Meu CLUBE DE LEITURA: Ortodoxia de Chesterton

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Victor Sales Pinheiro
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Bem-vindos à continuação desta aula introdutória sobre o livro "Ortodoxia", do Chesterton, o primeiro do nosso clube de leitura 2023. Eu quero continuar o nosso plano de aula agora falando especificamente sobre a obra "Ortodoxia", que foi publicada em 1908, explicando principalmente o capítulo introdutório, "Em Defesa de Tudo". Mais é, é provavelmente a sua obra-prima e talvez a sua obra mais conhecida, né?
Ela tem uma dimensão pessoal de uma autobiografia intelectual; não a confundam com a sua autobiografia, que tem um título e uma dimensão mais detalhada e completa. Nesta obra, Chesterton, embora não fale tanto de si mesmo porque era muito modesto, retrata mais a sua vida de forma cronológica e direta. Esta é mais uma autobiografia intelectual de como ele chegou à ortodoxia na refutação dialética das heresias do seu tempo.
Então, vejam, a motivação, como vocês podem ver aí no item dois, é complementar o seu primeiro livro, "Eges", que é uma compilação de artigos sobre os principais intelectuais do seu tempo, que tinha sido escrito três anos antes, a compilação publicada em 1905, mas os artigos publicados no jornal anos antes. Ela é marcada, como vocês podem ver aqui no item 1. 1.
1, pela sinceridade profunda de um opinador, como eu explicava no momento passado, uma doxa, uma opinião pessoal e subjetiva acerca de uma impressão de que a verdade é a tradicional, ou seja, é a ortodoxa, querendo encontrar mais uma heresia. E descobri a ortodoxia querendo criar a minha maneira própria de ver as coisas; cheguei à verdade tradicional da Igreja, né? Ele diz que despreza as ambições idiotas e juvenis de originalidade, ou seja, ele não quer mais ter uma única verdade, a verdade própria, aquela que só ele pensa.
Não! Ele quer simplesmente aderir à verdade onde quer que ela esteja. E se ele descobriu que a verdade é a tradicional do cristianismo, pois que seja, e que ele defenda a si mesmo.
É importante dizer que este livro foi publicado 14 anos antes dele se converter definitivamente à fé católica. Então, Chesterton passa um tempo; a sua esposa era anglicana, e ele passa muito tempo consciente de que o cristianismo é a verdade, mas deixa a questão da autoridade da Igreja em dúvida, inclusive no prefácio, ele diz que. .
. Não no prefácio, na introdução, que ele, ao final da introdução, diz que deixa em suspenso a questão da autoridade de quem salvaguarda o depósito da fé, que é a Igreja. Ele diz: "Não toco o último trecho da introdução, não toco na questão muito debatida pelos cristãos modernos sobre a autoridade que originou e sustenta o Credo Apostólico.
Isto não é um tratado eclesiástico, mas um tipo muito desleixado de autobiografia. " Bem, este livro, "Heresia", publicado três anos antes, o insere na arte da polêmica, como eu já expliquei. Essa arte da polêmica significa desmascarar os pseudo-intelectuais do seu tempo, que estão formando a mentalidade da sua geração.
Há uma preocupação pedagógica em alertar e advertir os leitores dos jornais de que aqueles autores, embora pareçam inteligentes, cultos, refinados, no fundo estão errados; estão confundindo, estão mistificando a realidade das coisas. Notem a coragem do Chesterton em escolher um título altamente polêmico e, mesmo eu diria, difícil de ser compreendido ou que induz ao erro, porque a palavra "heresia" e "ortodoxia" têm um sentido bastante sangrento em consideração às perseguições e guerras de religião. Lembrando que, durante a Idade Média e o começo da Idade Moderna, muitas pessoas foram mortas por terem sido declaradas hereges pela Igreja, tanto católica quanto protestante, e executadas pelo Estado.
