durante o casamento do milionário uma mãe de trigêmeos invadiu a igreja e pegou o microfone o que ela disse deixou todos os convidados horrorizados Ana segurava o peso do mundo nas costas mas de alguma forma conseguia sorrir como jovem empregada na enorme e elegante mansão de Eduardo ela passava os dias arrumando o que nem parecia precisar de arrumação e limpando o que já estava Impecável no meio de toda aquela grandiosidade ela era apenas uma parte invisível da rotina e Eduardo bem ele era o dono de tudo aquilo o herdeiro de uma fortuna absurda que lhe
dava praticamente o direito de ser tratado como rei mas Eduardo além de rico e poderoso era também charmoso do tipo que sabia fazer qualquer um se sentir especial e Ana entre uma tarefa e outra acabou se sentindo especial demais no começo foram só olhares Eduardo passava por ela jogando-o discreto um olhar demorado e de alguma forma esses pequenos gestos fizeram com que Ana se sentisse única mesmo sabendo que ele podia ter qualquer pessoa que quisesse ele era gentil doce e isso a fazia sonhar com uma vida que ela sabia não ser para ela mesmo assim
quando ele se aproximou pela primeira vez parecia que o mundo tinha parado só para ela Os encontros começaram aos poucos nas sombras e no silêncio das noites Eduardo sabia que aquele man não podia ser revelado a ninguém e Ana bem ela sabia que qualquer fofoca poderia custar-lhe o emprego e tudo mais então enquanto ele a encontrava nos corredores vazios e sussurrava palavras doces ela se entregava aquele mistério com tudo que tinha para ela era como viver um sonho escondido é verdade mas ainda assim o mais perto que ela já tinha estado de algo tão intenso
e mágico Eduardo ao menos no começo par realmente envolvido e Ana se permitiu acreditar ela começou a vê-lo como algo mais que seu patrão alguém para quem talvez ela pudesse significar mais do que apenas uma funcionária havia promessas silenciosas gestos que faziam o coração dela acelerar ele dizia que ningém nunca o tinha compreendido daquela forma que era com ela que ele sentia uma conexão verdadeira cada encontro fazia Ana flutuar fazia a acreditar que eles estavam construindo algo que apesar das Diferenças eles eram iguais quando estavam juntos mas então de repente tudo desmoronou uma noite Eduardo
pediu para vê-la com uma pressa em comum ela achou que ele tinha algum tipo de novidade ou até uma surpresa Seu Coração batia rápido sua mente criando imagens do que ele poderia querer falar Porém quando chegaram ao lugar de sempre ele nem sorriu não houve um abraço nem uma palavra suave ele estava frio com um olhar distante como se tudo aquilo não significasse nada Ana isso não pode continuar ele disse de um jeito direto sem nem hesitar ela piscou confusa Como assim Eduardo a olhou com aquela expressão neutra que ela nunca tinha visto antes você
sabe o que temos aqui isso não pode ir adiante foi divertido por um tempo mas acho que você também sabia que não é algo sério foi como um soco Ana sentiu o chão sumir sob seus pés e seu peito apertou de uma forma que ela nunca tinha sentido antes As palavras dele ecoavam na mente dela ele continuou sem dar espaço para ela responder dizendo que ela devia entender que era só uma diversão para ele que não havia nada de mais ali Ana quis responder quis gritar mas era como se as palavras tivessem ficado presas na
garganta quando ela conseguiu falar a voz saiu fraca Então eu fui só uma distração para você ele a olhou dessa vez com uma mistura de impaciência e cansaço Ana vamos ser realistas olha para a nossa situação você é bem você sabe eu sou eu e no fundo você sempre soube que era só isso essa frase foi como um gelo percorrendo o corpo dela ele se sequer se importava com o que ela sentia para ele ela era apenas mais uma peça da vida luxuosa que ele tinha uma distração conveniente o encanto tinha desaparecido a verdade estava
ali crua e insensível e Eduardo não parecia nem um pouco arrependido ele a tratou como alguém que podia ser descartado sem qualquer hesitação Ana queria gritar queria chorar e perguntar como ele pôde fazer isso com ela mas sabia que nada disso mudaria o que ele acabará de mostrar a verdade finalmente exposta ela era alguém sem valor para ele todo aquele tempo as palavras doces os momentos compartilhados tudo era mentira uma ilusão criada por Eduardo e agora ali diante dela ele mostrava que não via problema nenhum em destruir tudo aquilo sem mais o que dizer Eduardo
Simplesmente saiu como se ela não tivesse importância alguma ela ficou parada com as lágrimas queimando o rosto sem acreditar que tudo tinha acabado daquela forma durante os dias seguintes Ana tentava seguir sua rotina mas a dor era constante como uma ferida que nunca cicatrizava todos os cantos da mansão lembravam algum momento que eles tinham compartilhado ou que ao menos ela acreditava que tinham sido momentos compartilhados no entanto o tormento dela ainda não tinha acabado poucos dias depois do rompimento uma ordem foi foi dada e Ana foi chamada ao escritório Eduardo não estava lá mas o
gerente da casa estava e ele foi breve Ana seus serviços aqui não são mais necessários Ela ouviu mas demorou para entender como assim perguntou em um tom de desespero o gerente repetiu agora de forma mais firme ela não deveria voltar mais para a mansão Eduardo não queria vê-la ali nunca mais com se pudesse apagar qualquer vestígio dela de sua vida naquela noite Ana fez suas malas e saiu com o que tinha de seu que não era muito ela andou pelas ruas tentando entender como sua vida tinha se virado de cabeça para baixo em tão pouco
tempo o coração dela estava Despedaçado e a confiança completamente destruída ela havia sido dispensada e descartada sem nenhum cuidado sem nenhum remorço ela andou até uma pequena praça onde se sentou em um banco e olhou para as estrelas pensou em tudo o que tinha passado nas promessas veladas e nas esperanças que havia criado a dor e a humilhação se misturavam como um peso esmagador Eduardo tinha sido Cruel tirando tudo dela e a deixando sozinha com um futuro incerto e uma dor profunda que ela sabia que levaria muito tempo para superar Depois de deixar a mansão
