defender o Gregório de Matos acabou tendo que mandar ele embora para fugir de uma Vingança o sobrinho de um tal de Antônio Luís da câmara Coutinho o antecessor aí do João estava perseguindo o nosso boca
do e ele tinha satirizado o tio e lá foi o nosso poeta vivendo uma colônia portuguesa na África onde ele ficou um bom tempo chegou a trabalhar inclusive e depois para prestar favor para o governador conseguiu retornar o Brasil para Bahia nunca mais ele voltou para Recife onde ele faleceu Mas vamos entrar agora na poesia na arte do Gregório de Matos a começar pela poesia satírica que é com certeza a mais popular a mais conhecida dele e aí tem um poema aqui é um barato que fala sobre a confusão Zinha que ele teve com uma
freira a freira no espalhando que o Gregório de Matos Parecia um pica-flor Dizem que ele era magro eu corcunda narigudo parece um beija-flor A Palavra ou expressão pica-flor era utilizada naquele tempo mas a palavra também Oi gatinha uma dupla um duplo sentido a uma freira que está utilizando a delgada a fisionomia do poeta lhe chamou pica-flor sem ficar flor me chamar explica folhas aí para você mas resta agora saber se o nome que me das ver tem a flor que guardar eu passarinho melhor se me Daís este favor sendo só de mim o e o
mais vosso claro fica que fica então fica flor não sei nem se eu preciso explicar esse poema também tem uma linguagem antiga mas se querem que ele seja o for tudo bem ele pode ficar mas ele vai precisar de uma flor onde ele vai entrar entendeu então você imagina ele falando isso através da arte através da escrita por uma freira podemos lembrar também ainda nesse segmento satírico de um soneto famosão do autor que é a cidade da Bahia eu trouxe para vocês aqui só o primeiro Quarteto é assim a Bahia é o quão dessemelhante está
se eu estou do nosso antigo estado pobre te vejo a ti tu a mim empenhado rica te vi eu já tu a mi abundante aqui a gente percebe uma lamentação do eu-lírico em relação à Bahia o termo de semelhante traz um problema social brasileiro de sempre que a questão da disparidade da desigualdade social a coisa já foi bem melhor bem mais Próspera mas por causa de maus negócios foi degringolando na sequência do texto ele coloca a culpa desse descompasso econômico no estrangeiro que vem para cá e explora e oferece quase nada em troca ele é
chamado de brechó ti no soneto E isto é o amor é um famoso poema erótico do nosso boca do inferno vamos entrar agora então é de outro tipo de poesia eu peguei só o final do texto que acho que é o mais é a parte mais conhecida e também Auto explicativa o amor é finalmente o embaraço de pernas uma união de barrigas um breve tremor de artérias uma confusão de bocas uma batalha de veias um reboliço de ancas quem diz outra coisa é besta falei que não era necessário explicação Vamos para o outro extremo agora
vamos falar sobre a questão da religiosidade e vou dizer para vocês o Gregório de Matos era muito habilidoso na poesia religiosa dele eu trouxe aqui ó um trecho uma estrofe de um dos mais conhecidos a Jesus Cristo nosso senhor pequei senhor mas não porque Hei pecado da vossa alta Clemência me despido Porque quanto mais tendo incluído você tenho a perdoar mais empenhado você já deve ter ouvido falar nem isso é genial aí a gente tem um eu-lírico que conversa com Deus pedindo para ser perdoado para que Deus perdoe dos seus pecados mas de uma maneira
muito habilidosa ele tenta explicar para Deus que esse ato de perdoar vai ser bom para os dois lados um vai ter o benefício do perdão e o outro vai ter uma chance de que de demonstrar toda sua grandiosidade o seu poder nós temos aí dois lados uma espécie de dualidade que aliás é muito importante para essência do Barroco é o movimento do ao que afinal de contas ele surgiu Nesse contexto aí de reforma contra-reforma então ideias contrárias uma tua também que a figura de linguagem antítese vai ser tão importante para o Barroco então o que
que você tem O Delito versus o perdão E por falar na estrutura do texto é bom a gente perceber que os versos ímpares vão trazer o delito e os pares o perdão Depois você dá uma observado aí no poema e para finalizar que tá um pouco de lirismo sentimentos a poesia lírica de Gregório de Matos também é incrível e tem aquele texto conhecidíssimo da Ângela rompe o poeta com a primeira impaciência querendo declarar-se temendo perder por ousado tem um título bastante grande eu trouxe para vocês aqui só as duas primeiras estrofes Anjo no nome Angélica
na cara isso é ser Flor e Anjo juntamente ser Angélica flor e anjo florente em quem senão em Vós se uniformara quem vira uma tal flor que a não cortará dever de pé da rama florescente e tem um anjo vira tão luzente então um anjo e Flor juntos é um poema bastante sentimento a lista que traz um enaltecimento da a pessoa amada né da figura amada mulher amada E aí E aí Olá tudo com bastante delicadeza porém eu diria que aqui nós temos um toque também de sensualidade porque é uma flor que não tem como
não tocar vou ter contato com ela não cortar esse a gente pensar bem flor pode remeter a deflorar inclusive o que que é deflorar uma moça mas não se encaixa na poesia erótica do autor porque algo mais implícito mais sugestivo sugere mais o que afirma tá aí um pouquinho da obra desse mestre do Barroco desse ícone da literatura brasileira que infelizmente em vida não chegou a organizar uma coletânea não publicou os seus poemas diferente do que fez o Padre António Vieira que viveu na mesma época quase António Vieira organizava revisava os seus sermões o Gregório
de Matos não ficava tudo meio p é do meu solto graças a pesquisadores Hoje em dia a gente pode rir se divertir e ter mais consciência social né se emocionar também com os versos do nosso Gregório de Matos do nosso boca do inferno vida longa a obra dele Valeu galera até a próxima tchau E aí