Se ele quisesse, poderia adotar um título politicamente correto — a gente vai falar do politicamente correto em breve — poderia dizer "Um Diálogo Crítico com os Meus Contemporâneos". Esta seria uma forma muito mais elegante, muito mais cordata, muito mais acessível de se comunicar. Então, aos 31 anos, Chesterton se caracteriza como sendo um combatente, um cavaleiro andante, para lembrar do seu tão querido Dom Quixote.
Ele escreveu um livro, "A Volta da Idade Média", muito inspirado nos ideais da cavalaria medieval, tentando desmistificá-la dos preconceitos modernos. Aos 31 anos, ele combate os principais intelectuais do seu tempo, como Bernard Shaw, H. G.
Wells, Kipling, Whistler e outros. Aliás, recomendo muito o documentário da Brasil Paralelo sobre a guerra do imaginário, "A Jornada do Herói de Chesterton, Lewis e Tolkien". Eu fui um dos entrevistados deste documentário e há também, para os assinantes da BP, a obra da entrevista completa, que também serve, é claro, como complemento deste primeiro módulo sobre a "Ortodoxia" de Chesterton, do nosso clube de leitura.
O gesto socrático de combater os doutrinadores que determinam o conteúdo e, principalmente, a forma de pensamento e sensibilidade das pessoas é um gesto, como eu disse, pedagógico e filosófico, de exortar as pessoas a pensarem e não acreditarem de modo crédulo nesses intelectuais. Descobriu que já tinha sido descoberto antes. Descobriu a ortodoxia; ele foi convertido.
Olha o paradoxo! Pelas heresias, refutando-as ao perceber que eram inconsistentes, que eram incoerentes, que eram falsos. Primeiro, ele teve a impressão de que estavam errados; segundo, ele estabeleceu a doutrina da qual eles se desviavam.
Se eu digo que você está errado, eu preciso dizer que você está errado em relação a alguma coisa. E o Mr Street disse que só se preocuparia com Chesterton quando ele estabelecesse a sua doutrina, a sua filosofia de vida. Isto é a ortodoxia pela qual os outros eram hereges.
E como Chesterton está sempre pronto a escrever, como ele diz, está sempre com a pena na mão, está sempre acostumado a escrever e a debater, ele escreveu este livro, cujo gênero é o ensaio filosófico, e diz que a forma é vaga e pessoal. De fato, essa é uma crítica que nós podemos fazer ao livro. É muito importante que nós, ao elogiá-lo.
. . Um autor não o enaltece e o adoremos como se fosse um verdadeiro Deus.
É claro que todos os autores também têm defeitos, também têm problemas. A crítica que a gente pode fazer a este livro e a outros de Chesterton é que ele é realmente muito vago. Muitas vezes, ele é rápido; muitas vezes, ele é até apressado.
Então, ele critica ideias e filosofias em um parágrafo. Isso não é que seja injustiça ou desonestidade intelectual, mas isso pode denotar uma certa incapacidade de analisar com mais atenção os temas e os autores. Se nós fizéssemos isso com Chesterton, certamente nós acharíamos injusto; e se Chesterton faz isso com outros autores, nós também devemos considerar injustos.
Mas o que marca o gênero ensaístico, como eu já mencionei, é a flexibilidade e a versatilidade. Este livro é muito mais marcado por um conjunto de imagens mentais, experimentos mentais, do que por deduções lógicas. É um livro que é muito mais um mosaico, um quebra-cabeça de ideias que vão se justapondo.
Ele vai mostrando como chegou a essa conclusão, como se estivesse conversando aqui espontaneamente nos dizendo tudo isso. Notem que o público destinatário do seu livro é o homem comum. Essa não é uma tese acadêmica a ser submetida a uma banca de especialistas herméticos, a ser tratada de forma extremamente formal e objetiva, com introdução, capítulo introdutório, capítulo de desenvolvimento, capítulo conclusivo, referências bibliográficas, hipóteses fundamentais, estado da arte do problema etc.
Toda essa metodologia da pesquisa científica que nós adotamos até hoje na universidade, para ele, ingessa e cristaliza o pensamento, de modo a torná-lo apertado e potencialmente ideológico. Ortodoxia significa a versão correta das coisas, a doutrina acertada, a opinião verdadeira. Ele acredita que ela é católica por ser universal, válida para todos.