de Eduardo Ana estava perdida as lembranças do relacionamento secreto e do rompimento Cruel ainda ecoavam em sua mente ela tentava seguir em frente mas o que tinha era um vazio os dias passavam como um borrão enquanto ela se esforçava para encontrar algum trabalho que pagasse as contas e algum canto que ela pudesse chamar de seu mesmo que por pouco tempo só que logo o peso daquela história aumentou de uma forma que ela nunca esperaria depois de algumas semanas Ana começou a notar mudanças estranhas em seu corpo enjoos fortes tonturas e uma exaustão que parecia não
ter fim a princípio achou que era o cansaço acumulado o estress e a tristeza pelos últimos acontecimentos mas conforme os dias passavam os sintomas não desapareciam pelo contrário só aumentavam um dia com a coragem que conseguiu reunir foi ao médico e após alguns exames recebeu a notícia que fez o chão dela desaparecer estava grávida E pior de trigêmeos aquela Revelação A deixou em choque Ana ficou olhando para o médico sem saber o que dizer como poderia estar esperando não um mas três filhos como ela sem emprego fixo sem um teto seguro e sem apoio algum
poderia sustentar Três Vidas ao mesmo tempo Eduardo o pai dos bebês estava fora de questão ele a tinha tratado como uma estranha e a mandado embora sem o menor remorço pedir qualquer tipo de ajuda a ele era impossível mas Ana deixou o orgulho de lado e ligou para Eduardo contando que estava grávida de Tris Gêmeos e que os filhos eram dele Eduardo a ignorou e disse que aquelas crianças não eram dele acusando a de estar tentando tirar dinheiro dele ele afirmou que aqueles filhos podiam ser de qualquer outro homem menos dele Ana sentiu o telefone
escorregar dos dedos a voz de Eduardo ainda ecoando em sua mente fria e desdenhosa ela havia se preparado para uma resposta difícil mas nada havia preparado para o desprezo absoluto de Eduardo que nem ao menos hesitou em acusá-la de tentar enganá-lo a respiração dela estava pesada cada palavra dele atingindo como um golpe no peito a rejeição era tão completa e impiedosa que Ana teve que se segurar para não deixar as lágrimas caírem ela estava sozinha com três vidas para cuidar e sem ninguém a quem recorrer mas algo dentro dela mudou naquele instante a dor foi
dando lugar a uma determinação fria quase feroz Eduardo poderia continuar vivendo sua vida ocada pela responsabilidade mas ela não permitiria que o descaso dele definisse seu futuro ou dos filhos a partir daquele momento ela sabia que teria que ser forte ainda mais forte do que tinha sido até então sozinha e com um milhão de dúvidas Ana começou a enfrentar a realidade que tinha diante de si Sabia que aquela não seria uma gravidez fácil o médico deixou isso claro trigêmeos já eram considerados uma gravidez de risco mas a situação dela tornava tudo ainda mais difícil no
entanto a partir daquele momento Ana decidiu que faria o impossível para dar uma vida digna aos seus filhos ela ainda não sabia como Mas sabia que desistir não era uma opção os dias que se seguiram foram um verdadeiro teste para ela sem um trabalho fixo ela pegava bico sempre que conseguia como faxineira em pequenos escritórios ou ajudante em restaurantes o trabalho era pesado e apaga pequena mas era tudo que tinha cada tarefa vinha com um cansaço maior do que o normal e o corpo dela Começou a sentir as costas doíam as pernas inchavam e a
exaustão era constante mas Ana persistia ela pensava nos filhos que estavam a caminho e no que precisaria para dar a eles pelo menos o básico com o passar dos meses a gravidez começou a mostrar sinais de complicação ela tinha sandros frequentes e precisou de várias idas ao hospital o médico sempre reforçava que ela deveria evitar esforço físico mas isso era impossível sem dinheiro ela não tinha como se dar ao Luxo de repousar em cada visita ao Hospital Ana tentava esconder o medo mas o que sentia por dentro era espero cada consulta era uma luta entre
a necessidade de cuidar de si e a realidade que não lhe permitia descanso à noite quando voltava para o pequeno quarto alugado que conseguia pagar Ana se via sozinha sentada na cama segurando a barriga e conversando com seus bebês contava ele sobre os sonhos que tinha para o futuro mesmo que no fundo estivesse apavorada sei que agora não parece que temos muito mas prometo que vou dar o meu melhor para vocês meus amores dizia tentando encontrar forças em meio ao cansaço e à dor porém conforme a barriga crescia as coisas começaram a ficar ainda mais
complicadas ela já não conseguia esconder a gravidez dos patrões temporários e em muitos casos era dispensada com desculpas frias aqui não temos como contratar alguém nessa situação Ana Espero que entenda era uma das muitas desculpas que ouvia e cada uma delas a deixava com menos opções e mais preocupações ela segurava as lágrimas e saía com o pouco que ganhava sabendo que cada dia sem trabalho era mais uma ameaça a sobrevivência dela e dos bebês a situação foi ficando insustentável sem uma fonte de renda certa e cada vez mais debilitada Ana começou a vender os poucos
pertences que tinha tentando juntar o suficiente para garantir ao menos as consultas médicas essenciais passou a comer menos para economizar E quando a fome AP Ava tentava ignorar repetindo para si mesma que tudo isso era necessário para dar uma chance aos filhos chegaram o momentos em que ela quase desmoronou uma noite depois de um dia em que tinha tentado sem sucesso conseguir algum trabalho Ana voltou para seu quarto e se deitou sem nem ter o que comer seu corpo doía e a mente estava Exausta segurando a barriga sentiu as lágrimas escorrendo perguntando-se se estava mesmo
fazendo certo Será que consigo sussurrava para si mesma com a cabeça cheia de dúvidas e o coração pesado nos últimos dias as coisas ficaram ainda piores ela teve uma infecção séria e precisou de mais internações mas sair do hospital só significava voltar ao mesmo ciclo os médicos insistiam para que ela repousasse mas Ana não tinha como até o ato de caminhar era uma batalha e o peso na barriga cada vez maior fazia com que as dores fossem quase insuportáveis mesmo assim ela não desistia cada movimento dos bebês dentro dela era um lembrete de que ela
tinha algo importante pelo que lutar Ana já estava perto do limite todos os dias parecia uma batalha que nunca terminava as dores o cansaço e o peso da gravidez eram quase insuportáveis mas ela seguia em frente a situação ficou ainda mais difícil no final da gestação a cada passo seu corpo parecia gritar por descanso mas descansar era um Luo que Ana não podia ter o dinheiro era pouco o trabalho escasso e as contas inevitáveis mesmo assim ela segurava Firme com uma força que nem sabia que tinha mas o corpo dela não aguentava mais uma noite
Ana acordou com uma dor intensa na barriga uma dor que parecia que a estava rasgando por dentro ela tou mas tudo girava e a dor só aumentava suar frio escorria por sua testa enquanto ela tentava alcançar o celular tremendo para pedir ajuda mal conseguia discar o número de emergência poucos minutos depois a ambulância chegou e os paramédicos a encontraram quase inconsciente ela está em trabalho de parto prematuro disse um deles com uma expressão preocupada eles a colocaram na maca com todo cuidado enquanto entre dores e confusão sussurrava meus bebês cuidem deles por favor chegando ao
hospital tudo era uma correria os médicos e enfermeiras passavam instruções uns para os outros e Ana sentindo as contrações cada vez mais fortes tentava se manter consciente a última coisa que queria era desmaiar sem saber o que estava acontecendo com seus filhos quando finalmente foi levada para a sala de parto o médico avisou que o processo seria complicado Três Bebês todos prematuros e em risco Ana ouviu aquilo com o coração apertado mas só conseguiu acenar com a cabeça não havia escolha eles precisavam nascer agora às horas seguintes foram uma mistura de dor medo e exaustão
cada contração parecia arrancar o pouco de energia que ainda restava em seu corpo os bebês nasceram um a um mas cada Nascimento foi seguido de silêncio nenhum choro nenhum som que pudesse acalmar o coração dela apenas silêncio e a correria dos médicos que levavam cada bebê diretamente para a incubadora assim que o parto terminou Ana foi levada para uma sala de recuperação mas mal conseguia descansar estava anestesiada da cintura para baixo mas sua cabeça estava mil tudo o que queria era saber sobre seus filhos estavam bem estavam vivos ela tentou levantar mas o corpo não
respondia e a única coisa que conseguia fazer era esperar por alguma notícia cada minuto parecia uma eternidade e a solidão daquele quarto branco era ainda mais angustiante horas depois uma enfermeira entrou e se aproximou dela com uma expressão séria Ana prendeu a respiração esperando pelo pior a enfermeira Então disse calmamente que os três bebês estavam vivos mas em estado crítico os pulmões não estavam completamente desenvolvidos o que tornava cada respiração Um Desafio eles precisariam de cuidados intensivos e o hospital não sabia ao certo quanto tempo essa luta duraria com o coração na boca Ana pediu
para vê-los mesmo que fosse só por alguns minutos ela precisava ver seus filhos nem que fosse de longe a enfermeira hesitou Mas acabou concordando Colocaram uma cadeira de rodas ao lado da cama e com ajuda ela conseguiu se sentar cada movimento era doloroso mas nada impediria de ir até a í Neonatal quando chegou à Unidade Ana sentiu uma mistura de emoção e tristeza ao ver seus filhos lá estavam eles tão pequenos e frágeis dentro das incubadoras ligados a diversos fios e tubos seus peitos subiam e desciam lentamente cada respiração um esforço visível os monitores faziam
barulhos constantes marcando o irregular de seus coraçõezinhos era assustador e ao mesmo tempo era a coisa mais preciosa que Ana já tinha visto ela colocou a mão na vidraça da incubadora desejando poder tocar cada um deles era estranho como ela já os amava tanto mesmo sem nunca ter segurado nenhum deles no colo ficou observando os três sentindo o peso da responsabilidade e do amor que carregava prometeu silenciosamente que faria de tudo para que eles saíssem dali que lutaria até o fim mas os dias que seguiram foram uma verdadeira prova de resistência cada manhã Ana perguntava
às enfermeiras sobre o estado dos bebês e as respostas eram sempre as mesmas estão estáveis mas precisam de mais tempo e tempo era algo que Ana não podia comprar porque cada dia no hospital gerava uma nova conta para pagar mesmo sem se recuperar completamente ela sabia que tinha que encontrar um jeito de ganhar algum dinheiro para cobrir as despesas então Ana fez o impensável conseguiu um trabalho de faxina no próprio hospital acordava cedo e passava boa parte do dia limpando corredores e salas Exausta e com um corpo ainda fraco do parto mas isso lhe permitia
ao menos ficar perto dos filhos entre uma tarefa E outra ela corria até a te Neonatal para espiar os bebês e checar se estavam bem mesmo que não pudesse fazer muita coisa estar ali era uma forma de garantir que eles não estavam sozinhos os dias eram uma mistura de cansaço esperança e medo Ana vivia no limite de suas forças mas não se permitia desistir Cada noite quando terminava o turno ela ia até a UTI olhava seus filhos e conversava com eles através do vidro contava como o dia tinha sido falava sobre os planos para o
futuro e mesmo cansada tentava manter um tom de otimismo para que eles sentissem que não estavam sozinhos esses momentos por mais pequenos que fossem davam a Ana uma força indescritível as semanas passaram e Ana seguia a mesma rotina dia após dia sempre na esperança de ouvir que os bebês estavam melhorando e aos poucos os médicos começaram a dar pequenas notícias positivas eles estão mais fortes diziam mas ainda precisam de mais tempo para Ana cada pequeno Progresso era uma vitória ela segurava essa esperança e continuava com sua rotina desgastante limpando e trabalhando como nunca um dia
depois de terminar o turno Ana foi até a UTI como de costume mas dessa vez a infermeira recebeu com um sorriso eles estão fora de risco disse finalmente com uma voz calma ainda precisam ficar aqui mas estão muito melhor Ana sentiu as pernas tremerem e lágrimas brotaram de seus olhos ela olhou para cada um dos bebês nas incubadoras e pela primeira vez sentiu uma paz que há muito tempo não sentia Ana sabia que a luta não tinha acabado mas agora havia uma luz no fim do túnel os dias no hospital seguiam mas Ana estava cada
vez mais Exausta a luta para manter seus três filhos vivos ao mesmo tempo em que trabalhava para pagar as contas parecia não ter fim ela mal dormia comia pouco apesar do cansaço Extremo não se permitia fraquejar a rotina era quase sempre a mesma terminava o turno corria até a te ne Natal para ver os bebês trocava algumas palavras rápidas com as enfermeiras e voltava para o trabalho o tempo todo preocupada com as despesas com a saúde dos filhos e com manhã até que numa manhã como outra qualquer enquanto limpava o corredor próximo à recepção Ana