Ainda não se trata da ortodoxia da Igreja Católica e do reconhecimento da autoridade da Igreja Católica como esposa de Cristo, o que só se dará 14 anos depois, como eu disse, mas o reconhecimento de que esta ortodoxia é a verdade universal da vida humana, para todos os homens, em todas as épocas. Católico significa "catar rolos" segundo o todo e universal. Há uma dimensão filosófica e teológica, no sentido filosófico de foro intelectual, para expressar de forma racional e articulada a verdade da fé, ou seja, a filosofia de que o mundo tem um sentido inteligível, pensável, descritível, que tem um Logos.
Esse Logos se fez carne, habitou entre nós; esse Logos é Cristo. Então, o Logos, por ou por quem o mundo foi feito, que é o sentido, a gente pode lembrar da logoterapia de Viktor Frankl, do Logos de Cristo. "No começo era o Verbo.
. . " Assim começa o quarto Evangelho.
"No princípio era essa palavra de Deus", o sentido do mundo; e, ao mesmo tempo, a fé nos revela quem é esse Logos e por quem este mundo foi salvo, que é o dogma da Encarnação e da Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas ele não trata de forma dogmática e catequética das verdades da fé como se fosse um tratado eclesiástico. Então, por exemplo, vocês podem recorrer ao catecismo da Igreja Católica como um tratado elementar de teologia de ortodoxia, explicando os dogmas da fé do Credo apostólico, desde a criação do mundo até a queda dos primeiros pais, o pecado original como herança, depois a Encarnação do Verbo, a redenção pela paixão, morte e ressurreição de Cristo, todas as verdades da fé, a comunhão dos santos, a divindade da igreja, todas as categorias do Credo apostólico.
A gente pode ver de forma expositiva e sistemática numa obra como num tratado, como o catecismo da Igreja Católica, que não só trata, não só fala do Credo apostólico, mas também dos dez mandamentos, dos sete sacramentos, das sete súplicas do Pai Nosso; toda a doutrina da fé está pronta para ser ensinada e também para ser defendida das calúnias ou das incompreensões que a maculam, que a obscurecem. É interessante que é uma obra que demonstra uma romaria, uma grande peregrinação intelectual e moral a Roma, como eu expliquei. A verdade católica está principalmente no capítulo sete, dizendo que essa aventura depende de uma harmonização do familiar e do desconhecido.
É uma aventura que há um ponto de chegada, uma volta para casa. Ele quer redescobrir a tradição cristã que a Inglaterra estava perdendo, como um aventureiro que sai em busca de uma ilha ou de um continente desconhecido e descobre a própria Inglaterra. Essa imagem que ele dá é genial; Chesterton está cheio dessas imagens.
Eu parto para o mais desconhecido e acabo voltando para onde eu estava e vejo com novos olhos e com uma nova perspectiva este mundo novo do meu próprio lar. Então, essa harmonização do familiar e do desconhecido, como eu já expliquei, a apologética: é um livro de apologética, é um livro que pode ser considerado de apologética. Apologética é a defesa racional da fé, também chamada antigamente de teologia fundamental.
Um dos seus amigos e principais interlocutores foi o Hilaire Belloc. Bernard Shaw falou da dupla que eles formavam, o Chester Bell, juntos, os dois. Chesterton contribuiu para a eleição do Belloc como deputado do Partido Liberal.
Belloc tem o papel que Chesterton ocupou na filosofia, na teologia, na sociologia, mas na história. Ele é um historiador que tem obras importantes, e uma obra que pode ser lida em conjunto com Ortodoxia é esta: As Grandes Heresias. Esta é uma obra muito interessante de divulgação histórica porque ele lista quatro grandes heresias, que são erros sobre a natureza de Cristo, a natureza da Igreja, a natureza do pecado, da graça, da salvação, da moral etc.