notou uma mulher bem vestida passando ao lado dela a mulher era uma senhora de aparência refinada cabelos grisalhos perfeitamente penteados e roupas de qualidade que contrastavam com a simplicidade de tudo ao redor Ana observou por um instante e voltou ao trabalho tentando não chamar atenção mas para sua surpresa a senhora parou e a olhou com um sorriso Gentil você trabalha aqui no hospital perguntou a mulher com um tom de voz calmo e curioso Ana assentiu sim trabal na limpeza a resposta saiu meio baixa meio desconfiada sem saber o motivo da pergunta parece cansada disse a
mulher sem nenhum tom de julgamento quantas horas você trabalha por dia Ana hesitou antes de responder era um assunto delicado e pessoal e ela não estava acostumada a falar sobre si com desconhecidos muitas horas disse simplificando mas estou bem a mulher observou Ana por mais um momento e havia algo em seu olhar que era quase bondade mas antes que pudesse continuar foi chamada para sua consulta e se despediu com um breve sorriso nos dias seguintes Ana voltou a ver a senhora no hospital mais algumas vezes sempre passando pelo corredor às vezes acenando de longe Ana
até tentava não chamar atenção mas em certo momento as duas acabaram se encontrando de novo dessa vez perto da UTI era cedo e Ana mesmo após uma longa noite de trabalho aproveitava alguns minutos para olhar os filhos Antes de Voltar ao turno você é mãe de algum bebê aqui na UTI A mulher perguntou olhando através do vidro junto com Ana Ana sentiu sem conseguir evitar um suspiro sou mãe de três de três bebês Ela respondeu quase em um susurro a voz carregada de um misto de Orgulho e cansaço a senhora levantou a sobrancelha visivelmente surpresa
três meu Deus isso não deve ser fácil Ana apenas Balançou a cabeça não é mas eles são tudo o que eu tenho com olhar fixo nos bebês a mulher parecia se compadecer depois de um tempo ela se apresentou meu nome é Helena e Sem Rodeios como se sentisse que Ana Precisava desabafar acrescentou quer me contar um pouco sobre eles havia algo na voz de Helena que era suave quase Maternal Ana que sempre se segurava para não demonstrar suas dificuldades sentiu que aquela era uma oportunidade Rara para abrir o coração então aos poucos contou sua história
a gravidez Inesperada a luta para manter os bebês vivos as noites em claro e o trabalho no hospital para pagar as contas Helena ouviu tudo em silêncio prestando atenção a cada palavra e o rosto dela refletia uma empatia profunda como se sentisse a dor de Ana junto com ela quando Ana terminou de contar Helena ficou em silêncio por alguns instantes apenas olhando para ela então sem hesitar disse Ana não sei como você conseguiu aguentar tudo isso até agora você é uma mulher muito forte as palavras de Helena tocaram fundo em Ana mas o que a
surpreendeu mesmo foi o que veio a seguir Helena fez uma pausa de forma gentil e direta disse eu posso ajudar você Ana ficou paralisada estava tão acostumada a enfrentar tudo sozinha que por um momento não soube como reagir a ideia de que alguém como Helena uma estranha se oferecesse para ajudar parecia surreal então com um pouco de medo e um toque de esperança Ela perguntou você realmente faria isso quer dizer por que me ajudaria Helena sorriu aquele tipo de sorriso que transmite compreensão porque já passei por muitas coisas na vida Ana e por que Ao
contrário de você nunca tive filhos ver sua luta que me fez perceber o quanto eu quero ajudar a partir daquele dia Helena começou a aparecer no hospital quase diariamente em pouco tempo se tornou uma espécie de amiga e conselheira para Ana ela ajudava a cobrir algumas das despesas médicas dos bebês o que já era um enorme alívio Além disso oferecia apoio emocional algo que Ana nem sabia que precisava tanto até então com o tempo Helena também começou a trazer comida roupas para Ana e até pequenas lembrancinhas para os bebês era como se de repente Ana
tivesse encontrado alguém que realmente se importava com o que ela estava passando alguém que estava disposto a caminhar ao seu lado nessa jornada a presença de Helena se tornou uma Âncora algo que dava Ana uma nova força para continuar certa vez ao ver que Ana estava extremamente cansada Helena insistiu para que ela tirasse uma tarde de folga eu fico aqui por você Ana Pode descansar você precisa disso Disse com firmeza apesar de hesitar no começo an acabou aceitando e aquele descanso fez uma diferença enorme ela voltou revigorada pronta para seguir em frente e mais grata
a Helena do que jamais poderia expressar Helena também passou a ser uma presença constante para os bebês nos momentos em que Ana não conseguia estar na UTI Helena ia até lá observava os três pequenos através do vidro e acompanhava cada Progresso deles ela sentia um carinho enorme por aquelas crianças e no fundo percebeu que apesar de ser uma desconhecida estava se apegando à Aquela pequena família à medida que as semanas passavam Helena e Ana se tornaram inseparáveis Helena não era apenas uma ajudante mas também uma verdadeira amiga e de certa forma uma figura materna ela
oferecia palavras de incentivo abraços quando as coisas ficavam difíceis e sempre estava pronta para ouvir qualquer desabafo de Ana mesmo nos dias em que a situação parecia sem saída a presena de Helena trazia um pouco de luz para vida de Ana Ana nunca pensou que encontraria alguém tão Generoso alguém que sem pedir nada em troca estivesse osta a ajudá-la e a cuidar dos filhos com tanto carinho a cada dia ela se sentia mais forte e confiante sabendo que agora não estava mais sozinha alguns meses tinham-se passado e a vida de Ana seguia em sua rotina
cheia de desafios e pequenos Milagres os bebês estavam cada dia mais fortes e com a ajuda de Helena ela finalmente podia respirar um pouco mais aliviada Helena não era apenas uma amiga e mentora já ela tinha se tornado quase uma mãe alguém que Ana respeitava e confiava profundamente com o tempo Ana começou a criar planos para o futuro e a pensar em como daria uma vida melhor para os filhos talvez até abrir seu próprio negócio um dia como uma pequena Confeitaria que sempre sonhou em ter enquanto isso a vida de Eduardo seguia em um caminho
bem diferente ele estava de casamento marcado com Cecília uma mulher que vinha de uma família influente e estava tão interessada em status quanto ele próprio Cecília era obsecada pela imagem e o casamento seria um evento grandioso planejado para impressionar Eduardo Claro estava focado na posição que aquele casamento lhe garantiria com a união ele e Cecília formariam um casal poderoso prontos para expandir as fortunas e o prestígio de ambas as famílias o grande dia então chegou a igreja estava repleta de convidados vestidos com as melhores roupas os sorrisos forçados em cada conversa os olhares atentos a