, que são o arianismo, o Islamismo, a reforma e a modernidade em geral. Desmontam todo o edifício, toda a arquitetura gótica suntuosa da ortodoxia católica e têm consequências morais, sociais e culturais tremendas. Então, este livro é muito bom para mostrar como um erro na teologia gera um erro na antropologia.
Isto é, um erro sobre quem é Deus, sobre a percepção de quem é Deus, gera um grande erro sobre quem é o homem, a percepção de quem é o homem. Quais são os seus bens, as suas virtudes? O que é a justiça?
O que é o estado? O que é a economia? O que é a arte?
E assim por diante. Então, uma heresia pode acabar com a arte cristã, uma heresia pode acabar com um casamento cristão, uma heresia pode acabar com um rito ou com a liturgia cristã, e assim por diante. Então, o debate pela ortodoxia, o debate pela verdade da fé, não é uma discussão de teólogos que não têm nada para fazer, que estão debatendo o sexo dos anjos, como tantas vezes se fala de forma pejorativa acerca da heresia.
Então, se vocês lerem este livro "As Grandes Heresias", vocês vão ter uma síntese da história da Igreja e uma boa ideia de como a ortodoxia é importante. De fato, o primeiro capítulo deste livro do Belloc sobre o que é uma heresia é muito interessante, porque ele demonstra que a heresia é um recorte, uma fragmentação de uma verdade maior, que acaba por implodir e neutralizar o todo do qual ela se decalcou. Despregou-se em 1054 no cisma do Oriente, que foi sucedido pelo cisma do Ocidente com a reforma protestante.
Então, a Igreja católica é a única Igreja de Cristo, na minha opinião. Eu sou ortodoxo, eu sou católico nesse sentido. E há uma dupla divisão: uma divisão no Oriente que deixa a Igreja Ortodoxa bizantina, como a grega, a russa, separada do Bispo de Roma, do Santo Padre, o Papa, em 1054.
E uma segunda cisão, uma segunda ruptura, um segundo grande cisma no Ocidente com a reforma protestante a partir de 1517, e da reforma protestante, infinitos cismas e infinitas divisões internas, com as denominações multitudinárias. Hoje, são cerca de 35. 000 igrejas cristãs autoproclamadas cristãs, independentes de Roma, que não devem obediência, submissão ou qualquer contato com o Santo Padre, o Papa, que é a cabeça do corpo místico de Cristo em Roma.
Certo, então o livro tem nove capítulos. Se a gente considerar a introdução um capítulo, algumas edições como esta que eu estou usando da Eclésia não consideram a introdução um capítulo. Então, é só uma questão de ajuste.
A minha sugestão é que nós leiamos o PR, faça a introdução, Capítulo 1 e 2 numa semana e leiamos duplas de capítulos, no caso, o capítulo 1 e 2: "O Lunático" e "Suicídio do Pensamento", "A Ética do País das Fadas" e "O Estandarte do Mundo", "Os Paradoxos do Cristianismo", "A Eterna Revolução", "O Romance da Ortodoxia" e "A Autoridade" e "O Aventureiro". Qual é o percurso básico para fazer uma sinopse breve deste livro? Ele começa mostrando que a filosofia moderna, em geral, a perspectiva moderna é louca, mas louca não porque perdeu a razão, mas louca porque perdeu tudo, exceto a razão.
Ou seja, é uma loucura racionalista do lunático que prefere a lua ao sol, já que o sol não pode ser conhecido diretamente, apenas indiretamente. Então, o homem moderno prefere conhecer a lua, prefere conhecer um ponto do cosmos que ele pode dominar pelo pensamento do que aceitar o mistério ou a mística solar, por assim dizer, que depende da imaginação e do mistério. Então, na ética do País das Fadas, o ponto aqui é a importância do mistério, do romance e do quanto há coisas que nós não entendemos.
Ora, a lógica básica do conto de fadas é essa ideia de que há muito que nós não entendemos e que nós precisamos nos submeter a um mistério insondável para aproveitar as delícias do mundo. Há sempre um interdito, há sempre uma proibição que nos faz obedecer, que nós não conseguimos entender, mas que nos leva a viver uma aventura e lutar contra a loucura do mundo, mantendo a sanidade na nossa própria alma. Ele fala do misticismo e de como esse misticismo, esse contato com o mistério, é fundamental para a aventura e a gratidão com relação ao mundo.
"O Estandarte do Mundo" debate sobre o otimismo e o pessimismo como duas posturas extremas da modernidade que, no fundo, ou afirmam a bondade absoluta do mundo, o que é falso, ou a ruindade absoluta do mundo, o que também é falso. Na verdade, há uma dualidade que deve ser encarada, sobretudo no nosso interior, principalmente a dualidade da perturbação do mundo na nossa vida pessoal. Depois, os famosos paradoxos do cristianismo, que são o fato de o cristianismo não aceitar uma única parte, uma única virtude, mas aceitar duas virtudes que aparentemente se contradizem, como o celibato e a fecundidade matrimonial, o vermelho e o branco, e não aceitar o rosa, ou não aceitar uma ética do meio termo como a aristotélica, que é pagã, mas assumir que o mundo é dual, o mundo é paradoxal porque Cristo é Deus e é homem.
Nós vamos explorar bastante esse tema no capítulo respectivo. "A Eterna Revolução" trata do progresso, de como nós podemos ter progresso. Os modernos enchem a boca sempre para falar do progresso e da evolução.
Para Santo Tomás, perdão, para Chesterton, desculpem, um ato falha, porque Chesterton se torna um tomista, por assim dizer. Nada ortodoxo, um tomista heterodoxo, um tomista não escolástico, um tomista ensaísta que fala de Santo Tomás com muita vivacidade e propriedade, escreve uma biografia de Santo Tomás que é muito notável e ele mostra como a revolução depende de um padrão fixo, depende de um critério para que a. .
. Gente, possa aquilatar se estamos avançando, subindo ou perdendo e descendo, né? Se nós estamos melhorando, mas esse critério tem que estar fixo.
Eu não posso mudar de critério a cada geração, porque se eu mudar de critério, não posso sequer saber se eu estou sendo, se eu estou melhorando. Se eu quero ser um professor cada dia melhor, eu tenho que ter um ideal fixo, um padrão de excelência do que é ser um bom professor, para averiguar se, nesta aula, neste curso, neste módulo, neste ano, eu estou melhorando. Mas se, no próximo módulo, eu mudar de critério do que era ser um bom professor, eu não posso saber se eu melhorei ou não na minha carreira docente, no meu trabalho como professor.
Então, esse é o argumento central. Depois, o romance da ortodoxia fala exatamente sobre essa capacidade de se aventurar, porque há uma verdade a ser conhecida, porque há um ponto de chegada e como a vida se torna uma aventura. Ele fala como o romance é o gênero ocidental específico baseado no dogma ortodoxo do livre-arbítrio, em que o herói tem aventura, em que o herói se lança no mundo desconhecido e perigoso, no mundo que não é 100% compreendido, no mundo que é marcado pelo mal dos outros, que querem me atraiçoar, que querem me apunhalar pelas costas.
E eu também tenho a capacidade de realizar o mal. Por isso, o meu dever, a fidelidade, a honra com o mundo, o estandarte do mundo, é a fidelidade que eu tenho com a vida, né? E, ao mesmo tempo, o desprendimento com esta vida, gerando uma coragem capaz do martírio, né?
A coragem de lutar contra a morte, mas ao ponto de dar a sua própria vida. Essa é mais um paradoxo do cristianismo. E isso também depende de uma autoridade que, no fundo, é a autoridade divina do Criador, que nos deu os instrumentos artísticos para pintarmos da melhor forma possível o sentido do mundo, reconhecendo este Logos.
Então, meus amigos, este é o panorama da obra. Agora nós estamos prontos para lê-la. Vamos ler juntos vários trechos nas próximas aulas.
Eu espero as perguntas de vocês e conto com a leitura e o entusiasmo de vocês, que também é o meu. Muito obrigado e um grande abraço!
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