cada detalhe a cerimônia estava decorada de uma forma que mais Parecia um cenário de filme Flores por todo lado um enorme tapete vermelho e candelabros brilhando em cada canto a mãe de Cecília estava em Êxtase passeando entre os convidados e verificando que tudo estivesse perfeito já anônio o pai de Eduardo estava sério parecendo mais preocupado do que Alegre Eduardo em seu smok impecável Sorria e cumprimentava os convidados enquanto aguardava Cecília para entrar era visível que ele estava ansioso mas para quem olhasse com atenção havia algo diferente em sua expressão talvez fosse a dúvida ou atenção
de alguém que sabia que estava se enfiando em algo para manter a imagem e o status mas não pelo coração quando Cecília apareceu deslumbrante em seu vestido de noiva os olhos de todos se voltaram para ela os flashes das câmeras dispararam e o sorriso no rosto dela mostrava que estava exatamente onde queria estar no centro das atenções com passos controlados ela andou pelo corredor observando todos ao redor enquanto Eduardo a esperava com o braço estendido a cerimônia começou e o silêncio preenchia cada palavra do padre tudo parecia sair conforme o esperado era o casamento perfeito
para um casal que fazia questão de impressionar Eduardo repetia os votos com um leve sorriso enquanto Cecília demonstrava aquele orgulho que sempre buscava manter Mas de repente as portas da igreja se abriram com um estrondo todos os olhares se Voltaram para a entrada onde Ana estava parada com os olhos fixos em Eduardo havia algo em sua postura algo que mostrava firmeza como alguém que depois de tanto sofrer em silêncio agora tinha decidido se fazer ouvir ao vê-la Eduardo empalideceu e seu sorriso desapareceu instantaneamente semanas antes Ana havia descoberto por meio de uma amiga que também
trabalhava na mansão que Eduardo iria se casar Foi então que ela planejou cada detalhe para estar naquela cerimônia Ana deu alguns passos sentindo o peso de cada olhar sobre ela mas não se importou ela estava ali com um propósito Claro o burburinho entre os convidados Aumentou e Cecília lançou um olhar furioso para Eduardo sem entender o que estava acontecendo os cichos começaram a crescer mas Ana ignorando tudo ao redor se aproximou mais do altar com a respiração firme e o olhar direto Eduardo ela disse com a voz Clara e decidida precisamos conversar a voz dela
ecoou na igreja e o silêncio que se seguiu foi esmagador Eduardo visivelmente desconfortável tentou balbuciar alguma coisa mas a tensão era tão intensa que ele não conseguiu pronunciar nenhuma palavra Cecília completamente confusa e agora irritada olhava de Eduardo para Ana exigindo uma explicação foi quando Ana continuou sem hesitar você pode fingir para todos aqui que é um homem orado mas não pode fingir para mim Eduardo tentou gesticular para que ela parasse mas Ana determinada prosseguiu você é o pai dos meus filhos dos nossos filhos as palavras de Ana caíram como uma bomba a igreja inteira
ficou em choque e até o padre parecia incerto sobre o que fazer Cecília completamente atordoada levou a mão à boca tentando absorver o que acabará de ouvir Eduardo fechou os olhos por um momento sentindo o peso do escândalo que Ana havia trazido para aquele momento que deveria ser perfeito do meio dos convidados Antônio o pai de Eduardo se levantou com o rosto endurecido e os olhos fixos no filho ele exigiu uma explicação Eduardo O que é isso Você realmente é pai dos filhos dela Eduardo visivelmente sem saída tentou inventar uma desculpa mas a presença de
an Li com toda a igreja observando não deixava espaço para mentiras ele sabia que mais cedo ou mais tarde a verdade viria à tona Antônio vendo a falta de reação do filho se voltou para Ana e com uma expressão de respito perguntou Você tem como provar o que está dizendo Ana assentiu façam um teste de DNA Se quiserem eu não estou mentindo só quero que ele assuma responsabilidade pelo que fez a voz de Ana estava cheia de dor e de força ao mesmo tempo e todos na igreja perceberam que ela não estava ali por vingança
Mas pela justiça para ela e seus filhos Cecília agora tomada pela raiva e pela humilhação deu um passo para trás e com um olhar de desprezo olhou para Eduardo Então é isso eu estava prestes a casar com alguém que mente e esconde filhos ela não esperou resposta apenas se virou e saiu da igreja acompanhada de sua mãe e de alguns convidados que cochichavam sem parar Eduardo agora sozinho no Altar sentiu a vergonha tomando conta dele Ele olhou para o pai que estava Decepcionado e claramente furioso Ant Balançou a cabeça indicando que não tinha mais nada
a dizer e saiu da igreja seguido por um grupo de familiares que mal podiam acreditar no que acabavam de presenciar com o ambiente agora vazio Ana deu uma última olhada em Eduardo e com a voz firme falou eu não vim aqui para pedir nada de você só quero que você saiba que eles existem e que tem uma mãe disposta a lutar por eles não estou interessada em você nem no seu dinheiro só quero o respeito que meus filhos merecem dizendo isso Ana virou-se e saiu deixando Eduardo parado no Altar Diante das lembranças de suas próprias
escolhas egoístas e do desastre que ele mesmo tinha causado após o desastre do casamento Eduardo não conseguia escapar das consequências o que Ana revelou na igreja se espalhou como fogo atingindo cada parte de sua vida em pouco tempo todos na sua família no trabalho e na alta sociedade sabiam da humilhação que ele causou a Cecília e pior ainda que tinha filhos de quem nunca cuidou para alguém que sempre prezou tanto pela imagem Eduardo agora se via afundando em olhares de reprovação e cichos de julgamento Mas o pior ainda estava por vir o pai de Eduardo
Antônio era um homem sério rígido e que sempre esperou mais do filho naquela mesma noite assim que chegou em casa chamou Eduardo ao escritório da família um cômodo imponente cheio de lembranças de e do trabalho de uma vida inteira Antônio não queria ouvir desculpas ele estava ali para julgar e definir o destino do filho você acha que isso vai passar que você pode simplesmente viver a vida como se nada tivesse acontecido perguntou o pai com o rosto sério o olhar gelado você nos envergonhou na frente de todos Eduardo e pior tratou alguém com uma crueldade
que eu nunca pensei ver em você Eduardo tentou argumentar tentou dizer que as coisas tinham saído do controle que ele jamais quis que isso fosse tão longe mas Antônio determinado o interrompeu você não entendeu Eduardo Esta é a sua responsabilidade e eu não vou mais passar a mão na sua cabeça você não é mais o herdeiro que vai ter tudo de graça a partir de agora você vai ter que aprender o valor de tudo o que um dia teve Eduardo ficou em silêncio sentindo o peso das palavras do pai Antônio continuou sem hesitar você vai
deixar essa casa hoje não vai receber mais nenhum centavo da empresa todos os seus privilégios o carro o apartamento os cartões tudo isso Acabou você vai ter que encontrar seu próprio lugar conseguir seu próprio trabalho e finalmente sentir na pele O que é viver sem a proteção da sua família aquilo atingiu Eduardo como um soco ele sabia que o pai estava desapontado mas não imaginava que Antônio afastaria de tudo tentou apelar disse que poderia aprender de outras formas mas o pai estava decidido é a única forma de você entender o que causou a Ana e
aqueles filhos Eduardo você vai aprender o valor da responsabilidade do trabalho e do respeito naquela mesma noite Eduardo foi forçado a deixar a casa da família ele saiu com uma mala pequena sem saber para onde ir seus amigos o evitavam alguns porque não queriam se associar ao escândalo outros porque já não viam vantagem em manter uma amizade com alguém que perdeu tudo Eduardo vagou pelas ruas por um tempo sentindo o peso da solidão que agora era sua única companhia sem ter muitas opções Ele usou o pouco dinheiro que tinha para alugar um quarto simples em
uma pensão modesta era um lugar bem diferente dos apartamentos e hotéis luxuosos em que estava acostumado a ficar mas agora era tudo que ele podia pagar o quarto era pequeno com paredes desbotadas e móveis desgastados Eduardo se sentou na cama tentando absorver tudo que tinha acontecido em poucos dias estava completamente só e pela primeira vez na vida não havia ninguém para salvá-lo a primeir sem foi um choque para Eduardo se viu Sem dinheiro sem status sem a posição de poder que sempre usou para conquistar o que queria quando o pouco que tinha acabou ele precisou
encontrar um trabalho só que agora ele era visto de forma diferente ninguém estava disposto a oferecer um cargo de prestígio para alguém marcado por escândalos desesperado Eduardo procurou uma vaga como faxineiro em um pequeno escritório a ironia era amarga mas ele não tinha escolha no primeiro dia sentio o peso da humilhação de estar ali com uniforme simples e uma vassoura na mão enquanto pessoas que antes o reverenciavam agora passavam por ele sem sequer olhá-lo alguns até Riam outros o ignoravam completamente Eduardo se encolhia com raiva de si mesmo eem alguns momentos com raiva de Ana
como Se Tudo Fosse culpa dela mas conforme os dias passavam Eduardo foi começando a ver a realidade de outra forma Ele percebeu o esforço que cada trabalhador fazia a dedicação de cada um mesmo com salários baixos e pouco reconhecimento aos poucos sentiu o peso da própria arrogância e começou a entender o quanto havia se distanciado de qualquer realidade que não fosse seu próprio conforto um dia enquanto limpava o chão do escritório Eduardo ouviu uma conversa entre dois colegas de trabalho um deles falava sobre as dificuldades em pagar a escola dos filhos o outro sobre o
aluguel atrasado aquilo fez pensar em Ana em como ela teve que enfrentar tudo sozinha sem ninguém para ajudá-la sou nos filhos que ele mal conhecia e no sofrimento que ela deve ter passado para dar o mínimo de dignidade a eles Eduardo começou a entender o tamanho do erro que cometeu o desprezo a indiferença o abandono tudo aquilo era agora como uma cicatriz dolorosa que ele carregava consigo o tempo passou e dia após dia Eduardo se afundava mais na realidade que ele jamais tinha conhecido o dinheiro era pouco o cansaço era enorme e o orgulho que
um dia teve parecia distante e sem importância em uma noite depois de um longo dia de trabalho Eduardo sentou-se no chão do quarto pequeno e ficou pensando em tudo ele se lembrou do dia do casamento da figura de Ana parada na entrada da igreja com olhar firme e cheio de dor lembrou-se das palavras dela da força com que ela exigiu respeito pelos filhos finalmente começou a verana de outra forma como alguém que tinha sido extremamente forte para lutar pelos filhos sozinha sem ajuda sem ninguém para apoiar a partir daí algo começou a mudar dentro dele
Eduardo ainda não sabia como fazer as coisas de forma diferente mas uma coisa era Clara ele precisava se desculpar precisava fazer algo para reparar o mal que tinha causado nos dias seguintes essa ideia começou a crescer e ele sentia que cada vez mais o peso do remorço empurrava para uma direção finalmente Eduardo tomou uma decisão ele sabia que nunca poderia apagar o que fez mas talvez pudesse ao menos tentar construir algo diferente dali para frente o tempo passou e como Ana havia proposto foi realizado um teste de DNA para confirmar a paternidade de Eduardo o
resultado era irrefutável Eduardo era realmente o pai dos gêmeos a notícia se espalhou rapidamente e o que restava da reputação de Eduardo foi ainda mais destruído Antônio seu pai ao saber do resultado não escondeu o desprezo profundo que sentia para Antônio a confirmação era o ponto final de qualquer esperança que ele ainda pudesse ter tido de ver o filho como alguém de caráter o homem orgulhoso que construiu sua vida com dedicação e seriedade via em Eduardo oposto irresponsabilidade e egoísmo no escritório da família Quando ficou sabendo do resultado Antônio apenas murmurou para si mesmo como
chegamos a esse ponto ele se isolou de todos preferindo lidar com a vergonha de maneira reservada Eduardo por outro lado começou a perceber o tamanho do abismo que ele próprio cavou entre ele e sua família Depois de meses enfrentando uma vida completamente diferente Eduardo estava mudado ele ainda carregava o peso da vergonha e o remorço pelo que tinha feito mas agora pela primeira vez ele queria tentar consertar as coisas as lembranças de Ana e filhos Que nunca conheceu o perseguiam diariamente ele via seus erros em cada canto daquele quarto simples e nas horas de trabalho
pesado estava decidido a tentar se reaproximar dos filhos e se Ana permitisse estar presente de alguma forma sabia que ela tinha todas as razões para não querer vê-lo mas mesmo assim tinha que tentar com essa decisão em mente Eduardo pediu para um dos poucos contatos que ainda tinha que o ajudasse a descobrir onde Ana morava fou Dias planejando o diria pensando todas ase de separ eem Como deixaria claro que queria apenas audar oendereço eel e mãos suando foé er umesto e pe e jsem cuidad Eduardo caminhou até a porta indicada e por um momento ficou
paralisado a última vez que tinha visto Ana foi naquele confronto na igreja cheio de tensão e ressentimento Será que ela o deixaria falar Será que eu mandaria embora sem ao menos ouvir o que tinha dizer respirando fundo ele juntou a coragem e bateu na porta depois de alguns instantes A Porta Se Abriu e Ana apareceu no momento em que o viu a expressão dela mudou e seu rosto mostrou uma mistura de surpresa e desconforto ela não disse nada apenas Ficou ali encarando como se tentasse entender o que ele estava fazendo na sua porta Oi Ana
ele disse a voz baixa quase hesitante eu eu sei que não tenho o direito de aparecer assim mas eu precisava vir Eduardo procurava as palavras certas mas nada parecia suficiente eu queria pedir desculpas por tudo por tudo o que fiz por tudo o que disse eu sei que é tarde demais mas estou tentando estou tentando mudar e eu queria ver nossos filhos Ana ouviu cada palavra mas continua com a expressão fechada depois de um silêncio desconfortável ela suspirou e olhou para o chão antes de responder você quer ver seus filhos agora depois de tudo o
que aconteceu Eduardo baixou a cabeça sentindo o peso da culpa eu entendo se você não quiser mas eu precisava tentar eles são a única coisa verdadeira que eu tenho agora Ana ficou em silêncio por alguns instantes refletindo ela olhou para ele novamente e pode perceber que ele estava diferente algo em seu olhar talvez mostrava sinceridade um arrependimento Genuíno então sem dizer mais nada ela abriu a porta e fez um gesto para que ele entrasse a casa era simples e aconchegante com alguns brinquedos espalhados pela sala e um cheiro agradável de bolo recém assado Eduardo olhou
ao redor e percebeu que aquele era o verdadeiro lar de Ana e das crianças um lugar de amor e simplicidade sem luxo Mas cheio de detalhes que mostravam o carinho dela pelos filhos ele se sentiu pequeno ali como alguém que estava invadindo um espaço sagrado eles estão brincando no quarto disse Ana apontando para a porta entreaberta Eduardo engoliu em seco sentindo o coração acelerar ainda mais foi até o quarto e abriu a porta devagar lá estavam eles os três pequenos brincavam com blocos de montar e risadas suaves preenchiam o quarto ao vê-los Eduardo sentiu um
aperto no peito uma mistura de felicidade e tristeza por ter perdido tanto tempo longe deles ele ficou parado observando e os meninos percebendo a presença de alguém pararam de de brincar e o olharam com curiosidade Ana que estava logo atrás entrou no quarto e se abaixou para falar com as crianças Esse é Eduardo ela disse sem acrescentar qualquer outro título sem dizer pai ou algo do tipo ele veio conhecer vocês as Crianças o observaram por alguns segundos e Eduardo sentiu a garganta se fechar ele nunca tinha se imaginado em uma situação como Aquela não sabia
como agir ele sorriu tentando demonstrar que estava ali em paz sem pretensões uma das crianças mais curiosa se aproximou e segurou a barra da sua calça olhando para ele com os olhos grandes e Curiosos Eduardo abaixou-se até a altura dele tentando conter a emoção Oi disse a voz embargada vocês vocês são muito bonitos igual à mãe de vocês tentava encontrar algo para dizer mas tudo parecia insuficiente eu sei que sou estranho para vocês agora mas eu espero que a gente possa se conhecer Ana observava a cena em silêncio os braços cruzados ela não se mostrava
nem aberta nem hostil apenas parecia reservada esperando para ver até onde Eduardo iria ele passou mais alguns minutos ali observando as crianças e tentando entender aquele novo mundo que fazia parte de sua vida mas do qual ele nunca tinha participado quando os pequenos voltaram a brincar Ana fez um sinal para que Eduardo saísse do quarto na sala o silêncio era desconfortável mas necessário Eduardo Se Virou para ela tentando achar as palavras certas eu sei que não posso mudar o que fiz ele disse com a voz sincera mas quero ser parte da vida deles não quero
que eles cresçam sem um pai e vou fazer o que for preciso para ajudar vou respeitar se limites mas estou disposto a ser o que você achar melhor Ana suspirou pensativa ela queria proteger os filhos de qualquer sofrimento e a presença de Eduardo ali mexia com ela trazendo à tona todas as mágoas mas ao olhar para ele pode ver que havia uma mudança real uma vontade verdadeira de ser alguém melhor se você realmente quer ser parte da vida deles vai ter que provar disse ela firme Eu Não Vou permitir que eles sofram por causa das
suas escolhas se vai ser pai Eduardo tem que ser de verdade ele assentiu com a voz trêmula de emoção eu vou fazer o que precisar Ana quero que eles saibam que podem contar comigo nos dias que se seguiram Eduardo passou a visitar as crianças regularmente ele nunca ficava muito tempo respeitando o espaço deles e o de an mas fazia questão de estar presente de ajudá-los e de ser a alguém em quem eles pudessem confiar levava pequenos presentes nada extravagante mas coisas que mostravam que ele estava pensando neles aprendendo sobre suas personalidades e se esforçando para
criar uma conexão aos poucos Eduardo e Ana começaram a estabelecer uma relação de respeito mútuo ele entendia que o tempo dela era dedicado aos filhos e que a prioridade dela era garantir a felicidade deles e ele por sua vez estava determinado a ser um pai ente mesmo que ainda estivesse aprendendo a lidar com as responsabilidades com o passar dos meses Eduardo começou a se tornar uma figura familiar na vida das crianças eles o chamavam pelo nome e se aproximavam dele aos poucos sentindo-se mais à vontade conforme o tempo passava para Eduardo cada pequena interação cada
risada e cada momento ao lado deles era um presente uma chance de fazer as coisas certas e no meio de tudo isso Ana começou a ver que a mudança dele era real ela ainda mantinha as barreiras Mas sabia que o tempo e a dedicação de Eduardo eram sinceros Afinal o que ela mais queria era garantir que os filhos tivessem uma vida rodeada de amor e apoio enquanto o tempo passava o respeito entre Eduardo e Ana se transformava em uma parceria para criar os filhos construindo um novo tipo de laço baseado na responsabilidade no cuidado e
na esperança de que apesar de tudo pudessem dar a aos filhos um futuro cheio de segurança e felicidade a vida de Ana estava finalmente encontrando uma rota mais tranquila depois de tantas batalhas das noites sem dormir dos dias longos que passou no hospital da luta para sustentar os trigêmeos ela sentia que uma nova fase começava Helena que já era mais do que uma amiga e uma conselheira continuava ao seu lado e com o apoio dela Ana passou a acreditar de novo nos sonhos que um dia achou impossíveis desde pequena Ana tinha um talento especial para
doces na sua infância ajudava a avó a fazer bolos e tortas para vender no bairro aquele tempo trouxe a ela lembranças de alegria e simplicidade algo que sempre quis para os filhos então quando Helena sugeriu que ela abrisse uma Confeitaria Ana sentiu seu coração aquecer a ideia parecia assustadora Mas Helena encorajou você tem um talento incrível Ana dizia Helena sempre cente e sorridente essas mãos fazem Maravilhas e muita gente adoraria provar o que você prepara vamos fazer esse sonho acontecer com o apoio de Helena Ana encontrou um pequeno ponto na rua principal do bairro onde
Poderia abrir sua loja o lugar era simples mas aconchegante com grandes janelas de vidro por onde o sol entrava e deixava o ambiente iluminado e acolhedor Ana decorou cada detalhe do espaço com Amor desde as prateleiras de madeira até os potes de vidro onde colocou as primeiras fornadas de biscoitos e Bolinhos a inauguração da Confeitaria foi um evento especial Helena organizou tudo para que o dia fosse inesquecível e logo cedo o aroma de bolo fresquinho se espalhava pelas ruas os primeiros clientes vizinhos e amigos chegavam curiosos para provar os doces e conhecer o trabalho de
Ana os trigêmeos agora mais crescidos e saudáveis corriam pelo lugar com seus sorrisos cheios de curiosidade enquanto Ana servia cada cliente com o coração cheio de alegria com o passar dos meses o negócio foi crescendo as pessoas Iam até lá não só pelos doces Mas pela forma como Ana as recebia sempre com um sorriso Genuíno e uma palavra de carinho o bairro rapidamente abraçou a confeitaria e logo Ana se tornava uma presença querida na comunidade ela sentia que finalmente tinha encontrado o equilíbrio que sempre quis para sua vida um lugar onde os filhos poderiam crescer
rodeados de amor e tranquilidade enquanto Ana tocava sua Confeitaria com dedicação Eduardo estava também reconstruindo sua vida depois do reencontro com os filhos ele se esforçava todos os dias para ser o melhor pai que podia voltou a trabalhar na empresa da família mas dessa vez em um cargo Modesto sob a supervisão rigorosa de seu pai Antônio queria garantir que ele se mantivesse no caminho certo que mostrasse esforço e respons abilidade Eduardo não reclamava ele havia entendido o valor do trabalho e sabia que precisava provar tanto para a família quanto para Ana e os filhos que
era Digno daquela nova chance ele fazia visitas regulares à Confeitaria onde passava tardes brincando com os trigêmeos e acompanhando os primeiros passos e palavras deles cada visita era uma forma de se redimir de mostrar que ele estava ali de verdade a relação entre Ana e Eduardo seguia com respeito e maturidade os dois estavam focados no bem-estar dos filhos em construir uma convivência saudável para que os trigêmeos pudessem crescer rodeados de amor havia um entendimento entre eles uma confiança que embora recente ia se fortalecendo com o tempo um dia Ana estava colocando uma nova fornada de
cupcakes no balcão quando Eduardo chegou com os filhos que corriam na frente dele rindo e chamando a mãe o olhar dele refletia orgulho ao ver a confe cheia O cheiro dos Doces tomando conta do lugar e Ana atrás do balcão sorrindo enquanto atendia os clientes estou vendo que o movimento está ótimo ele comentou com um sorriso Genuíno Ana sorriu de volta com aquele brilho nos olhos que só quem ama o que faz tem Está sim e eu não poderia estar mais feliz ela olhou para os filhos que brincavam em um canto da loja e completou
Esse lugar é nosso lar agora aqui eles têm um espaço para serem felizes Helena também estava sempre presente como uma avó amorosa para as crianças e uma confidente para Ana ela ajudava na Confeitaria dava conselhos e cuidava dos trigêmeos quando Ana precisava de uma folga era bonito ver a relação entre ela e Ana como duas gerações de mulheres fortes que juntas tinham superado tantas dificuldades às vezes nos fins de tarde depois de um longo dia de trabalho Helena sentava com Ana e os netos postiços no banco em frente à Confeitaria eles ficavam ali observando o
movimento da rua conversando sobre tudo e nada eram momentos de paz e simplicidade momentos que Ana jamais imaginou que viveria especialmente depois de tudo que passou as crianças por sua vez cresciam rodeadas de carinho Eduardo estava presente Ana estava lá todos os dias e Helena com sua sabedoria e experiência completava Aquela pequena família com amor e cuidado os trigêmeos tinham um lar um lugar seguro e repleto de afeto com o tempo a confeitaria se tornou um sucesso ainda maior Ana passou a receber encomendas de todos os cantos da cidade e logo precisou de ajuda para
dar conta da demanda contratou uma funcionária uma jovem que assim como ela precisava de uma oportunidade para Recomeçar Ana fez questão de ser paciente ensinar cada detalhe e mostrar que ali o trabalho era feito com o coração à medida que os negócios cresciam Eduardo continuava tralhando na empresa e visitando os filhos sempre que podia ele não tinha mais osos de antes mas encontrava valor emis simples vez ou outra trazia os filhos para brincar no parque comprava sorvete e passava a tarde com eles rindo e correndo aqueles eram os momentos em que ele se sentia verdadeiramente
realizado a cada dia que passava Ana sentia que estava finalmente onde sempre quis estar tinha uma vida tranquila um trabalho que amava uma amiga que se tornou sua segunda mãe e os filhos crescendo em um lar repeto de Amor Eduardo também encontrou seu lugar nessa nov vida e juntos de Mane que ningém imaginava eles criaram um l cheio de respeito e cuidado naquele começo anob quees de toas ees hav encont um tipo de felicidade que Não dependia de riqueza ou status e ao olhar para os Tris gêmeos correndo e brincando na Confeitaria ela sabia que
cada batalha que enfrentou valeu a pena [Música]